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VOCÊ NÃO PRECISA SE ESCONDER

Autoria de Renato Guima

Requisitada por agências de publicidade pelo traço e pelas bandeiras feministas levantadas nas redes sociais, a jovem artista plástica Helena Morani ganha agora uma exposição individual em Petrópolis (RJ). “Você não precisa se esconder” está no Centro Cultural da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), alertando o público feminino para questões que são difíceis de abordar, seja por ter sofrido assédio ou agressões física, verbal e psicológica, ou por não ter forças para enfrentar o julgamento de pessoas próximas e até da família. Helena aborda essas situações em cada obra da exposição, assim como faz no Instagram.   

“É preciso mostrar que as mulheres merecem respeito e espaço na sociedade. Não podemos aceitar passar por tantas situações de constrangimento e nos calar. É hora de dar um basta na violência contra a mulher”, diz Helena Morani.

Em cada painel, Helena traz uma realidade do universo feminino. A aceitação do próprio corpo – diferente do que é imposto como padrão de beleza – e arames que representam a mulher que sofreu agressões físicas, psicológicas e até mesmo o feminicídio, dentre outras situações, fazem com que o visitante possa ter um encontro mais próximo com a realidade.

“Nossa intenção é que toda mulher possa se ver como integrante da exposição e se sentir acolhida. Temos que nos aceitar do jeito que somos e entender que cada uma tem a sua beleza. A perfeição de mulher como vista no Photoshop não deve ser idealizada por nós, porque isso nos expõe a um sofrimento terrível, uma cobrança injusta. Não precisamos nos esconder, precisamos estar unidas e mudar a realidade de violência que vivenciamos”, completa Helena.

A artista criou uma obra que chama atenção de quem circula pelo Centro Cultural da FMP/Fase. Um painel montado com os nomes de mulheres que sofreram violência. Só é possível de ser identificado quando o visitante está de frente para um espelho. Ao se ver nele, a pessoa consegue ler os nomes no painel e entender que as vítimas não estão distantes. Além disso, uma caixa fica à disposição para que sejam colocadas sugestões sobre temas ou situações que mulheres vivenciaram, tudo de forma anônima, para que sejam realizados debate sobre os assuntos no Centro Cultural. 

“Queremos evidenciar ainda mais o nosso posicionamento em relação ao trabalho que desenvolvemos na FMP/Fase sobre o empoderamento feminino. Desde o ano passado, desenvolvemos esse trabalho de conscientização através de campanha interna em relação à violência contra a mulher. A exposição nos permite uma reflexão”, destaca Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

A exposição, inaugurada no dia 14 de março, data que marcou um ano do assassinato de Marielle Franco, também traz painel em homenagem à vereadora carioca. A mostra ficará aberta até o dia 28 de junho. A visitação, gratuita, pode ser de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 16h, na Av. Barão do Rio Branco 1003, no Centro de Petrópolis. 

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O VÍRUS DA ARTE & CIA. AGRADECE

Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                     – Desculpe-me senhor, (onde fica) o trem para um mundo melhor?

Caros amigos leitores

Agradeço a companhia de vocês durante este ano que ora finda. Será um grande prazer continuar contando com a presença de todos em 2018. Para homenageá-los, lanço mão das sábias palavras do escritor Eça de Queiroz:

“Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, que se lamentam em vão.

Estes homens são o povo.
Estes homens estão sob o peso do calor e do Sol, transidos pelas chuvas, roídos do frio, descalços, mal nutridos; lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
Estes são o povo, e são os que nos alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter repouso do corpo e a expansão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o Sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respirando mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da pátria, e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
Estes homens são o povo, e são os que nos defendem.
Estes homens formam as equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.
Estes homens são os que nos servem.

E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?

Primeiro, despreza-os; não pensa neles, não vela por eles, trata-os come se tratam os bois, deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhos dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes ao redor uma servidão que os prende e uma miséria que os esmaga, não lhes dá proteção, e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.

É por isso que os que têm coração e alma, e amam a justiça, devem lutar e combater pelo povo.
E ainda que não sejam escutados, tem na amizade dele uma consolação suprema.”

Nota: imagem copiada do Instagram de Sílvia Jacobucci.

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CORPO DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS – 25 ANOS

Autoria de Luiz Cruz

A ideia de se organizar um grupo para debelar os incêndios florestais na Serra de São José ocorreu quando Tiradentes estava implantando o projeto do PNMA-Programa Nacional de Meio Ambiente em Núcleos Históricos, coordenado pelo antigo IBAMA. Na ocasião foram realizados seminários, e durante um deles ocorreu um incêndio que se alastrou pela Serra de São José. Todas as atividades foram suspensas até que o fogo fosse debelado. O primeiro grupo voluntário foi equipado com recursos da SAT-Sociedade Amigos de Tiradentes e logo se formou a Brigada de Combate a Incêndios. O grupo inicial teve treinamento no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiro Militar, em Belo Horizonte. Logo, a brigada foi transformada em SCBVT – Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes. Sua fundação foi no dia 13 de agosto de 1992.

Através de inúmeras campanhas e projetos, a SCBVT conseguiu construir sua sede própria na Praça da Estação. Seu primeiro veículo foi adquirido com recursos do PNMA. Hoje a corporação é proprietária do mais moderno caminhão autobomba do Brasil, que foi adquirido através de projeto que teve o Governo de Minas Gerais como interveniente e apoio financeiro do BNDES.

Desde o início, o Corpo de Bombeiros se destacou pelos trabalhos voltados à prevenção, principalmente aos incêndios florestais na Serra de São José. Por isso, realizou inúmeras palestras, oficinas e exposições nos cinco municípios que compõem a área da serra, que são Tiradentes, Prados, Coronel Xavier Chaves, São João del-Rei e Santa Cruz de Minas. A serra abriga unidades de conservação ambiental e é expressiva por sua biodiversidade, recursos hídricos, aspectos culturais e potencial turístico – portanto deve ser protegida, principalmente do fogo. Além disso, são significativas as atividades da SCBVT envolvendo e capacitando jovens comprometidos com a cidadania e o patrimônio.

Por suas ações relevantes, recebeu em 1994 o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, na categoria Educação Patrimonial, trata-se do mais importante do Ministério da Cultura, concedido pelo IPHAN, e foi entregue pelo Ministro da Cultura Francisco Weffort, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 2004, recebeu novamente o mesmo prêmio, na categoria Monumento Natural, entregue pelo Ministro da Cultura Gilberto Gil, no Teatro Nacional, em Brasília.

Quando o Corpo de Bombeiros Voluntários de Tiradentes comemorou sua primeira década de existência, foi realizada extensa programação cultural e esportiva, com amplo apoio da comunidade e da imprensa. Agora, quando a corporação celebra seus 25 anos de existência, a situação é diferente e adversa, principalmente considerando a crise econômica, política e ética em que o país passa. Para marcar o seu primeiro quarto de século, a corporação realizará a Caminhada Guiada aos Becos Antigos de Tiradentes.  Venha comemorar conosco o aniversário da corporação voluntária conhecendo os nossos becos e seus encantamentos.

A Caminhada Guiada aos Becos Antigos de Tiradentes será no dia 20 de agosto de 2017, domingo, com concentração a partir das 8h, na Praça da Estação e saída às 9h. A chegada será no Chafariz de São José. Essa atividade conta com o apoio do Centro Cultural SESIMINAS Yves Alves. 

Fotografia: Bombeiros Voluntários, Teatro Nacional, Brasília, 2004, arquivo do IPHAN.

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MENSAGEM DE ANO NOVO

Autoria de Celina Telma Hohmann

Tantas pessoas importantes passaram por minha vida no ano que passou, mesmo que não em presença física, fizeram com que meu ano fosse um ano abençoado! Abraçar cada um seria o ideal, mas sabemos, meio impossível. Então, aqui, deixo o meu carinho a cada um e o desejo sincero – mas muito sincero, mesmo – de que cada um de nós tenha uma história linda para contar no final de 2017! Muitos foram os que cooperaram para que meu astral levantasse, meu humor voltasse a ser o que jamais deveria deixar de ter sido. Aprendi, com cada postagem, com cada comentário, o quanto somos humanos, mesmo quando nem nos damos conta de quanto somos importantes e como conseguimos, aqui, neste site, onde a pretensão sempre é o lavar a alma, o rir, o trocar de opiniões e alguns conhecimentos, o mostrar-se tal qual somos!

Foi um ano bom, pois, afinal, estamos vivos para relembrá-lo. Valeu pessoal! Um abraço no coração de cada um e que os sonhos de todos, sejam, no devido tempo e importância, sendo realizados, dando lugar aos novos sonhos, novos projetos e novas e deliciosas histórias para contar no futuro! Que consigamos, mesmo que por vezes dando umas tropeçadas, trilhar o caminho de forma firme e segura. Transpondo obstáculos, colhendo os frutos das sementes que fomos plantando ao longo de nossas vidas e que sejam bons frutos!

FELIZ 2017 para TODOS VOCÊS e para todos os que amam! Obrigada pessoal pela tolerância e por grandes amigos que me ajudaram a ser alguém que ADORA AS PESSOAS, VISLUMBRA UM FUTURO VALIDADO PELA CONFIANÇA E ACHA QUE ACERTOU O TOM! Beijos, muitos, carinhosos e doces! Mas, vamos lembrar: um data no calendário é algo a mais, não sendo obrigatório que tudo seja perfeito, afinal, a perfeição independe de que ano é, mas, sim, em como estamos cooperando para que seja melhor! Não deixemos às datas a nossa felicidade, mas a conquistemos! Mesmo que desejar um Feliz Novo Ano seja bom, o bom é desejar que façamos que o Novo Ano seja muito bom! Felicidades, meus lindos e lindas!

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MBYÁ REKÓ, O JEITO DE SER GUARANI

Autoria de Renato Guima

GUARANI

“Mbyá Rekó, o jeito de ser Guarani” é o nome da exposição em cartaz no Centro Cultural da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), em Petrópolis. Para ressaltar a importância da língua na preservação da identidade dos povos indígenas, a exposição é bilíngue, com todos os textos escritos em Guarani-Mbyá e traduzidos para o português. A mostra é um dos resultados do projeto de extensão universitária em Cultura Indígena, coordenado pelo professor Ricardo Tammela, e tem o apoio do Museu do Índio e da Associação Indígena Aldeia Maracanã.

A mostra está em sintonia com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Segundo Tammela, é um requisito legal e importante passo para ampliar o conhecimento sobre os povos indígenas, condição para o estabelecimento de direitos, que vão muito além da demarcação de suas terras, e coloca em pauta questões relacionadas à saúde indígena e hábitos alimentares.

Os visitantes da exposição poderão conhecer um pouco sobre a cultura do povo Guarani-Mbyá, que será retratada a partir do cotidiano dos índios da aldeia Ará Rovy Re, situada no distrito de Itaipuaçu, em Maricá (RJ). Será possível, por exemplo, participar de atividades dentro de uma réplica do Opy, que é a Casa de Reza dos Mbyá, considerada essencial para a harmonia da aldeia. A mostra também abordará outras tradições indígenas, como o culto ao milho e a importância da música para a perpetuação de sua história. Ainda haverá um espaço para comercialização do artesanato, como colares de sementes e cestos de palha.

“Mbyá Rekó, o jeito de ser Guarani” ficará aberta à visitação até janeiro de 2017, de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 18h. A entrada é franca e as escolas podem agendar visitas pelo telefone (24) 2244-6468. A faculdade fica na Av. Barão do Rio Branco, 1003, no Centro de Petrópolis.

 

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