Arquivo da categoria: Vida Saudável

Temas diversos sobre saúde

A IMPORTÂNCIA DO SEXO NA SAÚDE

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Todos sabem que sexo é bom e promove uma enorme sensação de bem-estar. O orgasmo, ponto máximo do prazer sexual, proporciona uma série de reações ao organismo que se traduzem em melhora da nossa saúde. Uma vida sexual ativa pode levar desde ao alívio do estresse, passando pela melhora do sistema imunológico, até a prevenção de doenças cardíacas. E quem afirma isso não sou eu. Vários estudos apontam para os benefícios de uma atividade sexual regular. Por exemplo, você anda tenso (a)? Se sim, faça mais sexo.

De acordo com um artigo publicado no “The Journal of Sexual Medicine”, durante a relação sexual, o fluxo sanguíneo e a frequência cardíaca aumentam de forma exponencial, chegando ao pico com o orgasmo, que é quando a pessoa tem uma grande contração, imediatamente seguida de um intenso relaxamento, capaz de aliviar as tensões musculares. Outro exemplo é se você tem enxaqueca ou cólicas menstruais. Este estudo comprova que, durante o orgasmo, nosso cérebro libera endorfinas e oxitocinas em quantidades até cinco vezes maiores do que em situações normais. Estas mesmas substâncias são responsáveis pelo controle da dor. Em outras palavras, a atividade sexual regular reduz a frequência das enxaquecas e melhora a dor das cólicas menstruais. De igual forma, altos níveis de estresse são combatidos com muito sexo. E um estudo escocês, publicado na revista “Biological Psychology”, relevou que o orgasmo diminui a produção de cortisol, hormônio responsável pelo estresse, consequentemente melhorando a nossa tolerância aos problemas do dia a dia.

Tem insônia? Então, transe mais! De acordo com os estudiosos, além do relaxamento dos músculos e da liberação de endorfinas, o orgasmo também ativa neurotransmissores que fazem o cérebro e o organismo funcionarem melhor, interferindo diretamente na qualidade do nosso sono, de uma forma positiva, é claro. De igual forma, se está com imunidade baixa e tem infecções de repetição, o sexo pode ser um grande aliado. Um estudo feito pela “Wilkes University”, nos Estados Unidos, mostrou que uma vida sexualmente ativa aumenta os níveis de um anticorpo conhecido como IgA, responsável pela proteção do organismo de infecções, gripes e resfriados.

E, por fim, quem faz sexo com regularidade vive mais. É isso mesmo! Uma universidade na Escócia entrevistou mais de 3.500 pessoas na Europa e EUA, a fim de encontrar uma relação entre sexo e a longevidade. A entrevista incluía perguntas sobre frequência e qualidade da atividade sexual dos participantes. Ao final do estudo, os pesquisadores notaram que as pessoas que faziam sexo pelo menos quatro vezes por semana aparentavam ser mais jovens do que realmente eram. Parte da explicação está no fato de que a atividade sexual aumenta a liberação do hormônio estrogênio, que sabidamente é um protetor cardiovascular e que também melhora o viço da pele, o que nos dá uma aparência mais jovial.

Então, fica a dica, faça mais sexo, pois é um remédio que não possui contraindicação.

 

IDOSOS E TERAPIA COM BONECAS

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Trabalho e cuido de idosos há mais de 20 anos e um dos aspectos de grande relevância e sempre observado é não infantilizar aqueles acometidos por algum tipo de demência. Entretanto, nos últimos tempos, o uso de bonecas, como forma de terapia, chamou-me a atenção pelo simples fato de poder acalmar aqueles idosos que se encontram mais angustiados, ansiosos e aflitos em suas condições de saúde.

A “doll terapy”, ou terapia com boneca, vem ganhando reconhecimento por parte de pesquisadores da área, nos últimos 15 anos. Tem alcançado resultados promissores para a qualidade de vida dessa população e seus familiares. Pesquisa realizada no “Newcastle General Hospital”, na Inglaterra, revelou o aumento do comportamento positivo e diminuição dos casos de agressão, depois da introdução das bonecas. Outro estudo divulgado na “Nursing Times” revelou redução dos surtos psicóticos após início da terapia. Na “Ashcroft Care Home”, uma casa para idosos, também na Inglaterra, o número de idosos em uso de medicamentos psicotrópicos teve suas dosagens reduzidas, ou mesmo suspensas, após introdução da terapia.

É uma estratégia que muitas das vezes não é aceita pela família, especialmente por parte dos filhos e cônjuge, pois muitos a veem como humilhante e que infantiliza o idoso. Entretanto, a maioria dos estudos conduz a respostas benéficas, quando utilizada de forma correta, em especial nos portadores da Doença de Alzheimer (DA), em que a demência vai lenta e progressivamente afetando a capacidade intelectual do indivíduo, com consequentes alterações do comportamento, como depressão, ansiedade, agitação, apatia, irritabilidade, incapacidade de comunicar-se, perda da autonomia e da independência. Segundo evidências e pesquisas científicas, a terapia com boneca pode trazer diversos benefícios para a pessoa com demência, pois:

  • acalma-a e a torna mais dócil;
  • alivia suas aflições;
  • reduz o estado de confusão mental e de agitação;
  • possibilita maior conforto;
  • oferece sensação de utilidade (por cuidar de alguém);
  • estimula a comunicação, a linguagem e traz uma interação entre os familiares.

Como em qualquer terapia, não é recomendada para todos. Há idosos que podem não ficar bem com a técnica e apresentar, até mesmo, mais agressividade. Pois isso, ela deve ser introduzida de forma adequada e aos poucos. Alguns idosos podem ficar mais estressados pela responsabilidade de ter de cuidar de alguém. Tudo isso precisa ser pensado e testado. A apresentação da boneca também precisa seguir alguns critérios básicos para causar impacto positivo: a apresentação deve ser indireta e não se deve forçar o idoso a pegá-la. De igual forma, nunca entregue em uma caixa de presente. Além disso, a boneca deve se assemelhar a um bebê de verdade.

Para cuidar de pessoas com DA, é importante entrar em seu mundo para compreender seus sentimentos e interagir melhor com ela. A doença deve ser compreendida em sua plenitude, para que a família possa cuidar de forma menos traumática nas fases de maior agitação. O tratamento com as medicações tenta controlar os sintomas, procurando melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dessa pessoa e dos que convivem com ela. Portanto, se há alguma possibilidade terapêutica a mais para oferecer alívio e conforto, o preconceito deve ser deixado de lado e a oportunidade desta terapia deve ser tentada.

Nota: imagem copiada de www.youtube.com

COMO EVITAR AS CÃIBRAS

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Você já sentiu ou conhece alguém que já teve cãibras? Pois, se já teve ou conhece quem teve, sabe o desconforto que a danada provoca. No artigo de hoje vamos saber um pouco mais sobre a famigerada e como combatê-la. Em inglês, cãibra é “cramp”, palavra de origem anglo-saxã, derivada do termo “cram” que significa aperto desconfortável, pressão ou beliscão. Para os médicos, as cãibras são contrações de um músculo, ou de um grupo de músculos, que se manifestam de forma involuntária e intensa, muito dolorosa e por um curto espaço de tempo.

As cãibras mais comuns são as noturnas, as decorrentes de exercícios físicos e as da gravidez. Não se sabe exatamente como ocorrem, mas já existem algumas teorias para seu aparecimento:

  • A primeira é a teoria metabólica, que é quando o organismo produz uma quantidade maior de ácido lático, durante os exercícios, o que provocaria a irritação das fibras musculares, com consequente contração do mesmo.
  • A segunda é a teoria da desidratação, onde o desequilíbrio entre os eletrólitos, como cálcio, sódio e potássio, provocaria o mesmo sintoma.
  • E, por fim, a teoria ambiental, na qual o fator desencadeador da súbita contração muscular estaria ligado às alterações bruscas da temperatura ambiente o que também provocaria as cãibras.

Vários são os fatores de risco para que as cãibras ocorram: idade avançada, inatividade, flexibilidade limitada de grupos musculares, presença de doenças vasculares, neurológicas, endócrinas (diabetes), renais e câncer. Já as cãibras induzidas por exercícios físicos, que predominam em cerca de 40% dos atletas, que participam de provas de longa duração, fundamentam-se na fadiga muscular, dada a sujeição do músculo a intensa atividade, sendo também associadas à perda de sódio, potássio e magnésio, desidratação e calor. Ou seja, são todos os fatores desencadeadores em conjunto.

Embora seja dolorosa, na maioria das vezes, dispensa tratamentos. Quando a cãibra se manifesta, é preciso provocar o relaxamento imediato do músculo atingido. A pessoa deve fazer uma massagem vigorosa no local, para favorecer a circulação e aliviar a dor. Caso as cãibras persistam, o médico deverá ser consultado para uma melhor avaliação da real causa e tratamento específico.

Dicas
O melhor mesmo é prevenir o aparecimento das cãibras. Algumas dicas são importantes:

  • Faça aquecimento e alongamento antes de qualquer exercício físico.
  • Evite também permanecer sentado por muito tempo na mesma posição.
  • Durante a prática de esportes, a causa mais comum de cãibras é a desidratação. Beba muito líquido antes, durante e após qualquer atividade física. Toda bebida que hidrata é bem-vinda. Algumas recomendações são a água de coco, o suco de laranja, as vitaminas de banana e abacate, o suco de pêssego e, principalmente, o suco de tomate. Este último, o mais rico em sódio. Da mesma forma, por ser rico em eletrólitos, são bem-vindas as bebidas isotônicas. Sempre indico um suco de couve com laranja, cenoura, hortelã, gengibre, maçã e uma castanha-do-pará. É ótimo para evitar não só as cãibras, mas uma porção de problemas de saúde, se consumido diariamente.

Nota: Imagem copiada de pt.wikihow.com

OS BENEFÍCIOS DA PET TERAPIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A pet terapia é também conhecida como Terapia Assistida por Animais (TAA), na qual participam cães, gatos, coelhos, cavalos, tartarugas, dentre inúmeras outras espécies, sendo o cão, normalmente, o mais requisitado. Ela pode ser aplicada no tratamento de doentes cardíacos, com hipertensão arterial de difícil controle, câncer, autismo, Alzheimer, paralisia, estresse, depressão ou com qualquer outra doença que possa trazer melhoria na qualidade de vida. É claro que a pessoa precisa gostar de animais, bem como a presença do mesmo não pode causar desconforto ao paciente. Pelo contrário, deve trazer alívio e alegria. Inúmeros benefícios já estão catalogados através de estudos, como o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança, a melhora da socialização, a preservação da memória, além de uma significativa contribuição na diminuição dos sintomas de ansiedade e da depressão.

Contudo, para que os resultados combinem segurança com sucesso, é fundamental a colaboração de médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e, claro, veterinários especializados em comportamento canino. Para a realização desse tipo de terapia em hospitais e casas para idosos, o controle de segurança deve seguir protocolos preestabelecidos, para que aja o beneficio terapêutico e a segurança da instituição. Ainda temos que avançar muito neste quesito, para que aja a liberação do animal pela autoridade sanitária aos estabelecimentos de saúde. No Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a entrada dos animais de estimação é liberada desde o ano de 2009, desde que autorizado pelo médico responsável de cada paciente. Em muitos casos, o animal terapeuta pode ser o próprio bichinho do paciente, que deve ser dócil e tranquilo.

Melhoras Apresentadas

Como já citei, não há uma recomendação específica de quem pode ser ajudado pela pet terapia, desde que não haja alguma contraindicação, como medo de animais e alergias respiratórias. Porém, há casos já bem estabelecidos na literatura, como crianças portadoras de autismo, que demonstram uma redução dos quadros de agressividade e da tendência ao isolamento, quando em sessões com cães. Crianças com TDAH também têm seus sintomas abrandados. Já nos idosos, portadores da doença de Alzheimer, foi demonstrado melhora do humor, redução dos episódios de agressividade e redução da carga de estresse.

Portadores de câncer, em especial os que estão sendo submetidos à radio e/ou quimioterapia, têm melhorada sua qualidade de vida com redução de dor e da carga emocional (com melhora dos episódios de ansiedade e depressão). Já falamos que reduz o estresse, pois o contato com animais liberam hormônios, que favorecem sensações agradáveis, como as endorfinas e a oxitocina. Melhora também quadros de depressão. O convívio com animais aumenta a produção de dopamina e da serotonina, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, prazer e alegria. A pet terapia ajuda também no tratamento de paralisias, como em casos de derrame cerebral, vítimas de acidentes ou portadores de paralisia cerebral. Como podemos observar, a

AÇÚCAR – OS RISCOS PARA A SAÚDE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Obesidade e diabetes serão o desafio de saúde pública do século XXI. (Walter Willett, pesquisador da Universidade de Harvard)

Em nenhuma época da história da humanidade, o homem inflou tanto o seu corpo como vem acontecendo nos dias de hoje, movido pelo excesso de energia calórica, cada vez mais consumida. O que temos é uma verdadeira maratona entre os países ricos, para ver quem consome mais calorias, trazendo como consequência uma série de doenças. E, para a infelicidade dos países pobres, suas populações estão seguindo o mesmo caminho de seus conhecidos endinheirados.

O vilão do século XXI (ao lado do sal, do sedentarismo, das gorduras, etc.) é o “dulcíssimo” açúcar, presente em nossa vida desde os mais tenros anos. Este nosso velho conhecido, que antes parecia o mais desejável de todos os sabores, está sendo crucificado por todos os segmentos ligados à saúde, considerado não apenas como um problema  médico, mas também político, econômico, social e cultural.

O açúcar começou a ser usado na Idade Média, ocasionando grandes transformações na história das civilizações. E, com certeza, a conscientização sobre os males que ele provoca reescreverá uma nova história para a humanidade. A sua redução trará impacto em todo o mundo, pois está presente em quase todos os alimentos elaborados pelo homem. Muitos paradigmas terão que ser mudados, transformando antigos e enraizados hábitos para o bem da vida humana.

Associações de saúde vêm alertando no sentido de que o açúcar deve receber a mesma atenção que o tabaco, pois, em quaisquer que sejam as formas usadas, é o maior responsável pela obesidade que assola a humanidade. Também é responsável por inúmeras doenças degenerativas, pelo ataque cardíaco, derrame cerebral e diabetes. Pesquisas evidenciam que o açúcar também pode ser o responsável por alguns tipos de cânceres. Dentre esses, o câncer de pâncreas e o de intestino.

Cientistas estadunidenses revelam que, assim como o cigarro está para o fumo, o refrigerante está para o açúcar, sendo que o consumo de tal bebida vem crescendo assustadoramente em todo o planeta, tanto nos países ricos quanto nos pobres. As autoridades, comprometidas com a saúde humana, reconhecem que o lobby do açúcar e dos refrigerantes é fortíssimo em todo o mundo, e o desafio ao enfrentá-lo é bem mais complexo do que se pode imaginar. Esperam eles, pelo menos, que a indústria de refrigerantes opte por uma fórmula menos nociva ao organismo humano. E que ninguém se engane quanto aos alimentos “diet”.

A American Hear Association, representante dos cardiologistas americanos, divulgou uma tabela, onde mostra os limites possíveis para o consumo de açúcar, limites esses bem abaixo dos até então recomendados:

  •  as mulheres devem consumir, no máximo, 100 calorias por dia (aproximadamente 6 e ½ colheres de chá de açúcar);
  •  os homens podem consumir até 150 calorias (dez colheres de chá de açúcar).

A previsão para aquele, que ultrapassa tais limites, é assustadora, pois quem estiver com excesso de peso hoje e não levar a sério tal aviso, pode se ver em sérios apuros:

  •  em cinco anos estará obeso;
  •  em 5 e dez anos terá diabetes;
  •  entre 15 e 20 anos, estará sujeito a várias doenças oriundas do diabetes, na seguinte proporção:
  •  70% dos diabéticos são vitimados por ataque cardíaco ou derrame cerebral;
  •  até 20% morrem por falência dos rins;
  •  10% desenvolvem deficiência visual grave, sendo que 2% desses, depois de 15 anos de diabetes, chegam à cegueira.
  •  50% são afetados por doenças nervosas que, combinadas com problemas de circulação nas pernas, aumentam o risco de amputações.

Alguns países já estão investindo firme no controle do açúcar. Como exemplo podemos citar a França e a Inglaterra, que passaram a proibir propagandas de refrigerantes na televisão. O México está banindo os refrigerantes das escolas e a Alemanha e a Bélgica não permitem que refrigerantes sejam vendidos nas escolas ou em suas imediações.

O nosso planeta está cada vez mais pesado, e o Brasil não se encontra fora do pódio. Tanto é que o termo globesidade, um neologismo, nasceu para chamar a atenção para o risco da obesidade no mundo atual. O açúcar encontrado naturalmente nas frutas, no leite, no mel, nos legumes e temperos já é o bastante para nosso corpo, sendo desnecessário, sob o ponto de vista exclusivo do funcionamento metabólico do corpo humano, que seja ingerido de outra forma. Muitas causas levam à obesidade. Dentre elas podem ser citadas:

  •  o costume de comer fora;
  •  o crescimento das redes de fast- food;
  •  a invenção do forno e do microondas;
  •  o sedentarismo;
  •  a grande oferta de alimentos;
  •  o preço cada vez mais acessível dos alimentos;
  •  o aumento no tamanho das porções.

O problema tem se tornado tão sério que uma nova infraestrutura vem sendo criada para atender o batalhão de obesos, que se estende por todas as fronteiras do planeta, passando pelo tamanho das mesas de cirurgias e espaços especiais aos caixões reforçados para os defuntos obesos. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países consumidores de açúcar, sendo a Índia o que mais consome tal produto. As pesquisas também advertem que entre o velho açúcar e o adoçante, é preferível ficar com o primeiro.

O OVO NÃO É MAIS RÉU

Autoria de Lu Dias Carvalho sa1

Durante bastante tempo, os ovos foram vistos como autênticas bombas de colesterol para o organismo. Os benefícios eram tão reduzidos face aos malefícios que a sua ingestão era desaconselhada por completo, ao ponto de se conseguir calcular o tempo de vida “perdido” por cada gema comida. Felizmente, os tempos são outros e a ciência evoluiu. Várias pesquisas vieram demonstrar que o ovo é um alimento completo em vários nutrientes. Foi, então, reabilitado.

Um ovo tem 13 nutrientes essenciais, em quantidades variadas, para o bom funcionamento do organismo, incluindo proteínas de alto valor biológico, colina, ácido fólico, ferro, zinco. Tudo isso por apenas 75 calorias. Os ovos são importantes para as dietas de emagrecimento, força muscular, funcionamento do cérebro, saúde dos olhos e muito mais. Um ovo grande contém 6 g de proteínas, quase metade delas está na gema. Tem 4,5 g de gorduras (7% das necessidades diárias), somente um terço desta é gordura saturada. Não contém gordura trans.

Devido a sua grande qualidade de proteínas, os ovos contribuem para aumentar a sensação de saciedade prolongada e manter a energia do organismo. Por isso, contribuem para o processo de emagrecimento. Pesquisas indicam que proteínas de alta qualidade produzem força muscular e ajudam a prevenir a perda de massa muscular em idosos. A gema do ovo é ótima fonte de colina, um nutriente essencial que contribui para o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, importante para a prevenção de anomalias fetais.

Dois ovos proveem cerca de 250 miligramas de colina, ou seja, metade das necessidades diárias para uma mulher gestante ou amamentando. A colina também é muito importante para a função cerebral em adultos, mantendo a estrutura das membranas celulares. É componente chave para a neurotransmissão, que é responsável por transmitir as “mensagens” do cérebro através dos nervos para os músculos. A luteína e zeaxantina, dois antioxidantes encontrados no ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular, causa principal da cegueira dos idosos.

Prefira ovos caipiras, para evitar alguns produtos químicos utilizados na produção em grande escala e também por conter maior quantidade de betacaroteno (que, inclusive, dá a coloração mais amarelada desse tipo de ovo) e colina. Procure consumir, preferencialmente, ovos cozidos com a gema mais mole (ela não deve ficar muito líquida nem esfarelar, deixe-a mais cremosa) para não perder alguns nutrientes importantes no processo de aquecimento. Antes de colocar para cozinhar, lave bem a casca do ovo com sabão.

Com tantos benefícios, hoje não existe recomendação para limitar o consumo de ovos para pessoas saudáveis. Para quem tem colesterol alto, a recomendação é ingerir ovo de duas a três vezes por semana; já quem não tem o problema pode comer um ovo por dia.