Autoria de Lu Dias Carvalho (Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)
Nesta composição intitulada Figura na Janela Dalí centraliza sua irmã Ana María Dalí, modelo de muitas de suas obras, numa janela. Ela se encontra de costas para o observador, diante de uma janela aberta e de frente para o mar em Cadaqués.
No quadro tudo denota movimento: os vincos nas cortinas feitos pelo vento, assim como os ondulados do vestido da moça, os cachos de seus cabelos, a toalha branca no parapeito da janela e o mar encapelado. Ao fundo está o povoado que se faz presente através de seu reflexo no vidro da janela aberta para dentro da casa, à direita. Um barquinho à vela singra o mar, próximo ao povoado.
O pintor em sua obra revela o comportamento das mulheres da época, dentro de suas casas, envolvidas em seus afazeres, contemplando o mundo apenas de dentro de seus lares, enquanto aos homens cabia a vida “lá fora” em meio ao trabalho e ao divertimento.
Ficha técnica
Ano: 1925
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 103 x 75 cm
Localização: Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri, Espanha
Fontes de pesquisa
Dalí/ Coleção Folha
Dalí/ Abril Coleções
Views: 653
Seria comum na Espanha de 1925 uma saia justa que modelasse muito bem o corpo feminino? E curta, que deixasse à mostra até os joelhos? Pelo jeito, sim. Então por que a minissaia (anos 60), demorou tanto tempo para ser criada? Por que a moda do dia a dia, até os anos 50, eram vestidos rodados e que cobriam os joelhos? Teria Dali profetizado um modelo de roupa que somente viria a existir 30 ou 40 anos depois?
Nelson
Suas indagações são bem pertinentes. Como os artistas sempre estiveram à frente de seu tempo, pode ser que Dalí tenha pensado num estilo de roupa que “somente viria a existir 30 ou 40 anos depois”, como escreve você. A pintura em questão é bem interessante e, de certa forma, foge um pouco das criações fantasiosas do artista.
Agradeço sua presença e comentário. Volte sempre.
Abraços,
Lu
O quadro vem em tons difetentes?
Sônia
Não entendi o que você quis perguntar, amiguinha. Explique-se melhor!
Abraços,
Lu
Lu, vou responder como professora de história da moda. Temos ali no quadro um vestido da linha barril, silhueta tubular, do período entre guerras, década de 20. Na pintura parece uma saia e blusa, mas é uma peça só, e com os tecidos da época, por exemplo, a seda, e mais o olhar sedutor do pintor, Dalí, querido, uma justeza que só a imaginação define!
Daniela
Adorei o seu comentário que nos traz um viés bem interessante. Sempre que puder, enriqueça os artigos com comentários deste tipo.
Agradeço a sua visita e comentário. Será sempre bem-vinda!
Beijos,
Lu
Acho que a Ana Maria em questão não usava, nem usaria aquela roupa nas ruas. Certamente estava vestida com roupas “de casa”, como funciona até hoje. Ah!Tenho uma réplica muito legal desta obra.
Valter
Agradeço a sua visita e participação. Volte mais vezes. E trata-se da Ana María, sim, conforme pesquisei em várias obras.
Abraços,
Lu
Vi o quadro recentemente. Lindo! E o RAPARIGA DE COSTAS também.
Parabéns pelo post.
Lívia
Obrigada pela sua visita. Será sempre um prazer recebê-la. Conheça outras obras de Dalí aqui no site.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Nesta obra, penso que a esquizofrenia ainda não tinha batido a sua porta, mas a sensualidade sim. Percebo que a beleza, que ele quis expor, está na irmã.
Abração
Mário Mendonça
Mário
Antes tarde do que nunca. Somente hoje, mais de um ano depois, é que vi o seu comentário.
Grande abraço,
Lu