Autoria de Lu Dias Carvalho
Um único tom não é nada em termos de cor; dois tons são um acorde, são a vida. (Henri Matisse)
Harmonia em Vermelho é uma refinada e elegante composição fauvista do pintor Henri Matisse. É também conhecida com vários títulos, tais como: Toalha de Mesa, ou Mesa Posta ou ainda Quarto Vermelho e ainda A Mesa de Jantar. Embora haja a presença de uma criada arrumando a mesa, o que se destaca na tela e fica impressa na mente do observador é a predominância da cor vermelha que se expande com força.
A princípio a composição era baseada em tons de azul (segundo a Abril Coleções) ou verde (segundo a Taschen) que substituía o vermelho, mas depois de pronta e pendurada na parede de seu estúdio, Matisse não gostou do efeito, não achando a composição “bastante decorativa”, pois, segundo ele, não havia contraste com a paisagem que se via através da janela presente na composição. A tela foi, então, refeita com a cor vermelha, e seu resultado agradou bastante o artista, ao reduzir todos os planos a uma dimensão única.
A parede e a mesa vermelhas presentes na tela são delimitadas por uma fina linha preta. Há na pintura uma corajosa composição das cores primárias: vermelha, amarela e azul, acrescidas do verde, cor secundária. Duas cadeiras estão em volta da enorme mesa, sendo que da presente à esquerda pode-se ver o assento. O marco da janela introduz o observador no jardim, onde se vê uma pequena casa e um céu azulado.
O motivo principal da composição é formado pelo jogo entre o desenho do papel de parede, o pano da toalha da mesa e os objetos sobre ela. Até mesmo a figura humana (observe o penteado da mulher e o modo como ela se inclina, fazendo uma linha curva com os ombros, braços cabeça e parte inferior do corpo), os objetos sobre a mesa e a paisagem (veja a sinuosidade das árvores) lá fora estão desenhadas e pintadas de modo a integrarem-se às flores do papel de parede.
Ficha técnica
Ano: 1908
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 180 x 220 cm
Localização: Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
Fontes de pesquisa
História da arte/ E.H. Gombrich
Matisse/ Coleção Folha
Matisse/ Abril Coleções
Matisse/ Taschen
Views: 20
Lu
Bela obra do artista Henri Matisse, O Quarto Vermelho, grande representante do Fauvismo. Apresenta o interior de uma casa com uma mulher arrumando uma mesa como cores vibrantes,predominando o vermelho, com detalhes em azul, que se unem com à parede, separados por uma linha muito suave, pouco observada pelo espectador. É evidente o primitivismo dessa obra, mostrando que o artista revela algo de seu interior, mostrando simplicidade. Apresenta cores vibrantes, característica marcante do Fauvismo.
Hernando
Henri Matisse foi um artista muito versátil que tinha muito gosto pela experimentação, tendo passado por alguns estilos. Esta obra é mesmo interessante. Depois de vê-la, ela fica marcada na nossa mente, talvez pela força do vermelho.
Abraços,
Lu
Lu
Henri Matisse foi um grande artista do Fauvismo. HARMONIA EM VERMELHO é uma belíssima obra cheia de elegância e muito refinada. O vermelho é a cor que predomina. São cores fortes, porém harmoniosas, vivas equilibradas, tranquilas e serenas. Baseando-se na alegria das coisas simples do cotidiano da vida das pessoas. As cores e os temas abordados expressam tudo isso.
Marinalva
Henry Matisse foi um grande artista. Ele transitou por diferentes estilos. No Fauvismo ele criou belas obras, inclusive “A Dança” possui características fauvistas.
Abraços,
Lu
Lu,
Ficou interessante o contraste entre o vermelho da toalha de mesa e da parede com a paisagem externa. As cores primárias possuem papeis bem definidos com suas propriedades. O azul, o amarelo e o verde dão formas e conteúdos, enquanto o vermelho harmoniza e faz o plano de fundo. Apesar das cores fortes, elas têm o poder de descansar a vista e induzir o observador ao imaginário da cena. A composição não tem nenhum ponto focal central.
Adevaldo
Realmente o contraste entre as cores chama bastante a atenção do observador. Matisse foi bem ousado ao tentar juntar tais cores. Ousadia era o que não faltava aos fauvistas.
Abraço,
Lu