Mestres da Pintura – CLAUDE LORRAIN

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Claude Lorrain é o mais perfeito pintor de paisagens que o mundo já viu. Tudo é adorável, tudo é amável, tudo é comodidade e repouso; o sol calmo do coração. (John Constable)

 Lorrain nos leva à paz de cenários arcádicos e terras imaginárias. (Joshua Reynolds)

O pintor francês, desenhista e gravador Claude Lorrain (1600 -1682), cujo sobrenome era Gellée,  tornou-se conhecido como “Le Lorrain” em razão do local de seu nascimento – o ducado de Lorraine (ou Lorena). Foi aluno de Agostino Tassi em Roma. Estudou também com Gottfried Sals que era pintor de arquitetura e de paisagens, quando esteve em Nápoles. Tornou-se um famoso paisagista, inspirando-se, mais tarde, no estilo de Nicolas Poussin com quem manteve grande amizade.

Lorrain tinha paixão pela Itália, tendo passado em Roma grande parte de sua vida. Chegou a tornar-se membro da Academia de Roma, não tardando a transformar-se no principal pintor paisagista daquele país, chegando a receber bons honorários. No início de seus trabalhos, ele se inspirou nas paisagens idealizadas de Annibale Carraci e nos pintores holandeses que trabalhavam em Roma e, mais tarde, aproximou-se do estilo de Nicolas Poussin, embora sua abordagem fosse mais lírica e romântica. Seus patronos eram quase todos italianos, mas veio a tornar-se popular, após a sua morte, entre os ingleses.

 A fama de Claude Lorrain adveio, sobretudo, da habilidade com que captava os efeitos naturais da luz e por ter introduzido o sol, como fonte de luz, em algumas de suas pinturas, como pode ser visto em “O Embarque da Rainha de Sabá”. O pintor romântico inglês William Turner – tido por muitos como um dos precursores da modernidade na pintura em razão dos seus estudos sobre cor e luz – sofreu grande influência de Claude Lorrain. Segundo contam, o famoso paisagista inglês do século XIX exigiu que as duas telas que doou à Galeria Nacional de Londres ficassem ao lado de “O Casamento de Isaque e Rebeca”, obra de Lorrain.

Claude Lorrain gostava de usar a perspectiva aérea, assim definida pelo crítico de arte Robert Cumming: “É uma ilusão óptica baseada num fenômeno científico pela qual as cores na natureza perdem sua intensidade ao longe, devido ao crescente volume de ar”.

Até cerca de seus 20 anos, os detalhes da vida do artista são obscuros. Sabe-se através de descrições que ele era um homem profundamente observador e gentil com seus alunos e com as pessoas que trabalhavam para ele, mas era um indivíduo iletrado. O artista faleceu aos 82 anos de idade.

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Köneman
Arte em Detalhes/ Robert Cumming
Wikipédia

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