O HOMEM SOB O PODER DOS MITOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O mito é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma cultura específica que busca explicar a realidade, os fenômenos naturais e a origem do mundo e do homem através de deuses, semideuses e heróis. Nenhuma civilização passou incólume pelos mitos, até porque a história dos deuses tinha por objetivo explicar porque a vida era assim ou assado.

O homem nunca aceitou o fato de não ter respostas para suas indagações filosóficas, portanto, ao longo dos milênios, foi forjando respostas para tudo aquilo que ainda era desconhecido pela ciência. Era preciso ter uma visão mitológica do mundo, de modo a amainar os anseios e a sensação de impotência diante da finitude da vida. Era preciso sentir-se seguro numa tábua de salvação, reforçando o sentimento de não estar solto ao léu. Era preciso sentir-se senhor de si e do próprio destino, preenchendo seu vazio existencial.

A espécie humana sempre teve necessidade de direcionar o seu caminho, nem que fosse usando os deuses como faróis. A chuva, por exemplo, era de importância vital para as primeiras civilizações que não faziam ideia de como ela surgia. Os trovões e os relâmpagos eram prenúncio de sua chegada. Os vikings atribuíam ao agitar do martelo do deus Thor os trovões e relâmpagos que anunciavam a descida da chuva à terra, fazendo germinar as sementes que se transformavam em alimento. Contudo, a forma de pensar atrelada aos mitos foi aos poucos, com o desenvolvimento da ciência, evoluindo para o entendimento que passou a ser construído sob a luz da experiência e da razão, rasgando os véus da ignorância que encobriam a humanidade.

Apesar dos milênios que nos separam das antigas civilizações, ainda podemos encontrar explicações mitológicas em certas culturas, já em pleno século XXI, muito mais pelo apego às tradições e ao medo de mudanças que julgam que não lhes sejam benfazejas. Se analisarmos a fundo a transmissão de tais valores, veremos que um grupo mais forte é sempre o detentor do poder que impede a extinção de tais “leis” que vão passando de geração a geração, sempre beneficiando uns poucos eleitos, sequiosos por manter a “verdade” dos mitos e das “superstições”, pois esses lhes rendem dividendos.

Os indo-europeus primitivos viveram há cerca de quatro a cinco mil anos, provavelmente perto do mar Negro e do mar Cáspio, de onde um grande grupo rumou para o sudeste, em direção ao Irã e à Índia, sendo que a religião e a língua desse grupo formaram o elemento que acabou predominando nessa fusão. A cultura desse povo era marcada, sobretudo, pela crença em muitos deuses (politeísmo). Tanto os Vedas – livros sagrados da Índia – quanto os livros da filosofia grega foram escritos em línguas da mesma família. Às línguas aparentadas também pertencem pensamentos aparentados.  Povos que falam a mesma língua herdam costumes comuns e possuem maiores possibilidades de integração. Os antigos indianos adoravam o deus celestial Dyaus, mas em grego esse deus recebia o nome de Zeus, em latim o de Júpiter, em norueguês o de Thor. Todos os nomes são variantes da mesma palavra.

A literatura de indianos e gregos era marcada por grandes visões cósmicas. Os indo-europeus tinham uma visão cíclica da história. Para eles, essa se desenrolava em círculos, da mesma forma como as estações do ano se alternam, sem começo e nem fim. São mundos que surgem e desaparecem numa alternância infinita entre nascimento e morte.

O hinduísmo e o budismo – duas grandes religiões orientais – são de origem indo-europeia. O mesmo se pode dizer sobre a filosofia grega. Por essa razão, nós podemos encontrar muitos paralelos entre hinduísmo e budismo de um lado e a filosofia grega de outro. Nas culturas indo-europeias, um ponto comum é o fato de elas conceberem o mundo como um imenso palco, no qual se desenrola o drama da  luta incessante entre as forças do bem e as do mal.

Zeus era o “pai dos deuses e dos homens” que exercia a autoridade sobre os deuses olímpicos como um pai sobre sua família. É o deus dos céus e do trovão na mitologia grega. Seu equivalente romano era Júpiter, enquanto seu equivalente etrusco era Tinia; alguns autores estabeleceram seu equivalente hindu como sendo Indra.

Nota: Imagem copiada de http://quandoosdeuseseramjovens.blogspot.com.br

Fonte de pesquisa:
Jostein Gaarder em O mundo de Sofia.

4 comentaram em “O HOMEM SOB O PODER DOS MITOS

  1. Pedro Rui

    Na verdade há muitas energias, mais do que o ser humano imagina, entre céu e a terra. Nós temos a capacidade de escolhermos os nossos caminhos, o que é melhor para nós e para quem está à nossa volta.
    Lu abraços,
    Rui Sofia

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Rui

      É verdade! Somente nós podemos escolher nossos caminhos.
      E devemos fazer isso com muita sabedoria, para não nos arrependermos depois.
      Boas escolhas trazem bons resultados.

      Abraços,

      Lu

      Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Como vê, o nosso blog está sempre em dia com os assuntos mais atuais… risos.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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