A CABEÇA DA MEDUSA (Aula nº 66 C)

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Autoria de Lu Dias Carvalho                                                      (Clique na imagem para ampliá-la.)

Caravaggio — considerado o maior representante do estilo Barroco — foi mestre na arte de manipular o jogo de luz e sombra, o que confere um enorme grau de complexidade à sua obra. São poucos os quadros desse magistral pintor italiano que sobreviveram até os dias de hoje — 62 ao todo — e alguns deles ainda passam por avaliação de especialistas para que o período de produção e as condições em que foram realizados sejam comprovados. Na Galleria degli Uffizi, Medusa está entre as 25 obras mais importantes do palácio, onde se encontram, dentre outras, a Vênus de Botticelli. Caravaggio pintou duas versões da cabeça da Medusa. A primeira em 1596 e a segunda, presumivelmente, em 1597/1598. A primeira versão é também conhecida como Murtula, devido ao poeta que escreveu sobre ela. Foi encontrada no estúdio do pintor somente depois de sua morte. Hoje estudamos tal pintura, tida como uma obra-prima desse maravilhoso mestre do Barroco italiano. Primeiramente é necessário acessar o link Caravaggio – CABEÇA DE MEDUSA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1.  A temática da obra Cabeça de Medusa é:

    1. Religiosa
    2. Histórica
    3. Científica
    4. Mitológica

  2. Conta a lenda ………………. que Medusa, uma das três irmãs Górgonas (as outras duas eram: Esteno e Euríale), petrificava com o olhar todo aquele que olhasse para ela.

    1. romana
    2. bizantina
    3. grega
    4. escandinava

  3. O herói Perseu usou um artifício para enganá-la fazendo uso de:

    1. uma espada
    2. um escudo
    3. uma máscara
    4. um espelho

  4. Medusa é tida como a deusa da estratégia e da guerra justa e também da sabedoria, de modo que esta obra nasceu como:

    1. um escudo de desfile
    2. um adorno de biblioteca
    3. um amuleto de campanha
    4. um presente de guerra

  5. A obra em estudo repassa ao observador a ilusão de que a cabeça de Medusa deixa a tela para se projetar no espaço real em que ele se encontra, de modo que o escudo convexo ilusoriamente transforma-se em côncavo, repassando a impressão de que a tela é feita em:

    1. 2D
    2. 3D
    3. 4D
    4. 5D

  6. O retrato da Górgona é de origem clássica, mas Caravaggio recria uma nova Medusa, extremamente realista, cuja força de expressão continua impressionando quem a observa, pois sua cabeça decepada parece ganhar vida própria, com suas …………… contorcionistas.

    1. serpentes
    2. enguias
    3. lagartas
    4. minhocas

  7. É provável que para pintar Medusa com sua expressão aterradora, o pintor italiano tenha se inspirado na expressão agonizante e aterrorizada daqueles que:

    1. morriam de peste
    2. eram envenenados
    3. eram executados
    4. morriam afogados

  8. São descrições da Medusa do pintor Caravaggio, exceto:

    1. Olhos esbugalhados que parecem saltar das órbitas.
    2. Boca ovalada, aberta e paralisada, como se soltasse um longo grito de terror.
    3. Língua e dentes aparentes e testa franzida em razão do terror sentido.
    4. Maçãs do rosto salientes e o sangue vivo sendo vertido abundantemente.

  9. O que mais chama a atenção na obra Cabeça da Medusa é:

    1. sua crueldade
    2. sua fantasia
    3. seu realismo
    4. seu colorido

  10. A dramaticidade encontrada nas obras de Caravaggio dá-se pelo uso da técnica:

    1. do chiaroscuro
    2. da perspectiva
    3. do escorço
    4. do afresco

  11. Na técnica usada por Caravaggio ele trabalha com contrastes entre:

    1. as cores primárias
    2. as cores terciárias
    3. luzes e matizes
    4. luzes e sombras

  12. Caravaggio pintou pelo menos três telas famosas que exibem cenas de decapitação: ……………….., Salomé com a cabeça de João Batista e Davi com a cabeça de Golias.
    1. Os Trapaceiros
    2. Judite e Holofernes
    3. Crucificação de São Pedro
    4. A Morte da Virgem

Gabarito
1.d / 2.c / 3.b / 4.a / 5.b / 6.a / 7.c / 8.d / 9.c / 10.a / 11.d / 12.b

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Correggio – A ADORAÇÃO DOS MAGOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição intitulada Adoração dos Magos é uma obra religiosa do pintor italiano Correggio que nela deixa visível a influência de dois outros artistas italianos: Dosso Dossi e Lorenzo Costa.

A cena mostra a Virgem Maria com seu Menino Jesus nos braços, sentada no degrau de uma edificação em ruínas, recebendo a visita dos reis magos e sua comitiva que chegam ao local, vindos do fundo do canto superior esquerdo. As personagens principais crescem em tamanho, ocupando todo o primeiro plano. As cores das roupas dos três reis estrangeiros são mais claras e definidas, de modo a destacarem-se na adoração do Menino em meio ao grande número de personagens que ali se encontram. Um grupo de pequenos anjos encimam Mãe e Filho.

A Virgem Maria, ligeiramente curvada para seu Menino, ocupa a lateral esquerda da composição. O pequeno Jesus traz sua mãozinha direita em postura de bênção e os olhos fixos no rei idoso, ajoelhado aos seus pés. No chão está depositado o turbante oriental do rei. Um pouco mais acima, escorado em uma pilastra, José segura o presente ofertado ao filho Jesus. Ele e sua esposa Maria estão descalços, o que reafirma a pobreza em que nasceu o Salvador do mundo. Atrás do primeiro rei, meio curvado e sem turbante, e prestes a fazer sua reverência ao Menino Jesus, está o segundo rei, trazendo na mão direita o presente que lhe será entregue. Imediatamente após ele vem o rei negro, de pé, com os olhos fixos no Menino. Um servo, ricamente vestido, segura o presente que ele ofertará. Os três reis formam uma linha diagonal.

A comitiva, além dos reis, traz também governadores, seguidores e servos. Um belo cavalo branco e o que parece ser um estranho cão chamam a atenção. Mais ao fundo, à esquerda, cavaleiros descem pela montanha. E à direita, num plano mais elevado, vê-se um terreno árido. Não é possível ignorar o delicado ramo de hera que desce à esquerda de Maria, na altura de seu braço direito. Montanhas azuis estendem-se ao fundo.

Ficha técnica
Ano: c. 1514
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 84 x 108 cm
Localização: Museu de Brera, Milão, Itália

 Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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JUDITE E HOLOFERNES (Aula nº 66 B)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) nasceu no calmo povoado de Caravaggio, próximo à cidade de Milão e cujo nome acabou por incorporar-se ao seu nome. Também existe a hipótese de que o pintor tenha nascido em Milão. Aos cinco anos de idade vivia em Milão — cidade ocupada pela Espanha — com seus pais. Além das tensões geradas pela ocupação estrangeira, a fome e a peste também se faziam presentes. Em razão da peste a família do futuro pintor retornou ao povoado de Caravaggio que também acabou sendo alcançado pela doença que ceifou a vida do pai, do avô e do tio do garoto. Sua mãe optou por permanecer ali com os filhos, distanciando-se do fanatismo religioso e da violência política que se espalhavam por Milão. O artista foi um dos grandes responsáveis pelo início do período barroco, tendo deixado uma grande contribuição para a arte da pintura. Hoje vamos estudar uma de suas obras mais famosas. Primeiramente é necessário acessar o link Caravaggio – JUDITE E HOLOFERNES e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. Os antecessores de Caravaggio retrataram o tema que diz respeito a Judite e Holofernes no momento em que:

    1. Holofernes entraga-se a Judite.
    2. Judite mostra a cabeça decepada num prato.
    3. Holofernes é apunhalado por Judite.
    4. Judite foge da tenda do general.

  2. Caravaggio, um pintor extremamente realista, preferiu mostrar o ato em si, ou seja, o momento em que:

    1. Judite decepa a cabeça do general Holofernes.
    2. Judite foge correndo da tenda de Holofernes.
    3. Holofernes faz amor com Judite.
    4. Os soldados do general prendem Judite.

  3. Marque a alternativa incorreta, levando em conta informações do próprio pintor:

    1. Um ferreiro posou para Holofernes.
    2. Uma bailarina posou para Judite.
    3. Uma prostituta posou para Judite.
    4. Ele assistiu a muitas execuções públicas.

  4. A tela em estudo retrata a cena em que Judite, revoltada com as ameaças do general assírio Holofernes a seu povo, aproveita-se de seu estado de embriaguez para seduzi-lo e depois matá-lo.  Ela o executa:

    1. no campo de batalha
    2. na entrada da tenda
    3. diante de seus soldados
    4. dormindo em sua cama

  5. A heroína segura o general pelos cabelos e decepa-lhe a cabeça, entregando-a para a serva que a joga dentro de:

    1. um saco de provisões
    2. uma grande bacia
    3. uma velha arca
    4. um embornal com peixes.

  6. Caravaggio, ao pintar a cena, não seguiu fielmente a versão bíblica. Dela diverge, quando, no momento do crime traz ……………… para perto de Judite

    1. Holofernes
    2. a serva
    3. a espada
    4. o vigia

  7. As duas mulheres presentes na composição reforçam ……………. entre a força da juventude com as cicatrizes da velhice. A pele da heroína é sedosa e brilhante, a da serva é enrugada e opaca.

    1. a semelhança
    2. a analogia
    3. o contraste
    4. o paralelo

  8. Judite demonstra ……………. pelo modo como segura a espada e a cabeça de Holofernes e também …………. ao afastar seu corpo para trás, como se não quisesse se sujar com os respingos do sangue do tirano.

    1. indecisão / aversão
    2. firmeza / deleite
    3. dúvida / asco
    4. determinação / nojo

  9. A Judite de Caravaggio apresenta ao mesmo tempo:

    1. sensualidade, brutalidade e coragem
    2. passividade, brutalidade e coragem
    3. sensualidade, sensibilidade e coragem
    4. sensualidade, brutalidade e inquietude

  10.  Do nariz da jovem parte uma ruga que vai morrer no meio da testa, passando entre as sobrancelhas contraídas, demonstrando:

    1. dispersão e segurança
    2. concentração e sobressalto
    3. concentração e firmeza
    4. concentração e dúvida

  11. As alternativas abaixo acerca de Judite no momento do crime estão corretas, exceto:

    1. Seus olhos estão centrados no inimigo.
    2. Ela está ciente de que não pode cometer nenhum engano.
    3. O golpe é dado sem força na parte lateral do pescoço.
    4. Ela fica o mais próximo possível do corpo do inimigo.

  12. As afirmativas abaixo acerca do crime estão corretas, exceto:

    1. A maioria dos pintores representou Judite com a cabeça do tirano nas mãos.
    2. Caravaggio optou por não retratar o momento exato da decapitação do tirano.
    3. A espada já rompeu 2/3 do pescoço, embora a vítima ainda pareça estar viva.
    4. Esta composição de Caravaggio é cheia de realismo e crueza.

  13. As afirmativas abaixo acerca da composição estão corretas, exceto:

    1. A serva mostra-se mais próxima de Holofernes.
    2. Os personagens parecem emergir das sombras.
    3. O drama desenvolve-se num primeiro plano fechado.
    4. Uma cortina vermelha dá mais teatralidade à cena da execução.

  14. As alternativas abaixo dizem respeito a Holofernes, menos:

    1. Fachos de luz iluminam seus braços e a parte direita do rosto.
    2. O general agarra-se com desespero ao lençol ainda imaculado.
    3. Recebe o gesto sem força na parte lateral do pescoço.
    4. A vítima mostra olhos aterrorizados e sua boca aberta solta um grito.

  15. As alternativas abaixo dizem respeito à serva exceto:

    1. Atenta ao gestual de Judite não expressa horror ou comoção.
    2. Mostra aprovação, como se o ato fosse de vital importância.
    3. Nas suas mãos está o saco erguido, com a boca aberta.
    4. Os sinais de sua velhice assemelham-se à juventude de Judite.

Gabarito
1.c / 2.a / 3.b / 4.d / 5.a / 6.b / 7.c / 8.d / 9.a / 10.c / 11.d / 12.b / 13.a / 14.b / 15.d

Obs.: Veja também a maravilhosa obra desse mestre:

Caravaggio – O SEPULTAMENTO DE CRISTO

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A VOCAÇÃO DE SÃO MATEUS (Aula nº 66 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) nasceu no calmo povoado de Caravaggio, próximo à cidade de Milão e cujo nome acabou por incorporar-se ao seu nome. Também existe a hipótese de que o pintor tenha nascido em Milão. Aos cinco anos de idade vivia em Milão — cidade ocupada pela Espanha — com seus pais. Além das tensões geradas pela ocupação estrangeira, a fome e a peste também se faziam presentes. Em razão da peste a família do futuro pintor retornou ao povoado de Caravaggio que também acabou sendo alcançado pela doença que ceifou a vida do pai, do avô e do tio do garoto. Sua mãe optou por permanecer ali com os filhos, distanciando-se do fanatismo religioso e da violência política que se espalhavam por Milão. O artista foi um dos grandes responsáveis pelo início do período barroco, tendo deixado uma grande contribuição para a arte da pintura. Hoje vamos estudar uma de suas mais importantes obras e um dos quadros que lhe causou grandes problemas. Primeiramente é necessário acessar o link Caravaggio – A VOCAÇÃO DE SÃO MATEUS e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1.  A temática apresentada nesta composição é:

    1. Histórica
    2. Bíblica
    3. Mitológica
    4. Científica

  2. Nesta obra o pintor combina um tema cristão com uma pintura de gênero, ou seja, ele também apresenta:

    1. pessoas de diversas idades
    2. um cômodo de uma taberna
    3. uma cena da vida diária
    4. um encontro religioso

  3. Caravaggio procurou seguir as instruções recebidas, mas sem abrir mão de sua visão realista. Tanto é que ambientou a cena em que Jesus faz o chamado a Mateus num local conhecido à época como telônio que era:

    1. Uma taverna grega muito usada à época.
    2. Um templo usado para a conversão à fé cristã.
    3. Um mercado que atendia as grandes cidades.
    4. Uma agência onde se fazia troca de moedas.

  4. A composição é realizada em torno de dois planos paralelos, sendo que o superior é ocupado por uma janela coberta com um oleado e o inferior apresenta:

    1. A cena na qual Jesus chama Mateus.
    2. Apenas a mesa com os cinco ocupantes.
    3. Somente Jesus e São Pedro de pé.
    4. Apenas a figura assustada de Mateus.

  5. A posição dos pés de Jesus e de São Pedro é indicativa de que eles:

    1. Encontram-se adentrando no ambiente.
    2. Já se encontram em direção à saída.
    3. Estão prestes a se sentarem no chão.
    4. Estão muito cansados da viagem.

  6. O grupo composto por Cristo e São Pedro representa o mundo ……………….. e o representado em torno de uma mesa tosca representa o mundo ……………

    1. terreno / espiritual
    2. espiritual / infernal
    3. espiritual / terreno
    4. terreno / humano

  7. A composição está dividida em duas partes. Os valores permanentes e corretos formam um retângulo vertical (primeiro grupo) e aqueles temporários e mundanos, reunidos em torno da mesa, formam um ………………. (segundo grupo).

    1. retângulo horizontal
    2. triângulo vertical
    3. quadrado
    4. retângulo vertical

  8. Existe um espaço vazio entre os dois grupos, como a diferenciar os dois mundos. A mão de Cristo faz a ligação entre eles:

    1. num forte gesto de amor
    2. reafirmando seu chamado
    3. reforçando sua divindade
    4. numa forte simbologia

  9. A mão de Cristo está quase exatamente como a pintada por …………. em Criação de Adão.

    1. Michelangelo
    2. Fra Angelico
    3. Rafael Sanzio
    4. Giotto di Bodane

  10. Todas as afirmativas acerca do grupo de Mateus estão corretas, menos:

    1. Os cinco indivíduos  ao redor da mesa apresentam idades variadas.
    2. Mateus parece ser a figura menos importante do grupo de amigos.
    3. O traje de Mateus condiz com a sua posição de arrecadador de impostos.
    4. Os amigos de Mateus parecem desfrutar de uma situação privilegiada.

  11. Ao analisar a composição, o observador tem o seu olhar puxado para ………….. em razão da intensidade da luz.

    1. a figura de Mateus
    2. Jesus e São Pedro
    3. o grupo de amigos
    4. a janela acima

  12. A intensa luz que cobre o rosto de Cristo e alastra-se pelas costas de seu discípulo:

    1. Vem da janela acima deles.
    2. Chega através do teto.
    3. Vem do grupo à mesa.
    4. É emanada deles próprios.

  13. A divindade de Jesus é reforçada ………………………… que tem uma parte absorvida por outra fonte de luz.

    1. pelo halo acima de sua cabeça
    2. pelo forte gesto de sua mão
    3. pela luz emanada do rosto
    4. por estar acompanhado de Pedro

  14. O corpo do Mestre é ofuscado pelo corpo de ………….. que se encontra à sua esquerda, apenas seu rosto e a mão que aponta para Mateus estão iluminados.

    1. Mateus
    2. um dos amigos de Mateus
    3. de Pedro
    4. do dono do local

  15. O facho de luz, entrando pela parte ……………….., foca Mateus e seu grupo com intensidade, como se quisesse mostrar que ali está o escolhido pelo Mestre.

    1. inferior do lado esquerdo
    2. inferior do lado direito
    3. superior do lado esquerdo
    4. superior do lado direito

  16. A iluminação é irreal nesta composição, a luz é o elemento responsável por ………………. a cena, ao lado da auréola sobre a cabeça do Mestre. Sem ela a composição perderia todo o seu caráter religioso.

    1. ampliar
    2. colorir
    3. clarear
    4. divinizar

  17. Todas as alternativas relativas à iluminação da obra estão corretas, exceto:

    1. Evidencia o gesto de Jesus que aponta o seu dedo para Mateus.
    2. A luz que ilumina a cena não vem da janela, mas de um ponto no quadro.
    3. A luz foca Mateus e seu grupo, como se mostrasse que ali está o escolhido.
    4. O quadro é trabalhado na contraposição de luz e sombra.

  18. São Mateus foi sempre tido como o homem de barba que aponta para si, cujo gesto é traduzido como se perguntasse: “Quem, eu?” Uma interpretação mais atual sugere que o homem barbado, na verdade, aponta para o jovem que se encontra de cabeça baixa, imerso na contagem do dinheiro, de modo que a pergunta do homem de barba seria: “Ele?” Outros críticos de arte acham que Caravaggio deliberadamente deixou a composição ambígua a fim de que:

    1. A escolha coubesse ao observador.
    2. As pessoas prestassem mais atenção na obra.
    3. A cena retratasse uma realidade improvável.
    4. Qualquer personagem pudesse ser o apóstolo.

  19. A luz é muito bem manipulada pelo pintor: a janela visível coberta com oleado, muito provavelmente para fornecer luz difusa ao estúdio do pintor; a luz superior, para iluminar o rosto de São Mateus e do grupo sentado; e a luz por trás de Cristo e de São Pedro, introduzida apenas com eles. Pode ser que esta terceira fonte de luz é pretendida como milagrosa, caso contrário São Pedro teria que lançar sombra sobre:

    1. Jesus Cristo
    2. São Mateus
    3. o jovem à sua frente
    4. a mesa com o grupo

  20. Caravaggio compôs esta tela com cores vivas, usando contrastes ousados de ……………. e texturas diferentes de veludo e pele macia.

    1. vermelhos, dourados e verdes
    2. verdes, azuis e dourados
    3. vermelhos, marrons e dourados
    4. dourados, amarelos e marrons

Gabarito
1.b / 2.c / 3.d / 4.a / 5.b / 6.c / 7.a / 8.d / 9.a / 10.b / 11.c / 12.d / 13.a / 14.c / 15.b / 16.d / 17.b / 18.a / 19.c / 20.a

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Lichtenstein – NUVEM E MAR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor estadunidense Roy Lichtenstein (1923–1997) nasceu numa família de classe média alta. Seu contato informal com a pintura teve início em sua adolescência — em casa —, época em que também passou a demonstrar interesse pelo jazz, como mostram os muitos retratos pintados por ele, de músicos tocando seus instrumentos. Seu contato formal com arte deu-se quando tinha 16 anos de idade, ao frequentar as aulas da Liga dos Estudantes de Arte, sob a direção de Reginald Marsh. Seu objetivo era ser um artista. Foi depois para a School of Fine Arts da Ohio State University — uma das poucas instituições do país que possibilitavam a licenciatura em belas-artes. Ali recebeu influência de seu mestre Hoyt L. Sherman, dando início aos trabalhos expressionistas.

A composição intitulada Nuvem e Mar é uma paisagem do artista, feita em esmalte sobre aço, em que ele usa formas simples. Foi criada em seu período mais popular. Ele iniciou seu trabalho pop, inspirado nos quadrinhos, usando inicialmente a paisagem. Ainda que viesse a tomar outro rumo em relação a esta temática, Lichtenstein jamais a abandonou, usando-a com certa regularidade. No lugar do sombreamento ele se inspira nos pontos Bem-Day — exagerando no efeito — que à época era usado na impressão da arte dos quadrinhos. É possível notar que o uso de pontos mais escuros em um fundo mais claro dá mais profundidade ao céu e às nuvens sem, contudo, diminuir os contornos fortes.

O que impressiona é o fato de o artista fazer uso de uma cena comum de uma maneira que parece inovadora até mesmo nos dias de hoje. Ele foi capaz de lançar mão de algo simples e transformá-lo em arte, usando linhas e pontos simples nas camadas da cena, transformando-a em algo novo.

Ficha técnica
Ano: 1964
Técnica: esmalte sobre aço
Dimensões: 76 x 152,5 cm
Localização: Museu Ludwing, Colonia, Alemanha

Fontes de pesquisa
Lichtenstein/ Editora Taschen
http://lichtensteinpaintings.com/cloud-and-sea/

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LUZ E SOMBRA – CARAVAGGIO (Aula nº 66)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

  

Caravaggio trouxe um realismo para a pintura em suas ardentes representações tanto de temas sagrados como seculares. Pintando diretamente sobre suas telas, usando efeitos exagerados de luz e sombra, ele interpretou respeitáveis santos e humildes pecadores, através das lentes do sofrimento e da emoção humana. A arte de Caravaggio foi revolucionária, sua vida foi trágica e seus seguidores foram inúmeros (David Gariff)

O que Caravaggio desejava era a verdade. A verdade tal como ele a via. Não nutria preferência alguma pelos modelos clássicos nem respeito pela beleza ideal. Queria romper com os convencionalismos e pensar a arte por si mesmo. (E.H. Gombrich)

Em arte tudo o que não for tirado da vida é frivolidade. (Caravaggio)

Pelo horror que sentia diante dos ideais tolos, Caravaggio não corrigia nenhum defeito dos modelos que parava na rua para fazê-los posar. Vi algumas de suas pinturas que foram recusadas por pessoas que lhes haviam encomendado. O reino da feiura ainda não havia chegado. (Stendhal)

Caravaggio era um pintor preocupado com a verdade tal como a via, de modo que representar os modelos clássicos ou ter qualquer forma de compromisso com a “beleza ideal” não faziam parte de seus objetivos. Tanto é que desprezava aqueles que se recusavam a retratar a fealdade. Considerava-os fracos e indignos de serem levados a sério. Por isso, desde cedo procurou afastar-se das convenções e buscou repensar a arte de uma forma diferente, rejeitando a beleza idealizada da arte renascentista, desprovida de realidade, de verdade natural e de honestidade emocional. Pouco lhe importava que a natureza retratada fosse feia ou bela, interessava-lhe apenas a verdade.

O pintor era intransigente no estudo que fazia da natureza e, se a realidade da vida era crua, ainda assim deveria ser retratada. Caravaggio recusava-se a seguir as normas estabelecidas pelo Concílio de Trento que exigiam que a representação pictórica das Escrituras Sagradas tivesse como objetivo edificar o povo ignorante, mas sem perder a dignidade e a nobreza da arte. Ele se colocou contra o ideal de beleza do Renascimento, ao mostrar o mundo de uma forma diferente e extremamente realista, chocando muito de seus contemporâneos.

Como acontece com quase todos os gênios em sua época, Caravaggio foi incompreendido por muitos de seus contemporâneos que achavam que ele não tinha respeito pela beleza e pela tradição, tendo como único objetivo chocar o público. Por isso, alcunharam-no de “naturalista”, “gênio do mal”, o “anticristo da pintura” e de “il tenebroso”. Ele não copiava os modelos tradicionais, pintava os modelos vivos sem lhes retirar as cicatrizes ou as marcas do tempo. A verdade é que seus detratores não foram capazes de perceber a seriedade com que ele executava seu trabalho, tanto é que, quatro séculos depois, sua obra continua a encantar gerações, pois a sua contribuição para a arte da pintura jamais poderia ser ignorada.

Segundo os estudiosos da obra de Caravaggio, é nos quadros religiosos que ele deixa a sua grande contribuição à história da arte, com seus temas impregnados de verdade, onde é revelada a dimensão humana do sofrimento, criando uma vigorosa mistura entre o terreno e o espiritual, o real e o místico, sendo capaz de captar o momento exato da dor, expondo-a em toda a sua crueza. Na sua tela, Judite e Holofernes (ilustração à esquerda) aparece pela primeira vez o fundo preto (tenebroso), destacando-se sobre o mesmo as figuras iluminadas por um processo de luz artificial, elementos que se tornaram típicos de sua obra.

Caravaggio trabalhava com efeitos de luz e sombra exagerados. Suas figuras são vistas em perspectiva reduzida, movimentos diagonais e fortes toques de cor em oposição aos temas principais. Através da técnica usada, seus personagens refletem uma intensa emoção, embora o seu estilo de pintura pareça muitas vezes confuso e desorientado, eles são verdadeiros, poderosos e ousados. Foi o primeiro dos pintores a adotar o estilo “tenebrista”, cujo objetivo era destacar a escuridão e não a luz. Sendo que em sua obra destacam-se as trevas e a violência. Em várias de suas telas são mostrados espadas, punhais e facas, assim como decapitações e sangue. E, segundo seus biógrafos, embora ele cumprisse os prazos de entrega de suas obras, não aguentava trabalhar por períodos longos, precisando da companhia de seus tortuosos amigos.

Muitas telas de Caravaggio foram rejeitadas sob o argumento de que eram muito realistas e alguns patronos religiosos argumentavam que certas obras eram blasfematórias, mas essa não era bem a verdade, pois o pintor esforçava-se apenas para retratar fielmente o mundo, de modo que suas figuras tivessem o maior compromisso possível com a verdade. Se a sua franqueza resultava numa representação ousada da realidade, era assim que tinha que ser no seu compromisso com a verdade. Enquanto os pintores de então só conseguiam reproduzir certos temas em ambiente natural, Caravaggio retratava-os em locais escuros e sem outros elementos, certo de que a luz e as cores haveriam de dar-lhes formas em contraste com as sombras. E, apesar das rígidas normas que cerceavam a liberdade artística na época, — principalmente por parte da Igreja — o pintor botou no lugar dos santos personagens humanos retirados das ruas.

A arte de Caravaggio — apesar de incompreendida no seu tempo — angariou muitos seguidores pela Europa, os chamados “caravaggescos” que imitavam seu estilo, originando escolas de seguidores, cuja obra é definida como “caravaggesca”. Entre eles, podemos destacar grandes nomes da pintura como Diego Velázquez que ficou muito sensibilizado com o estilo do pintor, com as descobertas feitas por ele no campo da pintura e o modo como abriu mão das convenções em prol da observação desapaixonada da natureza. Rembrandt, assim como Caravaggio, via na verdade e na franqueza muito mais valor de que na harmonia e na beleza. Embora tenha sido apreciado por poucos de seus contemporâneos, artistas subsequentes viram nele um dos mais geniais mestres de todos os tempos.

Os contrastes entre luz áspera e quase cegante, e sombra, sempre profunda, carregam a obra de Caravaggio de grande religiosidade e intensidade dramática, trazendo à arte sacra um sentimento de realidade. Suas figuras parecem reais e palpáveis, como se suas ações estivessem acontecendo no momento em que o observador as vê. A cena destaca-se com uma honestidade tocante. A técnica do “chiaroscuro”, usada pelo artista, embora exibida um século antes por Leonardo da Vinci, foi aprimorada por ele. É interessante conhecer o recurso científico usado por Caravaggio para produzir o seu jogo imprescindível de luz e sombra. Ele usava um quarto com paredes negras (câmara escura) no qual inseria fachos de luz nos locais que desejava colocar em evidência. Para a época, a sua experimentação era fantástica, bem à frente de seu tempo.

Embora os puristas criticassem-no por não ter educação formal, inclusive faltando-lhe o uso do esboço, isso não o preocupava. Ele simplesmente desenhava direto sobre a tela, pintando por cima, não fazendo uso da tradicional intervenção do desenho, resultando numa obra admirável. O artista achava que a introdução de uma ideia preconcebida na composição tornava-a inverídica. Tanto os academicistas quanto a Igreja ficaram escandalizados com sua postura. O seu talento para as naturezas-mortas era extraordinário, tanto é que o biógrafo Giovanni Pietro Belloni escreveu que Caravaggio foi o primeiro pintor a transformar uma natureza-morta em um gênero plástico autônomo. Cesto de Frutas (ilustração à direita) é a única obra sobrevivente em se tratando de frutas.

No seu tempo Caravaggio trabalhou com os mesmos temas em voga, religiosos e mitológicos, mas com a diferença de que transformou a visão do mundo sobre a arte. Dava a objetos e personagens a mesma relevância, questionando a visão renascentista de antropocentrismo. A partir do século XX suas inovações passaram a ser compreendidas com profundidade e sua obra passou a ocupar um lugar de destaque na história da arte. A sua vida pessoal e a sua obra continuam inspirando a arte contemporânea em seus vários campos.

Caravaggio trouxe para a pintura o mesmo contexto social no qual estava inserida a sua vida. Fez uso da luz artificial, optando antecipadamente pelos efeitos e reflexos a serem registrados, de modo que seus personagens saltam da escuridão, captados pela luz, estabelecendo o papel de cada um na trama representada, sem disfarçar a realidade que foi atentamente observada por ele. Luz e sombra foram uma constante na vida do grande pintor, tanto na sua arte quanto na sua vida pessoal.

Exercício
1.  Qual era a visão que Caravaggio tinha sobre a pintura?
2. Como Caravaggio produzia luz e sombra (chiaroscuro) em suas obras?
3. Você concorda com o modo como o artista retratava sua pintura? Por quê?

Ilustração: 1. Judite e Holofernes/ 2. Cesto de Frutas

Fontes de pesquisa:
Grandes mestres da pintura/ Coleção Folha
Grandes mestres/ Abril Coleções
A história da arte/ E. H. Gombrich
Los secretos de las obras de arte/ Taschen
Revista Veja/ Maio/ 2012

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