A TRANSFIGURAÇÃO DE CRISTO (Aula nº 50 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor Giovanni Bellini foi um dos grandes mestres de Veneza. Mesmo tendo nascido e morrido nessa cidade, não vivia isolado do trabalho de outros artistas, inclusive estudou o estilo de vários pintores do norte da Europa, absorvendo influências externas. Embora fosse considerado o mais importante pintor de sua cidade, estava sempre em busca de nova aprendizagem. Queria apreender novos estilos e técnicas com os pintores mais novos e com seus alunos. Jamais se deu por completo. Pode-se dizer que seu trabalho pictórico é sustentado pelo trinômio: humanização das figuras; domínio da cor sobre o desenho; e o uso da paisagem como parte essencial da cena.  A composição que estudamos hoje encontra-se é uma das obras-primas do artista. Primeiramente é necessário acessar o link Giovanni Bellini – A TRANSFIGURAÇÃO DE CRISTO e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

Obs.: Os participantes devem ler integralmente o texto indicado pelo link, a fim de aguçar a sua capacidade de interpretação de obras.

  1.  O quadro A Transfiguração de Cristo é uma das maiores obras-primas do final do século ………… da pintura em Veneza, obra do pintor italiano Giovanni Bellini que mostra uma passagem da vida de Jesus Cristo em meio a uma ampla paisagem.

    1. XII
    2. XIII
    3. XIV
    4. XV

  2. A paisagem já demonstra o interesse do artista por árvores, flores, formas arquitetônicas e pelo céu com seus diferentes tons. Chamam atenção…………. das roupas dos personagens com suas dobras belamente trabalhadas.

    1. o caimento
    2. as cores
    3. os pormenores
    4. o comprimento

  3. Segundo os relatos bíblicos, enquanto o Mestre Jesus encontrava-se em oração, seu corpo começou a resplandecer de uma forma jamais vista e imediatamente ladearam-no os profetas:

    1. Elias e Moisés
    2. Samuel e Jeremias
    3. Josué e Oseias
    4. Zacarias e Malaquias

  4. Os personagens da composição foram retratados …………., elevando Jesus e os dois profetas acima da paisagem.

    1. de cima para baixo
    2. de baixo para cima
    3. da esquerda para a direita
    4. da direita para a esquerda

  5. A figura que ocupa o centro da paisagem a de:

    1. Tiago
    2. Pedro
    3. João
    4. Jesus Cristo

  6. Os dois profetas estão voltados para o Mestre. As três figuras encontram-se em ………….. que se amplia com a posição de uma árvore de cada lado.

    1. oposição
    2. assimetria
    3. simetria
    4. densitometria

  7. Aos pés de Cristo e dos dois profetas do Antigo Testamento encontram-se no chão os apóstolos Pedro, Tiago e João, visivelmente espantados.

    Marque a resposta incorreta:

    1. Pedro é o apóstolo do meio, ajoelhado e trajando um manto vermelho.
    2. Tiago está à esquerda com seu manto escuro, indicando um gesto de fuga.
    3. João, com seus cabelos cacheados, encontra-se a direita, sentado no chão.
    4. Eles estão em assimetria que é quebrada apenas pelo tronco em frente a Tiago.

  8. Uma cerca em diagonal aparece à direita em ………… plano e, após ela, vê-se um abismo rochoso, separando o observador da cena sagrada à sua frente.

    1. primeiro
    2. segundo
    3. terceiro
    4. quarto

  9. A cerca em diagonal separa:

    1. A natureza das edificações arquitetônicas.
    2. Jesus e os profetas dos apóstolos.
    3. O mundo terreno do mundo divino.
    4. Jesus, apóstolos e profetas do povo do lugar.

  10. Observando-se os elementos que se encontram na composição, é possível concluir que a transfiguração de Cristo acontece:

    1. na parte da manhã
    2. ao cair da noite
    3. ao meio-dia
    4. ao nascer do dia

  11. Outras cenas acontecem em volta do grupo central.

    Marque a resposta incorreta:

    1. Um homem conduz seus animais.
    2. Uma rês branca está deitada ao lado da estradinha.
    3. Um pastor leva suas ovelhas de volta para casa.
    4. Dois homens assistem à transfiguração de Cristo.

  12. A técnica usada pelo pintor foi:

    1. óleo sobre tela
    2. óleo sobre madeira
    3. afresco
    4. guache

Melhore sua percepção: encontre a assinatura do pintor na obra.

Gabarito

1.d / 2.c / 3.a / 4.b / 5.d / 6.c / 7.d / 8.a / 9.c / 10.b / 11.d / 12.a

Nota: Conheça mais sobre a vida do artista, acessando o link:
Mestre da Pintura – GIOVANNI BELLINI

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Albrecht Dürer – AUTORRETRATO COM…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor alemão Albrecht Dürer é responsável por um dos mais belos autorretratos da história da pintura — sua obra Autorretrato com Casaco de Pele. Presume-se que tenha sido pintada nos primeiros meses do início do ano de 1500, alguns meses antes de seu aniversário que aconteceria no dia 21 de maio. De acordo com a inscrição ao fundo, ele estaria com 28 anos, próximos aos 29 que faria em maio do mesmo ano.

Dürer encontra-se entre os artistas do Ocidente que mais produziram autorretratos que foram de suma importância para mostrar o seu crescimento como pintor, assim como as transformações sofridas pela pintura de sua época, tendo caminhado de simples arte para o ofício e depois para as belas-artes, sendo ele um dos responsáveis por essa caminhada. É importante saber que, naquela época, uma pose frontal só era comum aos retratos religiosos, sobretudo para os de Cristo, sendo Dürer um inovador. A ausência de fundo no autorretrato torna-o atemporal, enquanto as inscrições parecem flutuar no espaço escuro.

O artista encontra-se no auge de sua beleza. Seu autorretrato de busto repassa ao observador a força de seus traços, demonstrando solenidade e dignidade. Com seus cabelos grandes, volumosos e cacheados e a mão direita erguida no meio do peito em postura de bênção, fixando o observador, Dürer parece ter tomado para si o modelo iconográfico do Cristo Redentor, representado nas pinturas medievais. Existem também outras semelhanças com as convenções da pintura religiosa de então, como a simetria e os tons escuros. Ele veste um luxuoso casaco com guarnição em pele. À sua direita a inscrição refere-se ao ano em que a pintura foi feita e ao seu monograma, e  à sua esquerda, uma inscrição em latim diz que o artista pintou seu autorretrato aos 28 anos de idade.  É tido como o autorretrato mais pessoal e icônico que fez.

O retrato de Dürer, ao lembra algumas representações medievais de Cristo, remete à sua quase divindade como pintor — um dos mais criativos de seu tempo —, concepção essa que coadunava com o conceito renascentista do ser humano. Presume-se que esta pintura tenha sido profundamente retocada pelo pintor em princípio de 1520, após sua visita aos Países Baixos. Tal constatação deve-se ao fato de que foi após essa época que sua obra ganhou grandeza e força, havendo inclusive maior intensidade no colorido. E apesar da simetria mostrar-se aparentemente rígida, é possível observar que alguns elementos fogem desta regra: a cabeça do artista — ocupando o centro da composição — está ligeiramente voltada para a direita; os cachos dos cabelos, caem diferentemente em ambos os lados, enquanto seu olhar inclina-se ligeiramente para a esquerda.

Ficha técnica
Ano: 1500
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 67 x 49 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://en.wikipedia.org/wiki/Self-Portrait_(D%C3%BCrer,_Munich)

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O RENASCIMENTO EM VENEZA (Aula nº 50)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

   

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Até agora vimos que Florença foi o berço do Renascimento na Itália, porém não podemos nos esquecer da próspera cidade de Veneza. É fato que em razão de seu acentuado comércio com o Oriente ela levou bem mais tempo do que outras cidades italianas para se adequar ao estilo renascentista, ao uso da forma clássica grega e às construções do arquiteto Filippo Bruneslechi. Porém, quando Veneza resolveu mudar sua orientação artística, ela o fez com muita competência, dando ao estilo um novo estímulo, enchendo-o de pompa e de brilho.

Aos grandes mestres de Florença interessava muito mais o desenho do que a cor. Embora suas obras apresentassem cores requintadas, a maioria deles concluiu que a melhor maneira de usar a cor era trabalhar primeiro com a perspectiva da composição, antes de usar a tinta. Os pintores de Veneza, ao que parece, não achavam que a cor se tratasse apenas de um ornamento adicionado à pintura. Para eles ela era vital. Portanto, se os pintores clássicos da Itália central conseguiram uma nova e completa disposição entre as partes de suas obras, ao levar em conta o desenho perfeito e o arranjo equilibrado, os mestres venezianos, seguindo a orientação de Giovanni Bellini,  fizeram uso da cor e da luz para transformar num todo os seus maravilhosos trabalhos.

A Biblioteca de São Marcos — também conhecida como “Biblioteca Nacional Marciana” — (ver ilustração à esquerda e no centro), cujo arquiteto responsável foi Jacopo Sansovino (1486-1570) que, embora fosse florentino, foi capaz de adaptar seu trabalho ao espírito e à índole de Veneza, cidade de uma vívida luminosidade que se despeja sobre suas lagunas. Esse edifício é um dos mais belos exemplos da arte veneziana do Cinquencento (período do Renascimento referente ao século XVI).

Veneza é vista como o centro cultural mais ativo no perdurar do século XVI. O seu crescimento demográfico pulou de cerca de 100.000 habitantes em 1500 (século XV) para cerca de 170.000 em 1563 (século XVI), ampliando consideravelmente a riqueza entre seus habitantes. Algumas causas contribuíram para que isso acontecesse: o comércio internacional, sobretudo com o Oriente; o trabalho de manufatura; o progresso da agricultura nos seus territórios peninsulares que incluía outras cidades com ligações culturais e de mecenato com ela.

Várias fontes de mecenato contribuíram para o desabrochar da arte em Veneza: o governo republicano, as famílias patrícias mais abastadas que comandavam o governo; as várias confraternidades (scuole); as ordens religiosas que competiam entre si para ver quem mais encomendava obras de arte. Os venezianos buscavam fazer de Veneza um rival de Roma. As artes, para tanto, deveriam mostrar sua capacidade cultural, levando em conta suas transformações com o Mediterrâneo Oriental e as influências recebidas de Constantinopla (antiga Bizâncio e atual Istambul) e da Igreja do Oriente.

Segundo o escritor inglês Nicholas Mann — um estudioso do humanismo italiano — em seu livro “Renascimento”, a cidade de Veneza ganhou projeção em muitos campos artísticos, sempre buscando mostrar a sua influência: “na publicação e na difusão de imagens; na pintura a óleo e no uso das cores; na construção de palácios grandiosos sobre canais ou de habitações modestas e bem organizadas para os artesãos; na música coral, madrigais e no desenvolvimento da música para instrumento de corda; na criação de cristais requintados; no teatro vernáculo, tendo construído uma casa de ópera pública em 1637 e em procissões de entretenimento”.

Ao transformar-se num centro fundamental de impressão, Veneza não apenas diminuiu o preço dos livros como os popularizou. Livros foram publicados em latim, grego e do hebraico para o erudito. Vieram também novelas, histórias e diálogos em italiano para um público cultural mais extenso, leituras elementares para os que buscavam a alfabetização. Houve a impressão de músicas, atlas e mapas e também ilustrações para textos sobre anatomia e botânica.

Os artistas venezianos do século XVI também avançaram quanto às técnicas e à aplicação da pintura a óleo sobre tela. Importantes mestres fizeram parte dessa época em Veneza, como Lorenzo Lotto e Ticiano que deram uma nova profundidade psicológica e impulso visual ao retrato, através do uso da cor e da composição estrutural. A narrativa pictórica passou a ser criada principalmente em óleo sobre tela. Jacopo e Tintoretto produziram imensas telas com narrativas do Antigo e do Novo Testamento. Giorgione assombrou o mundo com a beleza de sua obra “A Tempestade”. Também podemos citar mestres como Ghirlandaio, Pegurugino, Carpaccio, Veronese, Sebastiano del Piombo, etc., mas o grande nome do Alto Renascimento em Veneza foi sem dúvida Ticiano Vecellio.  Estudaremos esses artistas nas próximas aulas.

Exercício

1. O que impediu Veneza de acompanhar Florença em relação ao Renascimento?
2. Que motivos levaram Veneza a transformar-se num grande centro cultural?
3. Em quais campos Veneza ganhou projeção, segundo Nucholas Mann?

Ilustração: 1. Biblioteca de San Marco (1536) / 2. Interior da Biblioteca de San Marco/ 3. Vista do Cais da Enseada de São Marco, obra de Canalleto c. 1740/1745

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich
Renascimento/ Nicholas Mann

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O JUÍZO FINAL (Aula nº 49 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

 

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Michelangelo Buonarroti — juntamente com Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio — é um dos artistas mais brilhantes da arte florentina, destacando-se tanto na arte pictórica quanto na escultórica. Hoje vamos estudar uma de suas belíssimas obras pictóricas, sobre a qual assim falou o historiador Giorgio Vasari: Arte da pintura, diretamente inspirada por Deus… mostra-nos a miséria dos malditos e a alegria dos benditos… nele se podem ver maravilhosamente retratadas todas as emoções que a natureza humana pode experimentar… as figuras de Micelangelo revelam pensamentos e emoções que somente ele soube exprimir”. Primeiramente é necessário acessar o link Michelangelo – O JUÍZO FINAL e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

Obs.: Enriqueça a sua capacidade interpretativa das obras de arte acessando o link acima. Faz-se necessário ler o texto integralmente.

  1. O Juízo Final, afresco que ocupa a parede do altar da …………..,  é composto por cenas religiosas e mitológicas.

    1. Capela dos Medici
    2. Capela Sistina
    3. Capela Sasseti
    4. Capela de S. Maria do Povo

  2. Na pintura acima tudo gira em redor da figura de ………, como se essa estivesse se levantando, com o joelho direito ainda dobrado.

    1. Jesus Cristo
    2. São Lourenço
    3. São Pedro
    4. São Paulo

  3. Todas as alternativas sobre o gestual de Jesus Cristo estão corretas, exceto:

    1. A mão direita ergue-se num gesto de condenação dos pecadores.
    2. A mão esquerda chama os eleitos para o paraíso prometido.
    3. O braço esquerdo reforça a sensação de movimento giratório em toda a obra.
    4. Tendo a sua Mãe ao lado, Jesus se mostra numa atitude decisiva.

  4. Michelangelo, ao iniciar esta pintura, tinha quase 60 anos de idade  e ainda continuava preferindo a:

    1.  pintura à escultura
    2. arquitetura à pintura
    3. arquitetura à escultura
    4. escultura à pintura

  5. As quatro cenas estão dispostas em quatro trechos horizontais:

    1. Os dois trechos superiores pertencem à ordem celestial.
    2. Nos trechos superiores concentra-se um número menor de figuras;
    3. Os dois trechos inferiores pertencem ao mundo terreno e ao Inferno
    4. Os dois trecho inferiores foram inspirados em “A Divina Comédia” de Dante.

  6. Existem neste afresco de cerca de ……………… figuras, entre santos, patriarcas, apóstolos, mártires, virgens, anjos, homens, etc.

    1. quatrocentas
    2. duzentas
    3. setecentas
    4. trezentas

  7. No que diz respeito ao tamanho das figuras, apenas uma das alternativas está incorreta:

    1. As figuras são apresentadas em diferentes tamanhos.
    2. As figuras maiores representam a ordem celestial.
    3. O grupo central, onde está Cristo, tem uma escala menor.
    4. As figuras que representam o mundo terreno são menores.

  8. Quanto à disposição das figuras, marque a alternativa errada:

    1. Na parte superior da parede estão Cristo, a Virgem e dois grupos de santos e de mártires.
    2. Ao centro estão os anjos com trombetas e dois grupos simétricos de eleitos subindo ao céu, enquanto os condenados são lançados ao Inferno.
    3. Nas duas lunetas (no alto da composição) — os anjos trazem os símbolos da paixão.
    4. Na base, à esquerda, Coronte atravessa os condenados em sua barca em direção a Minos e outros demônios.

  9. Na parte superior, Jesus Cristo — figura central da composição — surgindo de um nimbo de luz dourada, está sentado, acompanhado pela Virgem e rodeado pelos doze apóstolos, ………., anjos, eleitos e santos.

    1. seu pai adotivo José
    2. João Batista
    3. sua avó Sant’Ana
    4. Deus Pai

  10. Todos os santos estão identificados por seus tributos, exceto:

    1. São Paulo pela grelha de seu martírio.
    2. São Pedro pelo feixe de chaves.
    3. São Sebastião pelas flechas.
    4. Santa Catarina pela roda de facas.

  11. Os atributos da Paixão de Cristo presentes na obra são:

    1. a coroa de espinhos
    2. a cruz e os cravos
    3. a coluna da flagelação
    4. Todas as respostas estão corretas.

  12. 12 A figura ………….  é o centro temático e simbólico da cena representada e também o centro compositivo da obra.

    1. da Virgem Maria
    2. de São Pedro
    3. de Jesus Cristo
    4. de Santa Catarina

  13. Todas as afirmativas sobre o modo como Cristo é retratado na composição estão corretas, exceto:

    1. Traz os cabelos curtos.
    2. Sua barba é ruiva.
    3. Seu corpo é atlético.
    4. Possui forte gestual.

  14. Ainda no que diz respeito a Cristo em relação à obra, só uma resposta está errada:

    1. Sua cabeça e mão direita, assim como o olhar, estão voltados para o grupo de pecadores que se encontra à sua esquerda.
    2. Nos pés e mãos ainda estão as marcas de sua flagelação e há também um pequeno corte logo abaixo de seu peito direito.
    3. A mão direita levantada acima da cabeça exprime autoridade e determinação, sinal de que chegou a hora de julgar os justos e os pecadores,
    4. Não se trata mais do Cristo misericordioso, mas de um juiz com toda a sua “terribilidade”.

  15. Logo abaixo do Cristo juiz encontram-se os sete anjos ……….., fazendo soar suas trombetas, anunciando a hora do Juízo Final para toda a humanidade. Um deles segura o Livro da Vida e o outro, o Livro da Morte.

    1. núncios da Boa Nova
    2. auxiliares de Cristo
    3. da Ressurreição
    4. do Apocalipse

  16. Todas as afirmativas sobre os anjos presentes no afresco estão corretas, exceto:

    1. À direita deles os bons vão deixando seus túmulos, puxados por outros anjos, para ascenderem aos céus.
    2. À esquerda deles se encontram os maus, empurrados por anjos e puxados pelos demônios para o inferno.
    3. Anjos com seus mantos cinzas carregam os atributos da Paixão de Cristo.
    4. O primeiro deles, com a mão no rosto em atitude de horror, é puxado por demônios até a barca que o levará para o inferno.

  17. Apenas uma das afirmativas sobre a Virgem Maria está incorreta:

    1. Implora ao Filho por clemência para com a humanidade.
    2. Tem suas súplicas atendidas por seu Filho.
    3. Observa entristecida o mundo terreno abaixo.
    4. Acompanha o Filho durante o julgamento.

  18. Coronte, figura mitológica, está presente na obra “A Divina Comédia” de Dante Alighieri. Ele é:

    1. o barqueiro dos mortos
    2. o assistente de Mino
    3. o capataz do Inferno
    4. o conselheiro dos condenados

  19. Sobre as cenas da ressurreição podemos afirmar que, exceto:

    1. Anjos com cornetas acordam os mortos que saem de seus túmulos, entorpecidos.
    2. Os esqueletos dos que já morreram estão sendo encobertos pela carne. 
    3. Os eleitos situam-se na parte inferior da composição, à direita.
    4. Figuras de corpos robustos movimentam-se, deixando um vazio no centro.

  20. O pintor, para se vingar de um de seus críticos, retratou-o com a aparência de:

    1. Um pecador sendo consumido pelo fogo do Inferno.
    2. Uma mulher sendo empurrada para dentro da boca do Inferno.
    3. Um homem preso pelos braços musculosos de um demônio nu.
    4. Minos com uma serpente enrodilhada no corpo, a morder seus genitais.

  21. Michelangelo se autorretrata nesta obra. É preciso muita acuidade para encontrá-lo, algo necessário a um estudante de arte. Cabe ao participante encontrá-lo e contabilizar um ponto na soma do gabarito. Se não conseguir, não conte o ponto (ver texto sobre a obra).

Gabarito
1.b / 2.a / 3.c / 4.d / 5.b / 6.a / 7.c / 8.d / 9.b / 10.a / 11.d / 12.c / 13.b / 14.a / 15.d / 16.c / 17.b / 18.a / 19.c / 20.d / 21….

Obs.: Conheça mais sobre a vida do artista acessando o link abaixo: 
Mestres da Pintura – MICHELANGELO BUONARROTI

 

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NEOPLATONISMO E CRISTIANISMO (Aula nº 49)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O acentuado interesse dos humanistas italianos pela literatura clássica grega deu-se em razão da interação com os eruditos gregos, quando Constantinopla — capital do Império Bizantino — foi tomada pelos turcos otomanos, fazendo com que muitos letrados gregos bizantinos buscassem asilo nas cidades italianas. Esse foi o primeiro passo para que o filósofo grego Platão se tornasse cada vez mais conhecido. Contudo, os textos levados para a Itália não eram totalmente puros, pois diziam respeito a comentários feitos durante os primeiros séculos da era cristã. Não se tratava da filosofia pura de Platão, mas da interpretação dela, daí o título de “neoplatonismo” (neo = novo), podendo conter muitas distorções.

Os neoplatônicos do século XV defendiam que a arte (arquitetura, literatura e a música) devia chegar o mais próximo possível da perfeição e da harmonia que orientavam o trabalho de criação de Deus. Os filósofos neoplatônicos anunciavam que era de fundamental importância que o mundo material e o espiritual formassem uma só unidade. Eles acreditavam que o homem (erudito ou adepto), ao estudar o movimento das estrelas e ao recitar as súplicas e os hinos, seria capaz de ocupar um lugar mais elevado dentro da hierarquia do Universo e, assim, alcançar a perfeição espiritual. Essa visão do neoplatonismo foi muito importante para o mundo da alquimia e da astrologia e, ainda que indiretamente, abriu caminho para a revolução científica do século XVII.

A história tem nos mostrado que quanto mais inculto for o grupo que professa uma crença — qualquer que seja ela —, maior é a possibilidade de acontecer exageros, inadequações e temeridades. O início do cristianismo não foi diferente. O acolhimento daquilo que era pregado nos sermões era tomado ao pé da letra, tido como uma verdade divina absoluta, sem que as pessoas esboçassem qualquer capacidade crítica, — fato que ainda acontece nos dias de hoje nos mais diferentes credos. Deus há muito deixou de operar de acordo com a sua esperada grandeza, para se tornar um garoto propaganda da pecúnia e do poder dessa ou daquela religião ou seita.

Agindo os fiéis de pleno século 21, exatamente como se comportavam os fiéis da Idade Média, não nos causa surpresa que essa mesma visão religiosa medieval continuasse tão conturbada durante o Renascimento. Só para se ter uma ideia, com o crescimento das cidades, mercadores e financistas — amedrontados com a possibilidade de perderem a salvação eterna — compactuavam com o “divino”, empregando somas fabulosas em obras de arte devocional ou deixavam seus bens para a Igreja. Ainda que seguindo uma via questionável, isso foi importante para a arte, pois a Igreja era extremamente generosa como mecenas.

A peste negra abateu-se sobre a Europa em meados do século XIV, aniquilando um número considerável de vidas, levando muitos a crerem no suposto “fim do mundo”. Na Itália ela foi responsável — dentre outros fatos — pelo atraso da construção da catedral de Florença. O mais paradoxal nesse acontecimento medonho que assolou a humanidade é que ele acabou por impulsionar a arte, uma vez que homens e mulheres ricos vitimados pela peste, depositavam dinheiro nos santuários, esperando encontrar a salvação. Esse dinheiro era empregado nas obras envolvendo a arquitetura, a escultura, a pintura, contribuindo para empregar os artistas, etc. A Igreja era vista como o único guia religioso, responsável pela salvação eterna do indivíduo. E era a ela que as pessoas recorriam em suas prementes necessidades.

Naquela época, a ganância não era menor do que a vista nos dias de hoje, tanto é que o dinheiro emprestado a juros configurava um grande pecado. Contudo, o pecador tinha sua culpa perdoada desde que fizesse doações à Igreja e aos pobres. Dois grandes banqueiros europeus — os Bradi e os Peruzzi — deram muito serviço a Giotto, permitindo que o artista a criasse inúmeros afrescos de vida de santos. A intenção desses endinheirados era a de livrarem-se da culpa da usura e da avareza. Imaginemos nós o quanto os banqueiros de nossos dias —  com os lucros exorbitantes que acumulam nestes tempos — teriam que destinar às artes, para se livrarem do pecado do apego extremado ao dinheiro e da falta de generosidade para com os pequenos…

Muitos palácios foram construídos no século XV na Itália para mostrar a grandiosidade das famílias ou das instituições. As atitudes filosóficas relativas ao excesso de riqueza começaram a mudar nos últimos tempos daquela época. Se antes a pobreza era vista como um estado superior — conforme preconizava São Francisco de Assis — tal conceito foi ficando démodé. Não mais se condenava o excesso de riqueza de uns poucos e a miséria da imensa maioria da população, desde que os ricos mostrassem as virtudes da generosidade para com os pobres — sabe-se lá como. Como tudo se ajeita para os ricos neste mundo, não é mesmo?

Exercício

1. O que levou o filósofo grego Platão a tornar-se conhecido na Itália?
2. O que defendiam os neoplatônicos do século XV?
3. Qual era a visão religiosa dos fiéis do Renascimento?

Ilustração: A Escola de Atenas (detalhe), 1509, obra de Rafael Sanzio.

Fontes de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich
Renascimento/ Nicholas Mann

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Gerard ter Borch – MENINO CATANDO PULGAS…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O artista holandês Gerard ter Borch (1617–1681), também conhecido como Gerard Terburg, foi um reconhecido pintor de gênero. Era filho de Gerard ter Borch, o Velho, também artista, o que contribuiu para que ele desenvolvesse seu talento ainda muito jovem. Sua irmã Gesina ter Borch também se tornou pintora. É provável que tenha estudado com Willem Cornelisz Duyter ou com Pieter Codde. Foi um artista muito viajado, absorvendo vários tipos de influências. Em Madri, além de ser contratado, ainda recebeu a honraria de “Cavaleiro de Philip IV”, mas acabou retornando ao seu país. As obras encontradas do pintor são poucas — cerca de 80 —, espalhadas por diversos museus, coleções e galerias. As suas pinturas eram muito apreciadas em sua época, sendo ele mais conhecido como um pintor de gênero, especializado, sobretudo, em representações da vida doméstica da classe média e de seus rituais.

A composição Menino Catando Pulgas com um Cão no Colo — também conhecida como Menino com Seu Cão — é uma das muitas cenas de gênero deixadas pelo artista. Apesar de aparentemente simples e direta, há nela muitas influências trazidas pelo pintor de suas viagens. Lembra inclusive a pintura do espanhol Bartolomé Estéban Murillo — contemporâneo de Borch.

Um garoto está sentado com seu dócil cãozinho no colo, catando-lhe as pulgas. Suas mãos, trazendo as duas unhas dos dedos polegares unidas, mostram que ele acaba de encontrar uma pulga, dando-lhe um fim. Sua aparência é de pobreza, assim como o ambiente em que se encontra. Está sentado sobre uma pequena cadeira de madeira e junco, tendo à sua esquerda uma mesa tosca, forrada, com um caderno de notas e um cachimbo em cima, provavelmente de seu pai. À sua frente, em primeiro plano, está um banco de madeira, sobre o qual se encontra um roto chapéu de palha. O garoto mostra-se totalmente entretido na sua busca.

Ficha técnica
Ano: 1662
Técnica: tela transferida para madeira
Dimensões: 32,5 x 28 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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