Canaletto – VISTA DE VENEZA NA…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor e gravador italiano Canaletto (1697 – 1768), cujo nome de batismo era Giovanni Antonio Canal, era filho do pintor e cenógrafo Bernardo Canal – seu primeiro mestre – e de Artemisia Barbieri. Era também tio do pintor Bernardo Belloto. O seu interesse inicial foi a cenografia, trabalhando como pintor de cena teatral, tendo feito uma viagem de estudo a Roma. Foi influenciado pelos artistas Giovanni Paolo Panini e Luca Carlevarijs – esse último especializado em pinturas de vedute (vistas) – pintando o cotidiano da cidade e de sua gente.

A composição intitulada Vista de Veneza com a Praça de São Marcos é uma obra-prima do artista que mostra a sua grande habilidade em relação aos detalhes topográficos e seu extremo talento para a composição. Ele costumava pintar suas “vedutes” (vistas) sob diferentes perspectivas, o que também fez com a praça de São Marcos, centro oficial da cidade de Veneza.

Uma das características da pintura de Canaletto é a utilização que faz da luz. Nesta composição ele oferece uma visão precisa da Basílica de São Marcos e do Palácio Ducal. Usa traços graciosos da arquitetura e faz uso da luz para dar leveza à obra. E deixa claro que a cena acontece num final de tarde, em razão das sombras compridas que se espalham pelo local.

A parte esquerda da praça é dominada pelo conteúdo arquitetônico ali presente. Em primeiro plano localiza-se a catedral bizantina de Veneza e, ao seu lado, está o palácio ducal com seu magnífico mármore branco e rosa-claro. Ao longe, depois da laguna, situa-se a ilha de San Giorgio Maggiore, onde se vê sua igreja, projetada pelo arquiteto Andrea Palladino.

A Basílica de São Marcos é conhecida como a Igreja Dourada (Chiesa d’Ouro). A sua parte externa contém cinco portais com arcos arredondados, embora o artista tenha pintado apenas três. Acima do arco central foram pintados mosaicos dourados. Sobre o arco encontram-se os quatro cavalos de São Marcos, roubados do Hipódromo de Constantinopla em 1204.

A perspectiva da obra direciona o olhar do observador para a Coluna de São Marcos que se ergue ao fundo, ladeada por inúmeras pessoas. Sobre ela repousa um leão – simbologia do santo evangelista. Uma segunda coluna é vista à direita, sobre a qual se encontra a estátua de São Teodoro de Amasea.

As figuras que se encontram na praça de São Marcos não são pintadas detalhadamente, ainda assim dão movimento à cena. Algumas se direcionam para a entrada da basílica, enquanto outras mostram-se paradas, conversando ou admirando o lugar.

Ficha técnica
Ano:  c.1735
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 46 cm x 63 cm
Localização: The Huntington, San Marino, Califórnia, EUA

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte / Editora Sextante
A história da arte / E.H. Gombrich

Views: 7

Teste – A ARTE DO ROCOCÓ

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Quatro estilos de arte surgiram na Idade Moderna: Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó. O movimento artístico intitulado Rococó surgiu na França, dando prosseguimento ao estilo Barroco. Diferentemente desse, tratava-se de um estilo mais leve que buscava expressar sentimentos agradáveis.

  1. Marque a alternativa em que os estilos artísticos que permearam a Idade Moderna encontram-se na ordem em que surgiram.

    1. Renascimento, Barroco, Rococó e Maneirismo
    2. Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó
    3. Barroco, Renascimento, Maneirismo e Rococó
    4. Rococó, Maneirismo, Barroco e Renascimento

  2. Dentre as características do estilo Rococó podem ser citadas, exceto:

    1. A representação da vida profana e da futilidade da aristocracia que buscava na arte apenas o prazer.
    2. O excesso de elementos curvos de rocaille, flores e conchas.
    3. As obras carregavam um estilo excessivamente decorativo.
    4. Tal estilo pecava, sobretudo, pela presença de um conteúdo sério.

  3. Embora seja um estilo bem parecido com o Barroco, uma das características que os diferenciam diz respeito às cores. Enquanto o Barroco trazia cores fortes e vivas, no Rococó elas eram apresentadas em tons:

    1. pastéis.
    2. iluminados.
    3. sombreados.
    4. matizados.

  4. O Rococó representou a vida profana e a futilidade da ___________ que buscava na arte apenas o prazer.

    1. plebe
    2. Igreja
    3. aristocracia
    4. nobreza

  5. O famoso estilo __________, visto em mobiliários e decorações durante o reinado do rei do mesmo nome, foi originado no período Rococó.

    1. Chanel
    2. Napoleão
    3. Luís Vitton
    4. Luís XV

  6. Jean-Honoré Fragonard criou mais de quinhentas obras no estilo Rococó, sendo sua obra considerada precursora do Impressionismo. A tela mais famosa chama-se:

    1. O Balanço.
    2. Vênus e Marte.
    3. A Primavera.
    4. As Meninas.

  7. Um dos pintores mais conhecidos do Rococó é:

    1. Françoise Boucher.
    2. Etienne-Maurice Falconet.
    3. Antoine Whatteau.
    4. Giambatista Tiepolo.

  8. O estilo Rococó surgiu na França como:

    1. um retorno ao Renascimento.
    2. um desdobramento do Barroco, só que mais leve.
    3. uma revisão da arte egípcia.
    4. um estilo similar ao Maneirismo.

  9. O Rococó surgiu logo após o Maneirismo, precedendo o __________.

    1. Neoclassicismo.
    2. Impressionismo.
    3. Pontilhismo.
    4. Renascentismo.

  10. Apesar de ter sofrido pesadas críticas em relação à superficialidade dos temas que abordava em suas obras, o estilo Rococó também deixou o seu legado:

    1. Contribuiu para o enriquecimento da arte sacra.
    2. Ajudou no retorno à cultura greco-romana.
    3. Trouxe o homem para o centro da arte.
    4. Apresentou uma decoração elegante e refinada.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO ROCOCÓ
Boucher – MULHER NUA

Canaletto – VISTA DE VENEZA NA…
Fragonard – O BALOIÇO
Watteau – O EMBARQUE PARA CITERA

Gabarito

1b / 2d / 3a / 4c / 5d / 6a / 7c / 8b / 9a / 10d

Views: 649

A ARTE DO ROCOCÓ

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O Rococó teve como origem a França, no século XVIII, onde surgiu como um estilo meramente decorativo e um desdobramento do Barroco. O termo é tido como uma combinação bem-humorada da palavra “rocaille” (palavra francesa que pode ser traduzida como “concha”) e “barroco”. Segundo alguns estudiosos do assunto, foi atribuído a um aluno do pintor Jacques-Louis David, logo após a Revolução Francesa, no intuito de zombar do rebuscamento do estilo burguês. Artistas da época achavam que tal estilo não passava de uma diminuição cômica do Barroco, objetivando apenas expressar sentimentos aprazíveis. Esse sentido pejorativo prosseguiu até metade do século XIX, perdendo toda a conotação negativa daí para a frente.

Dentre as principais características da arte do Rococó podem ser citadas: o nivelamento e a falta de tridimensionalidade na decoração; o excesso de elementos curvos de rocaille, enroscando-se em anéis assimétricos de curvatura oposta; desenhos assimétricos; e a representação da vida profana e da futilidade da aristocracia que buscava na arte apenas o prazer. Além disso, muitas de suas formas foram influenciadas pelas características arquitetônicas do Barroco francês, porém niveladas e de proporções menores, sem a monumentalidade desse.

O período de dominância do Rococó foi responsável pelo aparecimento de uma grande atividade no campo da decoração, com a predominância de objetos pequenos, feitos de prata ou de porcelana. É dessa fase o conhecido “estilo Luís XV”, datado de 1730 a 1760, visto em mobiliários e decorações durante o reinado do monarca que lhe deu tal nome. As cenas pastorais também se encontravam presentes. Nelas, as figuras aristocráticas cediam lugar a pastoras e pastores em jogos de sedução. Nos temas narrativos, os putti (anjos ou cupidos) reforçavam a história. Nas artes uma profusão de arabescos, motivos de conchas, linhas curvas e desenhos assimétricos davam destaque à decoração.

O Rococó foi de certa forma uma reação ao estilo Barroco. Dominou a arte europeia durante a maior parte do século XVIII, dando destaque à elegância, à futilidade e à beleza decorativa. Contudo, não se desenvolveu da mesma maneira nos países europeus, para onde foi levado por artistas expatriados e também através de gravuras. Na Inglaterra esteve mais ligado ao desenho mobiliário. No sul da Alemanha tornou-se um aperfeiçoamento do estilo Barroco e na Itália foi um avanço decorativo do Barroco italiano. A partir da década de 1770 foi, aos poucos, cedendo lugar ao Neoclassicismo.

Muitos temas encontrados na arte barroca estiveram presentes no Rococó, a exemplo de temas simbólicos e mitológicos, mas que não mais detinham um conteúdo de seriedade. Muitas das vezes não passavam de pretexto para as apresentações eróticas do nu feminino. A temática sobre o amor era, sem dúvida, a mais popularizada. O fête galante — tema que aludia a jovens casais ricos e elegantes, passeando alegremente por parques idílicos — teve em Jean-Antoine Watteau seu pioneiro, sendo a composição intitulada O Embarque para Citera, concluída em 1717, sua obra-prima.

O estilo Rococó teve grande influência sobre a arquitetura, a pintura e a decoração de interiores. Era ao mesmo tempo uma reação ao Barroco e um aprimoramento deste. A diferença fundamental estava na rejeição ao excesso de pompa e na grandiosidade apresentadas pelo estilo anterior. A arte do Rococó pecava, sobretudo, pela ausência de um conteúdo sério, uma vez que as obras carregavam um estilo excessivamente decorativo. Dentre os grandes nomes desta arte estão Jean-Antoine Watteau, François Boucher, Jean-Honoré Fragonard e Canaletto pintando cenas de Veneza. Na escultura, o estilo Rococó eliminou o vigor das linhas retorcidas do Barroco, tendo como principal nome o escultor francês Jean-Antoine Houdon.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Teste – A ARTE DO ROCOCÓ
Boucher – MULHER NUA
Watteau – O EMBARQUE PARA CITERA
Fragonard – O BALOIÇO
Canaletto – VISTA DE VENEZA NA…

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

Views: 58

Caravaggio – A CONVERSÃO DE SÃO PAULO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571 – 1610) nasceu no calmo povoado de Caravaggio, próximo à cidade de Milão, e cujo nome acabou por incorporar-se a seu nome. Também existe a hipótese de que o pintor tenha nascido em Milão. Era filho de Fermo Meresi, arquiteto e decorador de Francisco Sforza, duque de Milão e marquês da pequena Caravaggio, e de Lucia Aratori. Aos cinco anos de idade vivia em Milão com seus pais, cidade ocupada pela Espanha. Além das tensões geradas pela ocupação estrangeira, a fome e a peste também se faziam presentes. Em razão da peste, a família do futuro pintor retornou ao povoado de Caravaggio, que também acabou sendo alcançado pela doença que ceifou a vida do pai, do avô e do tio do garoto. Lucia, a mãe, optou por permanecer ali com os filhos, distanciando-se do fanatismo religioso e da violência política que se espalhavam por Milão.

A composição intitulada a Conversão de são Paulo é uma obra do artista barroco. Foi criada quando ele se encontrava no ápice de sua carreira. Apresenta o momento dramático da conversão de Paulo ao cristianismo, ou seja, quando ele é derrubado do seu cavalo por uma luz divina, ao fazer uma viagem a Damasco. Esta pintura foi encomendada por Tibério Cezari, tesoureiro do papa Clemente VII, para ornar a capela da Igreja de Santa Maria del Popolo, em Roma, onde permanece até os dias de hoje.

Esta obra, a exemplo de outras do artista, despertou polêmica quando apresentada. Os críticos do trabalho alegaram que o realismo do tema pareceu grosseiro e inadequado para o fim a que se destinava. Sabiam, no entanto, que Caravaggio tinha predileção pelo suspense e por um alto grau de realismo em sua pintura, condizendo com a dramaticidade da arte barroca, o que o levou a exercer influência sobre a obra de muitos artistas, sobretudo pelo uso dramático da iluminação.

Na obra em evidência, Caravaggio faz uso do claro-escuro (tradução literal da palavra italiana chiaroscuro) o que reforça os volumes e as formas que ganham destaque com o emprego da luz e da sombra. O uso denso da luz também é responsável por adicionar solidez à composição, o que ajuda na compreensão da temática.

Em sua obra Caravaggio não se atém ao elemento divino, mas ao humano, como comprova o cavalariço, mostrando-se mais preocupado com o cavalo assustado do que com os gestos grandiosos de Paulo, ante sua conversão sobrenatural, ou seja, não chama a sua atenção para a luz que derruba o cavaleiro.

O cavalo, de costas para o observador, ocupa a maior parte da tela. A luz divinal incide sobre a parte de seu corpo, o que ajuda a definir seus contornos. A posição do casco de sua pata direita suspenso no ar, como se fosse descer sobre o corpo de Paulo, amplia ainda mais a dramaticidade da cena ao causar suspense no observador. O artista usou a iluminação nesta parte para reforçar a dramaticidade. Além de parte do corpo do animal, também se encontra iluminado o aperto nas rédeas, ocasionado pela mão firme do cavalariço, a fim de evitar um acontecimento nefasto.

São Paulo, figura central da obra, situado em primeiro plano, deitado no chão com os braços estendidos para cima, mostra grande perplexidade com o que está lhe acontecendo. Segundo as escrituras, Cristo aparece na sua frente, quando ele é cegado por uma luz intensa — momento em que se dá a sua conversão. Contudo, o artista demonstra o caráter divino de tal passagem bíblica através dos olhos cegos e fechados do santo, assim como por seu gesto expressivo em meio a uma luz dourada.

São Paulo usa um manto vermelho e sobre ela está sua espada, ambos representando a sua vida até então como soldado romano, carrasco dos cristãos. O manto estendido no chão também leva ao Jesus bebê, e a pose desprotegida de Paulo, com os braços levantados, enfatiza também a ideia de seu renascimento espiritual.

Ficha técnica
Ano:  1600/1601
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 2,30 m x 1,75 m
Localização: Capela de Santa Maria del Popolo, Roma, Itália

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte / Editora Sextante
A história da arte / E.H. Gombrich

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Teste –  A ARTE DO BARROCO

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Quatro estilos de arte surgiram na Idade Moderna: Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó. O estilo denominado Barroco surgiu entre o início do século XVII e o XVIII. Uma de suas características era o interesse pela Antiguidade clássica, tornando-se, assim, uma continuidade do Renascimento. Embora o termo “barroco” (palavra portuguesa que significa pérola imperfeita) já estivesse em uso desde a Idade Média, significando um raciocínio equivocado que confundia o falso com o verdadeiro, nas artes ele teve um objetivo diferente, sendo usado para criticar os excessos de um estilo visto como a degeneração dos princípios clássicos.

  1. São características do estilo Barroco, exceto:

    1. Predominância das emoções sobre a razão.
    2. Intenso contraste entre luz e sombra.
    3. Uso de efeitos ilusórios de profundidade.
    4. Total desinteresse pela Antiguidade clássica.

  2. A __________, embora se encontrasse politicamente enfraquecida, continuava sendo a maior potência cultural na Europa.

    1. Itália
    2. Alemanha
    3. França
    4. Espanha

  3. O Barroco chegou ao continente americano levado:

    1. pelos pintores e escultores portugueses.
    2. por D. João VI e sua numerosa corte.
    3. pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
    4. pelas Cruzadas vindas de Portugal.

  4. Todas as alternativas relativas à arquitetura barroca estão corretas, exceto:

    1. Substituição da verticalidade praticada na Idade Média.
    2. Busca de efeitos teatrais causados por combinações de luz e sombra.
    3. Contrastes entre o cheio e o vazio e entre formas côncavas e convexas.
    4. Uso de proporções geométricas.

  5. Um dos grandes nomes da pintura barroca, responsável por adotar em suas obras grande dramaticidade com fortes contrastes de luz e sombra foi:

    1. Plabo Picasso.
    2. Caravaggio.
    3. Rafael Sanzio.
    4. El Greco.

  6. A escultura barroca repassa:

    1. grande sobriedade.
    2. racionalidade nas formas.
    3. um sentimento de paz.
    4. intensa dramaticidade.

  7. O Barroco foi trazido ao Brasil por missionários e tinha por objetivo:

    1. Enriquecer a Academia Brasileira de Artes.
    2. Doutrinar os devotos da fé cristã.
    3. Criar decoração para o palácio da família real portuguesa.
    4. Dar maior credibilidade à arte brasileira.

  8. O Barroco em sua versão brasileira tem como destaque o escultor e arquiteto mineiro Antônio Francisco Lisboa, cujo apelido era:

    1. Mestre Chico.
    2. Mão de Ouro.
    3. Aleijadinho.
    4. Tiradentes.

  9. A vasta obra do artista da pergunta anterior encontra-se nas cidades mineiras de:

    1. Congonhas, Ouro Preto, São João Del Rei e Sabará.
    2. Ouro Preto, São João Del Rei, Sabará, Congonhas e Diamantina.
    3. Diamantina, Ouro Preto, Tiradentes, Congonhas e Mariana.
    4. Sabará, Ouro Preto, Diamantina, Congonhas e São João Del Rei.

  10. O nome do complexo arquitetônico e paisagístico, obra de Aleijadinho, patrimônio nacional, tombado em 1939 e considerado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985 é:

    1. Complexo Nossa Senhora do Brasil.
    2. Complexo de Bom Jesus de Matosinhos.
    3. Complexo de São Judas Tadeu.
    4. Complexo de São José dos Campos.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO BARROCO
Caravaggio – A CONVERSÃO DE SÃO PAULO
Rubens – A DEPOSIÇÃO
Vermeer – MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA

Gabarito
1d  / 2a / 3c / 4a / 5b / 6d / 7b / 8c / 9a / 10b

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A ARTE DO BARROCO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O estilo Barroco surgiu entre o começo do século XVII e o meio do século XVIII e, assim como o Renascimento, mostrava interesse pela Antiguidade clássica. Nascido em Roma, na Itália, espalhou-se por toda a Europa, principalmente pelos países católicos, tendo fortes laços com a Contrarreforma religiosa (resistência da Igreja Católica à disseminação da Reforma Protestante).

O termo “barroco” — palavra portuguesa que significa pérola imperfeita — era usado desde a Idade Média, com uma intenção ofensiva, ao referir-se a um raciocínio ilógico que confundia o falso com o verdadeiro, mas ao transferir-se para as artes, passou a ser usado para criticar os excessos de um estilo visto como uma degeneração dos princípios clássicos. Assim fizeram os classicista do século XVIII, ao mostrar seu desprezo ou o desafio das regras clássicas pelos pintores do século XVII, principalmente os escultores e arquitetos com suas obras excêntricas e extravagantes. Contudo, no século XIX, os estudiosos da arte alemães passaram a fazer um uso imparcial do termo “barroco” para descrever a arte do século XVII.

Os papas e os cardeais do século XVII foram os grandes mecenas de uma arte que objetivava expressar fervor religioso. Em razão disso, a glória do martírio, as visões e êxtases dos santos tornaram-se temas dominantes, principalmente na pintura e na escultura (ver ilustração acima: O Êxtase de Santa Tereza, 1652, escultura de Bernini). Essa intensa gama de emoções foi mostrada com todos os recursos de uma linguagem retórica de gestos e expressões. A Igreja Católica criou diretrizes para os artistas, impulsionando-os a criar obras realistas, capazes de tocar o sentimento das pessoas. No que diz respeito ao mundo secular, os monarcas, imbuídos da doutrina do direito divino dos reis, também abraçaram o novo estilo.

Ao deixar para trás a arte renascentista, os artistas barrocos passaram a mostrar o brilho mais radiante das cores, a usar uma pincelada mais livre e expressiva, criando mais riqueza de contrastes, texturas e a fazer um intenso uso de luzes e sombras. Além da temática religiosa, os retratos ganharam espaço nessa época, assim como a paisagem. Os temas alegóricos e mitológicos foram os mais buscados pelos mecenas mais sofisticados e a pintura de gênero ganhou vida, principalmente na Holanda.

O objetivo da escultura barroca era elevar os pensamentos dos fieis à glória do céu, como mostra o interior de uma igreja barroca com suas inúmeras esculturas, pinturas decorativas, o uso do dourado, do estuque e dos mármores de cores vistosas. O trabalho dos artistas barrocos era o de apelar pelas emoções do observador, o de convencê-lo em relação à fé. Por isso, as cenas eram representadas de maneira a capturar o momento mais importante da ação dramática que se destacava em razão de contrastes chamativos de luzes e sombras, o que tornava o efeito de uma obra barroca imediato e extasiante.

Os artistas barrocos criaram ousados efeitos assimétricos e movimentos diagonais. Na arquitetura barroca formas e espaços são organizados com maior força, tendendo a fluir e a fundir-se. Além disso, há a combinação de três artes — pintura, escultura e arquitetura — produzindo um efeito único, o que pode ser visto nas igrejas erguidas com tal estilo.

Embora o Barroco tenha se oposto ao Maneirismo do final do século XVI — quando os artistas preocupavam-se mais com o virtuosismo de que com os sentimentos — dele conservou certos elementos, como a intensa emoção e o senso de movimento, mesclando-os com mais dinamismo.

A arte barroca em sua forma mais pura apresentou-se apenas nos países católicos, principalmente na decoração das igrejas. Os principais países católicos em que este estilo floresceu foram: Itália, Espanha e as Flandres (que hoje são mais ou menos a atual Bélgica). Entre os países protestantes a Holanda e a Inglaterra tiveram um papel de destaque neste estilo, principalmente na pintura.

Roma foi a cidade italiana mais ligada ao Barroco, tendo se transformado num centro de produção e debate artísticos. Para lá convergiam artistas de toda a Europa, com a finalidade de estudar as antiguidades clássicas e a arte da Alta Renascença. Michelangelo Meresi da Caravaggio e Annibale Carraci — dois mestres italianos — foram os grandes responsáveis pelo início do período barraco. O mais influente pintor flamengo foi Peter Paul Rubens. O escultor, arquiteto, decorador, pintor e desenhista Gian Lorenzo Bernini foi um dos nomes de destaque da escultura barroca.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Caravaggio – A CONVERSÃO DE SÃO PAULO
Rubens – A DEPOSIÇÃO
Vermeer – MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA
Teste – A ARTE BARROCA>

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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