COMO TRATAR UMA PESSOA ARROGANTE

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Os arrogantes são como os balões, basta uma picadela de dor ou de sátira para dar cabo deles. (Madame Staël)

Os leitores que acompanham meus textos sabem que tenho especial apreço por temas sobre o comportamento humano, como a arrogância, por exemplo. Um arrogante bem conhecido nos dias atuais é o futuro presidente dos EUA, Donald Trump. Dia desses, tive o desprazer de deparar-me com uma pessoa extremamente arrogante e gostaria de compartilhar com o leitor noções sobre este tipo de indivíduo e como podemos (e devemos) tratá-lo.

Uma característica muito prevalecente no arrogante é a falta de humildade – ou seja, a pessoa se acha sempre superior aos outros. São indivíduos extremamente orgulhosos e altamente soberbos, bem como prepotentes – portanto, não ouvem ninguém, pois se julgam donos absolutos da verdade. O arrogante é muito individualista, sempre egocêntrico e frequentemente mal-educado. É só lembrar, mais uma vez, o teor de algumas das recentes entrevistas concedidas pelo então candidato norte-americano.

Podemos, na maior parte das vezes, identificar o arrogante pelo olhar e pelo tom de voz. É prepotente e se utiliza do poder para se sobressair ou para fazer valer a sua vontade. Mas este tipo sempre esconde, por trás da soberba, uma baixa autoestima. E o medo explica a forma rude como o arrogante trata as pessoas. Ou seja, está sempre atacando porque esta é a sua forma de defesa. Ataca por ter medo, simples assim! Não é à toa que a arrogância vem acompanhada da prepotência, pois o inseguro precisa muito se proteger. O arrogante passa a maior parte do tempo pensando em como proteger sua imagem – uma imagem que é falsa, claro.

Para os que desejam saber como lidar com pessoas arrogantes, alguns pontos são importantes, inclusive um treinamento – se necessário. Vejamos:

  • Converse olho no olho e não se sinta intimidado.
  • Permaneça firme em suas convicções.
  • Demonstre sua insatisfação. Você não tem que se sentir pressionado por alguém que claramente não é sensato. Portanto, não fuja.
  • Resista e não se deixe atacar quando tiver que se confrontar com pessoas assim.
  • Diga realmente o que sente. Seja honesto. Essa pessoa pode, inicialmente, nem ouvir os seus conselhos, pois essa atitude é típica do arrogante. Entretanto, o futuro certamente irá determinar qual é o lado sensato.

Engolir pessoas arrogantes pode não ser uma tarefa fácil. Entretanto, basta tratá-lo como não superior, ou seja, tratá-lo como uma pessoa comum (o que realmente é), como “pessoas normais”, e isso será suficiente para evitá-lo.

O arrogante está sempre buscando atrair a atenção para si, ou seja, sempre querendo um palco. A vida dessas pessoas é um verdadeiro circo ambulante. Sei que é difícil, mas tente ignorar os arrogantes, pois podem ser pessoas extremamente irritantes, que humilham os outros (em especial os mais fracos), tratando-os como incompetentes. Portanto, o meu conselho é se manter afastado de tipos como esses. Se não for possível, não deixe de manifestar suas posições com a firmeza necessária!

A crítica literária, filósofa e escritora francesa do período iluminista Madame Staël retratou bem a pessoa arrogante. Disse ela: “Os arrogantes são como os balões, basta uma picadela de dor ou de sátira para dar cabo deles”.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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QUAL SERIA O TETO DA VIDA?

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 Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Qual seria o teto da vida ou o limite máximo da vida. Quanto tempo nós podemos viver? Poderemos chegar aos 150 anos? Vale a pena viver tanto tempo e a qual custo? Qual a importância e aplicação de estudos como este? A maioria das pesquisas atuais chega a um censo comum para o “teto da vida”, que estaria em torno de 115 anos.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos EUA, foram inspirados pelo caso de uma francesa que, por ocasião de seu falecimento em 1997, havia chegado aos 122 anos de idade, feito que até o momento não foi superado por mais ninguém e dificilmente o será, de acordo com estes pesquisadores. Esta pesquisa estudou dados de mortalidade de mais de 40 países e percebeu que os países mostraram um declínio contínuo nas taxas de mortalidade a partir de 1900. Entretanto, no grupo das pessoas com mais 100 anos, esse aumento do tempo de vida não acompanhou a tendência geral, ou seja, demonstrando que estamos aumentando o nosso tempo de vida médio, mas não está aumentando o tempo máximo de vida, de forma proporcional.

É importante o leitor entender que a gente envelhece porque nossas células também envelhecem, ou seja, a multiplicação das células e sua troca por células mais jovens vão gradualmente diminuindo, sendo que isto é determinado geneticamente. Os antibióticos, as melhoras nas condições sanitárias, as vacinas e o controle das doenças crônicas concorrem, em seu conjunto, para aumentar o tempo médio de vida, mas não em seu tempo máximo. Por exemplo, bebês nascidos nos Estados Unidos hoje podem tem uma estimativa média de vida de 80 anos, contra míseros 47 anos para os americanos que nasceram no inicio do século XX.

Apontar um teto para o tempo de vida dos seres humanos sugere que os avanços da medicina também terão um limite, sendo esse um dos pontos mais polêmicos do estudo. Para alguns especialistas, é impossível prever o impacto de futuras descobertas na área da saúde. Descobertas na área da genética poderiam mudar este cenário, elevando o tempo de vida das pessoas. Mas a que preço? Vale à pena? Com qualidade de vida, possivelmente sim. Entretanto, o que vemos hoje é que a expectativa de vida aumentou juntamente com condições de saúde crônicas, como os sequelados de AVC – por exemplo.

Não sei quanto a você, caro leitor, mas eu particularmente acho que somos finitos nesta terra e que para viver mais e por um tempo maior devemos manter regras básicas, adotando um estilo de vida saudável. Portanto, alguns pontos são importantes como: permaneça casado! Já falei por aqui que os solteiros têm uma expectativa menor de vida. Outros aliados para uma vida mais longeva são a prática regular de atividades físicas, ter uma alimentação equilibrada (como a alimentação dos povos do Mediterrâneo), ficar longe do tabagismo e um consumo moderado de bebidas alcoólicas. Enfim, não tenha a expectativa de viver 110 ou 120 anos, pois pode haver uma frustração lá adiante. Viva bem o hoje.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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COMO GERENCIAR CONFLITOS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Os conflitos existem desde o início dos tempos e é uma realidade sempre presente nas relações humanas e de trabalho. Faz parte do nosso dia a dia. Eles se originam de uma diversidade de pontos de vista entre pessoas, de interesses, de necessidades e expectativas de cada um dos envolvidos. Normalmente, durante um conflito entre pessoas, há uma tensão no ar de que a qualquer momento poderá haver uma explosão e o conflito dará lugar a uma guerra. Mas como podemos cuidar e tratar de questões delicadas durante os conflitos? Hoje, vamos refletir um pouco sobre este tema.

O conceito de conflito representa uma tensão que envolve pessoas ou grupos de pessoas quando existem interesses que não são compatíveis. Assim, só existe conflito se existir uma relação entre as partes, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e trabalhadores, cliente e fornecedores, etc. O conflito tem como característica preponderante um estado de insatisfação entre as partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como, por exemplo, a divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos escassos, a competição pelo poder, etc. Enfim, durante um conflito alguém não está satisfeito com algo.

Entretanto, esses mesmos conflitos são importantes para o crescimento e desenvolvimento de qualquer sistema, seja ele social, político, familiar ou organizacional. O agravamento, tal como a atenuação do conflito, vai depender das relações internas de cada grupo, podendo aumentar ou diminuir a depender de atitudes de provocação ou de conciliação. Em outras palavras, um conflito poderá piorar ou ser resolvido de acordo com nossas atitudes.

Um conflito é mais que um simples desacordo. Trata-se de uma situação na qual uma ou ambas as partes percebem uma ameaça. Essas ameaças fazem com que nosso bem-estar seja afetado, tirando-nos da “zona de conforto”. Assim, não adianta ignorar o conflito, já que, longe de desaparecer, ele cresce por conta da incerteza. Conflitos não resolvidos geram angústia no médio e longo prazo.

Portanto, alguns pontos são importantes no gerenciamento destas tensões:

  • Não evite o conflito nunca. Saber lidar com os problemas e tensões faz parte do crescimento pessoal. Ao evitar um enfrentamento, você só estará adiando um problema que precisa de uma solução, seja qual for.
  • Reaja com calma e de forma respeitosa com a outra parte, em vez de reagir de forma explosiva e se mostrar irritado, com atitudes que certamente irão ferir o próximo.
  • Evite os ataques verbais.
  • Mostre-se disposto a, efetivamente, resolver o problema de forma consensual, deixando o conflito para trás sem ressentimentos.
  • Tente se colocar no lugar do outro e busque o compromisso de que ele faça o mesmo com você. Ver o ponto de vista do outro – e vice versa – é uma boa maneira de tentar encontrar uma solução para um problema.

Atitudes amenas como estas trarão melhores resultados ao final, pois quem busca conflito em tudo é porque vive numa constante guerra interior. Busque paz!

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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ENEM 2023 E A EXCELÊNCIA DOS MAPAS MENTAIS

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Autoria de Study Maps

Uma atmosfera de antecipação e determinação permeia os corações e mentes dos estudantes à medida que o ENEM 2023 se aproxima. A busca por estratégias eficazes de revisão se intensifica, e no epicentro dessa jornada está um recurso pedagógico atemporal – os mapas mentais. Este método visual de aprendizagem, que tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a expressão artística e a exploração cognitiva, está emergindo como uma ferramenta valiosa para os aspirantes a excelentes resultados no exame.  Eles proporcionam – com sua essência artística e funcionalidade educacional – uma ponte entre o mundo abstrato das ideias e a realidade tangível da informação estruturada.

A convergência entre arte e aprendizado, exemplificada através dos mapas mentais, reflete uma abordagem holística que transcende a memorização rígida, convidando os estudantes a embarcar em uma jornada visual rumo ao conhecimento profundo. Essa fusão de elementos artísticos com a preparação acadêmica oferece uma perspectiva revigorante sobre como a educação pode ser enriquecida e transformada. Os mapas mentais, ao materializar conceitos em forma visual, cultivam uma atmosfera de exploração intelectual que é tanto estética quanto educativa. Essa fusão harmoniosa de estética e cognição serve como um lembrete eloquente da capacidade inerente da arte de facilitar a compreensão profunda e a retenção de conhecimento.

Os mapas mentais são uma jornada visual rumo ao conhecimento profundo. Eles servem como uma ponte visual entre a ideia inicial e o conhecimento profundo que se busca. Eles são o convite ao pensamento estruturado, proporcionando uma viagem visual através das conexões intrincadas entre conceitos e ideias. A simplicidade e eficácia desses residem em sua capacidade de transformar a complexidade em clareza, o abstrato em tangível. Vamos explorar, abaixo, um exemplo prático que ressalta a eficiência dos mapas mentais como uma ferramenta de aprendizagem.

A Reforma Protestante, evento histórico monumental que reformulou o cenário religioso e político da Europa, pode ser desdobrado de maneira visual e compreensível através de um mapa mental. O ponto central seria, evidentemente, a própria Reforma Protestante. Ramificações emanam deste núcleo, levando a subtópicos cruciais como Martinho Lutero, suas 95 teses, a Dieta de Worms, entre outros aspectos. Cada uma dessas ramificações pode se desdobrar em sub-ramificações adicionais. Por exemplo, a ramificação de Martinho Lutero pode se expandir para incluir sua vida, suas obras principais e seu impacto na religião e na sociedade. Pode incorporar ainda elementos visuais, como imagens representativas ou símbolos, para enriquecer a experiência de aprendizado. Um ícone de uma imagem de um martelo pode simbolizar a ação de Lutero de pregar suas teses na porta da igreja, enquanto uma outra imagem de um livro pode representar a tradução da Bíblia para o alemão – feito que permitiu uma maior acessibilidade à leitura sagrada.

Os mapas mentais, ao desdobrar complexidades em uma estrutura visual acessível, tornam a jornada de aprendizagem uma exploração intelectual estimulante e enriquecedora. Eles desbloqueiam uma porta para uma compreensão mais profunda, permitindo que os estudantes vejam além da superfície e mergulhem nas profundezas do conhecimento. Os mapas mentais são de grande importância na preparação para o ENEM que exige uma maratona acadêmica ? uma amálgama de dedicação, estratégia e recursos eficazes. Neste cenário, eles emergem como uma ferramenta inestimável que alinha a aspiração à realização, tornando o processo de revisão menos árduo e mais eficaz. Não são apenas uma representação visual de informações, mas um catalisador que impulsiona a compreensão e retenção do conhecimento.

Um dos aspectos mais importantes dos mapas mentais é sua capacidade de destilar a essência de temas complexos em uma representação visual simplificada. Isso é especialmente benéfico para os estudantes que estão navegando pelo vasto mar de temas que o ENEM abrange. Além disso, a flexibilidade desses permite uma personalização que se alinha com o estilo de aprendizagem individual dos estudantes. Eles têm a liberdade de escolher as cores, imagens, e estruturas que ressoam com eles, fazendo da revisão uma experiência mais engajada e menos monótona. Esta personalização não só enriquece a experiência de aprendizagem, mas também ajuda na retenção de informações, o que é crucial para o sucesso no ENEM.

A magia dos mapas mentais vai além da mera representação visual. Eles encorajam uma forma de aprendizagem ativa que instiga a reflexão, a conexão de ideias e a exploração de conceitos a um nível mais profundo. Isso é vital em um exame como o ENEM, onde a compreensão conceitual e a capacidade de aplicar o conhecimento em diferentes contextos são avaliadas rigorosamente. A preparação para o ENEM é uma jornada intensiva de auto descoberta, gestão do tempo e domínio acadêmico. Incorporar mapas mentais nesta jornada não só eleva a eficiência da revisão, mas também enriquece a experiência de aprendizagem, tornando o caminho para o sucesso no ENEM uma jornada visualmente estimulante e intelectualmente gratificante.

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OBESIDADE, DESLEIXO E DIETAS

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  Autoria de Lu Dias Carvalho

Pesquisas mostram que o mundo está ficando cada vez mais obeso. Em países como os EUA já há uma grande preocupação por parte dos governantes que veem inclusive as crianças inflarem-se mais e mais. O pescoço vem desaparecendo, como se fizesse parte de uma seleção natural. Logo, logo, a cabeça nascerá diretamente dos ombros. Enquanto isso, os mais estapafúrdios tipos de leis tentam deter a obesidade mórbida que tem aumentado o número de ataques cardíacos, assim como o de outras doenças ligadas ao excesso de peso.

A cultura dos Estados Unidos da América tem uma forte relação com a comida. Come-se todo o tempo, sem se preocupar com a qualidade dos alimentos. Muita gordura e açúcar são ingeridos em detrimento de alimentos que beneficiam a saúde. Nos “fast-foods” os tamanhos são diversificados: pequeno, médio, grande e gigante. E para estimular a comilança, a diferença de valor do tamanho “grande” em relação ao “gigante” é mínima. E como as pessoas querem levar vantagem em tudo, acabam optando pelo “gigante”. E a matemática é conclusiva: + comida =  mais peso = mais doenças = mais gastos para o país manter sua população.

O Brasil vem seguindo a mesma linha da cultura estadunidense. Aqui também as pessoas estão a abalofar-se, avolumando-se para os lados, numa rápida escalada. A cada dia aproxima-se a proporção entre gordos e magros, sendo possível encontrar muitos obesos mórbidos, onde quer que se vá, atém mesmo em meio às crianças. Nosso povo, antes tão elegante, anda se empapuçando de comida, sem se preocupar com os males da obesidade. Observem o tamanho dos sacos de pipoca nos cinemas, semelhantes a grandes baldes.

Uma coisa que tem chamado a minha atenção é o descaso de garotas e mulheres jovens para com o corpo. Apesar de todo conhecimento obtido nos dias de hoje em relação aos cuidados com o mesmo, o relaxamento tem sido geral. Muitas mulheres não mais se preocupam em mostrar uma barriga inflada, com a banha despencando sobre os minúsculos shorts, sempre abaixo da numeração de sua usuária, assim como os culotes pipocando por todos os lados, num inimaginável desmazelo. O bom senso e a autocrítica são moedas em desuso.  O que importa é seguir a moda, ainda que o desleixo com o corpo seja o cartão de apresentação.

Em meio a tantas dietas que pipocam no nosso país e mundo afora, uma amiga pediu-me para repassar para os leitores uma que não é convencional, mas que tem se mostrado infalível para perder vários quilos num só dia. Confesso que não sou chegada a dietas, muitas delas tão nocivas quanto a obesidade, mas esta eu achei excelente, bem melhor que chá verde, lichia, óleo de coco, Herbalife, sauna, massagens de argila, etc.

 Aqui está:

  1. Compre um pacote de 5 quilos de arroz no supermercado, pouco importando que seja tipo 1 ou 2, integral ou comum. A marca fica à escolha da cliente desejosa de perder peso.
  2. Antes de voltar para casa, pare no primeiro bar que encontrar no caminho para tomar, pelo menos, 6 latinhas de cerveja bem geladinhas. O melhor é que seja acompanhada de coxinhas e pastéis.
  3. Uma vez abastecido o estômago, volte para casa.
  4. Tire uma soneca para ajudar na digestão. E, com certeza, ao acordar, irá se lembrar de que esqueceu o pacote de arroz no bar.
  5. Não vá buscá-lo e tampouco peça alguém para fazê-lo.
  6. Você então terá a certeza absoluta de que perdeu 5 quilos de uma só vez.

O arroz simboliza aqui a boca. Ninguém emagrece, por mais mágica que seja a dieta, sem fechar essa entrada do tubo digestivo, pois tudo que ali é jogado, ganha vida, transformando-se em gordura. A educação alimentar ainda é o melhor e o mais duradouro caminho. Invista nela!

Nota: Imagem copiada de www.unitmagazine.com

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VOCÊ É UMA PESSOA EMPÁTICA?

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Quando nos deparamos com alguém pela primeira vez, imediatamente formamos uma imagem da pessoa – simpática ou antipática – mesmo que, com o passar do tempo, ela possa nos mostrar que incorremos num erro de julgamento. Mas assim é a natureza humana que segue sob o comando da  empatia da antipatia. Alguns animais também nos dão um belo exemplo de empatia: golfinhos, grandes macacos, suricatos, cães de resgate, etc.

A empatia é um sentimento bem mais profundo do que a simpatia. Eu diria que a simpatia é artificial, pois fica apenas na aparência, enquanto a empatia é mais profunda, pois culmina na ação, no colocar-se no lugar do outro, pois, antes de tudo é preciso analisar como o outro nos vê, se está receptivo à nossa postura, ou seja, se houve empatia entre nós. Quando a empatia entra em campo, fica bem fácil fazer o nosso julgamento. Formar opinião sobre outrem é próprio da espécie humana.

O mais engraçado é que, embora possamos achar que somos bons, que compactuamos com o bem e que nos preocupamos com o próximo, jamais saberemos – com a mais absoluta certeza  – qual é a real impressão que causamos nas pessoas, pois, como dizia minha mãe em sua sabedoria de vida, “o coração dos outros é terra que ninguém vai”.

Nem sempre a avaliação que fazemos de nossa pessoa ajusta-se à que as pessoas fazem de nós. É comum termos uma boa conversa com alguém, trocando ideias e sentimentos e sairmos com a sensação de que fomos empáticos ao outro. Contudo, podemos estar redondamente enganados no julgamento. A pessoa, muitas vezes, apenas manteve uma atitude cortês. Nada mais que isso. Portanto, a cautela é a melhor conselheira. Um pé atrás pode nos livrar de um tombo certeiro.

Ser empático não significa que devamos pensar exatamente como o outro, ou concordar com suas ideias, apenas pelo fato de querer ser gentil. Consiste, sim, numa sintonia natural com o seu modo de pensar, colocando-se no seu lugar, em quaisquer que sejam os seus pontos de vista e sentimentos. A base da empatia é o respeito pelo que o outro é, olhando-o como indivíduo único, de modo a ter sensibilidade na interação, sem menosprezar seus pontos de vista ou machucar seus sentimentos, ainda que não se concorde em nada com eles.

Não se pode confundir empatia com doutrinação. Doutrinar é negar a capacidade que o indivíduo possui para fazer suas próprias escolhas. É querer que o outro abra mão de suas convicções e aceite as nossas, que julgamos as mais exatas, sem que tenhamos evidências de que estejam corretas. Doutrinar é, sobretudo, coibir o espírito crítico do indivíduo. Pesquisas mostram que as pessoas doutrinadas possuem mente “fechada” e são avessas a qualquer forma de diálogo no que tange à questão. Podemos ver muito isso na religião, no esporte, na política e em qualquer tipo de preconceito, pois o fanatismo transforma-se num ingrediente nocivo à razão e, com tempo, vai se tornando cada vez mais agressivo, afastando as pessoas que pensam diferente.

Ser empático é:

  • ser capaz de deixar de lado o nosso mundinho, com nossos pontos de vista, nosso saber, nossas certezas e sentimentos e entrar em sintonia com o universo do outro;
  • olhar o próximo com carinho, observando o timbre de sua voz, a linguagem dos seus olhos, os movimentos de seu corpo, tentando descobrir aquilo que o aflige;
  • captar as pequenas alterações de humor e todas as nuances da emoção do outro;
  • perceber os sentimentos da pessoa e interessar-se pela maneira como ela possa estar se sentindo;
  • procurar entender um ponto de vista que não é exatamente o seu, através da argumentação;
  • ser incapaz de manipular alguém ou ferir seus sentimentos ou infligir dor física a um ser humano (ou a um animal);
  • ver os indivíduos como pessoas, e jamais como objetos, usados para satisfazerem as nossas vontades e necessidades;
  • ser capaz de compreender que a nossa visão do mundo não pode ser a única, ou a correta, e que as opiniões e sentimentos do outro também são  importantes.

Algumas pessoas são capazes de perceber na hostilidade apenas os graus de agressão, ódio e ameaça. Algumas poucas, no entanto, são capazes de reconhecer mais de 50 variantes na hostilidade, tais como desdém, crueldade, presunção, arrogância, trapaça, opressão, etc.

Na empatia não se pode confundir monólogo com comunicação. Se só um fala, pode ser desabafo, doutrinação, controle, persuasão, mas nunca conversação. No diálogo, quem fala fica atento a sua vez e permanece receptivo à fala do outro. Há uma preocupação entre os dois agentes da conversação de compreenderem-se mutuamente. Em suma, agir com empatia é ser espontâneo e dar importância ao que o outro pensa e sente. Assim também deve ser no mundo virtual, pois estaremos desenvolvendo um código moral de relacionamento que se fará sentir em todos os campos da vida humana.

Fonte de pesquisa
Diferença Essencial/ Simon Baron-Cohen

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