Velázquez – A BORDADEIRA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Velázquez  […] é o artista supremo, ele não me surpreendeu, ele me encantou. (Manet)

A composição denominada A Bordadeira, também conhecida como A Costureira, é uma obra do pintor espanhol Diego Velázquez, um dos mais famosos mestres da pintura europeia do século XVII, tendo criado, sobretudo, retratos. Existe a possibilidade de que a modelo seja sua filha Francesca Velázquez del Mazo. No inventário do artista, uma de suas obras está descrita como “cabeça de uma mulher que está bordando”, o que leva a crer que seja esta e, também, que só a cabeça da modelo estivesse terminada.

Esta pintura encontra-se inacabada, se intencionalmente assim foi deixada, tinha por objetivo dar-lhe mais expressividade, como aconteceu com vários retratos do pintor.  O rosto é a única parte que parece totalmente terminada, iluminado por uma luz suave. Os braços e as mãos mostram-se esboçados, o que permite ter uma ideia do processo usado pelo artista para pintar. A tela, por exemplo, está preparada com uma base cinza. É possível notar que sua textura foi usada para criar a sombra do xale. Velázquez fez uso de uma luz delicada para criar o rosto e os seios da personagem, além de lembrar o vai e vem das mãos.

Uma jovem mulher, usando um vestido escuro com decote quadrado que lhe deixa os belos seios enfunados, encontra-se sentada, inclinada sobre seu bordado (ou costura). Seu rosto  gracioso tem bochechas rosadas. Ela traz um xale branco jogado nos ombros. Sua cabeça está modelada em luz e sombras. À sua frente vê-se um travesseiro (ou almofada) sobre o qual se debruça e descansa as mãos. Seus cabelos escuros estão presos atrás, num coque com um enfeite vermelho que contrasta com o restante das cores. Ela se mostra concentrada em seu trabalho ou em seus pensamentos.

Ficha técnica
Ano: c.1640
Técnica: óleo sobre painel
Dimensões: 74 x 60 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.88.html
http://www.diego-velazquez.org/the-needlewoman.jsp

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SOMOS APENAS PASSAGEIROS DO TEMPO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

astr

Um único ser humano pode causar mais mal do que todos os outros animais do planeta. (Tomás de Aquino)

As principais ameaças à nossa sobrevivência já não vêm da natureza externa, mas sim de nossa natureza humana interna. São nossas hostilidades, nosso descaso, o egoísmo, o orgulho e a ignorância deliberada que põem o mundo em perigo. Se não conseguirmos domar e transmutar o potencial da alma humana para o mal, estaremos perdidos. (Scott Peck)

Quem somos nós como espécie, uma vez que, em pleno século XXI, ainda não aprendemos como domar nossas forças maléficas e corrigir nossas fraquezas?  A nossa capacidade de destruição e ódio por nós mesmos e pelos outros ainda se encontra num altíssimo patamar. Sem falar na indiferença e arrogância com que tratamos as outras formas de vida. A mudança a que teremos de nos submeter é uma tarefa árdua, mas necessária.

Negligenciamos a vida de nossa espécie, assim como a de outros seres com os quais dividimos o planeta. Existe em nós uma cumplicidade quase que generalizada com o mal, cuja consequência principal é o recrudescimento da violência em todo o mundo. E pior, parece que perdemos a indignação que nos era costumeira, ao aceitar tudo com normalidade. A omissão passou a ter sinônimo de educação, de não intrometimento na vida de outrem. Somos meros passageiros dos metrôs da vida, deixando tudo para trás, com a falsa sensação de que os fatos mudarão por si mesmos, sem a nossa interferência.

Ainda não estamos totalmente cônscios da presença do mal em nosso planeta, o que limita o nosso campo de ação. Nem mesmo temos noção da maldade que nos acompanha e seduz.  E não há como combater as mazelas do mundo, sem começarmos a limpeza dentro de nós mesmos. É preciso ter conhecimento do bem, mas não se pode fugir do conhecimento do mal, pois não se combate um inimigo desconhecido. Se quisermos continuar existindo, temos que o combater, mesmo a contragosto.

Assim como o bem, todo mal possui o contexto em que foi engendrado. Vivemos num século marcado por avanços científicos e tecnológicos, mas não nos enganemos, pois muitos deles estão a serviço da maldade, a ponto de sermos hoje uma espécie danosa para o planeta que nos dá vida, pois somente a espécie humana possui latente a capacidade para a destruição planejada. Não estão fora de nosso contexto as catástrofes ecológicas, que ameaçam a vida de todas as espécies no planeta Terra.

Não mais podemos subestimar a explosão populacional, a extinção de várias espécies, o aquecimento global, a violência latente nos jovens, o abismo social que separa os ricos dos pobres e a morte do sagrado. Não podemos mais fugir da verdade de que todos os elementos do universo nascem, vivem e morrem e que tudo está interligado, qualquer que seja a sua classificação (seres animados ou inanimados). Não somos donos de nada, mas simples passageiros do tempo. Tudo o que materialmente julgamos possuir  trata de mera ilusão, pois tudo nos é emprestado por um determinado tempo.

Abandonemos, pois, a prepotência e a arrogância de que somos os soberanos do mundo. Temos que respeitar o que recebemos ao nascer e tentar, ao máximo, deixar um mundo melhor para os que ficam e os que virão. Comecemos já a combater em nós mesmos qualquer forma de antropocentrismo, racismo, arrogância, egoísmo, violência, parcialidade, omissão, poder e tantos outros parasitos que se alimentam de nossa mente e alma.

Nota: Imagem recebida por e-mail e não encontrada sua fonte.

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Scorel – DESCANSO DURANTE A FUGA PRO EGITO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor, engenheiro e arquiteto holandês Jan van Scorel (1495 – 1562) estudou com o mestre Cornelis Willemsz, na sua oficina. Fez muitas viagens, chegando até Rodes e Roma, onde se tornou sucessor de Rafael Sanzio, ao ser nomeado pelo Papa Adriano VI, ficando responsável pela coleção papal de arte antiga. Retornou à Holanda anos mais tarde, vindo a morar em Haarlem e Utrecht. Contudo, ele voltou a viajar, chegando até à França, onde recebeu uma educação humanista. Dentre as suas obras estão, principalmente, retábulos e retratos.  Sua pintura difere-se pela riqueza das cores e por uma forma composicional nítida.

A composição denominada Descanso durante a Fuga para o Egito é uma obra maneirista do pintor, executada, provavelmente, durante sua primeira visita à Itália, ou logo após sua volta a seu país de origem. É possível notar a influência da arte renascentista italiana sobre o pintor holandês. O Menino foi copiado de Michelangelo e a massa piramidal composta pela Virgem lembra a obra “Caridade” de Andrea del Sarto. A paisagem, no relacionamento com os personagens, também contém influências da arte italiana.

A cena, que acontece ao ar livre, apresenta a Sagrada Família descansando da longa viagem que faz ao Egito, para fugir de seus perseguidores. A Virgem Maria, em primeiro plano, está sentada sobre uma rocha, com seu Menino, nu, ao colo. Ambos formam uma pirâmide. Seus cabelos dourados estão trançados e presos. Ela usa uma blusa vermelha, amarrada abaixo do seio e nas mangas, e uma saia estampada. Traz no colo uma manta colorida, onde estava enrolado o filho. A sua figura volumosa toma quase a metade da tela.

Por se tratar da fuga da Sagrada Família para o Egito, conclui-se que seja José, em segundo plano, em busca de alimento, com uma veste atípica, que deixa partes de seu corpo à vista. Três outras pessoas são vistas à distância, assim como os restos de edificações clássicas em meio à vegetação, sob um céu brumoso.

Ficha técnica
Ano: c. 1519 a 1524
Técnica: óleo sobre painel
Dimensões: 57,8 x 74,5 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann

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Tiepolo – APOLO PERSEGUINDO DAFNE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Giovanni Battista Tiepolo (1696–1770) trabalhou com a ornamentação de igrejas e palácios da aristocracia de Veneza. Pintor renomado, cuja arte contribuiu para o engrandecimento da pintura italiana do século XVIII, fez trabalho para as cortes francesa, inglesa, espanhola e russa. Seus filhos Domenico, Lorenzo e Giovanni também eram pintores.

A composição intitulada Apolo Perseguindo Dafne é uma das obras mitológicas de Tiepolo que, como as demais, tornou-se muito popular. Ela vem diretamente das “Metamorfoses” de Ovídio que narra a paixão de Apolo, deus da juventude e da luz, pela ninfa Dafne, filha do rio-deus Peneu e seguidora da deusa Diana. O deus Apolo apaixona-se pela ninfa, depois de ser atingido pela seta de ouro de Cupido, após irritar o pequeno deus com a sua arrogância. Em contrapartida, o deus do amor atingiu a ninfa com uma flecha de chumbo, para que essa tivesse aversão pelo apaixonado.

A cena dramática, intensa e cheia de movimentos, que se passa debaixo de um pinheiro, narra o momento em que Dafne, fugindo de Apolo, encontra seu pai. Ela lhe pede para acabar com seu sofrimento. Peneu, para proteger a filha, lança-lhe um feitiço. Embora os dois se encontrem de costas um para o outro, ele gira seu corpo para protegê-la. A ninfa começa a transformar-se numa árvore (loureiro), como mostram seus antebraços e mãos já engalhados e sua perna esquerda já transformada num tronco. Escondido atrás do manto branco da ninfa e de seu pai está Cupido, que observa atentamente o resultado de sua travessura. O impulso do corpo de Apollo para frente, enquanto corre, como mostra o movimento de sua perna direita, parece ser o responsável para que Dafne incline-se para trás, amedrontada.

Dafne, com seu corpo nu impregnado de luz, é modelada com grande beleza em meio à atmosfera de uma tarde quente, numa paisagem paradisíaca. Apolo veste um manto dourado, com o Sol por trás de sua cabeça, formando um halo. Ele aponta o dedo indicador da mão direita para Dafne, enquanto traz na esquerda sua aljava. O grande pote tombado, jorrando  água, tendo o deus rio com um braço descansando sobre ele, faz parte da iconografia de Peneus, assim como a pá e o buraco escavado no solo.

Tiepolo fez várias versões do mito Daphne e Apolo, mas este é considerado o mais dinâmico, belo e original.

Ficha técnica
Ano: c.1765/66

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 68,5 x 87 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://soundcloud.com/nationalgalleryofart/440-tiepolo-aebb89fe-ee1a-4762

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PRESÉPIOS – 300 ANOS DA CIDADE DE TIRADENTES

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Autoria de Luiz Cruz

                   

 Por volta de 1702, a primeira ocupação da região do Rio das Mortes foi o Arraial de Santo Antônio, logo fortalecido pelos recursos advindos das atividades auríferas.  Após a instalação do Arraial de Nossa Senhora do Pilar – o Arraial Novo, Santo Antônio passou a ser chamado de Arraial Velho.  Em 19 de janeiro de 1718, o local foi promovido à categoria de vila com o topônimo São José, vindo a ser mais conhecida como São José do Rio das Mortes e em seguida São José del-Rei.  Em 07 de outubro de 1860, obteve nova promoção, com o nome de “cidade e município de São José del-Rei”. Após a proclamação da República, através do Decreto Nº 3, de 6 de dezembro de 1889, passou a ser chamada de “município e cidade de Tiradentes”. Ao longo do século XVIII, a categoria “vila” equivalia ao título de cidade, portanto, em 2018, a localidade completa 300 anos de emancipação política e administrativa.

Para celebrar a efeméride, o Centro Cultural Yves Alves-CCYA realiza a exposição Presépios – 300 Anos da Cidade de Tiradentes. O CCYA recebeu como doação o presépio do artista Antônio Ferreira Gomes (1895-1978). Esse era um dos presépios mais emblemáticos da cidade. O artista e sua esposa, Dona Anésia, sempre o montavam na sala de visitas da casa, na Rua Direita, 111. Esse ritual se iniciava em novembro, com a plantação de arroz e alpiste em latinhas de goiabada, sardinha e outras. Nos primeiros dias de dezembro, após as primeiras chuvas, o casal e a meninada subiam a Serra de São José, com os balaios, para buscar enfeites: musgos, bromélias, líquens, murta e areia branca. A armação do presépio atraia a atenção de muitos e ao ficar pronto causava deslumbramento a todos. À noite recebia visitas de grupos de Folias de Reis. Era uma grande mobilização e um encantamento!

O Presépio de Antônio Gomes é de cerâmica, algumas peças cozidas e outras em barro cru. Ele copiou as principais do antigo presépio de Antônio Veloso (do século XVIII) e acrescentou outras de sua criação, como o flautista, a paralítica, a camponesa, o pedidor de esmolas e o pescador, colocadas junto às peças tradicionais, no cenário emoldurado por uma serra feita com pó de minério e ao fundo uma paisagem com edificações antigas, pintada sobre tecido.

Antônio Gomes foi um artista de muitas habilidades: santeiro, restaurador, pintor, fogueteiro, pedreiro, sapateiro, agricultor – aquela pessoa que se interessava por tudo e por todos. Como fogueteiro coloria os céus com fogos de artifícios em todas festas e fazia o “Judas” que era arrebentado no Domingo de Aleluia, após a leitura do “Testamento”, que deixava  coisas inusitadas para o povo. Sofrera um acidente em sua foguetaria que teve consequência para o resto da vida, mas mesmo com problemas na coluna vertebral, sempre enfrentou longas jornadas de trabalho e procurava atender a todos que o procuravam por suas habilidades peculiares. Após sua morte e a de Dona Anésia, o Presépio foi vendido para o casal Dalma e Yves, que o emprestou para ser armado em diversos locais. Depois, a família o doou para o CCYA, onde tem sido montado todos os anos. Como se trata do presépio mais tradicional da cidade, por iniciativa do Conselho Municipal de Políticas Culturais e Patrimônio foi restaurado pela Anima Conservação e Restauro e será tombado pela municipalidade como patrimônio cultural.

Outros presépios curiosos existiram em Tiradentes e chamavam a atenção pela singularidade. Um deles era o de Antônio Veloso, na Rua Padre Toledo, 13. Com as peças em terracota, ficava o ano todo montado na sala. O da família Lopes da Cruz, na Rua Padre Toledo, 106, passava o ano inteiro armado na alcova e destacava-se pela quantidade de peças, inclusive de casinhas, sobrados e capelas. Muitas delas eram de papelão e havia peças em  celuloide, bem leves e fininhas. Até o presente diversas famílias tiradentinas mantém a tradição de montar os presépios, inaugurá-los no dia 8 de dezembro e desmontá-los somente depois do dia 20 de janeiro, após as visitas das Folias de São Sebastião.

A exposição Presépios – 300 Anos da Cidade de Tiradentes tem curadoria de Luiz Cruz e Pepe de Córdoba e apresenta o Presépio de Antônio Gomes restaurado e outras obras do século XVIII ao XXI referentes ao tema. Será inaugurada no dia 8 de dezembro e ficará até o dia 22 de dezembro, quando o CCYA terá recesso. Depois retornará de 6 a 14 de janeiro. A exposição celebra os 300 anos da cidade e comemora, também, os 20 anos de atividades do Centro Cultural Yves Alves. Além da exposição, outros presépios são montados na cidade, na Matriz de Santo Antônio, no Santuário da Santíssima Trindade e nas capelas de Nossa Senhora do Rosário, de São João Evangelista, de Nossa Senhora das Mercês e no Museu da Liturgia.

*Professor, sócio-fundador e presidente do Conselho Deliberativo do CCYA

Créditos:
Realização: Centro Cultural Yves Alves

Luiz Cruz e  Pepe de Córdoba
Pesquisa, texto, e fotografia: Luiz Cruz
Fotografias dos pastores do Presépio de Aleijadinho, acervo Museu da Inconfidência: Eugênio Sávio
Montagem: Luiz Cruz, Pepe de Córdoba e Alberto Lopes
Equipe do CCYA: Gláucia Vitor, Regina Carvalho, Eliseu Cruz, Alberto Lopes, Ricardo Ribeiro, Gina Valéria, Haydee Trindade, Nathália V. Souza

Apoio: Centro Cultural SESIMINAS Yves Alves, Conselho Municipal de Políticas Culturais e Patrimônio, Paróquia de Santo Antônio, Arquiconfraria da Santíssima Trindade, Anima Conservação e Restauro, IPHAN, UFMG, ICBO, Renato Diniz, Alexandre Mascarenha, Família Costa, Antiquário Nobre Decadência, Solar da Ponte, Nícia Braga, Luciana Braga Giovannini, Dorothé Lenner, Bolão Divino, Ulisses Passarelli, Sérgio Carvalho, Jango Silva, Lucas Silva, Rita Gomes,  Brasileirinho, João Elias, Felipe Callipo

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Gainsborough – MASTER JOHN HEATHCOTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição denominada Master John Heathcote é uma obra-prima do pintor inglês Thomas Gainsborough, em que fica patente o virtuosismo técnico alcançado por ele em sua arte. Trata-se de uma obra de sua maturidade artística e nela fica evidente a influência de Anthony van Dick, artista que ele tanto admirava.

Antes de tudo, é preciso que o leitor saiba que se trata de um retrato de um garoto e não de uma menina, em razão de sua vestimenta, comum a uma época em que meninos e meninas vestiam do mesmo jeito até os seis anos de idade.

O garotinho encontra-se em primeiro plano, ao ar livre, de frente para o observador. Seu rosto risonho e angelical apresenta olhos verdes, bochechas e lábios vermelhos. Os cabelos dourados formam cachos nas pontas. Seu vestido branco, finamente trabalhado, desce até os pés, deixando uma ponta de seu sapato vermelho à vista. Uma larga faixa de cetim azul, amarrada à cintura, forma um enorme laço à esquerda, com as pontas tocando a barra do vestido. Na mão direita traz um delicado buquê de flores miúdas.

Atrás do pequeno John Heathcote, ao fundo, desenrola-se uma paisagem simples e rústica, mas cheia de leveza.

Imaginemos, hoje, um menino sendo retratado usando um vestido decotado, laços e sapatos vermelhos e, além disso, trazendo um ramalhete de flores… Como os tempos mudam!

Ficha técnica
Ano: 1770

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 127 x 101 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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