PALAVRAS PARA LAURA

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Autoria de Celina Telma Hohmann

Laura!

Do latim laurus, significando “Vitorioso”, “Triunfal”. Já trouxe no nome a força e, hoje, em plena fase de abrir todas as portas e janelas, às voltas com os tormentos do existir. Você tem a facilidade da escrita, que é o que há de mais difícil, posto que nem todos são detentores deste poder que é grande. Se escreve tão bem e faz pesquisas com um quase assustador meio de decifrar-se, tem o discernimento para descobrir que faz consigo o que muitos – e aí me incluo – usam da autossabotagem para não prosseguir, como uma preguiça que dói e nos prende ao nada.

Laura, você dispõe dos recursos que a muitos não é acessível. Sobra em si uma sabedoria formal, até além daquela que sua idade permite, adquirida, ao que demonstra, pela sua facilidade em aprender, mesmo quando cita que o ensino foi algo a que nem deu muito valor. Primeira das suas negativas é essa. Você soube extrair do ensino o melhor que ele lhe ofereceu, mesmo não dispondo das sonhadas “ferramentas fornecidas pela Prefeitura”. Não nos tornamos melhores ou piores se faltam ou sobram possibilidades. Não as tendo, podemos encontrá-las em nós mesmos, não esperando ou culpando fracassos (que não é o seu caso) pela falta de oportunidades. Oportunidades são exatamente o quê? Já fui jovem. Já tive vinte anos e, como você, também me senti perdida, sabe por quê? Porque eu estava acima da média, como muitos estão, mas dentro da mesmice que nos chateia…

Meu primeiro trabalho foi aos treze anos e nunca mais parei, até que, parando, veio o vazio real. Obviamente vocês, jovens de hoje, têm menos chances de um trabalho formal, considerando que nosso país não oferece muito aos jovens que estão à busca de trabalho, mas isso não os põem na condição de inúteis, vazios…Vocês não são isso, exceto se desejarem! O olhar para o passado é bom, mas olhar só para justificar o caos do presente é destruir a semente que já está germinando. Abra-se para o novo, minha linda! Arregace as mangas, descubra-se capaz (e o faça com fidelidade absoluta)! Colha, depois, o que plantou, pois, se plantar amarguras, terá uma colheita sofrida.

Entendo como você se sente, Laura, ao não saber qual direção tomar. Cada um de nós, aqui neste cantinho, veio com lágrimas, por vezes reprimidas, mas com tanta necessidade de sair do casulo, que o passo, por vezes tão doloroso, resultou não no remédio imediato, mas na compreensão, que é o que buscamos. Colocamos nossas histórias em trechos, por vezes desrespeitando a concordância, a regência, o correto uso da escrita, mas na busca desesperada por um ombro amigo que parecia distante.

A vida é uma sinfonia, Laura, na qual se encontram partes que poderão nos deliciar com as mais suaves notas e outras que nos farão sofrer. Um dedilhar descuidado, um ouvido não atento ou um coração em compasso desajustado não resultará em harmonia, embora ela seja tão procurada e na maior parte das vezes tão menosprezada. Existe, mas não a ouvimos e se ouvimos, não conseguimos decifrar o novo som… Nossa capacidade em afastar o que nos faz bem é grande. Carregamos o poder de destruir nossos sonhos.

Laura, não existe vida sem sonhos! Vegetar não faz parte do nosso processo, não, em seu estado mais natural! Sei que deveria lhe dar o colo que precisa, olhar em seus olhos, segurando suas mãos e dizer: menina, siga! Não estão no mundo as respostas que busca. O mundo se basta a si mesmo. Ele é e pronto! Fazer dele bom ou mau depende de cada um de nós. E aqui, é importante esclarecer que não podemos culpar os outros, ou esperar dos outros, ou pelos outros que nossos caminhos se abram. Quando nossas primeiras células, de forma maravilhosa foram se duplicando, multiplicando, fazendo-nos um humano, já estava escrito o que seríamos: uma pessoa!

Você é GENTE, Laura, portanto, seu compromisso consigo mesma é descobrir seu melhor lado e com ele explorar todo o potencial que tem – e tem muito – e fazer o gol (obviamente chutando a bola) e correr para o abraço. A vida precisa que você dê a ela o valor que ela lhe deu, criando-a perfeita em todas as suas faculdades físicas e intelectuais. Através dela, você recebeu a bênção de ser alguém especial. Quando houver conflitos de sentimentos, considere-se normal, mas jamais, em hipótese alguma se dê o direito de julgar-se mais sofrida ou inferior a quem quer que seja. Se no calor que sufoca buscamos a sombra e no frio exagerado o mais quentinho dos abrigos, então, na sofreguidão da alma e nas buscas por respostas, façamos o mesmo! Sempre haverá, num cantinho, por vezes ainda não explorado! Não se sinta só!

Um abraço quente, uma compreensão meio durona, mas um carinho à doce fase da juventude!

Nota: a ilustração é uma obra de Pablo Picasso, Mulher Adormecida com Persianas.

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Correggio – NOLI ME TANGERE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Noli me Tangere (Não me toque!) é uma obra do pintor italiano Correggio, cuja cena mostra o encontro de Cristo ressuscitado com Maria Madalena. Graças ao uso do claro-escuro, o pintor consegue repassar uma atmosfera de intenso lirismo e adoração silenciosa.Esta obra faz parte da maturidade do artista. O mesmo tema já foi pintado por outros pintores como Fran Angelico e Ticiano.

Na pintura, Maria Madalena encontra-se em campo aberto sob a luz da manhã, quando recebe a visita do Mestre, após esse ter ressuscitado. A princípio, a discípula pensa tratar-se de um jardineiro, pois tem perto de si uma enxada e uma pá. Ao reconhecer Jesus que a chama pelo nome, Maria Madalena lança-se no chão, emocionada e, ao ouvir sua voz para que não o toque, ela retrocede, surpresa. (João 20: 14-18): “Noli me tangere!” (Não me toque!).

Há no rosto de Maria Madalena e no gestual de seu corpo uma grande emoção no encontro com Jesus Cristo. Mesmo surpresa com o pedido para não tocá-lo, ela demonstra um grande afeto pelo Mestre. Há uma profunda troca de olhares entre o Cristo ressuscitado e Madalena, ajoelhada sob o impacto da emoção. Ao fundo, descortina-se uma paisagem verdejante.

Ficha técnica
Ano: c. 1523
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 130 x 103 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
A história da arte/ E.H. Gombrich
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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EU NÃO TENHO SONHOS!

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Autoria de Laura Alencar

Eu tenho 20 anos, não estudo, não trabalho e não tenho sonhos, nem objetivos. Os planos mudam tão rápido de lugar. Minha luta,  vulgarmente, escorre pelos meus dedos. Vejo-me tão líquida e obscura no chão, uma poça de desespero e insatisfação. Parece que estou em desvantagem, presumo que seja por causa da minha condição socioeconômica, que impossibilitou a oportunidade de eu estudar em uma escola bem equipada para poder aflorar meus talentos, assim como não havia tanta cobrança por parte de minha avó, quem me criou, devido à ausência dela para com os meus estudos.

Estudar ou não, não era uma obrigação, era algo que dependia de mim e, como eu era muito criança, eu não fazia as atividades nem me esforçava, nem o corpo docente público podia dar suporte a tantos alunos devido à falta de ferramentas fornecidas pela prefeitura.

Minha sina é tão imprecisa. Tenho tanto medo de ficar acomodada, levando uma vida insignificante. Quero me movimentar, entretanto me desvio e perco o foco na caminhada. Já tive tantos planos. Em questão de segundos, dias, semanas já fui tanta coisa, mas não consigo prosseguir com meus deveres, pois, logo me sinto letárgica.

Vivo a fazer pesquisas sobre meus possíveis transtornos psicológicos e em busca de um diagnóstico para, por sua vez, ter um tratamento mais preciso e ser uma adulta decidida, constante e responsável. Não sei de nenhum histórico de transtorno mental em minha família, a não ser depressão. Não fui diagnosticada com nada. Uma vez meu antigo psiquiatra disse que eu tinha vestígios de SP. E foi só isso. Já meu atual psiquiatra, que não o vejo há 3 meses, pois ele tinha sofrido um acidente e, quando voltou às atividades, a fila de espera para a consulta estava enorme, uma vez que faço tratamento pelo SUS, e a demanda de pacientes no Caps AD (álcool e drogas)  é realmente significante – e cá entre nós, preocupante.

Ao invés de esperar pelo atendimento psiquiátrico, opto por um pedido manuscrito por minha psicóloga, baseado nos remédios prescritos pelo meu psiquiatra no nosso último encontro, pra ser “autenticada” pelo médico do posto de saúde local, para assim eu pegar meus remédios no CAF (Centro de Abastecimento Farmacêutico). Mesmo que eu tome  amitriptilina,  fernegam e carbamazepina – para dormir e controlar meu humor inconstante – eles parecem não funcionar, porque tenho crises em que não consigo controlar meus pensamentos e meus impulsos autodestrutivos como fortes ideações suicidas, mutilações e pensamentos distorcidos sobre tudo, todos e sobre mim.

Atualmente ando me sentindo muito bem e confiante. Todavia, subitamente, sinto como se a atmosfera das coisas mudassem ao meu redor, é quase palpável, porque sinto medo e nervosismo caindo sobre meu cálido e eufórico corpo e mente. É como se eu estivesse num sonho, ou como se eu não tivesse controle total sobre meus sentimentos, ou como se eu tivesse altamente chapada de maconha – não fumo mais.  Eu fazia psicoterapia, mas deixei de ir a, aproximadamente, 2 meses, pois parecia que as consultas e minha vida estavam empacadas, embora minha psicóloga tenha me ajudado bastante desde então. Penso em procurar outra psicóloga e/ou psiquiatra, mas é difícil e demorado conseguir uma consulta que não seja paga.

Eu já tinha visto alguns artigos deste blog, porém não sabia que havia colaboradores. Sendo assim, venho pedir ajuda: Existe alguém que já se sentiu assim como eu, mas que hoje vive uma vida satisfatória, com boa carreira, bons amigos, faz viagens, etc. Se tem alguém assim, por favor, me ajude a enxergar oportunidades, além da morte que me assombra com o seu sopro de desesperança nesse mausoléu existencial.

Nota: pintura chamada “Angústia”, de Cristina Alquicira Palácios

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Dürer – MADONA E O MENINO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada Madona e o Menino é uma obra do pintor alemão Albrecht Dürer, que também foi gravador, ilustrador, matemático e teórico de arte e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI tanto em  seu país como nos Países Baixos. Foi um dos principais propagadores das ideias do Renascimento italiano para os artistas do Norte em razão de suas viagens à Itália.

Esta obra, possivelmente dedicada à devoção privada, faz parte dos trabalhos iniciais do artista e nela fica clara a homenagem do mestre alemão ao mestre italiano Giovanni Bellini, como nós podemos observar através das funções e das colocações das duas figuras que se relacionam com o fundo através de uma paisagem. Este trabalho foi, inclusive, atribuído anteriormente a Giovanni Bellini.

A Virgem Mãe, de frente para o observador, usa um vestido azul escuro e um manto também azul, mas num tom levemente mais claro, que lhe cobre  toda a testa, deixando apenas parte das sobrancelhas de fora. Ela ocupa o canto de uma sala com paredes de delicado mármore, próxima a uma janela aberta, através da qual se vê uma distante paisagem alpina, minuciosamente retratada. Muito concentrada e com o semblante fechado, parecendo triste, ela segura firmemente seu rechonchudo Menino, de pé sobre uma almofada verde. Ambos formam uma pirâmide. Atrás dos dois personagens desce uma cortina vermelha que contrasta com a cor das vestes de Maria.

A criança, nua, traz o rostinho tristonho voltado para a esquerda e o braço direito, abaixado, segurando uma maçã com o punho dobrado e a mão voltada para trás, como se escondesse a fruta, simbolicamente responsável pelo pecado da humanidade que, por isso, irá passar por grande sofrimento. A mão direita do Menino toca no decote do vestido da Mãe e recebe o peso da cabeça. O enchimento vermelho da almofada, assim como os enfeites nas pontas, pode simbolizar o sangue da Paixão de Cristo.

A paisagem arborizada traz um castelo no alto de um rochedo. Um soldado a cavalo é visto dentro da propriedade, na parte de baixo, a fazer a guarda do lugar. Um muro e um portão fechado separa a parte interna do domínio da externa. Do lado de fora vê-se uma pequena figura, parecida com um monge com seu cajado, em direção contrária à do lugar.

Na parte inferior da pintura, à esquerda, são vistas as armas da família Hallery e, à direita, as da família Koberger, ambas importantes em Nuremberg. Há quem diga que esta pintura foi encomendada por Wolf III Haller que veio a casar-se com Ursula Koberger. No verso deste painel existe uma segunda pintura, denominada “Ló e suas Filhas”, o que faz supor tratar-se de um díptico.

Ficha técnica
Ano: antes de 1505
Técnica: óleo no painel
Dimensões: 50 x 40 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.41598.html
http://www.wga.hu/html_m/d/durer/1/02/07haller.html

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Velázquez – A BORDADEIRA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Velázquez  […] é o artista supremo, ele não me surpreendeu, ele me encantou. (Manet)

A composição denominada A Bordadeira, também conhecida como A Costureira, é uma obra do pintor espanhol Diego Velázquez, um dos mais famosos mestres da pintura europeia do século XVII, tendo criado, sobretudo, retratos. Existe a possibilidade de que a modelo seja sua filha Francesca Velázquez del Mazo. No inventário do artista, uma de suas obras está descrita como “cabeça de uma mulher que está bordando”, o que leva a crer que seja esta e, também, que só a cabeça da modelo estivesse terminada.

Esta pintura encontra-se inacabada, se intencionalmente assim foi deixada, tinha por objetivo dar-lhe mais expressividade, como aconteceu com vários retratos do pintor.  O rosto é a única parte que parece totalmente terminada, iluminado por uma luz suave. Os braços e as mãos mostram-se esboçados, o que permite ter uma ideia do processo usado pelo artista para pintar. A tela, por exemplo, está preparada com uma base cinza. É possível notar que sua textura foi usada para criar a sombra do xale. Velázquez fez uso de uma luz delicada para criar o rosto e os seios da personagem, além de lembrar o vai e vem das mãos.

Uma jovem mulher, usando um vestido escuro com decote quadrado que lhe deixa os belos seios enfunados, encontra-se sentada, inclinada sobre seu bordado (ou costura). Seu rosto  gracioso tem bochechas rosadas. Ela traz um xale branco jogado nos ombros. Sua cabeça está modelada em luz e sombras. À sua frente vê-se um travesseiro (ou almofada) sobre o qual se debruça e descansa as mãos. Seus cabelos escuros estão presos atrás, num coque com um enfeite vermelho que contrasta com o restante das cores. Ela se mostra concentrada em seu trabalho ou em seus pensamentos.

Ficha técnica
Ano: c.1640
Técnica: óleo sobre painel
Dimensões: 74 x 60 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.88.html
http://www.diego-velazquez.org/the-needlewoman.jsp

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SOMOS APENAS PASSAGEIROS DO TEMPO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Um único ser humano pode causar mais mal do que todos os outros animais do planeta. (Tomás de Aquino)

As principais ameaças à nossa sobrevivência já não vêm da natureza externa, mas sim de nossa natureza humana interna. São nossas hostilidades, nosso descaso, o egoísmo, o orgulho e a ignorância deliberada que põem o mundo em perigo. Se não conseguirmos domar e transmutar o potencial da alma humana para o mal, estaremos perdidos. (Scott Peck)

Quem somos nós como espécie, uma vez que, em pleno século XXI, ainda não aprendemos como domar nossas forças maléficas e corrigir nossas fraquezas?  A nossa capacidade de destruição e ódio por nós mesmos e pelos outros ainda se encontra num altíssimo patamar. Sem falar na indiferença e arrogância com que tratamos as outras formas de vida. A mudança a que teremos de nos submeter é uma tarefa árdua, mas necessária.

Negligenciamos a vida de nossa espécie, assim como a de outros seres com os quais dividimos o planeta. Existe em nós uma cumplicidade quase que generalizada com o mal, cuja consequência principal é o recrudescimento da violência em todo o mundo. E pior, parece que perdemos a indignação que nos era costumeira, ao aceitar tudo com normalidade. A omissão passou a ter sinônimo de educação, de não intrometimento na vida de outrem. Somos meros passageiros dos metrôs da vida, deixando tudo para trás, com a falsa sensação de que os fatos mudarão por si mesmos, sem a nossa interferência.

Ainda não estamos totalmente cônscios da presença do mal em nosso planeta, o que limita o nosso campo de ação. Nem mesmo temos noção da maldade que nos acompanha e seduz.  E não há como combater as mazelas do mundo, sem começarmos a limpeza dentro de nós mesmos. É preciso ter conhecimento do bem, mas não se pode fugir do conhecimento do mal, pois não se combate um inimigo desconhecido. Se quisermos continuar existindo, temos que o combater, mesmo a contragosto.

Assim como o bem, todo mal possui o contexto em que foi engendrado. Vivemos num século marcado por avanços científicos e tecnológicos, mas não nos enganemos, pois muitos deles estão a serviço da maldade, a ponto de sermos hoje uma espécie danosa para o planeta que nos dá vida, pois somente a espécie humana possui latente a capacidade para a destruição planejada. Não estão fora de nosso contexto as catástrofes ecológicas, que ameaçam a vida de todas as espécies no planeta Terra.

Não mais podemos subestimar a explosão populacional, a extinção de várias espécies, o aquecimento global, a violência latente nos jovens, o abismo social que separa os ricos dos pobres e a morte do sagrado. Não podemos mais fugir da verdade de que todos os elementos do universo nascem, vivem e morrem e que tudo está interligado, qualquer que seja a sua classificação (seres animados ou inanimados). Não somos donos de nada, mas simples passageiros do tempo. Tudo o que materialmente julgamos possuir  trata de mera ilusão, pois tudo nos é emprestado por um determinado tempo.

Abandonemos, pois, a prepotência e a arrogância de que somos os soberanos do mundo. Temos que respeitar o que recebemos ao nascer e tentar, ao máximo, deixar um mundo melhor para os que ficam e os que virão. Comecemos já a combater em nós mesmos qualquer forma de antropocentrismo, racismo, arrogância, egoísmo, violência, parcialidade, omissão, poder e tantos outros parasitos que se alimentam de nossa mente e alma.

Nota: Imagem recebida por e-mail e não encontrada sua fonte.

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