Van Valckengorch – INVERNO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                    (Clique na imagem para ampliá-la.)

O pintor flamengo Lucas van Valckenborch, o Velho (1535-1597), membro de uma grande família de artistas, sendo irmão de Marten van Valckenborch, tornou-se conhecido sobretudo por suas belas paisagens, embora tenha criado retratos e cenas alegóricas. Fez parte do círculo dos pintores Pieter Bruegel, o Velho e Hans Bol, grandes nomes da pintura de paisagens nos Países Baixos. Lucas van Valckenborch tornou-se conhecido principalmente por suas paisagens que retratam cenas existentes e também imaginárias.

A maravilhosa pintura intitulada Inverno, ou também Paisagem de Inverno, representa uma das quatro grandes telas criadas pelo artista para a série “Estações”. A composição é uma narrativa de tom idílico. A cena é apresentada mais de perto, contendo um número relativamente reduzido de elementos, se comparada a outra pintura do artista com a mesma temática. As pessoas (homens, mulheres, jovens e crianças) transitam apressadas sob a nevasca, todas muito bem agasalhadas, embora algumas brinquem de batalha com bolas de neve, tanto à direita quanto à esquerda.

Em primeiro plano, à esquerda, um casal anda apressado e logo atrás vem um segundo, acompanhado de uma criança. Três pessoas, próximas à grande árvore, transportam lenha na cabeça e, mais ao fundo, dois garotos brincam com a neve. À direita, em primeiro plano, um homem, uma mulher e uma criança transportam feixes de lenha na cabeça. Próximos a eles, um homem conduz uma carroça puxada por uma parelha de cavalos com o que parece ser feno ou lenha. Mais ao fundo, duas pessoas, seguidas de um cão, também transportam lenha na cabeça. São vistos dois esquiadores e três trenós na pintura que apresenta várias edificações com seus telhados brancos, à direita, que trazem várias pessoas nas portas, janelas e frente. Não é possível divisar o que se encontra ao fundo.

Ficha técnica
Ano: 1586
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 117 x 198 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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PROVÉRBIOS – MENINA OU MENINO?

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Autoria de Lu Dias Carvalhomeome

Os provérbios existentes em todas as culturas valorizam a presença dos filhos na vida dos pais. Eles são vistos como suporte para seus genitores principalmente na velhice. Contudo, em algumas culturas a diferença entre menino e menina é bem clara, como veremos a seguir.

Os tibetanos chegam a afirmar que “um filho não é a mesma coisa que uma filha”, ou seja, ele é muito mais desejado. Embora se saiba que a mulher é de fundamental importância para uma cultura, inclusive na descendência e criação de novos indivíduos, o nascimento de uma menina tem sido preterido em muitas delas. Tal postura contribui para colocar a fêmea humana à margem das decisões sociais e políticas da sociedade em que vive, uma vez que é vista como um indivíduo inferior.

Diz certo provérbio que “Quem não tem o que se ama, ama o que se tem”, portanto, não havendo outra saída, a garota indesejada é recebida, mesmo que a contragosto, pelos pais. Mesmo assim, ela continua vítima da mordacidade dos provérbios populares nas culturas machistas. Os chineses dizem que “Num tanque sem peixes salvam-se os girinos”, ou ainda, “Na falta de mercúrio, a argila serve”. Tais provérbios poderiam ser traduzidos como “Quem não tem cão caça com gato” em sua modalidade atual. Outros ditos populares acompanham a malícia em relação ao nascimento de meninas, mas também é possível pinçar aqui e acolá alguns provérbios que fogem à regra, ainda que se tenha que ler, nas entrelinhas, certo tipo de consolo:

  • A filha mais velha é a ama dos irmãos. (Prov. vietnamita)
  • Bendita a casa em que a filha nasce antes do filho. (Prov. judaico)
  • É melhor dar à luz uma boa filha, e depender de um genro, do que parir um mau filho. (Origem desconhecida)
  • Primeiro uma filha, depois um filho, e então a família. (Prov. estadunidense)
  • Uma boa filha equivale a dez filhos, se achar um bom noivo. (Prov. bengali)
  • Uma família sem uma única filha é como um fogo apagado. (Prov. coreano)

As sociedades que trabalham com essa diferença arcaica entre o sexo masculino e o feminino partem do pressuposto de que “A casa paterna é território dos rapazes e restaurante das moças”, como apregoa um provérbio chinês. Alegam que, ao casar-se, a jovem passa a pertencer à família do marido, enquanto o moço fica permanentemente ao lado dos pais, zelando por eles. Um provérbio coreano chega a ser mais rude ao rezar que “A jovem que se casa perde o parentesco”, pois seus filhos não são considerados como descendentes de sua família original, passando a fazer parte do clã do marido. E, como se não bastasse a negação por parte da própria família, a esposa, muitas vezes, também não é aceita pelo clã do marido, sob a alegação de que “A mulher não é parente de ninguém”, como alerta um provérbio mongol. Mulheres que vivem em culturas deste tipo são, certamente, frágeis e vulneráveis, repassando para suas filhas a mesma insegurança, numa cadeia continuada que só tende a enfraquecer a própria sociedade em que se encontram.

O que fica patente nessas culturas é o desprezo pela mulher, pelo fato de essas não serem provedoras, limitando-se apenas a manter a casa e a criar os filhos, como se tais funções desmerecessem-nas. O mesmo aconteceu com as mulheres de vários países, hoje tidos como civilizados, quando eram apenas “donas de casa”. Ao assumirem funções de trabalho fora do lar, elas passaram a ser vistas com respeito. Quanto ao fato de a mulher casar-se em determinadas culturas e passar a fazer parte da família do marido, o que vemos no Ocidente é o contrário. Reza um provérbio bem conhecido que “Quando um homem se casa, a família da mulher ganha um filho e a sua perde um”, pois a filha acaba sempre levando o marido para sua família, com a qual mantém maior contato. O ideal é que ambas as famílias se enriqueçam com o novo membro, seja ele homem ou mulher.

Fontes de pesquisa:
Nunca se case com uma mulher de pés grandes/ Mineke Schipper
Livro dos provérbios, ditados, ditos populares e anexins/ Ciça Alves Pinto
Provérbios e ditos populares/ Pe. Paschoal Rangel

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Mestre de Sta. Verônica – SANTA VERÔNICA E O SUDÁRIO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O Mestre de Santa Verônica (c. 1395-1415) recebeu este nome em razão de ter pintado o belíssimo retábulo de Santa Verônica. É tido como o mais importante artista de Colônia, embora se presuma que ali não tenha nascido. É admirado como sendo o principal pintor do estilo Gótico Internacional de décadas antes do surgimento do famoso Stefan Lochner. De acordo com as primorosas formas dadas às suas figuras, presume-se que tenha tido contato com as cortes da França e de Borgonha. Suas figuras são quase sempre envoltas por uma roupagem criativa com aparência oriental. O artista alemão usava formas suaves, com contornos brandos e gestual comedido, o que levava sua obra a repassar um toque de sutileza elegância e suavidade.

Sobre a composição denominada Santa Verônica e o Sudário, também conhecida por Santa Verônica com o Sagrado Véu, é possível que tenha vindo da Igreja de São Severino, em Colônia, onde se supõe que tenha sido a porta de um relicário. A temática usada na obra refere-se à lenda que reza que Cristo, ao receber de Verônica um pano para limpar o rosto, durante a sua caminhada com a cruz, acabou imprimindo no sudário a imagem de seu rosto sofrido. A pintura é tida como uma das antigas obras-primas da pintura alemã, responsável por atrair o interesse dos artistas do período romântico para os trabalhos dos artistas primitivos. Também é tida como uma das maravilhosas obras da pintura europeia do início do século XV.

O escritor e filósofo alemão, Johann Wolfgang von Goethe encantou-se com os dois grupos de anjos, arranjados na base do quadro, vendo aí “bastante habilidade artística para satisfazer os mais elevados padrões de composição”. Ele também se admirou com “a capacidade de abstração do pintor, que coloca suas figuras de acordo com a representação tridimensional sem, contudo, deixar de imbuir a obra toda de pensamento simbólico”.

Santa Verônica, com seu olhar tristonho e concentrado no que apresenta, traz os braços abertos, segurando nas pontas dos dedos o sudário (pano com que antigamente,limpava-se o suor, sendo também costume na Antiguidade ocultar a cabeça dos mortos com o mesmo). O manto vermelho que cobre sua cabeça, descendo-lhe pelo corpo, destaca ainda mais a figura escurecida da cabeça de Cristo, circundada pela coroa de espinhos, impressa na parte central do tecido de linho. No chão de ladrilhos brilhantes estão dois grupos de anjos, três de cada lado, com suas longas asas coloridas e cabelos cacheados. O grupo da direita possui um grosso livro de capa avermelhada e o da esquerda segura um pergaminho. A atenção de quatro dos anjos está voltada para a estampa do Mestre.

Ficha técnica
Ano: c. 1400
Técnica: painel de pinho
Dimensões: 96 x 48,3 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

 Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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CARL SAGAN – DIABOS x DIABRURAS (VII)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Os diabos […] procuram interferir no processo da cópula e concepção normal, obtendo o sêmen humano e transferindo-o a eles próprios. (Kramer e Sprenger)

Os demônios podem transferir o sêmen que coletaram e injetá-lo nos corpos de outras pessoas. (Tomás de Aquino)

Não apenas as bruxas eram queimadas em fogueiras, mas também os hereges – crime cometido tanto por católicos quanto por protestantes, só mudando mesmo o rótulo religioso, bastando lembrar que a própria Bíblia foi impedida de ser traduzida para o inglês, conservando-se por muitos e muitos anos no latim arcaico, inacessível ao povo. Tratava-se de uma maneira de impedir o acesso das pessoas comuns à “palavra de Deus”, pois viriam a fazer suas próprias interpretações e tornar-se-iam independentes das hierarquias religiosas católica e protestante. O que a Igreja cristã receava é que viesse a deixar de agir como “intermediária” entre os adeptos e Deus. O erudito William Tyndale (1494-1536), que seria o tradutor do livro sagrado dos cristãos, foi caçado e perseguido por toda a Europa e posteriormente queimado na fogueira.

Retomando o assunto sobre a caça às bruxas, visto em outros textos publicados anteriormente, a última execução de que se tem notícia na Inglaterra foi a de uma mulher e sua filha de nove anos, ambas enforcadas. Seu crime, segundo os censores da época: provocar uma tempestade ao despirem-se das meias. Não estranhe, caro leitor, pois hoje ainda vemos pessoas malucas dizerem que antenas provocam chuvas e tempestades. Se assim fosse, o deserto do Saara estaria verdejante, repleto delas.

Os doentes mentais foram também grandes vítimas desse período nefasto. As crendices religiosas atribuíam aos doentes mentais a possessão demoníaca. Vemos isso na Bíblia em Marcos 9:14-29, Mateus 17:14–21 e Lucas 9:37–49), que diz que um garoto foi apossado por espíritos. Para muitos estudiosos o garoto era vítima de epilepsia. Naqueles tempos até mesmo a insônia era atribuída aos demônios. Somente a partir do século XVIII foi que as doenças mentais deixaram de ser vistas como sobrenaturais, ou seja, causadas por obra dos “anjos caídos” ou demônios.

Martinho Lutero, no ano de 1992, criou um “manual de guerra espiritual” (Prepare-se para a Guerra), através do qual apregoava que o sexo fora do casamento era, na maioria das vezes, resultante de infestação demoníaca; que a meditação, ioga e artes marciais não passavam de cultos aos demônios; e que Satã era o responsável pelo surgimento do rock na música.

Causa espanto à maioria de nós – viventes do século XXI – que a demonização ainda se encontre à solta em diferentes religiões, com o intuito de provocar o pavor nos devotos, objetivando torná-los subservientes e reféns de diferentes credos, a fim de encher o caixa das igrejas.

Ilustração: Lâmpada do Diabo, 1797, criada por Francisco Goya

Fonte de pesquisa
O mundo assombrado pelos demônios/ Companhia de Bolso

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O VINHO MAIS COBIÇADO DO MUNDO

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Autoria de Fernando Carvalho

O Romanée-Conti é o vinho mais cobiçado do mundo, símbolo de status, riqueza, poder e manifesta ostentação. Muitos séculos de história alicerçam esta condição. No ano de 1131, o Duque de Borgonha cedeu suas terras ao Mosteiro de Saint-Vivant. Em 1790, o já famoso vinhedo foi vendido a Louis-François de Bourbon, príncipe de Conti, que disputou a compra com Madame Pompadour. O príncipe destinava toda a produção para seu consumo pessoal (e dos amigos, claro). O príncipe, com a cara cheia de vinho devia aprontar muito, tanto é que foi preso durante a Revolução Francesa.

A denominação Romanée-Conti data de 1794. E a família Villaine detém a propriedade do terroir desde 1911. Eça de Queirós chegou a dizer que por causa deste vinho um filho mataria o próprio pai. Um documento histórico da época do terror da Revolução Francesa refere-se ao vinho como “um bálsamo para os idosos, os frágeis e os deficientes, devolvendo a vida aos moribundos”.

O vinho, desde os tempos bíblicos, sempre foi usado como medicamento. O bom samaritano cuidou do seu próximo que fora assaltado e espancado com vinho e azeite. Já se escreveu sobre o Romanée-Conti como “uma mão de ferro em luva de veludo”, por aliar estrutura e maciez. Robert Parker, um crítico de vinho notório por sua análise fria e precisa percebeu no vinho “aromas celestiais e surreais”.

Costuma-se dividir os enófilos – os amantes do vinho – em dois grupos: os que provaram o Romanée-Conti e os que morrerão sem sentir-lhe o bouquet. O atual dono do terroir, Albert de Villaine, tem uma idiossincrasia, só atende quem gosta de vinho. Deixou de receber Giscard d’Estaing porque ele não gostava de vinhos. Não recebeu também o presidente do Cazaquistão pelo mesmo motivo, embora se tratasse de um homem muito rico. E disse que receberia o Lula se ele amasse o vinho. Lula, todos sabem, bebeu um Romanée-Conti, safra 1997, pago por Duda Mendonça, para comemorar a vitória na campanha à Presidência da República em 2002. Lula até que achou o vinho gostoso, mas ele prefere uma caipirinha. Detalhe, o dono do restaurante emoldurou essa garrafa vazia e colocou-a na parede, mas depois um larápio furtou-a.

Aqui no Brasil monsieur Villaine jantou com Paulo Maluf durante a primeira visita que fez ao nosso país em 1993. Paulo Maluf simplesmente coleciona Romanée-Conti de diferentes safras. Villaine, diante da quantidade e variedade de vinhos do seu “monopólio” na adega de Maluf teria comentado: “Só vi isso em país subdesenvolvido!”. O Brasil com efeito é o décimo consumidor mundial do precioso néctar, pois consome 80 caixas por ano. Arrematou de Villaine: “Não é meu estilo”. Moral da história: o Romanée-Conti na verdade é um vinho ao qual só tem acesso os ricos e os corruptos (duas faces da mesma moeda).

Albert de Villaine discorda da especulação em torno do Romanée-Conti. Em 1978 uma única garrafa da safra de 1978 foi vendida por 24 mil dólares. Mas o fato é que o precioso vinho já virou investimento. Uma garrafa de uma boa safra quadruplica seu valor, pelo menos, em dólares em dez anos. O Romanée-Conti é vendido em caixas de 12 garrafas onde apenas uma delas é o próprio. É claro que uma mitologia alimenta isso tudo. O crítico de vinhos da revista Gula, Guilherme Rodrigues diz que “De cada dez safras de Romanée-Conti, uma realmente vale o preço”. Um outro crítico de vinhos disse que 50 dólares paga a garrafa de qualquer vinho, acima desse valor a pessoa está pagando pela grife.

 

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Veronese – LUCRÉCIA APUNHALANDO-SE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Paolo Caliari (1528-1588), mais conhecido pelo nome de Paolo Veronese, ou simplesmente Veronese, como lhe chamavam os amigos, é tido como um dos grandes artistas de Veneza. Foi educado em sua cidade natal, sendo seu pai, o cortador de pedras Gabriel Caliari, o seu primeiro mestre, ensinando-lhe a modelar o barro. Mas ao perceber o talento do filho para o desenho, enviou-o para o pintor Antonio Badile, aluno de Ticiano.  Veronese tornou-se grande amigo do pintor Battista Zelotti que também estudara com Ticiano.  Com ele foi tentar a sorte em Siena. Naquela cidade os dois amigos tiveram a sorte de arranjar serviço com um nobre que lhes confiou a ornamentação de seu palácio. Esse trabalho foi muito importante para Veronese, pois aprendeu com seu amigo Zelotti importantes lições sobre o uso da cor e da composição, ensinadas pelo mestre Ticiano.

A composição intitulada Lucrécia Apunhalando-se é uma obra-prima do artista, executada nos seus derradeiros anos de vida. Apresenta a suntuosa figura de Lucrécia, saída de um fundo escuro, inclinada para a sua direita e ornada de ricas joias. Ela é alumiada por uma luz oculta, responsável por dar ênfase à sua pele, aos cachos dos cabelos louros adornados com joias, à blusa que lhe cai pelos ombros e ao cachecol de seda verde-oliva, enquanto o punhal que dará fim à sua vida fica oculto pela sombra.

Conta a história que Lucrécia era a esposa virtuosa de Lucius Tarquinius Collatinus e que, ao ser estuprada por Sextus Tarquinius, optou por cometer suicídio, pois não poderia viver com aquela vergonha, o que garantiu à lendária dama romana um lugar na série de grandes mulheres da pintura europeia, especialmente nos círculos da corte, onde elas eram retratadas como exemplos de virtude.

Ficha técnica
Ano: 1580
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 109 x 91 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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