A ESCULTURA NA ARTE BIZANTINA

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Autoria do Prof. Pierre Santos

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No novo rito então recém-libertado, o construtor enfrentou sérias dificuldades para erguer seus templos, por desconhecimento de técnicas para tanto próprias. Entretanto, o passo decisivo para melhor caracterização estilística da arquitetura cristã seria dado no período seguinte, com o equacionamento da cúpula bizantina e das soluções neutralizantes das forças de gravidade. Este sistema de cobertura por domo não era original do estilo, o qual vinha sendo usado já havia algum tempo; todavia, era solucionado, grosso modo, através do emprego de cobertura por trompas, que consistia no aumento significativo dos muros de sustentação, resultando num interior sextavado, às vezes oitavado, e, continuando curvilineamente essas paredes, que delimitavam o espaço interior, seis ou oito trompas curvilíneas iam encontrar-se no pináculo do eixo vertical centralizado dessa cobertura. Sobre não permitir maiores arrojos no tamanho desses indivíduos arquitetônicos, o sistema também não lhes oferecia segurança, a saber que o peso da gravidade, ao exercer-se de encontro ao anteparo do teto, tendia a distribuir-se obliquamente, forçando a abertura lateral dos muros de sustentação e o consequente ruir do teto, não obstante os pesados contrafortes externos. O fato se devia a que o arquiteto de então ainda não sabia como alinhar uma cúpula circunférica a uma planta quadrangular, para melhor distribuir os pesos, motivo pelo qual raras vezes empregou antes o sistema, a ele preferindo o antigo, de escora e sustentação, como é o caso da Igreja basilical de Santo Apolinário o Novo, edificado na cidade italiana de Ravena antes da edificação de Santa Sofia de Istambul, mas já sob o governo de Constantino. Posteriormente, Justiniano mandaria cobrir as paredes da Igreja de Santo Apolinário com belos mosaicos fabricados em Istambul e para lá transportados de navio, junto com a especializada mão de obra então inexistente em Ravena.

Aquele antigo sistema construtivo não era o que pretendia o homem de Bizâncio. Antes, interessava-lhe, em primeiro lugar, ampliar as dimensões do templo, de modo a torná-lo condizente com a exuberância e a grandeza do Império, e, em segundo lugar, dar-lhe destinação e simbologia propícias a expressar a riqueza do conteúdo espiritual, que animava o novo culto, já agora extenso. Esse ideal fora atingido por intermédio da solução dada à cúpula, chamada sobre pechinas ou pendentes, o que se esclarecerá adiante. Consistia o novo método no abandono das plantas de cruz latina, de braços desiguais, e na adoção da planta em cruz grega, de braços equilaterais, que melhor se prestava à solução. Conseguia-se assim um amplo quadrilátero, no qual se inscrevia a idéia da cruz de braços equilateral, cujo eixo ou cruzeiro podia ser coberto por grande cúpula semiesférica, em altura jamais atingida.

O método em sua concepção era muito simples:

  1. assentavam-se nos ângulos do quadrilátero quatro poderosas colunas;estas eram unidas, duas a duas, a partir do capitel, por intermédio de quatro arcos de meia volta;
  2. nesses arcos apoiava-se um tambor circular; e
  3. sobre este se erguia, majestosa, a cúpula circunférica, simbolizando no seu côncavo o céu.

Os quatro triângulos curvilíneos formados pelos arcos que saíam de cada uma das colunas, sabendo-se que em cada uma se apoiavam dois deles, e se completavam ao encontro de cada quarto do tambor, constituíam as pechinas ou pendentes, citadas acima, que eram elementos de sustentação da cúpula, pois recebiam seu peso e o distribuíam pelas colunas. Mas, como a neutralização de peso se dava apenas no sentido vertical, o empuxo oblíquo da gravidade continuava a exercer-se, embora em intensidade arrefecida, não obstante o aumento de peso e, muitas vezes, comprometia a segurança do edifício. Para neutralizar, o arquiteto bizantino usou sistema semelhante ao antigo, mas com solução revolucionária, encostando à dada coluna duas grossas paredes no sentido dos arcos, de forma que o espaço interno do quadrilátero se visse completado, nesse prolongamento, pela idéia da cruz grega,cujos braços em algumas igrejas eram cobertos por meia cúpulas, as quais, amarrando-se nos arcos superiores, colaboravam na neutralização dos pesos e, em outras igrejas, por cúpulas menores que a central, radiando em torno desta.

Citem-se dois exemplos bem característicos desses estilos. Primeiro, a famosa Igreja de Santa Sofia de Constantinopla, construída no século VI, na fase de ouro da Arte Bizantina, estando no trono seu mais famoso Imperador, Justiniano, a qual significa, por assim dizer, uma síntese do estilo e constituía o motivo do orgulho máximo do Império, faustosamente decorada de mosaicos ao tempo de sua edificação, que desapareceram sob a cal muçulmana, apenas alguns escaparam. No Ocidente, temos a não menos famosa Catedral de São Marcos de Veneza, de construção posterior, coberta por cinco cúpulas e também toda decorada de mosaicos, embora os mais famosos mosaicos bizantinos encontrem-se na cidade italiana de Ravena, na Igreja de Santo Apolinário, o Novo e na Igreja de São Vital, esta construída também por Justiniano, edifício de interior oitavado, esplendidamente decorado. Leve-se em consideração que Santa Sofia de Constantinopla ficou bastante descaracterizada quando os árabes tomaram aquela cidade, transformaram a igreja em mesquita e passaram a chamá-la a partir de então de Santa Sofia de Istambul. Hoje, os próprios árabes reconhecem o erro de seus antepassados e procuram restaurar o templo, ao qual já devolveram um pouco da antiga magnificência.

Voltando ao equacionamento dos problemas arquitetônicos, observe-se que, embora seja extraordinária a solução dada ao sistema de cúpula, o mesmo não se pode dizer com referência à dada à neutralização dos empuxos. A multiplicação de grossos muros laterais e sua amarração a pesados contrafortes externos de reforço tornam o edifício muito pesado na parte inferior, em contraste com a superior, que dá idéia de leveza. Esta se vê ainda acentuada pela possibilidade de se abrirem janelas no tambor de apoio da cúpula, como no caso já referido de Santa Sofia, por onde penetra luz, indo refletir-se nas pedras vitrificadas dos mosaicos a cobrirem toda a cúpula e pechinas e paredes, dando a impressão de uma luz extraterrena a evidenciar a suntuosidade do templo. A ideia de solenidade é aumentada pela postura sempre hieratizada das figuras, como que captadas em eterno suspense.

Ilustração
Santa Sofia de Istambul, com sua grandiosa cúpula central e os quatro minaretes acrescentados pelos árabes.

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RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / MUSICAL

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Autoria de Moacyr Praxedes

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Vários profissionais do Cinema escolheram os melhores filmes de todos os tempos do gênero Musical, dando-lhes uma nota de 1 a 10, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/musical)

 

Ranking / Filme / Diretor

 

101º – Nirvana Live! Tonight! Sold Out!!  (Kevin Kerslake)

102º – Confidências à Meia-Noite  (Michael Gordon)

103º – Esperando por Guffman  (Christopher Guest)

104º – Lili  (Charles Walters)

105º – Dumbo  (Ben Sharpsteen)

106º – Sonhos Dourados  (Alfred E. Green)

107º – Ziegfeld, o Criador de Estrelas  (Robert Z. Leonard)

108º – Chicago  (Rob Marshall)

109º – Bird  (Clint Eastwood)

110º – Magnólia – O Barco das Ilusões  (James Whale)

111º – Rua 54  (Fernando Trueba)

112º – O Estranho Mundo de Jack  (Henry Selick)

113º – Parceiro de Satanás  (George Abbott)

114º – Moulin Rouge – Amor em Vermelho  (Baz Luhrmann)

115º – Ray  (Taylor Hackford)

116º – No Direction Home: Bob Dylan  (Martin Scorsese)

117º – Os Irmãos Cara de Pau  (John Landis)

118º – A Vida É um Milagre  (Emir Kusturica)

119º – Yellow Submarine  (George Dunning)

120º – Desfile de Páscoa  (Charles Walters)

121º – Sangue de Artista  (Busby Berkeley)

122º – O Pirata  (Vincente Minnelli)

123º – Pink Floyd – The Wall  (Alan Parker)

124º – Duas Garotas Românticas  (Jacques Demy)

125º – Carmen Jones  (Otto Preminger)

126º – Bonita e Valente  (George Sidney)

127º – Nas Águas da Esquadra  (Mark Sandrich)

128º – Uma Cabana no Céu  (Vincente Minnelli)

129º – Duas Semanas de Prazer  (Mark Sandrich)

130º – Lagaan – A Coragem de um Povo  (Ashutosh Gowariker)

131º – A Professora de Piano  (Michael Haneke)

132º – Hair  (Milos Forman)

133º – Os Embalos de Sábado à Noite  (John Badham)

134º – Santa Não Sou  (Wesley Ruggles)

135º – De Tanto Bater, Meu Coração Parou  (Jacques Audiard)

136º – Coração Louco  (Scott Cooper)

137º – Concert for George  (David Leland)

138º – Mother India  (Mehboob Khan)

139º – Let It Be  (Michael Lindsay-Hogg)

140º – Mary Poppins  (Robert Stevenson)

141º – Meias de Seda  (Rouben Mamoulian)

142º – Dance Comigo  (Mark Sandrich)

143º – Esta Terra É Minha Terra  (Hal Ashby)

144º – Eles e Elas  (Joseph L. Mankiewicz)

145º -Uma Noite de Amor  (Victor Schertzinger)

146º – DiG!  (Ondi Timoner)

147º – A Cor Púrpura  (Steven Spielberg)

148º – São Francisco – A Cidade do Pecado  (W.S. Van Dyke)

149º- Controle – A História de Ian Curtis  (Anton Corbijn)

150º – Monty Python – O Sentido da Vida  (Terry Gilliam)

151º – O Bobo da Corte  (Melvin Frank)

152º – Amandla! A Revolution in Four Part Harmony  (Lee Hirsch)

153º – Oklahoma!  (Fred Zinnemann)

154º – Rush: Beyond the Lighted Stage  (Sam Dunn)

155º – Um Toque de Esperança  (Mark Herman)

156º – Ritmo Louco  (George Stevens)

157º – Amazing Journey: The Story of The Who  (Paul Crowder)

158º – Dá-me um Beijo  (George Sidney)

159º – Dançando nas Nuvens  (Stanley Donen)

160º – Let’s Get Lost  (Bruce Weber)

161º – Tosca  (Benoît Jacquot)

162º – A História de Buddy Holly  (Steve Rash)

163º – Hilary e Jackie  (Anand Tucker)

164º – The Commitments – Loucos pela Fama  (Alan Parker)

165º – Jimi Hendrix  (Joe Boyd)

166º – Pina  (Wim Wenders)

167º – Scratch  (Doug Pray)

168º – Era uma Vez em Hollywood  (Jack Haley Jr.)

169º – Oito Mulheres  (François Ozon)

170º – A Bela Adormecida  (Clyde Geronimi)

171º – Quatro Filhas  (Michael Curtiz)

172º – Nosso Amor de Ontem  (Sydney Pollack)

173º – Monterey Pop  (D.A. Pennebaker)

174º – O Lixo e a Fúria  (Julien Temple)

175º – Grease – Nos Tempos da Brilhantina  (Randal Kleiser)

176º – Susie e os Baker Boys  (Steve Kloves)

177º – Sid & Nancy – O Amor Mata  (Alex Cox)

178º – Os Homens Preferem as Loiras  (Howard Hawks)

179º – Música e Lágrimas  (Anthony Mann)

180º – Johnny & June  (James Mangold)

181º – Munna Bhai M.B.B.S.  (Rajkumar Hirani)

182º – Entre a Loura e a Morena  (Busby Berkeley)

183º – U2 3D  (Mark Pellington)

184º – A Dança dos Guerreiros  (Sean Fine)

185º – Adorável Avarento  (Ronald Neame)

186º – South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes  (Trey Parker)

187º – Amores Parisienses  (Alain Resnais)

188º – Acordes do Coração  (Jean Negulesco)

189º – Aleluia  (King Vidor)

190º – Carnaval Atlântida  (José Carlos Burle)

191º – Fama para Todos  (Dominique Deruddere)

192º – Tango  (Carlos Saura)

193º – Cinderela  (Clyde Geronimi)

194º – Alice no País das Maravilhas  (Clyde Geronimi)

195º – Carrossel  (Henry King)

196º – Peter Pan  (Clyde Geronimi)

197º – Foo Fighters: Back And Forth  (James Moll)

198º – Carmen  (Francesco Rosi)

199º – O Tenente Sedutor  (Ernst Lubitsch)

200º – Um Rapaz do Outro Mundo  (H. Bruce Humberstone)

Vejam também RANKING DOS 100 MELHORES FILMES / MUSICAL

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Rafael – A ESCOLA DE ATENAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O grande afresco A Escola de Atenas situa-se entre as obras mais famosas do renascentista italiano Rafael Sanzio, e representa a Academia de Platão. Nele, o pintor demonstra um domínio absoluto do espaço na disposição das figuras. É impossível não observar a beleza dos gestos de cada um, como se fossem amigos numa discussão filosófica acalorada. No afresco estão reunidos filósofos, matemáticos, astrônomos, cientistas da Antiguidade e personagens contemporâneos do pintor, assim como humanistas e artistas. Segundo o estudioso Fowler, o título do afresco era Causarum Cognitio e que somente após o século XVII passou-se a ser conhecido como A Escola de Atenas.

Estudando a composição (tente encontrar cada personagem descrito):

  • Bem no centro da composição encontram-se os dois maiores filósofos do mundo clássico: Platão e Aristóteles.
  • Platão, filósofo e matemático grego, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia de Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental, simboliza a filosofia natural e moral com as leis da harmonia cósmica. Traz debaixo do braço esquerdo o seu Timão, e aponta para o céu, simbolizando o mundo das ideias, o ideal, o mundo inteligível. Leonardo da Vinci serve de modelo para o filósofo Platão.
  • Aristóteles, filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, caminha ao lado do mestre, e carrega na mão esquerda a Ética (aí se encontram as leis da conduta moral), enquanto a mão direita encontra-se aberta, com a palma virada para o chão, representando o terrestre, o mundo sensível, a filosofia natural e empírica. Seus escritos abrangem diversos assuntos como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.
  • Pitágoras, filósofo e matemático grego, encontra-se sentado no canto inferior esquerdo, onde demonstra um de seus enunciados. Um dos assistentes segura uma lousa, onde se encontram alguns símbolos musicais. Também representa a música. Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega, denominada “pitagórica” em sua homenagem.
  • Zoroastro (ou Estrabão), profeta persa, tem as características de Pietro Bembo (gramático, escritor, humanista, historiador e cardeal veneziano),  ele ergue uma esfera celeste.
  • Epicuro, filósofo grego, que ensinava que a felicidade consiste em buscar os prazeres da mente, encontra-se no primeiro plano, na extrema esquerda, coroado com folhas de videira. Tem como modelo Fedra Inghiram, bibliotecário do papa.
  • Euclides (ou Arquimedes), matemático grego e aluno de Sócrates, expõe seus princípios geométricos usando um compasso. Encontra-se rodeado por um grupo de estudantes, possivelmente. Bramante, mestre arquiteto e amigo de Rafael, serve-lhe de modelo.
  • Heráclito, filósofo melancólico, que derramava lágrimas pela tolice humana, está sentado num degrau em primeiro plano, tem o braço esquerdo apoiado num bloco de mármore, numa atitude de extrema tristeza. Tem como modelo o genial Michelangelo. Esta figura foi acrescentada depois, pois não se encontrava no desenho preparatório. Após ver, secretamente, parte do trabalho do artista na Capela Sistina, Rafael ficou maravilhado e resolveu fazer uma homenagem ao pintor mais velho, usando-o como modelo para Heráclito.
  • Alexandre, o Grande (ou Alcebíades), o mais célebre conquistador do mundo antigo, ouve Sócrates com atenção. Traz um elmo sobre a cabeça, e tem a mão esquerda na espada. Alexandre foi o mais célebre conquistador do mundo antigo.
  • Sócrates, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, enumera pontos específicos com os dedos. Questionar e analisar são a essência da filosofia socrática.
  • Diógenes, filósofo cínico, que odiava as posses materiais e vivia num barril, encontra-se espalhado nos degraus da escada, na parte central da composição. Conta-se que Alexandre, o Grande, ao visitá-lo, perguntou-lhe o que poderia fazer por ele, que prontamente respondeu: “Não me tires o que não podes dar.”. Referia-se ao sol, que o conquistador tapava, fazendo-lhe sombra.
  • Apeles, considerado por muitos como o mais importante pintor da Antiguidade, tem como modelo o próprio Rafael, que se encontra olhando para o observador.
  • Zenão de Cítio (ou Zenão de Eleia), filósofo fundador da escola filosófica estoica, carrega uma criança nos braços, enquanto ouve atentamente Epicuro. Enfatizou a bondade e a paz de espírito, conquistadas através de uma vida plena de virtude, de acordo com as leis da natureza.
  • Ptolomeu, astrônomo e geógrafo, achava que a Terra era o centro do universo. Traz nas mãos o globo terrestre.
  • Frederico II, duque de Mântua, encontra-se abaixo de Epicuro e só seu rosto é visível.           
  • Anício Mânlio Torquato Severino Boécio (ou Anaximandro ou Empédocles), filósofo, estadista e teólogo romano, encontra-se à direita de Pitágoras.
  • Antístenes (ou Xenofonte), com seu manto marrom, encontra-se entre Alexandre e Sócrates.
  • Ésquines (ou Xenofonte) usa um manto azul, e encontra-se ao lado de Sócrates. Adotou e desenvolveu o lado ético dos ensinamentos de seu mestre Sócrates, advogando uma vida ascética, vivida de acordo com a virtude.
  • Parménides, fundador da escola eleática, tem o pé esquerdo sobre um bloco de mármore e faz anotações.
  • Averróis, um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles, curva-se ligeiramente, para ver a demonstração de Pitágoras.
  • Protógenes, pintor da Grécia antiga, usa um manto branco, e encontra-se ao lado de Rafael. Tem como modelo Pietro Perugino, pintor italiano.
  • Plotino usa um manto vermelho e encontra-se atrás da esfera celeste de Zoroastro. Plotino legou-nos ensinamentos em seis livros, de nove capítulos cada, chamados de “As Enéadas”.
  • Apolo, o deus da razão, encontra-se no nicho da esquerda, segurando uma lira. Representa o esclarecimento filosófico e o poder da razão.
  • Minerva, a deusa da sabedoria, encontra-se no nicho à direita. É a protetora tradicional das instituições devotadas à busca do saber e das realizações artísticas.

Nota: Como o leitor pode notar, não se tem a certeza exata de quem são alguns personagens, daí a inclusão de dois nomes ou mais.

Ficha técnica:
Ano: 1506-1510
Tipo: Afresco
Dimensões: 500 cm × 700 cm
Localização: Palácio Apostólico, Vaticano – Itália

Fonte de pesquisa:
O Livro da Arte/ Publifolha
A História da Arte/ E. H. Gombrich
Tudo sobre Arte/ Sextante
Para Entender a Arte/ Maria Carla Prette
A Arte em Detalhe/ Publifolha
Grandes Mestres/ Abril Coleções
Os Pintores mais Influentes do Mundo/ Girassol

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RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / GUERRA

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Autoria de Moacyr Praxedes

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Vários profissionais do Cinema escolheram os melhores filmes de todos os tempos do gênero Guerra, dando-lhes uma nota de 1 a 10, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/guerra)

Ranking / Filme / Diretor

101º – Os Deuses Malditos  (Luchino Visconti)
102º – O Sorgo Vermelho  (Zhang Yimou)
103º – Cavalgada  (Frank Lloyd)
104º – O Diário de Anne Frank  (George Stevens)
105º – Agonia e Glória  (Samuel Fuller)
106º – Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse  (Rex Ingram)
107º – O Caminho das Estrelas  (Anthony Asquith)
108º – Morte Sem Glória  (Robert Aldrich)
109º – Os Assassinos Estão Entre Nós  (Wolfgang Staudte)
110º – Ao Rufar dos Tambores  (John Ford)
111º – Um Olhar a Cada Dia  (Theo Angelopoulos)
112º – Ricardo III  (Laurence Olivier)
113º – Decisão Antes do Amanhecer  (Anatole Litvak)
114º – The Small Back Room  (Michael Powell)
115º – Confins  (Boris Barnet)
116º – Arsenal  (Aleksandr Dovzhenko)
117º – A Ponte da Desilusão  (Bernhard Wicki)
118º – Terra e Liberdade  (Ken Loach)
119º – Por Quem os Sinos Dobram  (Sam Wood)
120º – O Exército das Sombras  (Jean-Pierre Melville)
121º – Cabíria  (Giovanni Pastrone)
122º – A Quermesse Histórica  (Jacques Feyder)
123º – Colheita Amarga  (Agnieszka Holland)
124º – O Canhoneiro do Yang-Tsé  (Robert Wise)
125º – Paralelo 49  (Michael Powell)
126º – A Grande Guerra  (Mario Monicelli)
127º – A Infância de Ivan  (Andrei Tarkovsky)
128º – Asas  (William A. Wellman)
129º – Cinco Covas no Egito  (Billy Wilder)
130º – Anáguas a Bordo  (Blake Edwards)
131º – Mediterrâneo  (Gabriele Salvatores)
132º – Pelo Rei e pela Pátria  (Joseph Losey)
133º – Hitler: Um Filme da Alemanha  (Hans-Jürgen Syberberg)
134º – Marcha de Heróis  (John Ford)
135º – Limite de Segurança  (Sidney Lumet)
136º – Coração Valente  (Mel Gibson)
137º – As Quatro Plumas  (Zoltan Korda)
138º – E la Nave Va  (Federico Fellini)
139º – O Falcão dos Mares  (Raoul Walsh)
140º – Tempo de Glória  (Edward Zwick)
141º – O Último dos Moicanos  (Michael Mann)
142º – Soldado de Laranja  (Paul Verhoeven)
143º – Os Canhões de Navarone  (J. Lee Thompson)
144º – Fogo na Planície  (Kon Ichikawa)
145º – Gunga Din  (George Stevens)
146º – O Céu por Testemunha  (John Huston)
147º – Amar e Morrer  (Douglas Sirk)
148º – A Cruz de Ferro  (Sam Peckinpah)
149º – Barefoot Gen  (Mori Masaki)
150º – O Destino de um Homem  (Sergei Bondarchuk)
151º – Prisioneiro das Montanhas  (Sergei Bodrov)
152º – Império do Sol  (Steven Spielberg)
153º – Cartas de Iwo Jima  (Clint Eastwood)
154º – La Section Anderson  (Pierre Schoendoerffer)
155º – O Preço da Glória  (William A. Wellman)
156º – A Longa Viagem de Volta  (John Ford)
157º – Valsa com Bashir  (Ari Folman)
158º – El Cid  (Anthony Mann)
159º – Baionetas Caladas  (Samuel Fuller)
160º – 48 Horas  (Alberto Cavalcanti)
161º – O Tempo Redescoberto  (Raoul Ruiz)
162º – A Patrulha Perdida  (John Ford)
163º – Uma Mulher Contra Hitler  (Marc Rothemund)
164º – Não Podes Comprar o Meu Amor  (Arthur Hiller)
165º – Desejo e Reparação  (Joe Wright)
166º – Um Punhado de Bravos  (Raoul Walsh)
167º – Vozes Inocentes  (Luis Mandoki)
168º – Esta Terra É Minha  (Jean Renoir)
169º – Nove Vidas  (Arne Skouen)
170º – Os Raptores  (Philip Leacock)
171º – Devils on the Doorstep  (Jiang Wen)
172º – Uma Verdadeira Glória  (Garson Kanin)
173º – Trágica Decisão  (Sam Wood)
174º – A Grande Escapada  (Gérard Oury)
175º – Área de Segurança  (Park Chan-wook)
176º – Os Sem Esperança  (Miklós Jancsó)
177º – A Vida É um Milagre  (Emir Kusturica)
178º – O Desafio das Águias  (Brian G. Hutton)
179º – Sahara – Em Busca da Sobrevivência  (Zoltan Korda)
180º – A Raposa do Mar  (Dick Powell)
181º – Labaredas do Inferno  (Michael Anderson)
182º – Capacete de Aço  (Samuel Fuller)
183º – Johnny Vai à Guerra  (Dalton Trumbo)
184º – Os Deuses Vencidos  (Edward Dmytryk)
185º – Inferno no Pacífico  (John Boorman)
186º – Os Falsários  (Stefan Ruzowitzky)
187º – Sob o Sol da África  (J. Lee Thompson)
188º – O Ano Que Vivemos em Perigo  (Peter Weir)
189º – Dias de Fogo  (Haskell Wexler)
190º – Eterno Amor  (Jean-Pierre Jeunet)
191º – A Carga da Brigada Ligeira  (Michael Curtiz)
192º – Bastardos Inglórios  (Quentin Tarantino)
193º – Patrulha de Bataan  (Tay Garnett)
194º – Indochina  (Régis Wargnier)
195º – Zeitgeist: The Movie  (Peter Joseph)
196º – Patrulha da Madrugada  (Edmund Goulding)
197º – Preto e Branco em Cores  (Jean-Jacques Annaud)
198º – Shenandoah  (Andrew V. McLaglen)
199º – Kukushka  (Aleksandr Rogozhkin)
200º – Uma Vida Difícil  (Dino Risi)
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Rafael – VIRGEM NO PRADO

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Autoria de Lu Dias Carvalho
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O artista não obedece a regras fixas. Ele simplesmente intui o caminho a seguir (E. H. Gombrich)

Rafael pintou uma das mais belas imagens religiosas em toda a história da arte. A “Madona do Prado” é repleta de alusões devocionais, rica em teologia simbólica e representa o mais alto nível de genialidade estética e criativa a serviço da história cristã. (James M. Gordon)

Para pintar a maravilhosa Virgem no Prado, também conhecida como Madona do Prado, é possível perceber a preocupação de Rafael em obter um perfeito equilíbrio entre as figuras da composição, de modo a alcançar a maior harmonia possível. Para fazer a Virgem no Prado, o artista italiano fez várias folhas com esboços, em busca do equilíbrio perfeito entre as três figuras representadas. O que nos mostra o quão meticuloso era. A perfeição do equilíbrio acaba ressaltando toda a beleza da composição, tornando as figuras ainda mais encantadoras.

A Virgem com as duas crianças formam um esquema compositivo piramidal, harmoniosamente equilibrado, sem nenhuma austeridade. Atrás da Virgem e dos meninos, uma paisagem típica da Úmbria complementa a pintura. Para verificar o esquema compositivo, trace uma reta unindo a cabeça da Virgem ao pé direito de João Batista e do pé de João Batista ao pé direito da Virgem. Por sua vez, as duas crianças formam outra pirâmide menor.

O rosto de Maria apresenta-se melancólico, enquanto observa as crianças, como se pressentisse o futuro do Filho. O Menino Jesus, que tem a mãe como apoio, brinca com a cruz do pequeno João Batista, que se ajoelha diante dele, como se reconhecesse a sua divindade. A nudez das duas crianças é um dos traços comuns ao Renascentismo.

As cores da composição são suaves, o que dá mais destaque às vestes da Virgem que usa um vestido vermelho e um manto azul. Logo após o campo relvoso encontra-se um lago de águas tranquilas, montes, árvores e o que aparenta ser uma pequena cidade, contrastando com o céu azul e nuvens brancas. Apenas duas flores vermelhas fogem do padrão de cores vistas na natureza. Para alguns, são duas papoulas que se referem à morte, paixão e ressurreição de Cristo.

A Madona do Prado é uma das mais belas composições de Rafael sobre o tema que tanto amava: a Virgem e o Menino. Nela se integram personagens e natureza, exalando naturalidade, tranquilidade e beleza. A elegância e a doçura são duas características do genial pintor que explora aqui os efeitos das cores para criar a impressão de profundidade.

Esta pintura é uma das três versões da obra do artista sobre o mesmo tema, possivelmente a primeira. As outras duas são “Mandona do Pintassilgo” e “A Bela Jardineira”.  A data desta obra está inscrita na gola do vestido da Virgem (M.D. V. I.). É possível que o último número seja parte da ornamentação, sendo a data 1505.

Ficha técnica:
Ano: 1505/1506
Dimensões: 113 x 88 cm
Material: óleo sobre tela
Estilo: Renascimento italiano
Local: Museu Kunsthistorisches  – Viena/ Áustria

Fontes de pesquisa:
A história da Arte/ E. H. Gombrich
Grandes Mestres/ Abril Coleções
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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OS RISCOS DO TABAGISMO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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No Brasil, o hábito do tabagismo é grande e com números ainda alarmantes. Cerca de 200 mil mortes anuais são contabilizadas e 18% da população com mais de 15 anos é fumante, bem como as mortes pelo uso do cigarro já têm uma prevalência quase igual entre homens e mulheres (antes era um hábito mais masculino). Para que tenhamos noção do impacto do hábito tabágico na vida das pessoas, observamos que quem fuma tem 25% mais chances de ter angina de peito ou infarto do miocárdio, 85% mais chances de ter bronquite ou enfisema pulmonar, 90% mais chances de ter câncer de pulmão (outros 10% são dos fumantes passivos), 30% mais chances de ter outros tipos de câncer (boca, esôfago, pâncreas, rim, laringe e bexiga) e 25% mais chances de ter um acidente vascular cerebral, assunto abordado neste blog.

Se ainda não bastasse, o tabagismo causa mais impotência sexual nos homens, complicações na gravidez entre as mulheres, úlceras no estômago e infecções respiratórias. Podemos então ver que é uma espécie de suicídio lento, onde a maior dificuldade é a de largar o vício.

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, ela atua no sistema nervoso central como a cocaína, a heroína e o álcool, com uma diferença: chega ao cérebro, em média, apenas 13 segundos após a tragada. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia. Para que o leitor tenha uma breve ideia, se parar de fumar agora, terá muitos benefícios, o que poderá servir de impulso e estímulo inicial para suspender este hábito nefasto.

Suspendendo as tragadas, em 20 minutos a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal. Em duas horas, não há mais nicotina no sangue. Em oito horas, os níveis de oxigênio estão normalizados. Em dois dias, a pessoa percebe melhora do olfato e do paladar, bem como ocorre melhora geral no sistema circulatório em três semanas. Em dez anos, o risco de infarto do miocárdio fica igualado a quem nunca fumou e, por fim, em 20 anos o risco de câncer se iguala também a quem nunca colocou um cigarro na boca. Com estes dados, o fumante deve ter uma noção de que precisa correr contra o tempo.

A primeira coisa que o fumante deve ter em mente é que precisa parar de fumar e procurar ajuda médica e/ou psicológica. Sozinho é sempre mais difícil. O apoio medicamentoso tem um importante e definido papel no processo de cessação do tabagismo para controlar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.

Atualmente, os medicamentos de primeira linha com eficácia comprovada cientificamente no tratamento do tabagismo são a Terapia de Reposição de Nicotina, a TRN – sob a apresentação de adesivo transdérmico e goma de mascar, além do medicamento cloridrato de bupropiona, que tem importante função de reduzir a compulsão pela nicotina, mais conhecida por “fissura” ou “craving”. Os esquemas terapêuticos podem ser adotados isoladamente ou em combinação, dependendo de cada caso. Portanto, dê o primeiro passo: “Quero parar de fumar!”.

(*) Imagem copiada de smsdccmssantamaria.blogspot.com

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