RANKING – MAIS 100 BONS FILMES / WESTERN

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Autoria de Moacyr Praxedes

quacavVários amantes do Cinema escolheram os melhores filmes de todos os tempos do gênero Western, dando-lhes uma nota de 1 a 10, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/western)

Ranking / Filme / Diretor

101º – Silverado  (Lawrence Kasdan)
102º – A Proposta  (John Hillcoat)
103º – O Céu Mandou Alguém  (John Ford)
104º – Homem Sem Rumo  (King Vidor)
105º – Minha Vontade É Lei  (Edward Dmytryk)
106º – A Última Carroça  (Delmer Daves)
107º – Os Indomáveis  (James Mangold)
108º – Três Enterros  (Tommy Lee Jones)
109º – A Lança Partida  (Edward Dmytryk)
110º – O Assas. de J. James pelo Covarde R. Ford  (Andrew Dominik)
111º – Caminhos Ásperos  (John Farrow)
112º – El Topo  (Alejandro Jodorowsky)
113º – Dívida de Sangue  (Elliot Silverstein)
114º – O Cavalo de Ferro  (John Ford)
115º – E o Bravo Ficou Só  (Tom Gries)
116º – No Tempo da Onça  (Edward Buzzell)
117º – O Caminho do Diabo  (Anthony Mann)
118º – Os Inconquistáveis  (Cecil B. DeMille)
119º – Companheiros  (Sergio Corbucci)
120º – A Conquista do Oeste  (John Ford)
121º – The Tracker  (Rolf de Heer)
122º – Os Bandeirantes  (James Cruze)
123º – Pat Garrett e Billy the Kid  (Sam Peckinpah)
124º – Quando Explode a Vingança  (Sergio Leone)
125º – O Cavaleiro Solitário  (Clint Eastwood)
126º – A Volta de Frank James  (Fritz Lang)
127º – Os Filhos de Katie Elder  (Henry Hathaway)
128º – Embrutecidos pela Violência  (Raoul Walsh)
129º  – Rio Lobo  (Howard Hawks)
130º – Django  (Sergio Corbucci)
131º – The Trail of ’98  (Clarence Brown)
132º – A Noite da Emboscada  (Robert Mulligan)
133º – Jogada Decisiva  (Fielder Cook)
134º – Os Abutres Têm Fome  (Don Siegel)
135º – Ao Despertar da Paixão  (Delmer Daves)
136º – Os Aventureiros do Ouro  (Joshua Logan)
137º – Estigma da Crueldade  (Henry King)
138º – Os Conquistadores  (Fritz Lang)
139º – O Tiro Certo  (Monte Hellman)
140º – Dez Segundos de Perigo  (Sam Peckinpah)
141º – A Morte Anda a Cavalo  (Giulio Petroni)
142º – O Último Pôr-do-Sol  (Robert Aldrich)
143º – O Valente Treme-Treme  (Norman Z. McLeod)
144º – Balas Que Não Erram  (Jack Arnold)
145º – O Bom, o Mau, o Bizarro  (Kim Ji-Woon)
146º – Roy Bean – O Homem da Lei  (John Huston)
147º – Choque de Ódios  (Jacques Tourneur)
148º – Nevada Smith  (Henry Hathaway)
149º – Escravos da Ambição  (S. Sylvan Simon)
150º – Correio do Inferno  (Henry Hathaway)
151º – À Borda da Morte  (Robert D. Webb)
152º – The Overlanders  (Harry Watt)
153º – A Marca da Forca  (Ted Post)
154º – Herança de um Valente  (George T. Miller)
155º – Rio Conchos  (Gordon Douglas)
156º – Má Companhia  (Robert Benton)
157º – Meek’s Cutoff  (Kelly Reichardt)
158º – Rose-Marie  (W.S. Van Dyke)
159º – Assim São os Fortes  (William A. Wellman)
160º – Um Cão Chamado Buck  (William A. Wellman)
161º – Alvarez Kelly  (Edward Dmytryk)
162º – Tambores Distantes  (Raoul Walsh)
163º – Um Pecado em Cada Alma  (Rudolph Maté)
164º – A Vingança de um Pistoleiro  (Monte Hellman)
165º – Meu Melhor Companheiro  (Robert Stevenson)
166º – Terra Bruta  (John Ford)
167º – Agora ou Nunca  (Victor Fleming)
168º – Meu Nome É Ninguém  (Tonino Valerii)
169º – Jornadas Heróicas  (Cecil B. DeMille)
170º – Gigantes em Luta  (Burt Kennedy)
171º – As Garçonetes de Harvey  (George Sidney)
172º – O Irresistível Forasteiro  (George Marshall)
173º – Pôquer de Sangue  (Henry Hathaway)
174º – Juramento de Vingança  (Sam Peckinpah)
175º – Honra a um Homem Mau  (Robert Wise)
176º – No Velho Chicago  (Henry King)
177º – Na Mira de um Coração  (George Stevens)
178º – Entardecer Sangrento  (Budd Boetticher)
179º – Quando os Brutos se Defrontam  (Sergio Sollima)
180º – A Fuga do Forte Bravo  (John Sturges)
181º – Beijo Ardente  (Henry King)
182º – Gloriosa Vingança  (George Marshall)
183º – O Filho do Treme-Treme  (Frank Tashlin)
184º – Keoma  (Enzo G. Castellari)
185º – Three Godfathers  (Richard Boleslawski)
186º – No Velho Arizona  (Irving Cummings)
187º – Apache  (Robert Aldrich)
188º – Jardim do Pecado  (Henry Hathaway)
189º – Duelo na Cidade Fantasma  (John Sturges)
190º – Gatilho Relâmpago  (Russell Rouse)
191º – Fúria no Alasca  (Henry Hathaway)
192º – Matei Jesse James  (Samuel Fuller)
193º – Paixão Selvagem  (Jacques Tourneur)
194º – Uma Balada para Jo  (Maggie Greenwald)
195º – À Procura da Vingança  (David Von Ancken)
196º – Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei  (Ed Harris)
197º – Os Violentos Vão para o Inferno  (Sergio Corbucci)
198º – Pistoleiro Sem Destino  (Peter Fonda)
199º – O Homem do Colorado  (Henry Levin)
200º – Trinity É o Meu Nome  (Enzo Barboni)
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OS EVANGELHOS E OS EVANGELISTAS

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Autoria do Prof. Pierre Santos

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Os Evangelhos
Todos nós sabemos o que são os evangelhos ou pelo menos temos boa noção do que sejam. A rigor, trata-se daqueles textos contidos no Novo Testamento e escritos pelos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, dentre os quais apenas São Mateus e São João estavam incluídos entre os doze apóstolos de Cristo. Procuraram eles transcrever, da maneira a mais objetiva possível, as parábolas e os ensinamentos passados por Cristo, nos seus sermões proferidos na Galileia. Nessa empreitada era sempre coadjuvado por seus doze apóstolos – Pedro, André, Tiago Maior, João, Filipe, Bartolomeu, Judas Tomé, Tiago Menor, Mateus, Simão, Judas Tadeu e Judas Iscariote – os quais se encarregavam de esclarecer, para aqueles que não tivessem entendido bem as parábolas, o real significado das mesmas. Na verdade, esses doze homens pelo Senhor escolhidos eram seus reais discípulos, pois sabia que, em sua falta, iria caber-lhes a disseminação de seus ensinamentos.

Contudo, o primeiro a ter ideia de registrar, em linguagem bem inteligível, as pregações de Jesus, não foi nenhum dos autores dos quatro livros que compõem o Livro dos Evangelhos aos quais se somaram o Ato dos Apóstolos, de São Lucas, as treze Epístolas, de São Paulo, as três de São João e, também deste, o Apocalipse. Quem realmente pensou nisto primeiro foi São Paulo que, em suas treze cartas – Romanos/ Coríntios I/ Coríntios II/ Gálatas/ Efésios/ Filipenses/ Colossenses/ Tessalonicenses I/ Tessalonicenses II/ Timóteo I/ Timóteo II/ Tito/ Filémon – endereçadas às igrejas por ele fundadas, expõe de maneira bem resumida as principais mensagens de Cristo.

No alvor do culto e durante grande parte do século I, os deões sentiam falta de ter em mãos, por escrito, as palavras do Senhor, para se guiarem com maior segurança durante as orações conjuntas. Para tanto, pediam a alguém alfabetizado e mais culto para anotar, a partir do relato de pessoas que tivessem ouvido as pregações do Senhor, os seus ensinamentos. Este costume, contudo, estava sujeito a vários perigos, como o da deturpação, da falta de unidade nos escritos e, principalmente, de esses ficarem incompletos, como realmente ficavam, pois a tradição da oralidade vai sofrendo alterações ao longo do tempo e, “como quem conta um conto, aumenta um ponto”, de acordo com a sabedoria popular, esses relatos iam perdendo cada vez mais a fidelidade em face da certeza dos ditos sagrados.

No princípio do século II, o Papa Alexandre I, tendo em vista os referidos perigos e conhecedor dos textos escritos, primeiramente por Mateus e João, apóstolos diretos de Cristo, em seguida, por Marcos e Lucas (havia outros textos que, na época, também circulavam, os quais, por não apresentarem a completude e a segurança comprovadas nos textos dos evangelistas, deixaram de ser considerados), determinou a compilação dos quatro textos aprovados, quais sejam, o evangelho segundo Mateus, o primeiro deles, o evangelho segundo Marcos, o segundo na ordem e o evangelho segundo Lucas, o terceiro deles, sendo estes três chamados sinópticos ou semelhantes por terem a mesma estrutura e seguirem o mesmo esquema, com poucas diferenças; e ainda o evangelho segundo João, “o bem amado”, como a ele se referia Jesus, diferente dos outros textos, porque se ateve mais à vida do Mestre e é mais completo na transcrição dos discursos do Senhor, pelo que é considerado evangelho teológico. A eles o Papa mandou acrescentar as Cartas escritas por Paulo, o Ato dos Apóstolos escrito por Lucas, autor também do terceiro evangelho, as Cartas e o Apocalipse escritos por João. Assim compilados, definidos e aprovados, o Papa recomendou seu uso a todas as comunidades cristãs, a cujos líderes era facultada a obtenção de cópias, as quais eram feitas por copiadores oficiais, que se atinham com exclusividade aos textos, sem nenhuma sofisticação.

Essa forma de culto foi mantida até o final do século VI, ao longo de cujo tempo a liturgia foi evoluindo até à definição ideal de todos os rituais, com o uso dos evangelhos devidamente estabelecido. Àquela altura, os monastérios já iam se espalhando por vários lugares e os monges assumiram o ofício de copistas, no qual se especializaram a tal ponto, que se puseram a fazer obras em tudo notáveis, tornando-se os responsáveis por uma das artes mais representativas da Idade Média: a arte das miniaturas e iluminuras de livros.

Ao longo do século VII, copiava-se normalmente o Livro dos Evangelhos, por encomenda das igrejas cristãs espalhadas pelo mundo. Mas aí, os monges começaram a sofisticar cada cópia. Reis, políticos e importantes colecionadores de obras de arte viram essas cópias e fizeram encomendas para si, personificadas. Aí veio Carlos Magno e incrementou o empreendimento do setor, como passaremos em revista na próxima postagem.

Os Evangelistas
São Mateus foi o autor do primeiro evangelho. Era filho de Alfeu e seu nome mesmo era Levi. Exercia a profissão de publicano, ou seja, de cobrador de impostos (profissão odiada à época) na cidade de Cafarnaum, a serviço de Herodes Antipas. Consta que Jesus, um belo dia, após atravessar o Lago de Tiberíades, ao passar pela porta de uma taberna, avistou lá dentro Matias e seus ajudantes, ocupados em conferir a coleta de impostos. Então, indicando-o num amplo gesto, disse-lhe: “És meu escolhido. Segue-me”. E Mateus obedeceu, tornando-se um de seus doze apóstolos. A propósito, há neste blog uma extraordinária postagem de LuDias sobre um quadro de Caravaggio, que trata exatamente desta passagem bíblica, intitulado: Caravaggio – A VOCAÇÃO DE SÃO MATEUS

Enquanto o Mestre viveu, Mateus o seguiu muito de perto, sem perder nenhuma de suas pregações, inclusive indagando aos condiscípulos, com muita curiosidade – segundo narra em algum lugar de seus textos – sobre aquelas proferidas antes de sua incorporação ao grupo, que Ele não tenha repetido. Aproveitava os momentos em que ficava parado para tudo anotar. Além de ter testemunhado tantos acontecimentos em sua maioria surpreendentes, participou da Santa Ceia e presenciou as aparições de Cristo ressuscitado, sua ascensão e o episódio do Pentecostes. Depois, na qualidade de pregador independente, enquanto levava os ensinamentos do Senhor a regiões como da Palestina e da Etiópia, sentiu necessidade de por em ordem e dar melhor redação às suas anotações. Assim nasceu o seu evangelho.

São Marcos foi o autor do segundo evangelho. Era filho de Maria de Jerusalém. Barnabé (seu primo), Lucas, Paulo, Marcos e outros personagens, são considerados entre os apóstolos bíblicos de Cristo, e não entre os doze escolhidos pelo Salvador. Provavelmente nasceu em Jerusalém, mas pouco se sabe sobre sua vida. Sabe-se, contudo, que foi um veemente e exímio pregador, tendo viajado a inúmeras localidades em companhia de Barnabé e Paulo, a fim de levar a elas as palavras do Mestre. Esteve no Egito, onde fundou a Igreja de Cristo, e na Itália, onde fundou a cidade de Veneza, da qual é o padroeiro. Seu evangelho foi escrito em Roma, por sugestão de Paulo, quando lá esteve para dar assistência ao amigo, que estava encarcerado. Dedicou seu evangelho, de estilo simples e vigoroso, aos cristãos provenientes do paganismo, constando de 661 versículos, pelo que é o mais extenso de todos e segue, para a disposição da matéria, o esquema do de Mateus, assim como Lucas.

São Lucas foi o autor do terceiro evangelho, como também de Atos dos Apóstolos, inseridos no quinto lugar do mesmo livro. Viveu no século I da era cristã, era sírio nascido em Antióquia, médico de profissão e pintor nas horas vagas, tendo pintado vários quadros com o tema da Virgem Maria e, segundo consta, retratos de Paulo e de Pedro. Só por curiosidade, é por isto que as Guildas de São Lucas, na Flandres medieval, tinham seu nome e a Accademia di San Luca, de Roma, com filiais em outras cidades européias, tem como um de seus objetivos a proteção dos pintores. Mencionado várias vezes nas epístolas de São Paulo, com este viajou por alguns lugares e depois, sozinho, andou pregando o evangelho no sul da Europa, na Macedônia, em Jerusalém e, finalmente, na Grécia, onde foi martirizado.

São João foi o autor do quarto evangelho. Usou esquema próprio, diferente dos demais na distribuição da matéria escrita, não sendo sinóptico como os demais, pois sua preocupação bem centrada foi narrar a vida e a obra de Jesus Cristo, descrevendo com mais finura os ensinamentos do Senhor e sendo mais inclinado à contemplação do que à ação, o que fez sua diferença. Nascido em Batsaida, na Galiléia, foi chamado pelo próprio Jesus para segui-lo, juntamente com seu irmão Tiago Maior. Esteve presente em todos os importantes lances da vida de Cristo e foi o único a segui-lo até na hora de sua morte, na cruz, ocasião em que foi o apoio de Maria, de quem cuidou. Depois de muitas andanças pregando o evangelho, foi viver em Éfeso, na Ásia Menor, nas costas da Turquia, de onde comandou várias igrejas que havia criado e onde escreveu seu evangelho. Quando Domiciano assumiu o poder, foi exilado para a Ilha de Patmos, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou da Revelação, o último a ser incluído no Livro dos Evangelhos juntamente com suas três cartas endereçadas a todos os cristãos. Faleceu em Éfeso já velho, onde foi sepultado.

 Ilustrações:
1.Os quatro Evangelistas, iluminura do séc. VIII
2. Os quatro Evangelistas, séc. IX, Cat. de Aachen, Alemanhna

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AS VIDAS DE CHICO XAVIER

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Autoria de Lu Dias Carvalho

terra1As Vidas de Chico Xavier, escrito por Marcel Souto Maior, conta passagens impressionantes da vida desse homem, espelho de humildade e generosidade, amado pela maioria dos brasileiros.

Chico Xavier era um dos nove filhos de Maria João de Deus que, preocupada com o número de filhos e sentindo que a morte se avizinhava, pois estava agonizante com crises de angina, pediu ao marido para dividir seus rebentos entre os parentes, vizinhos e amigos. Única maneira de ele conseguir continuar o seu trabalho de vendedor de bilhetes de loteria nas cidades vizinhas – ganha-pão da família.

Após a morte da mãe, o menino Chico, com seus cinco anos, foi entregue à madrinha, pessoa difícil, severa e sem carinho. Ao contrário da mãe, que rezava muito com os filhos, aconselhava-os e era extremamente carinhosa, a madrinha achava que a educação deveria ser feita pelas vergastadas da vara de marmelo. Era tão ordinária que chegou a lhe perfurar a barriga com um garfo, o que resultou numa profunda ferida de difícil cicatrização. E, para encobrir o malfeito ou transformar o afilhado em chacota, vestiu-o com um mandrião (camisolão feito de saco de farinha de trigo e usado por meninas, antigamente) listrado de azul, sob o pretexto de que era para não se atritar com a ferida, para que sarasse logo.

Já criança, o menino “louco” conversava com a mãe, via hóstias brilhantes na igreja, assim como vultos vagando pela nave e beijando os santos, e escrevia textos ditados por seres invisíveis na sala de aula, sendo ridicularizado pelos colegas. Algumas pessoas achavam que tudo era fruto da morte prematura da mãe e que com o tempo passaria.

Mas a vida não era cheia de flores para o pequeno Chico Xavier. Sua madrinha reagia às suas alucinações com golpes de vara. O padre local enchia-o de penitências e preces. Certa vez, chegou a desfilar, numa procissão, com uma pedra de 15 quilos na cabeça. Em outra, rezou mil ave-marias seguidas. Enquanto o pai cismava em interná-lo num hospício. Ao pequenino só restava chorar com os maus tratos recebidos.

Certa vez, no quintal, quando diluía a sua dor em lágrimas, o menino recebeu a visita de sua mãe. Ele lhe pediu que o levasse junto consigo, pois não aguentava mais viver ali. Ela então o aconselhou, dizendo que “quem não sofre não aprende a lutar” e que era preciso ter paciência.

Atender ao pedido da mãe trouxe ao garotinho mais sofrimento. Pelo fato de não chorar quando apanhava, deixava a madrinha mais embrutecida, pois via na sua atitude uma forma de cinismo. Enraivecida, dizia que “além de louco, ele ainda era cínico”. De uma feita, o primo, também criado pela madrinha, mas com muito mimo, apareceu com uma ferida na perna, que se recusava a sarar. Consultada a benzedeira, essa deu a receita para a cura: a ferida deveria ser lambida, três vezes ao dia, por uma criança, de manhã em jejum, durante 3 sextas-feiras. O escolhido não poderia ter sido outro senão Chico, que assim o fez e, milagrosamente, a ferida terminou se fechando.

Quando o pai casou-se de novo, sua nova mulher, um verdadeiro anjo, resolveu pegar todos os filhos do esposo, espalhados de déu em déu. Chico foi o último a ser recolhido. Ao ver a ferida na barriga do menino, ela jurou que “enquanto vivesse, ninguém poria a mão nele”. E cumpriu a sua promessa.

As alucinações de Chico continuavam. A madrasta recebia tudo com calma e dizia que, “um dia, ele haveria de ser entendido por alguém”. Mas esta não era a opinião do pai, que continuava o achando louco. Antes de interná-lo num sanatório, levou-o de novo ao pároco, que deduziu que, se o menino trabalhasse, acabaria por se esquecer das visões e vozes e voltaria a ser um garoto normal.

Chico Xavier começou a trabalhar aos 9 anos de idade, numa fábrica de tecelagem, das 3h da tarde à 1 da manhã. Tarefa estafante para um garptp de sua idade. No horário livre ele estudava. Um ano depois, com problemas respiratórios, ocasionados pelo pó dos tecidos, teve que mudar de emprego. Foi trabalhar num bar.

Chico conheceu o espiritismo, quando sua irmã ficou doente e os médicos consultados não conseguiram resolver seu caso. O pai procurou um casal de espíritas, que morava numa fazenda de uma cidade próxima. Chico participou do ritual para expulsar o “espírito obsessor” que maltratava a moça, que acabou ficando boa. A partir daí, o menino “exótico” começou a dedicar sua vida à nova doutrina, mas, antes de seguir um novo caminho, foi à igreja pedir a bênção do padre, de quem era muito amigo e de quem ganhou o primeiro par de sapatos.

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Autoria de Moacyr Praxedes
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Vários amantes do Cinema escolheram os melhores filmes de todos os tempos do gênero Drama, dando-lhes uma nota de 1 a 10, conforme explica o blog Melhores Filmes:

Para chegar a esta lista de filmes, foi realizada uma pesquisa minuciosa com livros de cinema, em sites e revistas internacionais especializadas, e levou-se em consideração também a premiação em festivais e críticas em importantes veículos mundiais. A cada filme, foi atribuída uma nota, de acordo com a média formulada a partir da pesquisa inicial e do peso que cada obra contém na história do cinema mundial. (http://melhoresfilmes.com.br/generos/drama)

Ranking / Filme / Diretor

101º – Branca de Neve e os Sete Anões  (Walt Disney)
102º – O Decálogo  (Krzysztof Kieslowski)
103º – Tudo Sobre Minha Mãe  (Pedro Almodóvar)
104º – Doze Homens e uma Sentença  (Sidney Lumet)
105º – Os Melhores Anos de Nossas Vidas  (William Wyler)
106º – Trono Manchado de Sangue  (Akira Kurosawa)
107º – Depois do Vendaval  (John Ford)
108º – Narciso Negro  (Michael Powell)
109º – Rebecca  (Alfred Hitchcock)
110º – Oharu – A Vida de uma Cortesã  (Kenji Mizoguchi)
111º – Umberto D  (Vittorio De Sica)
112º – Fúria Sanguinária  (Raoul Walsh)
113º – Deus e o Diabo na Terra do Sol  (Glauber Rocha)
114º – Gandhi  (Richard Attenborough)
115º – A Primeira Noite de um Homem  (Mike Nichols)
116º – Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas  (Arthur Penn)
117º – A Caixa de Pandora  (Georg Wilhelm Pabst)
118º – Intolerância  (D.W. Griffith)
119º – O Bebê de Rosemary  (Roman Polanski)
120º – Aguirre – A Cólera dos Deuses  (Werner Herzog)
121º – Vidas Secas  (Nelson Pereira dos Santos)
122º – Jejum de Amor  (Howard Hawks)
123º – O Grande Ditador  (Charles Chaplin)
124º – Lacombe Lucien  (Louis Malle)
125º – Alexandre Nevski  (Sergei Eisenstein)
126º – O Salário do Medo  (Henri-Georges Clouzot)
127º – O Alucinado  (Luis Buñuel)
128º – Tempo de Viver  (Zhang Yimou)
129º – A Greve  (Sergei Eisenstein)
130º – Diário de um Pároco de Aldeia  (Robert Bresson)
131º – Close Up  (Abbas Kiarostami)
132º – Eclipse  (Michelangelo Antonioni)
133º – Desejos Proibidos  (Max Ophüls)
134º – A Conversação  (Francis Ford Coppola)
135º – Berlin Alexanderplatz  (Rainer Werner Fassbinder)
136º – Glória Feita de Sangue  (Stanley Kubrick)
137º – Hiroshima, Meu Amor  (Alain Resnais)
138º – Pacto Sinistro  (Alfred Hitchcock)
139º – Grandes Esperanças  (David Lean)
140º – Ser ou Não Ser  (Ernst Lubitsch)
141º – Paisá  (Roberto Rossellini)
142º – Operação França  (William Friedkin)
143º – Assim Caminha a Humanidade  (George Stevens)
144º – Cidade de Deus  (Fernando Meirelles)
145º – Um Sonho de Liberdade  (Frank Darabont)
146º – Frankenstein  (James Whale)
147º – O Franco Atirador  (Michael Cimino)
148º – O Mundo de Apu  (Satyajit Ray)
149º – As Invasões Bárbaras  (Denys Arcand)
150º – O Homem Que Não Vendeu Sua Alma  (Fred Zinnemann)
151º – Lanternas Vermelhas  (Zhang Yimou)
152º – Juventude Transviada  (Nicholas Ray)
153º – Rede de Intrigas  (Sidney Lumet)
154º – A Árvore dos Tamancos  (Ermanno Olmi)
155º – O Piano  (Jane Campion)
156º – Como Era Verde Meu Vale  (John Ford)
157º – O Jogador  (Robert Altman)
158º – Farrapo Humano  (Billy Wilder)
159º – Platoon  (Oliver Stone)
160º – A Noite Americana  (François Truffaut)
161º – Vidas Amargas  (Elia Kazan)
162º – Patton – Rebelde ou Herói?  (Franklin J. Schaffner)
163º – Julgamento em Nuremberg  (Stanley Kramer)
164º – Trainspotting, Sem Limites  (Danny Boyle)
165º – Os Imperdoáveis  (Clint Eastwood)
166º – Gritos e Sussurros  (Ingmar Bergman)
167º – A Cadela  (Jean Renoir)
168º – O Segredo das Jóias  (John Huston)
169º – Amargo Pesadelo  (John Boorman)
170º – Obsessão  (Luchino Visconti)
171º – Breaker Morant  (Bruce Beresford)
172º – Cais das Sombras  (Marcel Carné)
173º – Jean de Florette  (Claude Berri)
174º – O Vento Será Tua Herança  (Stanley Kramer)
175º – Segredos e Mentiras  (Mike Leigh)
176º – Milagre na Rua 34  (George Seaton)
177º – A Pequena Loja da Rua Principal  (Ján Kadár)
178º – A Mulher Faz o Homem  (Frank Capra)
179º – Um Rosto na Multidão  (Elia Kazan)
180º – Vítimas da Tormenta  (Vittorio De Sica)
181º – Hannah e Suas Irmãs  (Woody Allen)
182º – A Fraternidade É Vermelha  (Krzysztof Kieslowski)
183º – Barry Lyndon  (Stanley Kubrick)
184º – O Exorcista  (William Friedkin)
185º – A Um Passo da Eternidade  (Fred Zinnemann)
186º – Terra em Transe  (Glauber Rocha)
187º – A Nave da Revolta  (Edward Dmytryk)
188º – A Mulher da Areia  (Hiroshi Teshigahara)
189º – Cinzas e Diamante  (Andrzej Wajda)
190º – Festa de Família  (Thomas Vinterberg)
191º – O Medo Devora a Alma  (Rainer Werner Fassbinder)
192º – Neste Mundo e no Outro  (Michael Powell)
193º – O Inimigo Público  (William A. Wellman)
194º – Minha Querida Dama  (George Cukor)
195º – Inverno de Sangue em Veneza  (Nicolas Roeg)
196º – Perdidos na Noite  (John Schlesinger)
197º – O Pianista  (Roman Polanski)
198º – O Nascimento de uma Nação  (D.W. Griffith)
199º – Fuga do Passado  (Jacques Tourneur)
200º – A Última Sessão de Cinema  (Peter Bogdanovich)
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Piero della Francesca – O BATISMO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Esta belíssima composição do pintor italiano Piero della Francesca representa Cristo sendo batizado por seu primo João Batista no rio Jordão, tendo ao fundo uma paisagem montanhosa, com torres fortificadas. Imagina-se que tenha sido pintada ainda nos primeiros anos da carreira do artista. Embora não haja documentação sobre a encomenda desta pintura, certas evidências indicam ter sido pintada como retábulo para a capela de São João Batista numa abadia em Sansepolcro, na Toscana/Itália.

O Batismo de Cristo é um tema muito comum, presente na obra de vários pintores, desde o início da arte cristã. Esta composição encontra-se entre as mais belas. O artista captou um momento no tempo, um pouco anterior ao batismo do Mestre. Tudo parece imóvel, até mesmo a pomba branca que traz as asas completamente estendidas. As águas límpidas e paradas do rio refletem o céu e a paisagem à volta.

O Jesus de Piero della Francesca foge aos representados na maioria das pinturas, carregados de uma aura de divindade. Este é um homem comum que possui traços rústicos, orelhas grandes e lábios grossos, o que não diminui em nada a sua majestade. Suas pernas estão retas, sólidas e bem firmadas no chão. Um pano branco, envolto abaixo de sua cintura, cobre parte de seu corpo forte. Apresenta-se com uma expressão séria, imbuído do mais extremo fervor ao receber o batismo. Acima de sua cabeça paira a pomba sagrada que representa o Espírito Santo. Ela foi escorçada para tomar a forma de uma nuvem.

João Batista — antecedeu Jesus nas pregações — encontra-se vestido com uma túnica rústica, amarrada ao meio, diferentemente de outras apresentações em que veste peles de animais. Ele traz a perna esquerda levantada, enquanto derrama a água sobre a cabeça de Cristo. O braço e perna esquerdos de João formam dois ângulos do mesmo tamanho.

Três anjos — que se parecem com pessoas comuns — estão situados à direita de Jesus, presenciando a cerimônia de seu batismo. São pálidos e possuem o rosto arredondado. Vestem roupas diferentes e têm a cabeça coroada por guirlandas. Um deles — o do meio — está de frente para a cena, assiste a tudo com interesse, enquanto os outros dois parecem dispersos, ambos virados de lado. O anjo mais próximo a Jesus apoia-se no do meio e segura sua mão esquerda.

Na composição não existe a imersão de Cristo na água e o rio Jordão é mostrado como se fosse um riacho que reflete as cores e as linhas da paisagem. O homem tirando a roupa — logo atrás de João Batista — repassa a ideia de que outras pessoas estavam sendo batizadas naquele mesmo dia. Piero, que também era um grande matemático, assim esquematiza o quadro (ver os dois quadros menores acima):

  • Jesus encontra-se no centro da composição, atraindo os olhos do observador. É possível traçar uma linha vertical imaginária desde a água que escorre da tigela sobre a cabeça de Jesus até suas mãos em postura de oração. Jesus, a mão de João, o pássaro e a bacia formam um eixo que divide a composição em duas partes iguais. Observe o leitor que o vértice do triângulo encontra-se nas mãos de Jesus. Olhando a metade esquerda da composição é possível dividi-la em duas partes, tomando a árvore como divisor.

Nesta composição Piero della Francesca usou a técnica da têmpera em que pigmentos são misturados com ovo, o que exigiu muita habilidade e paciência do pintor, sendo sua característica mais marcante a iluminação que desce de cima, produzindo tons delicados e pálidas sombras que circundam as figuras e reforçam a tridimensionalidade das mesmas. A composição é totalmente homogênea e harmônica.

Ficha técnica:
Data: c. 1450
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 167 x 116
Localização: National Gallery, Londres, Reino Unido

Fontes de pesquisa:
1001 obras-primas da pintura ocidental/ Könemann
A história da arte/ E.H. Gombrich
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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ALERTA: A DEMÊNCIA DIGITAL

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

 corpo12 (*)

Não demorou muito para aparecer algum problema de saúde devido ao excessivo uso da tecnologia no nosso meio. Médicos sul-coreanos têm relatado um aumento nos casos do que eles denominaram de “demência digital” entre os jovens. A pesquisa, publicada no início deste mês, constatou que 15% dos homens e mulheres com idades que variam de 18 a 39 anos, se queixaram de que sua memória estava ruim.

O estudo culpa o estilo de vida moderno para o aparecimento do problema. Conclui que passar muito tempo em um computador, falando muito em celulares ou jogando games por várias horas, faz com que as pessoas sintam dificuldades de memorizar informações. O estudo aponta também o estresse e um estilo de vida mais agitado como culpados pela dificuldade de concentração e para retenção de informações.

A pesquisa relata que os adolescentes têm se tornado tão dependentes de tecnologia digital que não são mais capazes de se lembrar de detalhes do cotidiano, tais como os seus números de telefone. Há uma nítida deterioração nas habilidades cognitivas, mais comumente vista em pacientes que sofreram um traumatismo craniano ou doença psiquiátrica.

O excesso de uso de smartphones e de jogos prejudica o desenvolvimento do cérebro, ou seja, usuários são propensos a desenvolver o lado esquerdo do cérebro, deixando o lado direito subdesenvolvido. O lado direito do cérebro está associado à concentração e, portanto, seu subdesenvolvimento afeta a atenção e a memória imediata, o que poderia, em cerca de 15% dos casos, conduzir ao aparecimento precoce de demência.

A situação parece estar mais grave em jovens com idade entre 10 e 19 anos que usam seus smartphones por mais de sete horas todos os dias. Nesta faixa etária, o sistema nervoso central ainda está em formação e, portanto, mais propenso a sofrer com a alta exposição tecnológica. É a nova tecnologia cobrando a conta. A facilidade e a comodidade de se pesquisar um tema no Google, por exemplo, em detrimento da procura do mesmo tema em uma enciclopédia está deixando a memória dos nossos jovens em frangalhos e o que pode ser pior, possibilitando que ela evolua para quadros de demências graves no futuro.

Essa síndrome não é nova. Foi detectada em 1990 nos EUA, em função da dependência da internet tanto em jovens como adultos, com consequências graves como senilidade e lesões cerebrais. Aspectos como concentração, atenção e memória são gravemente prejudicados. Os prognósticos do futuro não são animadores, na medida em que cresce o tempo que os jovens passam diante dos computadores e smartphones. Só isto já serve de alerta para os pais para que dosem o tempo que seus filhos ficam entretidos com as novas tecnologias. Mais uma vez, a moderação é a palavra de ordem.

(*) Imagem copiada de expresso.sapo.pt 

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