Autoria de Lu Dias Carvalho
“Sabe para que servem os homens? Ouvi dizer que são treináveis e dão bons animaizinhos de estimação”.
“Sabe por que Deus criou a mulher? Porque cachorros não sabem abrir a geladeira e pegar a cerveja”.
Durante muito tempo, as piadinhas chulas e os clichês deram a munição para a “guerra entre os sexos”. No início do século XX, certo Gustav Le Bon chegou à absurda conclusão de que a inferioridade feminina era tão clara, que seria preciso contestá-la por mais de um minuto sequer. Um século depois, a Ciência prova que o varão estava redondamente enganado, quando diz que a inteligência, como um todo, é superior no sexo X ou no Y. Pode acontecer que, em alguns aspectos, a mulher supere o homem e vice-versa, mas jamais que um seja mais inteligente do que o outro. Lembrando que o cérebro não é definido pelo sexo.
A opressão por que passaram as mulheres (e ainda passam em muitos países) deveu-se à bizarra crendice de que eram inferiores aos homens. Ainda hoje, muitas trabalhadoras são hostilizadas em profissões que antes eram associadas apenas aos machos. E mesmo avançando nas barreiras do preconceito, elas ainda ganham menores salários, embora façam os mesmos trabalhos. O mesmo acontece com homens, que trabalham em profissões tidas como femininas, que muitas vezes servem de motivo de chacota.
Muitas pessoas tendem a fazer piadinhas idiotas com o sexo oposto, sem saber que está incorrendo numa atitude altamente discriminatória. O Aurélio define como sexismo uma “atitude discriminatória em relação ao sexo oposto”. O sexismo ocorre quando um indivíduo, homem ou mulher, é discriminado em função do sexo. Podemos citar o fato de que muitas pessoas acham que uma mulher não pode ser uma boa engenheira, ou que a mãe é sempre a melhor pessoa para ficar com os filhos. Tais julgamentos são baseados em estereótipos que só fazem aumentar o fosso entre homens e mulheres, para o mal dos dois.
Na época em que vivemos, não há mais espaço para machões e feministas. A Ciência avançou, de modo que a visão que temos hoje é de que sejam homens ou mulheres, todos são apenas indivíduos e como indivíduos devem ser tratados.
Homens não são de Marte e tampouco mulheres são de Vênus. Habitam um mesmo planeta, conhecido como Terra, onde possuem os mesmos direitos e os mesmos deveres. O sexismo, portanto, deve ser combatido como qualquer outro tipo de preconceito. As diferenças sexuais entre homens e mulheres não devem ser vistas como motivo de zombaria e piadinhas de mau gosto que, direcionadas às mulheres ou aos homens, em pleno sexo XXI, são lamentáveis. Não serão assim que as nocivas desigualdades (absurdamente vistas em países muçulmanos) que perduram há tantos séculos entre os sexos, serão eliminadas.
Para quem ainda não sabe, ironizar o sexo oposto, quer seja ele masculino ou feminino, com humor maldoso, é altamente ofensivo, de modo que o sujeito da chacota acaba resvalando para o sexismo, o que dá cadeia em nosso país. O mesmo respeito deve ser dado às pessoas que possuem outras opções sexuais, como gays e lésbicas. Devemos evitar as piadinhas chulas e de mau gosto. Respeito é bom e todo mundo gosta!
Fonte de pesquisa:
Revista Marie Claire
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