QUANDO A ESMOLA É DEMAIS…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Quando a esmola é demais o santo desconfia é um dos provérbios mais conhecidos em território brasileiro. Quem não conhece entre seus contatos uma pessoa que, necessitada de um favor, debulha-se em mil e um salamaleques para com o indivíduo capaz de realizar seu intento? Os tolos são presa fácil nessa teia, sentindo-se importantes com tamanha bajulação, mas os espertos não caem nesse rapapé, fazendo ouvidos de mercador, dando o dito por não dito. Existe uma fábula interessante que define muito bem este provérbio. Vamos a ela.

Certo cão levava sua vidinha rotineira, vigiando os pertences de seu dono desde o cair da noite até o alvorecer. E o fazia de bom grado, pois se tratava de um amo muito generoso que lhe permitia dormir a sono solto no dia seguinte. Durante a sua vigia, sempre passava pela calçada, onde ficava a casa de seu senhor, certo fulano assobiando, sem ao menos lhe lançar um olhar. Mas eis que um dia, já na calada da noite, lá estava o dito lançando-lhe nacos de carne, tentando acariciá-lo. Esperto que era, logo intuiu que o sujeito estava querendo seduzi-lo com o objetivo de roubar o seu dono, pois, uma vez com a boca cheia, ficava incapacitado de latir ou morder. O fiel cão então disse ao ladrão:

– Olá, se queres trancar a minha boca para eu não avisar o meu dono sobre tua presença, estás totalmente enganado, pois jamais cairei nesta tua imprevista generosidade. O melhor que tu fazes é cair fora, antes que eu lhe arranque um naco de tuas pernas finas.

Assim é a vida, meus amigos. Há muita gente por aí que tenta nos fazer de tolos, usando-nos a seu bel-prazer, manobrando-nos de acordo com os seus interesses. Resta-nos ficar espertos, pois, quando a esmola é muito grande, o santo desconfia.

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NOVO ESTILO – ARTE ABSTRATA II (Aula nº 101)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A denominação Arte Abstrata diz respeito, normalmente, a certas obras da pintura e da escultura do século XX que não possuem função representativa ou simbólica, mas, ainda assim, não podem ser caracterizadas como simples desenhos. Logo, não se trata de um estilo artístico isoladamente, sendo que alguns movimentos artísticos mais explícitos, como o Neoplasticismo e o Expressionismo abstrato foram definidos em termos estilísticos. Tanto na França quanto na Inglaterra, inúmeras gerações de pintores indagavam se era necessário tornar a pintura submissa à busca das aparências e, em razão disso, escolheram um mundo imaginário, mostrando, ainda na década de 1980, que a arte também era capaz de retratar sonhos e visões.

Já no final do século XIX era possível perceber que a tendência geral da arte, principalmente no que diz respeito à pintura, caminhava para a abstração. Mesmo Claude Monet e Paul Cézanne se deram conta da função do artista como criador de imagens, de modo que, aos poucos, eles passaram a dar maior importância à natureza da percepção. Os pintores Georges Seurat e Paul Gauguin — tidos como importantes precursores da Arte Abstrata — levaram ainda mais longe as percepções dos artistas mencionados acima, através da análise da linha, da cor, do tom e da composição, chegando à conclusão de que era possível expressar os estados emocionais, usando apenas os meios formais. Gauguin passou a usar as cores de maneira abstrata, pintando não como enxergava o objeto temático, mas como o sentia. Van Gogh também fez uso da liberdade de cor, usando sempre aquela que julgava apropriada, embora levasse em conta a representação linear do objeto pintado. Henri Matisse e seus colegas, 15 anos depois, reformularam as ideias pós-impressionistas — conhecidas hoje como Fauvismo — que via na cor o elemento mais importante.

As primeiras obras realmente abstratas surgiram em Paris e Munique em 1912. Um ou dois anos depois apareceram em Moscou, Milão, Nova Iorque, Londres e em outros lugares. A princípio grande parte da pintura abstrata era de caráter experimental, representando uma fase passageira na carreira de artistas como K. Larionoff, Fernand Léger, Robert Delaunay, Francis Picabia, Franz Marc, Giacomo Balla e Wyndham Lewis. No entanto, outros artistas abraçaram-na com força total, como mostra a obra do holandês Piet Mondrian, do russo Wassily Kandinsky, do tcheco Frank Kupka e do russo Kasimire Malevich.

Kandinsky, ao escrever um texto teórico em 1910 sobre o espiritual na arte, encontrou na abstração duas vertentes: a que dizia respeito à arte pictórica dos impressionistas e pós-impressionistas que desaguou no Fauvismo e no Cubismo e aquela trilhada pelos pintores simbolistas, responsável por levar a uma arte mais religiosa, tida como de “necessidade interior”. Para o artista russo, o caminho tomado pelos simbolistas era o mais importante, pois dizia respeito à qualidade essencial que impedia que a arte abstrata fosse desprovida de significado. Kandinsky buscava uma maneira de criar um quadro sem a presença de um objeto, mas que pudesse ser observado como algo mais, em vez de um mero desenho decorativo. Para que isso acontecesse, trabalhou em dois campos: tornou sua pintura abstrata de modo que todas as formas reconhecíveis nela presentes sumissem lentamente e deu à sua arte uma justificativa filosófica.

A música foi muito importante na busca dos artistas abstracionistas que sabiam que os compositores eram capazes de levar seus ouvintes a outras dimensões, sem fazer uso da representação direta da natureza. E se a música era capaz de ser abstrata, ordenada e emocional, a arte também poderia ser. A pintura poderia se uma espécie de música visual, pensavam eles. Kandinsky foi o maior exemplo dessa aplicação, inclusive usou a terminologia musical (composições, improvisações e impressões) para nomear muitos de seus quadros.

O movimento abstrato em razão da Segunda Guerra Mundial (1939) teve grande parte de sua atividade, que se cultivava na Europa, cessada, mudando seu centro para Nova York, na década de 1940 — sua esplêndida etapa final. Atualmente a arte tornou-se livre. O artista tanto pode se embrenhar para o campo do abstracionismo ou para aquele que tenha uma referência simbólica ou figurativa. A invenção da Arte Abstrata foi um dos eventos artísticos mais importantes de nossos tempos.

Nota: Composição VII, obra de Wassily Kandinsky (ilustração do texto)

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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Zurbarán – HÉRCULES E ANTEU

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Hércules era o herói clássico por excelência, cujos feitos de força e perseverança em face da adversidade e a transfiguração num status quase divino tornaram-no uma figura indispensável à iconografia principesca. (Jonathan Brown)

Percebendo os truques de Anteu, Hércules ergueu-o no ar e apertou-o tão poderosamente entre seus braços que a criatura morreu. Tal foi a vitória de Hércules nesta luta.[…] Diz-se que a cobiça ou o desejo carnal nasceu da Terra e, por isso, foi incorporado por Anteu. (Juan Pérez de Moya)

O pintor barroco, desenhista e gravador espanhol Francisco de Zurbarán (1598-1664) foi aluno de Pedro Diaz de Villanueva em Sevilha. Ele fez inúmeras obras para o Convento de Sevilha. Sua fama levou-o a receber o título de pintor honorário dessa cidade. Trabalhou para a corte de Madri no governo de Filipe IV. É tido como um dos mais importantes pintores espanhóis do século XVII, ao lado de Velázquez, Ribera e Murillo. Ele se tornou conhecido, sobretudo, por suas obras religiosas, que descrevem monges e mártires, e também pelas suas maravilhosas naturezas-mortas. A maioria de suas pinturas era destinada às ordens religiosas espanholas, tendo criado muitas pinturas religiosas durante a era barroca.

A composição intitulada Hércules e Anteu – ou também A Luta de Hércules com Anteu – é uma obra do artista que em razão de seu grande sucesso como pintor foi convidado pela corte espanhola a participar da decoração do “Salão dos Reinos”, criando pinturas sobre os “Doze Trabalhos de Hércules”. As críticas não foram unânimes quanto às 10 obras criadas pelo artista. Alguns as acharam deficientes se comparadas à antiga lenda, enquanto outros viram nelas uma concepção totalmente original. O fato é que o artista foi muito corajoso ao desviar-se das abundantes imagens desse herói grego, encontradas em esculturas, dentro dos protótipos clássicos, ao criar sua obra.

O Hércules de Zurbarán é mostrado como um personagem poderoso e desajeitado que necessita de muito esforço para derrotar seus inimigos. O artista não o idealiza como o semideus descrito na lenda, mas como um homem comum dotado de uma estupenda força. E por isso, ele necessita de força de vontade para atingir seus objetivos. Aqui, Hércules é visto com Anteu (o gigante norte-africano), filho da deusa Gaia (a Terra) em seus braços.

A tarefa de Hércules para derrotar o gigante não era fácil, pois toda vez que ele era derrubado, sua mãe dobrava-lhe a força, exigindo ainda mais esforço de Hércules. A luta entre os dois personagens acontece diante de uma caverna escura, sendo ambos apresentados verticalmente, o que deixou Anteu com pouco espaço na parte superior da tela, tendo seu braço e mão esquerda praticamente incompletos.

Ficha técnica
Ano: 1634/35
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 136 x 153 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/hercules-fighting-with-antaeus/b50a7459-d674-4ce1-8da7-ecbe3120b9c9

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Carracci – A LAMENTAÇÃO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Annibale Carracci (1560-1609), nascido em Bologna, era oriundo de uma família de artesãos. Seus ancestrais eram alfaiates. Seu irmão Agostino (1557-1602) formou-se como gravador e pintor. Annibale começou trabalhando na alfaiataria, mas depois seguiu os passos do irmão mais velho, com quem trabalhou na oficina do primo Ludovico Carracci em Bolonha, o que leva a crer que esse tenha sido seu professor. Os três fundaram uma escola artística chamada Academia degli Incamminati (Academia do Caminho), sendo Ludovico o dirigente da escola e também conhecido por sua rejeição ao estilo maneirista. Annibale era o mais criativo do grupo. Os três artistas trabalharam juntos na decoração do Palazzo Fava em sua cidade natal. Em muitas das primeiras obras de Bolonha é difícil distinguir as contribuições individuais de cada um deles, pois carregam apenas a assinatura “Carracci”, o que pode sugerir que os três participaram.

A composição intitulada A Lamentação de Cristo é uma criação de Annibale Carracci. Trata-se de uma obra em que o artista usou a monumentalidade, ao narrar um episódio da Paixão de Cristo, e que pode chegar ao nível de “A Deposição no Túmulo” do mestre Caravaggio. No trabalho de ambos se destaca um profundo sentido de gravidade a determinar o caráter da pungente cena.

A composição apresenta cinco personagens: Cristo Morto, sua mãe Maria, Maria Madalena (uma das seguidoras mais dedicadas de Cristo), Maria de Cleófas (tia de Jesus, irmã de Maria de Nazaré, casada com Cleófas) e Maria Salomé (esposa de Zebedeu e mãe de Tiago e João).

As quatro mulheres apresentam-se numa postura de grande sofrimento. Mesmo aquela que se encontra de pé no centro da composição não se mostra ereta, mas se dobra, com os braços abertos na direção a Maria desmaiada e amparada por uma outra mulher. A parte superior do corpo pálido de Cristo está amparada pelo colo de sua mãe e a inferior encontra-se no chão, sobre um lençol branco.  

Carracci estrutura  as figuras em sua composição em diferentes posições: reclinadas, agachadas, vergadas e paradas. As três figuras, à direita, estão dispostas gradualmente, uma atrás da outra.

Ficha técnica
Ano: 1606
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 92,8 cm x 103,2 cm
Localização: National Gallery, Londres, Inglaterra

Fontes de pesquisa
Obras-primas da arte ocidental/ Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Konemann

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NOVO ESTILO – ARTE ABSTRATA I (Aula nº 100)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

   

Os artistas fauvistas e expressionistas, durante as primeiras décadas do século XX, mudaram as relações com as cores que até então eram usadas na representação da natureza. Por sua vez, os cubistas fracionaram os objetos em múltiplos planos, desafiando as dimensões do espaço e os futuristas derrubaram os conceitos que diziam respeito ao tempo. Houve também artistas que se embrenharam no campo psicológico, ao compor retratos de grande intensidade emocional. O fato é que nessas primeiras décadas, e em razão das grandes mudanças no campo da arte, o público passou a sentir dificuldade para se manter atualizado.

A Arte Abstrata surgiu em meio a um clima artístico e filosófico complexo. Existia um sentimento de que os valores da sociedade ocidental eram vazios, de que o progresso científico era ilusório e que o sistema capitalista era essencialmente auto destrutivo, apesar das riquezas e prosperidades trazidas, pois tirava bem mais da sociedade do que oferecia. Os artistas passaram a buscar nova inspiração para a arte fora da sociedade ocidental. E por isso, passaram a estudar as religiões ocidentais, as crenças religiosas como a teosofia, a arte do Oriente e da África negra e da Polinésia.

Até o ano de 1910 alguns parâmetros da arte continuavam imutáveis, como o fato de os artistas permanecerem dentro dos limites da realidade concreta, representando objetos percebíveis. Mesmo o Cubismo analítico, ao seu final, não deixou de lado a arte representacional, embora muitas vezes fosse difícil identificar o tema proposto. O maior salto na arte aconteceu quando houve a eliminação do tema, suprimindo toda e qualquer referência ao mundo de objetos reconhecíveis. Os artistas tinham ciência de que a arte reproduzia certos aspectos do mundo, como eles o enxergavam, portanto não foi fácil para pintores e escultores chegarem à abstração, ou seja, à arte desprovida de representação.

É sabido que o artista russo Wassily Kandinsky chegou muito próximo da abstração com o seu Cavaleiro Azul (Der Blaue Reiter). Piet Mondrian com sua “Árvore Cinza” também traz ínfimas referências ao título e, portanto, aproximando-se do abstracionismo que ele viria a alcançar com sua obra “Composição em Vermelho, Preto, Azul e Amarelo” (ilustração à esquerda). O russo Kasimir Molevitch apresentou seu estilo abstracionista com a “Composição Supremista” e Constantin Brancusi em sua obra intitulada “Mademoiselle Pogany” (ilustração à direita) levou a arte do retrato à essência de um rosto.

Ainda que as ideias abstratas ganhassem vida no início do século XX, quando se buscava uma arte sem tema, as ideias abstratas não eram totalmente novas, uma vez que N. M. W. Turner em 1830 já mostrava sinais da arte abstracionista em suas composições de paisagens terrestres e marinhas. Por sua vez, os impressionistas, ao se distanciar do mundo físico, muitas vezes se aproximaram da abstração, como mostram as séries “Ninfeias” e “Monte de Feno” de Claude Monet. No que diz respeito às artes decorativas, os padrões abstratos sempre se fizeram presentes na cerâmica, na tapeçaria e nos móveis. Na Arte Nova (Art Nouveau) foram usados ornamentos de padrões abstratos. Outro artista que também fez uso de elementos decorativos abstratos em sua arte foi Gustav Klimt, como vistos em sua composição “O Beijo” (presente neste blogue).

Os pintores Wassily Kandinsky, Kasimir Malevitch, Constantin Brancusi e Piet Mondrian, ao buscarem o estilo abstrato, tinham como objetivo adquirir um forte conjunto de ideais espirituais em oposição aos valores materiais que determinavam a sociedade da época. Queriam uma arte em que cada parte encerasse o seu próprio universo interior. Tomaram como abordagem a filosofia antiga, através de crenças orientais esotéricas e de novos textos míticos. Achavam que a arte deveria mostrar ao observador um caminho que o ajudasse a levar uma vida ordenada e espiritualmente enriquecedora.

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

 

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UM PRESENTE DE GREGO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Quem nunca recebeu um presente que não tem nada a ver consigo? Isso acontece porque nós, até mesmo quando presenteamos alguém, pensamos muito mais no nosso gosto do que na apreciação do presenteado. Somos por demais egocêntricos. Imaginamos que aquilo que nos agrada, também irá agradar o outro. E sem dedicar à pessoa a ser presenteada um mínimo de nossa atenção, acabamos, muitas vezes, por lhe dar um presente de grego, não lhe restando outra alternativa senão a de passá-lo para frente ou deixá-lo adormecido num cantinho do guarda-roupa ou porão.

Segundo conta Homero (poeta da Grécia antiga ao qual é atribuída a autoria dos poemas épicos “Ilíada” e “Odisseia”) sobre a guerra de Troia, assim como vários escritores antigos e modernos após ele, por ocasião da guerra entre troianos e gregos, os últimos presentearam os primeiros com um colossal cavalo de madeira, empanturrado de soldados gregos por dentro, deixado à entrada da cidade de Troia.

Ao verem aquele formoso cavalo a enfeitar a entrada de sua cidade, os troianos logo concluíram, erroneamente, que se tratava de um presente enviado pelo inimigo que estava a pedir arrego. E como faltasse perspicácia aos troianos e sobrasse-lhes arrogância, trataram logo de levar o gigantesco presente para dentro de suas muralhas, passando a comemorar a enganosa vitória, encharcando-se de vinho. À noite o cavalo pariu um monte de guerreiros gregos que mataram a guarda troiana que protegia os portões, abrindo-os,  a fim de que os outros guerreiros, postados do lado de fora, entrassem na cidade e assegurassem a vitória grega.

Assim, a expressão idiomática presente de grego passou a ser algo que vêm a nos dar desprazer, embora seja aparentemente agradável. O presente só prejudica quem o recebe, e que adoraria não o ter recebido. A expressão cavalo de Troia tomou uma amplitude maior, passando a significar um inimigo encoberto, um embuste destrutivo, um artifício astuto, um ardil para enganar o outro o obter o que deseja. A expressão é tida até como o nome de um terrível vírus de computador.

Ainda se referindo à Guerra de Troia, existe a conhecida expressão agradar a gregos e troianos, no sentido de que algo tem o poder de agradar a quaisquer pessoas, ainda que se encontrem em lados opostos. É unanimidade!

 

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