Veronese – MOISÉS SALVO DAS ÁGUAS

Siga-nos nas Redes Socias:
FACEBOOK
Instagram

 Autoria de Lu Dias Carvalho

mosada

A composição intitulada Moisés Salvo das Águas ou também Descoberta do Jovem Moisés e ainda A Descoberta de Moisés é uma obra-prima do pintor maneirista italiano Paolo Veronese. Ela já mostra a opção do artista pelo uso da sombra. O crepúsculo que começa a aparecer em suas pinturas coincide com o ocaso de sua própria vida. Ele passa a trabalhar de uma nova maneira na distribuição de luz e sombra, mas, ainda que a claridade diminua, a qualidade de seu trabalho permanece imutável. O pintor Velázquez encantou-se tanto com este quadro, que o comprou e levou-o para o rei Filipi IV, na Espanha, onde se encontra até hoje.

A pintura refere-se a uma passagem bíblica, expressa no Antigo Testamento. A cena mostra o bebê Moisés, salvo das águas por uma jovem mulher que o entrega a uma criada idosa que usa um pano para enrolá-lo. A seu lado está a filha do faraó, ricamente vestida, segundo a moda veneziana da época do Renascimento, acompanhada de suas damas que contemplam a criança com curiosidade. O grupo, banhado pela luz crepuscular, encontra-se em uma das margens do rio Nilo. O movimento das figuras está em perfeita harmonia com a paisagem. Do outro lado da ponte vê-se uma cidade egípcia imaginária, com templos, torres e pináculos.

À direita e à esquerda, em suas extremidades inferiores, o quadro apresenta dois criados vestidos de vermelho.  O da direita é um anão, de costas para o observador, que leva consigo um instrumento musical. O da esquerda é um pajem negro com uma cesta. À esquerda, em segundo plano, duas moças parecem preparar-se para um banho no rio.

A composição é inteligentemente estruturada. Suas cores, de belíssima gradação, são suaves e bem distribuídas. As duas árvores, em forma de V, repetem a mesma posição da velha e da filha do faraó. A margem inclina-se para o rio, à esquerda, como mostram as duas mulheres que se encontram um pouco mais distante.

A cena acontece em meio a tons crepusculares, inerentes ao pôr do sol, com a luz banhando a paisagem veneziana ao fundo. O efeito atmosférico crepuscular contribui para suavizar os contornos das figuras, como podemos observar nas jovens que se banham ou na garota entre a senhora idosa e a filha do faraó. O colorido é rico e variado.

Existem muitas versões desta obra, contudo somente duas são tidas como autênticas: esta, do Museu do Prado, na Espanha, e a que se encontra na Galeria Nacional de Washington, nos EUA. Ambas são praticamente idênticas, tendo as mesmas dimensões.

Ficha técnica
Ano: 1580

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 50 x 43
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Veronese/ Abril Cultural

Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.artehistoria.com/v2/obras/1007.htm

Views: 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *