Autoria de Dr. Telmo Diniz
Sempre temos uma desculpa para adiar o check-up médico: falta de tempo, excesso de trabalho, férias por vir e aquela bateria de exames, que normalmente é adiada. Fato é, que pessoas, cada vez mais jovens, estão indo parar nas emergências de todo o país. São casos graves, muitas das vezes fatais, que poderiam ser evitados.
Os check-ups devem ser realizados já a partir dos 30 anos de idade, através de exames de sangue rotineiros, com periodicidade anual. Nesta faixa etária, exames como colesterol, triglicerídeos, glicose e de ácido úrico podem direcionar o médico para uma orientação terapêutica adequada. O mesmo serve para uma correta avaliação dos exames de urina e fezes. Outro ponto simples de ser acompanhado é a pressão arterial, pois várias pessoas são hipertensas, mas assintomáticas, ou seja, não têm nenhum sintoma aparente. O eletrocardiograma, ecocardiograma e a prova de esforço serão inclusos no devido tempo e conforme a solicitação médica. Para os homens após os 40 anos, a avaliação da próstata já pode ser indicada. Já para as mulheres na faixa dos 40 anos, incluem-se os exames ginecológicos preventivos. E após os 50 anos, a mamografia e a densitometria óssea. Esta última para avaliar a densidade dos ossos e prevenir a ocorrência da osteoporose e sua consequência mais nefasta, as fraturas.
É importante que o leitor entenda que um check-up só terá sentido se o seu principal componente for uma investigação cuidadosa de hábitos, estilo de vida e fatores de risco, e se essa avaliação resultar na discussão cuidadosa com cada paciente das alternativas existentes para uma vida mais saudável. O rastreamento deve ser considerado em uma perspectiva mais ampla, que não se reduz aos exames complementares. Existem doenças e problemas que devem ser investigados principalmente durante a anamnese, como por exemplo: hábitos alimentares, tabagismo, abuso de álcool, prática de sexo seguro, depressão, etc., durante o exame clínico (doenças, como por exemplo, hipertensão arterial e arritmias no coração). Quero dizer que os exames complementares, como o próprio nome diz, vêm complementar uma suspeita diagnóstica. A história clínica e o exame físico detalhado são soberanos.
Os estudos demonstram que é muito melhor que o médico passe mais tempo com o paciente, descobrindo seu estilo de vida, histórico familiar, condições de saúde, para daí solicitar exames que realmente vão ser decisivos para um diagnóstico adequado. Chegar ao médico pedindo que se faça um check up laboratorial não tem sentido. Especialistas no assunto sugerem que os profissionais de saúde devem se concentrar em ver o paciente mais vezes e pedir testes direcionados para fatores de risco específicos de acordo com sua idade, sexo, histórico clínico etc.
Resumindo, o check-up médico tem enorme importância quando realizado de forma global, desde o histórico do paciente, passando pelo exame físico e finalmente solicitando os exames pertinentes. Desta forma, a prevenção estará sendo feita adequadamente.
Nota: Imagem copiada de www.centromedicosorocaba.com.br
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