Monet – CANTO DO JARDIM DE MONTGERON

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Canto do Jardim de Montgeron é uma obra do pintor impressionista Claude Monet, e encontra-se entre as 50 pinturas mais famosas do mundo. O artista exerceu grande influência na pintura de paisagens ao ar livre. Neste quadro, ele retrata um canto do jardim de Montgeron, tendo como objetivo captar as transformações da paisagem, ocasionadas pela mudança da luz e da cor.

Monet, em sua pintura vibrante, feita com pinceladas de cores puras, preocupava-se apenas em capturar os efeitos passageiros da luz e da cor sobre aquilo que compunha. Por isso, pintava a mesma coisa diversas vezes em momentos diferentes. Ao estudar a retratação dos efeitos transitórios da luz natural, sua obra serviu de fonte para o modernismo do século XX.

Neste quadro, Monet apresenta parte de um jardim florido de Montgeron, na França. Ele procura chegar o mais perto do possível do modo como o olho humano vê a natureza, de acordo com o momento do dia, em razão das mudanças efetuadas pela luz e pela cor sobre o objeto pintado. As pinturas devem ser olhadas de certa distância, para maior compreensão das mesmas.

Esta tela, juntamente com outros três painéis decorativos, foi encomendada para ornamentar a sala grande do castelo de Rottenburg, em Montgeron, por Ernest Hoschede, um dos primeiros mecenas dos impressionistas.

Ficha técnica
Ano: c. 1876
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 175 x 194 cm
Localização: Hermitage, St. Petersburg, Russia

Fonte de Pesquisa
http://www.intermonet.com/oeuvre/nature.htm
http://www.leparisien.fr/crosne-91560/le-jeune-monet-trouva-

ALERTA AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Quando um paciente chega ao hospital para receber um simples atendimento, pode ser vítima de uma via sacra com uma espera interminável, se deparar com pessoas despreparadas ou, algo ainda pior, não ter o atendimento humanizado que se espera de instituições que deveriam, em última instância, cuidar. Infelizmente, este é um retrato do cotidiano de vários dos hospitais brasileiros, onde os profissionais correm de um lado para o outro tentado cumprir suas jornadas, mas sem se preocupar com o principal: a pessoa. Todos focados e preocupados com a doença e nada com o próximo.

Os procedimentos médicos e os métodos do atendimento em saúde, na maioria das vezes, desconsideram as necessidades emocionais e psicológicas dos pacientes e seus familiares. O descaso no trato com o outro, salvo raras exceções, apresentam sua verdadeira face através da arrogância, do descaso, da falta de vocação, do desinteresse, do mercantilismo, da insensibilidade, da falta de preparo, entre outras injúrias. Dificuldades enfrentadas pelos usuários da saúde poderiam ser evitadas, quando o paciente passa a ser visto de forma humanizada; quando o trabalhador da saúde passa a enxergar o outro como um parente seu; quando passa a dar a devida atenção e ouvir, compreender, acolher e respeitar suas opiniões, suas queixas e necessidades imediatas.

Humanizar o atendimento em saúde deveria ser uma prioridade dos hospitais, pois quem lá está não o faz por que quer e, sim, por que necessita. Humanizar é investir em melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da área de saúde e trabalhar a educação continuada sobre o tema. É esgotar com a equipe as possibilidades do paciente se sentir em casa, enquanto está no hospital. Isso é realmente possível! E é por essa razão que atualmente a humanização e o investimento no bem-estar do paciente vêm sendo objeto de intenso debate. Porém, a prática humanista só pode ser observada em alguns poucos hospitais.

O que vemos hoje é mais ou menos assim: “Aonde você vai?”, pergunta um. “Vou lá na dona do 505 pra ver a pressão dela!”, responde outro. Nomes não existem, somente números de prontuários e de apartamentos. Em outro setor, a enfermeira fala para o acompanhante: “Olha senhora, a gente aqui, no máximo, dá banho de leito. Eu não aguento o peso do seu marido!”. E em outro local, uma cena pode ser vista com muita frequência – a pessoa vai pedir algo ao técnico de enfermagem que está de plantão e logo vem a resposta: “Vou daqui a pouco!”. E a espera somente acaba quando há uma medicação a ser administrada. Volto a insistir, a doença se sobrepõe em importância aos doentes que querem, muita vezes, uma pequena atenção.
A assistência à saúde deve ir além da abordagem clínica do paciente, ela deve ser fundamentalmente humanista, e o profissional de saúde deve deixar de considerar somente a doença, passando a cuidar do doente, da pessoa, daquele que padece. Além do corpo físico, o paciente deve ser entendido de forma globalizada, em especial no campo do afeto, do apoio no momento da dor e uma atenção redobrada quando a fragilidade aperta. Fica o alerta a todos os profissionais da saúde.

Boucher – A VISITA DE VÊNUS A VULCANO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O gravador, desenhista e pintor francês François Boucher (1703 – 1770) era filho de um artista que criava padrões para bordados e ornamentos. Iniciou sua vida artística ainda muito jovem, como aprendiz de Fraçois Lemoyne, onde ficou por um breve tempo, vindo depois a trabalhar para Jean François Cars, um gravador de cobre. Aos 20 anos de idade recebeu o “Grand Prix de Rome” que era um incentivo aos novos artistas.

A composição denominada A Visita de Vênus a Vulcano é uma obra mitológica do pintor francês François Boucher. Na pintura, Vênus, deusa da beleza e do amor, desce numa nuvem até a oficina de Vulcano, deus do fogo, situada na ilha de Lemnos, para pedir-lhe armas para Eneias, um valente guerreiro troiano, filho da deusa Afrodite (Vênus) e Anquises.

A deusa do amor está rodeada por inúmeros gênios infantis alados, ninfas e pássaros. O deus Vulcano está sentado, próximo à sua forja, sobre um couro de leopardo. Ele se encontra coberto por um manto vermelho e traz na cabeça uma fita da mesma cor. Estende o braço direito para  entregar a Vênus uma espada, com a qual Eneias combaterá. A seus pés está sua inseparável aljava, cheia de flechas.

Ficha técnica
Ano: 1757
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 210 x 200 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fonte de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch

Picasso – DORA MAAR COM GATO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O genial artista espanhol Pablo Ruiz Picasso, além de ser conhecido como revolucionário, visionário e vanguardista, foi também famoso pelo número de mulheres que teve em sua vida. Entre elas estava Dora Maar. Picasso travou conhecimento com a fotógrafa e intelectual de esquerda, de origem croata, que se transformou em sua nova amante, passando a ser sua modelo preferida e uma de suas mais significativas musas. Além de inteligente, ela era famosa por sua beleza, sobretudo pelos cabelos escuros. Ele viveu 10 anos com ela.

O artista retratou Dora Maar em inúmeras pinturas, sendo Dora Maar com Gato, obra cubista, uma das mais conhecidas. Ela se encontra assentada numa cadeira de madeira, com três quartos do corpo à vista, de frente para o observador. Seus braços descansam nos braços da cadeira. No seu espaldar, à direita da retratada, está um gatinho negro, de pé e com o rabo levantado, que também fixa o observador.

As unhas afiadas de Dora Maar lembram as do gato. Estudiosos de Picasso dizem que ele, certa vez, comparou o fascínio e o temperamento de sua amante semelhantes ao de um gato afegão, portanto, o animal aqui representado carrega em si muitos significados. Na história da arte, a presença de gatos alude aos artifícios da mulher e à agressão sexual. As unhas de Dora Maar reforçam esta significação.

Chama a atenção em especial o chapéu surrealista com que Dora Maar foi retratada. Sua vestimenta possui uma bela padronização. Seria o chapéu uma coroa e a cadeira um trono, feitos pelo pintor para homenagear sua musa? Segundo a crítica, Dora Maar com Gato é uma obra extraordinária de Picasso, tanto pela seleção das cores, atenção aos detalhes, execução e simbolismo utilizado.

Ficha técnica
Ano: 1941
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 128,3 x 95,3 cm
Localização: Coleção particular

Fontes de pesquisa

Dora Maar au Chat


http://paintinghistory.blogspot.com.br/2008/12/dora-maar-au-chat.html

Monet – MULHERES NO JARDIM

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Mulheres no Jardim é uma obra do pintor impressionista Oscar-Claude Monet, que a vendeu a seu grande amigo Fréderic Bazille.

A pintura mostra quatro jovens mulheres, elegantemente vestidas, o que denota pertencerem a uma classe social alta, num jardim. O pintor usa como modelo, para três delas, a sua esposa Camille. A quarta figura, que é a mulher com cabelos ruivos, de costas para o observador, é uma outra modelo. As quatro figuras estão muito bem vestidas, uma prova de que o pintor entendia bem da moda da época.

As mulheres vestem vestidos longos e volumosos, com rendas e bordados. Uma delas está assentada na relva, com seu vestido branco rodado, aberto como se fosse uma flor. Ela se cobre com uma pequena sombrinha e traz no colo muitas flores, para as quais dirige o seu olhar. Duas outras, próximas a ela, conversam animadamente. Uma delas usa um vestido branco com listras verdes e um chapéu plano, feito de flores, com um enorme laço, que lhe cai pelas costas. A outra, com sua vestimenta cor de pêssego, enfeitada com uma carreira de botões, de cima abaixo, traz na mão esquerda uma sombrinha fechada, e na direita um buquê de flores, com o qual cobre parte do rosto, como se estivesse a cheirá-lo. A quarta mulher distancia-se do grupo, enquanto colhe flores.

A luz ilumina a composição través da abertura entre as árvores, e em especial uma parte do caminho, assim como a mulher afastada do grupo, e parte do vestido da que se encontra sentada e também de sua sombrinha. Chama a atenção o salpicado de luz no vestido das duas mulheres que estão a conversar e as sombras sobre parte da sombrinha e o do vestido da que se encontra assentada.

Este quadro foi feito ao ar livre, mas concluído no ateliê do artista, que à época tinha 26 anos. Monet, em sua composição, não está preocupado em retratar as mulheres, tanto é que seus rostos são imprecisos, mas capturar luz e sombra do momento. Os personagens são meros detalhes.

Ficha técnica
Ano: 1866-1867
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 256 x 208 cm
Localização: Musée d’Orsay, Paris, França

Fontes de pesquisa
Monet/ Editora Abril
Monet/ Coleção Folha
http://www.rivagedeboheme.fr/pages/arts/oeuvres/claude-monet-

Pieter Bruegel, o Velho – O TRIUNFO DA MORTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

morfin   (Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

A composição denominada O Triunfo da Morte é uma pintura do artista Pieter Bruegel, o Velho, que mostra a importância de ter sido um pintor de miniaturas, ao agregar numa única tela inúmeras figuras, fato comum em suas obras. Este quadro encontra-se entre as 50 pinturas mais famosas  do mundo. Embora não tenha intenção ou temática religiosa, a sugestão para esta obra foi tirada do Apocalipse e do Eclesiastes, livros bíblicos. A sua motivação encontra-se numa razão secular: as chacinas da dominação espanhola e a revolta dos “mendigos”, inspirada, portanto, na resistência.

Bruegel tinha grande preocupação com os princípios morais estabelecidos pela religião. Preocupava-o, sobretudo, a condição humana que parecia servil aos vícios, à loucura, ao homicídio e ao medo. Nesta composição, a exemplo das obras de Hieronymus Bosch, ele mostra que, ao final, a morte sempre triunfará sobre tudo e todos, ou seja, também os opressores serão arrebatados por ela, pouco importando o seu tempo de glória terrena ou a vida de ostentação e poder que levaram.

Não era fácil a vida durante a Idade Média e início da Moderna, quando a ciência ainda engatinhava. As pessoas eram vitimadas por epidemias, pragas e, como se isso não fosse suficiente, também pelas guerras religiosas e políticas. Na visão popular tudo era atribuído ao “castigo divino” em razão dos vícios da humanidade, sendo Deus visto como um juiz temerário que enviava a morte como punição para toda a humanidade.

A tradição de culto à morte que amainou em outros lugares, continuou forte nos Países Baixos, até o século XVI, como nos mostra Bruegel na pintura acima. A Morte, com seu poderoso exército de esqueletos, alastra-se sobre toda a paisagem isolada e esfumaçada, desde o horizonte, destruindo tudo que encontra. Ela se posiciona no meio da composição, conforme mostra o seu distintivo — a foice. Um esqueleto na parte superior à esquerda toca o sino anunciando a batalha, ou seja, a sentença mortal para a Terra e seus habitantes.

A guerra final contra as forças do mal acontece em primeiro plano. À direita, na parte inferior da pintura, a Morte, montada num esquelético cavalo, com uma longa foice na mão, avança contra as pessoas amontoadas umas sobre as outras. Elas são obrigadas a entrar numa espécie de passagem que possivelmente conduz ao Inferno, encurraladas por exércitos de esqueletos à direita e à esquerda, impedindo a fuga. Estes portam escudos amarelos, parecidos com tampas de caixões, com o desenho de uma cruz.

Um esqueleto, montado num raquítico cavalo branco que leva um corvo no dorso, conduz uma carroça, onde são colocados os crânios decepados, trazendo em cima desses uma pá. Um guerreiro da morte aponta um relógio de areia para um rei, a indicar-lhe que seu tempo de vida chegou ao fim. Enquanto o monarca agoniza, um esqueleto rouba-lhe as riquezas guardadas em barris. Nem mesmo os membros da Igreja estão a salvo. Tampouco tem alguma serventia as espadas. No canto inferior direito da composição um tocador de alaúde e uma dama tentam ignorar o horror que deles se aproxima, mas um esqueleto traz a espada em punho atrás da dupla, pois nada escapa ao rigor da Morte.

A colheita da Morte é brutal: cabeças decepadas, corpos enterrados, afogados, torturados, degolados, pisoteados, transpassados por lanças, etc. Mesmo no mar é possível observar a destruição, ocasionada por incêndios e naufrágios. A mulher, usando vestido vermelho e touca branca e sobre a qual irá passar o cavalo e a carroça da morte, traz nas mãos um fuso e uma roca que simbolizam a fragilidade humana. A presença de uma mesa com toalha branca significa que os comensais tiveram que interromper seu banquete para lutar contra a Morte, enquanto o bobo da corte enfia-se debaixo da mesa.

Bruegel em sua cena dramática descreve aspectos da vida no século XVI, quando eram muito usados passatempos como o gamão e o baralho de cartas. Ele usa cores quentes para repassar a sensação de calor, reforçando a ideia de inferno que se estende por todo o quadro. Como quase toda obra do pintor esta também repassa um conteúdo moral que é o de reafirmar que a morte é cruel, mas democrática, pois não faz distinção entre credos, classes sociais ou cargos. É o fim de todos os seres vivos. É impossível esquecer a tragicidade da cena retratada.

Ficha técnica
Ano: c. 1562
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 117 x 162 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa

Enciclopédia dos Museus/ Prado/ Madri
http://comunidade.sol.pt/blogs/jaguar/archive/2008/01/21/A-Pintura-Flamenga
http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/biografias/pieter_brueghel
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Triumph_of_Death