Autoria do Dr. Telmo Diniz
Em geral, os meses mais frios são aqueles onde há maior circulação de vírus, e as pessoas ficam mais tempo em contato umas com as outras em ambientes mais fechados. E, por isso, estas doenças são mais prevalentes agora no inverno. As gripes e os resfriados são causados por vírus. Os resfriados pelos chamados rinovírus e a gripe pelo vírus da influenza.
Os resfriados são muito contagiosos e a transmissão ocorre pelo ar, veiculados por tosses e espirros ou, então, de mão-a-mão. Costumam ser uma infecção branda, que dura de cinco a sete dias, onde os sintomas são:
- coriza nasal
- espirros
- tosse seca (não tem catarro)
Esta tosse seca pode persistir por semanas após o término dos sintomas. A complicação para quadros bacterianos, como a pneumonia, é rara. Ocorrem mais comumente em pessoas mais debilitadas, como os idosos. Por isso, sintomas como febre e produção de muco devem alertar para procurar auxílio médico.
Já as gripes têm um quadro clínico mais exuberante, que inclui:
- febre
- dores pelo corpo
- dor de cabeça
- mal estar geral
- dor de garganta
- tosse seca
A transmissão do vírus ocorre do mesmo modo dos resfriados. Os sintomas duram mais tempo, cerca de duas semanas, bem como a complicação por pneumonia, sinusites, quadros asmatiformes e outros bem mais corriqueiros.
Além das gripes sazonais (típicas da estação mais fria), estamos também cercados pelo vírus da influenza H1N1, que tem os mesmos sintomas de uma gripe, porém, mas intensos, tendo levado algumas pessoas à morte. Para que tenham uma noção de grau de severidade, então, coloco em escala crescente de preocupação:
- resfriados
- gripe sazonal
- gripe A (erroneamente chamada de “gripe suína”)
- complicações por infecções bacterianas
A vacinação contra a gripe ocorre uma vez ao ano e está reservada a uma parcela da população, como gestantes, idosos e crianças com menos de 5 anos de idade.
Tem jeito de prevenirmo-nos contra os resfriados e gripes? A resposta é: sim. Tomando algumas medidas simples como:
- Lavar as mãos – sua melhor proteção contra o vírus é lavar as mãos, com frequência, com água e sabão.
- Álcool em gel – se nem sempre você puder lavar as mãos, é recomendável o uso frequente de álcool em gel.
- Usar suas próprias coisas – não utilizar telefone, teclado, caneta ou copo de uma pessoa resfriada.
- Manter o sistema imunológico fortalecido – uma alimentação rica em nutrientes antioxidantes, encontrados nas verduras, leguminosas e frutas, é de importância crucial para manter os vírus à distância.
- Evitar multidões e aglomerados – o contato próximo durante os meses mais frios aumenta, e muito, as chances de contágios.
- Utilizar toalha de papel para limpeza das secreções, cobrir a boca e o nariz quando for tossir e ou espirrar.
- O uso de vitamina C e zinco não previne e, sim, parece reduzir o tempo de alguns dos sintomas. Comprovação científica mesmo é o fato de as pessoas que têm baixas taxas de vitamina D estarem mais predispostas a essas doenças.
Se não teve jeito e você foi “pego” pelo vírus, repouso e uma boa hidratação são as principais recomendações. Mas a velha e boa canja de galinha será muito bem vinda.
(*) Imagem copiada de dremerson.site.med.br
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