Joana I, rainha de Nápoles e condessa de Provença, era uma mulher bonita e muito inteligente, sendo sua residência aberta aos intelectuais e artistas da época. Segundo algumas fontes, enquanto reinava na cidade francesa de Avignon, a poderosa e permissiva mulher regulamentou os bordéis da cidade, ordenando que todos teriam uma porta através da qual os interessados adentrariam, ou seja, o local estava aberto a qualquer um que ali quisesse entrar em busca das paixões da carne. Talvez seja por isso que em seu reinado tenha havido tantas colisões com a Igreja Católica da época. Uma das normas de regulamentação dizia:
“O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar.”
Quando a expressão de origem francesa ganhou as terras portuguesas, passou a significar “o paço da mãe Joana”, ou seja, “prostíbulo”. Ao atravessar o Atlântico, vindo para as bandas de cá, a palavra “paço”, pouco conhecida de nós brasileiros, foi imediatamente substituída por “casa”. Atualmente a expressão “a casa da mãe Joana” passou a significar “um lugar onde todo mundo entra e sai, local em que todos mandam e cada um faz o que quer”, conhecida também como “casa da sogra”.
Fontes de pesquisa
Casa da Mãe Joana/ Reinaldo Pimenta
Dicionário de expressões populares/ João Gomes da Silva
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Lu
Legal a sua explicação sobre a origem do dito “A casa da mãe Joana”. Seria o mesmo que a “Casa de Irene, onde tem gente que chega e tem gente que sai”? “A casa de Irene, sim, tem alegria, na casa de Irene a tristeza se vai”. Oba, sem sofrência!
Adevaldo
Você me fez dar uma boa gargalhada. E não é que “a casa de Irene” lembra “a casa da mãe Joana”? Contudo, está mais para a explicação portuguesa (prostíbulo) do que a nossa.
Abraços,
Lu
Beto
Hoje, como ontem, o poder público continua sendo a Casa da Mãe Joana.
Só muda de donos… risos.
Abraços,
Lu
Lu
Conheço a expressão “Casa da Mãe Joana”, mas não conhecia a sua origem.
Beto