Almeida Júnior – O VIOLEIRO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

o viol.   chico-violeiro

[…] é outra criação soberba de verdade, de sentimento, de colorido exato, e de tonalidade local. (Monteiro Lobato)

A composição O Violeiro, obra do artista brasileiro Almeida Júnior, é outra obra do artista que envolve o universo caipira. Duas figuras humanas fazem parte da pintura: um homem e uma mulher.

A janela de madeira, aberta, incrustada no meio da parede de pau a pique, ocupa a maior parte da tela. A madeira mostra-se envelhecida e cheia de rachões. Na parte de baixo, a pintura da parede já foi toda descascada, deixando visível o adobe e as varas entrecruzadas e amarradas com corda. Vê-se, portanto, que se trata de um ambiente humilde. Não é possível enxergar nada dentro do ambiente interno, a não ser uma parede escura.

O violeiro está assentado no peitoril da janela, recostado no batente esquerdo. Usa calça branca e camisa quadriculada de branco e azul, com mangas que vão até o punho. Traz os olhos fechados, enquanto toca, inebriado pela voz da cantora.

A mulher, encostada ao batente direito, usando uma blusa vermelha de bolinhas brancas e de mangas compridas, uma saia escura e um lenço no pescoço que ela segura com ambas as mãos, canta com o olhar voltado para a viola, como se acompanhasse seus acordes. Segundo pesquisas, a modelo era uma figura conhecida na cidade de Itu e exercia os trabalhos de enfermeira e dançarina de cabaré.

O Violeiro é uma composição realizada no último ano de vida do artista, que morreu assassinado pelo primo. A segunda figura acima é obra do nosso querido Maurício de Souza, numa homenagem ao pintor Almeida Júnior.

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Ficha técnica
Ano: 1898
Dimensões: 145 x 97 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil

Fonte de pesquisa
Almeida Júnior/ Coleção Folha

2 comentaram em “Almeida Júnior – O VIOLEIRO

  1. Luana

    O Violeiro

    Volto da roça e encontro ela
    Bela, minha senhora Isabela
    Cabelos ao vento a pentear
    Oh, minha bela senhora
    Quais segredos escondes em teu olhar
    Tens tantos mistérios a desvendar

    Coração partido, fracassado esta
    Corpo tão cansado
    Que outrora era forte
    Esta prestes a desmoronar
    Apenas tu, violeiro meu
    Podes minha alma ressuscitar
    Tua canção, tua viola
    Teu sentimento, teu balançar

    Cantes pra mim, a bela canção
    Que tu fizestes, em uma noite de luar
    Toca minha alma
    Leva-me ao céu
    Que tira-me o chão
    E falta-me o ar

    Apenas tu, meu doce violeiro
    Somente tu, consegues enxergar
    A minha dor, minha tristeza
    Minha alegria, a paz que eu tinha
    E que não mais comigo esta

    Há tanto a dizer
    Nada consigo expressar
    Há tanto que te amo
    Violeiro encantador
    E pouco tempo me resta a te amar

    Apenas sentir, é o que quero que faças
    Encantadora mulher que triste esta
    Tocar-irei minha viola
    Para teu coração alegrar
    Te amo tanto, bela senhora
    Então sinta
    Sinta
    Sinta
    Sinta
    Sinta…

    Viver por ti, meu violeiro
    Apenas meu corpo partirá
    Mas não agora, meu doce amado
    Outrora quem sabe…
    Apenas sinta
    Sinta
    Sinta
    Sinta
    Sinta…

    Por L.C.S

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