Arquivo da categoria: Arte Urbana

Arte urbana através dos tempos.

Arte de Rua – VITCHÉ

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Tento resgatar conexão com a natureza que as grandes cidades perderam. (Vitché)

O paulistano Vitché é mais um desses maravilhosos artistas, que além de botar cores na rua, traz junto um universo lúdico, que encanta adultos e crianças que veem suas pinturas, mas que também chama a atenção desses para os problemas do mundo moderno. Ele alia à arte plástica a magia do circo, com suas figuras delicadas e sensíveis. Além de grafiteiro, Vitché é também escultor, ilustrador e pintor. É um dos principais percussores da arte do grafite no país.

Vitché começou rabiscando com giz o asfalto de sua cidade. Assim como o mundo do circo, seu universo artístico é também vasto, com inúmeros palcos. Trabalha em muros, paredes, madeira, escultura e tela. Nas suas obras primorosas e sensíveis há a predominância das cores preta, vermelha, branca e prata, que simbolizam os mais diferentes sentimentos, como alegria, tristeza, paz, raiva, esperança, etc. As máscaras estão muito presentes no seu trabalho, personificando a superficialidade que há nas pessoas, indiferentes à natureza e ao próprio sofrimento do outro.

Vitché, que possui uma grande preocupação com a natureza, começou a trabalhar nesse campo na década de 1980, alcançando um lugar de destaque entre os grandes artista urbanos do país. É reconhecido nacional e internacionalmente, possuindo vários trabalhos expostos em vários países, como Estados Unidos, países da América Latina e da Europa. Não há como não se quedar diante do encantamento de seu trabalho.

Fontes de pesquisa
http://misturaurbana.com/2010/09/criativo-vitche/
http://www.hypeness.com.br/2010/11/a-arte-de-vitche/
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz

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Arte de Rua – NUNCA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Sempre me olho no espelho para pintar o olhar de uma personagem. Vejo-me como um registro ambulante de minhas experiências e procuro criar olhares claros e sutis. (Nunca)

Nunca é o nome artístico usado pelo grafiteiro paulista Francisco Rodrigues da Silva. O apelido tem a ver com a postura do artista diante dos rótulos que a mídia costuma impor à arte. Segundo ele, “nunca” irá restringir seu trabalho às restrições culturais ou mentais, pois o artista deve sempre estar aberto ao novo. Se alguns dizem que “nunca” é uma palavra que não deveria existir, aí está o artista desmentindo tal conceito, pelo menos até agora. Começou a trabalhar com o grafite a partir de 1994.

O mocinho é tão bom no que faz que no livro 2005 Graffiti Brasil, teve nada menos que um capítulo consagrado à sua obra, coisa que poucos conseguem. E tem como companhia gente de grosso calibre como Os Gêmeos e Nina Pandolfo. Foi com eles que participou de uma exposição de street-art (arte de rua) na Modern Tate Gallery, em Londres, em 2008, quando foi convidado por uma das galerias mais reconhecidas do mundo.

Assim como os amigos, Nunca tem visto seu trabalho ser cada vez mais reconhecido no Brasil e internacionalmente, principalmente na Europa. Seu desenho parece improvisado, sem se ater a cálculos precisos, mas são muito elaborados e passam uma mensagem bastante forte. É impossível ficar imune a eles. Nunca já fez trabalhos para marcas reconhecidas como a Nick e a Ray-Ban

Fontes de pesquisa
http://esteticaarte2009.blogspot.com.br/2009/08/uma-excelente-viagem-pelo-mundo-da-arte.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Francisco_Rodrigues_da_Silva

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Arte de Rua – NINA PANDOLFO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Eu nunca me imaginei pintando um castelo, uma arquitetura mais velha que o meu país. E depois, me surpreendi com o país querendo conseguir junto ao departamento histórico tombar uma obra que eu fiz. (Nina Pandolfo)

Luxo poder trabalhar naquilo que tenho prazer em fazer. Eu me sinto abençoada.(Nina Pandolfo)

A grafiteira e artista plástica Nina Pandolfo é uma Cinderela em meio a tantos homens que habitam o mundo da arte urbana. É a Luluzinha da festa do Bolinha, que começou a trabalhar em 1992. Mas o que não falta a essa fantástica mulher é talento. O trabalho dessa mocinha é tão arrebatador, que ela tem o direito de não aceitar que se agregue a ele qualquer tipo de rótulo. E quem pode exigir isso? Somente quem traz a arte brotando por todos os poros.

A artista paulista é a filha mais nova de uma família com cinco mocinhas, o que deixa ao leitor uma pista de como deve ter sido a sua infância, ao lado de quatro irmãs bisbilhotando o universo feminino com seus olhos enormes, e também o porquê desse mundo fantástico ser povoado por tantas menininhas fofas, adejando pelo bairro paulista do Cambuci e por várias partes do mundo (Alemanha, Cuba, Espanha, Grécia, Estados Unidos, Índia, etc), com suas flores, gatos e vaga-lumes.

Nina busca na infância e na natureza inspiração para seu trabalho, sendo essa temática a mais comum em sua obra. Suas menininhas, com olhos traquinas de jabuticaba ou de pedras azuladas ou esverdeadas, despertam uma vontade danada de a gente entrar através deles, até chegar ao castelo encantado da alma, e ali descobrir todos os seus arrebatadores mistérios. A artista também enfoca, nos seus murais e pinturas, os animais, com predileção pelos insetos.

Para conviver com essa garotinha talentosa, ninguém melhor do que Otávio Pandolfo, um menininho fantástico da dupla Os Gêmeos, seu marido. O cunhado Gustavo também se aliou ao casal. O trio tem pintado o sete em várias partes do país e do mundo, sob muitos aplausos. Acreditem, eles pintaram até mesmo a fachada do Castelo Kelburn, em Glasgow, na Escócia, em 2007, com mais um aliado, o Nunca, menininho sobre o qual ainda iremos comentar aqui no blog, valorizando nossos artistas.

Nina Pandolfo já tem no mercado um livro “Nina”, Editora, Master Books, onde relata a sua trajetória pessoal e artística, contada através de textos, fotos e trabalhos da autora. Trata-se de um livro de arte com uma qualidade excepcional.

Fontes de pesquisa:
http://ffw.com.br/noticias/moda/expoente-da-arte-de-rua-nina-pandolfohttp://luxo.ig.com.br/objetosdedesejo/nina-pandolfo-arte-em-grafite-das-ruas
https://www.escritoriodearte.com/artista/nina-pandolfo/

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Arte de Rua – HERBERT

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O paulista Herbert Baglione é mais um dos artistas brasileiros admirados no país e em vários outros, pela arte que produz. Seu trabalho nas ruas começou no início dos anos 90, e de lá para cá ele vem fazendo trabalhos cada vez mais interessantes, em que integra a arquitetura da cidade à sua obra. O artista encontra-se em constante movimento, participando de eventos e exposições aqui e em várias partes do mundo.

Segundo Herbert, os primeiros contatos com o desenho, a pintura e a fotografia iniciaram-se na década de 80, quando ele era ainda um garotinho. Sentia prazer em rabiscar as fotos de família, assim como desenhar os amigos de escola. Depois passou a reproduzir logotipos de bandas de rock. Herbert teve que partir para as ruas, pois necessitava de um local maior para suas experimentações e criações. E foi na rua que edificou o seu ateliê, usando como mestra a contracultura.

O artista credita ao fato de ter sido um grande leitor de quadrinhos, ter andado de skate e tocado bateria em banda punk, um enorme adicional a seu trabalho, propiciando-lhe uma rica bagagem que lhe possibilitou “conhecer, reconhecer e interceder no espaço urbano de forma a extrair o melhor da arquitetura, da pintura, da instalação e da fotografia”.

Uma das características mais interessantes de Herbert Baglione é o fato de não apenas pintar paredes, muros, calçadas, telhados, etc, mas também a própria rua, como podemos observar na imagem acima, sendo duplamente um “pintor de rua”. Ele possui um grande pendor para os temas ligados à sexualidade, à fé, à morte, ao caos e ao individualismo, buscando inspiração na cidade em que nasceu, o que também o deixa bastante desiludido, em razão do que assiste diariamente à sua volta, onde o egocentrismo exacerbado ganha cada vez mais espaço, num “cada um por si”.

Apesar de seu estilo pesado e diverso e de temas muitas vezes complexos, Herbert prima pela elegância em seu trabalho. O preto e o branco são constantes em suas obras. Seus personagens são quase sempre irreais, figuras imagináveis como habitantes de outros mundos.

Na imagem à esquerda, o artista integra o muro e a calçada, ao unir a figura pintada a uma velha cadeira de rodas.

Fontes de pesquisa:
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz
http://www.galeriamovimento.com.br/artistas/4/herbert-baglione
http://www.ideafixa.com/sombras-de-herbert-baglione-tomando-uma-nova-dimensao/
http://casa.sinlogo.com.br/shop/um-minuto-de-silencio-herbert-baglione/

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Arte de Rua – OS GÊMEOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Somos complementares: um completa o pensamento do outro a todo o momento, pois nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de expelicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estivermos longe um do outro. É um vínculo eterno. (Os Gêmeos)

São Paulo é, sem dúvida, o celeiro dos grafiteiros. E é ali que se encontram os famosos irmãos gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo, nascidos em 1974. Eles são conhecidos nacional e internacionalmente como Os Gêmeos ou “osgemeos”. A dupla, que tem formação em desenho de comunicação, começou a grafitar em 1987, tornando-se cada vez mais conhecida na cidade paulista, sendo também responsável por ajudar a criar um grafite de estilo bem nacional.

A arte do grafite mostrou-se presente na vida de Otávio e Gustavo desde que eram garotos, moradores do bairro Cambuci, na cidade de São Paulo, quando já brincavam fazendo “arte”, sob os olhos incentivadores da família. A chegada da cultura hip hop no país, lá pelos anos 80, alargou ainda mais os horizontes da dupla, que transitava por diversas técnicas de pintura, passando pelo desenho e até mesmo pela escultura. A rua era a mais importante mestra. Depois de acumular uma rica experiência, e embora não tenha abandonado o grafite, o trabalho dos dois vem evoluindo cada vez mais, agregando influência de outras culturas.

O sucesso obtido no Brasil tem levado o trabalho de Os Gêmeos para diversos países. A dupla é presença marcante nos grandes eventos nacionais e internacionais, com mostras individuais em museus e galerias de vários países, como Grécia, Alemanha, Inglaterra, Cuba, Itália, Espanha, Japão, Lituânia, Estados Unidos, etc. A temática do trabalho artístico feito pelos dois irmãos engloba, principalmente, a crítica social e a política.

Nota: painel na avenida 23 de Maio, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz
http://www.osgemeos.com.br/pt/biografia/

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Arte de Rua – CRAOLA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Muitas das pinturas pessoais que faço hoje representam um mundo que ainda não consigo nomear. Há coelhos loucos, bandos de pássaros e crianças assumindo o controle de geringonças voadoras. Há pesadelos sendo superados nesse mundo por crianças… (Craola)

Como a nossa imaginação toma conta, temos a tendência de deixar o que é normal e ir para fora de nós mesmos para visitar outros lugares. É por isso que eu pinto o que me inspirou ao longo dos anos para crescer como artista. É a busca constante para o que está do lado de fora. (Craola)

O estadunidense Greg Simkins, nascido em Los Angeles, em 1975, é um dos grandes nomes do grafite e da pintura em geral. Começou a pintar ainda criança, mas só aderiu à pintura urbana aos 17 anos, quando assumiu o apelido de Craola. Ele diz que teve uma imaginação fértil desde criança e o que costumava ganhar forma com lápis de cera e lápis, acabou evoluindo para a pena a e tinta.

A arte do grafite trouxe confiança para Craola que pinta hoje grandes obras, onde leva em conta a teoria da cor e a perspectiva, sempre desenvolvendo suas habilidades artísticas, aplicadas mais tarde em seu trabalho com acrílico.

Simkins recebeu o diploma de bacharel no Studio Art da California State University, de Long Beach, em 1999, vindo a trabalhar como ilustrador para várias empresas de vestuário, depois em jogos de vídeo, enquanto tentava pintar nos seus momentos livres. Mas em 2005, ele optou pela pintura em tempo integral. Tem sido sucesso em várias exposições e vendido bem seu trabalho. Sua arte também é vista numa grande variedade de indústrias de roupas, jogos de vídeo, brinquedos, etc..

Fontes de pesquisa
O Mundo do Grafite/ Nicholas Ganz
http://www.imscared.com/

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