Arquivo da categoria: Fotografias

Textos, fotos e endereços de vídeos

SERRA PELADA – UM FORMIGUEIRO HUMANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Na sua fotografia, feita em 1986, e que correu o mundo, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado captou a imagem de milhares de garimpeiros, subindo e descendo barrancos, carregando sacos de cascalho nas costas e usando perigosas escadas improvisadas na tão conhecida Serra Pelada. Esta foto faz parte de seu livro denominado Trabalhadores.

O mineiro Sebastião Salgado (1944) sempre usou a fotografia para denunciar as injustiças, as desigualdades e a exploração do ser humano, nas mais diferentes partes do planeta. Tais preocupações são permanentes em sua vida, como podemos ver através de seus livros extremamente humanistas: Trabalhadores, Terra, Êxodos, entre outros. Já recebeu inúmeros prêmios mundo afora.

Garimpo da Serra Pelada

Tudo começou quando, em dezembro de 1979, um vaqueiro encontrou uma grande pepita de ouro, no leste do Pará,  em um riacho, que viria a ser chamado de Grota Rica, de onde o ouro brotava como água.

O anúncio do Ministro da Energia, Shigeaki Ueki, de que um grande veio de ouro havia sido descoberto no estado paraense, foi o bastante para que o local viesse a se transformar no maior garimpo a céu aberto já visto no mundo, e fosse local de uma das maiores corridas de ouro ocorridas no planeta Terra. Nascia assim o Garimpo de Serra Pelada que, como numa romaria, recebia garimpeiros vindos de todas as partes do Brasil, trazendo o sonho do enriquecimento. Segundo estimativa, foram mais de 120 mil trabalhadores no local, que se tornou o maior garimpo a céu aberto do mundo.

Apesar da visível desorganização e do caos mostrado pela mídia, dentro daquele formigueiro humano existiam leis, impostas pelos próprios garimpeiros, empunhando suas armas. Uma delas rezava que cada garimpeiro deveria trabalhar apenas na sua gleba, sem avançar para as vizinhas. A quebra da “lei” era muitas vezes punida com a própria vida do invasor.

A Terra é mãe generosa, mas seus recursos não são perenes e, assim, o ouro que até então ficava na superfície terrena esgotou-se, sendo necessário escavar suas entranhas para retirá-lo de lá.

Em 1984, o então presidente João Figueiredo acordou com a Cia. Vale do Rio Doce, responsável pelos direitos de exploração das riquezas minerais do solo do país, que o garimpo fosse fechado até 1987, ou quando alcançasse 20 metros a mais de profundidade, a tão propaganda cota de 190 metros acima do nível do mar. Após isso, a empresa seria exclusiva na exploração do local.

O anúncio governamental só fez aumentar a cobiça dos garimpeiros, pois se espalhou o boato de que, abaixo da Cota 190 havia uma montanha maciça de ouro. Embriagados pela cobiça, aqueles homens esquálidos, levando uma vida de tatu, escavaram os buracos com mais sofreguidão, criando imensas crateras no local, em busca de jazidas de ouro. Muitos deles ali mesmo tombaram, em busca de um sonho de riqueza, enquanto outros obtiveram sorte.

Apesar do anúncio do acordo anunciado pelo presidente João Figueiredo, através de articulações políticas a exploração pública de Serra Pelada durou até 1992, quando o local foi fechado. O local é hoje um lago contaminado por mercúrio, com 120 metros de profundidade.

Vejam parte de um texto publicado em 12/11/2012 sobre a Serra Pelada

No local onde existiu o maior garimpo do mundo, ainda há muito ouro. Em 2013, esse tesouro começará a ser explorado de forma organizada e com o uso de tecnologia moderna. (…) Haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança. (…) Nas próximas semanas, a mineradora canadense Colossus Minerals, que está investindo 700 milhões de reais em Serra Pelada, concluirá a medição da reserva ainda intocada, que escapou às escavações artesanais dos garimpeiros na década de 80. (…) Para retomar a exploração, a cooperativa de garimpeiros teve de criar a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, uma joint venture com a empresa canadense. Os 38.000 garimpeiros cooperados não precisarão fazer nada além de dividir entre si 25% dos lucros da operação. (Leiam o texto na íntegra em http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/a-nova-corrida-do-ouro-em-serra-pelada)

Fonte de pesquisa:
http://the-rioblog.blogspot.com.br/2011/08/serra-pelada-no-inicio-dos-anos-80-em.html

Saiba mais sobre o maior garimpo a céu aberto do mundo em…
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_Pelada
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/07/18/ult5772u382.jhtm

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A TERRA VISTA DO CÉU

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O planeta é muito mais bonito do que eu imaginava!
Desde que comecei a olhá-lo realmente, ele não parou de me surpreender por seu esplendor. Esta beleza, que descobri através do meu trabalho fotográfico, transformou-me. Foi ela que fez de mim um ecologista. Nos 20 anos que passei fotografando a Terra, eu a vi mudar, pois, o impacto do homem é visto do céu. E durante minhas viagens e minhas pesquisas, constatei que todos os especialistas e cientistas que encontrei, compartilhavam a mesma preocupação. O que minhas fotos revelam, eles o dizem com números, e esses números são verdadeiramente assustadores. Cada um deve assumir as consequências disso. Com minhas fotografias e a fundação Good Planet eu tento sensibilizar o maior número de pessoas sobre a importância do desenvolvimento sustentável. Espero que você se deixe transformar pela beleza do mundo, como eu fui transformado, e que também tenha o desejo de contribuir para a preservação do planeta. Todo mundo pode fazer alguma coisa. Cabe a você descobrir o quê. (Yann Arthus-Bertrand)

A Terra Vista do Céu abrange um imenso número de fotografias feitas pelo francês Yann Arthus-Bertrand, fotógrafo, jornalista e ecologista. Seu trabalho é inusitado. Há 20 anos que ele visita todos os continentes da Terra, sempre a fotografando do alto, quer seja de um avião, helicóptero ou balão.

Apesar da beleza das fotografias, o objetivo de Yann é chamar a atenção das pessoas para o fato de que o nosso planeta é maravilhoso, mas também incrivelmente frágil diante do menosprezo humano, sendo preciso deter a sua destruição. Ele é presidente da Fundação Good Planet, organização não governamental que se dedica à educação para a proteção do meio-ambiente, assim como à luta contra a mudança climática e suas consequências. Já publicou mais de 60 livros com fotografias feitas ao redor do mundo. O documentário Home, Nosso Planeta, mostrado pela GNT, é também de sua autoria.

Imagem do texto: Caravana de dromedários perto de Nouakchott, Mauritânia / Foto de Yann Arthus-Bertrand

O Saara, maior deserto de areia do mundo, cobre 9 milhões de km2 (o equivalente à superfície dos EUA) divididos em 11 países. Em seu limite ocidental, a Mauritânia, com 3/4 desérticos, é particularmente atingida pela desertificação de origem antrópica. O excesso de pastos e a colheita de madeira para queimar suprimem, pouco a pouco, a vegetação fixadora dos grandes maciços dunares, facilitando a progressão da areia, que ameaça cidades como Nouakchott.

A capital, construída numa planície coberta de capim em 1960 a uma distância de vários dias a pé do Saara, encontra-se hoje com o deserto às portas. As zonas áridas e semiáridas cobrem 2/3 do continente africano, e suas terras frágeis se deterioram rapidamente. Durante os últimos 50 anos, 65% das terras aráveis e 31% dos pastos permanentes da África subsaariana foram assim degradados. Isso causa uma diminuição dos rendimentos, que repercute na segurança alimentar. Nesse círculo vicioso difícil de romper, a pobreza é, ao mesmo tempo, causa e consequência da degradação das terras cultiváveis e da queda da produtividade agrícola.

Fontes de pesquisa
ttp://terravistadoceu.com/foto/

http://www.brasil247.com/ Oásis

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A TEORIA DO “INSTANTE DECISIVO”

Autoria de Lu Dias Carvalho ind.1

O homem que fotografou a eternidade (Sartre sobre HCB)

Fotografia de Henri Cartier-Bresson, 1932, feita na Praça Europa, Paris, França, também conhecida como Atrás da Estação de Saint-Lazare, que mostra exatamente o momento em que um homem dá um salto sobre uma área alagada. Ele ainda se encontra no ar.

O fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004) começou seu trabalho como pintor, vindo a publicar seu primeiro trabalho fotográfico em 1932, foi também assistente do cineasta Jean Renoir (filho do pintor Renoir). Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, ele foi convocado pelo exército francês para cobri-la, mas acabou caindo nas mãos dos nazistas. Depois de ficar 3 anos preso, após duas frustradas tentativas de fuga, acabou conseguindo lograr seu intento. Continuou no seu trabalho de fotógrafo até 1970, viajando e fotografando vários lugares do mundo, quando então retornou à pintura, nela permanecendo até sua morte. Cézanne era um dos seus pintores prediletos e na literatura admirava Proust.

Henri Cartier-Bresson foi um fotógrafo incansável, com um faro incomum para os acontecimentos, o que o levou a várias partes do planeta. Ele tinha o que chamamos de sexto sentido para captar um momento único, numa fração de segundos. Esse momento foi definido por ele como o “instante decisivo”.

Muitos livros mostrando o trabalho de Henri Cartier-Bresson já foram lançados, sendo o mais famoso deles “Images à la Sauvette”, publicado em língua inglesa com o nome de “The Decisive Moment”.

Uma curiosidade sobre Henri Cartier-Bresson: ele detestava ser fotografado. Sua imagem só foi capturada em raríssimas ocasiões.

O instante decisivo
(Artigo de Henri Cartier Bresson)

Na fotografia existe um novo tipo de plasticidade, produto das linhas instantâneas tecidas pelo movimento do objeto. O fotógrafo trabalha em uníssono com o movimento, como se este fosse o desdobramento natural da forma, como a vida se revela. No entanto, dentro do movimento existe um instante no qual todos os elementos que se movem ficam em equilíbrio. A fotografia deve intervir neste instante, tornando o equilíbrio imóvel.

O olhar do fotógrafo está constantemente avaliando. Um fotógrafo pode captar a coincidência de linhas simplesmente ao mover a cabeça uma fração de milímetro. Pode modificar a perspectiva com um leve dobrar de joelhos. Ao colocar a câmara próxima ou distante do objeto, o fotógrafo pode desenhar um detalhe – ao qual toda a imagem  pode ficar subordinada ou ainda que tiranize quem faz a foto. De qualquer modo, o fotógrafo compõe a foto praticamente na mesma duração de tempo que leva para apertar o disparador, na velocidade de um ato reflexo.

Algumas vezes acontece de o fotógrafo paralisar, atrasar, esperar para que a cena aconteça. Outras vezes, há a intuição de que todos os elementos da foto estão lá, exceto por um pequeno detalhe. Mas que detalhe? Talvez alguém repentinamente entrando no enquadramento do visor. O fotógrafo, então, acompanha seu movimento através da câmara. Espera, espera e espera, até que finalmente aperta o botão – e então sai com a sensação de que captou algo (embora não saiba exatamente o quê).

Mais tarde, no laboratório, ele faz uma ampliação da foto e procura nela as figuras geométricas que aparecem à análise e o fotógrafo se dá conta, então, de que a foto foi feita no instante decisivo. O fotógrafo instintivamente fixou um padrão geométrico sem o qual a foto estaria sem forma e sem vida.

A composição deve ser uma das preocupações do fotógrafo, mas no ato de fotografar isto só acontece a partir da sua intuição, já que ele está ali para captar o momento fugidio e todas as relações dos elementos que compõem a cena estão em movimento.

Ao aplicar a “Regra dos Terços”, o único compasso que o fotógrafo tem são seus próprios olhos. Qualquer análise geométrica, qualquer redução da foto a um esquema, só pode ser feita – pela sua própria natureza – depois que a foto já foi tirada, revelada e ampliada. E aí, ela só pode ser usada para um exame “post-mortem” da cena.

Espero nunca ver o dia em que as lojas de equipamentos fotográficos vendam esquemas geométricos para colocarmos nos visores de nossas câmaras; ou a “Regra dos Terços” colada nos nossos óculos. Se um fotógrafo começa a cortar uma boa foto, isto representa a morte à correta relação geométrica das proporções entre os elementos que compõem a imagem. Além do que, raramente ocorre de uma má foto, que tenha sido mal composta, seja salva pela reconstrução de sua composição no laboratório, pois a integridade da visão do fotógrafo não estará mais lá. Há muita conversa sobre os ângulos da câmara, mas os únicos ângulos válidos existentes são os ângulos da geometria da composição e não naqueles fabricados pelo fotógrafo que se deita no chão, ou coisa que o valha, para encontrar seu enquadramento.

Nota: Tradução livre e informal do inglês por Paulo Thiago de Mello de trecho do livro The Decisive Moment, New York, 1952. Copyright 1952 Cartier Bresson, Verve and Simon and Schuster.

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O HOLOCAUSTO

Autoria de Lu Dias Carvalho Somal12                                       Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

As injustiças são cometidas sempre que alguns homens sentem-se melhores do que outros. Assim tem sido através de toda a história da humanidade.

Dentre os fatos mais terríveis e recentes de nossa história está o Holocausto, quando o governo nazista de Adolfo Hitler perseguiu e matou cerca de 6 milhões de judeus, transformando seu ódio num genocídio praticado contra aquele povo. Mas não podemos nos esquecer de que outros grupos, como homossexuais, ciganos e doentes mentais, também foram vítimas da “limpeza étnica” ou “purificação racial”, promovida pelo Partido Nazista, em toda a Alemanha e nos lugares ocupados por ele, durante a Segunda Guerra Mundial. No total, segundo pesquisas, estima-se que entre dez e onze milhões de pessoas foram mortas pelo governo nazista.

Os meios usados pelo regime de Adolf Hitler para exterminar tais populações eram os mais brutais possíveis. Iam desde o trabalho escravo, onde as pessoas eram mortas por exaustão, fome ou doenças; os fuzilamentos em massa; os guetos superlotados, imundos e insalubres; os campos de extermínios e as câmaras de gás. Ainda assim, adeptos do nazismo em várias partes do mundo, idiotas que acreditam na superioridade da raça ariana, negam a existência do Holocausto que matou 2/3 dos judeus existentes apenas na Europa. Mas, em 2010, a União Europeia, para coibir tal injustiça, sancionou uma lei que pune com prisão quem negar a existência do Holocausto. E a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, fato que vem acontecendo desde 2005. A escolha dessa data deveu-se ao dia em que os prisioneiros do abominável campo de concentração de Auschwitz foram libertados.

Mas por que tamanho ódio aos judeus? – poderão perguntar alguns dos leitores. É que certos pensadores, que nem merecem ser citados, membros de um movimento denominado Völkisch, que tinham a raça ariana como pura e a única capacitada para governar o mundo, basearam-se numa pesquisa pseudocientífica, que mostrava que os judeus era uma raça perigosa, a única capaz de roubar a supremacia da raça ariana no domínio da Terra. Portanto, era preciso combatê-los tenazmente. Tal teoria deu vida ao antissemitismo, ou seja, ao ódio mortal a tudo que dissesse respeito ao povo judeu, chamado, dentre outras denominações, de “bacilos da cólera”. O lema comum do nazismo passou a ser “exterminá-lo a qualquer preço, para o bem da raça ariana”.

Muitas pessoas ainda se enganam ao achar que “judeu” e “israelense” possuem o mesmo significado. O que não é verdade. “Judeu” é aquele que pratica a religião judaica, enquanto “israelense” é aquele que pertence ao Estado de Israel. Em suma, um israelense pode ser judeu ou não, dependendo da religião que praticar. Mas, à época do nazismo, “judeu” era todo aquele que professasse o Judaísmo e, também, qualquer indivíduo que tivesse, ao menos, um avô judeu. E, se não tinha, os carrascos criavam um parentesco para levá-lo à morte. O mais curioso é que o próprio Hitler, segundo pesquisas, tinha descendência judia.

Promessa feita por Adolf Hitler:

Assim que eu realmente estiver no poder, minha primeira e mais importante tarefa será a aniquilação dos judeus. Tão logo eu tenha o poder de fazer isso, eu terei forcas construídas em fileiras – na Marienplatz em Munique, por exemplo, tantas quantas o tráfego permitir. Então os judeus serão enforcados indiscriminadamente, e eles continuarão pendurados até federem; eles ficarão pendurados lá tanto tempo quanto os princípios da higiene permitirem. Assim que eles tiverem sido desamarrados, o próximo lote será enforcado, e assim por diante da mesma maneira, até que o último judeu em Munique tiver sido exterminado. Outras cidades farão o mesmo, precisamente dessa maneira, até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus.

Cabe a cada um de nós, meu querido leitor ou leitora, vigiar e vigiar, para que tais crueldades não tenham mais lugar no nosso mundo.

Nota: a imagem que ilustra o texto mostra prisioneiros famintos no campo de Mauthausen, em Ebensee, Áustria, libertados pelas forças estadunidenses em 5 de maio de 1945.

Obras sobre o Holocausto:

  1. Livros
    Diário de Anne Frank/ Anne Frank
    É Isso um Homem?/ Primo Levi
    Em Busca de Sentido/ Viktor Frankl
    Teologia do Holocausto/ Ariel Finguerman
  1. Filmes
    O Diário de Anne Frank (dir.: George Stevens, 1959)
    A Lista de Schindler (dir.: Steven Spielberg, 1993)
    O Trem da Vida (dir.: Radu Mihaileanu; 1998)
    Cinzas de Guerra (dir.: Tim Blake Nelson, 2001)
    O Pianista (dir.: Roman Polanski, 2002)
    A Queda – As últimas horas de Hitler (dir.: Oliver Hirschbiegel, 2004)
    A Espiã (dir.: Paul Verhoeven, 2006)
    O Menino do Pijama Listrado (dir.: Mark Herman, 2008)
    O Leitor (dir.: Stephen Daldry, 2008)
    Operação Valquíria, (dir.: Bryan Singer, 2008)
    Os Falsários (dir.: Stefan Ruzowitzky, 2008)
    Um ato de Liberdade (dir.: Edward Zwick, 2009)
    Bastardos Inglórios (dir.: Quentin Tarantino, 2009)

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AS LINHAS DE NAZCA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Existem muitos mistérios no nosso planeta que até agora esperam pela luz da ciência. Dentre eles encontram-se as famosas Linhas de Nazca, situadas na planície costeira peruana, próxima à capital Lima, aos pés da Cordilheira dos Andes, no deserto de Nazca.

As Linhas de Nazca compõem um conjunto de gigantescos desenhos, feitos no solo, cujas linhas trançam imagens de pássaros, num total de 18 aves, descobertas até hoje, e outros animais como aranha, macaco, lagarto, peixe, tubarão, lhama, etc, cobrindo uma extensão de mais de 450 Km2, sendo que o maior dos desenhos chega a medir 305 m de comprimento. Existem também figuras humanas.

Como a civilização nazca desenvolveu-se no período situado entre 200 a.C. e 600 d.C., torna-se curiosa a preservação de tais geoglifos, passados tantos séculos. A explicação que se tem é que o isolamento da planície de Nazca e seu clima seco desprovido de vento contribuíram para a preservação dessas linhas.

Até hoje, sabe-se o que foi feito para produzir os geoglifos, ou seja, foram retirados óxido de ferro e os pedregulhos, deixando visíveis as linhas rasas. Contudo, tratava-se de um processo complexo de ser executado, pois, do solo não se tinha sua visão integral, tamanha era a escala dos desenhos. Presume-se que o povo nazca tenha construído torres de onde poderia observar a confecção de seu trabalho. Mas é bom que o leitor saiba que tudo não passa de conjecturas.

A imagem símbolo das Linhas de Nazca, conhecida em todo mundo, continua sendo o beija-flor, com seu longo bico que toca um conjunto de linhas paralelas.

Outra curiosidade é saber qual era o motivo de tão complexo trabalho, que não poderia ter apenas um fim decorativo. Mais uma vez a ciência entra no campo das suposições. Imagina-se que o objetivo dos geoglifos era o de servir como marcadores de um calendário astrológico daquele povo, relacionado às atividades agrícolas. Há também a suposição de que os motivos sejam religiosos, ou seja, tratava-se de uma forma de pedir aos deuses, que deveriam enxergar os desenhos lá do céu, para que não deixassem de enviar chuva. Alguns mais crédulos acreditam que tenham sido feitos por extraterrestres. E o você, o que pensa?

Fonte de pesquisa:
Tudo sobre arte/Editora Sextante

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BANDEIRA VERMELHA SOBRE O REICHESTAG

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Yevgeny Khaldei (1917-1987), fotógrafo ucraniano, é responsável por uma das mais famosas fotos da Segunda Guerra Mundial, sendo consagrado como o mais importante fotógrafo de combate da União Soviética: a fotografia dos soldados soviéticos hasteando a bandeira do país no alto de um prédio destruído em Berlim, que era usado pelo Terceiro Reich para fins militares, tendo sido usado anteriormente como sede do Parlamento alemão.

O prédio, que havia pegado foto em 1933, tornou-se o principal alvo das forças soviéticas, pois, a sua captura teria um sentido altamente simbólico para os Aliados e abalaria a confiança dos nazistas e seus companheiros.

O Exército Vermelho capturou o prédio de Reichestag em 30 de abril de 1945, esmagando as forças do Eixo, compostas por Alemanha, Japão e Itália. A fotografia acima foi publicada em todo o mundo, simbolizando a vitória dos Aliados. Contudo, a imagem não se trata de um flagrante. Yevgeny Khaldei reconstituiu a tomada do prédio treze dias depois, já que o acontecimento anterior não fora fotografado, mostrando o hasteamento da bandeira soviética.

Para ilustrar a vitória dos soviéticos sobre os nazistas, o fotógrafo fez a encenação com alguns colegas. Como não havia uma bandeira soviética, Khaldei voou até Moscou, onde encontrou três toalhas vermelhas usadas oficialmente. Lá mesmo, ele costurou a foice e o martelo durante a noite e retornou a Berlim no dia seguinte para fazer a foto.

Ao fundo da imagem veem-se duas colunas de fumaça, o que configura que a sanguinolenta Batalha de Berlim ainda estava em andamento.

A foto acima se tornou imensamente popular, espalhando-se por todo o mundo, tornando-se uma das imagens mais conhecidas da Segunda Guerra Mundial. Infelizmente não levava a autoria de Khaldei, só sendo identificada após a dissolução da União Soviética.

Curiosidades:

  • Na foto original (imagem menor), o soldado que segura aquele que hasteia a bandeira, parece carregar um relógio em cada pulso. Para que não se pensasse que se tratava de saque, o relógio foi eliminado, usando-se uma agulha. Mas, na verdade, tratava-se de uma bússola, que vista na foto, tirada de certa distância, parecia-se com um relógio.
  • Khaldei também copiou a fumaça do fundo da foto de outra fotografia, com o objetivo de dar mais dramaticidade à cena.

Fontes de pesquisa:
Tudo sobre fotografia/ Editora Sextante
Wikipédia

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