Arquivo da categoria: História da Humanidade

Esta categoria tem por objetivo mostrar aspectos e costumes sociais da vida humana em tempos idos.

O CORPO FÍSICO NA IDADE MÉDIA

Autoria de Lu Dias Carvalho

del12

Na Idade Média, sob o ponto de vista moral da religião cristã, depois do pecado original cometido por Adão e Eva, o corpo humano passou a ser visto como depravado, responsável pela perdição da alma. Não passava de uma casca imunda, (de certo modo tinham razão, pois a higiene era para lá de precária naquela época) usada pelo espírito (que só fazia rezar), e, que logo seria descartada. A Igreja arvorava-se nessa sua visão para condenar os prazeres do corpo, fazendo disso uma das noções mais importantes de sua crença, responsável por muitas injustiças.

O corpo físico, embora fosse o responsável por aguentar os reveses da vida (doenças, fome, locomoção, trabalhos, perpetuação da vida humana…) era condenado por enclausurar a alma, impedindo-a de galgar os céus. A carne humana, segundo a Igreja, era debilitada pelos perversos sentidos, condutores das emoções, cuja função era a de empurrar o pecador para o inferno. No prazer carnal estava a destruição do homem, levando-o a se afastar do verdadeiro sentido da vida: a união com Deus. Portanto, o coito só tinha um objetivo: a procriação. Devia-se, portanto, mortificar o corpo, de modo a assassinar o desejo sexual e os desejos mundanos, governados pelos sentidos.

Os santos, tidos como aqueles que conseguiram matar os desejos da carne, quando mártires eram descrito nas lendas como tendo sido executados por espada e não por enforcamento,  que era um tipo de morte desonrante, reservado aos que viviam em pecado. Também podiam ser descritos como mortos por apedrejamento, fogueira ou desmembramento do corpo, menos por enforcamento. A morte pela espada significava que a vítima era de classe superior e obedecia a um ritual específico. Limpava-se o pescoço da pessoa, deixando os ombros à vista. Não era permitido ao carrasco tocar no corpo, se essa estivesse socialmente acima dele. Mesmo passando pelo estertor da morte, a pobre vítima era obrigada a manter a circunspeção, conforme exigia a educação antiga aristocrática, de modo que o carrasco pudesse acertá-la entre o pescoço e os ombros, decapitando-a com um único golpe.

Até mesmo as roupas de listras entravam no rol dos pecados mundanos. Para os teólogos cristãos da época, elas eram condenáveis. Talvez seja por isso que muitos presos usam uniforme com roupas listradas até os dias de hoje.

Nota: pormenor de A Criação do Homem, de Michelangelo.

Fonte de pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Taschen

Views: 2

OS ANÕES NA VIDA DAS CORTES

Autoria de Lu Dias Carvalho

  vel123   vel12   vel1234

Não apenas os anões, assim como os bufões e os bobos tinham por finalidade evitar que sua majestade, o rei, não se sentisse entediado, assim como sua corte. O “coitado” trabalhava tanto, que era necessário que esses pobres inocentes, desprovidos de sorte, evitassem que o monarca caísse no fastio, no nada para fazer. Aos bufões e aos bobos era permitido falar, muitas vezes, ainda que em forma de pilhérias, as verdades que o povo não ousava dizer ao soberano, temendo as cordas pouco macias da forca. E quem iria dar créditos às palavras dessa classe inumana?

Como não havia antidepressivos à época, os anões, truões e bobos não precisavam de cerimônias para se apresentarem ao rei, uma vez que tinham como ditame curar o sofredor real de sua melancolia, do estresse ocasionado pelo poder, e do sacrifício de cortejar um bando de mulheres, que davam a vida para passar uma noite na alcova real. Para tanto, esse grupo, que usava a terapia das palavras maldizentes, debochando da corte e seu séquito, era muitas vezes bem recompensado, ainda que vistos como uma categoria de sub-humanos. Figuravam, inclusive, nos retratos reais, como emblemas da realeza, jamais como seres humanos.

A vida não era somente flores para esses “psicólogos” da época. Os anões, sobretudo, serviam de brinquedo para a prole do rei, carregando-a nas costas de um lado para outro das salas palacianas, como eles fossem incansáveis pôneis. E mais, serviam também como exemplo para damas e fidalgos, não pelo comportamento, mas pelos defeitos físicos. Os palacianos deveriam mirar nos desprestigiados pela natureza, com suas mazelas físicas, e sentir-se privilegiados por terem boa aparência e coisa e tal.

Além dos anões, truões e bobos, havia também o “jardim zoológico humano” habitado pelos deficientes mentais, compondo a categoria mais baixa dos moradores do palácio. Deviam ser inofensivos, é claro, para não colocarem em risco a vida na corte. A eles cabia botar alegria na casa, através de suas deformidades físicas e desarranjos mentais, sendo vistos como coisas, num ambiente em que as pessoas ditas “normais” faziam questão de mostrar sua superioridade.

Dentre as muitas cortes, que mantinham esse grupo de seres especiais, como atrativo circense, estava a da Espanha. E Diego Velázquez, pintor da corte espanhola a partir de 1622, imortalizou algum desses tipos. Nas suas pinturas, ele não os tratou com deboche, hipocrisia ou perversidade, ao contrário, foi capaz de entrar no âmago dessas pessoas, extraindo delas uma grandeza que só um gênio da estirpe dele, com uma observação aguçada e muita sensibilidade, seria capaz de captar.

Acima, ilustrando o texto, estão três retratos pintados por Valézquez sobre tais figuras:
1- Retrato de um anão sentado no chão, cerca de 1645
2- Retrato do bobo Juan Calabrazas, c.1637-1639
3- Retrato do bobo D. Cristóbal de Castañeda y Pernia, c. 1637-1640

Fonte de pesquisa
Valézquez/ Taschen

Views: 18

A IDADE MÉDIA E O JUÍZO FINAL

Autoria de Lu Dias Carvalho

face12345678

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que foi preparado para vocês desde a criação do mundo. E dirá aos que estiverem à sua esquerda: Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. (Mateus 25:34,41)

Em nenhuma época da humanidade o Juízo Final teve tanta força quanto na Idade Média. A Igreja apregoava que, em razão do pecado original cometido por Adão e Eva, que resultou na expulsão do casal do Paraíso, haveria o dia em que Cristo retornaria à Terra, os mortos levantar-se-iam de suas sepulturas, e todos os homens seriam julgados de acordo com as suas obras e merecimentos. Ao final, os bons seriam encaminhados ao Paraíso e os maus ao Inferno. E assim, o tempo conhecido pelos homens teria fim, dando início à eternidade. E, embora os místicos dissessem que o maior castigo seria o afastamento do pecador dos olhos de Deus, as pessoas viam o Inferno como um lugar de padecimento físico, com agruras terríveis. Um sermão medieval rezava que, diante dos sofrimentos impingidos pelo Inferno,  o sofrimento da vida terrena não passava de um mero unguento. Segundo a crença medieval, os horrores vividos no Inferno não passavam nunca, sendo a dor física  em ordem ascendente. E mesmo as almas, que perdiam parte do corpo, mutiladas  pelos castigos, tinham-nas recompostas, para que passassem por um sofrimento mais atroz, ainda.

A Igreja Medieval orientava toda a vida do cristão de acordo com sua visão do Juízo Final. Prepará-lo para a vinda de Cristo era o seu objetivo primordial. Estimulava os fieis a abrirem mão dos prazeres mundanos, aceitando com júbilo o sofrimento, de modo a ganharem a salvação eterna. Aos pecadores e àqueles que não seguiam os ensinamentos da Igreja, era feito o alerta de que seriam mortificados por toda a eternidade, passando pelos mais cruéis flagelos, se não se arrependessem a tempo. Os livros, os sermões, as pinturas e tudo o mais eram voltados para os relatos, que descreviam os horrores, que passariam os indiferentes e descrentes no Inferno.

Embora em épocas anteriores, profetas pregassem o fim do mundo, esses não eram tão levados em conta pela população da época, como aconteceu no final do século XV, quando a humanidade viveu uma histeria generalizada. Diziam os pregadores, que o Juízo Final havia sido antecipado, em razão da pecaminosidade humana, que crescia cada vez mais, exortando o povo a aguardar a concretização das profecias do Apocalipse. E, para fortalecer o pavor das pessoas, aquela foi uma época de muitas epidemias, inundações e outras catástrofes naturais, tomadas como presságios da ira divina contra os pecadores. Até mesmo nos acontecimentos políticos do dia a dia, o povo, em estado de grande amedrontamento, tentavam encontrar os sinais que identificassem o Anticristo.

O pintor Hieronymus Bosch (c. 1450- 1516) é um exemplo dessa época. Achava que a maior parte da humanidade já estava condenada aos horrores do Inferno, onde os sofrimentos seriam, principalmente, físicos. Conhecer a sua obra é fundamental para se ter uma melhor compreensão daqueles tempos, principalmente a representação denominada Juízo Final, presente neste blog.

Fonte de pesquisa
Bosch/ Taschen

Nota: Os Cavaleiros do Apocalipse, pintura de Albrecht Dürer

Views: 5

O DIABO NA IDADE MÉDIA

Autoria de Lu Dias Carvalho

feno1

O diabo e sua corte, tidos como seres reais para a imensa maioria do povo, eram bastante difundidos na Idade Média, conforme podem ser vistos nos registros de confissão, descrições de experiências místicas e crônicas biográficas da época. A Igreja propagava sua presença, espalhando que o ser humano estava rodeado por espíritos ruins. A ignorância era tamanha, que uma simples dor de dente, falta de apetite ou ressaca alcoólica era atribuída ao rei das trevas e sua corte. Até mesmo um ruído involuntário, como rir, suspirar ou soltar um pum era tido como coisa do demo comunicando-se com seus asseclas. Mas esse procedimento esdrúxulo vem ressuscitando nos nossos dias, com a esperteza de certos credos, que proliferam feito erva-daninha, com o fim de amedrontar o fiel e ganhar-lhe a fidelidade eterna, além de parte de seu parco salário.

Conta-se que certo monge, em 1487, deixou escrito que, enquanto se conduzia para sua cela, recebeu uma rasteira de um espírito do mal ou de uma alma do purgatório que queria pedir ajuda. Portanto, até o ato de tropeçar estava ligado ao mal. Pessoas contavam que recebiam golpes físicos dos espíritos da maldade, sem que esses se mostrassem visíveis. Noutras vezes, eles se mostravam em forma de animais como cães, gatos, ursos, camundongos, moscas e porcos. Coitados dos bichinhos! O fato de um cão arranhar uma porta à noite já era motivo de tomar tal ato como uma visita do demo. Fico imaginando o sofrimento daquele povo, numa época em que o número de ratos, por exemplo, era assustador, correndo pelos cantos da casa a noite toda, e sendo tidos como enviados das trevas.

Segundo relatos da época, as freiras, monges e sacerdotes, que acabavam de receber os votos de castidade, eram um prato cheio para os servos do diabo, que ficavam a tentá-los, como se fossem exuberantes figuras do sexo oposto, de modo a fazê-los cair na luxúria. Haja tentação e ignorância!

O temor era a mola mestra da fé, levando o homem a optar pelo bem ou pelo mal. Escolher o mal seria fazer um pacto com Satanás. Na Idade Média, asseguravam Estado e Igreja que esse pacto era selado com a união sexual. Diziam até que em certas partes do mundo, pessoas de ambos os sexos abriam mão da fé, para fornicar com o diabo. Isso que era escolha ruim! O pior é que, ainda hoje, mais de meia dúzia de séculos depois, pessoas ainda caem nessa lorotagem, tornando sua vida mais sofrida, ao abraçar crenças que relegam a ciência ao porão da mente. Penso eu, que os diabos humanos que incitam tal comportamento, deveriam responder processos, pois têm na exploração da força do mal unicamente a usura pelo dinheiro… grana… gaita… pecúnia.

Na Idade Média, os bruxos eram tidos como comparsas do diabo e, por isso, a Igreja exortava que esses homens e mulheres fossem caçados e mortos. Demoníaca ignorância! Havia até um manual, denominado “Malleus maleficarum”, de processos de inquéritos e sermões, compilados em três volumes, reproduzidos inúmeras vezes e espalhados mundo afora. Era o terror fazendo dos homens escravos cativos. Por isso, Satanás e seu séquito tinha um espaço bem maior dentro da Igreja, assim como hoje, do que Deus. E todo aquele que disso discordasse, ou não professasse tal fé, era tido como herege, pactuado com o demo e não conhecedor do “Senhor Jesus”. Hoje é tudo como dantes no quartel de Abrantes. Tudo não passando de invenção para aumentar o poder das centenas de credos espalhados pelo mundo cristão. Ig

Nota: a imagem acima é parte da obra de Bosch, denominada O Jardim das Delícias, presente aqui no nosso blog.

Views: 11

VÍCIOS E VIRTUDES ATRAVÉS DOS TEMPOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

orgi

Transformar voracidade em poupança, violência em argumento, matança em litígio e suicídio em filosofia constitui uma das tarefas da civilização (Will Durant).

A História da humanidade constata que certos vícios, que ainda persistem até os dias de hoje, foram de fundamental importância na luta pela existência humana. Durante muitas e muitas gerações, a cobiça, a desonestidade, a crueldade, a gula e a violência foram impulsos de extrema importância para a sobrevivência da espécie humana. Eram encontradas e praticadas até nas próprias religiões.

A segurança econômica foi responsável por banir algumas dessas supostas “virtudes”, pois a fome está na origem primária de tudo. A linguagem do corpo faminto é a mais difícil de calar, pois sua ligação com a sobrevivência é inseparável. Sendo a dor causada pela fome a mais temida, pois não aguenta muito tempo de espera, por mais avançado que seja o código moral desta ou daquela sociedade. A desonestidade só não é tão antiga quanto a voracidade, porque a fome vem antes de o homem deixar de ser nômade e se fixar ao solo.

Alguns escritores dizem que a desonestidade cresceu com a civilização, porque nessa há mais coisas para “roubar” e a educação torna certos homens mais “hábeis” em tal tarefa, que para muitos não passa de “diplomacia”. A mentira e a corrupção entram em cena com os mais variados disfarces. Outro motivador do roubo é o consumismo desenfreado que tomou parte do planeta. Ninguém aceita ficar de fora. E muitos se sentem lesados por não poderem oferecer aos seus as benesses do mundo atual.

Os crimes violentos são tão velhos quanto a voracidade. Se colocarmos um farol em toda a História da humanidade, cairemos de costas com os dados que nos apresenta a permanência do homem na Terra até os dias atuais. Levando em conta o número de habitantes terrenos, a proporção em relação à violência, já foi muito maior. Lutava-se pelo alimento, por companheiras, por deuses, por religião, por terras, por clãs, e etc.

O homem primitivo era cruel, porque via a violência como algo natural, parte de sua sobrevivência. O mesmo não se pode falar do homem de hoje, que já possui meios para subjugar tais impulsos, se assim o quiser. A tortura primitiva acompanhada do prazer de ver o inimigo sofrer, ainda resiste ao tempo. A morte era o troféu da disputa nas sociedades primitivas, assim como nas muitas prisões em derredor do planeta. Em várias tribos, uma mulher jamais se casava com um homem que não houvesse matado pelo menos outro. Era a famosa “caça às cabeças”, troféus que lhes garantia grande trunfos na tribo.

Diz um velho ditado que “onde o alimento é insuficiente, a vida tem pouco valor.” E essa era uma justificativa para que os filhos dos esquimós matassem os pais, quando esses ficavam velhos e inúteis. E, se não o fizessem, eram criticados pela sociedade onde viviam, como falta de cumprimento do amor e do dever filial. Ou seja, o que vale para uma época, na maioria das vezes não vale para outra.

O haraquiri dos japoneses era outra dessas tradições que o mundo hoje considera selvagem: se um homem era ofendido por outro, devia-se matar ou mutilar o ofensor. Não o encontrando, a vingança era feita a alguém de sua família (irmão, pai, filho…). Caso não o fizesse, seria transformado num pária, expulso do grupo. Deveria ser usada a mesma técnica para com os participantes da “farra dos bois” e toureiros, pois a crueldade humana é a mãe de todos os vícios.

Nota: O Bacanal – Ticiano

Views: 1

NÃO HAVIA MAIORIDADE NO IMP. ROMANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

rato12

No Império Romano, a maioridade não estava ligada a um fator físico, relativo à idade, como nos dias de hoje, mas na conservação do patrimônio nas mãos do pai, o soberano absoluto da família. Ele temia que seus filhos viessem a dilapidar sua fortuna. Somente quando morria é que o filho dispunha de seus bens. No caso de ser ainda púbere, um avô ou tio paterno podia colocar, à força, o garoto sob a tutela de um pedagogo. Mas a regra geral era que todo órfão tornava-se “senhor de si” com a morte do pai. Com tal regra, aconteciam casos absurdos: um homem de 35 anos, por exemplo, não era senhor de si, por ter o pai vivo, e um garoto púbere o era, por tê-lo perdido.

Os gregos ficavam estupefatos com o emprego do direito romano que rezava que o filho só se tornava “inteiramente romano”, após a morte do pai, independentemente da idade, mesmo sendo casado ou não. O pai podia deserdar o filho e até condená-lo à morte. Ele nada podia fazer sem a sua anuência, como libertar um escravo, concluir um contrato, fazer um testamento ou carreira, pois era o pai quem arcava com todas as despesas, uma vez que o filho não possuía bens. Tampouco existia o direito da progênie. Toda e qualquer escolha recaía sob o poder paterno.

Ao morrer o pai, o filho estava livre de seu jugo, podendo gozar da herança, mas a filha só herdava do patrimônio deixado, se não fosse casada ou divorciada, estando assim livre para se casar com quem bem entendesse, isso se não caísse nas mãos de um tio paterno, que passava a lhe fazer inúmeras proibições. O resultado desse poderio exagerado por parte do pai desembocava no parricídio, fato que acontecia frequentemente, pois alguns filhos não aguentavam esperar muito tempo para botarem a mão na herança, vivendo de favores do próprio pai.

A leitura do testamento, deixado pelo pai, era pública, tornando-se um grandioso acontecimento pelo número de pessoas nele constante. Inclusive, através dele, o falecido podia soltar cobras e lagartos, aproveitando o post-mortem para abrir o verbo. Era a chance de insultar aqueles a quem não ousara fazê-lo em vida, incluindo, muitas vezes, o próprio imperador. A leitura do testamento era mais importante do que o ritual de morte em outras culturas.

Nota: A Morte de Viriato, obra de José de Madrazo

Views: 2