Mestres da Pintura – EDVARD MUNCH

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Autoria de LuDiasBH

EMunch

Eu não pinto o que vejo, mas o que vi. (E. Munch)

Em seus arrojados quadros expressionistas dedicados às pessoas, lugares, acontecimentos e traumas de sua vida, Munch dissecou os medos, ansiedades e emoções ocultas da alma humana. (David Gariff)

De todos os grande pintores estrangeiros, Edvard Munch foi indiscutivelmente o que maior impacto causou na arte moderna alemã. (Ludwig Justi)

Na minha arte, eu tentei encontrar uma explicação para a vida e descobrir seu significado. Também pretendi ajudar os outros a compreender a vida. (E. Munch)

O norueguês Edvard Munch (1863-1944) nasceu na cidade de Löten, mas sua família mudou-se para Christiania (atual Oslo) no ano seguinte a seu nascimento. Era o segundo filho do casal Christian Munch e Laura Catherine. Seu pai era um médico tradicional, muito devoto,  moralista e castrador. Edvard teve três irmãs: Sophie, Laura e Inger e um irmão, Andreas. Cinco anos depois, ele perdeu sua mãe, aos 30 anos de idade, vitimada pela tuberculose, assumindo a tia Karen Bjolstad, irmã dela, o controle da família. E nove anos após a morte da mãe, sua irmã favorita Sophie faleceu, aos 15 anos, também vítima da mesma enfermidade.

Aos 16 anos de idade, Munch matriculou-se para estudar engenharia, mas um mês depois deixou o curso para estudar pintura. Aos 26 anos, o pintor fez sua primeira viagem a Paris, onde expôs o quadro A Criança Doente, ocasião em que perdeu o pai. E três anos depois fez a sua primeira exposição individual, em Christiania, onde expôs 110 obras, atraindo o interesse de alguns compradores.

Ao retornar a Paris, Munch frequentou a Escola de Arte de Léon Bonnart. Ali, ficou conhecendo as obras de Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Pissaro, Manet e Uhis. Em 1892, aos 29 anos, expôs em Berlim, onde suas obras ocasionaram um grande escândalo tanto na imprensa quanto no público, que ainda não estavam preparados para compreender sua arte. Nessa oportunidade, ele ficou conhecendo August Strindberg. No ano seguinte, pintou o quadro mais famoso de sua obra, O Grito. Em Berlim, Munch desenhou cenários para produções de Ibsen. Em 1908, aos 45 anos, internou-se numa clínica em Copenhague (Dinamarca) para se tratar de um colapso nervoso. A seguir, retornou à Noruega, onde viveu até o final de seus dias.

Edvard Munch teve tantas perdas na família e também tantos casos de doenças mentais, que se via atormentado pelo pesadelo de ser o próximo. Sua irmã Laura foi internada num asilo psiquiátrico com transtorno bipolar. Ainda muito jovem, ele sempre procurou buscar explicações para suas crenças, tanto em questões pessoais quanto universais. E, para que isso acontecesse, foi obrigado a submergir nas profundezas de seu ser. Por isso, concebeu uma série de pinturas nomeadas de Friso da Vida, que assim definiu: “O Friso da Vida é tido como uma série de pinturas que juntas representam um quadro da vida.”. Foi um dos artistas mais perseguidos pelos nazistas, que lhe confiscaram 82 obras, nomeando sua arte como “degenerada”, retirando-a dos museus alemães e vendend-a.

O artista norueguês foi um homem desiludido com o amor.  Chegou a manter um relacionamento com uma mulher casada, com o qual sofreu muito, e acabou morrendo solteiro. O início de sua carreira também foi muito difícil, pois sua obra não era compreendida. Antes de morrer, Munch, que gostava de pintar várias versões de um mesmo quadro, deixou todos os seus bens, incluindo xilogravuras e litografias, para a cidade de Oslo, onde foi criado, em 1963, o Museu Much, quando foi celebrado o centenário de seu nascimento.

Munch trabalhou com o Naturalismo em Christiânia (Oslo), como o Impressionismo em Paris e com o Simbolismo em Berlim. O artista foi influenciado por Caspar David, Friedrich, Henrik Ibsen, August Strinberg, Christian Krogh, Hans Jazger, James Ensor e pelo Pós-Impressionismo e Fauvismo. Por sua vez, Munch inspirou Käthe Kollwitz, Emile Nolde, Ernest Ludwig Kirchner, Egon Schiele, Francis Bacon, Ingmar Bergman, Tracey Emin e o Neo-Expressionismo.

Nota: autorretrato do pintor

Fontes de pesquisa
Os pintores mais influentes…/ Editora Girassol
Munch/ Editora Paisagem
Revista Veja, 9 de maio de 1912

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2 comentaram em “Mestres da Pintura – EDVARD MUNCH

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gabriel

      Abaixo do texto está escrito: autorretrato do pintor. Portanto, o quadro não tem nome. O artista pintou seu próprio retrato.

      Muito obrigada pela sua visita e comentário. Volte sempre!

      Abraços,

      Lu

      Responder

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