Munch – A DANÇA DA VIDA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O norueguês Edvard Munch (1863–1944) era o segundo filho do casal Christian Munch e Laura Catherine. Seu pai era um médico tradicional, muito devoto,  moralista e castrador. O artista perdeu sua mãe aos 30 anos de idade, vitimada pela tuberculose, assumindo a tia Karen Bjolstad, irmã dela, o controle da família. Aos 16 anos de idade, Munch matriculou-se para estudar engenharia, mas um mês depois deixou o curso para estudar pintura. Aos 26 anos de idade o pintor fez sua a primeira viagem a Paris, ocasião em que perdeu o pai. Foi influenciado pelo trabalho de Vincent van Gogh e Paul Gauguin.

A composição intitulada A Dança da Vida faz parte de uma série de pinturas e gravuras do artista sobre a condição humana. Munch era capaz de desenvolver sua iconografia sem que para isso houvesse qualquer perda de inteligibilidade.  Trata-se, portanto, de uma obra simbolista em que ele usa ao máximo os recursos expressivos da linha, da cor e do ritmo, ampliando sua relação com o tema.  É uma composição em friso (banda ou tira pintada em parede), levemente simétrica, com a finalidade de levar o observador a fazer uma série de comparações.

O artista toma como temática de sua obra as três idades da mulher, mostrando também estágios diferenciados do amor, numa cena que se desenrola como uma dança numa praia. Não existe uma localização específica, ou seja, um cenário determinado, parecendo encontrar-se fora do tempo e do espaço, assim como não há uma passagem lúcida ou verossímil do primeiro plano para o fundo da composição. Ali se misturam a areia, o prado e o horizonte.

O ritmo da pintura está ligado à disposição das figuras que se mostram em dois terrenos narrativos. Em primeiro plano estão as três figuras femininas, uma delas com seu par de olhos fechados, ambos distantes do mundo em derredor e unidos, através de linhas onduladas, numa única figura. Ao fundo outras figuras são vistas a dançar agitadamente. A composição está centrada a partir do casal em primeiro plano. O sol (ou lua) é formado por um ponto brilhante no horizonte, evidenciando-se no fundo do quadro, refletindo sobre a água, o que leva a uma forte conotação sexual. Dele desce uma coluna de luz pálida e misteriosa que se projeta na água.

O artista pintou a natureza com formas simples, linhas onduladas e cheias de força, deixando à vista o movimento do pincel, enquanto os personagens são retratados com pinceladas verticais, assim como o reflexo da luz do sol (ou da lua) e o pequeno arbusto inclinado que mostra flores simbolizando o amor. Esta obra simbolista de Munch, além de repassar ideias e sentimentos, vai bem além da descrição comum do viver cotidiano.

O artista não se preocupou em colocar imagens específicas a fim de guiar o observador na interpretação da cena. O que caracteriza as figuras é a postura, a expressão e a cor dos vestidos de cada uma:

  • o branco simbolizando a virgindade e o gesto de colher uma flor indicando que está apaixonada, ou seja, a inocência com traços platônicos;
  • o vermelho simbolizando a idade do amor, da sedução e da maturidade;
  • o preto simbolizando a viuvez e a resignação diante da solidão.

A obra mostra uma progressão da esquerda para a direita e da claridade para a escuridão, o que cria uma faixa que se põe além da realidade temporal, representada pelo artista com a arrebatada dança na praia. O sol (ou lua) é visto no céu. Mais tarde Munch reconheceu que a inspiração para este quadro foi um verão em Asgardstrand (paisagem da costa norueguesa), onde dançou com o seu primeiro amor. Esta obra, portanto, reflete sua vida interior, transcendendo o simples terreno pessoal — o que era tão comum aos artistas simbólicos. Esta composição, portanto, pode ser vista como um exemplo da propagação internacional das influências, técnicas e ideias simbolistas.

Ficha técnica
Ano: 1889/1900
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 1,25m x 1,9m
Localização: Galiria Nacional, Oslo, Noruega

Fonte de pesquisa
Edvard Munch / Coleção Folha
História da arte/ Folio

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Jan Toorop – AS TRÊS NOIVAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A obra intitulada As Três Noivas é um trabalho simbolista do pintor neerlandês Jan Toorop (1858-1928) em que ele usa ao máximo os recursos expressivos da linha, da cor e do ritmo, ampliando sua relação com o tema. Trata-se de uma composição em friso (banda ou tira pintada em parede), levemente simétrica, com a finalidade de levar o observador a fazer uma série de comparações.

A composição apresenta três noivas como figuras centrais. A que ocupa a parte do meio da obra repassa um ar de inocência. À sua direita encontra-se a “noiva de Cristo” que é recebida com lírios brancos e à esquerda está a “noiva demoníaca”, numa atitude imóvel, hipnótica e medonha, com um enfeite de chifres na cabeça e um colar de caveiras. Ela recebe uma bebida desconhecida.  A noiva representando a inocência é a principal figura. Ela se encontra entre duas forças opostas: bem e mal. Atrás das noivas aparece um coro de cantores, cujos sons são caracterizados por desenhos lineares, linhas curvas na parte considerada bendita da obra e quebradas na parte tida como maldita.

Nos cantos superiores da tela (à esquerda e à direita) apresentam-se mãos cruzadas e sinos de onde saem linhas bem finas que possivelmente têm por finalidade indicar sons. Duas das mulheres que aparecem em primeiro plano agitam sinos menores, de onde saem linhas representando sons. A ação de linhas e ritmos dão grande expressividade à obra em questão.

A pintura representa a luta entre o bem e o mal, luta esta desencadeada pela noiva inocente que se mostra confusa entre a noiva religiosa e a “femme fatale”. Não existe um cenário determinado, o que repassa a sensação de estar fora do tempo e do espaço. Embora Toorop tenha deixado para trás as referências específicas à religião, ele mantém certos traços icnográficos reconhecíveis a fim de que sua obra não perdesse a compreensão. Esta obra simbolista do artista, além de repassar ideias e sentimentos, vai bem além da descrição comum do viver cotidiano.

A composição conhecida como As Três Noivas pode ser vista como um exemplo da propagação internacional das influências, técnicas e ideias simbolistas. Ela apresenta uma série de imagens, sendo que muitas delas mostram sua origem claramente cristã. O artista utiliza essas imagens para trazer à imaginação um conjunto de associações e notas com objetivos especificamente cristãos. A organização rítmica da composição reforça sua expressividade vibrante que repassa toda a obra.

Esta pintura é tida como simbolista, ao eliminar a descrição materialista da vida cotidiana e ao tentar criar um tema geral que traz grande significação espiritual, usando apenas procedimentos sugestivos e expressivos, peculiar ao seu meio, à sua técnica e ao próprio tema da obra.

Ficha técnica
Ano: 1893
Técnica: carvão e lápis de cor sobre papel marrom
Dimensões: 78 cm x 98 cm
Localização Museu Kröeller-Müller, Otterlo, Holanda

Fonte de pesquisa
História da arte/ Folio

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Teste – A ARTE DO SIMBOLISMO

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

As últimas décadas do século XIX e o período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial primaram pela prosperidade e pela modernidade e foi justamente nesse período que surgiram dois novos movimentos artísticos: o Simbolismo e a Arte Nova (ou Art Nouveau). A França foi o berço do Simbolismo, mas contou com adeptos em grande parte da Europa, sendo Paris e Bruxelas os mais importantes centros do pensamento e da obra simbolista, cujas raízes estavam fincadas no Movimento Estético que achava ser mais importante trazer à imaginação um clima com leves harmonias de cor ao invés de narrar uma história. Os anos 1880 foram o ápice desse movimento.

  1. O Simbolismo pode ser descrito como um movimento artístico surgido na década de 1880 que se contrapôs ao materialismo e às mudanças tecnológicas do século XIX, ou seja, foi uma oposição aos movimentos naturalistas:

    1. Realismo e Impressionismo
    2. Expressionismo e Realismo
    3. Romantismo e Pontilhismo
    4. Maneirismo e Cubismo

  2. Embora tenha se expandido por grande parte da Europa, a ————– foi o berço do Simbolismo:

    1. Alemanha
    2. França
    3. Holanda
    4. Itália

  3. Os pintores simbolistas criticavam os movimentos naturalistas que se dedicavam apenas ao que viam e renegavam:

    1. a realidade e o senso de humor.
    2. as linhas, os contornos e as cores forte.
    3. a imaginação, o intelecto e as emoções.
    4. os estilos ligados ao Classicismo.

  4. Marque a alternativa incorreta acerca do Simbolismo:

    1. Paris e Bruxelas foram os mais importantes centros do pensamento e da obra simbolista
    2. Os anos 1880 foram o ápice desse movimento.
    3. Os simbolistas não tinham conhecimento sobre a existência do subconsciente.
    4. O “sonho simbolista” é o mesmo sonho analisado por Freud, aquele que se tem ao dormir.

  5. Sendo o sonho uma fonte de inspiração dos escritores e pintores simbolistas, é normal que suas obras tenham como característica:

    1. a nudez das deusas da mitologia greco-romana.
    2. um componente fantástico e imagens cheias de emocionalidade.
    3. a representação do homem de uma maneira realista.
    4. o uso da perspectiva segundo os princípios matemáticos e geométricos.

  6. Acerca da afirmação “No que diz respeito à poesia simbolista, sua característica principal era a de botar o sentido do poema em um segundo plano, para que os sons das palavras, ou seja, seus aspectos materiais, ganhassem mais destaque”, podemos dizer que:

    1. está totalmente incorreta.
    2. encontra-se parcialmente correta.
    3. pertence à Arte Nova.
    4. está totalmente correta.

  7. Os pintores simbolistas pegaram esta ideia do pintor francês ———- e desenvolveram-na.

    1. Delacroix
    2. Paul Gauguin
    3. Paul Monet
    4. Jacques-Louis David

  8. A imagem de ………., personagem bíblica, em razão de sua sensualidade era extremamente popular entre os simbolistas, sendo ao mesmo tempo objeto de horror e de fascínio.

    1. Rute
    2. Susana
    3. Judite
    4. Salomé

  9. Um dos mais aclamados pintores simbolistas foi:

    1. Caravaggio
    2. El Greco
    3. Edvard Munch
    4. Georges Seurat

  10. Poeta brasileiro tido como o precursor do Simbolismo no Brasil:

    1. João da Cruz e Souza
    2. João da Costa Guimarães
    3. Augusto dos Anjos
    4. Eugênio de Castro

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO SIMBOLISMO
Jan Toorop – AS TRÊS NOIVAS
Munch – A DANÇA DA VIDA

Gabarito

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A ARTE DO NEO E DO PÓS-IMPRESSIONISMO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Os estudiosos da Arte consideram o Neo impressionismo e o Pós-Impressionismo como uma extensão do Impressionismo, originados do descontentamento de alguns artistas com suas limitações, embora não se possa negar que o Impressionismo transformou e elevou a arte francesa, ao mostrar novas maneiras de retratar o mundo físico. Contudo, esses pintores achavam que ele já se esgotara — o que acaba acontecendo com todo estilo de arte. Queriam bem mais do que pintar sombras e reflexos. Tanto é que, dentre as mudanças efetuadas por eles estavam o uso de cores vivas, camadas grossas de tinta e pinceladas expressivas que fortaleciam as formas geométricas.

Os dois termos, portanto — Neoimpressionismo e Pós-Impressionismo —, dizem respeito a um período (1880 a 1910) de renovação artística ímpar. Se eram variados os estilos dos pintores desses 30 anos de Neoimpressionismo e Pós-Impressionismo, variados também eram seus temas. Em nenhum dos casos tratava-se de grupos coesos com objetivos específicos ou com um estilo em comum. Os artistas dessa fase, dotados de estilos específicos, não podem ser enquadrados em um movimento artístico.

Muitos dos artistas que trabalharam nesse período haviam passado pela fase impressionista ou foi por este movimento influenciado em um ou outro aspecto de sua caminhada. Essa nova geração de artistas almejava, além da busca pelo naturalismo, expressar sentimentos e ideias — o que não estava presente no Impressionismo — através de suas pinceladas, do uso radical da cor e do contexto. Dentre esses pintores, Paul Cézanne foi aquele que maior influência exerceu sobre outros artistas. Foram seus experimentos com a composição e o volume que levaram ao Cubismo e à Arte Abstrata.

Os artistas desse período recriaram a arte da pintura ao ressaltar as formas geométricas e aplicar um colorido artificial, a exemplo de Cézanne que revolucionou a perspectiva com a aplicação de planos interrompidos de cor e de Georges Seurat que desenvolveu uma técnica conhecida como “pontilhismo” (ou divisionismo), ao estudar as cores complementares, aplicando-as sobre a tela como pequenos pontos regulares de cor pura, com o objetivo de que esses se fundissem diante do olhar do observador, dando vida a uma mistura óptica de cores.

A tela intitulada “Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte” (ilustração) de autoria de Georges Seurat foi responsável por lançar o Neoimpressionismo. Após sua morte precoce aos 31 anos, seu grande amigo Paul Signac tornou-se o líder do grupo, tendo escrito que “a técnica dos impressionistas é instintiva e instantânea e a dos neoimpressionistas é deliberada e constante”. A expressão “neoimpressionismo” foi cunhada pelo crítico Félix Fénéon e caracteriza-se pelas pinturas de Seurat e pelo modo como ele usa pontos de cor pura.

O termo “pós-impressionista”, criado pelo pintor e crítico de arte inglês Roger Fry, engloba, na verdade, a obra de quatro artistas: Paul Cézanne, Georges-Pierre Seurat, Vincent van Gogh e Paul Gauguin. Sendo todos eles, de uma forma ou de outra, influenciados pelo Impressionismo, como mostram as evidências: Cézanne foi atraído pela estrutura pictórica; a Seurat interessou o caráter científico da cor; Van Gogh usou as pinceladas fortes para transmitir sua intensidade emocional; e Gauguin fez experiências com o uso simbólico da cor e dos traços. São tidos como os principais precursores dos movimentos artísticos do século XX. A eles foram agregados os nomes de Renoir e Toulouse-Lautrec.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Cézanne – AS GRANDES BANHISTAS (III)
Seurat – TARDE DE DOMINGO NA GRANDE JATTE
Signac – CAPO DI NOLI
Teste – A ARTE DO NEO E PÓS-IMPRESSIONISMO
Toulouse-Lautrec – NO MOULIN ROUGE: A DANÇA…
Van Gogh – NOITE ESTRELADA

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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Teste – A ARTE DO NEO E PÓS-IMPRESSIONISMO

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Os estudiosos da Arte consideram o Neoimpressionismo e o Pós-Impressionismo como uma extensão do Impressionismo, originados do descontentamento de alguns artistas com suas limitações, embora não se possa negar que o Impressionismo transformou e elevou a arte francesa, ao mostrar novas maneiras de retratar o mundo físico, contudo, esses pintores achavam que ele já se esgotara – o que acaba acontecendo com todo estilo de arte. Queriam bem mais do que pintar sombras e reflexos. Tanto é que, dentre as mudanças efetuadas por eles estavam o uso de cores vivas, camadas grossas de tinta e pinceladas expressivas que fortaleciam as formas geométricas.

  1. O Neoimpressionismo e o Pós-Impressionismo agregaram na pintura artistas que tinham um estilo bem próprio, não podendo ser enquadrados em um movimento artístico único.

    Dentre esses artistas podem ser citados:

    1. El Greco, Massacio, Renoir, Fra Angélico e Botticelli
    2. Lautrec, Van Gogh, Gauguin, Seurat e Cézanne.
    3. Degas, Signac, Monet, Portinari e Di Cavalcanti
    4. Da Vinci, Goya, Turner, Seurat e Delacroix

  2. Artista, referente a esse período, que pintou a vida boêmia de Paris:

    1. Toulouse-Lautrec
    2. Edgar Degas
    3. Van Gogh
    4. Paul Gauguin

  3. Artista pertencente a esse período e que refletia sua intensidade emocional através de suas pinceladas fortes, teve uma vida curta e conturbada, cheia de fracassos, só ganhando fama após a morte, estando seus quadros hoje entre os mais caros do mundo:

    1. Cézanne
    2. El Greco
    3. Van Gogh
    4. Monet

  4. Esse artista francês ficou conhecido, sobretudo, por seus trabalhos exóticos e de cores intensas, realizados após conhecer o Taiti:

    1. Paul Cézanne
    2. Edgard Degas
    3. El Greco
    4. Paul Gauguin

  5. Um dos quadros mais famosos de Vincent Van Gogh chama-se:

    1. Os Girassóis
    2. Mulheres no Poço
    3. As Banhistas
    4. Mulheres do Taiti

  6. Acerca dos artistas que fizeram parte do Neo-impressionismo e do Pós-Impressionismo podemos afirmar que:

    1. não formavam um grupo coeso ou um movimento único.
    2. não compartilhavam de um objetivo ou de um estilo em comum.
    3. a maioria deles passou por uma fase impressionista.
    4. Todas as respostas são verdadeiras.

  7. Dentre esses pintores, ———— foi aquele que maior influência exerceu sobre outros artistas. Foram seus experimentos com a composição e o volume que levaram ao Cubismo e à Arte Abstrata.

    1. Paul Cézanne
    2. Vincent van Gogh
    3. Georges Seurat
    4. Paul Gauguin

  8. Desenvolveu uma técnica conhecida como “pontilhismo” (ou divisionismo), ao estudar as cores complementares, aplicando-as sobre a tela como pequenos pontos regulares de cor pura, com o objetivo de que esses se fundissem diante do olhar do observador, dando vida a uma mistura óptica de cores:

    1. Van Gogh
    2. Paul Gauguin
    3. Georges Seurat
    4. Toulouse-Lautrec

  9. É tido como o quadro mais importante da técnica pontilhista (divisionista):

    1. Veleiros e Pinheiros
    2. A Montanha de Sainte-Victorie
    3. Paisagem de Martinica
    4. Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte

  10. Os artistas desse período queriam bem mais do que pintar sombras e reflexos, como faziam os impressionistas. Dentre as mudanças efetuadas por eles estavam:

    1. o uso de cores vivas.
    2. camadas grossas de tinta.
    3. pinceladas fortes.
    4. Todas as respostas são verdadeiras.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO NEO E DO PÓS-IMPRESSIONISMO
Cézanne – AS GRANDES BANHISTAS (III)
Van Gogh – NOITE ESTRELADA
Signac – CAPO DI NOLI
Toulouse-Lautrec – NO MOULIN ROUGE: A DANÇA…
Seurat – TARDE DE DOMINGO NA GRANDE JATTE

Gabarito

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A ARTE DO IMPRESSIONISMO (I)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Um grupo de artistas da segunda metade do século XX revoltou-se com o excesso de temas históricos e o refinado acabamento que o Salão de Paris exigia. Em razão disso excluíam suas obras da exposição do Salão Oficial. O que interessava a esses pintores era retratar a vida moderna como a viam num determinado instante, ou seja, a captura da impressão do momento no qual estavam presentes os fugitivos efeitos da luz solar. O contato entre eles teve início na década de 1860. Claude Monet conheceu Camille Pissarro por volta de 1860.  Alfred Sisley, Frédéric Bazille e Claude Monet conheceram-se em 1862. Paul Cézanne passou a relacionar-se com o grupo por volta de 1863, ano em que o Salon des Refusés (Salão dos Recusados) expôs os quadros recusados pelo Salão oficial.

Desde finais da década de 1860, Édouard Manet e seu amigo Edgar Degas vinham travando contato com o resto dos pintores. Eles se reuniam no Café Guerbois, onde trocavam ideias relativas à arte vigente. Seus quadros foram aceitos até o ano de 1870 pelo Salão oficial, angariando um relativo êxito, contudo, após essa data, o júri passou a não os admitir com muita frequência.  

Claude Monet e Bazille tinham como projeto a realização de uma exposição independente que acabou não sucedendo, mas foi o germe para a que viria a acontecer anos depois. Veio a guerra franco-prussiana que desmanchou o grupo em 1870. Claude Monet e Camille Pissarro voltaram de Londres em 1871 — onde se exilaram —, mas não contavam mais com a presença de Frédéric Bazille que havia morrido na frente de batalha. O grupo resolveu deixar o Salão oficial, com exceção de Édouard Manet que ali continuou a expor seus trabalhos regularmente.

As exposições independentes do grupo aconteceram entre os anos de 1874 a 1886. Tinham como objetivo encontrar uma saída para suas obras que se viam à margem do Salão oficial. Dentre os participantes da primeira exposição encontravam-se: Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley, Edgar Degas, Paul Cézanne e Berthe Morisot. Esses sete artistas, responsáveis por realizar essa primeira exposição em 1874, junto a Édouard Manet e a Edgar Degas (ainda que esses dois em razão de seus métodos e técnicas se mostrassem mais distantes do grupo) são tidos como os mais importantes pintores impressionistas.

Embora esse grupo de impressionistas tivesse como foco tais exposições, não significava que carregassem os mesmos ideais artísticos ou as mesmas concepções. Os objetivos artísticos e as ideias sobre a existência das exposições foram ficando cada vez mais diferenciados, como indica a mostra de 1886 — a última delas —, na qual se encontravam como participantes do grupo inicial apenas Edgar Degas, Camille Pissarro e Berthe Morisot. Os demais eram todos artistas novos, como Paul Gauguin, Georges Seurat e Paul Signac.

As duas impressionistas mais conhecidas são a francesa Berthe Marie Pauline Morisot e a estadunidense Mary Stevenson Cassat que retrataram mulheres em ambientes domésticos, pois damas “respeitáveis” não podiam ter o mesmo comportamento dos homens à época. Esses podiam sair livremente a pintar cenas da vida contemporânea pelos campos e parques da cidade.

Os artistas impressionistas inspiravam-se no temperamento realista de Gustave Courbet e de seus seguidores, assim como nas paisagens em plein air (ar livre) dos pintores da Escola de Barbizon — Theodore Rousseau, Charles-François Daubigny e Jean-Baptiste-Camile Corot —, mas acontece que esses, excetuando Daubigny, acabavam suas pinturas no estúdio, o que, para os pintores impressionistas como Monet, Sisley, Renoir e Bazille — pelo menos no início do movimento — era totalmente impróprio.

O poeta e teórico da arte francesa Charles-Pierre Baudelaire, já na década de 1840, solicitava aos artistas que refletissem sobre o tema do “heroísmo da vida moderna”. E Eugène Boudin, um dos mais interessantes pintores precursores do Impressionismo, escreveu em 1868 que “queria encontrar uma maneira de tornar aceitáveis os homens com casacos e as mulheres com impermeáveis, pois os burgueses que caminham pelo quebra-mar para o poente têm o mesmo direito que os camponeses de ser retratados nos quadros”.

Monet e Renoir passaram a retratar os passatempos suburbanos dos burgueses, a classe média passeando e divertindo-se pelos parques e campos dos arredores cidade parisiense. Pissarro enveredou-se pelos povoados dos arredores de Paris, interessando-se pelos camponeses que ali trabalhavam. Manet, Monet e Pissarro também representaram a temática da estação de trem e os trens. Durante a década de 1870, Renoir, Degas e Manet agregaram a seu trabalho outros temas da vida moderna: o mundo dos entretenimentos da cidade — da ópera ao café da classe trabalhadora. Degas, por sua vez, foi encantado pelo balé, através do qual externava os sentimentos dos bailarinos e também o entrelaçamento intrincado das figuras.  O nu feminino também foi retratado pelos impressionistas.

Muitos artistas que compunham o grupo de impressionistas continuaram envoltos por uma grande amizade, principalmente Claude Monet — tido como o pai dos impressionistas —,  Pierre Auguste Renoir e Camille Pissarro, no entanto, no que diz respeito ao trabalho artístico, começaram a tomar caminhos diferentes, como é comum acontecer na história da Arte. Mesmo que o círculo impressionista tenha se desfeito no final da década de 1880, a sua influência foi grande e duradoura. Mesmo tendo atingido o seu auge na França, o Impressionismo propagou-se por todo o Ocidente, ainda que nunca tenha chegado a ser uma escola no sentido exato da palavra.

Embora o Impressionismo, em termos gerais, seja fundamentalmente um estilo pictórico, o escultor francês Auguste Rodin é muitas vezes associado ao movimento impressionista, mas isso só pode ser feito em termos muito gerais embora, assim como os impressionistas, tenha buscado para suas formas um tipo de naturalismo e tenha estudado o natural durante toda a sua vida de artista. No entanto, na maioria dos aspectos não tinha muito em comum com os impressionistas. Para alguns, o escultor que mais se aproximou do Impressionismo foi o italiano Medardo Rossi que nutria grande interesse pela maneira como a luz desfaz a solidez das formas.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO IMPRESSIONISMO (II)
A ARTE DO IMPRESSIONISMO (III)
Degas – A AULA DE DANÇA
Eliseu Visconti – MOÇA NO TRIGAL
Monet – MULHER COM SOMBRINHA
Monet – REGATAS EM ARGENTEUIL
Renoir – BAILE NO MOINHO DA GALLETE
Teste – A ARTE DO IMPRESSIONISMO

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

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