Andrei Rublev – SANTÍSSIMA TRINDADE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                           

A pintura intitulada Santíssima Trindade é obra do artista russo Andrei Rublev (c.1360 – 1404), executada provavelmente em 1410, sendo considerada uma obra-prima da arte pictórica. É também o trabalho mais importante de Rublev e uma das maiores realizações da iconografia russa. Rublev é considerado um dos maiores pintores russos medievais dos ícones e afrescos cristãos ortodoxos.

A pintura em questão trata-se de um ícone bizantino cujo objetivo era estimular a contemplação espiritual na fé cristã. Baseia-se no Antigo Testamento ao retratar a visita de três peregrinos (ou anjos) ao casal Abraão e Sara, próximo ao bosque de carvalho de Mambré (Gênesis 18: 2-15). O artista retira as figuras de Abraão e de Sara de cena e, fazendo uso sutil da composição e do simbolismo, modifica o tema para dar ênfase ao mistério da Santíssima Trindade.

Os três personagens, de acordo com o título dado pelo autor da obra, simbolizam a Santíssima Trindade, sendo, assim, estabelecida:

  1. O Pai encontra-se sentado à direita.
  2. O filho ocupa o meio.
  3. O Espírito Santo está à direita.

O artista mostra, visualmente, a unicidade entre as três figuras das seguintes formas:

  1. Possuem poses serenas e suaves e são muito parecidas.
  2. Encontram-se sentadas ao redor de uma mesa.
  3. Apresentam uma expressão meditativa.
  4. O azul intenso está presente nas três vestimentas.
  5. Carregam um bastão.

Como já sabemos, a arte bizantina era voltada para a doutrinação cristã e, nesta obra em especial, o observador é convidado a sentar-se à mesa, pois ali, em primeiro plano, foi deixado um lugar vago para ele. O ícone repassa uma atmosfera de acolhimento em razão de sua harmonia e simetria visual específicas da arte bizantina. Através de sua obra o artista expressa as virtudes do amor e da tolerância. Aqui ele também reafirma a unicidade da Trindade.

As três figuras são ao mesmo tempo unidas e separadas pelas cores que criam uma luminosidade que parece evadir-se de dentro da pintura. As cores primárias ou básicas (vermelho, amarelo e azul) remetem aos tempos litúrgicos. Os tons suaves de dourado e alaranjado repassam a sensação de fervor, grandiosidade e luminosidade em consonância com a espiritualidade. O ícone representa a expressão mais perfeita da Trindade Bizantina, ou seja, três anjos sentados à mesa do altar com um cálice eucarístico.

Como é de se esperar em se tratando de uma obra bizantina, alguns símbolos bíblicos encontram-se presentes:

  1. A casa vista atrás do Pai simboliza o lugar da salvação eterna.
  2. A árvore atrás do Filho remete à Árvore da Vida e à madeira da Cruz.
  3. A montanha atrás do Espírito Santo remete ao monte Tabor, onde o Espírito Santo apareceu durante a Transfiguração de Cristo.

A mesa repassa a ideia de um altar. Sobre ela está um cálice e, dentro dele, a cabeça do novilho sacrificial, morto por Abraão para celebrar com os visitantes, sendo também uma referência ao Cordeiro de Deus. A composição possui os símbolos trinitários: o triângulo e o círculo perfeito da harmonia celestial, como mostra a segunda gravura.

Ficha técnica
Ano: c. 1410
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 1,42 m x 1,14m
Localização: Galeria Tretyakov, Moscou, Rússia

Fontes de pesquisa
Tudo sobre Arte/ Editora Sextante
https://www.evangelizarconelarte.com/cuadros-del-mes/icono-de-la-trinidad-de-andrei-rublev-1425/

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A ARTE BIZANTINA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O imperador romano Constantino mudou a capital do Império Romano de Roma para Bizâncio — antiga cidade grega que então se passou a chamar Constantinopla, atual Istambul e hoje a mais famosa cidade da República da Turquia — por volta do século IV em razão da invasão nos bárbaros. Tal período durou até 1453, quando a cidade foi capturada pelas forças muçulmanas otomanas.

Os artistas bizantinos ficaram subordinados aos líderes religiosos, uma vez que o próprio imperador era visto como o representante de Deus na Terra, sendo por isso representado com um halo semelhante ao usado nos santos — não era apenas a autoridade máxima, mas também divino. A arte Bizantina desenvolveu-se por mais de mil anos, tendo como principal consequência a mistura do classicismo grego com a arte romana e a tendência oriental à alegoria, fazendo com que houvesse uma predominância cada vez mais acentuada dos ritos cristãos.

A estética da arte Bizantina passou por algumas fases. A primeira delas foi a “Era de Ouro” que aconteceu no início desse estilo de arte, indo até a mudança da capital romana para a antiga Bizâncio.  A seguir houve um tempo de iconoclastia em que o uso de pinturas com forma humana realista foi proibida, sob a alegação de que se devia cumprir o mandamento religioso que proibia adorar imagens. Nesse período, inúmeros artistas bizantinos, inconformado com as novas regras, deixaram Bizâncio, só ali retornando após a revogação do decreto. A sua última fase de florescimento, chamada de “Arte Bizantina Tardia”, perdurou até 1453, quando houve a queda de Constantinopla.

A representação realística do classicismo cedeu lugar a uma arte mais abstrata e decorativa. As cores vibrantes e o simbolismo ressoante da arte Bizantina tinham por objetivo criar uma atmosfera mística, cuja finalidade era levar à aceitação dos dogmas religiosos. As igrejas eram decoradas com delicadas formas de domos, enquanto o cristianismo espalhava-se por todo o Império Romano.

Os artistas — quase sempre anônimos — criaram mosaicos, afrescos, pinturas, ícones e esculturas religiosas, cujo objetivo era o de decorar igrejas e monastérios, mostrando cenas da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo. A arte Bizantina foi, portanto, um estilo que perdurou por mais de 1.000 anos e que esteve presente na pintura, escultura e nos mosaicos das igrejas cristãs.

Dentre as características da arte Bizantina está o uso deliberado das cores. Os artistas bizantinos escolhiam as cores de acordo com a capacidade que elas tinham de refletir luz. Nas igrejas bizantinas as janelas eram localizadas nos lugares mais altos, através das quais a luz entrava, sendo direcionada para os mosaicos feitos de vidro e de cacos de cerâmica que recobriam as paredes e o chão, criando um efeito místico. Tesselas de ouro eram usadas com o objetivo de iluminar as imagens de dentro para fora, criando certos efeitos de ilusão óptica. Um desses efeitos podia ser visto nos personagens santos, presentes nos mosaicos das cúpulas, que pareciam se afastar do fundo dourado e aproximar-se do observador.

Dentro do reino espiritual bizantino havia uma rígida hierarquia. Nele também eram reverenciadas a matemática, a teoria dos números e a geometria abstrata — vistas como as mais elevadas das Ciências. Muitos artistas bizantinos tinham um conhecimento prático de geometria simples e proporção.

No que diz respeito à ideia de beleza, a arte Bizantina também adotava um senso rígido. A imagem de Cristo — sempre olhando diretamente para o observador — constituía o foco mais importante da obra. Os demais personagens eram postados ao lado ou debaixo dele, levando em conta a posição hierárquica de cada um deles, obedecendo ao princípio da doutrina cristã de “um só Deus” para muitos.

Os ícones na teologia bizantina tinham por objetivo fazer a ligação entre o humano e o divino, ou seja, eles eram o elo de ligação entre os fiéis e Deus. Eram normalmente feitos com madeira e tinta, mas podiam ser reproduzidos em marfim, mármore, metal, mosaico e tapeçaria. As figuras deveriam ser registradas de maneira frontal e sem aspectos de emocionalidade.

A arquitetura bizantina, embora tivesse muita correlação com a romana, foi a primeira tida como realmente cristã. Herdou da romana os arcos semicirculares e o uso de colunas, ainda assim trabalhou-os dentro de seu próprio estilo. O uso do domo (cobertura hemisférica de uma edificação) foi uma das maravilhas desse estilo. Na cidade de Veneza, na Itália, a Basílica de São Marco foi construída no estilo bizantino clássico.

Após a queda de Constantinopla em 1453, a Rússia tornou-se a herdeira da civilização bizantina, nela processando algumas mudanças. Os personagens tornaram-se mais alongados e finos e o conteúdo das imagens ganhou uma intensa emotividade.

A arte Bizantina foi inestimável para a difusão da doutrina cristã. Tornou-se uma aliada poderosa tanto na doutrinação quanto na prática, impulsionando a evolução do cristianismo. Dois grandes nomes desta arte são Giovanni Cimabue e Giotto de Bondone.

Nota: A ilustração acima mostra o interior da Basílica de São Vital (San Vitale), situada na cidade de Ravenna na Itália. Trata-se de um dos exemplos mais importantes de arte Bizantina na Europa Ocidental, sendo tida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a  este estilo:
A ESCADA DA ASCENSÃO DIVINA
A IMPERATRIZ TEODORA E SEU SÉQUITO
Andrei Rublev – SANTÍSSIMA TRINDADE
CRISTO PANTOCRATOR
OS MOSAICOS DA IGREJA DE SÃO VITAL
Teste – A ARTE BIZANTINA

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Para entender a arte/ Maria Carla Prette
A história da arte/ E. H. Gombrich

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SAÚDE MENTAL – ALERTA DA ONU

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O isolamento, o medo, a incerteza, a turbulência econômica — tudo isso provoca ou pode provocar problemas psicológicos. (Devora Kestel, diretora do departamento de saúde mental da Organização Mundial da Saúde)

Sputnik – Um aumento de doenças mentais está sendo observado, enquanto milhões de pessoas em todo o mundo estão sendo confrontadas por mortes e doenças e estão sendo forçadas a se isolar, alertou a ONU.

O aumento da pobreza e a ansiedade, provocadas pela pandemia de COVID-19, representa um sério risco para a saúde mental em todo o mundo, informaram especialistas em saúde das Nações Unidas. “O isolamento, o medo, a incerteza, a turbulência econômica — tudo isso provoca ou pode provocar problemas psicológicos”, disse Devora Kestel, diretora do departamento de saúde mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), citada pela Reuters.

Ao apresentar um relatório da ONU e orientações políticas sobre COVID-19 e saúde mental, Kestel disse que é provável um aumento no número e na gravidade de doenças mentais, e os governos devem se antecipar aos problemas. “A saúde mental e o bem-estar de sociedades inteiras foram severamente afetados por essa crise e são uma prioridade a ser abordada com urgência”, afirmou ela aos jornalistas em um briefing.

O relatório destacou várias regiões e setores das sociedades como vulneráveis ao sofrimento mental, incluindo crianças e jovens isolados de amigos e da escola, profissionais de saúde que estão vendo milhares de pacientes infectados morrerem pelo novo coronavírus.

Estudos e pesquisas já estão apontando para o impacto da COVID-19 na saúde mental em todo o mundo. Os psicólogos dizem que as crianças estão ansiosas e aumentos nos casos de depressão e ansiedade foram registrados em vários países. A violência doméstica também está aumentando e os profissionais de saúde estão relatando uma crescente necessidade de apoio psicológico.

Milhões de pessoas estão enfrentando turbulência econômica, tendo perdido ou correndo o risco de perder sua renda e meios de subsistência, acrescentou. Além disso, desinformação frequente e profunda incerteza sobre quanto tempo durará a pandemia estão fazendo as pessoas sentirem-se ansiosas e sem esperança em relação ao futuro.

O relatório apresentou propostas de ação para os formuladores de políticas buscarem “reduzir imenso sofrimento entre centenas de milhões de pessoas e mitigar os custos sociais e econômicos de longo prazo para a sociedade”. Isso incluiu a reparação de falta de investimento histórica em serviços psicológicos, o fornecimento de “saúde mental de emergência” por meio de terapias remotas, como tele aconselhamento para os profissionais de saúde da linha de frente, e o trabalho de forma proativa com pessoas que já apresentam o quadro de depressão e ansiedade, bem como com pessoas de alto risco de sofrerem violência doméstica e empobrecimento agudo.

Fonte de pesquisa
Jornal Online 247

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Murillo – O NASCIMENTO DA VIRGEM

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Autoria de Lu Dias Carvalho


O pintor espanhol Bartolomé Esteban Murillo (1618 – 1682) nasceu na cidade de Sevilha, uma das mais importantes da Andaluzia. Seus pais eram muito pobres, mas ainda assim queriam que o filho tivesse uma vida melhor do que a deles, embora o país passasse por uma decadência política e econômica, contrastando com sua grandeza artística e cultural. Antes que o garoto completasse 11 anos seus genitores faleceram, ficando o pequeno aos cuidados de um tio que, ao notar sua queda pelo desenho, levou-o ao estúdio do pintor Juan del Castillo, com quem ele estudou e trabalhou durante 10 anos, até que esse se mudou para Cádiz. O futuro pintor viria a participar do clima cultural e conservador de Sevilha, imbuído de profundas raízes populares.

A composição religiosa intitulada Nascimento da Virgem é uma obra barroca do artista que aqui faz uso de pinceladas ligeiras e livres para narrar ternamente o acontecimento, criando figuras graciosas e naturais. Trata-se de uma cena cheia de humanidade. Esta pintura tinha a finalidade de decorar a capela da Imaculada Conceição, localizada na catedral de Sevilha/Espanha. Quando a Catedral de Sevilha foi saqueada pelas tropas francesas, lideradas pelo marechal Jean Dieu Soult, a obra foi saqueada e levada para a França.

A Virgem Maria acabou de nascer. Várias figuras espalham-se pelo ambiente iluminado por uma luz suave que dá a impressão de dissolvê-las. Santa Ana em meio a sombras, no fundo à esquerda, tendo seu esposo Joaquim ao lado, encontra-se descansando numa cama com dossel vermelho, enquanto sua filhinha está sendo banhada pelas mulheres presentes que alguns acham que sejam as criadas do casal.

O bebê, após tomar o banho, está sendo repassado para uma segunda mulher. Dois putti retiram uma toalha de um cesto de vime que será entregue a ela para que enxugue a criança. Uma das mulheres presentes na cena carrega roupas nos braços. Dois anjos, vistos em segundo plano, inclinam-se com reverência diante da recém-nascida que se mostra radiante, com um halo dourado na sua cabecinha — prova de sua divindade. Uma nuvem de anjos desce do céu em direção à criança. Ao fundo, à direita, também entre sombras, duas mulheres secam panos numa lareira.

Ficha técnica
Ano: 1661
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 184 x 260 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
https://translate.google.com/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=https://www.louvre.fr

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Teste – A ARTE DO MANEIRISMO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Quatro estilos de arte surgiram na Idade Moderna (século XV ao XVIII): Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó. O pintor e arquiteto italiano Giorgio Vasari foi o responsável por criar o termo “Maneirismo” para se referir ao modo de cada artista trabalhar. Tal estilo desenvolveu-se em Roma entre os anos de 1520 e 1610. Tinha tendência à estilização e ao capricho de detalhe, tendo como inspiração o espírito religioso da Reforma de Martinho Lutero e da Contrarreforma.

  1. São afirmações corretas acerca do Maneirismo, menos:

    1. Foi inicialmente considerado decadente e afetado, distante do Classicismo.
    2. Substituiu o idealismo impessoal, sem deixar de lado os referenciais clássicos.
    3. Tinha tendência à estilização, mas sem interesse pelos detalhes.
    4. Preservou o uso de recursos técnicos e toda a temática classicista.

  2. Em relação à pintura maneirista, todas as alternativas estão corretas, exceto:

    1. Apresentou poucos elementos ao redor da figura principal que não era mais centralizada.
    2. Abandonou a homogeneidade e a coerência na construção da representação usual.
    3. Introduziu vários pontos de vista numa mesma obra.
    4. Aboliu as relações naturalistas e passou a exibir um cenário de irrealidade.

  3. Em relação às figuras da pintura maneirista pode-se dizer que, exceto:

    1. Há um alongamento intencional dos corpos.
    2. Os músculos se contorcem.
    3. Os rostos são melancólicos.
    4. As vestes não são trabalhadas.

  4. O artista mais famoso do estilo maneirista é conhecido como:

    1. Giotto de Bondoni.
    2. El Greco.
    3. Masaccio.
    4. Rafael Sanzio.

  5. A escultura maneirista tem por característica a figura ___________, isto é, a composição em forma de pirâmide que sobe serpenteando.

    1. etérea
    2. mítica
    3. idealizada
    4. serpentinata

  6. O termo “maneirismo”, cunhado pelo italiano Giorgio Vasari no séc. XIV, indicava uma pintura:

    1. cheia de elegância e sofisticação.
    2. simples e desprovida de detalhes.
    3. com poses comuns e encurtamento das figuras.
    4. voltada para a mitologia greco-romana.

  7. Giuseppe Arcimboldo foi um pintor maneirista da corte dos Habsburgos, servindo mais tarde de inspiração para os:

    1. realistas.
    2. abstracionistas.
    3. surrealistas.
    4. impressionistas.

  8. Todas as afirmativas acerca do Maneirismo estão corretas, exceto:

    1. Não era um estilo coerente e único.
    2. Em geral envolvia o exagero, principalmente nas cores fracas.
    3. Uma nova forma de entender o próprio estilo como entidade distinta e pessoal.
    4. Suas obras divergem dos valores renascentistas em voga.

  9. Trata-se de uma das obras mais famosas do Maneirismo, criada por El Greco:

    1. O Triunfo da Sabedoria
    2. A Virgem do Pescoço Longo
    3. O Rapto das Sabinas
    4. Laocoonte

  10. São afirmações corretas acerca do Maneirismo, exceto:

    1. Tal estilo ia contra o alongamento intencional dos corpos e das proporções.
    2. Trata-se de um movimento artístico que surgiu na Idade Média.
    3. Estilo de arte que surgiu logo após o Renascimento.
    4. Imediatamente após o Maneirismo surgiu o estilo Barroco.

Teste – A ARTE DO MANEIRISMO
Parmigianino – VIRGEM DO PESCOÇO LONGO
Pontormo – A DEPOSIÇÃO DA CRUZ

  1. Gabarito
    1c/ 2a/ 3d/ 4b/ 5d/ 6a/ 7c/ 8b/ 9d/ 10a

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Murillo – SÃO FRANCISCO ABRAÇANDO…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor espanhol Bartolomé Esteban Murillo (1618 – 1682) nasceu na cidade de Sevilha, uma das mais importantes da Andaluzia. Seus pais eram muito pobres, mas ainda assim queriam que o filho tivesse uma vida melhor do que a deles, embora o país passasse por uma decadência política e econômica, contrastando com sua grandeza artística e cultural. Antes que o garoto completasse 11 anos seus genitores faleceram, ficando o pequeno aos cuidados de um tio que, ao notar sua queda pelo desenho, levou-o ao estúdio do pintor Juan del Castillo, com quem ele estudou e trabalhou durante 10 anos, até que esse se mudasse para Cádiz. O futuro pintor, cuja arte foi moldada em pintores e influências estrangeiras, viria a participar do clima cultural e conservador de Sevilha, imbuído de profundas raízes populares.

A comovente composição intitulada São Francisco Abraçando o Crucificado é uma das obras mais eloquentes e líricas do artista em que ele transmite a expressão sincera do sentimento de amor a Cristo — base da espiritualidade franciscana — com grande delicadeza e piedade. Esta obra aparentemente simples foi planejada por Murillo em dois estudos preparatórios, acontecidos em Londres e Hamburgo.

São Francisco abraça ternamente o Cristo Crucificado e fita-o com seus olhos cheios de amor. Jesus Cristo desprende o braço direito do madeiro e também o abraça, reconfortando-o e retribuindo seu olhar. O santo traz seu pé direito sobre o globo terrestre, distanciando-o de si. Tal gesto simboliza sua renúncia a todas as coisas materiais — representadas pelo globo — para se consagrar a Cristo e ao próximo.

Este episódio diz respeito à passagem bíblica (Lucas 14: 33) do livro que os dois anjos à direita seguram: “Aqueles que não desistem de tudo que tem não podem ser meus discípulos”.

Ficha técnica
Ano: 1668/70
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 283 x 188 cm
Localização: Museu de Belas Artes, Sevilha, Espanha

Fontes de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
https://artsandculture.google.com/asset/saint-francis-embracing-christ/VgGd-

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