Autoria do Dr. Telmo Diniz
Também conhecido pelos termos “atenção plena” ou “consciência plena”, mindfulness é um estado mental que se caracteriza pela autorregulação da atenção, ou seja, é um estado mental de controle sobre a capacidade de se concentrar nas experiências do presente. Neste texto vamos ver quais são os benefícios para a saúde com o desenvolvimento desse tipo de meditação e como praticá-la.
Existem vários benefícios para quem pratica o mindfulness, como:
- melhora de forma substancial da concentração;
- redução do estresse;
- melhora da função cognitiva e da memória;
- melhora dos quadros de insônia;
- desenvolvimento da chamada “inteligência emocional”;
- melhora da criatividade;
- melhora das relações interpessoais, etc.
Claro que, reduzindo o estresse, conseguimos melhorar os níveis de pressão arterial e as taxas de açúcar no sangue – benefícios mentais gerando benefícios orgânicos.
Existe um passo a passo prático para iniciar o mindfulness. Comece por utilizar sua respiração como um ponto de referência. A maneira mais fácil para se começar a meditar é sentado numa cadeira. Escolha uma cadeira normal, idealmente com assento plano, encosto reto e sem os braços. Apoie as plantas dos pés no chão, formando um ângulo de 90º. As mãos podem ficar apoiadas sobre as coxas, com a palma das mãos relaxadas.
É recomendável que a pessoa mantenha os olhos fechados para não se distrair com a visão. Entretanto, os olhos podem ficar semiabertos com o passar do tempo ou se houver muita sonolência. Inicie fazendo uma ou duas respirações mais profundas para levar a atenção ao corpo e, aos poucos, comece a notar as sensações do momento, como o contato do corpo com o chão ou com a cadeira, a temperatura da pele ou qualquer outra sensação naquele período. Esse passo pode durar por volta de um minuto.
Aos poucos, comece a tomar consciência da respiração. Pode-se levar a atenção aos movimentos do tórax e do abdômen durante a inspiração e a expiração e/ou às sensações da passagem do ar que entra e sai pelas narinas durante a respiração. Entra um ar mais frio na inspiração, e sai na expiração um ar mais quente. De forma alternativa, você pode contar as respirações, indo do número um ao dez, e daí recomeçar.
É muito comum e esperado que a mente divague em algum ponto, quando surgir alguma distração com um tipo de pensamento, sentimento ou preocupação, por exemplo. Isso é normal e faz parte do exercício. Caso isso ocorra, volte a se concentrar na respiração. Esse processo pode ocorrer várias vezes e faz parte do aprendizado. Inicie a sessão com duração de cinco minutos mais ou menos e vá aumentando gradativamente com o tempo, podendo chegar até 20 ou 30 minutos diários. A regularidade é fundamental. Praticar o mindfulness todos os dias produz mais benefícios do que práticas muito intensas, porém feitas de forma irregular. Importante saber que já existem aplicativos para smartphones que ajudam nesse processo.
O professor norte-americano Jon Kabat-Zinn, estudioso do tema, assim explicou: “você não pode parar as ondas, mas pode aprender a surfar”.
Nota: obra de Di Cavalcanti
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