Autoria do Dr. Telmo Diniz
A queda da fecundidade, acompanhada do aumento na expectativa de vida, vem provocando o envelhecimento acelerado da população brasileira, representado pela redução da proporção de crianças e jovens e por um aumento na proporção de idosos na população. Para se ter uma ideia, a França demorou cerca de 100 anos para dobrar o números de idosos. No Brasil, este mesmo fenômeno ocorrerá em 20 anos. Estamos nos tornando um país de velhos, caminhando a passos largos. Isso é uma conquista, mas traz consequências.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população de idosos nas áreas urbanas, que esta? por volta de cinquenta por cento da humanidade, duplicara? ate? 2050. E, se hoje existem cerca de 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos, a população nessa faixa etária de idosos será?, em 2050, de quase 2 bilhões de pessoas. Há 100 anos a expectativa de vida era de 30 anos de idade e raramente a pessoa chegava aos 50 anos. Quem nasce hoje tem expectativa média de vida de 85 anos. Com uma maior expectativa de vida associada à baixa taxa de fecundidade, evoluímos para um exército de idosos. Estamos nos preparando para isso? Será que a Previdência Social e as áreas de saúde estão se preparando para receber um contingente geométrico de pessoas acima dos 60 anos? Devemos pensar nisso!
Com os avanços da medicina e da própria sociedade urbana, a parcela da vida que um indivíduo passa na condição de idoso será cada vez maior. Com essa tendência, já ocorre uma mudança de paradigmas em relação ao que significa envelhecer. A ideia da vovó fazendo tricô e do vovô de pijama, lendo jornal, é um estereótipo do envelhecimento que não nos serve mais. No modelo convencional, a primeira etapa da vida era dedicada ao aprendizado, enquanto a segunda etapa era voltada para a produção e a aplicação do aprendizado no trabalho. A etapa final seria dedicada ao descanso e ao ócio. Não podemos mais pensar assim. A expectativa de vida é cada vez mais longa e as pessoas serão idosas por um período cada vez maior de suas vidas. Elas terão condições de produzir até uma idade bem mais avançada. Por outro lado, a pessoa não pode mais parar de adquirir conhecimento.
Se a produção e o trabalho serão uma realidade cada vez mais presente na terceira e quarta idades, em contrapartida a aquisição de conhecimento não poderá mais ficar confinada apenas às primeiras décadas. É do interesse da sociedade que a pessoa mantenha o aprendizado e que produza ao longo de toda a vida. As pessoas terão oportunidades para se reciclar, estudar e se reavaliar. Vamos estudar mais e ter mais trabalho durante a vida. Os novos idosos devem ser repensados, pois este contingente será uma parcela significativa e produtiva.
Nota: imagem copiada de debbicruz.blogspot.com
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Lu Dias
Já que o Dr. Telmo não responde, indago para você.
Sabemos de tudo que ele escreveu, agora temos que combinar com os governantes as mudanças que por hora a burocracia, a política, os sindicatos e conselhos ainda não entenderam, pois pensam que vão perder conquistas históricas.
Idosos no ócio, não é culpa deles, mas sim do status quo que o rejeita, não permitindo sua enorme contribuição e experiência na formação de novas massas de produção e na modelagem de uma nova sociedade.
Temos que cobrar com urgência de nossos representantes mudanças nessa pauta que inferniza nosso futuro.
Abração
Mário Mendonça
Mário
Você tem toda razão.
Mas esta situação vai ter que mudar, pois a força de trabalho está envelhecendo.
Vai chegar um tempo em que a sociedade não mais poderá abrir mão dos mais experientes.
Isso já vem acontecendo na Europa, onde a população está cada vez mais velha.
Os idosos precisam ser valorizados, pois possuem uma bagagem muito rica, adquirindo cada vez mais experiência.
Abraços,
Lu