A IMPORTÂNCIA DOS ANTIOXIDANTES

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Todos nós já ouvimos falar em antioxidantes e em como eles “destroem” os radicais livres, mas a maioria das pessoas não sabe realmente o que ocorre quando consumimos essas substâncias. Antioxidantes são substâncias que ajudam o organismo a impedir a ação dos radicais livres dentro das células, evitando danos permanentes que, ao longo do tempo, podem levar ao desenvolvimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, câncer, artrose, demência, etc.). Hoje, veremos quais são os alimentos campeões na atividade antioxidante e, portanto, protetores destas patologias.

Para um melhor entendimento do leitor, os radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, essas moléculas reagem com o que encontram pela frente para “roubar” um elétron e, com isso, causam danos às células. Uma parte do oxigênio que respiramos (cerca de 3%) transforma-se em radicais livres que, até certo ponto, ajudam no combate às infecções e inflamações no corpo. Mas, quando produzidos em excesso, passam a ser prejudiciais. Daí a importância do consumo diário de substâncias antioxidantes como forma de contrabalançar a produção desenfreada destas moléculas reativas.

Normalmente, os antioxidantes são produzidos pelo organismo humano em pouca quantidade e, por isso, é necessário ingerir alimentos ricos em antioxidantes, como as frutas e os vegetais, para evitar o envelhecimento precoce e proteger as células, e o DNA, contra os efeitos deletérios dos radicais livres. Os alimentos com mais antioxidantes, geralmente, são ricos em vitamina C, vitamina E, selênio, carotenoides, entre outros.

Desenvolvido por cientistas do Setor de Pesquisa de Agricultura dos Estados Unidos e pelo Instituto Nacional do Envelhecimento, o Indice Orac (Oxygen Radical Absorbance Capacity) é uma referência na atividade antioxidante de vários alimentos e suplementos alimentares. De forma disparada, o cacau em pó (sem adição de açúcar) é o campeão na atividade antioxidante. Logo em seguida (e que já foi tema nesta mesma coluna) vem todas as “berries” como mirtilo, framboesa, morango, gojiberry, cramberry e açaí, além da romã. A tabela Orac é longa e pode ser acessada em sites especializados da internet.

Hoje em dia, o consumo de substâncias antioxidantes vem aumentando e muitas pessoas podem utilizar este índice para escolher os alimentos com as maiores taxas. O nosso açaí, fruta típica da Amazônia, seria uma escolha sensata para consumo frequente se não fosse bastante calórico. Particularmente, recomendaria os sucos ou chás de romã e/ou de cramberry para consumo diário, pois são saborosos e serão extremamente úteis para a saúde. Para o leitor mais prático, um prato colorido contendo verduras e legumes certamente tem boas concentrações de antioxidantes. Atividades físicas, lazer com amigos e familiares, meditação, oração e boas horas de sono completam as ações que diminuem a formação dos radicais livres, com consequente envelhecimento saudável.

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