Arquivo da categoria: Estilos da Arte

A Arte possui vários estilos ou tendências, cada um com uma filosofia ou objetivo comum, seguido por um grupo de artistas durante um certo período de tempo. Eles são classificados separadamente pelos historiadores de arte para facilitar o entendimento.

Teste – A ARTE DO NEOCLASSICISMO

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

O Neoclassicismo foi um estilo de arte que dominou o fim do século XVIII, indo até o início do século XIX. Ao contrário do que acontece com a maioria dos estilos de arte, o impulso inicial para o seu surgimento não veio de artistas, mas sim de pensadores (filósofos) — os portadores do “Iluminismo” na França. Nomes como Denis Didorot e Voltaire lideraram o movimento, ao fazer críticas ao relaxamento moral do estilo Rococó e, consequentemente, ao regime que o abrigava. Exigiam uma arte que fosse racional, moral e intelectualizada. Achavam que um reexame das artes da Antiguidade traria novos ares às normas criativas que vigoravam até então. Tais exigências podiam ser encontradas na cultura do mundo clássico.

  1. A Europa Ocidental, no final do século XVIII, retomou a cultura clássica com o objetivo de:

    1. buscar afinidade com os deuses da mitologia.
    2. reviver o ideal de beleza em detrimento da realidade.
    3. buscar inspirações na história, literatura e mitologia.
    4. Fazer vigorar as leis do Renascimento.

  2. Ao retomar o estilo greco-romano, o Neoclassicismo objetivava:

    1. adaptar os princípios clássicos à modernidade.
    2. retornar ao estilo greco-romano, fazendo uso de técnicas apuradas.
    3. cultuar a Teoria de Aristóteles e o ideal de democracia.
    4. Todas a alternativas estão corretas.

  3. O termo “academicismo” surgido à época e significava:

    1. Liberdade no ensino artístico nas academias de arte europeias.
    2. Adoção dos princípios da arte greco-romana apenas na pintura.
    3. Obediência estrita nas artes, seguindo os preceitos acadêmicos.
    4. Retorno aos princípios do Barroco e do Rococó.

  4. São características da arte Neoclássica na arquitetura, exceto:

    1. O uso de formas regulares simétricas e geométricas.
    2. Edificações com cúpulas monumentais, pórticos com colunas.
    3. O uso de materiais nobres como mármore, granito e madeira.
    4. Busca de efeitos teatrais causados pelo uso de luz e sombra.

  5. O Neoclassicismo deixou de lado a temática religiosa. Contribuíram par isso:

    1. A Revolução Francesa.
    2. A ruptura com o Absolutismo.
    3. A Segunda Guerra Mundial.
    4. A nova percepção de mundo surgida com o Iluminismo.

  6. São afirmações corretas acerca do pintura neoclássica, menos:

    1. Não abandonou a estética barroca.
    2. Tornou-se clara e simples.
    3. Passou a retratar a vida cotidiana.
    4. Fez uso de cenas mitológicas e históricas.

  7. Trata-se de um dos mais brilhantes pintores do estilo Neoclássico, considerado o “Pintor da Revolução Francesa”:

    1. Foucout
    2. Jaques-Louis David
    3. Jean-Auguste-Dominique Ingres
    4. John Flaxman

  8. A pintura mais famosa do pintor acima, tida como a primeira obra-prima do Neoclassicismo chama-se:

    1. O Juramento dos Horácios
    2. A Morte de Marat
    3. A Apoteose de Virgílio
    4. A Morte de Sócrates

  9. A escultura neoclássica tinha como características, exceto:

    1. Predominância de formas mais naturais.
    2. Abandono quase completo da policromia.
    3. Contorcionismo e dramaticidade como nas esculturas barrocas.
    4. Princípios de ordem, clareza, austeridade e equilíbrio.

  10. A edificação neoclássica acima que atualmente serve como cemitério de homens ilustres como Voltaire e Rousseau chama-se:

    1. Partenon
    2. Panteão Romano.
    3. Duomo
    4. Panteão de Paris.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO NEOCLASSICISMO
David – O JURAMENTO DOS HORÁCIOS
David – A MORTE DE MARAT
Gavin Hamilton – O RAPTO DE HELENA
Ingres – A GRANDE ODALISCA

Gabarito
1c / 2d / 3c / 4d / 5c / 6a / 7b / 8a / 9c / 10d

Views: 103

A ARTE DO NEOCLASSICISMO

Autoria de Lu Dias Carvalho

O Neoclassicismo foi um estilo de arte que dominou o fim do século XVIII, indo até o início do século XIX. Ao contrário do que acontece com a maioria dos estilos de arte, o impulso inicial para o seu surgimento não veio de artistas, mas sim de pensadores (filósofos) — os portadores do “Iluminismo” na França. Nomes como Denis Didorot e Voltaire lideraram o movimento, ao fazer críticas ao relaxamento moral do estilo Rococó e, consequentemente, ao regime que o abrigava. Exigiam uma arte que fosse racional, moral e intelectualizada. Achavam que um reexame das artes da Antiguidade traria novos ares às normas criativas que vigoravam até então. Tais exigências podiam ser encontradas na cultura do mundo clássico.

Ao se inspirar-se na arte clássica greco-romana, os neoclassicistas buscavam, sobretudo, suas qualidades de “nobre simplicidade e calma grandeza”, segundo o alemão Johann Joachim Winchelmann, responsável pelas sementes do renascimento clássico em Roma, uma vez que trabalhava para o cardeal Alessandro Albani, colecionador de antiguidades. Os escritos de Winchelmann apregoavam a superioridade da arte grega e conclamavam os artistas a “mergulharem seus pinceis no intelecto”. É interessante saber — até mesmo para a compreensão dos estilos que virão a ser estudados — que foi na época do Neoclassicismo que surgiu o termo “academicismo” em razão da adoção dos princípios da arte greco-romana tomados como base para o ensino nas academias de arte europeia, o que resultou em grandes contendas ao longo dos anos.

O estilo Neoclássico, ao enfatizar a ordem e a clareza, criticando os exageros, mostrava-se em sintonia com a “Era do Iluminismo” — descrição dada ao século XVIII. Alguns artistas — principalmente Jacques-Louis David — fizeram de sua obra um instrumento de suas convicções morais (ver obra ilustrativa). Em seu aspecto mais puro, o Neoclassicismo tratava-se de uma arte austera e nobre, na maioria das vezes ligada aos mais caros ideais políticos da época, o que não a impossibilitou de também apresentar aspectos intimistas e decorativos.  O novo estilo artístico primava por usar formas e cores simples de modo que toda complicação inútil fosse eliminada, o que resultou numa arte de formas geométricas e austeras que refutava cores brilhantes. Sua popularidade não tardou a espalhar-se por quase toda a Europa nos mais diversos campos: pintura, arquitetura, escultura, mobiliário, tecidos e cerâmica.

O Neoclassicismo, como é comum acontecer em quase todos os estilos de arte, apresenta em seu seio certas variações. Alguns artistas defendiam que a arte devia trabalhar apenas com temas considerados sérios, enquanto outros apegavam-se à literatura heroica do passado, usando como modelo as antiguidades gregas e romanas para ilustrar essas histórias. E foi exatamente a busca pela exatidão histórica a responsável por diferir o Neoclassicismo da ideologia convencional do Renascimento clássico. Enquanto o segundo se apoiava nos estilos tradicionais, oriundos dos conceitos de beleza e adequação estabelecidos por artistas do Alto Renascimento, o novo estilo, embora não tenha deixado de lado tais ideais, procurou fazer reconstruções exatas de antigas obras, o que não se tratava de plágio, mas levava em conta certas normas específicas que deveriam ser seguidas. Quando se tratava de obras históricas, por exemplo, os elementos apresentados deveriam estar em consonância com a época do acontecimento.

O Neoclassicismo foi o primeiro estilo da arte a fazer parte da Idade Contemporânea. Embora tenha tido a sua origem em Roma, não foi ali que apresentou suas mais famosas obras que foram criadas em outros países, especialmente na França. Os neoclassicistas inspiraram-se nas narrativas literárias e históricas e criticavam a visão do mundo clássico feita pelo Rococó que se alimentava apenas de fantasias eróticas, envolvendo deusas desnudas. A pintura intitulada “O Juramento dos Horácios” de autoria de Jacques-Louis David é tida como a primeira obra-prima do Neoclassicismo (ilustração acima).

Os artistas neoclássicos buscaram inspirações, sobretudo, na história, na literatura e na mitologia greco-romana, mas também fizeram usos de outros temas, como o dos tradicionais retratos e paisagens, assim como temas inovadores, inspirados nos fatos sociais e políticos da época em que viviam. Eles buscaram adaptar os principais clássicos à modernidade, usando técnicas apuradas, harmonias de cores e contornos precisos, cultuando a teoria de Aristóteles e o ideal da democracia. Com a desintegração do governo revolucionário na França e a ascensão de Napoleão, o ideal do Neoclassicismo mudou, passando a ganhar mais importância o esplendor do Império Romano ao invés do caráter moral da República.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Teste – A ARTE DO NEOCLASSICISMO
David – O JURAMENTO DOS HORÁCIOS
David – A MORTE DE MARAT
Gavin Hamilton – O RAPTO DE HELENA
Ingres – A GRANDE ODALISCA

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
História da arte/ Folio
Arte/ Publifolha

Views: 29

Teste – A ARTE DO BARROCO NO BRASIL

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

O Barroco chegou às terras brasileiras no início do século XVII, na época do Brasil Colônia (que compreende o período de 1530 a 1822), no período colonial intitulado de “Século do Ouro”, fase em que a exploração desse metal tornou-se a principal atividade econômica em nossas terras, para a alegria da metrópole portuguesa e quando surgiam as primeiras vilas no território brasileiro. A região de Minas Gerais foi responsável por deter grandes jazidas de ouro, daí a pujança do Barroco nessas terras, tendo na figura de Antônio Francisco de Lisboa — o Aleijadinho — escultor e arquiteto brasileiro, seu maior nome.

  1. O estilo Barroco foi trazido ao Brasil por missionários católicos com o objetivo de:

    1. mostrar as riquezas oriundas da arte portuguesa.
    2. catequizar e aculturar os povos indígenas.
    3. ornamentar os palácios da elite portuguesa.
    4. expressar a religiosidade dos portugueses.

  2. O período colonial intitulado “Século do Ouro” contribuiu para que o Barroco:

    1. encontrasse um campo promissor em solo brasileiro.
    2. servisse apenas aos reis e à elite portuguesa.
    3. distanciasse da cultura da metrópole portuguesa.
    4. fosse tido como um estilo inferior ao europeu.

  3. O estilo Barroco foi tão importante em terras brasileiras que se mostrou presente nas seguintes artes:

    1. literatura e pintura.
    2. estatuária e arquitetura.
    3. literatura e estatuária.
    4. Todas as respostas estão corretas.

  4. A região de ————— foi responsável por deter grandes jazidas de ouro, daí a pujança do Barroco nessas terras:

    1. Mato Grosso
    2. Pernambuco
    3. Minas Gerais
    4. Sergipe

  5. Inúmeras igrejas foram erguidas nos principais centros de colonização do território brasileiro, dentre os quais podem ser destacados:

    1. Recife, Goiânia, Olinda e Vila Rica.
    2. Recife, Salvador, São Luiz e Vila Rica.
    3. Recife, Salvador, Olinda e Vila Rica.
    4. Vila Velha, Salvador, Olinda e Vila Rica.

  6. Portugal, sendo um país extremamente católico e monárquico, trouxe para o Brasil Colônia as manifestações artísticas de inspiração religiosa de sua gente. São afirmações corretas acerca desta arte no Brasil, exceto

    1. O Barroco chegou às terras brasileiras no início do século XVII.
    2. O Barroco em terras brasileiras conseguiu expressar religiosidade e emoção.
    3. O Barroco brasileiro mostrou-se menos sóbrio e mais rebuscado.
    4. Tal estilo chegou a ser classificado como pobre, quando comparado ao europeu.

  7. A pintura barroca, com o objetivo de ornamentar as igrejas, vinha inicialmente ———-, sendo que a temática bíblica era executada em azulejos.

    1. da França
    2. de Portugal
    3. da Itália
    4. do Canadá

  8. Ele foi um dos mais importantes pintores barrocos em terras brasileiras, tendo exercido grande influência sobre os pintores mineiros (ver um detalhe de sua obra acima):

    1. Mestre Ataíde
    2. Gregório de Matos
    3. Padre Vieira
    4. Bento Teixeira

  9. Antônio Francisco de Lisboa, apelidado de o Aleijadinho, tendo deixado uma vasta obra em Minas Gerais, era:

    1. músico e pintor.
    2. pintor e arquiteto.
    3. músico e escultor.
    4. escultor e arquiteto.

  10. A obra intitulada ___________ marcou o início do Barroco no Brasil.

    1. Dialética
    2. Prosopopeia
    3. Sistemática
    4. Reflexão

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO BARROCO NO BRASIL

Gabarito

1b/ 2a/ 3d/ 4c/ 5c/ 6c/ 7b/ 8a/ 9d/ 10b

Views: 118

A ARTE DO BARROCO NO BRASIL

Autoria de Lu Dias Carvalho

O Barroco chegou às terras brasileiras no início do século XVII, na época do Brasil Colônia (que compreende o período de 1530 a 1822), no período colonial intitulado de “Século do Ouro”, fase em que a exploração desse metal tornou-se a principal atividade econômica em nossas terras, para a alegria da metrópole portuguesa e quando surgiam as primeiras vilas no território brasileiro. A região de Minas Gerais foi responsável por deter grandes jazidas de ouro, daí a pujança do Barroco nessas terras, tendo na figura de Antônio Francisco de Lisboa — o Aleijadinho — escultor e arquiteto brasileiro, seu maior nome.

O Barroco foi trazido por missionários católicos, especialmente jesuítas, portanto, influenciado pelo estilo que vigorava em Portugal. A preocupação central desses missionários era a doutrinação cristã, ou seja, catequizar e aculturar os povos indígenas, vistos por eles como pagãos, e ajudar os dirigentes portugueses no processo de colonização das terras descobertas. Eles foram um eficiente instrumento pedagógico e catequético.  Inúmeras igrejas foram erguidas nos principais centros de colonização, dentre os quais podem ser destacados Recife, Salvador, Olinda e Vila Rica.

O Barroco em terras brasileiras conseguiu, ao mesmo tempo, expressar a religiosidade católica do povo e apelar para a emoção, a fim de tocar piedosamente o coração dos devotos, como pode se visto nas esculturas barrocas e nas pinturas que adornam as igrejas. Este estilo foi tão marcante que se mostrou presente na literatura, na pintura, na estatuária e na arquitetura, sendo em sua maior parte ligado à arte sacra. Até mesmo nos primeiros anos do século XX ainda era possível deparar com traços desse movimento artístico em nosso país.

Portugal, sendo um país extremamente católico e monárquico, trouxe para o Brasil Colônia as manifestações artísticas de inspiração religiosa de sua gente. O Barroco brasileiro, contudo, mostrou-se mais sóbrio e menos rebuscado. Mesmo em território brasileiro é possível notar diferenças entre o chamado Barroco do litoral (desde o Rio de Janeiro até Pernambuco) e o Barroco do interior (como o visto nas cidades mineiras de Congonhas, Ouro Preto, São João del Rei e Sabará).

É normal que o Barroco brasileiro tenha divergido do português em alguns aspectos, uma vez que a arte reflete o modo de vida de um povo. Enquanto os portugueses — os grandes navegadores de então — usufruíam das riquezas da nova colônia, aqueles que aqui viviam encontravam-se sob o jugo da escravidão (os negros) ou sob a perseguição dos colonizadores (os índios). Tal estilo chegou a ser classificado como pobre, quando comparado ao europeu, mas esse julgamento necessitava de uma maior compreensão do que se passava em terras brasileiras: instauração da escravatura, resistência indígena à tomada de suas terras, o uso de técnicas ainda rudimentares, etc.

A pintura barroca, com o objetivo de ornamentar as igrejas, vinha inicialmente de Portugal, sendo que a temática bíblica era executada em azulejos. Dentre as cores mais usadas estavam o vermelho, o azul, o dourado e o uso do claro-escuro (chiaroscuro — palavra italiana para “luz e sombra”). Manoel da Costa Ataíde — o Mestre Ataíde — foi um dos mais importantes pintores do estilo Barroco em terras brasileiras, tendo exercido grande influência sobre os pintores mineiros. A sua função de professor fez com que angariasse muitos seguidores. Também foi parceiro do arquiteto e escultor Aleijadinho, tendo pintado algumas de suas obras, como as esculturas criadas para o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, situado em Congonhas, Minas Gerais (ver ilustração acima).

As esculturas vistas como símbolo de devoção (e era realmente o objetivo delas) também eram encontradas em casas. Os materiais usados no Brasil foram a pedra sabão, o cedro e o barro cozido. Tanto na pintura quanto na escultura, as primeiras obras vieram de Portugal, mas, com o passar dos anos, os franciscanos, beneditinos e jesuítas passaram a ensinar a arte de esculpir no barro. Na época do Brasil Colônia não havia uma corte que atuasse como mecenas, como acontecia na Europa. As elites tampouco se preocupavam em edificar palácios ou em patronear as artes profanas (não sagradas), só restando, portanto, o investimento na arte Barroca no que diz respeito às artes sacras (estatuária, pintura e obra de talha para a decoração de igrejas, conventos ou cultos particulares).

O mais curioso na trajetória do Barroco brasileiro é que os índios catequizados pelos missionários portugueses passaram de recebedores a emissores no que diz respeito a tal estilo, ou seja, os mais habilidosos dentre eles foram arregimentados para trabalhar na produção de obras barrocas. A eles se agregaram os negros mais tarde, introduzidos na colônia como escravos, tidos como os principais agentes produtores da arte barroca no Brasil. Segundo estudiosos do Barroco, nasceram daí as novas feições deste estilo, contribuindo enormemente para dar os primeiros passos na formação de uma cultura essencialmente brasileira.

A publicação em 1601 da obra de Bento Teixeira, intitulada “Prosopopeia”, deu origem à presença do Barroco na literatura. O advogado e poeta Gregório de Matos Guerra, apelidado de “Boca do Inferno” em razão de sua língua afiada, é tido como um dos maiores poetas do estilo na língua portuguesa, enquanto o Padre Antônio Vieira foi o maior orador sacro. Intelectuais modernistas, no início do século XX, interessaram-se pela busca do acervo Barroco nacional. Em razão dessa busca, muitas obras foram tombadas. Centros históricos barrocos como os das cidades de Ouro Preto, Olinda e Salvador e conjuntos artísticos como o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Minas Gerais) tornaram-se Patrimônio da Humanidade sob a tutela da Unesco.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Teste – A ARTE DO BARROCO NO BRASIL

Fontes de pesquisa
Manual compacto da arte/ Editora Rideel
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/o-barroco-brasileiro.htm

Views: 66

Canaletto – VISTA DE VENEZA NA…

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor e gravador italiano Canaletto (1697 – 1768), cujo nome de batismo era Giovanni Antonio Canal, era filho do pintor e cenógrafo Bernardo Canal – seu primeiro mestre – e de Artemisia Barbieri. Era também tio do pintor Bernardo Belloto. O seu interesse inicial foi a cenografia, trabalhando como pintor de cena teatral, tendo feito uma viagem de estudo a Roma. Foi influenciado pelos artistas Giovanni Paolo Panini e Luca Carlevarijs – esse último especializado em pinturas de vedute (vistas) – pintando o cotidiano da cidade e de sua gente.

A composição intitulada Vista de Veneza com a Praça de São Marcos é uma obra-prima do artista que mostra a sua grande habilidade em relação aos detalhes topográficos e seu extremo talento para a composição. Ele costumava pintar suas “vedutes” (vistas) sob diferentes perspectivas, o que também fez com a praça de São Marcos, centro oficial da cidade de Veneza.

Uma das características da pintura de Canaletto é a utilização que faz da luz. Nesta composição ele oferece uma visão precisa da Basílica de São Marcos e do Palácio Ducal. Usa traços graciosos da arquitetura e faz uso da luz para dar leveza à obra. E deixa claro que a cena acontece num final de tarde, em razão das sombras compridas que se espalham pelo local.

A parte esquerda da praça é dominada pelo conteúdo arquitetônico ali presente. Em primeiro plano localiza-se a catedral bizantina de Veneza e, ao seu lado, está o palácio ducal com seu magnífico mármore branco e rosa-claro. Ao longe, depois da laguna, situa-se a ilha de San Giorgio Maggiore, onde se vê sua igreja, projetada pelo arquiteto Andrea Palladino.

A Basílica de São Marcos é conhecida como a Igreja Dourada (Chiesa d’Ouro). A sua parte externa contém cinco portais com arcos arredondados, embora o artista tenha pintado apenas três. Acima do arco central foram pintados mosaicos dourados. Sobre o arco encontram-se os quatro cavalos de São Marcos, roubados do Hipódromo de Constantinopla em 1204.

A perspectiva da obra direciona o olhar do observador para a Coluna de São Marcos que se ergue ao fundo, ladeada por inúmeras pessoas. Sobre ela repousa um leão – simbologia do santo evangelista. Uma segunda coluna é vista à direita, sobre a qual se encontra a estátua de São Teodoro de Amasea.

As figuras que se encontram na praça de São Marcos não são pintadas detalhadamente, ainda assim dão movimento à cena. Algumas se direcionam para a entrada da basílica, enquanto outras mostram-se paradas, conversando ou admirando o lugar.

Ficha técnica
Ano:  c.1735
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 46 cm x 63 cm
Localização: The Huntington, San Marino, Califórnia, EUA

Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte / Editora Sextante
A história da arte / E.H. Gombrich

Views: 7

Teste – A ARTE DO ROCOCÓ

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Quatro estilos de arte surgiram na Idade Moderna: Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó. O movimento artístico intitulado Rococó surgiu na França, dando prosseguimento ao estilo Barroco. Diferentemente desse, tratava-se de um estilo mais leve que buscava expressar sentimentos agradáveis.

  1. Marque a alternativa em que os estilos artísticos que permearam a Idade Moderna encontram-se na ordem em que surgiram.

    1. Renascimento, Barroco, Rococó e Maneirismo
    2. Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó
    3. Barroco, Renascimento, Maneirismo e Rococó
    4. Rococó, Maneirismo, Barroco e Renascimento

  2. Dentre as características do estilo Rococó podem ser citadas, exceto:

    1. A representação da vida profana e da futilidade da aristocracia que buscava na arte apenas o prazer.
    2. O excesso de elementos curvos de rocaille, flores e conchas.
    3. As obras carregavam um estilo excessivamente decorativo.
    4. Tal estilo pecava, sobretudo, pela presença de um conteúdo sério.

  3. Embora seja um estilo bem parecido com o Barroco, uma das características que os diferenciam diz respeito às cores. Enquanto o Barroco trazia cores fortes e vivas, no Rococó elas eram apresentadas em tons:

    1. pastéis.
    2. iluminados.
    3. sombreados.
    4. matizados.

  4. O Rococó representou a vida profana e a futilidade da ___________ que buscava na arte apenas o prazer.

    1. plebe
    2. Igreja
    3. aristocracia
    4. nobreza

  5. O famoso estilo __________, visto em mobiliários e decorações durante o reinado do rei do mesmo nome, foi originado no período Rococó.

    1. Chanel
    2. Napoleão
    3. Luís Vitton
    4. Luís XV

  6. Jean-Honoré Fragonard criou mais de quinhentas obras no estilo Rococó, sendo sua obra considerada precursora do Impressionismo. A tela mais famosa chama-se:

    1. O Balanço.
    2. Vênus e Marte.
    3. A Primavera.
    4. As Meninas.

  7. Um dos pintores mais conhecidos do Rococó é:

    1. Françoise Boucher.
    2. Etienne-Maurice Falconet.
    3. Antoine Whatteau.
    4. Giambatista Tiepolo.

  8. O estilo Rococó surgiu na França como:

    1. um retorno ao Renascimento.
    2. um desdobramento do Barroco, só que mais leve.
    3. uma revisão da arte egípcia.
    4. um estilo similar ao Maneirismo.

  9. O Rococó surgiu logo após o Maneirismo, precedendo o __________.

    1. Neoclassicismo.
    2. Impressionismo.
    3. Pontilhismo.
    4. Renascentismo.

  10. Apesar de ter sofrido pesadas críticas em relação à superficialidade dos temas que abordava em suas obras, o estilo Rococó também deixou o seu legado:

    1. Contribuiu para o enriquecimento da arte sacra.
    2. Ajudou no retorno à cultura greco-romana.
    3. Trouxe o homem para o centro da arte.
    4. Apresentou uma decoração elegante e refinada.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE DO ROCOCÓ
Boucher – MULHER NUA

Canaletto – VISTA DE VENEZA NA…
Fragonard – O BALOIÇO
Watteau – O EMBARQUE PARA CITERA

Gabarito

1b / 2d / 3a / 4c / 5d / 6a / 7c / 8b / 9a / 10d

Views: 648