Arquivo da categoria: Mestres da Pintura

Estudo dos grandes mestres mundiais da pintura, assim como de algumas obras dos mesmos.

Toulouse-Lautrec – MONSIEUR FOURCARDE

Autoria de Lu Dias Carvalho

Henri-Mari-Raimond de Toulouse-Lautrec (1864 – 1901) foi o primeiro filho do conde Alphonse de Toulouse-Lautrec e da condessa Adèle Tapié de Celeyran, primos em primeiro grau, família abastada e ilustre, nascido na cidade de Albi, no sudoeste francês. Henri cresceu num ambiente requintado. Desde pequeno gostava de desenhar, trazendo os primeiros indícios do que se tornaria no futuro. Quando tinha nove anos de idade, sua família mudou-se para Paris, onde foi matriculado numa das mais importantes instituições europeias.

Esta composição intitulada Monsieur Fourcarde é uma das obras do artista pós-impressionista que fazem parte do acervo do MASP desde 1952. Toulouse-Lautrec era um excelente desenhista, capaz de retratar com traços rápidos as figuras que encontrava pelos teatros, bailes, circos, bares e bordéis. Nesta obra, ele retrata um grupo de quatro prostitutas sentadas em poltronas de veludo escarlate, de encosto alto, de um luxuoso bordel parisiense, enquanto aguardam seus clientes. Uma delas, à esquerda, joga cartas.

O quadro apresenta o banqueiro Henri Fourcade, um rico burguês e grande amigo do artista, como demonstra a dedicatória no alto, à direita: “A mon bom ami Fourcade, 89. H. T. Lautrece” (Ao meu bom amigo Fourcade, 89, H. T. Lautrec). Trata-se de uma cena noturna, comum à vida parisiense.

O retratado ocupa o centro da composição, em primeiro plano, demonstrando grande naturalidade e vivacidade, tendo atrás de si um grupo de máscaras apenas esboçadas ao fundo. Fourcade encontra-se no baile da Ópera, em Paris. Atrás do bem vestido banqueiro com as mãos nos bolsos está um grupo de cinco pessoas, sendo que as pinceladas rápidas e soltas do artista faz com que algumas delas apareçam como meras sombras. O homem com cartola é Gabriel Tapié de Céleyran, primo de Lautrec.

Ficha técnica
Ano: 1889
Técnica: óleo sobre cartão
Dimensões: 77 x 62 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.wga.hu/html_m/t/toulouse/2/1misc09.html

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Picasso – TOALETE

Autoria de Lu Dias Carvalho

Não procuro, encontro. (Pablo Picasso)

 Não existe arte abstrata, é necessário começar sempre por alguma coisa: mas, em seguida, pode-se retirar toda a aparência da realidade, porque a ideia do objeto deixou uma marca indelével. (Pablo Picasso)

O espanhol Pablo Ruiz Picasso (1881 – 1973) nasceu em Málaga, na Espanha. Era filho de José Ruiz Basco e Maria Picasso y Lopez. Começou a desenhar aos sete anos de idade sob a supervisão de seu pai, professor de desenho. A seguir, sua família mudou-se para La Coruña. Aos 14 anos, ele foi para Barcelona com a família, vindo a estudar na Escola de Belas Artes, firmando-se como pintor.

A composição intitulada Toalete é um estudo preparatório para o quadro que se encontra na Albright Art Galery de Buffalo (EUA). Este estudo encontra-se no acervo do MASP desde 1953.

No quadro estão duas mulheres. A primeira, usando vestes azul e vermelha, segura o espelho na altura no peito para que a outra se olhe. A segunda, completamente nua, arruma os cabelos. O pintor fez outros trabalhos com este mesmo tema.

Ficha técnica
Ano: 1906
Técnica: óleo sobre tela sobre papelão
Dimensões: 53 x 31 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Piero de Cosimo – MADONA COM MENINO JESUS…

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Piero di Cosimo (1462 – 1521), cujo nome original era Piero di Lorenzo, nasceu e morreu na cidade de Florença. Ali estudou com Cosimo Rosseli, tendo inclusive trabalhado com seu mestre nos afrescos da Capela Sistina, em Roma, onde pintou O Sermão de Cristo (imagem acima), que se tornou a sua primeira obra conhecida. Foi em homenagem ao seu mestre que adotou o sobrenome Cosimo.

A composição Madona com Menino Jesus e São João também conhecida como Virgem com Menino, São João Batista Criança e um Anjo é obra do artista. Encontra-se em solo brasileiro, sendo um dos quadros mais importantes do MASP, tendo sido incorporado à sua coleção em maio de 1951. Em razão do estado de deterioração em que se encontrava, esta obra retornou à Itália, onde passou por uma restauração. À época, um mecenas brasileiro de apenas 25 anos pagou 55 mil dólares, arcando com o transporte e o seguro do tondo, ao tomar conhecimento, numa aula de história da arte, sobre seu lamentável estado de danificação.

A composição é pintada com cores muito suaves e cheia de movimentos. Apresenta a Virgem ainda adolescente, carregando no braço esquerdo o seu Menino, enquanto acaricia o pequenino e gorducho João Batista que caminha à sua direita.

O Menino Jesus, nu, descansa seu braço esquerdo no livro de orações e faz o gesto de abençoar com o direito levantado. O pequeno João carrega na mão a Cruz, um de seus atributos, tendo o olhar de Maria voltado para ele.  As personagens encontram-se diante de um grupo de pedras, num terreno onde grassam flores e cogumelos.

À direita, o anjo, agachado, tem nas mãos lírios brancos, símbolo da pureza da Virgem. Seus olhos estão fixos no Menino Jesus. À esquerda, um melro (o mesmo que graúna) traz a cabeça voltada para uma enorme lagarta. Entre ele e o grupo posiciona-se uma árvore com o tronco cortado, enquanto um pequeno galho ganha vida, o que é também uma simbologia da Paixão de Cristo, pois mesmo morto Ele renascerá. Ao fundo, desenrola-se uma bela paisagem verde com água e construções. Mais distante vê-se uma paisagem azulada com montanhas e planícies.

Segundo estudiosos de arte trata-se da única representação da Virgem onde aparece uma lagarta que, segundo a visão de um entomólogo da URFG “é mais precisamente uma mariposa-caveira”. Ele mesmo questiona qual seria a intenção do artista “ao pintar uma lagarta, cujo adulto exibe o símbolo da morte, numa cena religiosa como esta”. Teria por finalidade enfatizar o destino trágico do Menino Jesus? – questiona ele.

Ficha técnica
Ano: c.1500/1510
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 129 cm de diâmetro
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/10/1690571-obra-renascentista-retorna-ao-masp-e-sera-exposta-em-dezembro.shtml

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Toulouse-Lautrec – DUAS MUHERES SE PENTEANDO

Autoria de Lu Dias Carvalho

Henri-Mari-Raimond de Toulouse-Lautrec (1864 – 1901) foi o primeiro filho do conde Alphonse de Toulouse-Lautrec e da condessa Adèle Tapié de Celeyran, primos em primeiro grau, família abastada e ilustre, nascido na cidade de Albi, no sudoeste francês. Henri cresceu num ambiente requintado. Desde pequeno gostava de desenhar, trazendo os primeiros indícios do que se tornaria no futuro. Quando tinha nove anos de idade, sua família mudou-se para Paris, onde foi matriculado numa das mais importantes instituições europeias.

Esta composição, intitulada Duas Mulheres se Penteando, também conhecia como Duas Mulheres de Camisola, é uma das obras do artista que fazem parte do acervo do MASP desde 1952. Toulouse-Lautrec era um excelente desenhista, capaz de retratar com traços rápidos as figuras que encontrava pelos teatros, bailes, bordéis, bares e circos, nesta obra ele usa cores sobrepostas, com manchas que têm por finalidade tornar mais vivo o desenho, como fez em outras pinturas. Provavelmente as mulheres estão se preparando para uma apresentação.

Ficha técnica
Ano: 1891
Técnica: óleo sobre cartão
Dimensões: 62 x 48 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Modigliani – LÉOPOLD ZBOROWSKI

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Amedeo Modigliani (1884 – 1920) era o mais novo dos quatro filhos de uma próspera família judia. Ainda na infância, ele foi vitimado pela tuberculose, enfermidade que o acompanhou ao longo de sua curta e conturbada existência de apenas 35 anos. Além da doença, o pintor também fazia uso de álcool e drogas, principalmente do haxixe, e tinha grande atração pelas mulheres. A cultura visual de Modigliani foi grandemente favorecida em sua adolescência, pelas viagens que fazia às cidades italianas, em companhia de sua mãe, na tentativa de encontrar cura para o tifo e a tuberculose que o maltratavam. Apesar da doença, tornou-se um homem charmoso e elegante, dono de uma atração magnética que encantava homens e mulheres. Durante a sua vida, Modigliani teve que conviver com o pouco caso da crítica e do mercado por sua pintura.

A composição acima, denominadas Léopold Zborowski, é obra do artista. Trata-se do retrato do polonês Léopold Zborowski, escritor e negociante de artes, e também grande amigo do artista. Esta obra faz parte do Acervo do MASP desde 1950.

Em toda a obra de Modigliani, assim como neste retrato, é possível captar um grande lirismo que nasce de três características principais da pintura do artista: a sinuosidade dos traços, embebidos na arte de Simone Martini, dentre outros mestres sienenses; a estruturação tonal do grande mestre francês Cézanne; e a influência das máscaras rituais africanas encontradas nos totens.

Ficha técnica
Ano: 1916 a 1919
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 65 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Van Dyck – A MARQUESA LOMELLINI E…

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Anthony van Dyck (1599 – 1641) foi o mais talentoso discípulo e ajudante do pintor francês Peter Paul Rubens, sendo 22 anos mais novo do que o mestre de quem herdou o talento na representação da textura e superfície das figuras. Também se transformou num dos pintores retratistas mais procurados da Europa.

A composição barroca denominada A Marquesa Lomellini e seus Filhos, também conhecida como Marquesa Lomellini e Seus Filhos em Oração, é uma obra do artista. Retrata a Marquesa Lomellini ao lado de seus dois filhos. Apesar do título, apenas o garoto maior se posta em atitude de oração.  O menor ostenta uma batina que vai até o chão, com uma espécie de capa preta, vestimenta comum aos meninos escolhidos para seguirem a carreira eclesiástica. Ele parece trazer na mão direita uma fruta, possivelmente uma maçã, como símbolo do pecado da humanidade.

O local onde se encontram as três personagens é requintado, embora muito pouco dele se possa perceber. Na pintura predominam o preto e o vermelho, este último presente na mesa, onde se encontra um anjo, aparentemente com um globo na mão, na suntuosa cortina acima dos personagens e no tapete. A marquesa também traz uma flor vermelha nos cabelos.

Mãe e filho menor encaram o observador, enquanto o garoto mais velho foca o olhar em algo que se encontra à sua frente, trazendo as mãos em postura de oração. É interessante notar que o dedo indicador da marquesa, onde se encontra um anel, aponta para as duas crianças, como se fossem elas as figuras mais importantes do quadro.

 Esta tela foi pintada quando o artista encontrava-se em Gênova, na Itália. Passou a fazer parte do acervo do MASP desde 1951.

Ficha técnica
Ano: c. 1623
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 221 x 152 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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