Arquivo da categoria: Mitos e Lendas

O mito é uma narrativa na qual aparecem seres e acontecimentos imaginários, que simbolizam forças da natureza, aspectos da vida humana, etc. A lenda é uma narração escrita ou oral, de caráter maravilhoso, na qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela imaginação poética.

Mit. – O MÚSICO ÁRION

Recontado por Lu Dias Carvalho

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A corte de Periando, rei de Corinto, era servida por um refinado músico de nome Árion. Ele era exímio naquela arte. Por esta razão, era também o preferido do rei. Contudo, seu coração de artista queria ir além. Quando surgiu uma competição fora do reino, ele partiu para dela participar, sob os protestos de seu soberano, alegando que o talento que recebera também deveria estar à disposição de outras pessoas, e, que o prêmio, se conquistado, dar-lhe-ia ainda maior prazer. Conforme se esperava, ele foi o ganhador. Ele não via a hora de chegar e mostrar a seu soberano o valioso tesouro que ganhara.

Nem tudo foram flores na volta de Árion ao reino de Corinto. No segundo dia de viagem, já em alto mar, ouviu os marinheiros tramarem contra sua vida, com a finalidade de tomar o seu tesouro. Nada lhe restava a fazer, senão esperar. Pouco tempo depois, foi cercado pelo bando, que lhe pediu que escolhesse morrer dentro da nau ou no mar. O músico rogou-lhes tempo para que se preparasse para morrer como um trovador, após entoar seu canto de morte sob os acordes de sua lira. Vestiu suas belíssimas roupas de menestrel, e, acompanhado de seu instrumento musical, foi até o convés do barco, de onde cantou, enaltecendo a sua lira e os heróis do Elísio, que já haviam atravessado as águas escuras que levavam ao reino dos mortos. A seguir, Árion pulou no mar, que se abriu para recebê-lo, cobrindo-o com suas espumas.

O destino final do bardo ainda não estava traçado. Enquanto cantava e tocava sua lira, antes de saltar no mar, seus acordes atraíram os moradores das profundezas marinhas, como se Galateia, a rainha das profundidades, tivesse enviado-os. Um golfinho resgatou-o, oferecendo-se como montaria, levando-o são e salvo para a costa, de modo que Árion, caminhado e tocando, não demorou a chegar ao reino de Periando, onde foi recebido com grande júbilo. Contou ao rei todos os acontecimentos adversos de sua viagem, deixando-o contrariado com tamanha perversidade.

A nau dos criminosos não tardou a chegar ao porto. O rei perguntou-lhes pelo músico. Os marinheiros responderam-lhe que fora o ganhador de um valioso prêmio, tendo ficado em Tarento, gozando de muita prosperidade. Mal terminaram de contar a mentira, Árion surgiu, fitando-os. Pensando se tratar de um deus, eles contaram toda a verdade, sendo banidos de Corinto para uma terra bárbara, sem o direito de jamais voltarem.

Nota: Árion sobre um cavalo marinho, obra de William-Adolphe Bouguereau

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Mit. – O HOMEM QUE DESPREZAVA OS DEUSES

Recontado por Lu Dias Carvalho

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O mortal Erisíchton, além de nutrir um grande desdém pelos deuses do Olimpo, ainda agia de modo a ofendê-los. De uma feita, com o intuito de desacatá-los, tomou de seu machado e partiu para o bosque dedicado à deusa Ceres, onde havia um gigantesco carvalho que causava admiração a deuses e mortais. Servia também de depósito para as oferendas dedicadas à ninfa daquela majestosa árvore. E foi justamente essa maravilha que o arrogante e miserável humano pediu a seus servos que cortassem. Como esses fossem tementes aos deuses, além de nutrirem grande respeito pelo carvalho e sua moradora, mostraram-se temerosos de realizar tal empreitada. O homem impiedoso arrancou o machado das mãos de um deles, dizendo que ele mesmo poria abaixo aquela árvore.

Ao aproximar-se do frondoso carvalho com o machado em punho, todos que ali se encontravam, angustiados com tal ação, viram-no tremer e ouviram-no dar um gemido lancinante. Ainda assim, o homem não se amedrontou, já que não se apiedava de nada. A primeira machadada fez esvoaçar sangue pela ferida aberta no tronco. Um dos presentes tentou segurar o machado, mas foi morto pelo homem mau, que lhe decepou a cabeça. Nesse momento, a ninfa que morava na árvore, disse ao agressor que era amada pela deusa Ceres, sendo ali a sua morada, e, que ao matar o carvalho, ele também a mataria, mas, se isso acontecesse, seu castigo não tardaria a acontecer, pois nenhuma ação perversa dos humanos ficaria impune ante o olhar dos seres divinos.

Nem é preciso dizer que Erisíchton não deu a mínima para os dizeres da ninfa. O carvalho, depois de inúmeras machadadas, tombou esguichando sangue por todos os lados e esmigalhando grande parte do bosque, para sofrimento das dríades (ninfas associadas aos carvalhos), que viram uma companheira morrer sob uma mão impiedosa. Dirigiram-se à deusa Ceres, vestidas de luto, pedindo-lhe que castigasse o insolente. Essa prontamente aquiesceu. Castigaria o assassino entregando-o à deusa Fome. Como ela e tal deusa não pudessem se encontrar, por ordem das Parcas (Cloto, Láquesis e Átropos, responsáveis por tecer o fio do destino, cortando-o quando assim o desejassem), pediu a uma Oréade (as Óreades eram ninfas que habitavam e protegiam as montanhas, cavernas e grutas) que fosse à região gelada da Cítia, onde nada sobrevivia, em busca da Fome, que ali morava juntamente com o Frio, o Tremor e o Medo. Ela deveria apossar-se das entranhas do humano Erisíchton.

A deusa Fome tomou posse do corpo embrutecido do assassino, enquanto esse dormia, injetando o próprio veneno em suas veias. Mesmo em sonho, o criminoso angustiava-se por comida. Acordou varado de fome, mas nada lhe era suficiente. Quanto mais comia, mais faminto ficava. Passou a gastar todos os seus bens com comida, até que lhe sobrou apenas uma filha, que foi vendida para que obtivesse dinheiro para comprar comida.

O fato, meus caros leitores, é que o homem cruel, que destroçou o carvalho sem piedade alguma, como tantos outros humanos fazem com as árvores, para que essas lhes cedam o espaço que sempre pertenceu a elas, não mais tendo o que comer, passou a devorar seus próprios membros, ou seja, seu corpo passou a alimentar-se de si mesmo. Depois de muito sofrimento, somente a morte foi capaz de libertá-lo de tão cruel destino. Assim como carvalho, ele morreu esguichando sangue pelos membros que ainda restavam. Cumpriu-se o castigo da deusa Ceres. Vingou-se a morte da ninfa e do Carvalho. E assim aconteça a todos os homens impiedosos com a Mãe Natureza.

Nota: Ceres no Verão, obra do pintor francês francês Jean-Antoine Watteau.

Mit. – TESEU, ARIADNE E O MINOTAURO

Recontado por Lu Dias Carvalho

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Egeu, rei de Atenas, e Etra, filha do rei de Trézen eram os pais de Teseu. Contudo, em razão da separação desses, antes mesmo de seu nascimento, Teseu foi criado pelo avô materno. Assim que virou homem feito, foi enviado a seu pai, pois esse, antes mesmo de a criança vir a luz do dia, botou sua espada e sandálias debaixo de uma pesada pedra, e exigiu que a esposa enviasse o filho, assim que ele tivesse força suficiente para levantá-la. Como era de esperar, o jovem deu conta do recado, levantando a pedra e apoderando-se da espada e das sandálias.

Durante a viagem até Atenas, feita pelo mar, o jovem Teseu passou por grandes riscos. Um deles foi o encontro com Perifetes, o filho feroz de Vulcano, que sempre trazia consigo uma clava de ferro. Ao atacar o jovem viajante, acabou morto por ele, que ainda levou sua clava como lembrança. Mas ao chegar a Atenas, perigos maiores aguardavam-no. Um deles era a feiticeira Medeia, agora casada com seu pai, que temia que o filho viesse a intrometer-se na influência que ela exercia sobre o rei. Por isso, induziu o marido, usando mil ardis, a dar uma taça de veneno ao jovem viajante. Egeu, porém, ao reconhecer sua espada, viu que aquele era seu filho. Só restou à feiticeira a fuga, após ser desmascarada.

Aqueles tempos não eram bons para os atenienses, pois Minos, o rei de Tebas, coagia-os a pagar pesados tributos. Anualmente eram obrigados a entregar sete rapazes e sete donzelas, para que fossem devoradas pelo Minotauro (monstro feroz formado por um corpo de homem e uma cabeça de touro). Ele vivia preso num labirinto construído por Dédalo, um artífice muito habilidoso, do qual ninguém conseguia sair. Teseu resolveu salvar seu povo daquela perversidade. Por isso, na época do pagamento dos tributos, ofereceu-se para ser um dos sete jovens sorteados, embora seu pai suplicasse para que  não fosse, pois ele já se encontrava muito velho e necessitava do filho para subistituí-lo.

Em Creta, o maléfico Minos vistoriou os chegados, ao lado de sua filha Ariadne, que acabou se apaixonando por Teseu, sendo prontamente correspondida. Para ajudá-lo, ela lhe entregou uma espada e um novelo de linha. Com a primeira, Teseu mataria o Minotauro e com o segundo guiar-se-ia pelo labirinto. E tudo aconteceu de conformidade com o planejado, salvando-se todos, graças à ajuda da filha do malvado rei.

Ao retornar a Atenas, trazendo Ariadne consigo, Teseu e seu grupo pararam para descansar na Ilha de Naxos, onde, levianamente, deixou a mulher que salvara sua vida, dormindo. Usou a desculpa esfarrapada de que obedecera as ordens da deusa Minerva, que lhe foram transmitidas em sono. E já próximo a Atenas, esqueceu-se de alçar as velas do navio, conforme combinara com o pai, levando-o a crer que estivesse morto. O idoso rei, não suportando a dor da ausência do filho, acabou tirando a própria vida, ocasião em que Teseu herdou-lhe o trono.

Nota: Ariadne em Naxos, Abandonada por Teseu, obra de Evelyn de Morgan (1877)

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Mit. – ORFEU E EURÍDICE

Recontado por Lu Dias Carvalho

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O jovem Orfeu nasceu da união entre o deus Apolo e a ninfa Calíope. Seu pai presenteou-o com uma lira, instrumento que aprendeu a dedilhar com maestria, a ponto de suplantar qualquer outro que o tocasse. Quando se punha a executar sua música, tudo se aquietava ao seu redor: os mortais, as árvores, as águas, os animais, o vento e os rochedos. Até mesmo os animais mais ferozes deitavam-se a seus pés como se fossem doces cordeirinhos, para escutá-lo.

Orfeu uniu-se à ninfa Eurídice. Himeneu, o deus do casamento, filho de Apolo com Afrodite, recebeu a incumbência de abençoar o casal. Contudo, não foram bons os presságios que ali vira acontecer. Sua tocha fumeou, enchendo de lágrimas os olhos dos esposos. Como a revalidar os maus augúrios, logo depois, enquanto Eurídice passeava com as ninfas suas companheiras, o pastor Aristeu viu-a e por ela quedou-se de amores. Ao fugir de tão insistente admirador, a ninfa pisou numa cobra, sendo por ela mordida no pé, vindo logo a falecer.

O jovem marido ficou pesarosamente enlutado. Sua lira acompanhava seus queixumes onde quer que se encontrasse, comovendo até as pedras. E não conseguindo sair daquele pesar, Orfeu decidiu ir a busca de Eurídice na região onde habitavam os mortos, no reino do Estige. Ali chegando, atravessou grandes legiões de fantasmas, até se pôr diante do trono de Plutão (Hades), o deus dos mortos, e de Prosérpina, sua rainha. Tomou de sua lira e cantou sua triste história, pedindo-lhes que unissem novamente os fios da vida de Eurídice, para que ela vivesse até o momento certo de ali retornar, como acontece a todos, mais cedo ou mais tarde. Em caso de recusa, ele prometia também ficar ali, junto a ela. Os queixumes de Orfeu eram tão dolorosos, que até mesmo os fantasmas debulhavam lágrimas, paralisando tudo no reino dos mortos. Plutão e sua esposa, compadecidos, atenderam o pedido do jovem esposo.

A Orfeu foi permitido levar Eurídice, desde que, durante o trajeto, ele só olhasse para trás a fim de vê-la, ao chegar à atmosfera superior. Os dois puseram-se a caminho. As regiões pelas quais caminhavam eram tenebrosas, cheias de passagens escuras e íngremes. Preocupado com a sua amada, Orfeu esqueceu-se da ordem recebida e olhou para trás, a fim de certificar-se de que Eurídice encontrava-se bem. Por isso, ela morreu pela segunda vez, só que dessa vez em  seus braços. E imediatamente sumiu de sua presença. Desesperado, ele tentou retornar ao mundo dos mortos, mais foi impedido por Caronte, o barqueiro que fazia a travessia das almas para o outro mundo. O jovem apaixonado permaneceu nas margens do rio Estige durante sete dias e sete noites, sem comer ou dormir.  Ali cantou sua desgraça, não mais levantando os olhos para mulher alguma, pois somente Eurídice imperava em seu coração dilacerado pelo sofrimento.

Certo dia, excitadas pelos rituais do deus Baco, um grupo de mulheres tudo fez para seduzir Orfeu. Elas atiraram dardos e pedras, a fim de chamar sua atenção, mas um dos projéteis atingiu-o mortalmente. Furiosas por terem sido repelidas, as mulheres estraçalharam-no, jogando sua cabeça e sua lira no Rio Orfeu. Condoídas, as musas recolheram as partes de seu corpo, e enterraram-nas em Limetra, na Grécia. Júpiter botou sua lira entre as estrelas, enquanto Orfeu voltou à região dos mortos, no Tártaro, onde reencontrou a sua amada Eurídice, podendo viver juntos e olharem-se o quanto quisessem, sem jamais serem castigados.

Nota: Orfeu e Eurídice, obra de Jean-Baptiste Camille Corot

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Mit. – BACO E ARIADNE

Recontado por Lu Dias Carvalho

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Apesar de Júpiter ser chegado a um rabo de túnica, sua esposa Juno parecia nunca se acostumar com as traições costumeiras do marido. E pior, quem pagava o pato (ou seria o cisne?) eram sempre as ninfas e mulheres humanas seduzidas por ele, sob os mais diferentes disfarces, e os filhos com elas gerados. Uma das vítimas foi o deus Baco, filho de Júpiter com a mortal Sêmole.

Para se vingar de Sêmole, a intempestiva Juno, assumiu a forma de sua ama, dizendo que poderia ser outro e não Júpiter o seu amante, pois nem sempre as pessoas, e até mesmo os deuses, são o que dizem ser. Para tirar a prova, ela deveria pedir ao amante que viesse visitá-la majestosamente vestido, em todo o seu esplendor, como andava pelo céu. E assim fez a ingênua Sêmole. Perguntou ao rei dos reis se ele atenderia um pedido seu. Ele jurou pelo Rio Estige, juramento esse que jamais poderia ser quebrado, que sim. E ela pediu aquilo que lhe aconselhara a esperta Juno. Júpiter, ainda que aflitivo com o pedido, não teve outra saída senão cumpri-lo. Vestiu-se esplendorosamente nos céus e veio visitar a amante. Ao vê-lo, Sêmole sucumbiu diante de tanta luz que de suas vestes irradiava, transformando-se instantaneamente em cinzas.

Com a morte da mãe, Baco foi entregue às ninfas, para que dele cuidassem em sua infância. Após se transformar em homem, aprendeu como cultivar a vinha e como extrair o suco da uva. Mas Juno, ainda insatisfeita com sua vingança, pois nutria grande ódio pelos filhos do marido com as amantes, fez com que ele ficasse louco e vagasse sem rumo pela Terra. Ao chegar à Frígia, o coitado foi curado pela deusa Reia, que lhe ensinou seus ritos religiosos. Baco também instruiu vários povos sobre como cultivar a vinha. Ao retornar à Grécia, depois de muito tempo fora do país, fez com que também fosse cultuado, embora encontrasse forte oposição naqueles que temiam que ele fosse provocar desregramento e doidice. Em Tebas, sua terra natal, seu culto foi proibido pelo rei Penteu, mas as pessoas receberam-no triunfalmente.

Baco encontrou Ariadne, aquela que fora abandonada por Teseu, a quem ajudara a matar o Minotauro, na Ilha de Naxos. A jovem encontrava-se desesperada por encontrar-se sozinha naquele local ermo. Dormira e, ao despertar-se, não havia mais ninguém, apenas a nau do ingrato a singrar em alto mar. Mas Vênus, que a tudo observava, prometeu-lhe como companheiro um ser imortal, no lugar do mortal e desagradecido Teseu. E assim aconteceu, conforme prometera a deusa. Baco encontrou a jovem, consolou-a e por ela se apaixonou, vindo a casarem-se. Ela recebeu como presente de casamento, por parte do marido, uma coroa de ouro, cravejadas de pedras preciosas. Quando Ariadne morreu, Baco atirou essa mesma coroa aos céus. Ela varou o espaço e suas pedras preciosas transformaram-se em estrelas. (Ver descrição do quadro no blog)

Nota: Baco e Ariadne, obra de Ticiano.

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Mit. – PERSEU E MEDUSA

Recontado por Lu Dias Carvalho

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Perseu nasceu da união de Júpiter com Dânae, filha de Acrísio, rei de Artos. Apesar de ter o deus dos deuses como pai, sua sorte foi determinada por um oráculo, que predisse a seu avô materno que ele seria morto por seu neto. No intuito de ver-se livre de tal profecia, Acrísio enclausurou mãe e filho dentro de uma arca, lançando-a ao mar. Mas tal objeto foi encontrado por um pescador, que libertou seus prisioneiros e levou-os ao rei Polidectes que os recebeu com extrema alegria. E ali os dois passaram a viver. Mas anos depois, o reino daquele rei tão hospitaleiro viu-se ameaçado por um terrível monstro.

Medusa, que fora antes uma belíssima jovem, mas que na sua arrogância quisera competir com a beleza da deusa Minerva, sendo, como castigo, despojada de sua formosura e tendo os cabelos transformados em serpentes, era um monstro aterrador, que afligia e aniquilava aquele reino. Perseu, já adulto, foi encarregado de enfrentá-la. Porém, deveria ter muito cuidado, pois o aspecto da dita era tão horripilante que qualquer ser vivente, que a olhasse, seria transformado em pedra. E para que não restassem dúvidas sobre tal verdade, sua caverna era circundada por corpos de homens e mulheres petrificados, que, inadvertidamente, contemplaram-na, sem falar nos de inúmeros animais.

A deusa Minerva ajudou Perseu a combater o monstro que ela dera vida, enviando-lhe seu escudo. E o deus Apolo emprestou-lhe suas sandálias aladas. E foi munido de tais apetrechos que Perseu aproximou-se de Medusa, enquanto ela se encontrava num profundo sono, juntamente com suas cobras. Ele olhava apenas para a imagem dela refletida no escudo. E, num único golpe, decepou-lhe a cabeça, ofertando-a à deusa Minerva.

Nota: A Cabeça de Medusa, obra de Peter Paul Rubens e Frans Snyders

Fontes de Pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM