Arquivo da categoria: Saúde Mental

Fórum para debate sobre problemas de saúde mental, com textos alusivos ao tema.

COMBATENDO A ANGÚSTIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz can,123456

Chamamos de angústia uma forte sensação psicológica, caracterizada por “abafamento”, insegurança, humor irritadiço, opressão no peito e “fôlego curto”. A angústia é também uma emoção que precede algo, como um acontecimento, uma ocasião ou uma circunstância. A pessoa sente fisicamente que algo ruim ou inesperado poderá ocorrer. Pode, também, a angústia chegar através de lembranças traumáticas que ocorreram no passado. Os sintomas da angústia podem simbolizar situações reais ou imaginárias.

Subitamente, e sem aviso prévio, vem aquele aperto no peito e uma “falta de ar”. Surge em qualquer momento, hora ou lugar, como se uma grande mão apertasse o peito. Em seguida, vem uma sensação bem esquisita de opressão. A pessoa quer se livrar dela, mas não consegue. O coração acelera. Num determinado momento, ela está bem e noutra a apreensão surge sem pedir licença. Em outros, a angústia está associada a alguma preocupação ou sensação de insegurança. Se você vive um momento confuso ou difícil, ela pode se instalar, gerando medos e uma terrível insegurança. Em casos mais graves a pessoa pode sentir-se perseguida, com típicos quadros de paranoia.

Partindo para a filosofia da angústia, o filósofo Arthur Schopenhauer tinha uma visão extremamente pessimista da vida, onde “viver é necessariamente sofrer”. Para ele, a própria vontade de ter algo é um mal, pois isso gera angústia e dor. Nietzsche, outro filósofo, concluiu que “é preciso ter consciência de que a vida é, sim, uma tragédia, para que possamos desviar um instante os olhos da nossa própria indigência, desse nosso horizonte limitado, colocando mais alegria em nossas vidas”. Já Jean-Paul Sartre, filósofo francês, defendeu que a angústia surge no exato momento em que o homem percebe a sua condenação irrevogável à liberdade, isto é, o homem está “condenado a ser livre”. Ao perceber tal condenação, ele se sente angustiado em saber que é senhor de seu destino.

Filosofias à parte, para a ciência, mais especificamente para a psiquiatria, a angústia, se não tratada, pode evoluir para a depressão. As pessoas que apresentam quadro de angústia e não têm acompanhamento profissional desenvolvem outros distúrbios emocionais, como cansaço físico e mental, comportamento inadequado e baixa autoestima.

Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrarmos a pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. É angustiante.

O tratamento deve ser feito com as medicações psicotrópicas, com tranquilizantes e/ou antidepressivos. Elas ajudam a pessoa a superar os sintomas que acompanham a angústia. Porém, a psicoterapia cognitivo-comportamental é de suma importância para a prevenção. Para as pessoas com religiosidade, sugiro que voltem a alimentar o espírito, com prática de atividades físicas, mais lazer e, principalmente, voltem a respirar fundo e ter fé em si, para ultrapassar os limites e superar seus medos e receios.

DEPRESSÃO – USANDO A TERAPIA DE R. CRUSOÉ

Autoria de Lu Dias Carvalho

A apatia ocasionada pelo estado depressivo não é tão dolorosa quanto os pensamentos negativos. Embora o corpo mostre-se inerte, sem qualquer vontade de exercitar, a mente trabalha atabalhoadamente, produzindo um sem conta de pensamentos sombrios. E pior, o depressivo não sabe como mudar sua perspectiva de vida. Em tudo que acontece à sua volta vê apenas o sinal da confirmação de seus imaginários temores. Até mesmo o fato de um conhecido passar sem cumprimentá-lo já gera um encadeamento de mirabolantes questionamentos negativos. Jamais imagina que o amigo pode não o ter visto.

O biofísico Stefan Klein ensina: “A primeira recomendação é percebê-las. Existem diversas estratégias para isso. Uma das mais eficazes é a que Robinson Crusoé utilizou. Devemos anotar os temores, as autocríticas e as dúvidas quanto ao nosso próprio destino. O simples fato de colocarmos no papel tudo o que nos atormenta já é um primeiro passo para nos livrarmos dessas aflições. Ao mesmo tempo nos permite formar uma ideia pais precisa sobre esses pensamentos sombrios acerca do futuro ameaçador e dos julgamentos depreciativos que fazemos a nosso respeito. Parece que o que está no papel se torna mais concreto e mais fácil de analisar do que as fantasias que se desenvolvem em nossa mente”.

Se a pessoa, após ser inundada por pensamentos pessimistas, não consegue eliminá-los assim que os percebe, voltando sua atenção para outras coisas, precisa mesmo usar o método de Robinson Crusoé, listando as coisas boas e as ruins. É possível que, ao listar as boas, ele consiga escrever que “a pessoa pode não o ter visto”, como no exemplo acima.

Alguns podem até mesmo achar que terão que andar com um caderno de anotações a vida inteira. Nada disso! Já aprendemos aqui neste site que o nosso cérebro possui a capacidade de mudar ao longo de nossa vida (a chamada plasticidade cerebral). A capacidade de adaptação do Sistema Nervoso Central é surpreendente. Ele tem a habilidade para modificar sua organização estrutural e funcional como resposta às experiências vividas, ou seja, aos estímulos ambientais. O cérebro humano é capaz de se reorganizar, usando novas conexões entre os neurônios.

A constância da atividade de listar as coisas ruins e as coisas boas advindas de uma situação faz com que “O autocontrole sobre os pensamentos sombrios e as sensações ruins torne-se um hábito.  À medida que essa habilidade se aperfeiçoa, vão desaparecendo também os sentimentos amargos”, conforme explica Klein.

Não deixe de ler o artigo que complementa este:
DEPRESSÃO E TERAPIA ROBINSON CRUSOÉ

Fonte de pesquisa:
A Fórmula da Felicidade – Stefan Klein – Editora Sextante

DEPRESSÃO E TERAPIA ROBINSON CRUSOÉ

Autoria de Lu Dias Carvalho

 

Assim deduzi que conseguiria me sentir mais feliz na minha lamentável situação de desamparo do que possivelmente já me havia sentido em qualquer outro lugar do mundo… (Fala do personagem)

 Em seu livro “A Fórmula da Felicidade”  o biofísico alemão Stefan Klein fala sobre a terapia que permitiu que Robinson Crusoé, personagem do livro do mesmo nome, obra do escritor e jornalista inglês Daniel Defoe, conseguisse sobreviver numa ilha deserta, após a morte de seus colegas durante o naufrágio de seu navio.

É claro que o herói da literatura inglesa inicialmente se viu em depressão, como qualquer outro ser humano apanhado naquelas circunstâncias. Porém teve a noção de que, para sobreviver, teria que racionalizar a situação e escolher um caminho a seguir, caso não quisesse sucumbir à solidão e ao desespero. Munido de um lápis encontrado nos destroços do navio jogados à praia, ele  começou a listar as coisas ruins e as boas que lhe aconteceram em vez de ficar apenas lamentando o ocorrido:

1. encontrava-se numa ilha deserta, sem ter um só vislumbre de como dali se safar, mas, ao mesmo tempo, não havia se afogado, encontrava-se vivo;
2. era ruim estar ali sozinho, desprovido de qualquer contato humano, levando uma vida de extrema solidão, contudo, ele fora escolhido em meio a toda a tripulação de seu navio para permanecer vivo;
3. não tinha roupas para usar, mas a região era quente e ele não precisava delas…

Após listar todas as suas condições negativas e positivas, Robinson Crusoé chegou à conclusão de que poderia sobreviver naquele lugar deserto se assim o quisesse. Pôs mãos à obra para conseguir tudo o que lhe fosse possível e lhe propiciasse a continuação de sua jovem vida.  Buscaria viver da melhor maneira possível. O personagem, portanto, foi salvo por analisar a situação em que se encontrava e optar pelo caminho do otimismo. Sua escolha foi a de sobreviver em vez de morrer debilitado pela desesperança. Se cruzasse os braços, caindo na depressão, não ficaria vivo por muito tempo.

Segundo Stefan Klein, “O Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA destinou dez milhões de dólares para investigar o método de Robinson Crusoé, o que resultou em um dos maiores estudos da eficácia terapêutica já realizados, sendo denominado terapia comportamental cognitiva. O estudo durou seis anos e envolveu centenas de participantes, todos com depressões de gravidade média a alta. Sessenta por cento deles foram curados, o que correspondeu a um nível de eficácia tão alto quanto os obtidos com os tratamentos por medicação. Combinando remédios e terapia comportamental cognitiva, o percentual de cura aumentou e os riscos de recaída diminuíram.” Stefan Klein também afirma que “O método bem mais dispendioso da psicanálise mostrou-se menos eficaz. Depois de longas e caras sessões no divã, apenas um em cada três pacientes com depressão apresentou melhoras”.

A terapia de Robinson Crusoé – na verdade não tem esse nome, mas o de terapia comportamental cognitiva – prova, segundo Klein, que muitas vezes o bom senso traz mais resultados efetivos do que construções de raciocínio elaboradas, como as do divã. Este tipo de terapia, extremamente fácil e de eficácia comprovada em que o objetivo é ajudar o indivíduo a mudar de perspectiva, pode ser usado por qualquer pessoa. Portanto, se você se encontra numa fase depressiva, que tal começar este processo agora?

Nota: Leia o artigo que complementa este:
DEPRESSÃO – USANDO A TERAPIA DE R. CRUSOÉ

Obs.: Recomendo a leitura do livro em questão.

Fonte de pesquisa:
A Fórmula da Felicidade – Stefan Klein – Editora Sextante

APEGO X AUTOCONHECIMENTO

Autoria de Lu Dias Carvalho

O apego é o oposto do amor.  O apego diz: Eu quero que você me faça feliz. O amor diz: Eu quero que você seja feliz. (Jetsunma Tenzin Palmo)

A salvação não vem lá de cima, vem de si mesmo, do autoconhecimento. (Filosofia Budista)

 A vida do jeito que levamos não é satisfatória. Há uma falta interior, um vazio interior, um sentimento interior de falta de sentido que não se pode preencher com coisas ou pessoas. (Buda)

Quem vence alguém é um vencedor, quem vence a si mesmo é invencível (Morihei Ueshiba)

É sabido que muitos de nós chegam ao final do dia extenuados, não pelo excesso de trabalho feito, mas pelo peso dos pensamentos e sentimentos sombrios e pelos desejos insatisfeitos, o que gera um grande vazio e um sentimento de inutilidade diante da vida. É preciso impedir que os desejos de posse e os pensamentos desmancha-prazeres intrometam-se. Mas como? Evitando-se as maléficas armadilhas mentais que tantos danos nos causam, usando o autoconhecimento – fundamental para pôr fim a esse fardo tão fastidioso.

Já foi explicado, através dos muitos textos postados neste site, que a mente prega muitas peças e que é preciso estar atento às suas imaginações delirantes, não se permitindo entregar aos seus delírios. Ela é capaz de transformar os pensamentos comuns ao dia a dia em esparrelas, verdadeiros alçapões que tiram o gosto pelo existir. É necessário muito empenho a fim de não carregar os pensamentos e sentimentos vida afora. Faz-se necessário botar um freio no sofrimento sem razão de ser – efeito de nossas tolas ilusões. Inúmeros textos científicos têm nos ensinado como agir de modo a viver da melhor maneira possível. O Budismo também nos ensina como trabalhar a nossa mente através do autoconhecimento.

A filosofia budista, ao ensinar a prática da meditação e também que a ética engloba o respeito a si mesmo, aos outros e a todos os seres vivos, ajuda as pessoas na superação do sofrimento. Enfatiza, sobretudo, que nenhuma mudança poderá acontecer, se a pessoa não começar olhando para si mesma, ao invés de encontrar os problemas nos que a rodeiam. Ensina que é impossível respeitar os outros, quando não se tem respeito por si próprio e que não adianta fazer do dia a dia um rosário de tormento – muitas vezes levando sofrimento a quem está por perto e que não nenhuma culpa possui. Afirma que tudo que existe no mundo é impermanente (fato comprovado pela Ciência) e, portanto, todos devem aprender a lidar com as transformações, doenças e perdas presentes neste mundo.

Não é preciso ser um devoto budista para conhecer as “quatro grandes verdades” do Budismo. São elas:

  1. o sofrimento é inevitável, ou seja, ser humano algum passa pela vida sem sofrer, ainda que seja um príncipe ou um miserável;
  2. para superar o sofrimento é preciso eliminar o apego, isto é, eliminar a persistência em querer sempre mais e mais, achando que tudo é pouco, esquecendo-se de que somos apenas passageiros do tempo, de modo que o que possuímos apenas nos é emprestado por um determinado período;
  3. é possível alcançar a libertação do sofrimento, ou seja, existe possibilidade de    nos livrarmos do apego às ilusões e, em consequência, eliminarmos o nosso padecimento;
  4. elimina-se o apego através de práticas corretas, ou seja através do conhecimento encontrado no estudo dos textos, mantras, meditação, etc.

Observe o leitor que as duas pri­mei­ras “Nobres Verdades” têm rela­ção de causa e efei­to entre si: o apego – causa de toda dor e desgraças existentes no mundo – é o responsável por gerar o sofrimento. Por sua vez, ao eliminar o apego (às pessoas e às coisas) através do autoconhecimento, chega-se à iluminação, ou seja, ao cessar do sofrimento.

Segundo Buda, o apego é fruto da ignorância humana, incapaz de compreender a forma real das coisas, não reconhecendo, sobretudo, sua impermanência. O cantor Lulu Santos afirma com sabedoria em sua música “Como uma Onda” que:  Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia/ Tudo passa, tudo sempre passará…

O ser humano não conhece a sua verdadeira natureza – sua essência – sendo exatamente isso o que o leva sempre a se agarrar em algo externo. Por não se conectar consigo mesmo, toma seu “eu” egoísta como senhor ou outras pessoas como modelo, o que acaba gerando um vazio interior cada vez maior. Sem o autoconhecimento, o homem acaba cedendo ao apego às coisas e às pessoas, achando que está indo ao encontro da segurança e consequentemente da felicidade. Ledo engano, pois somente o autoconhecimento é capaz de tornar-nos pessoas melhores e felizes, capazes de amar a nós mesmos e aos outros, como canta nosso inesquecível Renato Russo:

“É preciso amar como se não houvesse amanhã”.

Nota: a ilustração é Mulher ao Espelho, obra de Richard Emil Miller.

ANSIEDADE/DEPRESSÃO E PLANTAS MEDICINAIS

Autoria de Lu Dias Carvalho A utilização de plantas como base para tratar doenças é um hábito milenar, seja por meio do uso de chás, outros preparos caseiros ou até, mais recentemente, os medicamentos fitoterápicos. (Site Guia da Farmácia)

As plantas medicinais são as espécies vegetais, cultivadas ou não, em geral, tradicionalmente utilizadas com o propósito de aliviar sintomas e/ou promover a cura de afecções. (Dra. Camila de Albuquerque Montenegro)

Existem muitas plantas medicinais que ajudam a aliviar os sintomas da ansiedade e da depressão, embora o estudo sobre elas ainda não esteja totalmente concluído. Elas podem ser cultivadas em quintais ou vasos dentro de casa; compradas como sachês de chá em supermercados; como cápsulas ou tinturas em farmácias de homeopatia, sendo também comum encontrá-las desidratadas em mercados ou feiras. Antes de usar é importante saber para que serve a planta medicinal. Quais são os princípios ativos, como preparar e qual a dosagem. Vejamos as mais comuns:

Camomila – trata-se de uma das plantas mais conhecidas. As flores é que são utilizadas, pois possuem um aminoácido de nome glicina que é um relaxante muscular e nervoso, além do flavonoide de nome apigenina que aumenta os efeitos calmantes. O ideal é tomar o chá ainda quente, feito por infusão de cinco a dez minutos.

Erva-de-são-joão – trata-se de um arbusto com flores amarelas. É responsável por aliviar a depressão, a ansiedade e o TAG. Sua substância ativa é a hipericina, acredita-se que ela seja capaz de contribuir com o humor positivo. Antes de tomá-la faz-se necessário uma conversa com o médico ou farmacêutico, caso esteja tomando um outro medicamento para que não potencialize o efeito de certos antidepressivos. As pessoas acometidas por transtorno bipolar não devem fazer uso desse chá.

Lúpulo – é uma trepadeira e dela se usa as flores. Além de aliviar o estresse, também induz ao sono profundo. Imagina-se que possa agir sobre o sistema nervoso central. Comumente é usado para combater a ansiedade e a insônia. Não é recomendada para quem tem depressão, pois pode potencializar o efeito de sedativos, comprimidos para dormir e álcool.

Melissa (erva-cidreira) – planta muito comum em solo brasileiro. É usada para diminuir a ansiedade, a insônia e dores de cabeça associadas à irritabilidade. É um fitoterápico aprovado para “distúrbios nervosos do sono”. Acredita-se que seja capaz de estimular a produção de neurotransmissores, podendo também equilibrar os efeitos da cafeína. Pode causar sonolência nas pessoas mais sensíveis a seus efeitos.

Maracujá (passiflora) – arbusto trepadeira, também muito comum em solo brasileiro. Tanto suas flores quanto suas folhas podem ser usadas para combater o estresse e os períodos de grande ansiedade. Também combate a insônia. Suas substâncias ativas possuem efeito levemente sedativos. Algumas pessoas podem apresentar confusão mental ou tontura ao fazer uso dessa planta. Mulheres grávidas ou que estejam amamentando não devem fazer uso desse fitoterápico.

Valeriana – trata-se de uma planta com flores rosas e brancas, também conhecida pelo nome de “valium da natureza”. Dela é usada a raiz. É tida como benéfica no alívio do estresse, depressão, ansiedade e insônia. Mulheres grávidas ou lactentes não devem tomá-la. É preciso conversar com o médico ou farmacêutico, caso esteja tomando outro medicamento, pois pode trazer problemas quando ingerida com certas drogas.

Verbena – é uma planta de flores lilases. Dela são usadas tanto as flores quanto as folhas. Dentre os efeitos benéficos que proporciona estão o alívio da tensão nervosa, da depressão e a promoção de um sono profundo. Não é recomendada para o uso de mulheres grávidas, pois pode provocar contrações.

Obs.:

  1. Os medicamentos fitoterápicos são aqueles obtidos a partir das plantas medicinais (drogas ou derivados vegetais), as quais passam por operações farmacotécnicas ou de tecnologia farmacêutica para ser inseridas em uma forma farmacêutica.
  2. Todo fitoterápico deve ter sua ação comprovada por meio de ensaios farmacológicos e toxicológicos que garantam eficácia, segurança e qualidade, para ser registrados e utilizados com o fim profilático, curativo ou paliativo, afirma a Dra. Camila.
  3. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico.
  4. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente há registro de 2.160 Unidades Básicas de Saúde que disponibilizam fitoterápicos ou plantas medicinais.
  5. A Fitoterapia é praticada por 1.457 equipes de saúde e a Farmácia Viva está instalada em oitenta municípios.

Fontes de pesquisa
50 coisas que você pode fazer para controlar a ansiedade/ Wendy Green

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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE MAIS COMUNS

Autoria de Lu Dias Carvalho

A ansiedade é comum a todos os seres humanos. Trata-se de uma reação natural de seu organismo e faz parte do instinto de sobrevivência: “lutar ou fugir”. Quando passageira e em razão de algum acontecimento estressante, ela o ajuda a ficar mais alerta através da liberação dos hormônios do estresse, sem lhe causar danos. Contudo, quando a sensação de apreensão ou pavor é de longa duração e sem nenhuma causa aparente traz efeitos ruins para o corpo e a mente.

É muito comum que pessoas com ansiedade também desenvolvam depressão, pois ambas as doenças estão interligadas, sendo o problema de saúde mental que mais cresce em todo o mundo. Segundo pesquisas médicas, a ansiedade pode ser tanto a causa como o sintoma da depressão.

Muita gente nunca ouviu falar do transtorno afetivo sazonal (TAS) – um tipo de depressão que ocorre no inverno, quando os dias ficam mais curtos e há menos incidência de luz solar. As pessoas que vivem em lugares frios, ao contrário das que vivem nos trópicos, são as maiores vítimas. A razão disso, acreditam alguns estudiosos, está no fato de a falta de sol diminuir os níveis de serotonina – substância cerebral importante na regulação do humor – e também na redução da preciosa vitamina D tão importante para o funcionamento do organismo.

Tipos de Transtornos mais comuns:

TAG – o chamado transtorno de ansiedade generalizada está ligado à preocupação excessiva. A pessoa fica ansiosa a maior parte do tempo.

ATAQUES DE PÂNICO – sintoma comum dos transtornos de ansiedade. É um turbilhão de medo avassalador que acontece repentinamente. Uma de suas características mais comuns é a hiperventilação (respiração rápida). Pode durar de dois minutos a cerca de meia hora.

FOBIAS – medo irracional de uma situação, ou animal ou objeto, sendo que um tipo de fobia pode levar a outro. As pessoas ansiosas podem desenvolver fobias com mais facilidade. As mais comuns: 1. Agorafobia – medo de sair de um ambiente em que se sentem seguras para um espaço diferente; 2. Claustrofobia – medo de espaços fechados, mesmo quando não houver perigo algum; 3. Fobia Social – medo de qualquer situação que envolva encontrar-se com pessoas, preocupando-se com a opinião delas; 4. Fobia de Sangue – medo de ver sangue, de tomar injeções, fazer exames de sangue, etc.; 5. Fobia simples – medo de animais (aves, insetos, etc.) ou objetos específicos (botões, pontes, telefones, etc.).

TOC – o chamado transtorno obsessivo-compulsivo apresenta-se nas formas de obsessões e compulsões. A obsessão trata-se de um pensamento repetitivo e involuntário, enquanto a compulsão diz respeito a uma ação física repetitiva. As compulsões também podem estar relacionadas com a repetição de palavras, frases ou orações. Dentre as causas que podem ocasionar o TOC, acredita-se que as pessoas perfeccionistas estejam mais suscetíveis a desenvolver tal doença.

TDC – o transtorno dismórfico corporal é semelhante ao TOC. A pessoa possui a autoimagem distorcida, mostrando muita preocupação com o que considera um defeito em seu corpo, embora os outros nem notem. Olham com frequência o espelho para verificar sua aparência, sempre preocupada com seu aspecto exterior, o que acaba lhe causando ansiedade social e depressão. Tal distúrbio pode levar a transtornos alimentares como a bulimia ou a anorexia.

TEPT – o chamado transtorno por estresse pós-traumático é uma condição mental causada por um acontecimento traumático. A pessoa traumatizada vê-se revivendo o fato, durante semanas, meses ou anos, por meio de lembranças inesperadas que surgem como flashbacks, alucinações ou pesadelos. São vitimadas por ansiedade intensa, ataques de pânico, depressão, distúrbios do sono, etc. Algumas pessoas, se não tratadas, serão incapazes de levar uma vida normal.

Nota: a ilustração é A Bebedora de Absinto, obra de Pablo Picasso.

Fonte de Pesquisa
50 coisas que você pode fazer para controlar a ansiedade – Wendy Green