A ANUNCIAÇÃO (Aula nº 42 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O arquiteto italiano Filippo Brunelleschi foi o responsável por uma descoberta prodigiosa no campo artístico que viria a dominar toda a arte dos séculos conseguintes — a da perspectiva. O pintor Masaccio criou uma das primeiras obras de acordo com essas regras matemáticas. O grande pintor Fra Angelico — frade dominicano — aplicou os métodos usados por Masaccio em suas pinturas, a fim de exprimir as ideias da tradição da arte religiosa. Ele tinha como único objetivo narrar a história sagrada com simplicidade e beleza. Estudaremos hoje uma de suas obras-primas. Primeiramente é necessário acessar Fra Angelico – A ANUNCIAÇÃO e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

Obs.: Enriqueça a sua capacidade interpretativa das obras de arte acessando o link acima. Faz-se necessário ler o texto integralmente!

  1. O tema predileto do religioso italiano Fra Angelico era:

    1. a Crucificação de Cristo
    2. a Anunciação da Virgem
    3. os Mártires da Igreja
    4. o Pecado de Adão e Eva

  2. A Virgem e o anjo encontram-se num pórtico iluminado e colorido, inclinados, numa posição de ………………..

    1. modéstia e submissão
    2. alegria e louvor
    3. grandeza e regozijo
    4. humildade e tristeza

  3. Acima da coluna central do pórtico, situada entre Maria e o anjo, está presente………. que a tudo presencia:

    1. o Profeta Isaías
    2. São Pedro
    3. São José
    4. Deus Pai

  4. A pomba branca que desce numa bola de luz em direção à Virgem simboliza o Espírito Santo. E a descida do Espírito Santo simboliza o momento exato da ………..

    1. anunciação
    2. aceitação
    3. concepção
    4. bênção

  5. Com sua figura graciosa e delgada, a Virgem Maria encontra-se assentada numa cadeira vistosa e traz no colo as Sagradas Escrituras. Está vestida com singeleza e traz os cabelos cobertos por………….
     
    1. um fino véu
    2. uma tiara de ouro
    3. uma coroa
    4. um denso véu

  6. O círculo dourado e brilhante que nas imagens sacras envolve a cabeça de Cristo e a dos seres divinais e, que nesta composição circunda a cabeça de Maria e a dos dois anjos, simbolizando santidade, é conhecido como:

    1. auréola
    2. nimbo
    3. halo
    4. Todas as respostas estão corretas.

  7. À esquerda do anjo Gabriel encontra-se uma passagem coberta com uma cortina vermelha que leva ao quarto de Maria. A cobertura do passadouro simboliza…………

    1. a vida da Virgem junto a seus familiares.
    2. o recolhimento e a vida recatada da Virgem.
    3. a capacidade de acolhimento de Maria.
    4. Todas as respostas estão incorretas.

  8. Uma cerca e uma sebe florida fazem a separação entre o cenário, onde se encontram a Virgem e o anjo Gabriel, e aquele onde se vê ………………

    1. Adão e Eva
    2. S. Isabel e Zacarias
    3. Sant’Ana e Joaquim
    4.  Emerentia e Matthat

  9. A andorinha, pousada acima da coluna central, simboliza …………… de Jesus Cristo.

    1. o nascimento
    2. a morte
    3. a ressurreição
    4. a crucificação

  10. A composição de Fra Angelico apresenta duas cenas. O que chama a atenção na segunda cena é o fato de os dois personagens encontrarem-se……..

    1. totalmente nus
    2. num lugar triste
    3. muito pequenos
    4. usando roupas

  11. Fra Angelico, ao apresentar duas cenas em sua pintura, tinha por objetivo mostrar que:

    1. Todos o homens caem em sua caminhada terrena.
    2. Apesar da queda, Cristo nasceria para trazer a libertação.
    3. É bom vigiar pois o pecado ronda a humanidade.
    4. A vinda de Cristo não era sinônimo de libertação.

  12. A técnica usada pelo frade em sua obra foi ouro e……………… sobre madeira. Trata-se de uma técnica de pintura na qual os pigmentos ou os corantes podem ser misturados com um aglutinante que pode ser uma emulsão de água e gema de ovo (o ovo pode ser inteiro ou somente a clara).

    1. têmpera
    2. mosaico
    3. sfumato
    4. chiaroscuro

Gabarito
1.b / 2.a / 3.d / 4.c / 5.a / 6.d / 7.b / 8.a / 9.c / 10.d / 11.b / 12.a

Obs.: Conheça a vida do artista acessando o link abaixo:
Mestres da Pintura – FRA ANGELICO

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A PERSPECTIVA NA ARTE  (Aula nº 42)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                               

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O pintor italiano Fra Angelico (1387–1455), nascido próximo a Florença, fez uso dos novos métodos criados por Masaccio, principalmente quando expunha em suas obras as ideias tradicionais da arte cristã. Embora fizesse uso das novas descobertas de seu tempo, também foi fiel a certas ideias da arte gótica. Dentre as obras criadas pelo frade dominicano estão os afrescos pintados no mosteiro florentino de São Marcos em cerca de 1440 (século XV). Era uma obra bem extensa, sendo que cada monge possuía em sua cela uma cena sacra, assim como em cada final de corredor, para sua meditação. Essas se encontram entre as suas mais belas obras.

Uma das celas do mosteiro de São Marcos apresenta um mural intitulado “Anunciação” (ver figura acima à esquerda) em que o frade mostra sua habilidade a respeito da perspectiva. O claustro, onde a Virgem encontra-se ajoelhada, mostra como o artista fez uso perfeito desse método. Ele narra a história bíblica com simplicidade e beleza. Abre mão de qualquer demonstração exagerada de modernidade, embora conhecesse muito bem as inovações que Masaccio e Brunelleschi introduziram na arte.  É possível que tenha nascido daí o arrebatamento que suas pinturas repassam a todos os que as veem.

Outro pintor notável desse período foi o florentino Paolo Uccello (1397–1475). Sua obra mais bem conservada é conhecida como “A Batalha de San Romano”— iremos estudá-la brevemente — que alguns acham ter adornado um dos aposentos do Palazzo Medici. A figura do guerreiro caído por terra era sem dúvida de grande dificuldade de execução, ao ser representada em perspectiva, e deve ter causado um grande orgulho ao artista, pois até então nenhuma pintura fora pintada assim.

Vimos que pintores como Fra Angelico faziam uso de inovações, sem abrir mão das regras antigas. Paolo Uccello, por sua vez, mostrava-se inteiramente cativado pelos novos métodos. Contudo, havia artistas, como Benozzo Gozzoli (c. 1421–1497) — ex-discípulo de Fra Angelico — que eram menos ambiciosos em suas obras, trabalhando com leveza, usando os novos métodos, mas sem se preocupar demais com os ensinamentos antigos ou novos, como mostra a pintura intitulada “O Cortejo dos Reis Magos”, obra de Gozzoli que ainda iremos estudar. Seu compromisso, ao usar as novas realizações, era o de tornar mais agradáveis as cenas da vida de sua época.

As descobertas feitas por Donatello (escultor) e por Masaccio (pintor) no campo das artes expandiram-se, chegando até outros pintores de cidades ao norte e ao sul de Florença, deixando os artistas ávidos por implementá-las em suas criações. Dentre esses estava Andrea Mantegna (1431–1506) que havia trabalhado na cidade universitária de Pádua e posteriormente na corte dos duques de Mântua. É lamentável que uma série de murais, narrando a lenda de São Tiago — pintados por ele numa igreja de Pádua —, tenha sido quase que totalmente danificado por bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Encontravam-se entre as obras mais celebradas de todos os tempos.

Mantegna tentava imaginar o mais claro possível como seria a cena de sua composição, se caso essa fosse real. Era exigente com aquilo que chamava de realidade. Além de importar-se com a essência da história a ser expressa em seu trabalho, interessavam-lhe as circunstâncias externas. Buscava reconstituir a cena como imaginava que essa tivesse acontecido. Para melhor se exprimir, fez um estudo de monumentos clássicos, para dar mais realidade a seus trabalhos. Observem a beleza da cena acima.

Piero della Francesca (c.1416–1492) foi outro importante pintor italiano. Enquanto Mantegna introduzia os novos métodos de arte no norte da Itália, ele fazia o mesmo na região ao sul de Florença. O artista detinha total domínio da arte da perspectiva, assim como o do tratamento da luz (praticamente inexistente na obra dos artistas medievais, com suas figuras planas que não projetavam sombras). A ilustração intitulada “O Sonho do Imperador Constantino” (gravura ilustrativa à direita) é um detalhe de um afresco criado por ele em cerca de 1460 (século XV).

A pintura em questão narra a lenda que diz respeito ao sonho que levou Constantino a aceitar a fé cristã. A cena é representada à noite, quando o soberano encontrava-se dormindo em seu catre de campanha, antes de uma batalha. Sua tenda está aberta e seu guarda pessoal está sentado próximo a seu leito, encontrando-se dois soldados de sentinela. Um relâmpago ilumina o lugar, quando um anjo desce do Céu trazendo na mão o símbolo da Cruz. Observem o efeito da luz do relâmpago na tenda.

Ainda sobre a pintura acima, Piero apresenta seu total domínio da arte da perspectiva, além de ter sido ousado na forma dimensional do anjo que chega a desorientar-nos. A tudo isso ele acrescentou o tratamento da luz que ajudou a moldar as formas das figuras, o que é também importante para a perspectiva, pois repassa a ilusão de profundidade. O soldado da frente apresenta-se como uma silhueta escura diante da abertura iluminada da tenda, mostrando a distância em que se encontra do guarda pessoal do imperador, cuja figura é iluminada pelo clarão emanado pelo anjo. O jogo de luz e sombra cria um clima de mistério naquela noite tão especial em que o monarca iria mudar toda a trajetória da história da humanidade.

Nota:
Perspectiva linear — espaço tridimensional representado matematicamente sobre o plano bidimensional de um quadro. Sua técnica exata foi descoberta pelo escultor Filippo Brunelleschi.

Exercício:
1. O que você sabe sobre Fra Angelico?
2. Qual a importância de Piero della Francesca como pintor?
3. Mantegna – SÃO TIAGO A CAMINHO DA EXECUÇÃO

Ilustração: 1. A Anunciação (c.1440), obra de Fra Angelico / 2. O Sonho de Constantino (c. 1460, obra de Piero della Francesca.

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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A PESCA MILAGROSA (Aula nº 41 A)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Outro importante nome da pintura que, a exemplo de Masaccio e Jan van Eyck, tentou repassar em suas obras a realidade, como essa se mostra aos olhos, foi o alemão Konrad Witz (c.1400-1446). A composição que ora estudamos tem sido descrita como a primeira paisagem topográfica na pintura do norte europeu. Ele não se contenta a representar o mar de Tiberíades com uma série convencional de linhas onduladas, como faziam os pintores medievais. Ele imagina como deve ter acontecido a presença de Jesus nas águas ao encontrar os pescadores. Ele pinta uma paisagem real. Segundo o Prof. E. H. Gombrich, “Talvez se trate da primeira representação exata, o primeiro ‘retrato’ de um panorama jamais tentado”. Ele também pintou pescadores de verdade, homens rudes do povo, meio desajeitados, buscando manter o barco em equilíbrio. Primeiramente é necessário acessar o link Konrad Witz – A PESCA MILAGROSA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

Obs.: Enriqueça a sua capacidade interpretativa das obras de arte acessando o link acima. Faz-se necessário ler o texto integralmente!

  1. A composição em estudo possui uma temática:

    1. mitológica
    2. religiosa
    3. histórica
    4. científica

  2. Suas figuras esculpidas e o seu interesse…………………….. da paisagem de fundo, tornam-no um dos nomes importantes da arte renascentista.

    1. pela perspectiva e pelo realismo
    2. pelo esboço e pela imaginação
    3. pelo classicismo e pela fidelidade
    4. pela arte egípcia e pelas convenções

  3. A composição bíblica A Pesca Milagrosa é tida como uma obra-prima do artista em razão……………………. presente na paisagem.

    1. do colorido intenso
    2. dos variados tons de verde
    3. da modernidade do tratamento
    4. da posição do barco

  4. A cena é transposta do mar da Galileia para o………….. nos arredores de Mont Blanc com o Petit Salève do outro lado do lago.

    1. Lago Léman
    2. Lago Ness
    3. Lago de Constança
    4. Lago de Genebra

  5. A transposição permitiu ao artista usar sua observação das características………….. reais, ao invés de trabalhar com a imaginação, como fizeram outros pintores.

    1. celestes
    2. topográficas
    3. vegetativas
    4. aquáticas

  6. Todas as alternativas abaixo estão corretas, exceto:

    1. Jesus Cristo acompanha a pesca de seus doze apóstolos no lago.
    2. Quatro dos apóstolos retiram a rede com peixes da água.
    3. Dois discípulos — um em cada ponta do barco — remam.
    4. Pedro encontra-se na água caminhando em direção ao Mestre para saudá-lo.

  7. É possível ver……………… de Pedro dentro da água clara.

    1. as mãos
    2. os braços
    3. as pernas
    4. as vestes

  8. A auréola que circunda a cabeça de Cristo e seus seguidores simboliza sua……….

    1. humanidade
    2. bondade
    3. humildade
    4. divindade

  9. A imagem de Cristo não reflete na água como indicativo de que………………

    1. uma nuvem protege seu corpo
    2. não está sujeito às leis da natureza
    3. encontra-se muito distante da água
    4. seu manto confunde-se com a água

  10. A técnica usada pelo artista foi:

    1. têmpera sobre madeira
    2. óleo sobre madeira
    3. têmpera sobre tela
    4. óleo sobre tela

Gabarito
1.b / 2.a / 3.c / 4.d / 5.b / 6.a / 7.c / 8.d / 9.b / 10.a

Obs.: Conheça mais sobre a vida do artista acessando o link abaixo:
Mestres da Pintura – KONRAD WITZ

 

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ESCOLAS DE ARTE NO SÉCULO XV (Aula nº 41)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

        

A valorização dos artistas, graças ao crescimento das cidades, foi fundamental para que a arte fosse olhada sob um novo prisma. Eles não eram mais vistos como simples prestadores de serviços ou pessoas de quem nem se sabia o nome, sendo que nem mesmo assinavam suas obras. Em razão dessa valorização o século XV viu brotar uma série de variadas escolas de arte. Elas surgiam em quase todas as cidades — fossem elas grandes ou pequenas — da Itália, de Flandres e da Alemanha. Eram motivo de orgulho para seus citadinos. Contudo, é bom saber que a palavra “escola” é um tanto equivocada para o que realmente acontecia, uma vez que naquela época não havia escolas de arte, onde jovens alunos ali pudessem frequentar suas aulas.

Ao mostrar seu desejo de ser pintor, a família do interessado pleiteava a colocação do filho como aprendiz na casa de um dos mestres da cidade. Quanto mais rica ela fosse, mais renomado seria o mestre escolhido. O garoto passava a morar com seu mestre e sua família, sempre atendendo ao que lhe fosse solicitado, fazendo de tudo para se mostrar útil e cair nas suas boas graças. Dentre as suas tarefas a serem executadas na oficina estavam: triturar o material para a obtenção das cores e ajudar na execução de painéis de madeira ou telas.

Depois de certo tempo, o aprendiz passava a fazer trabalhos sem importância, como a pintura de um pau de bandeira, por exemplo. Quando o mestre se via sob o peso de muitas encomendas, ordenava que o principiante o ajudasse no acabamento das partes mais fáceis das obras (pintar o fundo já delineado previamente na tela, acabar a pintura das roupas dos personagens secundários numa cena, etc.). À medida que o aprendiz ia expandindo seu talento, sendo capaz de imitar o modo de pintar de seu mestre, ele ia recebendo, gradualmente, tarefas mais complexas, como pintar um quadro em sua totalidade a partir do esboço feito pelo mestre e com a sua supervisão. Jamais recebia remuneração pelos serviços feitos.

Era exatamente assim que as “escolas de pintura” do século XV funcionavam. Eram excelentes centros de aprendizado, saindo dali alunos excepcionais. Essa forma de ensinar também contribuiu para desenvolver uma acentuada individualidade, sendo possível ao historiador de arte, ao analisar uma pintura desse período, saber de qual cidade era originária, a qual fase do Renascimento pertencia e, muitas vezes, descobrir até mesmo quem foi o mestre desse ou daquele pintor. E por falar em fases, é interessante saber que o Renascimento costuma ser dividido em três fases: trecento — referente ao século XIV; quattrocento — referente ao século XV; e cinquecento — referente ao século XVI.

A cidade de Florença/Itália (primeira ilustração acima) foi a grande responsável pelo início da revolução na arte. Masaccio, Brunelleschi e Donatello deixaram um maravilhoso legado do qual fez uso a geração que se seguiu, o que nem sempre era fácil, uma vez que muitos clientes faziam encomendas que ainda se mostravam inalteradas, ou seja, não haviam passado por transformações desde o período anterior, como casas e palácios. Foi o arquiteto florentino Leon Battista Alberti (1404–1472) quem encontrou a solução que é usada até os dias de hoje pela arquitetura.

A ilustração central acima mostra um palácio, construído por Leon, para uma família de ricos moradores florentinos. Ele projetou o edifício com três andares, mantendo-se fiel aos métodos de Brunelleschi e ornamentando a fachada com formas clássicas. Pintores e escultores da Florença quatrocentista muitas vezes tiveram que adequar os novos métodos aos da antiga tradição, ou seja, foi preciso que mestres de meados do século XV tivessem que misturar o velho e o novo, as tradições góticas e as formas modernas.

O escultor italiano renascentista Lorenzo Ghiberti (1378–1455) — pertencente à geração de Donatello — é tido como o maior desses mestres florentinos capazes de harmonizar as novas realizações com a antiga tradição, como mostra sua obra “O Batismo de Cristo”, conforme descrição encontrada no link abaixo. Além disso, ele permaneceu leal a algumas ideias da arte gótica, embora continuasse buscando inovações artísticas. Ele também era fundidor em metal.

Exercício:
1. Qual foi o resultado da valorização do artista no século XV?
2. Como se dava o aprendizado de um candidato a pintor?
3. Lorenzo Ghiberti – O BATISMO DE CRISTO

Ilustração: 1. Florença no século XV / 2. Palazzo Rucellai (1460), obra de Leon Battista Alberti / 3. Pintura de afresco e trituração de cores, c. 1465

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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Lorenzo Ghiberti – O BATISMO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

       

A obra intitulada O Batismo de Cristo, executada em bronze dourado, é de autoria do arquiteto florentino Lorenzo Ghiberti. Trata-se de um relevo para a mesma pia batismal (ilustração à direita) em Siena para a qual Donatello fez  “O Festim de Herodes”.

Jesus Cristo aparece no centro da composição, de frente para o observador, usando um manto que apenas lhe cobre parte do corpo, tendo à sua esquerda um definhado São João Batista a entornar água sobre sua cabeça a fim de batizá-lo. O grupo encontra-se à margem do rio Jordão. À direita de Cristo estão, de pé, dois anjos celebrantes que interagem entre si.  Na parte central superior, logo acima de Jesus, aparecem Deus Pai e a pomba simbolizando o Espírito Santo. Logo abaixo encontram-se cerca de 12 anjos.

Atrás de São João Batista vê-se uma árvore que pode se encontrar ali com o objetivo de simbolizar vida nova. O santo está descalço sobre um monte de pedras, para ficar mais alto e realizar o batismo. Ele parece segurar um velho chapéu na mão esquerda. As hostes angelicais acompanham a cena com grande júbilo.

Ao contrário de Donatello em sua obra — presente na mesma pia — ao representar uma cena sagrada, Ghiberti não nos repassa a ideia de espaço real, sugerindo apenas profundidade, permitindo que as principais figuras se projetem claramente contra um fundo neutro. Seu trabalho lembra o dos precursores medievais, como mostram os cuidados que teve ao compor o pregueado das vestes, lembrando certos trabalhos de ourives do século XIV.

O artista caracterizou cada figura com muito carinho, permitindo que se compreenda o real papel desempenhado por cada uma delas:

  • Cristo, o Cordeiro de Deus, apresenta-se em sua beleza e humildade;
  • São João Batista marca sua presença com um gesto enérgico ao derramar a água sobre a cabeça do batizado;
  • e as hostes celestiais mostram-se em visível júbilo.

Ficha técnica
Ano – 1427
Material – bronze dourado
Dimensões: 60 cm x 60 cm
Localização: Pia batismal da catedral de Siena, Itália.

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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OS ARTISTAS E SUAS CORPORAÇÕES (Aula nº 40)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

As descobertas feitas pelos artistas da Itália e de Flandres (região atualmente localizada na Bélgica) no início do século XV acabou por revolucionar toda a Europa. O fato de que a produção artística, além de servir aos objetivos cristãos ao narrar passagens bíblicas de uma forma comovente e também ser capaz de levar à reflexão, ao apresentar uma pequena parcela da vida real, deu um novo estímulo aos artistas e mecenas (indivíduos que protegem e apoiam as artes, as ciências e os profissionais que trabalham nessas áreas). Nada como a motivação para mudar o curso da história, rompendo com a estagnação que tantos malefícios traz a um povo nos mais diferentes campos de sua trajetória. E foi exatamente isso que o Renascimento fez.

Os artífices, ao deixar para trás as similaridades de suas obras, começaram nas mais diferentes partes da Europa a pesquisar e a realizar experiências com o objetivo de encontrar novos caminhos artísticos. A arte do século XV, ao fazer uso do elixir do vigor e embrenhar-se no espírito da aventura, marcou seu verdadeiro rompimento com a Idade Média. Todas essas mudanças não teriam acontecido, se também não tivesse existido uma mudança na concepção de vida desses povos, pois a arte é sempre o resultado do que acontece num determinado período da história humana, abrangendo os mais diferentes campos: social, político, religioso e econômico.

Para uma melhor compreensão é bom que nos lembremos que até por volta de 1400 (século XIV) a arte em diferentes partes da Europa evoluía lentamente e de maneira muito igual. Recordemo-nos do chamado Gótico Internacional, quando pintores e escultores góticos da França, Itália, Alemanha e Borgonha limitavam-se a criar obras bem parecidas. O mesmo acontecia no campo do saber e até mesmo no político. Só para se ter uma ideia, os homens cultos da Idade Média falavam e escreviam em latim, pouco lhes importando se transmitiam seus conhecimentos na Universidade de Paris (França), de Pádua (Itália) ou de Oxford (Inglaterra). A nobreza dessa época estava voltada apenas para os ideais da cavalaria — lealdade total ao rei ou ao senhor feudal — sem se ater ao que acontecia com o povo ou com qualquer outra nação.

As cidades, seus burgueses e moradores começaram a prosperar em fins da Idade Média. Os castelos e seus barões estavam perdendo a importância de que gozavam até então. Os mercadores usavam seu próprio idioma, opunham-se aos concorrentes estrangeiros e ganhavam cada vez mais força. As cidades passaram a orgulhar-se de sua posição e privilégios no comércio e na indústria. Começou a brotar entre os citadinos um forte orgulho no tocante à nacionalidade.

Artistas e artesãos passaram a organizar-se em corporações (seriam os sindicatos de hoje), também conhecidas como “guildas”, que zelavam pelos direitos de seus membros, garantindo-lhes um mercado para seus produtos. Contudo, não era qualquer um a fazer parte da chamada corporação de ofício. Essas exigiam que o artista fosse de fato um mestre em seu ofício. Somente, então, tinha o direito de montar sua própria oficina, empregar aprendizes (esses nada recebiam pelo trabalho que ajudavam a realizar) e receber encomendas (retratos, retábulos, estandartes, brasões, etc.). Havia também as guildas que não tinham relevância econômica, mas apenas um caráter religioso, beneficente ou de lazer.

Essas corporações eram de grande importância para a prosperidade das cidades, sendo bem aceitas e com o poder de serem ouvidas. Eram tão consideráveis que corporações como as dos ourives, dos tecelões e armeiros, dentre outras, doavam uma parte de suas verbas à fundação de igrejas, à construção de palácios para as guildas e à criação ou ornamentação de altares e capelas, resultando numa grande valorização da arte. O ponto negativo estava no fato de, ao zelar excessivamente por seus membros, impedir que um artista estranho encontrasse emprego ou fosse aceito entre os do grupo. Para transpor tamanha resistência, o artista precisava ser muito famoso, podendo, assim, viajar livremente de uma cidade para outra, principalmente durante a construção das grandes catedrais.

Exercício:
1. Qual foi a importância das cidades para a arte?
2. O que levou os artistas a romperem com a desmotivação em que se encontravam?
3. Petrus Christus – O OURIVES

Ilustração: O Ourives (1449), obra do artista Petrus Christus

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich
Renascimento – Nicholas Mann

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