Autoria de Lu Dias Carvalho
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Aprendemos através do que estudamos até agora que a arte reflete um determinado período da história da humanidade e, como os fatos são mutáveis a arte também o é. Foi acompanhando suas transformações que passamos pela Pré-História, onde tivemos contato com as pinturas rupestres. Passamos a seguir pela Idade Antiga ou Antiguidade quando travamos contato com a arte do Egito, Grécia e Roma antigos, assim como pela arte Bizantina. Na Idade Média estudamos os estilos Românico e Gótico. Depois chegamos à Idade Moderna, período que teve a predominância de quatro estilos distintos de arte: Renascimento, Maneirismo, Barroco e Rococó.
Em torno de 1520 (século XVI) os artistas italianos e os apaixonados pela arte davam a entender que a pintura já havia alcançado o seu apogeu, não havendo mais nada a ser nela acrescido. Acreditavam que artistas como Michelangelo, Rafael, Ticiano e Leonardo da Vinci não deixaram nada por ser feito. Tudo aquilo que gerações anteriores almejaram fazer, eles conseguiram e, sendo assim, a arte encontrava-se estagnada. Muitos artistas, acreditando nessa paralisação, passaram a estudar os artistas citados, muitas vezes criando apenas obras sem qualidade, ao excederem na imitação, relegando a criatividade. Mas havia aqueles que acreditavam que ainda havia muito a ser criado. Passaram a buscar uma pintura cheia de significado e sabedoria, muitas vezes cheias de excessos, pois suas obras tornavam-se obscuras, somente acessíveis aos eruditos da época. O estilo desse período recebeu o nome de Maneirismo.
O estilo maneirista aconteceu, portanto, após o Alto Renascimento na Itália, quando pintores, escultores e arquitetos deixaram de lado muitas das convenções clássicas tão buscadas pelos renascentistas. Por ter iniciado em 1520, ano da morte de Rafael Sanzio, alguns estudiosos da arte veem o Maneirismo como uma reação à harmonia clássica do pintor e de seus contemporâneos. O termo “maneirismo” era visto como um rótulo depreciativo para os críticos posteriores que o viam apenas como uma transição afetada entre o Renascimento e o Barroco, mas a partir do século XX o termo passou a ser usado de um modo neutro, ou seja, como sendo apenas mais um estilo de arte.
O Maneirismo tem suas raízes ficadas na Itália. Alguns estudiosos consideram que seu início aconteceu em 1520, tratando-se de um estilo refinado e emocional, enquanto outros veem-no como afetado e decadente. Dentre as suas características estão a tensão e a dramaticidade que os artistas conseguiam obter, ao usar figuras alongadas em posturas extravagantes, com cores e luz fortes e distorção da escala e perspectiva. A figura principal da composição maneirista mostra-se quase sempre rodeada de muitos elementos e, além disso, nem sempre ocupa o centro da composição. A luz intensa sobre os objetos reproduz sombras que, por sua vez, intensificam a dramaticidade da obra. As vestes dos personagens são sempre muito bem trabalhadas.
Embora tenha se originado na Itália, florescendo em cidades como Florença e Roma, o Maneirismo espalhou-se pela Europa durante todo o século XVI, chegando a tornar-se o estilo oficial de inúmeras cortes que contrataram artistas italianos para servi-las. As cortes de Fontainebleau (França) e a de Praga (Boêmia) podem ser vistas como os campos mais importantes do Maneirismo fora da Itália. Portanto, não é de se estranhar que as obras mais refinadas desse estilo fossem destinadas à aristocracia. O Maneirismo teve o seu fim por volta de 1600.
Exercício
1. Como teve início o Maneirismo?
2. Qual foi a reação dos artistas da época?
3. Cite algumas características do Maneirismo.
Ilustração: 1. A Última Ceia (1592-1594), obra de Tintoretto.
Fontes de pesquisa
A história da arte/ E. H. Gombrich
Manual compacto de Arte/ Editora Rideel
Arte/ Publifolha
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Lu
El Greco foi para mim o mais interessante artista do Maneirismo. Estou ansioso para estudarmos uma obra dele.
Moacyr
Eu também gosto muito das obras de El Greco, com suas figuras serpenteadas, assim como das obras de Tinttoreto e outros mais.
Abraços,
Lu
Lu
Deve ser muito interessante esse estilo artístico, Maneirismo, surgido após o Renascimento na Italia. Como a vida é dinâmica, tudo tende a se transformar, e a arte como e a maior forma de expressão humana se reinventa constantemente. O o Maneirismo se caracteriza pelo uso paradoxal de luz e sombra com bastante intensidade, direncionado para uma simbologia bem acentuada nas figuras apresentadas. O contraste nas suas obras mostram que a sombra só existe se houver a luz, e tudo isso é algo peculiar no decorrer da história humana.
O Maneirismo surge após um período de explosão de luzes e harmonia acontecida no Renascimento. Esse novo estilo introduz a sombra e mostra que também existe ausência de luz, pois a vida é dual. O Maneirismo foi o precursor do estilo Barroco que predominou por um grande período na Europa, sendo o primeiro estilo de arte a ser seguido no Brasil.
Hernando
Embora o Maneirismo tenha sido um estilo de passagem muito breve, não sendo adotado em toda a Europa, ele contou com grandes artistas, como veremos na descrição de algumas obras a partir da próxima aula.
Um grande abraço,
Lu
Lu
As figuras do Maneirismo são bem interessantes sendo que suas proporções alongadas e contorcidas são impossíveis de combinar com a realidade. O termo “maneirismo” foi utilizado pelo escritor e artista italiano Giorgio Vasari, ao referir-se à maneira de cada artista trabalhar. O Maneirismo foi utilizado nas artes plásticas, arquitetura, escultura e outras. Era considerado intelectualista e artificialista. Os vários estilos de arte mostram que tudo muda, nada fica estagnado e a criatividade do ser humano não tem limites.
Marinalva
O estilo maneirista atingiu todas as formas de arte da época, mesmo não tendo a popularidade alcançada pelo estilo renascentista. Alguns o achavam bem intelectualizado, não agradando a todos, o que sempre acontece com qualquer estilo. O pintor, arquiteto e escritor italiano Giorgio Vasari foi mesmo o responsável pela origem do nome. Existem obras maneiristas muito interessantes. Iremos estudar algumas delas.
Abraços,
Lu