CUIDADOS AO USAR ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

carn.12

Nós, as vítimas dos descontroles mentais, vemo-nos muitas vezes à deriva, num mar de antidepressivos, sem saber qual rumo tomar, ou melhor, que rotas darão à nossa vida os médicos, em especial os psiquiatras, na maioria das vezes com suas consultas relâmpagos, nas quais mal damos conta de abrir a boca. E se pouco ou nada indagam de nós ou de quem nos acompanha, aí a vaca vai para o brejo, e melhor seria ter buscado um curandeiro, jogador de búzios ou ledor de sorte.

Normalmente quando buscamos um psiquiatra, já chegamos ao seu consultório com a serotonina lá embaixo e, consequentemente, com o estado de humor no fundo do poço. Não somos capazes de prestar muita atenção no que o especialista diz-nos, e muito menos somos capazes de dizer aquilo que ele deixou de nos perguntar. Se já nos encontramos tão fragilizados, faz-se necessário que o profissional retire de nós o maior número de informações possível, como se fora um dedicado detetive. Este é o seu papel. Esta é a sua função. Deixar o paciente à deriva é de uma judiação imensurável.

O artigo de hoje tem justamente a finalidade de alertar o leitor, vitimado por uma doença mental, ou o acompanhante desse, no sentido de ter mais cuidado durante a consulta psiquiátrica, principalmente quando se tem contato com o profissional pela primeira vez. É preciso estar atento às informações repassadas, e também às explicações pedidas, pois um esclarecimento que deixa de ser dado, ou compreendido, pode trazer sérios problemas, sendo um deles a síndrome serotoninérgica.

Saiba, caro leitor, que a síndrome serotoninérgica é um problema sério que vem se repetindo com bastante frequência, cujos principais sintomas são os distúrbios neuromusculares, mudança do estado mental e hiperatividade autonômica, sendo que os casos mais sérios são os derivados da combinação de duas ou mais substâncias medicamentosas. No caso dos antidepressivos, faz-se necessário, muitas vezes, um tempo entre o antigo remédio tomado e o novo. Esse tempo deve ser recomendado pelo especialista consultado, levando em conta a interação medicamentosa. E se ele se esqueceu de mencionar, pergunte-lhe a respeito. Não leve dúvidas para casa.

O namorado de uma amiga, após tomar cloridrato de fluoxetina (forma genérica do Prozac), indicado por um cardiologista, durante um período de 50 dias, sem nenhuma pausa foi instado a tomar oxalato de escitalopram (forma genérica do Lexapro), receitado por um psiquiatra. Segundo minha amiga, em nenhum momento o psiquiatra alertou o paciente sobre a necessidade de esperar 15 dias para iniciar a nova medicação. Ao contrário, liberou-o para já começar no dia seguinte. O resultado está nos dizeres dela: Infelizmente, nos últimos dias, meu namorado só tem piorado. Está mal humorado, irritado, frio, distante, desesperançoso, sem forças até mesmo para trabalhar.”.

Pesquisando na internet, encontrei uma pergunta de uma pessoa, possivelmente depressiva, e a resposta de um profissional, referente ao assunto em questão, que repasso ao leitor:

Pergunta:
Estou fazendo tratamento com o medicamento Exodus (oxalato de escitalopram), há mais de 4 semanas, tomo de manhã, como sempre faço. Só que hoje estou me sentindo bem pra baixo, pior que nos outros dias, será que posso tomar um comprimido de fluoxetina agora? O psiquiatra não me receitou, mas tenho em casa. Ou isso pode me causar algum problema por já ter tomado o escitalopram? Obrigada.

Resposta
Não pode de forma alguma. Se você toma dois antidepressivos da mesma classe farmacológica (fluoxetina e escitalopram) que recaptura serotonina, pode lhe gerar um problema chamado síndrome serotoninérgica, que dá palpitações no coração, náusea, vômito, inquietação, altera sua pressão arterial e outros problemas. Não use fluoxetina junto com escitalopram! Se você está para baixo, avalie se algo aconteceu que a deixou triste (se sim, logo passa), ou volte ao consultório para reavaliar a dose do escitalopram. (Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question)

Como a nossa vida passou a andar com extrema rapidez, o mesmo esperamos dos remédios. Queremos obter respostas rápidas e eficazes. Mas com os antidepressivos a resposta não é tão veloz assim. Segundo informações médicas, é necessário que tomemos o remédio pelo menos durante três semanas, sem falharmos um dia sequer, para que sintamos o seu efeito positivo. E se ao final de seis semanas, não sentirmos nenhuma modificação benéfica, resta-nos retornar ao psiquiatra para uma reavaliação. Ele nos dirá se os sintomas colaterais que estamos sentindo são normais, ou não; se devemos prosseguir com o medicamento ou passar para um novo. Mas não se esqueça de informar ao médico sobre o medicamento que está tomando e de perguntar-lhe por quanto tempo deve esperar para tomar o outro receitado.

Atenção:

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  OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA

2.354 comentaram em “CUIDADOS AO USAR ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA

  1. Regina Valentina

    Lu

    Meu marido começou a fazer tratamento com antietaniol. Vou ver se consigo explicar: Ele bebeu já muito, mas fica 7 a 8 meses sem beber. Depois bebe uns 3 dias seguidos. E quando para, não fica com síndrome de abstinência, vai ficando muito nervoso, irritado e de mau humor, voltando a beber novamente. Só que este medicamento não pode ser tomado a vida toda para poder segurar a vontade de beber. Pensei em um calmante, ansiolitico ou algo parecido, mas não sei e não conheço. Gostaria de poder ajudá-lo. Por favor, me oriente.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Regina

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, um problema não pode ser combatido apenas em suas consequências. É preciso buscar as causas, pois somente assim poderá ser sanado em sua raiz. O antietaniol é um coadjuvante destinado ao tratamento do alcoolismo crônico, mas ele não trata a causa. No caso de seu marido é preciso descobrir o que o leva a beber tanto assim. Que trauma existiu em sua vida que o levou a buscar ajuda no álcool. Trata-se apenas de uma inclinação? É preciso averiguar com mais profundidade, pois fora disso qualquer medicamento agirá apenas como paliativo. Os ansiolíticos teriam as mesmas consequências, ou seja, agiriam apenas como paliativos temporários, até que o organismo se acostumasse com eles. Em nada adiantaria.

      Regina, sugiro-lhe que o leve a um psiquiatra. E esse, depois de medicá-lo, irá pedir-lhe faça terapia, tenho certeza. Não vejo outro caminho. Faça isso o mais rápido possível, quando ele se encontrar sóbrio. Gostaria que continuasse em contato comigo.

      Seu e-mail está incorreto.

      Abraços,

      Lu

  2. Warley

    Lu
    Comecei a tomar escitalopram 10 mg devido à ansiedade, tristeza, etc. Hoje faz 22 dias que comecei e estou me sentindo melhor.
    Acontece que estou tendo dificuldade de ereção e de chegar ao orgasmo! Continuo o tratamento ou paro por aqui?

    Obrigado

    1. LuDiasBH Autor do post

      Warley

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se como parte de nossa família.

      Amiguinho, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos, dentre os quais encontra-se a diminuição da libido. Ao ler os comentários verá que é um problema que acontece muito. Contudo, com o tempo, o organismo vai voltando ao normal.

      Warley, em hipótese alguma deverá parar o tratamento, pois as crises de ansiedade e depressão, se não tratadas, tendem a tornar-se cada vez mais fortes e mais constantes, como crises de pânico, tendo você que voltar a usar o antidepressivo, quer queira ou não. A melhor saída é conversar com a pessoa de sua parceria amorosa sobre o problema que ora vive. Tenho a certeza de que ela entenderá perfeitamente. Sempre brinco dizendo que não adianta ter ao lado um “garanhão” desequilibrado. Além do mais, o coito não é a única forma de sexo. Temos muitas coisas a aprender com os orientais. Continue me dando notícias suas.

      Seu e-mail está incorreto.

      Abraços,

      Lu

    2. Felipe Augusto

      Lu e leitores

      Acompanho os comentários desse site que me encorajaram a ter paciência para aguardar o efeito do remédio.

      O médico me receitou Exodus, 3 gotas, depois 5, 7 e faz dois dias 10. Não entendi muito bem o porque disso. Faz 23 dias que estou tomando o medicamento junto a um ansiolítico pra dormir.

      Fui algumas vezes parar no ps achando que estava sofrendo ataque do coração, inclusive com a pressão um pouco elevada. Os médicos falavam que era ansiedade. Eles me davam calmante e mandavam pra casa. Da última vez foi uma loucura, muito medo e vários sintomas físicos. Virei refém do meu medo, mas consegui me desprender da ideia de ter um problema grave no coração e de ficar contando as batidas e medindo pressão. Mas iniciei a semana com uma recaída. Mas estou confiante e espero muito não ter problemas cardiacos. Tenho outra consulta com o psiquiatra para falar da melhora. Espero ir melhorando até lá e ter minha vida de volta.

      Tenho 26 anos e sempre fui ansioso, descontando no álcool, que bebia todos os dias. Não sei se isso ajudou a desencadear esta síndrome… No início do tratamento sentia muita tontura, que diminuiu bastante. O que sinto ainda é o medo e às vezes um pouco de sensação de dificuldade pra respirar, o que me limita muito. Enfim, gostei do site, li todos os comentários no início do meu tratamento.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Felipe Augusto

        Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinho, você está com a Síndrome do Pânico. Como já deve ter lido aqui, todas as pessoas, que têm tal transtorno, acham que estão tendo um enfarte, o que as leva a ter um medo incontrolável. É que a crise é tão violenta, que repassa a sensação de que estamos morrendo. Portanto, não se preocupe, pois seu coração não tem problema algum. O objetivo do antidepressivo é dominar tal síndrome, possibilitando-o viver com qualidade.

        Felipe, alguns médicos preferem que o paciente comece tomando uma dosagem pequena, para que o organismo vá acostumando aos poucos com o antidepressivo. É por isso que a sua dosagem veio aumentando. Quanto ao ansiolítico, assim que não precisar dele para dormir, deixe-o de lado, para usá-lo apenas quando for necessário. As recaídas são normais, pois o organismo, a cada dosagem aumentada, acaba ressentindo. E você ainda se encontra na fase inicial. Passe a contar três semanas a partir do último aumento. Mas isso logo passa. Para a eficácia do tratamento seja POP (paciente, otimista e persistente). Em relação ao álcool, imagino que não tenha sido a causa de sua ansiedade, mas, sim, um efeito dela. Ou seja, você o tomava para acalmar-se. O fato é que ele potencializa ainda mais as crises. Mas fique tranquilo, pois tudo isso irá passar. Tenha paciência. Continue em contato com conosco.

        Abraços,

        Lu

    3. Felipe Augusto

      Lu
      Antes de passar no psiquiatra, sofri por quase dois meses esperando a data da consulta, pois estou fazendo pelo Sus. Nesse tempo fiz tratamento pro estômago, estava com refluxo, tomava 3 medicamentos, o que poderia até ser devido ao meu problema da síndrome. Em relação ao estômago já estou melhor, ainda sofrendo com o funcionamento dele que está longe de ser o que era.

      Com tantos problemas físicos, cheguei a acreditar que estava morrendo, e o pior de tudo era a sensação de tontura, dores no peito. Cheguei a pedir um eletrocardiograma pro clínico geral analisar, mas ele me disse que estava bem. Estava aflito, lendo páginas e mais páginas no Google, tentando achar explicação para tudo… O pior é que minha vida parecia “normal”, sendo difícil de aceitar essas coisas. Fugi de frequentar lugares lotados, pois em algumas tentativas, até em supermercados, me senti mal. Não sei quando terei coragem de ir à 25 de março, por exemplo, novamente. Será que tantos problemas assim podem ser justificados por transtornos mentais?
      Via meu pai tomando antidepressivo quando eu era pequeno nunca imaginei que entraria nesta. Hoje converso com ele a respeito de remédios, e sobre a contradição da vida. Difícil também lidar com amigos namorada que não entendem o que é ser refém de si próprio.

      Obrigado!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Felipe

        O seu problema estomacal deve estar ligado, sim, ao transtorno mental, pois nosso sistema digestivo é um dos mais afetados com tais distúrbios. Assim que o antidepressivo estiver agindo eficientemente, ele tenderá a desaparecer. Procure ficar o mais tranquilo possível. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas tendem a melhorar mais rapidamente.

        Amiguinho, o mundo de hoje, extremamente competivo, consumista é egoísta, é um campo fértil para muitos dos transtornos mentais. A cada dia mais e mais pessoas enchem os consultórios psiquiátricos. Resta-nos aceitar nossas limitações, buscar tratamento e seguir em frente da melhor forma possível. Os antidepressivos contribuem imensamente para a nossa qualidade de vida. Benditos sejam eles.

        Não era preciso que sofresse tanto, em busca por respostas no Google, quando poderia vir fazer parte de nossa família. Custou muito a encontrar-nos? Todo dia, centanas de pessoas acessam nosso site, em busca de resposta e ajuda emocional. Digo-lhe isso para saber que não se encontra só.

        A fuga de lugares lotados deve-se à Síndrome do Pânico. A maioria de nós já passou por tudo isso. Lembro-me de fugir até de cinemas. A nossa casa passa a ser nosso porto seguro. Mas o antidepressivo irá deixá-lo como antes. Poderá ir, não apenas à 25 de Março, mas até à China… risos. Quanto à namorada e amigos, abra-se com eles. Conte-lhes o que está lhe acontecendo. Se não acreditarem que as pessoas podem passar por situações assim, peça-lhes para visitar este espaço. Não tente esconder deles seu problema, pois isso o tornará ainda mais ansioso e inseguro.

        Abraços,

        Lu

  3. Clayson

    Olá, Lu!

    Na semana passada eu levei um susto: Tive a certeza que estava infartando! Eu pensava só em melhorar, mas quanto mais tentava, pior ficava. Aguentei uma noite inteira só de cochilos. Acordei e fiquei oscilando entre bem-estar e uns calafrios terríveis. Anoiteceu e minha respiração estava falhando. Procurei os sintomas na internet é constatei: infarto! Marquei psiquiatra pelo SUS, só que a triagem foi marcada para o dia 25 do mês que vem. Consegui ir em um clinico, que me passou apenas Rivotril à noite. Achei muito forte e consegui que outro médico me indicasse Alprazolam (não sei porqye achei que seria melhor que Rivotril). Tomei duas noites 1,0 mg de alprazolam, sendo que ia dormir lá para as 22 horas e sempre acordava lá para as 3 horas me sentindo ansioso.

    Decidi pagar um psiquiatra que me passou Exodus 20 mg, 5 gotas de manhã e cinco à tarde, junto com Alprazolam (0,25mg) de tarde e Rohypnol pra dormir. Fiquei apavorado com a bula do remédio pra dormir e nem tomei. Estou tomando há dois diasas gotas de Oxalato de Escitalopram e um comprimido de Alprazolam antes de dormir e até agora foi assim: 5 horas de sono noturno. Acho melhor acordar 4 e pouca do que tomar aquilo.

    No meu segundo dia de antidepressivo, eu posso dizer que já não sinto tanto enjoo, mas ainda estou um pouco inquieto, com ondas de calor, me sentindo um pouco lerdo. Mas hoje consegui me sentir bem e rir, até. Fiquei feliz, pois sempre fui muito risonho e brincalhão. Fora isso, quanto ao Exodus, estou buscando ser POP!

    Beijos e muita força para nós!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Clayson

        Faça quantos comentários quiser. Não há problema algum. Já respondi o anterior.

        Abraços,

        Lu

        1. Amintas

          Lu
          Fui recentemente à psiquiatra que me diagnosticou com TAG e TDAH. Acredito que ela acertou na “mosca”, no meu problema, haja vista que, além da extrema ansiedade que sempre me acompanhou ao longo desses 34 anos, também sempre tive problema em me concentrar, principalmente nos estudos. Por exemplo, enquanto estou tentando estudar, ainda que esteja “focado” no objeto do meu estudo, a minha mente não para e fica pensando numa série de coisas, o que, infelizmente, me impossibilita de concentrar a minha atenção nos estudos.
          Neste sentido, já devidamente diagnosticado, a médica me receitou, 3 (três) opções de medicamentos para tratamento. são eles:
          1- RECONTER 10mg;
          2- ESCILEX 10mg;
          3- ESPRAN 10mg;
          4- DECIPRAX 10mg.

          Diante dessas possibilidades de medicações e do meu quadro de saúde, qual deles devo tomar?

        2. LuDiasBH Autor do post

          Amintas

          Bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, não precisava passar tanto tempo sofrendo, não é mesmo? O importante é que agora já se encontra em tratamento, o que irá lhe possibilitar uma melhor qualidade de vida. Em relação à lista de remédios, escolha o mais barato, pois todos têm como princípio ativo o oxalato de escitalopram. Estes são nomes fantasias para diferenciar um laboratório do outro. Quando pego minha receita, peço apenas ao médico para escrever “oxalato de escitalopram” e compro o mais barato.

          Abraços,

          Lu

        3. Amintas

          Lu
          Muito obrigado pela explicação! Desta vez comprei o RECONTER. comecei a tomar ontem e, por incrível que pareça, já estou me sentindo mais tranquilo, mais calmo, porém, talvez por estar no começo ainda, meio lento nos reflexos e raciocínio.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Amintas

          Vou lhe enviar, via e-mail, uns links que gostaria que lesse. Muito sucesso no tratamento.

          Abraços,

          Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Clayson

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família!

      Amiguinho, você teve uma crise de pânico, que tem os mesmos sintomas de um ataque cardíaco. Na primeira vez que isso acontece, todos correm para o hospital achando que estão morrendo, pois não sabem o que está lhes acontecendo. A crise é tão sofrida, que a pessoa passa a ter medo do medo que sentiu. Buscar ajuda médica é o passo mais importante, pois, se não tratada, os ataques de pânico tendem a ser cada vez mais fortes e mais próximos. Como já sabe o que lhe aconteceu, caso venha a passar por um até que o antidepressivo entre em ação, deite-se e mantenha-se o mais relaxado possível, sem oferecer nenhuma resistência, apenas desviando sua atenção para outra coisa, aguardando que o mal-estar passe.

      O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados, pois sua eficácia tem sido comprovada em vários tipos de transtornos mentais. Também faço uso de tal substância há mais de cinco anos. Seu médico começou com 20 mg, pergunte-lhe se não poderia começar com 10 mg. Muitas pessoas ficam boas apenas com 10 mg. Mas não diga que fui eu quem mandou perguntar, pois eles não gostam da intromissão de terceiros. Quanto ao alprazolam ou rivotril, eles são indicados apenas para o início do tratamento, quanto a pessoa não está conseguindo conviver com os efeitos adversos. Caso não sinta necessidade, não precisa tomar esse ou aquele (são iguais). Mas assim que começar a melhorar deverá retirar esse tipo de medicamento, que, com o uso prolongada, trará prejuízos à saúde. Para melhorar seu sono, sem fazer uso de tal medicamento, tome um banho morno antes de dormir e um copo de leite tépido, e durante o dia faça uso de chá de camomila, melissa ou ibisco (3 xícaras). Existem também calmantes fitoterápicos.

      Clayson, pressinto que você logo estará bem, pois é uma pessoa muito alegre e otimista. Continue risonho, brincalhão e POP. Venha sempre nos fazer companhia. Encaminhe para este espaço pessoas que conheça e estejam sofrendo com transtornos mentais, pois nosso objetivo é ajudá-las.

      Abraços,

      Lu

      1. Clayson

        Lu, obrigado.

        Tenho receio de perguntar se não posso diminuir para 10 mg… Acho que ele vai me dizer: “se eu passei 20 mg, foi porque eu sabia o que estava fazendo”. Hoje eu estou me sentindo até muito bem, apesar das pernas inquietas. Ou seja: não sei se devo mexer em time que está ganhando, entende? Ele me pediu para voltar nele daqui há dois meses. Achei muito para quem toma Alprazolam todo dia (e teoricamente, o Rohypnol). Quanto ao Exodus, parece que estamos nos resolvendo. Eu ligo para o doutor ou não? Falo que estou com medo do remédio pra dormir? Pergunto se posso ir diminuindo o Alprazolam?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Clayson

          Você mesmo poderá ir manejando o alprazolam. Comece diminuindo a dosagem. Depois passe a tomá-lo somente quando achar extremamente necessário. Não há necessidade de voltar ao médico ou ligar para ele em relação a isso. Esse medicamento é apenas um coadjuvante no tratamento. Muitas pessoas nem mesmo fizeram uso dele, como poderá ler nos comentários.

          Em relação à dosagem de 20 mg, pelo que me relatou, você passou por uma única crise de pânico, não havendo necessidade da prescrição de uma dose tão alta, que diz respeito a casos mais severos. O bom de uma dosagem mais baixa é que, quando o organismo acostuma-se com o medicamento, pode-se aumentar a dosagem, sem precisar mudar para um outro antidepressivo, sem falar, também, que o preço é bem menor. Você também poderá dividir o comprimido em dois e tomar só a metade. Eu tomo 10 mg há mais de cinco anos. Trato de depressão e transtorno do pânico. Na dúvida, poderá também pedir a opinião de um segundo psiquiatra.

          Abraços,

          Lu

    2. Caetano

      Lu

      Eu estava tomando 5 mg de oxalato de escitalopram por 20 dias, e ontem tomei 10 mg, porque o médico pediu para aumentar a dose. Tomo remédio da pressão losartana, e ontem tomei de manhã 50 mg e 10 mg do espram. Como estava com ansiedade no trabalho, tomei 3 mg de bromazepam. Só que fiquei o dia inteiro com a pressão baixa: 10 por 6 e suando frio na testa e nuca. Hoje voltei a tomar de 5 mg do espram e diminuí o remédio da pressão para 25 mg. À noite vou tomar novamente 25 mg. O que você acha que aconteceu comigo e o que me recomendaria?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Caetano

        Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se parte da família.

        Amiguinho, muitos médicos dão início ao tratamento com doses pequenas, para que o organismo vá se acostumando aos poucos, mas outros preferem iniciar com uma dose mais elevada. Imagino que tenha repassado para seu médico a listagem dos medicamentos dos quais faz uso. Isso é fundamental em todo o qualquer tratamento. Se não o fez, deverá entrar em contato com ele e falar-lhe sobre isso. Se já o fez, não se preocupe, pois trata-se de efeitos adversos do medicamento. Ainda assim, fale-lhe sobre a queda de pressão que teve. Ele terá que avaliar se foi apenas uma queda passageira ou se ela persistiu por um longo tempo.

        Todo antidepressivo traz efeitos adversos no início do tratamento, dentre eles o suor frio (veja o texto que lhe enviarei). Eles duram cerca de três semanas. Pessoas hipertensas também podem tomar antidepressivos. O uso de um ansiolítico para ajudar a conter a ansiedade, também pode ser feito. Portanto, não há problema algum e não há motivo para voltar a tomar 05 mg do antidepressivo. Se persistir a queda de pressão, volte a falar com seu médico, pois o medicamento para pressão não pode ser mexido sem ordem médica. Acho que o que está lhe acontecendo são os esperados efeitos adversos do antidepressivo. Saiba, porém, que na fase inicial é necessário repassar a seu médico informações sobre o que está sentindo. Vou lhe enviar uns links para ajudá-lo. Sempre que precisar, venha conversar conosco.

        Abraços,

        Lu

  4. Thiago Régis

    Lu

    Há um ano e meio fiquei desempregado e desde então venho estudando fortemente para concursos com dedicação total. Há uns 6 meses tenho aumento de ansiedade, que está atrapalhando muito meus estudos. A concentração e memória foram para o lago abaixo. Intensifiquei as atividades físicas diárias (corrida e musculação), porém não sinto melhoras. Procurei um clínico geral, e esse me encaminhou para o psiquiatra, que me receitou BRINTELIX 10 mg. Tomei por 40 dias e só piorou minha ansiedade. Retornei ao médico que trocou a medicação pelo RECONTER 15 mg. Estou há 15 dias com essa medicação. Venho sentindo uma leve melhora na ansiedade, porém a concentração e memória não acompanham. Semana que vem retornarei ao psiquitra e gostaria de alguma orientação.

    Grato pela atenção!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thiago

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família!

      Amiguinho, a maioria do povo brasileiro tem vivido uma fase de grande frustração e desesperança. São tempos difíceis, pois nosso país está sendo governado por uma quadrilha de ladrões, totalmente descomprometidos com a ética. E nesta tensão em que o povo brasileiro vive, os transtornos mentais vêm aumentando dia a dia. Os consultórios psiquiátricos estão cheios. Também tenho passado por uma fase de grande desencanto, mas, como faço uso de antidepressivo, venho equilibrando a barra. Você faz bem ao buscar trilhar os caminhos do concurso público, pois não passa um só dia em que trabalhadores não sejam jogados na rua.

      Thiago, ao que me parece, sua ansiedade é decorrente do momento que vive. Quando é assim, há mais facilidade em controlá-la, sobretudo ao mudar certos parâmetros de sua vida. O tratamento com o antidepressivo é necessário, inclusive para evitar transtornos mais sérios como a Síndrome do Pânico, mas ele sozinho não resolve tudo. Você precisa trabalhar sua mente (vou lhe repassar o link).

      Você ainda se encontra no início do tratamento com o oxalato de escitalopram (também faço uso dele) aguardando que os efeitos bons apareçam, o que acontece, normalmente, em torno de três semanas, sendo preciso, portanto, um pouco mais de calma. Quanto às atividades físicas, quando em excesso, elas também trazem prejuízos ao corpo, que necessita de descanso. Segundo um médico que escreve aqui no site, o excesso de exercícios físicos é até mais prejudicial do que a falta. Sugiro que os faça dia sim e dia não. E não faça corrida e musculação no mesmo dia, pois são duas atividades extenuantes.

      Em relação à memória e à concentração, assim que o medicamento trouxer maior equilíbrio ao seu corpo, elas melhorarão. Procure também intercalar outras atividades em meio aos estudos, pois a mente precisa de descanso, também. Nunca estude mais de três horas sem fazer uma pequena pausa de pelo menos meia hora, em que poderá ouvir música, ver parte de um filme, conversar com alguém, ler nosso site (existem outras categorias), etc. Muitos médicos costumam receitar para a memória um fitoterápico de nome Ginko Biloba (é vendido sem receita médica). Eu o tomo diariamente. Dê uma olhada no Google para maiores informações. Procure também evitar álcool, e tome muito líquido (sucos, chás de camomila, melissa, ibisco, etc). O fundamental: viva com mais leveza, cobre menos de si e dos outros. E retorne sempre para conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

  5. Bruno

    Lu e amigos

    Estou fazendo 5 meses tomando 10 gotas de oxalato de escitalopram (RECONTER) para ansiedade e fobia social. Graças a Deus não tive sintomas adversos, senti desde o início os efeitos apaziguadores do remédio, até porque eu fiz uma mentalização de que tudo iria melhorar com o medicamento, nem que fosse um efeito placebo. Sinto-me mais sereno e tranquilo, hoje faço coisas que há seis meses atrás me incomodavam muito, como dar um recado em uma sala cheia de gente. Participo de reuniões, frequento cursos, etc. Sou muito grato a meu psiquiatra e ao oxalato de escitalopram, posso dizer que mudou minha vida. Obviamente tenho feito atividades paralelas que reforçam meu estado de espírito, como praticar de atividade física, fazer meditação pela manhã antes de ir trabalhar, ouvir músicas mais relaxantes (troquei até a emissora de rádio), frequentar com mais assiduidade a missa dominical, etc. O somatório dessas pequenas atitudes é que vão dar o efeito de serenidade. Desejo a todos muita paz e confiança no tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruno

      Parabéns pelo seu sucesso. Deus e seu médico realmente fizeram maravilhas, mas você se esqueceu de dizer que os amigos deste cantinho também o ajudaram muito. Não suma. É sempre muito bom obter notícias suas.

      Abraços,

      Lu

  6. Antonio

    Lu
    Tenho TAG e estava fazendo uso de VELIJA 60 mg. Fiquei 7 semanas com ele, e na última passei a usar 30 mg. Acho que a noradrenalina não me deixou dormir. Comecei com EXODU 5 mg, primeira semana, e estou há 12 dias com 10 mg. Contudo, estou mil vezes mais ansioso, às vezes penso em suicídio, ser internado, não durmo há meses. O Rivotril 0,25 está fraco. Será que o VELIJA ainda está agindo? Faz 10 dias que parei.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônio

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, não é mesmo fácil o início do tratamento com antidepressivos. A pessoa realmente sente-se pior do que antes, pois seu organismo vê o remédio como um corpo estranho e não o aceita, daí a razão de sentir que sua ansiedade aumentou. Contudo, depois de cerca de três semanas, os efeitos ruins vão passando e os bons surgindo. Nesta fase inicial é preciso muita paciência e força de vontade. Eu sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). A maioria passa pelo que você está vivenciando, conforme poderá ler nos comentários. Também é comum os pensamentos ruins, intensificados ainda mais pelo fato d enão dormir.

      Antônio, ainda que os efeitos adversos sejam comuns na fase inicial do tratamento, é muito importante que você repasse a seu médico tudo o que está sentindo, inclusive o fato de não estar dormindo há tanto tempo. Ele terá que aumentar a dosagem do rivotril, que só deve ser tomado quando for realmente necessário. O oxalato de escitalopram pode causar insônia no início do tratamento, mas, depois de um tempo, o corpo volta à sua normalidade. Comunique a alguém próximo a você o fato de estar tendo pensamentos ruins, inclusive relativos ao suicídio, para que a pessoa fique de olho em você até que esta fase passe. Quanto a ser internado, isso seria bom em razão do tempo que está sem dormir. Converse com seu médico sobre essa possibilidade, pois o sono é fundamental para o nosso equilíbrio.

      Saiba, meu querido amigo, que tudo isso irá passar, e você terá uma vida com qualidade, assim que o antidepressivo começar a trazer os bons efeitos. Muitas pessoas já passaram ou estão passando pelo mesmo que você. Mas quando essa turbulência estiver ficado para trás, você verá que valeu a pena ter passado por tudo isso. O antidepressivo existe para trazer-nos qualidade de vida, afastando nossos transtornos mentais. Tenha paciência! Saiba que não se encontra sozinho. Sempre que sentir vontade venha para cá conversar conosco. Veja-nos como parte de sua família. E como está se sentindo hoje?

      Abraços,

      Lu

      1. Antonio

        Lu, gostaria de saber sobre a retirada do VELIJA. Tomava de 60 mg, usei 30 mg por 7 dias, durante 7 semanas. Sabe dizer se há muitos efeitos colaterais? Tomava esse medicamento, mas acho que pra mim não deu certo, pois nunca sentia sono, mesmo tomando zolpidem à noite. Sabe dizer algo sobre o Velija?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Antonio

          O Velija é um antidepressivo que possui indicações e efeitos colaterais similares ao oxalato de escitalopram, mas sua principal substância é diferente. E se seu médico retirou-o, receitando-lhe outro antidepressivo, significa que você não estava dando bem com ele. É muito comum tais trocas no início do tratamento, até que a pessoa acerte com um remédio que lhe faça bem. Nosso organismo, muitas vezes, não aceita uma determinada substância, sendo necessário trocá-la por outra. Não mais se preocupe com o Velija. Logo se adaptará ao novo medicamento. Fique tranquilo.

          Abraços,

          Lu

  7. Rodrigo Apolinario

    Olá, Lu!

    Após três meses tomando escitolapram não senti nenhum efeito e minha médica trocou o remédio pelo bupropiona 150 mg, pela manhã e 10 mg de escitalopran, à tarde, pra não cortar de vez. Fiquei muito chateado pelo primeiro remédio não ter feito efeito, pois sofri muito com os efeitos colaterais e, como moro sozinho, preciso estar disposto pra fazer as tarefas rotineiras.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      O efeito do antidepressivo varia muito de um organismo para outro. Muitos organismo são resistentes a determinadas substâncias, sendo necessária a mudança para outra. E se durante três meses os efeitos positivos não apareceram, o ideal é realmente mudar para outra. Não fique tristinho, pois não adianta nada gastar dinheiro com um medicamento que não esteja agindo de acordo com o esperado. Continue nos dizendo como anda seu tratamento, agora com a bupropiona.

      Abraços,

      Lu

  8. José Sudário

    Lu

    Gostaria de deixar meu depoimento para o pessoal que lhe escreve em dúvida sobre a medicação para tratar depressão e ansiedade. Queria dizer que realmente depois de um tempo tomando o antidepressivo correto a pessoa melhora, os sintomas ruins vão cedendo aos poucos, pois cada organismo tem o seu tempo próprio, variando para mais ou para menos. Tentei vários antidepressivos até achar um com que meu organismo se adaptasse. Tentei durante três anos até achar. Hoje tomo fluoxetina, e, graças a Deus, dentro de três meses apareceram os bons efeitos do remédio, sumiu minha ansiedade e minha depressão que eram muito fortes.

    Quero deixar meu depoimento para mostrar a todos, que estejam passando por esse problema, que acreditem e suportem os efeitos colaterais do início da medicação, porque vocês vão melhorar.

    Obrigado, Lu, e fiquem todos com Deus.

    1. LuDiasBH Autor do post

      José Sudário

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Também já fiz uso do fluoxetina por um longo tempo. Trata-se de um antidepressivo muito eficiente. Só o deixei quando passou a não fazer mais efeito.

      Amiguinho, somos nós quem agradecemos a sua generosidade em vir aqui, trazer informações sobre seu trantamento no intuito de ajudar-nos. O número de pessoas boas como você, que se preocupam com o outro, tem sido uma constante aqui neste espaço, o que me deixa muito feliz. Será sempre um prazer receber sua visita aqui no site. Continue estimulando todos nós.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Érica

      Olá Lu e pessoal,
      minha mãe está tomando o Escitalopram de manhã e o Mirtazapina à noite e está se sentindo ótima. O Escitalopram eu já fazia manipulado e o Mirtazapina eu comprava na farmácia, mas como ele tem manipulado também comecei a mandar fazer e não teve nenhuma diferença. Minha Mãe acha melhor o manipuladodo que o da farmácia, e é muito mais barato. Ela já está em tratamento há 1 ano e 8 meses e melhorou muito. Como o médico me disse que ela irá tomar esses medicamentos por um longo tempo, cerca de uns 3 anos, eu parei de levá-la todo mês ao psiquiatra, consigo a receita na UBS de onde moro, mas penso em levá-la de 6 em 6 meses para ele dar uma avaliada nela.

      Pessoal o tratamento vale muito a pena e a medicação é uma questão de acertar qual se dá melhor com o seu organismo, e não muda nada o fato de ser manipulada, minha mãe toma e se sente muito bem e eu economizo muito mesmo, tem que se achar uma farmácia de manipulação de confiança.

      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Érica

        Fico muito feliz ao saber que sua mãe sente-se cada vez melhor, depois de um longo período de sofrimento para você e para ela. Ainda me lembro de seu desespero, achando que ela nunca iria ficar boa. Em relação ao remédio manipulado, quando se encontra um local de confiança, realmente é a mesma coisa. E você está certa de pegar as receitas na UBS, pois ninguém dá conta de pagar médico só para pegar uma receita, pois eles não têm pena de ninguém.

        Um abraço para você e para seu filhinho,

        Lu

        1. Érica

          Lu!
          Eu achava que ela nunca iria ficar boa, com o desespero isso se passa na cabeça de nós todos, mas com o tempo vemos que não é verdade. Ainda bem que temos um Deus que nos dá força e as medicações para nos ajudar a voltar ao equilíbrio e ter uma vida normal.

          Beijos.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Os transtornos mentais fazem-nos pensar em muitas coisas ruins. É por isso que devem ser tratados assim que aparecem, para que a pessoa não sofra muito. Mas com a ajuda de Deus, dos maravilhosos antidepressivos, e deste cantinho cheio de pessoas maravilhosas que dão suporte emocional uns aos outros, tudo acaba bem.

          Beijos,

          Lu

  9. Fábia

    Lu

    Por medo de ficar dependente da medicação e pelo fato de na última consulta, além de ter aumentado a dosagem do Alprazolam (que antes eram 0,5 Alpaz+ 50mg Assert pela manhã e 0,5 Alpaz Noite) a psiquiatra ainda incluiu mais um remédio(25mg de assert+Alprazolam manhã / Escilex+Alprazolam tarde / Alprazolam noite), eu decidi fazer o desmame, e comecei a tomar só a metade de cada dosagem, sem o Escilex. Mas tenho me sentido tão mal, às vezes arrependida. Me sinto angustiada, qualquer coisa funciona como gatilho. Sinto dormência no lado direito da cabeça, tórax e braço. Estou me sentindo frustrada. Estou em tratamento desde dezembro. Faço acompanhamento pisicológico e psiquiátrico. Mas meu humor está oscilando tanto, que interfere diretamente na minha rotina familiar. Leio tantos artigos falando da dependência que os antidepressivos causam, que tenho medo de enlouquecer.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fábia

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Minha amiguinha, vou começar lhe puxando a orelha por ter retirado o antidepressivo (escilex) sem ordem médica. O desmame só pode ser feito por orientação do psiquiatra, que deverá acompanhar seu paciente nessa fase, avaliando se ele precisa prosseguir ou não com a medicação, caso os sintomas voltem. Se retirou o escilex de uma vez é normal que esteja se sentindo assim tão mal. Nenhum antidepressivo pode ser retirado subitamente, por causa dos efeitos causados pela abstinência, que traz todo tipo de sintomas, como os que ora sente. Aconselho-a a voltar a seu médico e conversar com ele. Caso contrário, suas crises tendem a tornar-se cada vez mais fortes. Se não estiver satisfeita com a psiquiatra que a atende, busque outro profissional, que lhe dará um novo parecer sobre seu caso. É muito importante a nossa confiança e interação com o médico.

      Flávia, é mais do que natural tomar antidepressivos. Há pessoas que tomam remédios para diabetes, outras para hipertensão, algumas para tireoide, algumas outras para coração… E nós tomamos para ajudar o nosso cérebro a funcionar melhor. Se não pensasse nisso, e levasse seu tratamento com naturalidade, não estaria com “medo de enlouquecer”. Tomo antidepressivo desde a minha adolescência (tenho depressão crônica) e sinto-me ótima, além de muito agradecida por existirem tais medicamentos. Benditos sejam eles, pois ajudam-me a ter uma melhor qualidade de vida. Portanto, amiguinha, procure ver tudo com naturalidade. Precisa aprender a ser POP (paciente, otimista e persistente). E não leia artigos sobre dependência ou não de tais medicamentos. O importante é que eles ajudem no funcionamento de seus neurônios. Viva apenas um dia de cada vez.

      Abraços,

      Lu

    2. Luiz Antonio

      Lu

      Sofri muito com ansiedade, que começou com excesso de trabalho. Resisti a tomar remédio até que não suportei e tomo Lyrica, luvox e Rivotril, doses baixas. Do Rivotril, depois de 4 anos, já me livrei. Agora quero me livrar dos demais. Estou super bem, mas meu médico fica me enrolando e só concordou em deixar o Rivotril fora, depois que comentei que já não usava e não sentia falta, se for o caso usaria como SOS.

      A minha dúvida é o que parar primeiro se o Lyrica ou ou Luvox. O Lyrica tomo 75 mg e o Luvox 50 mg , 1 de cada à noite só. O fato de estar bem é um fator que inibe o médico a parar com a medicação. Mas preciso experimentar me livrar da droga pra ver o que rola. Se for o caso, eu volto, não tenho problema com isso. O remédio me foi útil, hoje já sei lidar com a ansiedade e sei que haverá dias em que ela virá e da mesma forma irá embora. Também não tenho pressa, e me dei prazo até o fim do ano pra estar sem remédios. Obrigado desde já! É se quiserem podem contar comigo também.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Luiz Antônio

        Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinho, aconselho-o a não parar seu tratamento, em hipótese alguma, sem o acompanhamento médico. Acho muito justo que queira parar, uma vez que se encontra muito bem, até para saber se poderá ficar sem o medicamento, depois de usá-lo por um longo tempo. Convença seu médico de que quer experimentar sem os remédios. E, se for necessário, voltará ao uso dos mesmos. Diga-lhe que sua decisão já foi tomada e que necessita dele para ajudá-lo no desmame.

        Luiz Antônio, se depois de colocar sua opinião, seu médico ainda insistir para que continue, terá que buscar outro psiquiatra, pois não entendo o porquê de seu médico insistir na continuidade do tratamento, uma vez que seu transtorno (ansiedade) é muito comum, pelo que disse. Não posso lhe dizer qual medicamento parar, até mesmo por postura ética.

        Queremos, sim, contar com a sua presença, pois juntos poderemos ajudar muitas pessoas vitimadas pelos transtornos mentais. Contamos com sua presença.

        Abraços,

        Lu

        1. Luiz Antonio Pereira

          Sim, é verdade, mas ele ja concordou em ir reduzindo.
          Obrigado!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Luiz Antônio

          Agora é ter paciência e esperar. Continue em contato conosco.

          Abraços,

          Lu

  10. Eleni

    Olá, Lu!

    Estou de volta após 5 meses de uso do (escitalopram). Não troquei a medicação, conforme havia comentado no inicio do tratamento, esperei mais alguns dias e conseguir passar pelo tempo dos efeitos adversos. Fui persistente e hoje me sinto bem melhor, não tomo mais o Zolpidem para dormir. Consegui tirá-lo, estou apenas com o (escitalopram 10mg).

    Lu, venho tirar algumas dúvidas sobre os sintomas que continuo sentindo, se pode ser do medicamento ou não. Sinto dores nas panturrilhas que chegam a incomodar quando vou dormir, acordo às vezes a noite toda, suada e com o coração acelerado, isso acontece sempre a noite, durante o dia não sinto nada. Esses sintomas eram mais frequentes e prologados no início do tratamento, hoje ainda os sinto, porém com menos frequência e em menor tempo.

    As panturrilhas incomodam muito, confesso que estou com medo de ser problemas mais grave. Comentei isso à minha psiquiatra faz uns 2 meses atrás, ela falou que não iria aumentar a dosagem da medicação, pois estavam muito bem no resultado, porém desconhecia os sintomas das panturrilhas. Pediu para eu fazer alongamentos. Faço caminhadas e não ajudou muito. Também sinto que às vezes fico desanimada, preguiçosa e sem vontade de fazer nada, no outro dia sinto animada para qualquer coisa.

    Lu, você sabe se isso realmente pode ser da medicação? Tem relatos de alguém que sente esses sintomas? Mais uma vez, agradeço pela sua atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eleni

      Os sintomas levantados por você dizem respeito ao uso do antidepressivo, sim, como poderá ver, lendo o texto aqui no site, denomindado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Talvez seja necessário o aumento da dosagem, uma vez que já se encontra há cinco meses usando o medicamento.

      As dores nas panturrilhas também acontecem com o uso do oxalato de escitalopram (dores musculares e nas articulações (mialgias e artralgias)), mas também estão ligadas à falta de exercícios. “Podemos considerar as panturrilhas nosso segundo coração porque ao movimentá-las a musculatura comprimirá as veias da perna e facilitará o retorno do sangue ao coração. Correr, caminhar e andar de bicicleta são bons exemplos que melhoram a circulação e evitam problemas como as varizes – explica Rafael Reimann Baptista, professor de Educação Física da PUCRS.”.

      Eleni, ainda que tomemos antidepressivos, sempre teremos dias bons e outros ruins, uma vez que continuamos humanos. Quem não se sente, vez ou outra, desanimado, sem vontade de fazer qualquer coisa, e ficar só deitado? Passo por isso sempre, o que não significa que esteja doente. Muitas vezes é necessário uma parada, pois o corpo sente necessidade de acumular mais energia. Não veja nisso um problema. Quanto aos relatos, existem muitos, mas é necessário que os leia nos textos referentes ao assunto. E não suma tanto. Senti a sua falta. O contato é muito bom para todos nós, quando a ajuda torna-se mútua.

      Não deixe de ler a postagem de uma de nossas colegas de caminhada, feita hoje, intitulada SER POP É FUNDAMENTAL.

      Beijos,

      Lu

      1. Ricardo

        Lu
        Eu estava usando o Eficentus do laboratório Medley, 10 mg diários, mudei para o genérico e depois de 5 dias dessa mudança me veio um cansaço, desânimo, sem energia e a depressão aumentou, já é a segunda vez que tento mudar para o genérico e me ocorre estes sintomas. Será mesmo que existe essa diferença do genérico para o remédio do laboratório? Alguém aqui já teve estes sintomas ao alternar o medicamento de marca por o genérico? Sobre a pergunta da Eleni eu digo que nunca tive dores musculares, nem na panturrilha, mas sim perda da libido, e às vezes um cansaço inexplicável, mesmo depois de 9 meses de uso, e às vezes uma apatia, falta de emoções, tanto ruins quanto boas.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Eu nada posso falar contra os genéricos, pois faço uso dos mesmos. Sempre compro o oxalato de escitalopram que estiver mais em conta, e nunca senti nenhuma diferença. E olhe que faço isso há anos. Muita gente aqui neste espaço também faz uso de genéricos. Através dos comentários você também poderá obter respostas sobre o assunto. Como você já tem nove meses de uso do medicamento, seria bom que seu médico avaliasse a dosagem. Muitas vezes o retorno dos sintomas adversos estão ligados à ineficiência da dose tomada. É preciso avaliar tudo. Espero mais notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        2. Ricardo

          Lu
          Obrigado pela atenção. Pensei também que pudesse ser a dosagem do medicamento, talvez precise de um reajuste. Na data do meu retorno ao médico vou questionar isto com ele. Acrescentando, sobre o uso de genéricos, já tive experiências negativas com o Clonazepam genérico em comparação com o original, este último fazia efeito com muito mais eficácia.

          Abraço, estou sempre aqui acompanhando o site, sempre que tenho tempo.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Lembra-se de quando a fluoxetina vinha com o nome de Prozac? Pois é, os médicos diziam que somente o medicamento original, que era muito caro, era bom. Quando caiu a patente desse remédio, todo mundo passou a comprar apenas com o nome de fluoxetina, e ninguém mais se lembra de “Prozac”. Todo medicamento que chega ao mercado passa pelo controle da Anvisa. Só não tenho confiança nos medicamentos manipulados, pois dependem da seriedade do laboratório em questão, e a fiscalização é mínima, quando há.

          É sempre uma alegria saber que você acompanha e participa de nosso site.

          Abraços,

          Lu

  11. Andrea

    Tomo Exodus (escitalopram) pela manhã há 4 anos. E isso me ajudou bastantes. Ao longo desses anos completei o tratamento ora com Trileptal, ora com Clo. Agora estou só com Exodus e Carbolitium. Minha dosagem de serotonina abaixou muito. Estou com 7. O lítio também. Então meu psiquiatra me receitou Donaren Retard à noite. Li seu artigo e fiquei preocupada. Exodus e Donaren se dão bem?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Andrea

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, se o seu médico receitou o donaren retard, medicamento muito usado no tratamento de depressão, poderá tomá-lo sem medo. Não são todas as substâncias que não podem ser misturadas. Mesmo assim, em relação ao oxalato de escitalopram e a fluoxetina, não são todos os médicos que pedem para observar um certo tempo de espera.

      Andrea, continue nos relatando como anda o seu tratamento. Por que você faz tratamento há quatro anos? Qual é o seu transtorno mental? Os depoimentos são muito importantes no sentido de ajudar outras pessoas.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Andrea

        Olá, Lu!

        Eu comecei o processo depressivo porque entrei na menopausa muito cedo. E não pude fazer tratamento de reposição hormonal, então ganhei esse “presente”, rs. Além das angústias vieram o medo de sair de casa, as crises de choro no caminho de volta pra casa e pensamentos que não eram meus. A psicoterapia e os remédios me ajudaram muito. Clo, foi um dos remédios que vi como é possível acabar com pensamentos obsessivos, manias, tocs. Agora tenho que resolver a questão da serotonina. A falta dela me trás muito desânimo. Eu quero fazer as coisas, mas não consigo agir. É como se me faltassem forças. Tudo que faço é com muito esforço e angústia. Mas agora, tomando esse Donarem Retard, há 3 dias, começo a sentir mudanças em mim. Eu tomava calmante todo dia para abafar a angústia. Já nem lembro mais que tenho calmantes como SOS. Agora é esperar 30 dias para fazer novos exames de serotonina e ver se está fazendo efeito.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Andrea

          O importante é que a Ciência vem avançando muito no tratamento dos transtornos mentais, possibilitando-nos uma melhor qualidade de vida. E para isso é preciso buscar ajuda médica, seguindo direitinho as prescrições médicas. Muitas vezes, esse esforço a angústia para fazer ou resolver as coisas estão ligados à baixa dosagem do antidepressivo, pois, com o tempo, o organismo acostuma-se com a dosagem. Agora, com o uso do Danarem Retard, penso que você terá esse problema resolvido. E se já não mais está sentindo falta do calmante, significa que o resultado está sendo positivo, mesmo num curto espaço de tempo de uso. Continue nos informando sobre seu tratamento, pois os comentários trazem muitas informações para quem os lê.

          Grande abraço,

          Lu

  12. Sandra

    Lu
    Tomo citalopran 10 mg, e estou em tratamento faz uns 3 anos. Eu estava muito mal e iniciei o tratamento e junto com a terapia individual. Foi muito difícil no início, mas hoje me sinto outra pessoa. Quero parar, mas a psiquiatra me diz que é melhor continuar. Qual seria a melhor maneira de parar o tratamento? Estou ciente que não devo parar abruptamente e não vou fazer isso. Mas quero conhecer o relato de alguém, para saber como foi, se houve recaída, se teve alguma crise.

    Grata

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sandra

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a psiquiatra deve ter tomado por base o que você relatou, para que ache que deva prosseguir. Deve ter levado em conta seu histórico familiar, ou qual seja o seu transtorno mental, imagino eu. Converse com ela para que lhe diga qual é o motivo que a impede de tentar uma parada no tratamento. Se não estiver confiante nela, busque o parecer de outro psiquiatra. Quanto aos relatos sobre o assunto especificamente, deverá encontrar inúmeros comentários por aqui, ou seja, tanto de quem parou e teve que voltar imediatamente ao medicamento, quanto de quem ficou bem por um longo tempo, tendo que voltar anos depois à medicação, assim de como alguém que nunca mais precisou fazer uso dessa.

      Abraços,

      Lu

      1. Sandra

        Lu, muito obrigada!
        Vou conversar melhor com a médica então. Entendo que tratamento psiquiatrico é coisa séria. Mas quero tentar parar.

        Beijos

      2. Lorena

        Lu, bom dia.
        Estou tomando reconter há 15 dias, a primeira semana realmente foi muito complicada, porém depois melhorei muito. Só que ontem tive uma crise de ansiedade, mesmo tomando o remédio. Passei a semana bem, mesmo com algumas situações estressantes. O que devo fazer?

        Obrigada pelo apoio e carinho.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lorena

          Você ainda se encontra dentro da fase turbulenta dos efeitos adversos. É normal que tenha crises, ainda que tenha passado uma semana relativamente bem. Os efeitos ruins tendem a sumir depois da terceira semana, normalmente. O medicamento é acumulativo no organismo e não como um analgésico, que funciona na hora. Portanto, fique tranquila e continue tomando o antidepressivo. Caso as crises persistam, converse com seu psiquiatra, pois muitas vezes é preciso rever a dosagem. E não se deixe apavorar por essa crise. Em caso de suspeita de crise, deite-se, respire fundo e relaxe, ciente de que se trata de algo passageiro. Não ofereça resistência, pois essa reforçará a crise, uma vez que. Continue em contato comigo.

          Abraços,

          Lu

  13. Rodrigo Apolinario

    Boa noite, estou tomando escitalopram 20 mg de manhã, há 5 semanas e nesse mesmo período queatipina à noite. Quando completou 4 semanas, retornei à minha médica, e disse que estava muito ansioso e irritável, e pedi calmante ou ansiolítco, mas ela se recusou e aumentar a queatipina pra 50 mg. Ela disse que a ansiedade vai diminiuir com o uso do escitalopram e seu efeito máximo pode demorar de 2 a 3 meses, isso procede?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, sua médica está corretíssima, pois a função do antidepressivo é justamente acabar com sua ansiedade. O início é mesmo muito difícil, havendo necessidade de ser POP (paciente, otimista e persistente). É verdade, o efeito total pode acontecer até aos três meses de uso do medicamento, pois depende do organismo de cada pessoa. Fique tranquilo. Para diminuir sua ansiedade, procure fazer caminhadas ou praticar algum tipo de exercício físico. Chá de camomila ou melissa, quatro vezes ao dia, também ajuda muito. E volte sempre para contar-nos como anda seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Rodrigo Apolinario

        Agradeço a resposta. É que a ansiedade e o fato de ficar muito tempo em casa está me deixando louco. Não me sinto bem pra sair de casa e queria que a medicação fizesse efeito logo. Vou aguardar mais um tempo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          As coisas nem sempre acontecem como queremos, principalmente quando dependem do tempo de espera. Temos que exercitar a nossa paciência e aguardar. Muitas vezes, querer adiantá-las, pode resultar num trabalho inútil ou agravá-las. Portanto, meu amiguinho, está na hora de colocar em teste a sua paciência. Faça outras coisas prazerosas, como ver filmes, ouvir música ou ler o nosso blog. Aqui temos 30 categorias de assuntos. Basta escolher o que mais o agrada.

          Abraços,

          Lu

    2. Gabriela Moreira

      Rodrigo Apolinário

      Sua médica está certíssima, pois tomo o exodus há 6 meses e estou bem. No começo foi horrível com os efeitos colaterais. Achei que o remédio não iria fazer efeito, estava muito muito ansiosa, mas depois da 5ª semana, os sintomas da ansiedade diminuiram bastante e hoje estou bem.

  14. Edilma Silva

    Lu
    Eu me esqueci que tinha tomado o remédio, e acabei tomando outro comprimido, como já havia comentado. Eu tomei no dia cinco e hoje é oito e ainda estou enjoada. Você saberia me dizer quantos dias duram os efeitos, quando se dobra a quantidade do remédio? Eu já dei uma olhada na bula, mais não tem nada específico sobre isso.
    Obrigada pela sua atenção!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Fique tranquila, pois o efeito pior já passou. Se isso vier a acontecer outra vez, pule o dia seguinte sem tomar o medicamento. Se não fez isso, pule um dia, para que os transtornos adversos passem mais rapidamente. A duração dos efeitos varia de um organismo para outro. Mas não há mais o porquê de ficar preocupada.

      Abraços,

      Lu

  15. Edilma Silva

    Bom dia,Lu!
    Olha eu aqui de volta, para tirar mais uma duvida! Eu me esqueci que tinha tomando o remédio e acabei tomando outro comprimido, e fiquei sentindo os mesmos sintomas que tive no começo do tratamento. Será que é normal ou não tem nada a ver?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Tem tudo a ver. Você dobrou a dosagem e seu organismo ressentiu. Na dúvida, é preferível não tomar o medicamento. Procure ter mais atenção, para não incorrer numa super dosagem. Pule amanhã sem tomar o medicamento, para equilibrar a dosagem.

      Abraços,

      Lu

    2. Priscila Santos

      Olá, Lu!
      Tomo fluoxetina há 1 ano e 4 meses, desde que fui diagnosticada com TAG, só que faz 7 meses que não vou ao psiquiatra, e continuo normalmente com o tratamento, tomando o fluoxetina de 20 mg. Não fui mais porque melhorei, mas não tirei o remédio nem pretendo, pois de vez em quando sinto ansiedade, e todo dia sinto algo, mas que não chega a incomodar. Recuperei minha vida 80%, graças a Deus e aos remédios. Também tenho rivotril de 0,5 mg que deixo aqui pra alguma emergência. Às vezes tomo quando sinto que preciso. Mas vou marcar psiquiatra pra informar a ele que estou tomando, etc… E não vou parar de tomar. Sinto medo, pois sei o que passei, e se eu tirar vai voltar tudo de novo, se tomando eu às vezes sinto algo, imagine sem.

      Obrigada!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Priscila

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa!

        Amiguinha, se você continua sentindo ansiedade sem nenhuma causa aparente, seria bom mesmo fazer um retorno a seu psiquiatra, para que ele avalie a dosagem. Quanto ao rivotril, deixe-o somente para quando houver real necessidade, não fazendo uso constante. Após o retorno que fará ao médico, venha aqui nos contar como foi. Será sempre um prazer contar com a sua presença.

        Abraços,

        Lu

  16. Valzinha

    Olá, Lu!

    Há 1 ano tomo a medicação oxalato de escitalopram de 10 mg, tenho 24 anos. Por conta própria decidi parar o tratamento, pois durante esses últimos meses comecei a sentir alguns sintomas de antes, mas não tão fortes. Faz uma semana que não tomo, gostaria de saber se existe indicação de algo natural para melhorar alguns dos sintomas que sinto agora, tas como: dores de cabeça,sensação de desmaio (fraqueza), perda de memória, lerdeza, como se estivesse cortando a minha memoria ao piscar o olho e sonolência? Após tratamentos com psicólogos e psicanalistas estou determinada a deixar a medicação, mais vejo que está dificil, por conta dos sintomas.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Valzinha

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você agiu erradamente ao parar por conta própria, pois isso poderá lhe acarretar inúmeros problemas, ocasionados pela abstinência do medicamento. Você teria primeiro que passar pelo desmame, orientada por um psiquiatra. Seu organismo já está acostumado com o remédio e está sentindo enormemente a ausência da mesma. Você corre o risco de ter crises ainda mais fortes.

      O fato de ter começado a sentir os sintomas de antes, mesmo tomando o medicamento, pode significar que a dosagem esteja fraca, devendo seu médico aumentá-la. Depois de um certo tempo, a dose usada deixa de fazer efeito, devendo o médico aumentá-la. Quando isso começou a acontecer, deveria ter voltado imediatamente ao psiquiatra. É o que faço, sempre.

      Val, parar por conta própria foi um erro, que pode ser remediado. Volte a tomar o medicamento e, a seguir, retorne ao médico. E, junto com ele resolverá o caminho a seguir. Aguardarei notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Valzinha

        Lu
        Segui seu conselho, fui ao médico e conversei sobre o que estava acontecendo, ele me explicou que depois de um certo tempo podemos sentir alguns sintomas. Deixei bem claro que estou disposta a parar de tomar o remedio, e ele me explicou o desmame, que ficou da seguinte forma:
        – antes tomava o remédio às 10 horas e agora tomo às 18;
        – antes tomava 10 mg e agora tomo metade que é igual a 5 mg;
        – a partir de ontem, eu só vou tomar 15 dias e deixar de tomar, e caso sinta algo eu o procurarei.

        Desde já muito obrigado por sua ajuda, que Deus abençoe grandemente sua vida!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Valzinha

          Espero que tudo saía bem. Continue me dando notícias suas!

          Abraços,

          Lu

  17. Antonia

    Olá, Lu!

    Minha filha está com pensamentos suicidas, e até chegou a tomar remédios com essa intenção, como não soube o que tomar, não teve causas perceptivas, ela tem 12 anos. Após consultar um clínico geral para encaminhar a um psicológo, ela contou sobre esse feito, ele receitou o Oxalato de escitalopram. Mesmo assim marquei com um psiquiatra para avaliar, e ele receitou a continuidade desse medicamento. Estou preocupada, pois ela tem sonolência de dia, e insônia a noite, e fazem 2 dias que está reclamando de dor de cabeça. O clínico geral indicou tomar de manhã, e o psiquiatra à noite. Qual o melhor horário para ministrar esse medicamento? E a questão da idade, na bula diz para não ser ministrado para menores de 18 anos, devo questionar o psiquiatra?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, não é fácil lidar com trasntornos mentais ainda na adolescência. O mais importante, porém, foi o fato de você ter procurado ajuda médica para sua filhinha. Pode ser que se trate de uma depressão passageira, e logo ela estará boa. Fique tranquila.

      Todo antidepressivo traz efeitos colaterais (ver texto enviado via e-mail) nas primeiras semanas de uso. Essa fase é bem difícil, acontecendo, em alguns casos raros, a tentativa de suicídio também. Portanto, nesse início de tratamento, fique de olho nela, mas com tranquilidade, repassando-lhe segurança e calma.

      Antônia, como sua filha está tendo muita sonolência durante o dia, o melhor horário para tomar seria à noite, pois o sono seria transferido para um horário que não lhe traria problemas nos estudos. Mas é preciso ter muito cuidado ao fazer tal mudança, ou seja, ela jamais poderá tomar duas doses no mesmo dia, para não incorrer numa super dosagem. Caso mude o horário, ela deverá pular um dia sem tomar o medicamento, reiniciando-o depois. Quanto à idade, acho, sim, que deverá questionar o psiquiatra, para que você se sinta segura.

      Volte sempre para nos contar como anda o tratamento de sua filha, até porque é importante para nós o relato de casos na fase juvenil, pois aqui temos apenas depoimentos de adolescentes e adultos.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Aliny

        Oi Lu!
        Comecei meu tratamento a uns oito meses com a Fluoxetina 10 mg, e no mês passado retornei ao médico, pois não me sentia nada bem: crises de ansiedade, compulsão alimentar, angústias, fraquezas e pensamentos suicidas. Há quinze dias estou tomando escitalopram 10 mg. Na primeira semana as doses foram de 0,5 mg. Os efeitos são ruins. Por muito tempo fui atleta de fisiculturismo, e o uso de hormônios me deixou assim, se bem que já tenho casos na família, meu intuito é dividir com vocês minhas dificuldades e encontrar forças.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aliny

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, o antidepressivo, ao acostumar-se com o nosso organismo, vai perdendo o seu efeito, voltando as crises citadas por você em seu comentário. O que é normal. Quando isso acontece, o médico poderá aumentar a dosagem ou mudar para outra substância. Também tomei fluoxetina por um tempo e hoje faço uso de oxalato de escitalopram. Os efeitos adversos acontecem no início do tratamento com a nova medicação, durando cerca de três semanas, não importando a dosagem. Nessa fase é preciso muita paciência. O melhor caminho é ser POP (paciente, otimista e persistente). É preciso se lembrar que os efeitos ruins passarão, vindo os bons, que lhe permitirão ter uma vida com qualidade.

          Aliny, temos comentários aqui de outras pessoas que usaram hormônios sintetizados e que tiveram sérios transtornos mentais, coincidência ou não. O bom é que você deixou isso para trás, e passará a cuidar de seu corpo com mais carinho, sem essas substâncias proibidas em vários países, que fazem muito mal, sobretudo, ao fígado. Gostaria que continuasse em contato conosco, falando-nos sobre seu tratamento. Não se sinta só, pois nós nos encontramos aqui. Muita força!

          Abraços,

          Lu

  18. Juliana

    Lu

    Obrigada pela orientação, já estava a enlouquecer e pensar em suicídio, a todo o tempo. Estou tentando me apegar a fé.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Se nós jogamos nossa vida nas mãos dos outros, tendemos a carregar uma carga muito pesada. Cada um de nós responde unicamente por si mesmo e, portanto, não tem que ficar se preocupando com o que as pessoas dizem. Morrem lelé quem se preocupa com a opinião de terceiros. Faça apenas aquilo que sua consciência dita, pois somente você sabe o que é bom para si mesma.

      Amiguinha, as pessoas que deixam a vida na mão de outras pessoas, acatando tudo o que elas dizem, além de perder a personalidade, acabam sofrendo muito, como está acontecendo com você. O seu trabalho poderia levá-la a um mal súbito, tamanho era o seu sofrimento lá. É preferível menos dinheiro na bolsa e mais paz na vida. Você é uma pessoa sensível, extremamente fragilizada. Precisa se fortalecer mais para não permitir que as opiniões de terceiros possam mexer com sua vida pessoal. Não dê a ninguém esse consentimento. Quem escolhe seus caminhos é somente você, minha lindinha. Você agiu corretamente! Sua vida é valiosa, jamais pense em tirá-la.

      Beijos,

      Lu

      1. Juliana

        Obrigada Lu, daqui pra frente tentarei ser mais forte e curar as cicatrizes deixadas por aquele lugar. Quando me bate aquele desespero, o coração a mil, eu tento relaxar e lembrar que não vou mais precisar estar ali novamente, passar por toda aquela pressão, e isso me acalma.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Fazer assim é agir com sabedoria. Parabéns!

          Beijos,

          Lu

  19. Juliana

    Lu

    Prossigo com as medicações. Fui demitida do trabalho, o que de alguma forma me trouxe conforto a minha alma angustiada naquele lugar. Ainda me pego em crise depressivas, mas não me deixo abalar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Foi excelente a sua saída daquela empresa, pois só estava complicando a sua vida. Agora não viverá mais aquele dilema de sai, não sai. Procure se tratar direitinho. Essas crises depressivas só tendem a melhorar com o uso do medicamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu
        Ainda temo por minha escolha, pois muitos ficam a falar que joguei fora uma oportunidade, e que está difícil arranjar emprego, isso me machuca muito.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          O importante é a sua saúde. Não adianta ter emprego e não ter saúde. Não se preocupe com o que as pessoas dizem, pois somente você sabe pelo que passou, e as decisões são suas e não de outrem. Não permita que ninguém decida por você. Não se permita machucar com a opinião de terceiros. Isso seria uma grande bobagem. Toque sua vida para frente.

          Abraços,

          Lu

  20. Rodrigo Apolinário

    Lu
    Há algum tempo estava tomando paroxetina 40 mg, depois parei. Há uma semana, a médica receitou-me o escitalopram 20 mg. Assim como noutras vezes, estou sofrendo nessa fase inicial, muita ansiedade, sono na parte da manhã e parece que estou pior do que quando não estava tomando remédio. Ainda nao visitei minha médica pra comentar, mas os efeitos adversos passam após 20 dias? Estou tentando ter uma rotina normal, mas está complicado.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Seja bem-vindo a este cantinho! Sinta-se em casa.

      Se você parou a paroxetina por conta própria, não mais faça isso, pois as síndromes vão ficando cada vez mais fortes. Só pare o seu tratamento com consentimento médico.

      Rodrigo, é normal que você passe, na fase inicial, pelos efeitos adversos, que duram em torno de duas a três semanas. Não sei o horário de uso do seu medicamento, mas, se o toma de manhã, poderá pedir para passar para a noite, evitando o sono durante o dia. Mas só faça isso com consentimento médico, para não incorrer numa super dosagem. Nunca deve tomar duas doses no mesmo dia. E, se estiver muito difícil essa fase inicial, peça a seu médico para lhe receitar um tranquilizante. É realmente normal ficar pior do que antes de iniciar o tratamento. Mas fique tranquilo, pois isso logo passará.

      Abraços,

      Lu

      1. Rodrigo Apolinario

        Agradeço a resposta. Tomo a medicação de manhã, sim, e à noite tomo Hemifumarato de quetiapina 25 mg pra ajudar a dormir.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Se o antidepressivo faz você dormir, sendo que à noite ainda toma outro medicamento para ajudar no sono, não resta dúvida sobre a causa de tanta soneira. Converse com sua médica sobre a possibilidade de mudar o horário do antidepressivo para a noite. Talvez nem seja preciso o uso do segundo medicamento. Mas não faça nada sem primeiro conversar com ela. Não incorra numa super dosagem, mudando o horário por conta própria.

          Abraços,

          Lu

        2. Solange Calkavicius

          Lu

          Tomo fluoxetina faz 5 meses, pois a sertralina já não fazia efeito. Eu me sinto super bem, tenho menos medo, estou mais tranquila, tudo melhorou, pensamento positivo. Estava com muito receio de saber de exames, tinha dificuldade de ir ao médico levar os exame, por achar que poderia dar algo grave, antes do fluoxetina. Mas tenho notado que fico com um tremor, aí passei a tomar o antidepressivo à noite, e durante o dia não sinto os tremores. Será que vai demorar pra parar.
          Obrigada, aguardo.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Solange

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se parte da família.

          Amiguinha, eu tomei fluoxetina durante muitos anos, só parando quando a substância deixou de fazer efeito, pois meu organismo terminou por acostumar-se com ela. Também me sentia ótima. Continue tomando seu medicamento direitinho. Ao retornar a seu psiquiatra, você lhe falou sobre o tremor? O que ele lhe disse? Muitas vezes é preciso reajustar a dosagem para mais ou para menos. O contato com o médico é muito importante. Pelo que me disse, não está mais sentindo o tremor, depois que mudou o horário. É isso? Lembre-se de que jamais poderá tomar duas doses no mesmo dia, para não incorrer numa super dosagem. Seu médico deve sempre. Você pergunta: “Será que vai demorar para parar?”. Mas não já parou?. O que ainda está a preocupá-la? E por que faz uso de antidepressivo?

          Grande abraço,

          Lu

  21. LuDiasBH Autor do post

    Maah

    Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

    Amiguinha, muitos de nós travaram contato com os transtornos mentais ainda na adolescência. Eu sei que não é fácil, pois comecei a tomar antidepressivo aos 19 anos. O bom é que cada vez mais ha novos medicamentos no mercado, permitindo-nos melhor qualidade de vida. E quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor. Muitas vezes é preciso passar por muitos, até acertar naquele que fará toda a diferença. Não desista, para que as crises não se tornem mais graves. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Veja com seu psiquiatra a possibilidade de ter um acompanhamento psicoterápico. E venha sempre aqui conversar conosco. Certo?

    Abraços,

    Lu

    1. Mah

      Está bem, minha linda, obrigada. É bom saber que não é só eu que passo por isso. Fico me perguntado se um dia isso vai acabar?!

  22. Cláudia

    Lu

    Volto para falar sobre meu tratamento e ajudar as pessoas que estão aqui, procurando uma luz no fim do túnel.

    Hoje faz 23 dias que estou usando a fluoxetina em substituição ao oxalato. Essa semana, infelizmente, sofri mais um aborto espontâneo, segundo os médicos sem causa nenhuma. Sofri, chorei e estou tentando superar. Porém, estou relativamente bem, não tive crises de pânico nem ansiedade, estou conseguindo dormir à noite toda e fazendo minhas atividades diárias, e não usei nenhum ansiolítico, embora tenha liberação médica para usar o rivotril sublingual. Quero lembrar que estava usando frontal, quando iniciei o uso da fluoxetina, pois descobri que estava grávida e tive que cortar imediatamente o ansiolítico. Passei 3 semanas do cão suando, sofrendo, mas tentando superar e acreditando no que a médica disse, que após 20 dias eu ia sentir as melhoras. Realmente esse momento chegou.

    Quero dizer a todas as pessoas que estão sofrendo, principalmente no início do tratamento, que não desistam, o remédio funciona mesmo, desde que o tratamento seja seguido à risca. Meu objetivo agora é a estabilização total. Agradeço esse espaço que também tem me ajudado muito no processo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cláudia

      Você é mesmo generosa, pois em sua dor vem aqui trazer forças para todos aqueles que se encontram em tratamento com antidepressivos. Quero lamentar a perda de seu bebê, mas dizer-lhe que muitos outros virão. O que lhe aconteceu faz parte do processo evolutivo da vida, que acontece com mulheres em todo o mundo. Aceitação é sabedoria… E sei que você é uma mulher muito especial, que serve de exemplo para todos nós.

      Um abraço bem apertado,

      Lu

      1. Cláudia

        Lu, obrigada por sua acolhida, o que estou passando realmente não é fácil, mas seria ainda pior se eu não estivesse em tratamento. Força amigos, o ser humano é capaz de superar tudo!

        Abraços!

  23. Edward Colber

    Oi, Lu!

    Depois de um tempo estou aqui de volta. Hoje me consultei com um Neurologista apresentado por um amigo meu. Adorei a consulta, ele muito atencioso, me examinando dos pés à cabeça, e ouvindo todos os meus relatos… Hoje eu tomo escitalopram de 20 mg e a dose foi aumentada para 30 mg. Fiquei assustado. Ele afirmou categoricamente que eu iria melhorar dos sintomas que sinto. Aqui já teve histórico de pessoas que tomaram doses maiores que 20 mg. Seria normal amiga?

    Edward Colber

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edward

      Pela atenção do médico, vê-se que é muito responsável no trato com os pacientes, portanto, acredito que saiba muito bem o que está receitando. Embora eu nunca tenha visto aqui alguém dizer que toma mais de 20 mg, não significa que não possa. E você não tem problema de rins. Mas, se estiver temeroso, volte a conversar com ele. Não tome nenhum medicamento, enquanto estiver inseguro. Depois repasse para nós o que foi resolvido e como você se encontra. Estou torcendo para ele realmente acerte com sua medicação. Dê-me notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Edward Colber

        Bom-dia, minha amiga!

        É isso mesmo ele pediu para eu aumentar a dosagem nas duas primeiras semanas para 25 mg e depois para 30 mg. Já estou no terceiro dia com 25 mg e estou me sentindo meio mal, como no início do tratamento, com aqueles efeitos chatos como ansiedade, enjoo e falta de apetite. Seria normal isso quando aumenta a dosagem? Não está fácil, amiga! Parece que esse meu sofrimento não tem fim. Desde já obrigado e que Deus sempre a abençoe por essa pessoa que você é.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edward

          É normal, sim, as pessoas sentirem os mesmos sintomas iniciais, após aumentarem a dosagem do medicamento. É organismo reagindo, como se dissesse: “Não foi esse o nosso combinado!”. Mas ele não resiste por muito tempo, vindo a aceitar o novo presente. Fique tranquilo.

          Amiguinho, eu sei que não é fácil, mas você é um dos nossos mais autênticos guerreiros nessa batalha. Continue sendo POP e logo estará livre de todo esse seu desconforto. Não se esqueça de alimentar direitinho. Quando o apetite falha, tome sucos, vitaminas, chás… O organismo precisa estar forte para aguentar os trancos da vida. Vou lhe enviar um link de um texto do doutor Telmo que fala sobre um suco fantátisco, que tomo todos os dias.

          Grande abraço,

          Lu

  24. Juliana

    Lu
    Voltei ao trabalho, continuo com a medicação. Descobri, como já havia dito anteriormente, um tumor, e por estar nessas condições preciso manter meu trabalho
    por causa do plano de saúde. Tenho medo de ser demitida estando doente. Dizem que posso ter uma estabilidade de 1 ano lá, mas teria que provar que fiquei doente no trabalho, você já passou por isso? Depois de retorno de afastamento foi demitida rápido? Por favor me auxilie, pois nunca passei por isso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Já estava sentindo a sua falta.

      Amiguinha, onde é o tumor de que fala? Você não será demitida, fique tranquila. Sobre sua estabilidade no emprego, converse com o pessoal do Ministério do Trabalho, que terá todas as respostas de que necessita sobre o assunto. Quanto a provar que ficou doente no trabalho, sua médica poderá orientá-la. Além disso, veja a possibilidade de tirar licença para tratar o seu tumor. Já fez alguma biópsia? Dê-me mais explicações. Não, nunca fui demitida depois do retorno do afastamento. Você trabalha em empresa particular ou pública? Até que resolva tudo, continue trabalhando, mostrando-se intessada no seu serviço, e tratando o melhor possível as crianças. Procure também conversar com os colegas. Não se isole. Devemos dar a oportunidade de sermos ajudados, sempre.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu, eu sou comunicativa e gosto muito de ajudar os outros, sei ser profissional, mas meus amigos de trabalho não querem falar comigo, acham errado o meu afastamento. Não olham para mim, e não posso obrigá-los a falar comigo. Eu trabalho numa escola particular e não toleram afastamentos ou atestados, geralmente demitem. Eu marquei outro médico para ter uma segunda opinião, porque o que sentia era desespero, coração a mil, tremor em pensar no local de trabalho,eu passava mal, a pressão caía, ficava pálida. Ainda passo mal, mas me sinto bem melhor, porque mudaram tudo antes do meu retorno, tudo que me estressava e me sobrecarregava.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          As coisas irão mudando com o tempo, em relação a seus colegas de trabalho. Não se preocupe com isso. Faça o seu trabalho direitinho e toque a vida para frente. Na vida tudo passa, tudo muda. É bom ouvir outro médico, para ter uma segunda opinião. E se não quer perder seu trabalho, continue dando o melhor de si.

          Abraços,

          Lu

  25. Eleni Dias

    Lu

    Li os comentários e senti a vontade de te pedir ajuda em relação ao que está acontecendo comigo.

    Em agosto passado fui demitida da empresa onde trabalhava havia 5 anos. Na hora achei muito bom, pois passava muita raiva ali e por muitas vezes chegava em casa estressada, nervosa. Em dezembro do mesmo ano, viajei para minha cidade natal na Bahia, para visitar meus pais. Fui com minha filha de 7 anos e na outra semana meu marido chegou de férias. Estava tudo ótimo até que o dia em que fomos todos para um banho de rio no povoado próximo da cidade. Fiquei o dia inteiro ao sol e à noite senti uma forte dor de cabeça e fui parar no hospital com a pressão muito alta… Lu, nunca tive problemas de pressão e neste dia, ela subiu muito. Os médicos disseram que foi devido à insolação. Fiquei internada para normalizar meu estado de saúde… Mas fiquei pior naquele lugar, pois vi pessoas morrendo. Fiquei na base de calmantes até sair do hospital. Fiquei desesperada para sair daquela cidade, com medo de voltar para o hospital. Fui para a cidade vizinha, onde minhas tias moravam, pois era próximo ao hospital, que poderia me dar alguma assistência, se precisasse (isso na minha mente).

    Acabei me recuperado um pouco e voltei para minha casa em São Paulo, mas os medos não saíram da minha cabeça. Acordava na noite com o coração acelerado, queimação, vômito, medo de morrer do coração, até para prontos-socorros fui, e chegando lá minha pressão estava normal e o exame de Eletro também. Procurei um cardiologista que também é clinico geral, que me pediu exames de sangue e eletro. Passei no neurologista e todos os meus exames deram normais. O cardiologista me passou o Deciprax (Oxalato de Escitalopram 10 mg). Estou no 9º dia do medicamento, tomando a metade conforme orientações do médico. Confesso que não está sendo nada fácil as reações que estou sentindo: não durmo à noite, dores nas pernas, formigando, medo.

    Lu, fui orientada pelo médico a tomar o Hemitartarato de Zolpidem 10 mg nas noites que não sentir sono, pois ele me falou que a falta de sono é porque estou no inicio do tratamento. Eu o tomo e durmo que na hora, mas quando acordo pela manhã, sinto que meu corpo está tremendo por dentro, barulhos nos ouvidos, cabeça pesada, fadiga, dores musculares, principalmente nas pernas e indisposição. Gostaria de saber se todos esses sintomas são decorrentes do início do tratamento, pois não gostaria de tomar esse medicamento para dormir à noite, quero o meu sono normal. Esses medicamentos, principalmente Hemitartarato de Zolpidem 10 mg, causam dependência? O médico me informou que não, mas, como me senti à vontade para conversar com você, gostaria de ter sua opinião… Estou tentando ser positiva todas as vezes que vou tomar os medicamentos, mas escuto muito as pessoas falando para eu não tomar, que vou ficar na dependência, principalmente para dormir, o que me deixa triste, pois não quero ficar assim… me ajude Lu. Mais uma dúvida, gosto de tomar chá, me sinto mais tranquila durante o dia, isso pode prejudicar o tratamento?

    Muito obrigada pela oportunidade de poder desabafar com você. Sua página é maravilhosa.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eleni

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, o que você teve foi uma depressão traumática, em razão de sua permanência no hospital, vendo toda a desumanidade que ali acontecia. Como deve ser uma pessoa muito sensível, ficou totalmente abalada. Foi muito importante ter buscado ajuda médica, sendo que, no seu caso, não terá que tomar o antidepressivo por muito tempo. Imagino que dentro de seis meses já esteja boa. Mas lembre-se de jamais parar o tratamento por conta própria. Somente seu médico poderá dizer quando fazê-lo, tendo você que passar pelo desmame antes. Outra coisa, procure racionalizar tudo o que passou, colocando na sua mente que fatos assim acontecem em razão do total descaso da maioria dos políticos pelos mais necessitados, em países atrasados como o nosso. A única coisa que poderá fazer agora, para ajudar essa gente, é buscar votar em candidatos comprometidos com o povo humilde. Fazendo isso, estará dando uma grande ajuda a seu país e aos desvalidos. Não carregue culpa pelo que viu e sofreu. Veja tudo como uma tomada de consciência, como uma análise mais profunda do que acontece nos rincões mais pobres do Brasil. Somente o sofrimento faz-nos abrir os olhos para uma realidade que até então se mostrava distante de nós, pois, como diz um velho ditado, “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Vida para frente, minha amiguinha.

      Eleni, todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais, que duram, normalmente, cerca de duas a três semanas, de acordo com o organismo da pessoa. Tudo o que está sentido logo irá passar, mas ainda assim repasse ao seu médico tais sintomas. Vou lhe enviar o link de um texto, para ver quando se faz necessário buscar ajuda médica imediata. Leia também os comentários dos textos, para se inteirar mais de seu tratamento. O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados pelos médicos, inclusive é o que tomo. E tanto pode tirar o sono, como deixar a pessoa insone. No segundo caso, o médico receita um tranquilizante para ajudar a pessoa a passar pela fase mais difícil.

      Minha querida, o medicamento receitado para dormir tem a finalidade de ajudá-la na fase inicial do tratamento com o antidepressivo. Tome-o apenas quando sentir que é necessário. O seu uso prolongado pode causar dependência, sim, conforme informa a bula, mas o esporádico, não. Poderá tomar sem medo e, como a sua insônia é passageira, logo poderá abrir mão dele. Os sintomas citados por você dizem respeito ao início do tratamento. Outra coisa, não dê ouvido a quem não entende do assunto e não está vivenciando o que você ora passa. Essa gente não tem nenhuma formação sobre o assunto. O que precisa fazer agora é cuidar de sua saúde mental, para que as crises sejam cortadas no início. Quanto a seu chá, tome-o sem medo de ser feliz. Opte pelo chá de camomila, de cidreira e de melissa, que são calmantes. Antes de dormir, um copo de leite morno também ajuda muito, assim como um banho tépido.

      Eleni, será sempre um prazer contar com sua presença. Não se sinta sozinha. Venha sempre conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Eleni Dias

        Lu

        Primeiramente quero agradecer pela atenção e dedicação em responder nossos questionamentos, você não tem a noção de como ajuda as pessoas que estão passando por essa fase.

        Por gentileza, me tira uma dúvida, quando você diz uso esporádico do medicamento para dormir, isso que dizer posso tomar nas primeiras semanas do tratamento quando não conseguir dormir normalmente que não irá me causar dependência? Estou te perguntando isso pois faz 6 dias que o tomo e isso vem me preocupando. Se é realmente nas primeiras semanas que irei precisar ou terei que tomar junto ao oxalato de escitalopram até o final do tratamento. Antes do início do tratamento eu conseguia dormir normal, acordava na noite com os sintomas citados acima, tentava me controlar e aos poucos eles desapareciam, mas agora não vejo a noite passar, pois após tomar o medicamento já estou dormindo e acordo depois de 7 a 8h de sono.
        Mais uma vez muito obrigada, e desculpa o incômodo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Eleni

          Você pode tomar, sim, nas primeiras semanas do tratamento, que é a fase mais difícil. No entanto, não precisa tomar todos os dias, caso sinta que irá dormir sem problema algum. Faça uso apenas quando sentir necessidade. Tenha-o na sua gaveta para os dias de insônia. E a dependência demanda um tempo bem maior. Fique tranquila. Hoje, tente dormir sem tomar o remédio. Pode ser que consiga. E não há incômodo algum. Sinta-se à vontade para perguntar.

          Abraços,

          Lu

        2. Eleni Dias

          Lu

          Todos os dias tento não tomar esse medicamento para dormir, mas quando vou pra cama relaxar, sinto formigamento nas minhas pernas, como se tivesse subindo dos meus pés para meu corpo. Os pés e mãos ficam suados e isso me deixa com muito medo, parece que está queimando, pesada, fadiga, dores musculares e zumbido nos ouvidos. Hoje deixei de ir a um passeio com a família e amigos devido a esse sintomas, começou a acontecer na madrugada, tomei o medicamento para dormir e após 5 a 6 h acordei sentindo essas coisas chatas.

          Lu, é muito difícil essa fase inicial do tratamento, passa tantas coisas negativas na mente, medo de sentir isso todos as noites e não saber como lidar. Fico pensando que o medicamento está prejudicando minha circulação sanguinea e, por isso, sinto esses sintomas… Gostaria de saber se tudo isso são coisas da minha imaginação ou realmente acontece no início do tratamento?

          Amanhã começo a tomar 1 comprido inteiro (oxalato de escitalopram) posso ter mais reações, ou aumentam as que estou sentindo? Sempre tomo entre 11:00 e 11:30 h, caso perceba que ao tomá-lo inteiro e sinta sono durante o dia, posso começar a tomar à noite, depois da jantar ou terei que voltar ao médico e questionar sobre isso?

          Sua linda, mais uma vez muito obrigada.

          Eleni

        3. LuDiasBH Autor do post

          Eleni

          Você se encontra na fase inicial do tratamento, quando os efeitos adversos aparecem com todo o vapor. Essa fase é muito difícil mesmo, pois a pessoa costuma se sentir pior do que antes de dar início ao tratamento. Não se preocupe. A maioria passa por isso. Mas não demorará para sentir que valeu a pena. Tudo o que está sentindo diz respeito aos efeitos adversos, e não faz parte de sua imaginação. Releia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para ficar mais tranquila. E veja quando se faz necessário procurar ajuda médica.

          Amiguinha, nessa fase inicial aparecem os chamados “pensamentos ruins”, com a mente a mil por hora, criando mil situações imaginárias. Acontece assim mesmo! Muitas pessoas correm para o médico, em crise, e descobrem que tudo é um efeito do antidepressivo. Não tem nada a ver com sua circulação sanguinea. Leia os comentários para sentir como passam as outras pessoas.

          Ao aumentar a dosagem, algumas pessoas sentem efeitos adversos mais fortes, enquanto outras nada sentem. Não há como dar uma resposta exata, pois varia de organismo. Vamos torcer para que você fique como está… risos. Quanto a mudar de horário, jamais faça isso sem o consentimento médico. Sem falar que, ao mudar o horário da dosagem, faz-se necessário pular um dia sem tomar, para que não haja super dosagem. Portanto, converse com seu médico antes. Continue POP (paciente, otimista e persistente) e logo entrará na fase azul.

          Grande beijo,

          Lu

        4. Eleni Dias do Nascimento

          Lu

          Mais uma vez venho agradecer pela força e dedicação que você tem em nos responder… Muito obrigada.

          Hoje comecei o medicamento inteiro (10mg), confesso que estou ansiosa e um pouco preocupada com tais reações, mas serei POP (paciente, otimista e persistente) e vou passar por essa fase difícil. Irei observar se realmente terei reações e principalmente o sono durante o dia, caso isso aconteça voltarei ao médico e questionarei a mudança de horário para noite. Minha grande preocupação é não precisar tomar o Zolpidem para dormir. Fico preocupada com tal dependência a ele, mas como você já disse, isso será só no início do tratamento e logo conseguirei dormir normalmente.

          Lu, acho que minha preocupação em não dormir à noite pode também estar me prejudicando, ontem tomei meu chá de melissa e fui pra cama com um pouco de sono, mas não conseguir dormir, fiquei esperando, virando de um lado para o outro e nada, depois de muito tempo resolvi tomar o Zolpidem e conseguir dormir por 8 h. Meu marido me dá muita força, graças a Deus, e sempre fala, se não conseguir dormir toma o medicamento, ficar sem dormir será pior para mim.
          Vou conseguir passar por tudo isso, com fé em Deus.

          Obrigada,

          Eleni

        5. LuDiasBH Autor do post

          Eleni

          O início do tratamento é muito difícil para algumas pessoas. Não se preocupe em tomar o Zolpidem apenas por um tempo. E não irá ficar dependente com tão pouco uso. Isso acontece, normalmente, quando o período é muito prolongado. Também poderá pedir a seu médico para passar-lhe um fitoterápico (Valeriana, por exemplo), em razão de sua excessiva preocupação. Procure relaxar, para que o sono venha com naturalidade. Poderá tomar o chá de melissa, erva-cidreira ou camomila também durante o dia (umas três xícaras ao dia). Siga a recomendação de seu marido, se sentir que não irá dormir, tome o medicamento. Mas nada de neura. Certo?

          Abraços,

          Lu

    2. Eleni Dias do Nascimento

      Olá, Lu!

      Fui orientada pelo médico (cardiologista) a tomar os medicamentos citados no outro comentário. Porém, essa semana voltei ao médico para tirar algumas dúvidas em relação aos sintomas cada dia mais fortes (formigamento com dores fortes nas pernas) ao ponto de ainda não conseguir dormir sem o Zolpidem. Ele respondeu que os medicamentos receitados por ele são fracos e não causam reações, e o que estou sentindo são coisas da minha doença.

      Lu, eu me senti muito mal… Ainda bem que ontem tinha sessão com a psicóloga. Ela achou muito estranhas as informações do cardiologista e me aconselhou a procurar um psiquiatra e passar todas as informações do que aconteceu comigo e ter uma segunda opinião profissional. Fui ao psiquiatra e conversamos muito, informei o que estava acontecendo comigo. Ela falou que as reações que estou sentindo são muito fortes e que deveria trocar a medicação… Receitou Paroxetina 20 mg pela manhã e após a refeição o Loredon (cloridrato de trazodona) 50 mg, à noite, no começo do tratamento, para caso da falta do sono a noite. Questionei se deveria parar por algum tempo os medicamentos que já estou tomando, para iniciar os receitados, e ela falou que não, pois estou no início do tratamento e não causará nada em começar no dia seguinte.

      Lu, confesso que estou preocupada em relação à mistura de medicamentos e ao chegar em casa percebi que os dois medicamentos receitados por ela tem a mesma finalidade para o tratamento e, na verdade, se eu tomar os dois juntos aumentará a dosagem. Poderia me ajudar em minhas dúvidas.

      Mais uma vez, muito obrigada.

      Eleni

      1. LuDiasBH Autor do post

        Eleni

        Buscar uma segunda opinião é sempre muito bom, principalmente quando nos encontramos inseguros. Quanto à orientação da psiquiatra, penso que deve segui-la, pois ninguém melhor do que ela para saber o que está dizendo acerca de tais medicamentos. Alguns antidepressivos podem ser misturados sem nenhum problema, ou seja, pode-se tomar um assim que paralizar o outro, sem aguardar um tempo. Em alguns casos, até mesmo dois antidepressivos podem ser associados. Mas isso sempre sob a supervisão médica. Mas, caso você se sinta insegura, poderá aguardar uns três dias. Fique tranquila, se sua médica disse que não haverá problemas, não tema, pois ela não seria irresponsável a ponto de cometer um erro médico.

        Beijos,

        Lu

  26. Juliana

    Lu

    Ajude-me, estou desesperada, o INSS negou meu benefício e me mandou trabalhar no dia seguinte. Passei pelo médico da empresa que também me deu apta e me orientou a trabalhar 3 dias e entrar com recurso no INSS. A verdade é que não me imagino retornando agora, desesperada, coração a mil, parece que vou ter um treco. Tenho vontade de desaparecer, não posso nem imaginar aquelas 350 crianças em meu ouvido. Continuo com insônia, e a empresa me chantageando a pedir demissão. Passei lá para deixar um papel e já perguntaram se não quero pedir as contas, percebo que não me querem, inclusive ja colocaram um rapaz em meu lugar. Eu posso pedir uma novo afastamento, mesmo não tendo retornado à empresa?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Acalme-se! Não veja isso como fim do mundo, pois há problemas muito mais graves. Desespero não irá ajudá-la em nada, amiguinha. Todos nós que tiramos licença em razão de transtornos mentais, vivemos essa gangorra de retornar ao trabalho e depois ter que tirar nova dispensa. Isso acontece com todos e não apenas com você. Eu mesma já passei por isso. Você terá que seguir a orientação do médico do INSS, se não quiser ser mandada embora por abandono de cargo. Terá que retornar ao trabalho, e depois voltar ao médico para tentar uma nova licença. Sem isso não conseguirá um novo afastamento, passando por cima do parecer do perito. Faça um trabalho mental para aceitar as crianças, pois elas não têm culpa de nada. Ao retornar, trabalhe o melhor possível, de modo a não dar oportunidade para a empresa mandá-la embora. Trabalhe três a cinco dias e, sem dizer nada na empresa, busque nova consulta, relatando como se encontra. Conseguida a licença, comunique-se com a chefia da empresa. Se não comparecer, ou sair antes de ter uma licença, será posta na rua por justa causa. Pense bem! Tenho absoluta certeza de que dará conta de fazer isso. Você precisa trabalhar com seu emocional, vencendo a barreira que a impede de voltar ao trabalho. O ideal seria conseguir uma psicoterapia, também. Aguardo novas notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu
        Não consegui voltar ao trabalho nos dois primeiros dias, no outro fui, mas passei muito mal e quase desmaei, mas consegui enfrentar. As crianças me vendo naquele estado até me ajudaram. Obrigada por tudo, agora só espero a empresa me dispensar, eles geralmente mandam embora pessoas com afastamentos. No caso só tem estabilidadde quem tem acidente de trabalho.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Parabéns por ter aguentado firme. Viu como as crianças são compassivas ao ver o sofrimento de outrem? Quanto a ser mandada embora, quando um funcionário encontra-se de licença, a empresa não pode fazer isso, a menos que a lei tenha mudado com esse governo maluco que temos, que só privilegia as empresas e não dá a mínima para o trabalhador. Mas quando ele retorna ao trabalho, a empresa pode fazer isso.

          Abraços,

          Lu

  27. Juliana

    Oi, Lu!

    Passei pela médica por causa da insônia que estou tendo, e ela me passou donaren retard 150 mg, mas não tem sido muito útil. Dei uma lida na bula e não localizei o uso dele para combater a insônia, pois se trata de um antidepressivo, e eu já faço uso de um. Outra coisa, minha perícia está marcada pro dia 7 próximo. Tenho medo de não ganhar mais tempo. Não me imagino voltando àquela empresa, sinto que estão dispostos a me fazer pedir as contas. Preciso que o perito me dê mais um tempo, em se tratando do meu transtorno que é f34 é difícil manter-me em afastamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Se o remédio receitado por sua médica não está surtindo efeito em relação à sua insônia, terá que conversar com ela, que deverá mudá-lo. Quanto ao uso de dois antidepressivos, isso muitas vezes é usado. Quanta à perícia, você terá que estar preparada para obter mais licença ou não, pois a avaliação é do médico perito. Há quanto tempo está afastada, somando tudo? O f34 significa “transtornos de humor persistentes”, e a licença concedida diz respeito ao estado em que a pessoa encontra-se. Se o perito achar que você ainda não se encontra apta para trabalhar, tenha a certeza de que continuará afastada. O importante é você se manter tranquila e não ficar sofrendo antes da hora. Continuo torcendo por você.

      Beijos,

      Lu

  28. Juliana

    Lu,
    não consegui passar na perícia. Quando cheguei lá estava com cópia de um requerimento que a empresa me deu. Liguei na empresa falei o que aconteceu. Ela disse que estava na máquina, foi muito debochada, como se tivesse feito de propósito, pelo menos pareceu. Esperou eu passar pela perícia e ligar para dizer que estava na máquina de impressão. Há alguns dias fiz um exame de rotina e descobri que a minha prolactina está muito alta. Minha médica pediu uns exames do cérebro para saber se há algum nódulo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Quando se trata de transtornos mentais, a lida com a perícia é assim mesmo, num vai e vem sem conta. Você pode retornar ao trabalho e depois pegar uma nova licença. Mas isso não é coisa para deixá-la triste. Aguarde o resultado dos exames pedidos por sua médica. E não se preocupe com a opinião de ninguém. É impossível mudar as pessoas, pois cada um só oferece o que tem. Se uma pessoa é desprovida de compreensão e bondade, jamais poderá sem compreensiva e bondosa com outrem. O importante é o que somos. Não temos o poder de mudar ninguém. Portanto, vida para frente, amiguinha.

      Abraços,

      Lu

      1. Solange

        Lu

        Resposta excelente, é isso mesmo, quem humilha será humilhado também. Realmente não devemos ficar chateados com esse tipo de pessoas.

  29. Thalita

    Lu
    Meu médico viu a necessidade de aumentar a dosagem de meu medicamento. Estava tomando 15 mg mas não sentia nada de melhora, e ele sempre aumenta de 5 em 5 mg pra ir bem devagar. Quando cheguei rm 20 mg, deu uma estabilizada e comecei a sentir os efeitos positivos, mas ainda não estava 100%, devido a uns problemas também que estou passando. Agora ele aumentou pra 2/5 mg mas já na primeira dosagem senti diferença. Sinto meu corpo brigando, mas me dá uma luz, isso vai passar? :((((((

    Eu sinto as duas coisas: um pouco de inaceitaçao e que eu poderia comprar outras coisas kkkkk… Vejo muitas pessoas que tomam antidepressivos e ficam bem, porém, ao retirarem, retornam para a estaca zero. Quem usa esses medicamentos uma vez irá usar sempre?

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thalita

      O comportamento de um psiquiatra sério é realmente esse: aumentar progressivamente a dosagem, até ter a certeza de que o organismo da pessoa está reagindo adequadamente. Por isso, é muito importante o contato entre médico e paciente no início do tratamento. O que você tem a fazer é seguir direitinho a prescrição médica, e em hipótese alguma parar por conta própria. Outra coisa, não leve muito a sério os problemas do dia a dia. Todos nós os temos e eles passam mais cedo ou mais tarde. Viva um dia de cada vez, com a maior leveza possível. Como diz meu sobrinho, quem esquenta a cabeça é palito de fósforo, e acaba queimado.

      A aceitação do tratamento é de fundamental importância. Agradeça por viver nos tempos de hoje, quando a Ciência vem adentrando nos problemas do cérebro humano, procurando soluções. Agradeça pela existência dos antidepressivos, pois esses vêm contribuindo para a melhoria da saúde daqueles que possuem transtornos mentais. A humanidade passou por tempos miseráveis em outros tempos, quando era jogada em sanatórios e manicômios, e mais atrás, as pessoas eram tidas como loucas, abandonadas nas estradas, etc. Leia aqui no blog sobre o assunto em HISTÓRIA DA HUMANIDADE.

      Quanto à retirada do medicamento, isso vai depender do tipo de transtorno mental de cada pessoa e do grau em que se encontra. Algumas necessitam apenas de seis meses de tratamento, outras de um ano e outras devem ser tratadas indefinidamente. Mas não se preocupe com isso. O importante é que tenha a sua saúde mental estabilizada.

      Abraços,

      Lu

  30. Thalita

    Oi, Lu!
    É normal sentir apenas efeitos colaterais quando a substância da medicação é aumentada? Na verdade, eu tomo o espran, cujo princípio ativo é o oxalato de escitalopran, e hoje comprei o genérico da ultrafarma, cujo preço é bem menor, pode dar algum problema? Toda vez que vou comprar o medicamento, fico meio chateada… 🙁

    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thalita

      É normal, sim, sentir efeitos adversos quando a dosagem do antidepressivo é aumentada. Eu também compro o genérico, sempre o mais barato. Agora estou tomando o da Ultrafarma. Fique tranquila, pois não sinto diferença alguma. O fato de ficar chateada ao comprar o medicamento pode estar ligado à sua inaceitação do transtorno mental, ou ter que pagar por um medicamento (que não é barato), quando poderia estar comprando algo mais agradável. Também preferia comprar livros, etc. Mas nem tudo é como queremos. Vida para a frente, amiguinha.

      Grande abraço,

      Lu

  31. Juliana

    LU, muito obrigada, estou pensando positivo, amanhã te conto tudo. Vou procurar estes livros, e obrigada pela dica.

  32. Pirilo

    Oi, Lu!

    Amiga, prefiro conversar com você do que com meu psiquiatra. Estou no 26º dia do Escitalopram, estava indo bem, mas hoje estou tendo uma crise brava, muito ruim mesmo. Ainda é normal eu passar por isso, pois já estou quase fazendo um mês. Estou apavorado, amiga. Apavorado.

    Beijos e SOS.

    Pirilo

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pirilo

      É normal, sim, ter ainda tais crises. Essas reações adversas não obedecem a uma regra, pois variam de um organismo para outro, podendo ser sentidas até mesmo por mais tempo. Só que as crises vão ficando cada vez mais esporádicas, até sumirem totalmente. Não fique apavorado, está tudo dentro da normalidade. Quanto mais relaxar, melhor. Não ofereça resistência. Deixe que a crise venha e passe. Volte a ler os textos: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO, aqui no site.

      Volte a contatar-me amanhã, para dizer como se encontra.

      Abraços,

      Lu

      1. Pirilo

        Minha amiga, Lu!

        Hoje estou no 29º dia do escitalopram. Aquela fase mais difícil já passou, mais estou muito preocupado, pois ainda sinto angústia, opressão no peito e terça-feira fui parar no hospital com crise forte de ansiedade. Tomei diazepam na veia para poder acalmar. Estava bem, e de repente as mãos começaram a formigar. Corri para o hospital. Morro de medo desse remédio, que todos elogiam, não fazer efeito em mim. Você acha que ainda é cedo para os efeitos positivos começarem.

        Abraços e muito obrigado.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pirilo

          A palavra-chave para nós, portadores de síndromes mentais, é paciência. Não adianta querer manipular o tempo a nosso favor, pois isso não acontece. Os antidepressivos são bem “pirracentinhos”. Cada organismo reage de uma maneira diferente, alguns exigindo mais tempo para que tenham uma ação efetiva. Pode ser também que a dosagem necessite de ser reavaliada. O ideal é conversar com seu médico. Mas isso não é motivo de preocupação.

          Amiguinho, no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, eu explico que o medicamento é responsável por 50% do tratamento, cabendo a outra parte ao usuário. Mas como? Ele necessita mudar posturas de vida, modificar conceitos, ser menos intolerante consigo e com o outro e, sobretudo, ser otimista. Pesquisas mostram que as pessoam otimistas alcançam resultados positivos mais rapidamente. Não há porque ter medo de o remédio não fazer efeito, pois ele já está fazendo.

          Pirilo, num outro texto, denominado SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO, eu explico como se deve reagir a uma crise de pânico, jamais oferecendo resistência. Respire fundo e deite-se, relaxando o corpo o máximo possível, e procurando mudar o foco dos pensamentos. E o que você teve foi uma crise dessas. Outra coisa, elimine a palavra “medo” de sua vida. Ela é nociva em demasia. Ele só deve existir quando nos encontramos em perigo de morte. Fora disso, só nos traz problemas. Depois de 30 dias é importante o retorno ao médico, para avaliação do tratamento. Continue POP (paciente, otimista e persistente).

          Abraços,

          Lu

  33. Juliana

    Lu, fui até a empresa e me trataram mal, parecem me culpar por me afastar. Daqui a dois dias é a minha perícia e torço pra que dê tudo certo. De qualquer forma vou precisar arrumar outro emprego, pois trabalhar com criança não dá mais para mim, ainda mais que me exploram, fazendo-me colocar 60 crianças para dormir, sozinha. Tudo isso foi me estressando, até chegar no ponto em que estou.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Quando alguma coisa está consumindo a nossa saúde mental, o melhor a fazer é bater em retirada. Você tem toda a razão ao buscar um outro emprego, onde se sentirá mais feliz. Não adianta ganhar dinheiro para gastá-lo com a saúde. Procure ser o mais otimista possível. Acredite, ao final tudo dará certo. Pensamento positivo só atrai coisas boas. Estou torcendo por você.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu, obrigada pela força que você está me dando. Você não imagina o quanto tem me ajudado nesses últimos tempos. Que Deus a abençoe muito. Torça por mim,
        pois a minha perícia é amanhã, e estou pensando positivo como me ensinou.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Mente positiva atrai coisas positivas. O sentimento de negativismo e derrota só nos joga para trás. Como já lhe disse, a Ciência tem comprovado que as pessoas otimistas tendem a alcançar melhores resultados na vida. Em tudo que nos acontece pode ser encontrada uma janelinha para ver a luz. Indico-lhe, para leitura, dois livros finos e muito fáceis de ler, que não chegam a R$ 15,00 o preço de cada um (edição de bolso). Pode ser que também haja na internet e você poderá abaixá-los para ler:

          1- Polyana – Eleonor H. Porter
          2- Polyana Moça – Eleonor H. Porter

          O melhor acontecerá para você na perícia. Fique tranquila.

          Abraços,

          Lu

  34. EJTS

    Lu, parabéns pelo post! Bastante esclarecedor!

    Eu tenho problema com ansiedade desde pequeno, o que me atrapalhou em várias coisas. Também tenho tremor essencial. Juntando essas duas coisas, situações simples do dia a dia me deixam ansioso, com os tremores atacando bastante. Apesar disso, eu sempre fui muito persistente. Era errando, passando pela situação complicada, e tentando de novo até conseguir.

    Tenho 20 anos e nessa vida de adulto noto que a ansiedade me atrapalha um pouco no trabalho. Me consultei com um neurologista que me passou o Ecilatopran. Comecei a pesquisar um pouco sobre ele e não vinha encontrando muita coisa sobre efeito colateral. Mas cheguei nessa sua página e, pelo que vejo nos comentários, nem tudo são flores. Não imaginava que os efeitos colaterais fossem nesse nível e sinceramente, isso me colocou uma dúvida: se realmente tomo esse antidepressivo. Trabalho rodando escala (tem dias que trabalho pela manhã, outros à tarde e outros pela noite/ madrugada) e também voltarei à faculdade, e tenho medo de não conseguir fazer as coisas, enquanto essa fase de efeitos colaterais não passam (minha vida sempre foi muito agitada e corrida). Estou me questionando se vale a pena passar por tudo isso tomando o Ecilatopran 10 mg. Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      EJTS

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais, que variam muito de acordo com cada organismo. O mais importante é saber que eles passam dentro de duas a três semanas, normalmente. Quanto ao fato de tomar ou não o medicamento, somente o seu médico poderá avaliar a respeito. Se a sua ansiedade for muito grande, sem falar no tremor essencial, a ponto de atrapalhar sua vida, é necessário tomar o antidepressivo, pois, se não tratada, ela pode desaguar na Síndrome do Pânico. E quanto mais jogar o tratamento para adiante, mais fortes vão ficando as crises, até não mais poder protelar. Eu também tomo esse medicamento e dou-me muito bem com ele.

      Você diz que trabalha rodando escala, logo, se necessário, poderá pedir a seu médico uma licença de 15 dias, nessa fase mais difícil do tratamento. Pode ser também que sinta poucos efeitos adversos. Quanto à vida agitada e corrida, sempre que possível reserve um tempo para si mesmo, pois nosso corpo precisa de descanso. O sono é muito importante. Não abra mão dele.

      Abraços,

      Lu

      1. EJTS

        Olá, Lu!
        Muito obrigado pela resposta!

        Depois de um tempo divagando, comecei a usar o oxlato de escitalopram 10 mg. Amanhã faz cerca de sete dias. Estou naquela fase dos efeitos colaterais da primeira semana. Nos primeiros dias, senti a boca bastante seca e tive que ficar ingerindo água o tempo todo. Também tive muitos gases e um pouco de diarreia. Agora, a sensação da boca seca já diminuiu e ainda continuo com gases em excesso e com a “barriga” um pouco instável. Em um dos dias, no trabalho, quando não usei o propranolol, a ansiedade bateu bem forte (faz um tempinho que não fico assim no trabalho, quando não uso o propanolol), me deixando totalmente distraído das atividades que estava fazendo. Foi chatinho! Tentei me acalmar e consegui diminuir um pouco e seguir a rotina de trabalho. Também, vez ou outra me encontro enjoado, com ânsia de vômito. Como você fala bastante nos seus comentários, venho tentando ser POP e aguardar essa fase chatinha passar e vir os efeitos desejados. A questão do sono ainda vem tendo problemas. Será uma outra coisa que irei investigar também!

        Parabéns pelo blog! Venho lendo outras postagens e achando bastante interessante! Além de toda essa sua paciência para responder cada comentário, de forma clara e colaborativa, de coração, é algo também que merece os parabéns. Muito obrigado pela ajuda! Prometo retornar dando mais notícias!

        Abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          EJTS

          Você se encontra no ápice do furacão, mas sei que é POP o bastante para tirar isso de letra. Logo nem mais se lembrará dessa fase ruim. Sei que os efeitos adversos não são fáceis de aguentar, mas valerá a pena passar por tudo isso, em benefício da melhoria da qualidade de vida. Os sintomas ruins citados por você fazem parte da fase inicial do tratamento. Devem durar cerca de duas a três semanas, embora haja pessoas que possuem o organismo mais resistente aos antidepressivos, demorando mais para chegar aos efeitos positivos. Se o sono está a incomodá-lo, converse com seu médico sobre a possibilidade de receitar-lhe um tranquilizante para dormir. Um banho morno e um copo de leite tépido antes de deitar-se pode ajudar muito.

          Amiguinho, agradeço pelos elogios a este espaço. Sinto-me feliz ao saber que realmente estou ajudando as pessoas. Como dizia a minha avó: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Juntos, nós podemos fazer a diferença neste vasto e sofrido mundo dos transtornos mentais.

          Abraços,

          Lu

        2. EJTS

          Olá, Lu!

          Obrigado pela resposta! Hoje faz 16 dias que comecei a usar o Oxalato de Escitalopram 10 mg. A segunda semana de uso foi bem mais tranquila que a primeira. Dos efeitos colaterais, só o enjôo, às vezes vem incomodando. Espero que essa fase já esteja acabando. Quero ver os efeitos positivos!

          O meu problema com sono é complicado, porque ainda não sei exatamente o motivo. O neurologista que prescreveu o Escitalopram, disse que poderia ser causado por causa da minha excessiva peocupação com as coisas e a ansiedade oriunda disso (e faz sentido, penso bastante nas coisas que podem acontecer e como prever, contornar isso). Ele quer ver primeiro o efeito do Escitalopam para investigar melhor, com um exame de polissonografia. Uma outra causa seria a excessiva fadiga muscular que tenho. Eu sou portado da Síndrome de Ehlers-Danlos, também conhecida como Síndrome da Hipermobilidade Articular. Essa hipermobilidade pode ser entendida como movimentos que as articulações do meu corpo fazem a mais do que o normal. Isso faz com que surja diversos problemas nas articulações (articulações saem do lugar com facilidade, tendinites, artroses, entorses e dor). Faz com que os músculos sejam exigidos bem mais que o normal, para poder manter as articulações nos seus devidos lugares. A tendência é ter essa fadiga muscular que mesmo dormindo 7 ou 8 horas direto, o sono não é reparador, acordo cansado e com a sensação de não ter conseguido dormir nada. Essa Síndrome de Ehlers-Danlos me afeta bastante, não vou negar. Ela por si só, traz limitações que vez ou outra me deixam para baixo. É bem provável que meu problema com sono possa ser uma mistura dessas duas coisas. Estou correndo atrás para ver o que consigo fazer para aliviar.

          Em relação a tranquilizantes, é complicado por causa do meu horário de trabalho ser escalado. Minha reumatologista ficou receiosa em passar algo para eu dormir e me deixar muito sonolento, já que meu horário de trabalho não é regular. No momento estou trabalhando, fazendo faculdade (poucas cadeiras, pois não consigo dar conta de todas) e ainda fazendo pilates. Uma verdadeira correria! Uma noite mal dormida ferra com o resto do meu dia. Estou na procura de o que fazer pra me ajudar nisso!

          Muito obrigado e um grande abraço!

        3. LuDiasBH Autor do post

          EJTS

          Se já está sentindo uma melhora na segunda semana de tratamento, significa que não demorará a entrar na fase positiva do antidepressivo. Isso é uma excelente notícia. As turbulências estão ficando para trás. Estamos todos torcendo por você.

          Amiguinho, o sono é importantíssimo para o nosso organismo. Viver privado dele é realmente muito doloroso, pois desequilibra-nos por inteiro. Quanto aos calmantes fitoterápicos, esses não causam a soneira que os tranquilizantes alopáticos trazem, pois a substância principal é em dose muito reduzida. Você deveria experimentá-los, pois não levam àquele excesso de sono, na verdade, eles mais acalmam. Se possível, consulte um médico homeopata. Penso eu que sua insônia esteja ligada à Síndrome da Hipermobilidade Articular e também ao antidepressivo, que tem o poder de levar algumas pessoas a dormir muito, enquanto outras ficam insones, principalmente no início do tratamento, conforme consta como advertência na bula. Você está correto na sua análise, ao comentar que “É bem provável que meu problema com sono possa ser uma mistura dessas duas coisas.”.

          Você se explica: “Uma noite mal dormida ferra com o resto do meu dia.”. Também tenho esse mesmo problema. O sono para mim é da maior importância. Preciso de, pelo menos, sete horas de sono. Fora disso fico totalmente alquebrada.

          Amigo, agradeço-lhe pelas informações sobre a Síndrome de Ehlers-Danlos. Fica o convite para que escreva um texto sobre o assunto, para ser postado no site. Iria ajudar muitas pessoas com esse mesmo problema, ainda mais que você escreve com muita clareza.

          Um grande abraço,

          Lu

        4. EJTS

          Olá, Lu!

          Irei pesquisar sobre os fitoterápicos e também fazer uma consulta com homeopata (não conheço muito essa especialidade, mas posso pesquisar, sim). A questão do sono Lu, é muito antes de eu usar o antidepressivo. Já sofro com isso faz alguns anos e geralmente “me ataca” por vários dias seguidos, como aconteceu semana passada. Mas diferente das outras vezes, quando conseguia dormir direto, acordei muitas vezes durante a noite. Quem sabe possa ser o efeito do antidepressivo mesmo. E essa semana vêm sendo difícil! Três noites que não tenho um sono de qualidade. Só não está pior porque estou na folga do trabalho (que geralmente aproveito para ir em consultas médicas, fisioterapia, pilates), mas amanhã eu volto e o dia será bem puxado.

          Semana que vem voltarei para o neurologista, para mostrar o exame que fiz para confirmar o Tremor Essencial (o meu diagnóstico anterior foi totalmente clínico) e também ver essa questão do uso do Escitalopram. Não sei se pode ser considerado como um efeito colateral, mas minha cabeça vem sendo “invadida” por uma série de pensamentos negativos, que me deixam um pouco pra baixo, em momentos, que teoricamente, era para eu estar empolgado (quando estou fazendo pilates, por exemplo). Nessa semana, já aconteceu umas duas ou três vezes e alguns amigos notaram isso, pois minha expressão mudou totalmente (não sei se tem alguma relação pelo fato de eu não estar dormindo bem). Hoje faz cerca de 20 dias que iniciei o uso do Escitalopram.

          E posso fazer um texto sobre a Síndrome de Ehlers-Danlos, sim. Não vai ser fácil escrever, mas tentarei. É uma verdeira batalha para conseguir o diagnóstico e uma outra para achar os profissionais certos para acompanhar os nossos problemas. Isso se dá tanto pela falta de conhecimento dos médicos quanto pelo fato de acharem ser algo da nossa cabeça, que estamos inventando os sintomas, que somos hipocondríacos… Posso tentar passar a minha experiência com ela.

          Lu, mais uma vez muito obrigado! Que você continue com as suas postagens, pois de uma coisa eu tenho certeza, estão ajudando muitos aqui! Qualquer dúvida ou novidade, estarei aparecendo novamente!

          Grande abraço!

        5. LuDiasBH Autor do post

          EJTS

          Todo antidepressivo traz efeitos adversos, dentre esses estão os “pensamentos ruins”, que irão passando à medida que aumenta o tempo da medicação. Portanto, não se preocupe, caso esses sejam esporádicos. Fique apenas atento a eles, comunicando seu médico, caso passem a perturbar muito. O oxalato de escitalopram também pode trazer insônia em seu período inicial. E, certamente está ajudando a reforçar a sua dificuldade para dormir. Nessa fase, faz-se necessário usar um calmante ao deitar-se, como coadjuvante. A ida ao médico homeopata poderá ajudá-lo nesse problema, ao receitar-lhe um fitoterápico.

          Não tenho pressa quanto ao texto pedido. Vá fazendo aos pouquinhos, quando sentir vontade. Veja os links que irei lhe enviar.

          Abraços,

          Lu

  35. Juliana

    Oi, Lu!

    A ideia de retornar para meu trabalho e horrível, estou com insônia, só penso no trabalho, nas coisas horríveis que falaram de mim de como me criticaram e na pressão da empresa em me fazer pedir as contas. Acho que é ansiedade, não consigo parar de comer, estou engordando e me sentindo feia. Não posso pedir as contas desse trabalho, mas ao mesmo tempo não me vejo em condições de continuar nele.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Chega um momento em que é preciso enfrentar a vida, principalmente quando temos responsabilidade com nossa família. Nós já conversamos sobre o fato de você não dar importância ao que os outros dizem. O importante é o que você pensa de si mesma. O resto não interessa. Desde que o homem surgiu na Terra há mexericos e continuarão havendo em qualquer lugar, pois tal comportamento faz parte de nossa espécie.

      Ju, o medicamento pode estar levando-a a engordar. Quando voltar ao médico, converse com ele sobre isso. Quanto a seu trabalho, somente você poderá avaliar se deve ou não abrir mão dele. Mas saiba que não existe trabalho perfeito. Em qualquer um irá encontrar problemas. Pense direitinho antes de tomar qualquer decisão.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu, obrigada pela força!
        Minha perícia foi marcada para 22 agora e estou tão nervosa. Os médicos veem este transtorno como frescura. Meu marido também não me da força em nada, só me critica, e acabo me sentindo mais angustiada.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Os médicos não têm mais essa visão errada sobre os transtornos mentais, pois as reportagens sobre o assunto são cada vez mais abundantes. Fique tranquila quanto a isso. Em relação a seu marido, muitos homens ainda se encontram atrasados em relação a este assunto, até porque ainda são vítimas do machismo. Só compreendem o problema quando o sentem na pele. Isso não acontece somente com seu marido. Peça-lhe para ler os comentários aqui neste espaço, para que ele vá entendo aos poucos. E não há motivo para ficar nervosa em relação à perícia. Tudo irá dar certo. Procure pensar positivamente.

          Abraços,

          Lu

  36. Luiza

    Olá estou desesperada, pois essa semana fui diagnosticada com síndrome do pânico. Tive uma crise com sensação de morte, e estou tomando escitalopram e está me dando muita fraqueza. Estou com medo, não consingo comer, o cheiro da comida me enjoa. Fruta pouquinho eu como. Isso é normal no início? Se continuar assim vou ficar sem forças. Me ajude, pois só de pensar já me vem sensação de novo da crise. Meu coração parece q fica sempre agitado. Socorro me ajude, é desperador não saber o que está havendo comigo e não ter o controle.
    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luiza

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a primeira coisa a fazer é ficar calma, pois tudo isso irá passar. Sei que a fase inicial do tratamento com antidepressivo é mesmo dolorosa, mas todos passam por isso. A pessoa costuma ficar pior do que antes de dar início ao tratamento. Os efeitos adversos costumam ser bem fortes, mas dentro de três semanas, normalmente, eles começam a passar, vindo os bons.

      A Síndrome do Pânico é mesmo terrível, pois passa-nos a sensação de morte, quando isso não é verdade. Vou lhe enviar um texto sobre o assunto. Ao tomar o medicamento, algumas pessoas passam a comer em demasia e outras perdem o apetite, como é o seu caso (isso também me aconteceu), porém, depois de um tempo, o organismo vai voltando ao normal. Faça uso de sucos, chás, vitaminas, iogurtes, etc. Para que não mais sinta a crise de pânico, precisa tomar o medicamento. Não pare sem consentimento médico.

      Luiza, a Síndrome do Pânico é um transtorno mental, que acomete várias pessoas, principalmente aquelas que são muito ansiosas. Mas não se desespere, pois o antidepressivo tem por objetivo contê-la. Não é necessário ficar desesperada. É possível que ela apareça agora no início do tratamento, mas não lute, não ofereça resistência, pois, agindo assim, ela logo passa. Procure respirar fundo e ficar o mais tranquila possível. Leia os textos que lhe enviarei. Leia também os comentários dos leitores do site.

      Abraços,

      Lu

  37. Suely Andrade

    Olá, Lu!

    Amei seu site, e PARABÉNS pela sua generosidade com o próximo.

    Comecei com o oxalato de escitalopram 10 mg, há 26 dias tomando pela manhã, vou tomar por dois meses até a próxima consulta para saber se continuo ou paro. A primeira semana foi metade do comprimido para adaptação do organismo e em seguida comecei com o inteiro. Procurei o psiquiatra por conta de uma ansiedade imensa que estava me tomando a fala, não conseguia expressar o que queria falar, faltava folego, taquicardia, sudorese nas mãos e pés. Na realidade sempre fui ansiosa sem me dar conta, sempre vivi preocupada, imaginando coisas que não tinha acontecido ainda. Vim aqui deixar meu relato sobre a experiência com o escitalopram, porque depois de ler tantas perguntas e respostas, sinto que posso contribuir um pouco.

    Na primeira semana comecei a sentir dor de cabeça, minha ansiedade dobrou, suei muito, sonhei brigando com zumbis (rsrsr), demorava muito para dormir e acordava sonolenta. Não desisti, pois confiava na melhora. A segunda semana a dor de cabeça foi substituída por gases. Perseverei. Na terceira semana minha ansiedade já diminuiu, a fala já saiu mais tranquila e já respirei melhor, agora, na quarta semana, meus pés começam a querer suar, mas passa, já não pingam como antes, não tive mais pesadelo, mudei o horário de tomar o remédio para a noite, o sono voltou ao normal, infelizmente continuo com os gases e o intestino funcionando mais rápido. Vou esperar até o próximo mês e volto a dizer o que melhorou.

    Pessoal vale muito aguentar essas reações horrorosas, pois já sinto alegria e a tranquilidade voltando de novo a minha vida. Lu, um beijo e que Deus te abençoe grandemente!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Suely

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, foi muito bom ler o seu comentário falando sobre a sua melhora. Através dele os leitores poderão ver como os efeitos adversos vão passando, e isso lhes trará grande esperança. O importante é perseverar no tratamento, pois a luz sempre aparece no final do túnel.

      Será um prazer contar com a sua presença.

      Abraços,

      Lu

  38. Gilberto

    Olá a todos!
    Faz quase um ano que sofro de SP e ansiedade. Minha medicação é oxalato de escitalopram e rivotril de 1 mg desde quando inicie o tratamento, tenho percebido que minha pressão que sempre foi 12/8, agora fica em 10/7. Alguém sabe me informar se isso é dos medicamentos? Perguntei para meu psiquiatra, que me disse que é melhor ter pressão baixa do que alta. Fiquei sem entender.

    Parabéns pelo blog, pois é de grande ajuda para nós, abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gilberto

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família.

      Amiguinho, na relação dos efeitos adversos não consta na bula a mudança de pressão em relação ao oxalato de escitalopram. Há referência a desmaios, mas não a essa mudança permanente. O que não significa que não possa haver essa possibilidade, pois cada organismo reage de modo diferente. Se você já conversou sobre o assunto com seu médico, não há nada com que se preocupar. O que ele quis lhe explicar é que ter pressão baixa é melhor do que a ter alta. Portanto, continue seu tratamento tranquilamente. Pode ser que, com o tempo, sua pressão volte à medição de antes. Você não me disse há quanto tempo está sendo medicado. Quanto ao rivotril, procure tomá-lo somente quando sentir necessidade.

      É bom saber que este espaço vem ajudando as pessoas, pois é esse o seu objetivo.

      Abraços,

      Lu

  39. Carolini Passos

    Lu

    Tomei o escitalopram por 2 anos e meio, receitado por meu cardiologista, e estava muito bem disposta, feliz e bem menos ansiosa, esse remédio me trouxe o meu eu de novo.Tanto que o cardiologista falou que já podia parar de tomar. Tentei ir parando devagar, mas os efeitos colaterais estavam mexendo demais comigo. Eu sempre voltava pro remédio como uma dependente fiel, até que ele falou pra ir revezando dia sim dia não. Faz mais ou menos duas semanas que não tomo o remédio, porém, estou me sentindo muito estranha, tontura, cabeça pesada, dor de cabeça, choques pelo corpo, ansiedade, tristeza. Não sei se é falta do remédio ou se são outros sintomas de outra doença, até porque eu já não estava tomando o remédio direito, mas estou com os mesmos efeitos colaterais de quando comecei a tomá-lo. Gostaria de saber se é normal isso e como devo proceder.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Os sintomas não têm relação com outra doença mas com o remédio. Pode ser que você precise de mais tempo de tratamento ou se encontre sofrendo dos efeitos adversos da abstinência. Aconselho-a a voltar a seu psiquiatra e conversar com ele, caso tais sintomas não passem. Somente ele poderá fazer uma análise com mais profundidade do porquê de você estar se sentindo assim.

      Abraços,

      Lu

  40. Pirilo

    Oi, Lu!

    Hoje estou no 15ª dia de escitalopram, ou seja, já passei pela segunda semana, acreditava que já poderia estar um pouco melhor, mas não amiga, acordo com uma terrível opressão no peito e vontade chorar… Meus dias não estão sendo fáceis, ansiedade a milhão… Você acha que ainda estou dentro dos efeitos colaterais? Desculpe por estar desesperado, achando que não terei minha vida de volta.
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pirilo

      Você ainda se encontra na fase dos efeitos adversos que, na maioria das vezes, duram até três semanas, e em alguns casos podem chegar a um mês, tudo dependendo da reação do organismo de cada pessoa. Portanto, fique tranquilo quanto a isso. Contudo, o contato com o psiquiatra no início do tratamento é de fundamental importância, para que ele possa avaliar a dosagem e os resultados. Seria bom repassar a ele essa sensação de opressão ao levantar-se. Não sei se ele lhe receitou um tranquilizante. Se não, poderia fazê-lo, para ajudá-lo a passar por esse período de adaptação.

      Amigo, este cantinho tem por finalidade ajudar todos os que passam pelos efeitos indesejáveis dos antidepressivos, portanto, não precisa se desculpar. Sinta-se em família. É um prazer receber todos vocês.

      Abraços,

      Lu

      1. Pirilo

        Obrigado, amiga. Você me faz muito bem nessas horas difícies. Você é tudo de bom!

        Abraços

  41. Geice

    Olá, Lu!
    Quanto gente sofrendo com isso e eu achando que estava ficando louca. Queria uma ajuda pois estou tendo umas crises e não sei identificar o que é ao certo. Um clínico geral me receitou o fluoxetina e tem 3 dias que estou tomando. Você poderia me chamar no zap preciso de ajuda.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Geice

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, eu tomei fluoxetina durante muitos anos e dei-me muito bem com este antidepressivo. Gostaria que escrevesse mais sobre as crises que vem tendo. Quanto ao “zapzap”, eu não o tenho. Não faço parte de nenhuma rede social, pois meu tempo é muito pouco e ainda faço questão de responder todos os comentários feitos neste espaço. Aguardo seu novo comentário.

      Abraços,

      Lu

  42. Juliana

    Lu
    O fato de a médica ter me dado um mês na primeira licença, eles entenderam que já estou pronta pro trabalho e que deveria entrar no INSS novamente, tanto que me assustaram dizendo que eu ficaria sem receber a parte deles.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Não importa o que eles acham, mas o que lhe é de direito. Fique tranquila!

      Abraços,

      Lu

  43. Juliana

    Lu
    Por que você me orientou a buscar a ajuda no ministério do trabalho? Estou com medo de ser mandada embora, emprego está difícil, e tenho uma filha pra criar. Muito obrigada pela ajuda e por ser tão gentil comigo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Como não sou da área trabalhista, não tenho como lhe dar todas as explicações. Por isso, para que tenha conhecimento de seus direitos, o ideal é tirar todas as suas dúvidas no Ministério do Trabalho, pois lá eles têm advogados trabalhistas. Uma pessoa doente pode ficar um ano, dois, o tempo que necessitar para seu tratamento. Tenho um cunhado que teve uma depressão fortíssima e ficou dois anos. A lei prevê isso. Estando de licença, eles jamais poderão mandá-la embora.

      Abraços,

      Lu

    2. Juliana

      Lu
      Obrigada pela ajuda, estou aprendendo a cada dia a lidar com a minha ansiedade e com a opinião dos outros. Não me imagino voltando para esse lugar onde trabalho, que é muito ruim para mim.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Juliana

        Assim que o medicamento começar a mostrar todos os seus efeitos positivos, esse mal-estar em relação a seu trabalho irá passar. Não se preocupe com isso agora, apenas cuide de sua saúde.

        Beijos,

        Lu

  44. Juliana

    Lu
    Passei na minha médica e ela me deu mais 30 dias,estou com medo de pegar esse atestado, a empresa não gosta quando eu pego. O clima está horrível, as pessoas me ignoram ficam de cara feia, e eu fico muito preocupada, se me mandarem embora. A perícia tinha me dado mais uns dias em casa, 17 dias. Eu voltei a trabalhar, fiquei 2 semanas, e peguei um atestado de 7 dias, retornei novamente, ela aumentou o pondera. A perícia pode não considerar esse período de novo, pois já me afastei uma vez, nesse caso por experiência pode acontecer. Fora o choro, eu tenho me sentido mais lerda, tem me dado muito branco e esquecimento. Durante a noite acordo gritando, essa noite meu marido disse que eu gritava pedindo ajuda, aos berros, mas não me lembro de nada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Nós não devemos nos preocupar com a opinião dos outros, quando temos certeza de que estamos agindo de acordo com a nossa consciência. Leia uma fábula no blog chamada “O Homem o Menino e o Burrinho”. Nós não podemos nos responsabilizar pelo modo como agem as pessoas e tampouco controlá-las. O importante é que estejamos bem com a nossa conduta. Só podemos responder por nós mesmos. Portanto, acho que deve deixar de se preocupar com cara feia ou indiferença. O que importa agora é tratar de sua saúde. Esqueça o resto. Se não estiver bem, a perícia terá que validar a sua licença quantas vezes for necessário. Não fique matutando sobre como ela irá agir. Apenas vá lá e pronto. Enquanto estiver de licença, a empresa não poderá mandá-la embora. E ela não tem o direito de gostar ou não, o que manda é o seu estado de sáude. Certo?

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu
        Eu me sinto pressionada pela empresa fui perguntar umas coisas para meu chefe e ele me perguntou se quero ser demitida. Estou conseguindo controlar meu choro ainda mais na presença de pessoas, chorei na frente da chefia, fica todo mundo comentando. Passei pela minha médica que me deu mais 30 dias de afastamento. Eles disseram na empresa que a pericia pode não considerar afastamento, estou muito preocupada. Eles podem ignorar esse tempo dado pela medica? Quando se trata de transtornos mentais os médico sempre dão um mês de afastamento?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Enquanto o funcionário estiver doente, ele tem direito à licença. Não são as empresas que determinam o tempo, mas os médicos e a perícia do INSS. Portanto, não fique dando ouvidos a tudo. Aconselho-a a pedir orientação no Ministério do Trabalho, em sua cidade. Leve o atestado da médica junto. O importante é tomar medidas que a protejam.

          Abraços,

          Lu

  45. Naiana

    Oi, Lu,

    Fui diagnosticada com depressão há alguns meses, comecei tomando daforin (fluoxetina) por três meses, de início resolveu meus então “problemas”. Chegado aos festejos de fim de ano, quando nossa cabeça finalmente dá uma pausa da rotina pesada, comecei a ter crises seríssimas de ansiedade e de pânico. Fui ao médico e ele me receitou oxalato de escitalopram, que estou tomando há duas semanas, mas fico muito sonolenta durante o dia, e nos últimos dois dias tenho tido dor de cabeça, andado muito nervosa, enjoada. Estou pensando em interromper o tratamento por causa dos efeitos colaterais, ficando desesperada, mas lendo os relatos, vi que em mais algumas semanas amenizariam esses efeitos. Não sei o que fazer, estou com medo de ter outras crises!

    Desde já, obrigada pela atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Naiana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, não pare o seu tratamento em hipótese alguma, pois as crises tendem a voltar e, ao recomeçar com o antidepressivo, os efeitos ruins serão ainda mais fortes. Saiba que todo antidepressivo traz efeitos adversos, que passam depois de duas a três semanas, dependendo de cada organismo. As crises que o remédio está provocando são normais, pois você se encontra no início do tratamento com o mesmo. Seja POP (paciente, otimista e persistente) nessa fase, que é realmente muito sofrida para todos, conforme viu nos relatos.

      Naiana, se você suspender o medicamento, suas crises de ansiedade e pânico só tendem a agravar mais e mais. Chegará um momento em que terá que voltar ao tratamento. Portanto, é preferível que aguente o tranco agora, pois já está saindo da zona de turbulência. Quanto ao sono, caso tome o remédio durante o dia, peça a seu médico autorização para tomá-lo à noite, quando poderá dormir à vontade. Mas lembre-se de falhar um dia, ao fazer tal mudança, para que não incorra numa superdosagem. Não tenha medo, pois tudo chegará no eixo. É preciso ter paciência. Quase todos passam por essa fase ruim que ora vive, mas o resultado valerá a pena. Você não me disse se está tomando algum ansiolítico. Se não estiver, peça a seu médico um, para ajudá-la nessa fase difícil. E não se sinta só. Venha sempre conversar conosco.

      Um grande abraço,

      Lu

  46. Pirilo

    Oi, Lu! Que bom que encontrei este cantinho, percebo que você é muito atenciosa e gentil.

    Faz 10 dias que comecei com o escitalopram de 20 mg, não esta sendo nada fácil, amiga. Já pensei em parar e tentar seguir minha vida sem ele. Os efeitos colaterais são enormes. Libido 0, a esposa já esta olhando estranho. Será mesmo que vou colher os frutos lá na frente? Minha cabeça está a milhão, ando inquieto, impaciente, com uma baita insônia… Os filhos ficam questionando, já li um comentário aqui que a eficácia deste remédio dura apenas 1 ano, depois estaca zero. Seria isso mesmo? Me ajude amiga. E muito obrigado por ter este espaço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pirilo

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, o início com qualquer antidepressivo é mesmo difícil. O organismo reluta em aceitar uma nova droga, embora, passada a turbulência do primeiro encontro, fiquem carne e unha… risos. Nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Parar é uma tolice, pois as crises agravam-se, tendo a pessoa que reiniciar o tratamento com muito mais sofrimento. Aguente firme, irmãozinho, pois logo verá luz no fim do túnel. Esse período turbulento dura, geralmente, cerca de três semanas. Dentre os efeitos adversos está a queda da libido, realmente. Mas é preferível um marido equilibrado do que um “garanhão” pirado… risos. Sem falar que, depois de um tempo, o organismo voltará à sua normalidade. Lembre-se também de que nosso corpo inteiro é propício às carícias, não dependendo apenas dos finalmentes. Chame a esposa no cantão e peça-lhe para escolher entre um “garanhão piradex” e um “moço comedido e carinhoso” (risos).

      Pirilo, tudo o que está sentindo faz parte dos efeitos adversos. Não se preocupe. Tudo irá passar. Quanto aos filhos, converse com eles, explique-lhes o que está lhe acontecendo. Deixe que eles participem de seu tratamento. Convide-os a ler os comentários aqui, para inteirarem-se melhor. Em relação ao tempo de efeito do medicamento, não é bem assim. O diagnóstico de cada pessoa é individual, não havendo uma regra única. Algumas necessitam apenas de seis a um ano de medicação, enquanto outras precisam de mais tempo, e algumas outras necessitam de tomar o medicamento a vida toda. Há casos em que o indivíduo toma o remédio por algum tempo, fica outro sem ter nada e, num certo dia descobre que é preciso retornar ao tratamento, pois muitos transtornos costumam ser recorrentes.

      Já faço uso de oxalato de escitalopram há mais de cinco anos (usei muitos outros antidepressivos que, com o tempo, foram perdendo o efeito). A minha depressão é crônica (genética). Dou-me muito bem com o medicamento, tanto é que estou aqui a dar pitaco da vida de meus queridos leitores. Penso que isso seja uma prova de minha estabilidade emocional. Você ficará na estaca zero se parar o tratamento sem a anuência médica, pois o período de abstinência é cruel. E não há nada quanto ao “período de um ano” para a eficácia do medicamento. Quanto à insônia, peça a seu médico um ansiolítico para ajudá-lo. Se toma o medicamento à noite, poderá passar para o período da manhã, o que diminuirá a sua insônia. Mas lembre-se de ficar um dia sem tomar, caso faça a mudança, para não incorrer numa super dosagem.

      Pirilo, sempre que precisar, venha aqui conversar conosco. Não se sinta só!

      Abraços,

      Lu

      1. Pirilo

        Lu
        Muito Obrigado do fundo do meu coração. Me senti mais fortalecido com seu comentário. Não vejo a hora de colher os resultados, minha amiga. Te mando notícias.

        Beijo no coração.

  47. Juliana

    Oi, Lu!
    Voltei a trabalhar faz duas semanas e está sendo muito difícil lidar com as crianças lá. Minha médica aumentou a medicação e me deu um outro atestado de
    7 dias que me fez cair na perícia outra vez. A empresa disse que agora e mais difícil pra marcar e que fazer um acordo de eu voltar nessa segunda,e depois passaria pela perícia. Conversei com a minha médica, dizendo-lhe que pretendi pedir demissão da empresa. Ela me orientou a não pedir, pois posso piorar, como minha saúde não está boa, posso at´surtar. Já não sei o que fazer, a medicaçao não está ajudando muito e naquele lugar parece que as coisas só pioram.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      As leis trabalhistas garantem que nenhum empregado pode trabalhar doente. Assim sendo, você tem direito ao tempo de licença que for necessário para o seu tratamento, ainda mais que adoeceu no trabalho. Não peça demissão em hipótese alguma, ainda que receba pressão no serviço. O patrão faz isso para que o empregado saia. Continue firme. Siga a orientação de sua médica. Tenho uma amiga, professora, que ficou quatro anos assim: voltava, trabalhava uma semana e tirava outra licença. Quanto à medicação, é preciso ter paciência, pois alguns casos são mesmo mais difíceis. Não abra mão de seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Lu
        Está tudo muito difícil, as pessoas que trabalham comigo estão virando a cara, outros fazem fofoca se realmente estava doente, é muita pressão. Conversei com a chefia, pois estou sobrecarregada, pedi que ela distribuísse o trabalho a todos, porque há dois anos eu tinha medo de ser mandada embora e comecei a fazer tudo que me mandavam, sem questionar nada, pois tenho um filho pra criar. Com essa rotina louca fui adoecendo, então decidi abrir a boca e pedir justiça. Vou trabalhar chorando, qualquer coisa eu choro, às vezes nem sei o motivo. Vou pedir um outro afastamento para minha médica. Mais uma vez obrigada pela ajuda.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Você ainda continua em crise depressiva, sendo essa a razão de seu choro muitas vezes sem motivo. Portanto, precisa que sua licença seja estendida, pois ninguém pode trabalhar doente. Peça outra licença à sua médica. Tenho a certeza de que conseguirá.

          Abraços,

          Lu

  48. Juliana

    Nany

    Por quantos meses a sua médica te afastou? Eu já retornei, mas estou muito mal, penso muito em largar meu emprego. E o pior de tudo foi que ouvi as pessoas me criticando.

    O tempo que ficar em casa, o INSS vai te pagar até chegar a sua perícia? A sua médica te deu quantos dias de licença? Eu comecei semana passada e não estou conseguindo me adaptar, ainda está muito difícil. Vou dois dias e falto três.

  49. Cris

    Oi, Lu!

    Hoje estou no meu 26º comprimido de oxalato de escitalopram, e sim, passou a maioria dos efeitos colaterais. Ainda não sinto os efeitos positivos, mas também não mais tanto os negativos, já é um passo bom. Acredito que em mais algum tempo estarei sentindo os efeitos bons que dizem desse remédio. Acabou o meu Exodus da Aché, comprei um genérico da Neo Química, já tomou dele? Acha confiável? O farmacêutico me garantiu ser.

    Desde já agradeço atenção. Seu blog nos faz muito bem.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Sinto-me feliz ao ler as notícias sobre seu tratamento. Parabenizo-a pelo seu otimismo, fator decisivo em qualquer tipo de tratamento, pois pesquisas comprovam que as pessoas otimistas obtém resultados mais rápidos. Quanto ao antidepressivo genérico, eu sempre compro o mais barato, indiferente do laboratório. Se está no mercado, supomos que encontra-se dentro dos critérios estabelecidos. Fique tranquila! Quanto ao blog, eu também sinto-me bem, ao saber que este espaço tem feito diferença na vida de meus amiguinhos. Repasse nosso endereço para outras pessoas.

      Abraços,

      Lu

  50. Rosa

    Querida Lu,

    Tomei Exodus e outros medicamentos para os ataques de ansiedade e melhorei muito. Recebi alta há mais de dois anos, porém, às vezes tenho ataques de pânico, aparentemente do nada. Outro dia, peguei frio no ponto do ônibus, quando cheguei em casa, abri a minha rede social, li um comentário de uma amiga, que nem era agressivo, e tive um ataque violento de pânico. Graças a Deus estava em casa, e consegui melhorar depois de uns 20 minutos. Depois de alguns dias, tive outro ataque de pânico, porque estava muito calor e eu tive de tomar um remédio para melhorar o meu intestino; desta vez fiquei bem ruim.

    Fui ao psiquiatra no ano passado, antes dessas crises, e ele me mandou voltar para o Exodus, todavia, as duas vezes que tentei tomar, fiquei muito mal. Parece que os meus nervos vão se romper, que estão sob pressão extrema. Das primeiras vezes que tomei o medicamento, tive reações desagradáveis, mas nada parecido com isso. Será que o Exodus está acima das minhas necessidades atuais? Tenho medo de tomar o remédio outra vez. Mas o que mais me preocupa é que na hora de dormir, quando o corpo pede relaxamento, sinto contrações musculares, espasmos, choques, desce um frio pelo corpo como se eu estivesse com medo de alguma coisa. Lu, desculpa eu me estender. Será que você pode me dar algum esclarecimento sobre esta tensão que sinto no corpo à noite?
    Grande abraço a todos, a sua página é de grande valia, eu te admiro desde os tempos do Luis Nassif.
    Rosa

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosa

      Os transtornos mentais são muitas vezes recorrentes. Eles somem por um bom tempo e, quando menos esperamos lá estão os danados de volta. Não é necessário nenhum motivo para isso. Portanto, não foi o comentário da amiga que desencadeou o problema. Fique tranquila quanto a isso. Ele simplesmente apareceu, necessitando que você volte a tomar o medicamento.

      Amiguinha, quando paramos de tomar um antidepressivo por um tempo, o retorno a ele acontece como se fosse a primeira vez. Muitos relatam, como você, que os sintomas ruins ainda são piores do que antes. O organismo precisa se readaptar ao medicamento, mostrando mais resistência ao mesmo. Não significa que esteja “acima de suas possibilidades”. O seu psiquiatra pode lhe passar um ansiolítico, nessa fase difícil, para ajudar na fase inicial do tratamento. Nesse início, o contato entre paciente e médico é de suma importância. Seria bom que tivesse um retorno com ele, repassando-lhe todos os efeitos adversos que está sentindo. Pode ser que ele tenha que mexer na dosagem. O que você está sentindo são os sintomas adversos, pois seu organismo ficou mais resistente ao medicamento. E por isso está se sentindo tão mal. Imagino que tudo isso passe entre duas a três semanas. Ainda assim, não deixe de contatar seu médico. Leia o texto, aqui no site, INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para saber quando deve buscar ajuda médica imediatamente.

      Rosa, será sempre um prazer receber seus comentários. Aqui nós nos ajudamos mutuamente. É tão bom saber que já nos conhecemos desde aqueles tempos no blog do Nassif, quando também formávamos uma família. Hoje ficou muito impessoal por lá, limito-me apenas a ler as notícias. Aguardo novas notícias suas.

      Abraços,

      Lu

    2. Rosa

      Lu, muito obrigada pela resposta. Nesta semana eu vou marcar uma consulta com o psiquiatra e falar sobre a questão do Exodus. Também vou atrás de um bom psicólogo. Fiz terapias em várias fases da minha vida e foi muito bom, ajudou bastante, então vou retomar também este tratamento.

      Abraços e feliz 2017 para todos nós.

  51. Paloma Lopes

    Oi, Lu!
    Pessoas que sofrem com essa síndrome sente com frequência dor muscular, dor de cabeça , sensação estranha e outras coisas que não sei explicar. Agora estou com uma mania de ter medo de dormir e não acordar mais. Às vezes me acordo com sensação de pasmo ou de que me deram um choque bem grande. Acho que não estou respirando direito, que meu pulmão não está recebendo o oxigênio que precisa, e que minha garganta se fecha. Estou ganhando bastante peso e não estou comendo como antes. Às vezes ser GAROTA POP é mega difícil, mas um dia de cada vez. Outra coisa que está me incomodando é uma dor no pescoço e peso no peito toda tarde. Não é de hoje e nem de ontem que sinto isso, e me dá esse desconforto. Fui no medico segunda-feira e ele falou que não iria passar nada para mim, pois fiz exames suficiente para uma vida toda. Tadinhos dos meus médicos, estou deixando eles loucos.

    Um beijão para você.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Toda síndrome mental traz muitos transtornos a seus portadores. O primeiro passo é buscar ajuda médica, e o segundo é procurar ter otimismo em relação ao tratamento. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas obtêm resultados mais rápidos.

      Você diz: “Agora estou com uma mania de ter medo de dormir e não acordar mais. Às vezes me acordo com sensação de pasmo ou de que me deram um choque bem grande. Acho que não estou respirando direito, que meu pulmão não está recebendo o oxigênio que precisa, e que minha garganta se fecha.”

      Isso significa que o medicamento ainda não está fazendo o efeito desejado, pois esses medos deveriam ter acabado. Será que a dosagem não está muito baixa? Conversou com seu médico sobre isso? O medicamento tem por finalidade também combater as fobias. Procure sempre se lembrar de que isso não passa de fruto de sua imaginação e que nada irá acontecer. Diga para si mesma que não acredita nas invenções de sua mente em tratamento. Racionalize! A dor no pescoço deve ser outra criação de sua mente, uma vez que já fez todos os exames e nada foi constatado. Caso fique muito tempo no computador, procure usar um colar cervical bem macio. Eu uso um para evitar as dores.

      Paloma, se continuar engordando com o medicamento, peça a seu médico para mudar para outro. Algumas pessoas engordam com certos antidepressivos, enquanto outras emagrecem. E, ainda que seja difícil, é preciso continuar sendo uma garota POP, vivendo um dia de cada vez. Procure preencher sua vida com coisas boas, além de fazer exercícios físicos. Quanto mais parada ficar, mais os pensamentos ruins proliferarão. Avante, amiguinha!

      Beijos,

      Lu

  52. Edilma Silva

    Lu
    Já faz quatro meses que eu faço o tratamento para ansiedade, e faltam dois meses para terminar o tratamento, mas ainda tenho algumas crises e estou morrendo de medo de, quando parar o tratamento, as crises voltarem mais fortes. Será que tem este risco?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Não entendi o porquê de seu médico ter lhe dito que seu tratamento duraria seis meses. A coisa não é bem assim. Não há como determinar quando o paciente irá parar com o uso do antidepressivo. Isso dependerá da reação de cada um. Ao final dos seis meses, seu médico irá avaliá-la para ver se deve parar ou não. E, pelo que estou notando, o seu tratamento será mais prolongado, em razão das crises que continua tendo. Portanto, não se preocupe com isso agora. À época, converse direitinho com seu especialista, para que ele faça a melhor avaliação possível de seu caso, decidindo pelo melhor. Parar antes do tempo necessário traz riscos, sim, pois as crises voltam ainda mais severas.

      Abraços,

      Lu

  53. Paloma Lopes

    Oi, Lu!

    Vim aqui, primeiro para lhe dizer que desejo-lhe um Natal e Um ano Novo cheio de amor, paz, saúde , dinheiro , bênçãos e felicidades. Também vim dizer como sua página está sendo ótima para meu tratamento, saiba que a leio todos os dias. Eu ainda sinto muitas coisas como: dor no peito, uma dor muscular que as vezes me tira do sério, mudo de humor às vezes, e sinto dor de barriga. Mas, como estava antes, estou bem melhor, graças a Deus, a meus médicos, a minha família e a sua página . A garota POP aqui (risos), está vivendo um dia de cada vez, e tentando o máximo para não ligar para as reações do tratamento. Estimo pela melhoras de todos aqui. Sei que é difícil, mas a gente tem quer ser POP. Te adoro muito e desejo-lhe tudo de melhor para o ano que vem!

    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Você é mesmo muito fofa! Sei da sua luta com os efeitos colaterais do antidepressivo e valorizo a sua vontade de melhorar cada vez. Não resta dúvida de que é mesmo muito POP. O importante, minha linda, é caminhar sempre em frente, pois os otimistas colhem resultados mais rápidos. Todos nós passamos por momentos difíceis, o que nos torna mais sábios e mais humanos. Não há filosofia melhor do que viver um dia de cada vez. Sigamos o exemplo da própria natureza. Eu também amo cada um de vocês em particular. São todos, para mim, membros de minha família, parte da minha vida. É muito bom saber que existem e fazem parte do meu dia a dia. Saiba que me tornei uma pessoa bem melhor nesse contato com todos.

      Abraços,

      Lu

  54. Luciana Marion

    Olá, Lu!
    Eu comecei com crise de pânico no final de julho. Comecei tomando Reconter 10 gotas todos os dias. Engordei alguns quilos que me incomodaram. Mês passado, ele pediu para eu tomar 5 gotas de Reconter e 10 de Daforin (Fluoxetina) para eu começar a perder peso. Voltei na consulta no dia 12 deste mês, e ele tirou o Reconter e passou 1 comprimido de Fluoxetina por dia toda manhã. Há mais ou menos uns 5 dias estou sentindo uma fadiga imensa. Cabeça a milhão, como se eu fosse explodir de tanto pensar. Dá uma inquietação. Isso é porque aumentou a dose da medicação? Por que, quando estava tomando os dois juntos estava bem, e o Reconter também nunca me fez mal.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luciana Marion

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, dentre os efeitos adversos dos antidepressivos, está o fato de a pessoa engordar ou emagrecer, como acontece com o oxalato de escitalopram. E se isso incomoda a pessoa, faz-se necessário procurar o médico, para que ele mude para outro medicamento, como fez você. Quantos aos efeitos adversos sentidos, em razão do aumento da dosagem da fluoxetina, isso acontece mesmo. Duram, normalmente, cerca de duas a três semanas, podendo perdurarem por mais tempo. Caso sinta que tais sintomas estão intensificando, em vez de diminuírem, e que o mal-estar está insuportável, entre em contato com seu médico, pois há casos em que é preciso fazer modificações na dosagem ou até mesmo mudar de medicamento. Muitas vezes o psiquiatra receita um ansiolítico para ajudar a pessoa nessa fase. Portanto, se essa “cabeça a milhão” não melhorar, não deixe de procurá-lo. Esse contato, no início do tratamento, é de vital importância.

      Luciana, volte para dizer-nos se melhorou.

      Abraços,

      Lu

  55. Rafael Kellermann

    Boa-tarde, Lu!
    Volto a este querido local para lhe dizer que estava relativamente bem até ontem. Tomando Lexapro 15 mg. No entanto, ontem fechei uma semana sem tomar o Rivotril que o médico havia me receitado 0,5 mg (parei por conta em função de sentir meio sedado). Ocorre que na noite passada, acordei de madrugada com o braço esquerdo formigando/dormente, fôlego curto, náusea e mal-estar geral, suando (ao que eu atribui a um lanche que havia comido ontem à noite). Fiquei apavorado, achando que seria um infarto. Hoje de manhã não conseguia nem parar em pé, tamanho eram os sintomas, tentei vomitar várias vezes e nada. Fui ao meu médico hoje de manhã, que me informou que tudo era uma crise de pânico que tive. Falei pra ele que eu havia parado com o Rivotril e ele me disse que poderia ser aliado a abstinência também. Com isso ele aumentou o Lexapro pra 20 mg. Já me sinto melhor agora à tarde.

    Abraços, amiga.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rafael

      O melhor é que você já foi avaliado pelo seu médico. Realmente, o rivotril, quando usado por um longo tempo, causa dependência. Penso que o maior motivo da crise esteja ligado a ele. Sabia que ao parar com esse medicamento, também deveria ir reduzindo a dosagem, para que o organismo não sinta a sua falta? Imagino que tenha parado abruptamente. O efeito rebote é muito intenso, mesmo! E com a sua falta veio a crise de pânico. Veja a possibilidade de o médico lhe passar um ansiolítico fitoterápico, pois existem alguns muito bons.

      Rafael, a crise de pânico vem sempre com a sensação de que estamos tendo um ataque cardíaco. Quando isso lhe acontecer outra vez, não ofereça resistência, para não fortalecê-la. Procure desviar o pensamento para outra coisa, até que ela passe, pois quanto mais apavorado ficar, mais forte ela se torna. Leia aqui no blog sobre a SÍNDROME DO PÂNICO. Fico contente ao saber que já está tudo bem.

      Abraços,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rafael

          Irá dar tudo certo. Não se preocupe. Além do mais você é um garoto POP… risos.

          Abraços,

          Lu

        2. LuDiasBH Autor do post

          Rafael

          Espetaculares são vocês, meus amados leitores, que muito enobrecem este espaço.

          Abraços,

          Lu

  56. Thalita

    Oi, Lu!

    Estou há quase 30 dias tomando o espram. Nos 20 primeiros dias o médico me disse pra tomar 5 mg, passei uns perrengues. Ele disse que, passado esses dias, eu tomaria 10 mg. Eu me senti, porém ao voltar ao trabalho é muito difícil ficar tranqüila lá. Eu me sinto bem pressionada, com medo de ser mandada embora, muita ansiedade, etc. Se algum problema parece, eu já perco o controle, e não vejo a hora de ir embora.

    Outra coisa, eu ja tinha comentado com você sobre a minha timidez. Nao sei como uma pessoa pode ser assim. Fico com medo do que as pessoas pensam de mim, porque estão me olhando, e se eu for o Centro das atenções então acho q desmaio (apesar disso eu sou muito faladeira e brincalhona), enfim eu estou me sentindo tão ansiosa que estou até enjoada mesmo tomando o medicamento. Como pode isso? Sexta agora eu tenho retorno à consulta médica. Vou falar isso pra ele, desabafar! Outra coisa, está meio difícil aceitar que estou tendo que tomar o remédio. Quem toma antidepressivo pode engravidar, amamentar?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thalita

      Ao retornar a seu médico ponha para fora tudo que sente, pois é baseando-se nas suas queixas que ele fará seu dianóstico. Se não disser o que está sentindo, não poderá ser ajudada. É para isso que vamos aos psiquiatras. Penso que ele deva pedir para que faça uma psicoterapia, para que trabalhe essa sua insegurança e timidez. O antidepressivo dá-nos equilíbrio para fazermos mudanças em nossa vida. Você precisa superar esse medo que não a levará a nada, e jamais preocupar-se com o que os outros pensam de você. O importante é o que você pensa de si. O resto é mero complemento. Vou lhe enviar uns textos que irão ajudá-la muitos. Outra coisa, procure não escrever em “internetês” (v… q…. tbm… n…), pois tenho que consertar todas as palavras, pois muita gente não entende.

      Quem toma antidepressivos deverá comunicar a seu médico quando optar por engravidar.

      Depois me conte como foi a consulta.

      Beijos,

      Lu

  57. Cleiton

    Lu
    Estou usando o escitalopram 15 mg há 3 semanas. Estou me sentindo muito desanimado, sem apetite e com alguns sonhos estranhos. É normal sentir isso nas primeiras semanas? Quando eu vou começar a me sentir melhor?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cleiton

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, o início do tratamento com antidepressivo é realmente muito sofrido. Você ainda se encontra em meio às reações adversas. É normal sentir isso, sim. Normalmente, elas duram cerca de três semanas, mas podem durar mais, dependendo do organismo da pessoa. Mas há casos em que é necessário contatar o médico. Veja o link que lhe enviarei.

      Abraços,

      Lu

  58. Edward Colber

    Oi, Lu!

    No começo do ano conversamos por aqui algumas vezes. Eu estava começando a fazer o uso do escitalopram e Rivotril. Comecei a tomar o escitalopram em 19.02.2016, no começo foi difícil mas depois me adaptei e melhorei uns 85%, pois às vezes tinha um pouco de crise. No mês de outubro eu fiz uma viagem e na volta esqueci o remédio por lá. Como não tinha receita naquele momento, fui ficando sem tomar, e me sentindo bem. Coloquei na cabeça que estava curado, Graças a Deus.

    Acontece que esses dias estou péssimo, com os mesmos sintomas do início, choro fácil, muita angústia e só quero ficar deitado. Meus filhos e esposa fazendo planos para o Natal e eu nem quero saber. Será que fiz cagada de ter parado com o remédio? Será que ainda não estava curado definitivamente? Estou com medo de falar isso para o médico, pois ele provavelmente vai pegar pesado comigo.

    Pergunto, amiga, é normal esta recaída, pois morro de medo de ficar eternamente dependente dele. Gosto de tomar umas cervejinhas e não posso. Está difícil demais, estou escrevendo aqui e chorando.

    Obrigado por você existir, amiga.

    Beijos

    Edu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edu

      Você não deveria ter parado sem o conhecimento médico. Ainda bem que não teve a terrível síndrome da abstinência. Mas já passou, agora é tocar o bonde para frente. Vida nova e recomeço, pois, ao que parece, não era hora de parar com a medicação.

      Amiguinho, existe um tipo de depressão que é recorrente, ao contrário da minha que é crônica, e jamais larga do meu pé. Portanto, é mais do que normal que haja recaída, principalmente quando o tratamento é suspenso antes do tempo certo. Retorne ao seu médico, explique-lhe tudo o que aconteceu, sem medo de bronca, para que ele faça uma avaliação correta, pois, caso contrário, poderá mudar a medicação, ou aumentar a dosagem, achando que não está fazendo efeito. Quanto mais cedo reiniciar o tratamento, melhor. Para que ficar sofrendo, se há como acabar com essa angústia?

      Também gosto de uma cervejinha nos finais de semana, mas tomo apenas duas latinhas ou duas taças de vinho. Completo com sucos (risos). Aguardo notícias suas. Levante a cabeça e vá cuidar do Natal em família. Você pode… Você é capaz. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Abraços,

      Lu

    1. Nany

      Oi, Ju!

      Eu me sinto bem melhor, a falta de ar diminuiu muito, não tenho taquicardia e aquela vontade de chorar toda hora. Já consigo fazer as atividades normais, como ir no supermercado, ao cinema, falar com pessoas… Um baita avanço! Continuo afastada até 07/02 e pasme… Minha perícia foi marcada só para 27 de março! Achei um absurdo, mas vou lá ver se consigo alterar, pois vi pela Internet que há várias datas mais próximas…

      Como você está? Já retornou às atividades normais? Eu penso que, quando eu retornar, terei que sair de lá mesmo, pois é insuportável ainda a ideia de voltar.

      Beijos, espero que esteja bem!

  59. Juliana

    Oi, Lu!
    É verdade acabo me preocupando muito com o que as pessoas falam e isso me faz muito mal, quanto à medicação, ainda não percebi nenhum efeito, tenho estado muito ansiosa.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Você ainda se encontra no início do tratamento com a nova medicação. Ainda leva um tempo para sentir os bons efeitos. Procure ficar tranquila. Tome chá de camomila, três vezes ao dia, para ficar menos ansiosa. Logo estará ótima. Seja POP!

      Beijos,

      Lu

  60. Marcia Carvalho

    Lu, bom-dia!

    O meu marido está tomando oxalato de escitalopram e pregabalina 75 mg há 1 mês e está bem melhor.O médico passou a receita com 2 caixas. Retornarei em janeiro com ele. Está fazendo terapia comportamental cognitiva e faz caminhada 2 vezes por semana. Ainda não voltou às atividades no trabalho (tem uma pequena oficina mecânica). Depois de 3 meses fechada, disse a ele para retornar somente para abrir e manter um horário, e assim ele está fazendo,mas ainda não pegou nenhum serviço. Mas só o fato de sair de casa e fazer uma rotina já mostra o avanço. Ele ainda fica muito inseguro para solucionar alguns problemas, mas estou sempre dizendo que é capaz, que tudo está armazenado nos arquivos do cerébro, que precisa apenas acionar o botão. Ele voltou a dirigir em pequenas distâncias. Isso tudo escrevendo parece simples, mas sabemos que cada dia é um novo desafio, cada dia é uma forma nova de ver o mundo.

    Quero deixar registrado o quanto é complexo tudo isso para mim e meu filho, que estamos convivendo com ele, também é desafiante. Mas não podemos perder 3 coisas importantíssimas: a fé, o amor e a esperança.

    Esse espaço é muito importante para a troca, é um trabalho humano e de excelência. Parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Márcia Carvalho

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, eu faço ideia do que está passando. Meu marido, há alguns anos atrás, teve um profundo estresse, que acabou redundando em depressão. Foi um período muito difícil para a família, pois é sabido que o homem não tem a mesma capacidade emocional, que a mulher, para aguentar os trancos da vida. A gente acaba penando muito mais. Muitas vezes, eu preferia estar no lugar do meu companheiro. Mas com o tempo, ele foi superando o problema, mas ainda toma medicamento antidepressivo até hoje.

      Seu marido tomou o passo mais importante que foi o de procurar ajuda médica. Aceitar que se encontra doente, e fazer o tratamento, já é meio caminho andado. Agora é ter paciência, ser Pop (paciente, otimista e persistente), para ver a luz brotando no fim do túnel. Além disso percebe-se com clareza que ele possui uma grande companheira, uma mulher de fibra, que o ampara, orienta e estimula. Parabéns! Quando sentir que o fardo está pesado, lembre-se de que ele faria o mesmo por você. Não sei a idade de seu filho, mas se ele já for capaz de compreender as coisas, converse consigo sobre o “problema do papai”, que isso é comum acontecer, mas que, com o tratamento, ele irá ficar bem. Em família, a criança (supondo que seu filho seja) precisa ser inserida no contexto, de modo a sentir-se também responsável e importante no tratamento da pessoa querida. É um grande erro achar que criança não entende nada e que precisa ficar de fora do que acontece em casa. O que difere é a maneira como o assunto deve ser abordado com ela, jamais perdendo a noção de que é uma “criança”. E quando há fé, esperança e amor, nada supera esse tripé, pois é a base da vida em família.

      Obrigada, minha querida, pelos elogios ao espaço. Percebi que falar sobre os transtornos mentais fazia muito bem às pessoas, muitas das quais não tinham com quem conversar, inclusive pelo preconceito gerado. Hoje, recebo mais de uma dúzia de comentários por dia.

      Volte sempre para conversar conosco.

      Beijos,

      Lu

  61. Juliana

    Lu
    Andei pesquisando e verifiquei que, em caso de doença causada pelo trabalho, ao retornar da licença, o trabalhador tem estabilidade de um ano, antes disso não pode ser mandado embora por estar em tratamento. A perita me disse para arrumar outro emprego porque este está a me fazer mal.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Suas informações são verdadeiras. O trabalhador deve estar sempre atualizado com as leis trabalhistas de modo a não ser passado para trás. Qualquer dúvida, não deixe de buscar o Ministério do Trabalho. Você ficará de licença até quando?

      Abraços,

      Lu

      1. Juliana

        Oi, Lu!
        Eu vou ficar até o dia 9/1 de licença. Estou tomando a medicação e graças a Deus não tive nada de mais, apenas dor de cabeça, na nuca e no estômago, o que me impede de alimentar muito bem. Estava preocupada em ter alucinações e eu fazer mal a minha família.

        A empresa já marcou a consulta para passar com o médico de lá, e já me disseram que talvez ele não me dê alta para retornar, mas isso é um absurdo, pois o INSS me mandou voltar ao trabalho em janeiro. Vou no Ministério do Trabalho, caso não me libere.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          É bom saber que está tomando o medicamento direitinho. Os efeitos adversos dos quais reclama logo passarão, bastando apenas ter um pouco de paciência. Você ficará cada vez melhor. Quanto ao médico de sua empresa, ele não tem poderes para invalidar a licença da perícia do INSS, que está acima dele. Não se preocupe com isso e não fique dando ouvidos a colegas. Vejo que é muito preocupada com a opinião dos outros, o que a faz sofrer muito, e pior, sofre por antecipação e sem necessidade. Amiguinha, procure mais ter confiança em si mesma. E, caso o médico da empresa invalide sua licença médica, o que tenho certeza de que não acontecerá, vá ao Ministério do Trabalho em busca de seus direitos. Procure descansar e melhorar o máximo possível para voltar ao trabalho com mais alegria.

          Abraços,

          Lu

  62. Juliana

    Oi, Lu
    Passei na perícia, que me deu 19 dias em casa, e a empresa me disse que, se eu afastar novamente por este cid ou outro que se enquadre em situação psicológico, nem eles vão pagar nem o INSS. Vai ficar por minha conta. A médica ainda me falou que tenho que mudar de emprego.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Agora você está mais tranquila. Ainda bem!

      O que a sua empresa disse não passa de terrorismo, pois o direito ao tratamento de saúde está previsto nas leis brasileiras. Não há como negar isso, quando se faz necessário. Se houver descumprimento, basta acionar o Ministério do Trabalho. O que pode acontecer é você voltar da licença e eles arranjarem uma maneira de mandá-la embora, uma vez que o patrão brasileiro só pensa em lucro e jamais na saúde do trabalhador. E quando se tem transtornos mentais, a avaliação da perícia é muito difícil, pois não existem exames que constatem o problema, a não ser a fala do paciente.

      Abraços,

      Lu

  63. Juliana

    Lu
    Tomei a metade ontem e me senti muito mal, com dor de cabeça náuseas, insônia e ainda juntou a ansiedade da perícia de amanhã. Como devo proceder em minha perícia, estou muito nervosa e não me sinto em condições de voltar ao trabalho. Penso que se ele não me der mais um tempo, não sei como irei enfrentar isso. Você disse que já se afastou, como foi? O perito te deu mais um tempo, porque no meu caso a médica só me deu 30 dias, logo devo voltar no dia 19. Agora estou muito nervosa com isso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Procure viver um dia de cada vez. Sua “pré-ocupação” ou nervosismo não irá ajudar e tampouco influenciará em absolutamente nada. Somente lhe fará mal. Como já lhe disse, viva um momento de cada vez. Saiba que o perito é uma pessoa comum, de carne e osso. Conte-lhe como se encontra e ele verá o que deve fazer por você.

      Ainda que volte ao trabalho, poderá pedir outra licença, através de sua médica. Ninguém trabalha doente. Eu já me afastei durante 30 dias, depois voltei ao trabalho e afastei-me de novo por mais 30, pois na época não dava conta de continuar trabalhando. Há pessoas que ficam até um ano de licença, renovando-a.

      Ju, lembre-se que você precisa trabalhar consigo mesma a volta ao trabalho, pois terá que enfrentar essa possibilidade algum dia. Aconselho-a a buscar um tratamento psicoterápico, também. As reações ao novo remédio são normais. Lembre-se de que tudo irá dar certo. Pense positivamente. A vida dos otimistas é sempre mais fácil. Estamos todos torcendo por você.

      Beijos,

      Lu

  64. Juliana

    Lu
    Ainda não passei pela perícia, que está marcada para a segunda-feira. Lembra que estava a tomar o remédio Remis e minha médica trocou-o pelo Pondera,só que estou com muito medo de tomar. Eu li a bula e tem tanta reação adversa, sendo uma delas a alucinação. Você poderia me ajudar sobre essa medicação, ela realmente dá isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Se você se encucar com a leitura da bula dos remédios, acabará não tomando nenhum, principalmente no que diz respeito aos antidepressivos. Conheço muita gente que toma paroxetina (substância principal do Pondera). Aqui mesmo no site poderá ver através dos comentários. Pode tratar de tomar seu remédio, mocinha. O médico perito nem pode imaginar que você não está tomando o medicamento prescrito. Se souber, irá pensar que realmente não tem nada. Trate de começar a tomá-lo amanhã. Os efeitos adversos são os mesmos encontrados em outros antidepressivos. Ali fala sobre “alucinação”, mas não significa que irá tê-la. O Remis (oxalato de escitalopram) também fala a mesma coisa. Fique tranquila, nada irá lhe acontecer de ruim. Comece logo a tomar o medicamento.

      Beijos,

      Lu

  65. Juliana

    Lu, está chegando o dia da minha perícia e estou tão ansiosa, você poderia me dar umas dicas e me dizer como é?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Seja você mesma. Relate os fatos com calma, falando exatamente como está se sentindo. Não se preocupe, pois o médico perito irá lhe fazer as perguntas. Não tenha medo, pois ele é um ser humano como você e conhece tudo sobre transtornos mentais. Nada há para temer. Estamos todos torcendo pela nossa Juju, que nos trará ótimas notícias.

      Beijos,

      Lu

      1. Lizi

        Lu, faz 14 dias que estou tomando 10 mg de reconter, porém ainda me sinto ansiosa, sensação de peito apertado e insegura, mas em relação à primeira semana de tratamento a ansiedade está menor. Queria saber se é normal ainda está sentindo estes sintomas?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lizi

          Seja bem-vinda a este cantinho.

          Amiguinha, você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, que, normalmente, dura entre duas a três semanas. Portanto, é mais do que normal ainda sentir os efeitos adversos. Fique tranquila e continue seu tratamento. Não pare sem ordem médica.

          Abraços,

          Lu

        2. Jackson Henrique

          Bom-dia, Lu!
          Primeiramente gostaria de te parabenizar pela atenção com todas essas pessoas, que vêm até aqui se abrir contigo, e tu as responde com maestria. Só de ler tuas respostas já transpassa um sentimento de calma.

          Venho até aqui, como todos os outros, pedir ajuda, um esclarecimento, pois venho tomando clonazepam há um bom tempo. Tomava sem tomar conhecimento sobre o mal que este medicamento poderia me causar, até que um dia resolvi parar com ele e o cortei de imediato. Logo vieram os sintomas da abstinência drástica que ele causa, dos quais eu desconhecia, como alterações na visão, angústia, inquietação, medo, falta de apetite, enjôos, falta de ar.

          Um amigo que já havia tomado esta medicação me ensinou a parar com o remédio de forma gradativa, então voltei a tomar 15 gotas e tentar ir diminuindo uma gota a cada semana, pois os sintomas da abstinência são insuportáveis, porém não tive sucesso em vencê-lo de forma gradativa também. Cheguei até o ponto de tomar somente 3 gotas sem nenhum tipo de mal-estar, porém os sintomas da abstinência voltaram e eu aumentei a dosagem para 6 gotas. Os sintomas persistiram, aumentei pra 10 e obtive uma melhora. Voltei a diminuir semanalmente a dosagem, mas não tive sucesso, desde então venho aumentando e diminuindo as dosagem, na tentativa de vencê-lo.

          Hoje um amigo farmacêutico me recomendou procurar um médico para conseguir uma receita do oxalato escitalopram, pois ele acredita que devo substituir o clonazepam para o escitalopram, pois, segundo ele, seria bem mais fácil conseguir cortar o escitalopram futuramente. Gostaria de saber se você poderia me prestar algum auxílio, se acredita que na mudança do clonazepam para o escitalopram nenhum sintoma da abstinência voltaria, se o escitalopram conseguiria controlar estes sintomas da minha ansiedade e se realmente será mais fácil de parar com este medicamento, gradativamente, do que parar com o clonazepam? Desde já obrigado.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Jackson Henrique

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se parte de nossa família.

          Amiguinho, o clonazepam, mais conhecido por Rivotril ou Clonatril, é um ansiolítico, ou seja, uma droga que age diretamente no sistema nervoso central, deprimindo a sua atividade e diminuindo a ansiedade. É também muito usado junto a antidepressivos, no início do tratamento, principalmente no transtorno do pânico. É muito usado pelos portadores de crises epilépticas. Contudo, algumas pessoas não se dão bem com este medicamento. Eu, por exemplo, ao tomá-lo, passei a ter sonos alucinatórios, tendo que deixá-lo imediatamente. Saiba, porém, que o nosso país encontra-se entre os maiores usuários deste remédio que, ao meu ver, não trata, apenas suaviza as crises. Seu uso deve ser controlado, levando em conta a idade do paciente e a dosagem diária, e não deve ultrapassar um tempo muito grande de uso, para não criar dependência, o que traz grande sofrimento ao usuário, em razão da abstinência, quando suspenso.

          Jackson, seu amigo farmacêutico está certíssimo quanto ao fato de você procurar um psiquiatra para ajudá-lo a livrar-se do medicamento, assim como lhe receitar um novo medicamento, de acordo com o transtorno mental do qual é vítima. O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados pelos médicos, ultimamente, como poderá ver através dos comentários aqui no site, sendo relativamente novo no mercado, e trata um grande número de transtornos mentais, inclusive a ansiedade. Eu mesma faço uso de tal medicamento (sou depressiva crônica) há mais de quatro a cinco anos.

          Meu querido, aguardo para breve o seu retorno, após passar por um psiquiatra com a maior urgência possível, pois esse seu descontrole no uso do clonazepam irá trazer danos à sua saúde, se não for contido. Você não me disse se está fazendo uso de algum antidepressivo. Estou a imaginar que anda sem acompanhamento médico, fazendo uso do medicamento, sem maiores conhecimento. Você deve relatar ao profissional o que vem acontecendo consigo, a sua dificuldade em ver-se livre de tal medicamento, contar-lhe qual é o seu transtorno mental, para que ele defina qual é o melhor antidepressivo para saná-lo. Não tome remédio por conta própria. Faz-se necessário uma avaliação médica, pois é preciso que o médico tenha conhecimento de seu estado físico geral, pois muitos remédios são incompatíveis com certos problemas de saúde.

          Sinta-se à vontade para escrever aqui quantas vezes quiser. E repasse para outras pessoas o nosso endereço. E não se esqueça de que aguardo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  66. Juliana

    Lu, estou um pouco melhor da ansiedade, conseguindo me controlar, mas gostaria de te perguntar se quando nos afastamos pelo INSS, passamos a receber menos que o nosso salário da empresa?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Parabéns, menina! É muito bom saber que vem melhorando, minha querida. Quanto ao salário denominado “auxílio doença”, é um pouco menor do que o pago pela empresa, sendo que os funcionários que têm direito ao auxílio devem ter contribuído financeiramente por até 12 meses com o INSS.

      Abraços,

      Lu

  67. Marco Antonio

    Olá, Lu!

    Tenho quase 18. Eu estava com fortes dores de estômago e indisposição, então fui ao médico, que me receitou uma vitamina que diz reestabelecer meu organismo ao normal, mas minha tia, que estava comigo, explicou-lhe que perdi minha mãe faz menos de 2 meses, e que poderia ser estresse e tal. Ele então me receitou o Esc, creio que seja ESCITALOPRAM.

    Eu o estava tomando fazia 2 dias, um por dia, mas no 3º dia resolvi tomá-lo à noite, antes de dormir, mas de madrugada eu estava acordado, assistindo uma série e começou a doer meu braço esquerdo. Resolvi buscar no google (uma grande burrice), e comecei a ver que poderiam ser sintomas de infarto. Comecei a ficar nervoso, meu corpo amorteceu todo, fiquei fraco, tremendo, respiração acelerada. Fui parar no pronto socorro, onde o médico disse que meu coração estava normal. No dia seguinte, ao meio-dia, tive outro caso parecido, um pouco mais fraco, e desde então estou com medo e ansioso. Creio eu que isso foi um crise de ansiedade/pânico. Achei que iria morrer. A questão é que eu nunca tive isso na minha vida, e a coincidência é que foi depois que comecei a tomar o “calmante”. Estou sem saber se devo continuar tomando ou não. Após aquele dia não tomei mais, estava pretendendo tomar hoje, mas não sei não. Se puder me dizer se este medicamento pode ter ocasionado isso, agradeceria.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco Antônio

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Primeiro quero lhe dizer que lamento muito pela perda de sua mãe. É uma pena que nossas mães tenham que partir, mas isso faz parte do ciclo da vida. Muita força, meu irmãozinho!

      Amiguinho, as perdas acabam gerando uma depressão traumática, o que é mais do que normal diante do sofrimento. Algumas pessoas conseguem superar a dor com mais facilidade, enquanto outras necessitam de ajuda médica. O antidepressivo, nessa fase, atuará ajudando-o na transposição desse difícil período. Imagino que depois de seis meses não mais precisará dele.

      Não sei se você pediu orientação médica ao mudar o medicamento do meio-dia para a noite. Quando se muda o horário é necessário falhar um dia, pois não se deve tomar o medicamento em dosagem dupla. O período entre uma dose e outra deve ser, no mínimo, de 24 horas para que o paciente não incorra numa super dosagem, o que lhe traria muitos efeitos adversos. Talvez resida aí o seu problema.

      Todos os antidepressivos possuem efeitos colaterais que costumam desaparecer entre duas a três semanas. Essa fase inicial é muito difícil, realmente, mas vale a pena passar por esse sofrimento, uma vez que nosso qualidade de vida melhora. Dentre os efeitos ruins está a sensação de que se está tendo um ataque cardíaco. Veja nos relatos como isso é comum. E quanto mais nervosa a pessoa fica, mais intensa é a crise. Não é preciso ter medo. Essas crises vão ficando cada vez mais fracas e logo desaparecerão. Você deve continuar tomando, sim. Qualquer anormalidade, comunique-se com seu médico.

      Marco Antônio, diga-me se você está se sentindo depressivo, ou se está aceitando bem a partida de sua mãe, ciente de que todos nós somos passageiros. Se estiver superando tudo com tranquilidade, não seria necessário apenas um ansiolítico? Mas se estiver muito deprimido, o antidepressivo será muito importante para você. Aguardo seu retorno.

      Abraços,

      Lu

      1. Anderson

        Olá, Lu!

        Eu tinha 18 anos quando comecei a ter ansiedadade generalizada e crises de pânico, fazendo com que eu tivesse medo de fazer coisas simples, como ir à praça, por exemplo. Minha psicóloga me encaminhou pro psiquiatra, que me passou oxalato de escitalopram. Comecei com uma dose de 5 mg, e de um dia pro outro eu me senti elétrico e ansioso. Aquele remédio tinha sido minha salvação, deixando-me super bem. Mas 2 meses depois tudo estava de volta. O psiquiatra então aumentou minha dose para 10 mg, e melhorei repentinamente, comecei a ser uma pessoa calma, entendedora, porém “vagabunda”. Saía com os amigos todos os dias, ficava a noite toda no celular ou jogando vídeo game.

        Após 1 ano de escitalopram comecei a sentir neuroses (hipocondria, eu sempre tive, mas piorou) e ataques de pânico, pressão alta, e etc… Então faço uma burrice, aumento a dose por conta própria, de 10 mg para 15. À noite melhorei, fiquei feliz e despreocupado. Mas no dia seguinte senti meus batimentos cardíacos muito fortes e acelerados (eu tenho TOC também, e sou muito magro), o que me deixou extremamente nervoso, pensando que estava morrendo ou com pressão alta. Passei a sentir azias, mau hálito vindo do estômago, media a pulsação a cada minuto, inquieto e agitado. Essas crises de ansiedade começaram a ficar pior, e comecei a ir ao pronto socorro, por qualquer coisa que sentia. Tinha crises de choro, e fui ao pronto socorro com pressão 15×10. Passaram-me diurético e diazepam, o que me deixou mais calmo.

        Depois comecei a ficar ainda mais hipocondríaco, a neurose só piorava, não saía do pronto socorro. Depois de um dia estressante, com crises de choro, começo a pensar; “Meu Deus, o que está acontecendo comigo? Amanhã não acordarei, estarei morto”. Escutava meus batimentos lentos, e vinha à minha mente que meu coração estava parando. Foi difícil cair no sono. Acordei assustado pelo simples fato de estar relaxado às 6h da manhã, com a respiração lenta. Fui ao pronto socorro com a pressão 14×8 e 58 batimentos. E comecei a botar na mente: “58 é muito baixo pra quem está com ansiedade”, e me encuquei com aquilo. Fiz um electro é exame de sangue (tropinina cardíaca) e tudo deu normal. Foi como se me dissesse: “Anderson, você está bem! Pare com isso!” Depois vieram mais crises de ansiedade e fui pro pronto socorro.

        Decido parar com o escitalopram abruptadamente e sem orientação psquiátrica, depois de 1 ano de tratamento. A crise de abstinência veio com tonturas, vertigens, náuseas, mau funcionamento do intestino, perda de peso, excesso de saliva, vômito, neurose, pensamentos negativos, crises de choro e pânico. E cada dia que passava aumentavam as vertigens, como se fossem flashs de tonturas muito fortes. O psquiatra passou-me alprazolam 0,25 pra freiar minha ansiedade. Falou que teria que mudar a forma da terapia. Fez uma receita pra manipulação, de paroxetina com lamotrigine. Fiquei meio em dúvida, até porque lamotrigine é um regulador de humor e pelo que eu saiba eu não tenho alteração nenhuma de humor.

        No mesmo dia começo a sentir fortes dores abdominais (no dia anterior tinha enchido a cara de coisas gordurosas). Eu não tinha tomado o calmante, porque ele foi receitado pra antes de dormir. As dores abdominais ficaram intensas e à noite comecei a ter febre e meu coração acelerado. Fui ao pronto socorro novamente, pressão 12×7 e 125 batimentos, com quase 39 de febre. A médica me passou um diazepam e buscopam na veia. Na fila de espera pro medicamento começo a pensar em várias coisas negativas e tenho ataque de pânico! Tomo o diazepam, e não adianta nada. Começo a tomar buscopam na veia. Foram os piores minutos da minha vida, meus braços e abdômen ficaram cada vez mais dormentes, travados, eu não conseguia mudar de posição. Veio uma sensação de desespero, achei que ia morrer. Tive vontade de sair correndo, achando que estava ficando louco, e isso enquanto tomava medicamento na veia! Não conseguia me controlar (eu tinha tomado diazepam de 10 mg e não fez efeito) e a médica me passou mais um remédio pro meu coração abaixar a frequência. Uma outra médica começa a me acalmar, vendo minha pulsação, que foi diminuindo… O jeito dela falar e explicar foi me deixando calmo e tive alta.

        Tomei o alprazolam e capotei de vez! No outro dia começou a síndrome de descontinuação do escitalopram, as dores abdominais voltaram, só que mais fracas, vertigens, e conforme os dias foram passando só fui piorando! Dor intestinal, vertigens, náuseas, ansiedade, inquietude sudorese, frio ou muito calor. Sofri por 3 dias. Parecia que eu era um usuário de crack em reabilitação.

        Eis que… VIVA! meu remédio novo chegou! Tomo-o de noite, como prescrito, e nas primeiras horas já me sinto melhor, porém agitado! No dia seguinte, acordo estranho, meio pensativo. Conforme foi passando o dia, comecei a ficar agitado, elétrico, hiperativo e comunicativo, e fui medir a pressão na farmácia (desnecessário), 12×7, porém os batimento estavam em 112, e isso foi motivo pra eu ir pro pronto socorro. Expliquei meu caso e o médico disse pra eu ter calma e me passou 5 mg de diazepam, que só me deixou meio bambo das pernas, mas que de nada adiantou, meu coração tinha ido pra 88 (normal), porém minhas mãos estavam geladas e pálidas. Recebi alta e fui embora comendo duas coxinhas bem grandes. Em casa, meu coração estava a mesma coisa, porém parecia que estava pior, eu o via pulando rápido e não resisti, voltei ao pronto socorro, onde me deram mais 5 mg de diazepam e falaram pra fazer electro, tomei o diazepam, e o electro saiu com arritimia.
        Fiquei extremamente preocupado e nervoso, pensando um milhão de coisas negativas. Um outro médico me passando 2L de soro na veia. Acho que ele achou que eu estava drogado, mas enfim… Fiquei lá cinco horas tomando o bendito soro. Antes, o psquiatra de plantão me avaliou e disse que estava tudo bem, que só estava daquele jeito por causa da troca de medicamento, que meu corpo tem que se acostumar com ele e tal, e me deu alta.

        Começo a ter febre e cólicas abdominais durante o soro. Porém faço mais um electro e dessa vez saiu tudo perfeito, sem nenhum problema. Recebo alta e no meio da noite a febre aumenta, começo a ter fraqueza, diarreia sem parar até agora aliás, e ondas de suores. De manhã tomo um remédio para febre e ela passa e não volta mais, porém a dor abdominal dessa vez esta menos forte, só a sinto dependendo da minha postura, muitos gases acompanham também. Neste momento, só sinto muita diarreia, gases e suadeiras. Hoje acordei com frio e suor, mas agora parece que sinto uma pouca melhora, mas ainda assim fico com coisas na cabeça, achando que tenho algo mais grave.

        Lu, você acha que são só coisas de efeitos do remédio?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anderson

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, peço-lhe perdão por eu ter rido muito ao ler o seu comentário, pois você é um excelente escritor, que mesmo nos momentos difíceis zomba da situação. Em vez de dramaticidade apresenta tudo com um gostoso humor. É preciso muita atenção para perceber que está falando de uma situação séria. As suas idas ao Pronto Socorro, você as descreve magistralmente. Fiquei imaginando o quão conhecido já deve ser na repartição. Adorei as duas coxinhas. Menino, você é o máximo, e deve aproveitar esta sua verve humorística para escrever. É, na verdade, um ótimo cronista. Ao dedicar-se à escrita, verá como metade de seus problemas desaparecerão. Foi isso que aconteceu comigo. A escrita é hoje uma terapia para mim, além de muito prazerosa. Não jogue fora este seu talento.

          Anderson, o Transtorno da Ansiedade Generalizada tem sido diagnosticado cada vez mais. Ao ler os comentários aqui descritos verá quanta gente de nossa família é dele portadora. O bom é que o mercado traz a cada dia medicamento mais modernos para contê-lo. Você também diz que foi dianosticado com TOC, transtorno também muito comum. E, aliado a isso, ainda é hipocondríaco. Como vê, trata-se de um coquetel bem forte, que necessita de ajuda médica. Jamais poderia ter parado sua medicação sem permissão médica. Imagino que não tinha conhecimento dos efeitos adversos da abstinância. A culpa é, na maioria das vezes, dos médicos, pois a maioria deles não explica nada aos pacientes sobre o tratamento com antidepressivos. Mas não se culpe mais. O importante é que agora está mais amadurecido e sabe da seriedade com que deve ser levado seu tratamento. O que passou, passou. Vida nova! Outra coisa, jamais aumente ou diminua a dosagem por conta própria. Somente seu médico poderá dizer quando isso deve acontecer, levando em conta uma avaliação profunda do seu estado orgânico.

          Amiguinho, para mim, o principal problema do descontrole de seu organismo deve-se à excessiva preocupação somática que tem com seu estado de saúde (hipocondria). Nossa mente é uma poderosa máquina e, quando perdemos o controle sobre ela, o nosso corpo paga um preço muito alto. Nosso cérebro é um computador que trabalha com possantes gigabites. Ainda assim, precisamos controlar sua cpu (unidade central de processamento), para que nos atenda a contento. Tomar conhecimento de que se é hipocondríaco já é uma boa ajuda, minora certos sintomas que nascem do nada, como você muito bem explica. E o que é esse “nada” senão o nosso descontrole mental, a nossa fragilidade em aceitar a morbidez de nossa mente, sujeitando-nos à sua tirania? Nos momentos de crise é preciso “racionalizar”, respirar fundo e deixar o momento passar. Quanto mais nós nos concentramos nas nossas doenças inexistentes mais elas criam vida, e tornam-nos seus escravos. Dê um XÔ para elas. Leia sobre os “transtornos neurovegetativos” ou “distúrbios do sistema neurovegetativo”.

          Amiguinho, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) até que eles passem. Quase todos imaginam que tenha algo grave acontecendo consigo, quando tudo não passa de efeitos do medicamento. Mas logo eles passam e os bons resultados aparecem, mostrando que valeu a pena passar por tanta turbulência, pois há luz no fim do túnel.

          Abraços,

          Lu

      2. Marco Antonio

        Lu

        Na verdade, eu guardo muito as coisas e não as demonstro. A saudade da minha mãe, com certeza, está aqui, mas não é algo aparente. Não sou uma pessoa com tendências depressivas, acredito. Sempre fui muito resolvido com estilo de vida e escolhas. Eu fumo e bebo, mas já fazia isso antes do ocorrido com a minha mãe. O problema é que sou sedentário (estou tentando corrigir ultimamente), e o fato de também fumar e beber me deixou mais assustado com o caso que me ocorreu (quase infarto). Estou até com medo de fumar e comecei a caminhar/correr com meus amigos, vou começar academia. Não tenho muita facilidade em chorar.

        Sempre quis uma vida sem medos, o meu maior medo é viver com medo, eu sempre admirei o estilo de vida “rock n roll” (sexo, drogas e rock n roll) e essa perda me abalou muito. Eu era bem resolvido com questão ideológica e estilo de vida, mas ultimamente tenho pensado bastante se vale a pena correr esse risco, devido ao alto estresse físico e emocional que estou passando. Afinal, mesmo que subconscientemente, a perda me afetou e muito.

        Não sei se o caso seria tomar logo o antidepressivo, por isso vou aguardar a próxima consulta para ver se realmente devo continuar tomando. Talvez um calmante mais fraco resolva o problema do estresse. Tenho a impressão que o antidepressivo seja demais para meu estado emocional. Nunca fui uma pessoa com pensamentos suicidas ou depressivos, embora eu guarde tudo. Pode ser que essa depressão seja subconsciente, como se fosse uma crise existencial, até por que minha vida deveria começar agora, 18 anos, amigos, festas, sempre gostei disso, mas nunca tive muitas oportunidades. Acho que esse estresse pode ser muita mágoa acumulada, sentimento negativo guardado lá no fundo, que está explodindo duma vez.

        Tenho vontade de chorar, quando começa a me dar essas coisas, essas dores de estômago, essa indisposição. A vontade de sair e me divertir é muito grande. Não digo apenas do abuso de bebida e fumo, digo de sair com amigos e dar risadas, fazer algo diferente, andar de skate, eu tenho realmente vontade disso, mas a indisposição me impede, é algo que eu não controlo. Não gosto de ficar o dia todo no meu quarto no computador, mas algumas vezes me sinto melhor aqui. Sempre me disseram que tenho personalidade forte, mas eu não sei o que fazer da minha vida, perdi o meu porto seguro, minha mãe, moro com minhas tias, tenho o apoio do meu pai. Estou passando por um momento muito difícil da minha vida, mas aparentemente eu não me sinto “depressivo” não sei o que pensar nem o que fazer, só estou com medo de ter que deixar tudo isso que eu desejo de lado, meus sonhos, minha visão da vida e de como devo vivê-la, pelo fato de poder ter estes problemas, pois meu maior medo é ter que viver com medo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marco Antônio

          Toda perda é muito dolorosa, e muitas vezes não damos conta do tamanho do nosso sofrimento, que pode tomar as formas mais diversas. Tentamos a qualquer custo preencher o vazio que fica. E nem sempre fazemos as melhores escolhas para preenchê-lo, tornando-o ainda mais insuportável.

          Amiguinho, em sua fala, você diz: “… meu maior medo é ter que viver com medo”. Ao tomar como parâmetro tal lema, já significa que nele está embutido o seu “medo”, ou seja, ele já está a incomodá-lo. Mostra que sua forma de agir, muitas vezes, não passa de uma maneira de enfrentar esse seu grande temor, que você toma como “fraqueza”. Penso que aqui faz uma confusão entre o “medo” como um aliado nas horas de perigo, quando o corpo faz uso da adrenalina para possibilitar o embate, e o “medo” fóbico. Enquanto o primeiro é sábio, o segundo é doentio e merece tratamento. Para mim, a melhor forma de vida está no equilíbrio, como reza a cultura budista no seu célebre “Caminho do Meio”.

          Você se diz sedentário, o que realmente não é bom, pois a Ciência vem apregoando os perigos do sedentarismo, principalmente em relação ao coração. Aliado a ele ainda carrega duas outras bombas-relógio: cigarro e bebida alcoólica. Este coquetel é perigosíssimo. E ter “medo” dele não significa covardia, mas “sabedoria”, apreço pela própria vida. Mas é bom ver como você vem amadurecendo, como quando diz: “… mas ultimamente tenho pensado bastante se vale a pena correr esse risco, devido ao alto estresse físico e emocional que estou passando.”. Não vale a pena, mesmo, meu irmãozinho. A saúde é o bem maior de nossa vida.

          Quanto ao transtorno da depressão, ele pode aparecer em nossa vida de formas diferentes, muitas vezes sem que nem o percebamos. E a depressão traumática é uma de suas formas. Somente ao abrir-se com seu médico, falando de seu mundo interior, muitas vezes tão fechado, é que ele será capaz de fazer uma avalição sólida. Não é a sua tia quem deve expor, mas você. Quando retornar à nova consulta, abra-se com o profissional, fale-lhe de sua vida pessoal, ajude-o a ajudá-lo. Você diz: “Na verdade, eu guardo muito as coisas e não as demonstro.”. Lindinho, pote que se enche muito acaba entornando, mais cedo ou mais tarde. Fale a seu médico sobre o que aqui diz: “Acho que esse estresse pode ser muita mágoa acumulada, sentimento negativo guardado lá no fundo, que está explodindo duma vez.”. Diga-lhe qual é sua mágoa acumulada e os sentimentos negativos guardados lá no fundo.

          Você escreveu que “Pode ser que essa depressão seja subconsciente, como se fosse uma crise existencial, até por que minha vida deveria começar agora, 18 anos, amigos, festas, sempre gostei disso, mas nunca tive muitas oportunidades.”. O que o impediu que as tivesse? Além do mais encontra-se na flor da vida, com um tempo imensurável para viver e ser feliz. A sua vida apenas desperta. Você também diz: “Tenho vontade de chorar, quando começa a me dar essas coisas, essas dores de estômago, essa indisposição.”. Chore! Isso lhe fará bem! E essa indisposição que o impede de sair e divertir-se com seus amigos pode ser realmente depressão.

          Você fecha seu comentário dizendo: “… mas eu não sei o que fazer da minha vida, perdi o meu porto seguro, minha mãe, moro com minhas tias, tenho o apoio do meu pai. Estou passando por um momento muito difícil da minha vida, mas aparentemente eu não me sinto “depressivo” não sei o que pensar nem o que fazer, só estou com medo de ter que deixar tudo isso que eu desejo de lado, meus sonhos, minha visão da vida e de como devo vivê-la…”.

          Lembre-se, Marco Antônio, de que você é um jovenzinho, ainda no limiar da vida. É, portanto, normal que ainda tenha muitas dúvidas e indagações. O tempo dar-lhe-á experiências para ajudá-lo a decidir. Viva apenas o “hoje” com sabedoria. Um dia de cada vez. Enriqueça sua vida com o conhecimento de onde extrairá a sabedoria. Torne-se, para você mesmo, a melhor pessoa do mundo. O tempo incumbir-se-á de fazer o resto. Este tem sido o método que aplico em minha vida. Não viva com “medo” de ter “medo”. Apenas viva com sabedoria, buscando o equilíbrio em tudo que faz. Quem vive assim desconhece o sentimento negativo embutido na palavra “medo”, quando esse não está aliado à proteção do próprio indivíduo. E conte sempre com este cantinho!

          Abraços,

          Lu

  68. Thalita

    Oi, Lu, tudo bem?
    Estou no 12º dia do remédio… Os primeiros dias foram ruins, como já tinha relatado aqui, porém, eu já estava me sentindo bem melhor já na sexta passada. Só que desde ontem venho muito nervosa lá no serviço devido a alguns comentários de crise de redução de funcionários, e etc. Isso tem me deixado muito nervosa, porque eles não decidem nada, e parece que ficam procurando pelo em ovo. Hoje eu fiquei triste, nervosa, agoniada, e explodi, fui para o banheiro chorar,pra aliviar um pouco. Me senti melhor depois, porém, no final da tarde senti muitos sintomas da ansiedade. Essa situação está me deixando mal. Se não fosse isso eu estaria boa, pois percebi que medicação tem me ajudado e a fé em Deus.
    Devido a essa montanha de sentimentos, a medicação fica comprometida?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thalita

      Todos estamos neste mesmo barco, com um presidente incompetente, que está levando o país para o caos. Em vez de trabalhar para o crescimento do Brasil, incentivando seu crescimento, essa temeridade joga-nos no fundo do poço. Não é só você que está se sentindo assim. Somente em São Paulo, o BB e a CEF irão deixar na mão mais de 20 mil funcionários. Essa sua agonia vem sendo compartilhada, a cada dia, por milhões de brasileiros. Prova disso é o número de comentários que vem dobrando diariamente.

      Amiga, o antidepressivo dá-nos um pouco de equilíbrio nesse caos inimaginável, mas não faz milagres diante de tanto descalabro nos três poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário). Estamos caminhando para ficarmos todos doentes. Não pense que é somente você. Veja o desespero de alguns comentaristas. Todos estamos mal, ao ver o nosso país afundar a cada dia.

      Beijos,

      Lu

      1. Maurício Jardim

        Boa-noite!

        Queria muito participar desta página, pois me trato de bipolaridade já faz anos, sendo que foi me dado o diagnóstico somente em 2013, depois de 13 anos com a mesma psiquiatra. Tenho algumas dúvidas que muitas vezes ou me esqueço ou não fico à vontade para tirá-las. Pode ser porque tive que trocar de psiquiatra, pois a que eu tratava com ela parou de aceitar meu plano.

        Fazia uso de citalopram de 20 mg, e já mudei há alguns anos para escitalopram de 20 mg. Tomo também clonazepam de 2 mg + alprazolam de 0,5 mg, lamitor de 100 mg + zolpidem de 10 mg, vitamina D manipulada (5 gotas em jejum) e enalapril de 10 mg para pressão e omeprazol de 20 mg.

        Meu atual psiquiatra, já me trato com ele há mais de 2 anos, disse que eu tenho mais depressão do que euforia, digo mania na minha bipolaridade. Estou sempre com mais crises depressivas e meu psiquiatra vem mudando e retirando alguns medicamentos desses que eu já tomo há anos. Estou muito inseguro principalmente referente ao escitalopram, que ele trocou pelo ANAFRANIL (cloridrato de clomipramina de 25 mg, retirou o alprazolam e o zolpidem também, mais mesmo tomando o cloridrato de clomipramina de 25 mg por 3 vezes ao dia, há pouco tempo, sinto que o escitalopram me deixava melhor, mais seguro. Estou na dúvida se falo com o meu psiquiatra que eu prefiro os medicamentos do início. O que devo fazer?!

        Obrigado pela atenção!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maurício Jardim

          Bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, cada vez mais as pessoas vem sendo acometidas pelo transtorno da bipolaridade. O bom é que existem medicamentos cada vez efetivos, para ajudar seus portadores. Penso que muitas vezes é benéfico mudar de psiquiatra. Alguns são mais estudiosos e mais atentos aos problemas de seus pacientes. Aqui você pode expor todas as suas dúvidas. As que não soubermos responder, vamos pesquisar para lhe trazer respostas que o deixem mais tranquilo.

          Maurício, há uma gama de bons antidepressivos no mercado. Os psiquiatras fazem suas escolhas de acordo com o transtorno de cada paciente, o que é muito normal. Eu já passei por inúmeros, inclusive pelo anafranil. Tais mudanças são importantes porque, muitas vezes, uma pessoa dá-se melhor com certo antidepressivo. Há também o problema de que, com o tempo, o organismo acostuma-se com o medicamento e ficam “demasiadamente amigos”, a ponto de não mais fazer efeito.

          O seu atual psiquiatra está correto ao fazer alterações em seu tratamento, inclusive diminuindo o número de medicamentos. É normal essa dúvida no início do tratamento com um antidepressivo diferente, até porque o organismo passar por aquela fase difícil das primeiras semanas, quando o usuário sente-se muito mal. Faz-se necessário que você aguarde mais tempo, pelo menos um mês, para avaliar a nova medicação (você não diz há quanto tempo está tomando o anafranil). Depois disso, retorne a seu médico e repasse-lhe como vai o seu tratamento. Para não se esquecer, anote tudo num papel, antes da consulta. É muito importante relatar ao médico como está se sentido, pois é através de seu relato que ele irá avaliar o seu estado de saúde, quais remédios estão lhe fazendo bem, quais podem ser tirados, que outros devem ser mudados, etc. Portanto, não precisa falar com seu psiquiatra que prefere os medicamentos antigos, ao relatar-lhe como está passando, ele mesmo chegará a uma correta conclusão.

          Maurício, fique tranquilo, pois tudo irá dar certo. E será sempre um prazer contar com a sua presença aqui nesta página. Não tenha nenhum acanhamento em escrever quantas vezes sentir vontade.

          Abraços,

          Lu

        2. Maurício Jardim

          Bom-dia, Lu!

          Muito obrigado pela sua atenção. São de espaços assim e de seres humanos como você que precisamos, pois sofremos muitos preconceitos, obrigado mesmo.

          Eu não lhe passei como estou tomando o novo antidepressivo (cloridrato de clomipramina de 25 mg, que comecei terça feira passada, da seguinte forma: um comprimido de 25 mg às 08:00, às 12:00 e às 16:00, assim até 4 dias, depois nos mesmos horários, só que 2 comprimidos de 25 mg. No oitavo dia devo passar para o médico como estou me sentindo. Como eu tomava citalopram de 20 mg e depois passou para escilopram de 20 mg por muito tempo, me senti inseguro, e também ele tirou o moderador de humor, o LAMITOR de 100 mg. Falou que não gosta de receitar moderadores de humor, quando o quadro é de muita depressão, pois a minha bipolaridade como é mais depressiva, sendo menos a euforia, sendo melhor parar com o Lamitor. Um mês atrás o médico me passou valdoxan de 25 mg mais o Queropax de 100 mg, mais o valdoxan, que ele me deu 2 caixas de amostra grátis, pois é muito caro, e eu não tenho condições de comprar. Eu estava me sentindo melhor, e referente ao Queropax de 100 mg estava fazendo eu dormir muito bem, só que me deixava dopado todo o dia, diminui para 50, depois 25 e 12,5 fiquei bem sonolento não dopado, mas ele mandou parar.

          Novamente obrigado, vou aguardar e ver como vai ficar com essa nova medicação, pois é muito sofrimento.

          Abraços, fique com Deus e tenha um final de semana abençoado!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Maurício

          Um dos pontos fundamentais no tratamento dos transtornos mentais é ter confiança no médico, saber que se trata de uma pessoa séria e comprometida com a saúde do paciente. Se seu médico tiver esses requisitos, procure ficar tranquilo e seguir direitinho a medicação que ele lhe passou, repassando-lhe, sempre que possível, suas reações. Se sentir que algum transtorno está sendo difícil de suportar, entre em contato imediato com ele ou vá num posto de saúde mais próximo. É importante ler a bula, para saber quando deve procurar ajuda, mas não fique impressionado com tudo que lê ali.

          Amiguinho, a indústria farmacêutica é tão gananciosa quanto os nosso sistema bancário. Ela quer ganhar mais e mais. Por isso, sempre que um medicamento estiver com o preço abusivo, ou seja, muito caro, diga para o seu médico que está além de suas posses (eu sempre faço isso). Assim, ele lhe prescreverá outro com substância similar, de outro laboratório com preço bem mais em conta. Pode ver esta loucura de preços no próprio oxalato de escitalopram, que varia loucamente de um laboratório para outro. Mais uma vez eu lhe digo para confiar no seu médico, pois é a pessoa que mais tem capacidade de saber quais são os medicamentos que lhe são necessários. E não tenha insegurança em questionar-lhe sempre que tiver dúvida. A relação de paciente e médico mudou muito nos dias de hoje, pois o segundo está muito mais bem informado.

          Maurício, nós, portadores de trantornos mentais, precisamos ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes). É muito sofrimento, sim, mas só temos a agradecer pelo avanço da Ciência em relação às doenças do cérebro. Procure também praticar algum exercício físico (pode ser caminhada) e olhar a vida com mais otimismo. Indico-lhe uma categoria no site chamada ARTE DE VIVER (busque em ÍNDICE GERAL). Tenho a certeza de que lhe fará muito bem. E volte aqui sempre que quiser. Leia também os comentários de outros membros de nossa família, aqui. Se quiser, poderá também escrever para eles.

          Abraços,

          Lu

  69. Juliana

    Nany

    Quando eu passei pela primeira vez por essa médica em que estou indo, ela também foi muito fria comigo, e só ficava só olhando para tela do computador. Eu me questionei, se ela estava realmente me ouvindo, e me receitou dois medicamentos: um antidepressivo e outro enxaqueca. Marcou um retorno de 15 dias. Minha consulta foi na sexta-feira e na segunda eu já estava desesperada, porque não tinha conseguido ir trabalhar e ainda sentia desespero e sufocamento. Então ela me deu 10 dias para aguardar o medicamento fazer algum efeito, mas ao final dos 10 dias não consegui ir ao trabalho. Retornei ao consultório em prantos e mal conseguia falar com ela, que me deu um atestado de 1 mês, mas estou ainda muito ansiosa, desesperada, sufocada. Preciso trabalhar essa minha ansiedade, como a Lu já me disse. Ontem fui até à empresa assinar uns papeis, e foi horrível, passei mal e comecei a suar frio, fiquei pálida e zonza,coração a mil.

    Nany, sei muito bem o que está passando e te entendo, e se precisar perguntar alguma coisa fique a vontade, porque estamos aqui para ajudar uns aos outros.

    1. Nany

      Juliana

      Como você está? Como foi para marcar a perícia? Foi você ou a empresa? Hoje fui em outro psiquiatra, muito atencioso. Ele ajustou minha medicação e pediu um afastamento de 30 dias, ou seja, terei que entrar no INSS… Você já fez tua perícia? Eles marcaram rápido?

      Beijos

      Nany

      1. Juliana

        Oi, Nany!
        Na segunda-feira eu passo na perícia. Torço para que o perito me compreenda, pois para muitas pessoas o que sentimos é somente frescura e vadiagem.

        Foi a empresa que ligou para o INSS, e esse marcou a consulta. Assim que peguei o atestado entrei em contato com ela. No mesmo dia o RH ligou-me passando o dia e a hora. Ligue para o RH de sua empresa. Assim que passar pelo perito, eu lhe dou todos os detalhes. Qual remédio a sua médica receitou-lhe?

        Beijos

  70. Amanda Castro

    Boa-noite!

    Eu tenho 14 anos e fui ao psiquiatra, que disse que tenho tanta ansiedade, que ja é meio TOC. E me receitou Eficentus (oxalato de escitalopram). E eu estou com muito medo de tomar, pois li a bula e fala que não é indicado para menores de 18, e que pode ter efeitos como suicídio. Ele disse para eu tomar meio comprimido durante 10 dias e depois 1 inteiro, só que eu estou com medo, tem muitos efeitos colaterais. Não devia ter lido a bula, pois esse meu toc só piorou. Só que se for por peso e tamanho eu tenho 18, pois sou muito alta peso 63 kg. Eu queria saber se é assim mesmo esses remédios, pois é a primeira vez, não sei o que faço.

    Obrigada desde já!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Amanda

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, assim como você, também comecei a usar antidepressivos na minha adolescência. Sinto-me muito feliz porque eles existem para ajudar-nos a ter uma boa qualidade de vida. Imagine como devia ser triste a vida das pessoas antes da descoberta desses remédios! E quando somos acometidos por qualquer tipo de transtorno mental faz-se necessário buscar ajuda médica, para que possamos viver sem o sofrimento que nos causam as crises.

      Amanda, realmente esse medicamento tem como advertência não ser usado por menores de 18 anos. Talvez seu psiquiatra tenha levado em conta a sua estrutura corpórea. Acontece, porém, que você está insegura para usá-lo, e isso não é bom. Portanto, aconselho-a voltar a seu médico (ou a um outro) e questioná-lo sobre a observação que consta na bula. Diga-lhe que ficou amedrontada, pois só tem 14 anos (você falou com ele a sua idade?). É muito importante que, ao tomar um medicamento, a gente sinta-se plenamente informada. E você tem toda a razão em fazer tal questionamento. Parabéns! Procure ficar tranquila até resolver tudo direitinho. Depois venha aqui me contar como foi seu contato com o psiquiatra. Saiba também que poderá escrever aqui quantas vezes necessitar. Estamos todos com você! Venha sempre conversar conosco.

      Beijos,

      Lu

    2. Flavia Adriana

      Bom-dia, Amanda!

      Os medicamentos são meios de restaurar o quimismo cerebral, para que tenha condições normais de fazer uma terapia, tomar decisões ou lidar com a situação que é a causa(s) do seu estado atual. Você fez a coisa certa: foi ao especialista. Não se preocupe com alertas sobre a medicação que está usando. Seu médico te atendeu, te entrevistou e aplicou a dosagem correspondente ao seu caso, que ele deve acompanhar após o seu retorno à consulta (ademais, todo medicamento tem efeitos colaterais, porém, pesam muito menos diante dos sintomas das doenças que queremos tratar. É como alguém que precisa tratar de forte enxaqueca, cujo remédio causa acne ou engorda, como efeito colateral. Tratar a enxaqueca, certamente, será a prioridade. O médico, ao receitar, leva tudo isso em consideração. O resto, trata-se depois – mas ele está de olho, pode ter certeza. Então, quando voltar, ele vai poder avaliar se a medicação foi adequada, se a dose deve mudar, ou se o remédio não será mais necessário. Colabore com a análise dele, prestando bem atenção em como se sente ao longo dos dias, após o início da medicação. Caso você se decida por ir atrás de outra opinião, busque outro psiquiatra.

      Tenha em mente que você já estpa a caminho da saúde e lembre sempre de sair dessa sintonia de focar na doença. Foque mais na sintonia com a saúde. Ninguém é doente, e sim está doente, no momento, tendo toda a possibilidade e direito de buscar a saúde, estado natural de todos nós.
      Não importa se precisa tomar remédio, o que quer é se sentir bem, recuperar a alegria de viver fora do estado de angústia. E para isso, devemos lançar mão de todos os recursos. Então muda o olhar – vai buscando informações de como conquistar a saúde e o bem-estar, ao invés de manter a sintonia só com a enfermidade. Dê preferência às informações dos especialistas no assunto, pois a Ciência avança a cada dia e suas descobertas se espalham com muito mais velocidade entre os profissionais, que são obrigados, e não poderia ser de outro modo, a estarem sempre atualizados sobre os avanços da medicina, podendo assim, oferecer aos seus pacientes sempre o melhor tratamento que existe, em qualquer tempo. Não adiar o encontro com a melhora é o melhor caminho, não perdendo tempo com o que focar no problema, em vez de focar na solução. Crie disposição mental otimista para dar espaço propício à melhora, e medita em como o tratamento tira e alivia você deste estado, te fazendo conquistar a saúde e o equilíbrio que deseja e merece!

      Falando em meditação, a da Gratidão é ótima para isso! Alimentar os pensamentos com o que você já conquistou de bom, como: ter conseguido identificar que existe algo a ser cuidado e procurou ajuda especializada, (enquanto muitos não buscam porque gostam da posição de enfermos, por conseguir chamar a atenção dos que estão em volta, chantageando a todos emocionalmente, o chamado “ganho secundário” – nunca caia nessa grande cilada do ego, ao contrário, busque espalhar tua alegria, que atrai a todos com muito mais segurança e de forma muito mais agradável). Problemas toda humanidade sempre os teve; só os supera quem se decide pela conquista da saúde. O esforço otimista é o principal aliado dos tratamentos.

      Vou te passar uns links de umas aulas de medicina que esclarece muito sobre a nossa saúde integral. Se assim quiser, vai vendo a sequência, conforme sua possibilidade. Vai se sentir muito melhor ao falar sobre saúde e libertação das doenças.
      eis o primeiro:

      https://www.youtube.com/watch?v=0aSx3oDcvHc
      (Há aulas deste professor sobre a ansiedade também.)

      2: Tem um livro muito bom que ajuda a gente a parar de agir no automático da ansiedade – que é excesso de preocupação ou medo do futuro. O livro chamado O PODER DO AGORA – explica como a gente nunca está no momento presente, detalhadamente, e nos ajuda a ir vencendo esse estado mental automático que só atrapalha. Você vai ver como essas informações libertam. Tem o áudio no youtube também.

      https://www.youtube.com/watch?v=okuL5tYOgi8&list=PLJgqnSQVhJIUKYnrqMy2RJ1eOILSwmmHP

      Um grande abraço e viva a vida com amor e alegria. Estamos juntos, superando desafios. Espero ter ajudado.

  71. Tissiana

    Boa-tarde!
    Sofro com TAG e ataques do pânico… Ultimamente procurei um médico ortomolecular que me pediu diversos exames de sangue, nos quais constatou cortisol alterado, prolactina, falta de vitamina D. Os hormônios da tireoide estão normais, graças a Deus… Ele me passou um tratamento com 5HTP, vitamina B6 e B3, cloreto de magnésio PA e fisioton e um antidepressivo chamado Venlafaxina. Ocorre minha flor, que não quero mais entrar em antidepressivos, pois os efeitos colaterais que me causam são terríveis… Sou uma pessoa muito agitada, nervosa, estressada e acho que o estresse desencadeou tudo isso em mim… Tomo o rivotril em gotas para me ajudar nas crises… Gostaria de saber se posso me ver livre dessas crises, sem tomar o antidepressivo, e só fazer os tratamentos que citei acima… Estou com crise compulsiva alimentar também, pois se não como, acabo tendo crises de ansiedade.

    Desde já muito obrigada… Deus abençoe!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tissiana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, são muitas as pessoas, que aqui escrevem, que fazem tratamento com o antidepressivo Venlafaxina. É fato que os antidepressivos trazem efeitos adversos no início do tratamento, mas que passam, normalmente, entre duas a três semanas. Penso eu, que tenho depressão crônica (herança da minha parte materna), e que faço uso desse tipo de medicamento desde a minha adolescência, que todo o sofrimento da fase inicial compensa o fato de trazer-nos melhor qualidade de vida, uma vez passada a turbulência.

      Tissiana, embora haja uma corrente contrária ao uso de antidepressivos, eu, pessoalmente, acredito que os transtornos mentais exigem medicação alopática. Se tratamos dos nossos rins, coração, fígado, etc, por que devemos negar tratamento ao nosso cérebro. Ele faz parte de nosso corpo e, como tal, também adoece, exigindo os mesmos cuidados. Quando o transtorno apresentado possui origem traumática, fica mais fácil de ser tratado com psicoterapia, mas fora disso, faz-se necessário o uso de um antidepressivo.

      Lindinha, o rivotril em gotas irá apenas ajudá-la em suas crises, pois é um tranquilizante momentâneo, que não age no cerne da questão. Chegará um tempo em que terá que aumentar a dose para que faça algum efeito. Portanto, minha amiguinha, o ideal é que você siga a prescrição de seu médico, pois descreve a si mesma como:

      “Sofro com TAG e ataques do pânico… Sou uma pessoa muito agitada, nervosa, estressada e acho que o estresse desencadeou tudo isso em mim…”

      Tissiana, tais crises quando não tratadas tendem a ficar mais constantes e mais graves. Repense com carinho essa sua decisão, pois não vale a pena sofrer tanto assim, quando se pode melhorar a qualidade de vida.

      Espero recebê-la muitas vezes aqui.

      Abraços,

      Lu

      1. Tissiana

        Obrigada, pela minha flor, pela atenção dada… Vou tentar seguir os seus conselhos…. rsrsrs… Deus lhe abençoe ricamente, e com certeza voltarei mais vezes! Um grande abraço, princesa!

      2. Tissiana

        Oi. Lu!
        Fui novamente ao psiquiatra e o mesmo me receitou Bupropiona para Ansiedade Generalizada. Você já ouviu falar desse medicamento? Ele é bem aceito para meu problema? Muito obrigada, flor!

        Deus a abençoe!

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tissiana

          Trata-se de um antidepressivo muito receitado, conforme poderá ver aqui nos comentários. Conheço muitas pessoas que fazem uso desse medicamento e dão-se muito bem. Fique tranquila. Mas ponha em prática as sugestões do texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Beijos,

          Lu

      3. Tissiana Siqueira

        Oi, Lu, boa-noite, flor!

        Fico vendo seus comentários e vejo o quão atenciosa é. Isso nos dá confiança em prosseguir.

        Minha flor, na última vez que escrevi aqui, disse que meu médico havia me receitado o bupropiona, mas não me adaptei ao medicamento. Como sofro muito com os efeitos colaterais, ele resolveu me passar o escitalopram em gotas. Iniciei com uma gota por dia, aumentando de 2 em 2 dias. Estou tomando 3 gotas ainda, aumentando bem devagar, pois mesmo sendo poucas gotinhas tenho efeitos colaterais.

        Minha flor, queria muito tirar uma duvida com você. Essa fome exagerada acaba comigo. Mal acabo de comer já sinto fome novamente e, se caso tento ficar sem comer, começo a passar mal. Por que isso ocorre, minha flor? Já virou um ciclo vicioso, sinto necessidade de comer. E isso me entristece muito, pois engordei bastante. Será que com o tempo, conforme eu for aumentando as gotinhas do escitalopram, eu tenho um melhor resultado? Tenho que chegar em 10 gotas. Mandei manipular, pois na farmácia era muito caro.

        Obrigada desde já pela sua atenção. Que Deus lhe abençoe pelo carinho conosco.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tissiana

          Todo antidepressivo possui efeitos colaterais, mas cada organismo reaje diferentemente a esse ou aquele. E a algumas substâncias ele reaje fortemente, impossibilitando seu uso, tamanho é o sofrimento causado ao usuário, como lhe aconteceu com a bupropriona. Quando isso acontece, a única alternativa é mudar para outro. Ainda bem que são muitas as opções.

          Lindinha, dentre os efeitos adversos do oxalato de escitalopram está a possibilidade de abrir o apetite em demasia ou levar à inapetência. Em consequência, uns emagrecem e outros engordam. Quando comecei a tomar esse medicamento, eu não tinha fome alguma. Comia à força. Perdi peso, mas depois de um tempo houve certo equilíbrio de meu organismo. Embora coma pouco, voltei ao meu peso normal. Conforme me relata, o ideal é que converse com seu médico, pois a tendência, ao aumentar a dosagem, é também aumentar seu apetite, levando um certo tempo para chegar ao equilíbrio. Como já ganhou peso usando apenas algumas gotinhas, não deixe de procurar o especialista.

          Estava com saudades suas, não suma tanto tempo assim!

          Beijos,

          Lu

        2. Tissiana

          Lu

          Muito obrigada pela atenção de sempre, minha flor.Você é uma pessoa iluminada! Quanto à fome exagerada, princesa, sinto isso antes de iniciar o tratamento com o escitalopram. Quando começaram minhas crises, essa fome já veio junto também, desde março do ano passado… E se não como, passo mal… mãos geladas, tonturas, sensação de desmaio, um buraco no estômago, típico mesmo de uma crise de ansiedade, mas isso parece que já me afetou o sistema nervoso, e por isso sinto essa necessidade tremenda de comer… Isso é normal, minha flor? Só quero me ver livre desse pesadelo.

          Um forte abraço, Deus Abençoe!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Tissiana

          Você tinha essa fome exagerada, mesmo antes do tratamento, em razão de sua ansiedade. Um dos distúrbios que esse transtorno traz é a vontade de comer muito ou a total inapetência. As pessoas obesas, quando não o são por distúrbios glandulares, trazem consigo um alto grau de ansiedade, compensada pela ingestão excessiva de alimentos.

          No seu caso, Tissi, o antidepressivo reforçou a sua fome, pois trata-se de um de seus efeitos adversos. Isso não é normal, pois sua função é levar equilíbrio ao organismo. Se não está atendendo a esse objetivo, o psiquiatra deverá mudá-lo para outro. Se persistir com ele, acabará tendo que lidar com a obesidade, o que gerará inúmeros problemas de saúde para você. Portanto, amiguinha, não relute em voltar a seu psiquiatra, o mais rápido possível, reportando-lhe tal efeito e falando-lhe sobre os quilos que ganhou. Somente assim será possível livrar-se “desse pesadelo”. Através dos comentários, poderá ler sobre o caso de muitas pessoas que tiveram que mudar o medicamento, pelo fato de engordarem muito.

          Um grande abraço,

          Lu

        4. Tissiana

          Obrigada, minha flor… Voltarei a conversar com ele.
          Grande beijo e mais uma vez obrigada pelo carinho.

          Fica com Deus!

  72. Paloma Lopes

    Oi, Lu, voltei!

    Que doença é esta meu pai? Estou fazendo também terapia com um psicólogo. Faz duas semanas que estou sem crise, passou o enjoo, o mau humor, tonturas, língua amarga e outos que citei aqui, porém, quero que me tire uma dúvida: como moro bem próximo do meu local de trabalho, vou em casa almoçar, tomar um banho e tirar uma soneca. Tenho notado, e não é de hoje, que quando estou preste a cair no sono, sinto um choque no coração ou no peito, ainda não sei bem onde é, e me assusta, pois fico tensa, e isso é toda tarde. Às vezes à noite tenho até medo de dormir. Além de sentir isso, sinto meu braço, perna ou alguma coisa do meu corpo mexer sem eu ter feito nada, e isso me assusta também. A gente corre risco de morte tomando alguns desses remédios?

    Olhe, Lu, às vezes luto ao máximo, para não cair em desespero, mas esses “choques” me tiram do sério e me assustam. Eu, como lhe disse, já fiz vários exames e não constou nada.

    Eu amo esse seu site, você não tem noção de como está me ajudando muito.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Que maravilha, você está ultrapassando o Cabo das Tormentas, ao deixar os efeitos adversos para trás. Parabéns garota POP.

      Amiguinha, é muito comum o fato de as pessoas sentirem choque quando lutam para não dormirem. Ou seja, você sabe que não pode cair no sono, pois terá que se levantar para trabalhar. Assim, trava-se uma luta entre o seu corpo que pede uma boa soneca e sua mente que sabe que é impossível cair nos braços de Morfeu. Isso acontece comigo, se me deito apenas por um curto tempo, e o sono chega forte. Parece um choque elétrico. Atualmente prefiro fazer outra coisa a ter que me deitar com o compromisso de levantar-me meia hora depois. Gosto de dormir um sono solto, uai. Portanto, minha querida “pombinha”, passe a não se deitar após o almoço. E assim terá resolvido esse problema que a atormenta. Adeus senhores choques! E ninguém morre com esses remédios. Saiba que os antidepressivos também são usados por crianças. Você continuará “vivinha da silva”, risos.

      E eu amo a sua presença aqui, minha fofinha.

      Beijos,

      Lu

  73. Alê

    Olá, amiga!
    Comecei a tomar o antidepressivo Exodus tem 4 dias, porém, estou tendo muita diarréia. Vou no minímo umas 10 x ao banheiro. Isso pode ser reação do remédio?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alê

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos. A diarreia encontra-se entre os efeitos ruins do oxalato de escitalopram. Saiba, porém, que as reações ruins duram, normalmente, entre duas a três semanas. Contudo, alguns efeitos devem ser comunicados a seu médico, como a diarreia, que pode levar o seu corpo a ficar desidratado. Vou lhe passar uns links para maiores informações.

      Abraços,

      Lu

  74. Juliana

    Lu,
    minha enxaqueca é muito forte, fico zonza, vomito, o que alivia são os coquetéis direto na veia. Minha duvida é quando eu passar pela perícia poder ocorrer do perito não me conceder mais alguns dias? Sei que cedo ou tarde terei que enfrentar, mas não estou conseguindo, só de pensar em estar naquele lugar com tanta criança, com cobrança de chefia, já me deixa sufocada em desespero. Estou pensando em pedir as contas, mas tenho muito medo de não conseguir outro emprego, e acho que esse afastamento vai contar pontos negativos para outra empresa que for trabalhar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Você sabe o que significa a palavra “preocupação”? Significa ocupar sua mente com algo ruim que você não pode resolver no momento. Não adianta inquietar-se antes do tempo, pois seria sofrer desnecessariamente. Cada coisa a seu tempo, é assim que devemos viver. Saiba que as pessoas otimistas tendem a viver melhor e a conseguir o que desejam. Que diferença fará esse seu pensamento fixo no modo como o perito irá comportar-se em relação à sua consulta? Nenhuma! Portanto, amiguinha, entregue tudo nas mãos de Deus e aguarde que as coisas aconteçam.

      Juju, deligue-se, viva bem o momento, pois de outro jeito estará estragando seu tempo, enchendo-o com pensamentos negativos. Esqueça da escola, das crianças, de seu chefe e do perito. Curta sua licença da melhor forma possível. Deixe as coisas acontecerem. Espere o resultado da perícia para pensar em pedir as contas. E é claro que é um momento ruim para perder o emprego, em razão da crise que acontece no país. Viva um dia de cada vez. Não queira controlar o mundo. Isso só desgasta você.

      Ju, o perito irá lhe dar oportunidade de colocar tudo o que sente. Fale-lhe de seu “terror” de voltar para o trabalho, das noites sem dormir, de seu sufoco e desespero. Ele (ou ela) também é um ser humano. Já tirei muitas licenças de saúde em minha vida. Nunca tive problemas. Sempre encontrei peritos maravilhosos, humanos e honestos, que sabiam muito bem distinguir quem estava doente de verdade de quem só queria licença para não trabalhar. Portanto, amiguinha, fique tranquila… Irá dar tudo certo! Pense positivamente. Nossos pensamentos possuem força vital.

      Estarei torcendo por você, menininha ansiosa!

      Beijos,

      Lu

  75. juliana

    Oi, Nany,

    eu li o que você escreveu sobre seu local de trabalho. Seus sintomas são iguais aos meus. Eu peguei um mês em casa, e já penso que não vou conseguir voltar, pois só de pensar em estar lá já sinto dores de cabeça e meu coração acelera. Sei que tudo isso é inexplicável, me culpo por tudo, mal consigo dizer à minha médica o que sinto, tenho vontade de sair correndo, deme insolar, também tenho medo da medicação e de seus efeitos, de me viciar de ficar dependente disso. Gostaria muito de saber como você está?

  76. Juliana

    Lu, minha médica me receitou o amato para enxaqueca, mais tive medo de tomar, pois a mesma me alertou que poderia emagrecer e, que iria perder o apetite, então tive medo de tomar. Analgésicos não aliviam a minha dor que é muita; ultimamente tenho parado várias vezes no hospital para ser medicada. Em relação ao antidepressivo, não obtive sucesso com o remis, trocando pelo pondera. Tenho medo de voltar a ter todos aqueles sintomas horríveis.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Muita gente usa o amato com a finalidade de emagrecer, isso é verdade. Como já lhe disse, experimente colocar bolsa com água quente na barriga (para cólica menstrual). E não tenha medo dos efeitos adversos, pois todos passam. O importante é a melhora na sua qualidade de vida.

      Abraços,

      Lu

  77. Juliana

    Nany

    Eu vou passar pela perícia agora, pois a minha médica me deu 30 dias, fora os 10 que já havia tirado. Eu não consigo nem passar na frente do meu trabalho pra você ter ideia. E de pensar naquele lugar já começo a passar mal, fico com dor de cabeça, palpitações, parece que vou infartar, e para ser sincera, não sei como vou conseguir retornar, parece frescura mais só quem passa por isso para entender. Estou com medo de passar pela perí cia, pois não sei como o perito irá me interpretar, e isso me deixa mais ansiosa e inquieta. Ultimamente não tenho conseguido me concentrar e nem ficar muito tempo em um ambiente. E você, como está?

    1. Nany

      Juliana,

      sexta-feira peguei com a psiquiatra um atestado de 5 dias. Mas ela me tratou friamente, parece que estava achando frescura, foi do tipo: tome um rivotril e durma… Marquei um psiquiatra para amanhã à tarde, desta vez particular ( e caro :(… ), vamos ver como será…

      Também sinto o coração acelerar só de pensar em voltar para o Banco, não quero voltar pra lá, cogito até pedir demissão. Mas são 10 anos de empresa e estamos em um momento bem difícil no nosso país, né? Te entendo muito bem, é um sentimento muito ruim, dá um desespero só de passar em frente a agências bancárias… Não me sinto em condições de atender meus clientes e ter que vender, lidar com as metas. Simplesmente não dá. Não consigo. Lá parece que vou ter um ataque cardíaco. Uma colega mais experiente conversou comigo sobre afastamento… Vou conversar com o médico amanhã, para se possível me dar um afastamento do máximo de dias que ele puder dar… Espero que eu consiga. Melhoras! Força pra nós!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Os dois são antidepressivos. Você não pode tomar sem o conhecimento de seu médico. Você pode tomar um analgésico. Mas não tome o Amytril sem conversar primeiro com seu médico. Veja o comentário da Nany dirigido a você. Responda-o.

      Abraços,

      Lu

      1. Nany

        Oi, Lu!
        Não sei como vim parar nesta página, mas que bom te achar! Adorei os comentários e tuas orientações.

        Lu, tenho passado um estresse enorme no meu trabalho que esta afetando minha saúde e minha vida pessoal. Crises de falta de ar, taquicardia, sensação de sufocamento, vontade de chorar, compulsão alimentar, vontade de me isolar, têm sido dias difíceis. Chego em casa e não tenho nem vontade de conversar com meu namorado. Moramos juntos, ele tem sido muito paciente e não sabe o que fazer… Trabalho diretamente com o público, sou Gerente de Pessoa Física em um Banco, preciso estar bem para atender meus clientes, mas mal tenho vontade de me arrumar e de sorrir. Fico irritada muito rápido e me sinto bem culpada por isso. Parece que esse trabalho não tem nada a ver com a minha essência, sabe? E isso juntamente com a pressão do dia a dia, cobranças malucas em um lugar que só visa números, mais a falta de funcionários que deixa quem está ali sobrecarregado fez com que eu chegasse nesse estado em que me encontro.

        Fui a uma psiquiatra essa semana, que me receitou fluoxetina e rivotril e perguntou se eu queria uns 5 dias até o remédio fazer efeito. Eu recusei. Na verdade nem consegui falar tudo o que eu sentia, pois foi um atendimento tão frio, tão express, que juro, durou no máximo, no máximo 10 minutos.

        Tenho vontade de pedir demissão. Afinal, não está contente sai fora, né? Mas é um medo que me consome… São 10 anos de Banco, daqui a pouco eu chego aos 30 anos e não tenho nada certo em vista. Pedindo as contas eu perco um bom dinheiro, mesmo dinheiro não sendo tudo é difícil sair assim sem nada, ainda mais no momento em que estamos. Desde os 19 anos eu me viro sozinha, não tenho marido ou família com dindin para me manter. Ainda quero trabalhar com algo em que eu possa ajudar as pessoas a tornar suas vidas mais harmônica… Só de pensar que amanhã tenho que ir para o trabalho coração já acelera aqui. Vontade de ligar para a médica que mal me olhou nos olhos e pedir uns 15 dias. Mas aí vem uma culpa junto.

        Não tive coragem de tomar a fluoxetina e rivotril. Não sei explicar, mas quando eu penso em tomar, penso que na verdade o problema de tudo é o trabalho. Então se eu ficar uns dias longe, mesmo sem remédio conseguirei voltar a ficar bem. (Só que se eu pegar atestado, uma hora terei que voltar). Escrever faz bem, né?

        Obrigada por proporcionar isso em sua página.
        Beijos.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nany

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, profressores e bancários encontram-se entre as profissões mais desgastantes deste país, com um altíssimo número de pessoas com transtornos mentais. É vexamoso os grandes lucros que têm os bancos e o menospreso pela vida de seus funcionários, sem falar nos baixos salários, na falta de funcionários e nos cortes diários, em razão de políticas desumanas, em que o lucro é a bandeira do sistema. Você diz:

          “Lu, tenho passado um estresse enorme no meu trabalho que esta afetando minha saúde e minha vida pessoal. Crises de falta de ar, taquicardia, sensação de sufocamento, vontade de chorar, compulsão alimentar, vontade de me isolar, têm sido dias difíceis.”. Todos esses sitomas são alusivos a um enorme estresse que ora atravessa, necessitando realmente de ajuda médica para ultrapassar tal fase. Saiba que não tem culpa alguma para ficar irritada. Não se machuque mais ainda. Não peça demissão neste momento de crise porque passa o país. Se eles forem demitir funcionários em seu Banco, pelo menos terá os seus direitos preservados. O ideal é que tirasse um mês de licença.

          Nany, você é muito jovem ainda, já vá estudando outros campos de trabalho, que a tornem realizada. Prepare seu espírito para isso. Por que não tenta um concurso público numa área de que gosta? Ao dizer que:

          “Não tive coragem de tomar a fluoxetina e rivotril. Não sei explicar, mas quando eu penso em tomar, penso que na verdade o problema de tudo é o trabalho. Então se eu ficar uns dias longe, mesmo sem remédio conseguirei voltar a ficar bem.”, saiba que ainda que seja o problema proveniente do trabalho, você precisa de ajuda médica. O medicamento irá equilibrar o seu organismo, ajudando-a a sair de tal crise. Se não fizer o tratamento, poderá resvalar para uma crise de pânico aguda, pois se encontra num alto grau de estresse. Pode até mesmo tirar uns dias de licença e voltar com o mesmo problema, pois seu organismo encontra-se em desarmonia, por isso, necessita do medicamento o mais rápido possível. Não tenha medo de fazer o tratamento, pois muitos transtornos são desencadeados por crises de estresse. E quanto mais cedo tratá-la, melhor.

          Aguardo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        2. Katia

          Nany,

          lendo sua história eu me identifiquei completamente. Tenho 31 anos, e me formei em direito aos 28 anos, realizando meu sonho, contudo, por questões financeiras, trabalho desde os 16 anos. E desde os 23 sou concursada em uma escola, mesmo após formada não consegui deixar a escola, por questão de estabilidade, e esses últimos três anos foram me corroendo por dentro, de forma que só de pensar em trabalhar sinto calafrios. Chego todos os dias no trabalho no maior mau humor, com medo de explodir e atingir alguém, sempre com muita vontade de chorar e sumir. Há mais de um ano estou fazendo terapia e há cerca de 6 meses estou sendo acompanhada por uma psiquiatra e tomando escitalopram e alprazolam para depressão e ansiedade.

          Somente quem passa por isso, pode saber a intensidade do mal-estar que é ter que sair de casa para trabalhar em algo que não nos realiza. É uma frustração imensa. Com a terapia estou tentando entender que isso é uma fase ruim e que irá passar e eu terei meu lugar ao sol, porém, a depressão me impede de fazer muitas coisas que poderiam me tirar dessa situação, como por exemplo estudar para um concurso, não tenho concentração para tal. Mas tenho fé que isso vai passar. E acho que a terapia tem sido fundamental para que eu consiga levantar da cama a cada dia. Por isso, acho que se você tem tanto medo de medicação, poderia fazer terapia, a mim ajudou bastante.

          Adorei a oportunidade de conhecer este site.

        3. Nany

          Kátia, desculpe-me, pois só vi agora tua mensagem.

          Nesse meio tempo continuei passando mal… Falta de ar, coração acelerado, comendo muito e bem deprimida. Cheguei ao limite de não querer mais atender meus clientes e de ter um piripaque cada vez que o meu telefone tocava. Ver os comerciais do Banco em que trabalho já me deixava com vontade de chorar. Fui em um outro psiquiatra particular, que me afastou por 30 dias. Estou há 10 anos no Banco, nem sei como isso funciona… Segunda já vou apresentar o atestado e ver a questão da perícia… Ah, e vou iniciar terapia! Estou falida, mas um gasto necessário. Não consigo me imaginar voltando ao trabalho, mas o mesmo é meu ganha-pão e não consigo me ver em outro. Até me interesso por outras áreas mas aí vem o medo e a questão de já estar chegando aos 30 anos, e não saber fazer nada além de trabalhar em Banco.

          Quero me sentir bem. Não tenho vontade de ver pessoas, moro há 1 ano e pouco em São Paulo, e não fiz muitas amizades por aqui… Sobre a medicação, estou na fluoxetina 20 mg, e frontal 0,5 manhã, 0,5 tarde e 1 mg à noite… E tu, como estás?

          Beijos

        4. Ana

          Nany
          Caramba… Uma parceira bancária.
          Também sou bancária, vou fazer 9 anos de banco esse ano. Assim como você, tenho experiência somente em banco. Tenho 28 anos. Às vezes isso me apavora, porque não gosto de trabalhar em banco, porém é meu ganha pão e é muito difícil mudar de área a essa altura do campeonato.

          Eu fui diagnosticada com TAG em agosto/2016 e desde então comecei a tomar o Espram, 10 mg. Desde a primeira semana de uso já me senti recuperada, não tive mais nenhum sintoma, porém sinto que estou engordando. Já foram 3 quilos em 5 meses, sempre fui uma pessoa que não engordava com facilidade. Isso me preocupa bastante.

          Acredito que eu tenha chegado a esse estado de ansiedade por causa do banco (a vontade de sair, pois passei em um concurso muito bom que está demorando para chamar) e por conta de um namoro que terminou de uma forma meio fria pelo meu ex-namorado (com direito a término por whats e varias reclamações, das quais fiquei me sentindo a pior mulher do mundo por vários meses. Até hoje ainda me bate uma certa deprê, quando me lembro das coisas que ele falou).

          Hoje me sinto muito bem, ainda com um pouco de ansiedade, mas sem os sintomas fisicos, e o que posso dizer, Nany, é que procure algo diferente para fazer fora do banco. Pra mim deu certo fazer treinamento funcional e Tai Chi Chuan, para relaxar… Procure fazer algum curso na área em que você gosta pra futuramente tentar mudar de área. Não sei em que banco trabalha e como são as coisas em relação aos cargos, mas eu cheguei a pedir para mudarem meu cargo, mesmo com redução de salário, para trabalhar 6 horas e poder me dedicar a outras coisas.

        5. Nany

          Ana
          Como você está? Eu sempre trabalhei em agência, sou Gerente de Contas. E você? Além das metas, pressão, mudanças e estresse de repente tudo parou de fazer sentido. Entrei em um estado misto de depressão/ansiedade. Estou ainda de licença médica e logo devo retornar. Mas não consigo me imaginar ainda voltando. Então se eu voltar devo tentar negociar uma demissão. São quase 11 anos e é a única coisa que fiz na vida. Já me destaquei, já tive promoções, mas nunca esteve ligado realmente com a minha essência. Hoje iniciei academia (zumba), o que foi uma vitória pois sou bem sedentária e farei um curso de coaching.
          E você? Já passou no concurso, parabéns! Fique feliz por isso, logo vem a tua hora. 🙂

          Beijo grande, espero que estejas bem e que tenha uma semana excelente!

  78. Juliana

    Lu, desculpe eu te incomodar, é que estou tão nervosa, pois cada um fala uma coisa. Dizem que pode acontecer do perito não aceitar os dias dados pela minha médica, isso me deixa mais ansiosa ainda. A perícia é dia 12/12 e a minha licença acaba no dia 17/12. A empresa me pagou uns dias de trabalho e uma parte só do décimo terceiro, e disse que não vai pagar a outra parte, que o INSS é que deverá pagar.
    Fui informada que o INSS demora para pagar, que só irei receber em janeiro, passarei dezembro sem receber,e minhas contas não vou poder pagar sem dinheiro.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Como já lhe disse anteriormente, o perito irá avaliar sua real necessidade de licença ou não, mas dificilmente ele a negará. E não fique ouvindo uns e outros, pois ficará ainda mais ansiosa. Apenas aguarde o dia 17/12 tranquilamente. E mesmo que ele não dê a licença, os dias que você ficou aguardando a perícia médica serão dados como licença médica, ou seja, você não perderá nada. Fique tranquila.

      Não sei como é feito o pagamento pelo INSS. Dê uma chegadinha numa agência do órgão, ou no Ministério do Trabalho ou pergunte a um advogado. Eles lhe repassarão todas as informações. Quanto ao décimo terceiro, preste atenção:

      – Você irá receber de sua firma (do patrão) o tempo em que trabalhou na empresa. Se trabalhou 10 meses para a firma, irá receber dela relativo aos 10 meses. Como já recebeu uma parte, deverá receber a outra agora em novembro.
      – Quem pagará o período relativo à licença médica será o INSS. Se ficar 1 mês e 15 dias de licença, o seu patrão pagará 10 meses e o INSS pagará dois meses.

      Abraços,

      Lu

  79. Thalita

    Lu, esse remédio faz com que não tenhamos novas crises? Eu fico bem nervosa quando sou o centro das atenções, e se alguém olha dentro do meu olho eu já fico ansiosa… Por exemplo, se estou ansiosa e alguém vem falar comigo, dependendo da pessoa, se for alguém que eu não tenho confiança, meu coração já acelera.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thalita

      O antidepressivo tem o objetivo de estabilizar nossas emoções, melhorando nossa qualidade de vida, e de evitar que tenhamos novas crises. Com ele, essa sua exagerada timidez irá diminuir bastante. Outra coisa, a psicologia ensina que, quando conversamos com alguém, devemos olhar nos olhos da pessoa. E, ao contrário do que imagina, devemos ter receio de quem não nos olha nos olhos, pois são essas pessoas que têm algo a esconder. O primeiro ponto a levar em conta é que “ninguém é melhor do que você”, portanto, jamais tema a presença de alguém, quem quer que seja. Somos todos iguais. Pode ir botando um freio nesse seu coraçãozinho. E procure conversar com a pessoa olhando nos olhos dela, repassando sua confiança.

      Abraços,

      Lu

  80. Juliana

    Lu, minha médica me deu 30 dias em casa, a pericia esta marcada para dezembro. Caso o médico perito me dar alta eu recebo esses dias que fiquei em casa? O décimo terceiro eu recebo também,pois a empresa me disse que não vai pagar a proxima parcela.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      A sua licença vai até o dia da perícia. Não se preocupe. Se o médico der-lhe alta, terá que voltar ao serviço no dia seguinte ao da perícia (se for dia de trabalho). Receberá tudo direitinho. Não tem essa de o patrão dizer que não paga isso ou aquilo. O que manda são as leis trabalhistas. Lembre ao perito que sua licença acabou no dia X, ficando você a aguardar a revisão dele, portanto, estando sem licença nesses dias. Isso se ele não lhe der a licença. Mas acredito que ele a dará.

      Abraços,

      Lu

  81. Juliana

    Lu, estou com muito medo de passar na perícia, pois sei que a minha médica sabe o que estou passando, mas será que o perito concordará. A médica só me deu um testado com 30 dias, não me entregou mais nada e também não disse nada. Ela me passou outra medicação: pondera 10 mg. Esse medicamento é forte?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      O perito (ou perita) é também psiquiatra. Ele conhece tudo sobre transtornos mentais. Portanto, nada há para temer. O mais importante é o código que sua médica escreveu no pedido de licença. Os médicos comunicam-se através de códigos, em relação aos problemas mentais. Procure ser uma pessoa mais otimista. Seja POP! Acredite na vida! Elimine a palavra “medo” de seu dia a dia. O otimismo gera saúde. Tudo irá dar certo. Fique tranquila.

      O Pondera é um antidepressivo muito receitado, como poderá ver nos comentários. Acho que irá dar bem com ele. Não é que um antidepressivo seja mais forte do que outro, o fato é que algumas pessoas dão bem com uns e outras com outros.

      Beijos,

      Lu

  82. Juliana

    Lu, passei no meu médico e ele me deu 30 dias e trocou meu remédio Remis pelo Pondera 10 mg, pois o outro estava me fazendo mal. Como me deu mais 30 dias para começar a me adaptar com esse novo remédio, minha dúvida é se vou ter que passar pela perícia. No caso meu cid e f34, pode acontecer do perito não aceitar esse atestado e me fazer voltar ao trabalho?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Com mais de 15 dias de licença você terá que passar pela perícia do INSS, pois o patrão só tem o direito de pagar até 15 dias. Mas não se preocupe, pois geralmente a perícia aprova, principalmente em se tratando de transtornos mentais. Basta contar ao médico, direitinho, como está passando. Procure se informar onde deverá ir para marcar a perícia. Mas não demore, para não correr o risco de ficar sem receber seu pagamento.

      Cid F34 significa: Transtornos de humor [afetivos] persistentes.

      Abraços,

      Lu

  83. Lina

    Boa-tarde!
    Tenho dúvidas, pois acho que drogaram minha bebida e tive um AVC isquémico no dia seguinte. Não estava doente, pelo contrário, sentia-me muito bem de saúde física e mental, mas acho que foi uma grande maldade, para me deixarem incapacitada e poderem me dominar e manipular à vontade.
    É possível terem colocado algo na bebida? A pessoa ou criminoso que me deixou incapacitada consome drogas e trafica também muitas drogas. Já pesquisei muito e é possível a cocaína provocar um avc isquémico (lado esqº). Estou incapacitada há 9 anos, perdi muito… Mas tenho a certeza absoluta que me tentaram matar! Não posso provar. Um bem haja da Madeira.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lina

      Neste nosso mundo tão louco, tudo é possível. Assim como é possível ter um AVC isquémico de uma hora para outra, sem que se esteja doente. Aconteceu isso com uma minha amiga, ainda na flor da vida. Pela avaliação de seu sangue, o hospital poderia, à época, ter constatado se havia resquício ou não de alguma droga. De qualquer forma, como você não tem nada que comprove tal crime, caso tenha existido, o melhor é esquecer isso. O importante é que continua lúcida e inteligente, como posso observar através de seu comentário. Remoer o passado só contribui para tornar o nosso presente ruim. Portanto, viva a vida agora, da melhor forma que puder. Vejo que é uma pessoa brilhante.

      Amiguinha, agradeço a sua visita e o seu comentário. Será um prazer tê-la aqui conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Lina

        Obrigada, Lu, é isso que tenho feito: tentar esquecer, mas é complicado. De qualquer forma o criminoso já não está morando lá em casa. Fico aguardando a justiça de Deus que será feita, entretanto estou vivendo com esperança, muita esperança.
        Um abraço da Madeira.

        Lina

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lina

          O fato de esquecer esse trauma só lhe trará bem. Ainda mais que o sujeito não está mais morando em sua companhia. Tudo o que se faz de mal aqui na Terra, é aqui mesmo que se paga. Não tenha dúvidas quanto a isso. Viva sua vida da melhor maneira possível. Busque alegria e felicidade nas pequenas coisas.

          Amiguinha, você mora na Ilha da Madeira? É brasileira? Como chegou a este blog? Fiquei curiosa.

          Grande abraço,

          Lu

  84. Paloma Lopes

    Oi, Lu!
    No início do tratamento é normal a gente sentir: enjoo, dor na língua, dor de cabeça, se irritar rápido, mudar de humor, dor nas costas, dor de barriga, respiração rápida, tontura, irritação, nervosismo, ansiedade, e a qualquer momento sentir que vai ter uma ataque de novo, barriga inchada, sensação estranha, suor, calor, quando vai dormir sentir uns choques no corpo? Ultimamente eu estou assim. Ora estou bem e do nada qualquer dor me assusta, e vou direto na net ver o que é. Tudo pesquiso. Até quanto tempo a gente fica sentindo isso. Eu fico cheia de duvidas e como tenho vergonha de falar para não preocupar, eu prefiro desabafar aqui. Grande abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Faça todas as perguntas que precisar. Desabafe, pois isso lhe fará muito bem. Sim, é comum sentir tudo isso no início do tratamento e muito mais. Leia os comentários para comprovar. Esta fase irá passar, mas é preciso ter paciência. Logo aparecerá luz no fim do túnel. Muitos desses efeitos adversos são potencializados por sua ansiedade. Por isso, quanto mais calma ficar, melhor. Outra coisa, pare de ir atrás do Dr. Google, pois ele só irá confundi-la, pois alguns sites não têm a menor credibilidade. Quando precisar, contate seu médico ou retorne a ele. Para saber quais são os sintomas comuns ao medicamento, leia sua bula. E veja com atenção quando deverá procurar o médico. Mas leia com calma. Vejo que a sua ansiedade está muito alta, podendo levá-la a uma crise de pânico. Quanto estiver assim, tome um banho morno para relaxar o corpo e passe um hidratante bem cheiroso. Um chazinho de camomila ou um suco de maracujá também são ótimos.

      Beijos,

      Lu

      1. Sii

        Lu, como sempre venho recorrer a você! Estou passando por um grande problema, que me deixa sufocada com vontade de chorar.

        Vai fazer dois anos que me casei, e meu esposo é um anjo que Deus colocou em minha vida. Depois de seis meses de casados, resolvemos engravidar, minha filha nasceu é linda e saudável, só que minha mãe se mete muito no meu casamento e na criação da minha filha, vive me estressando, e moro ao lado da casa dela.

        Temos uma relação conflituosa o tempo inteiro, e comecei a tomar antidepressivo devido a não suportar tanta pressão psicológica, pois quando estava grávida ela vivia enchendo minha cabeça, com medo da criança nascer com microcefalia. Em todas as consultas e ultrassons ela ia comigo. Sei que queria e quer o meu bem, mas isso me deixou impressionada demais. Eu vivia na internet pesquisando, comparando ultrassons, e isso me deixou muito sobrecarregada, tanto que na minha cesariana tiveram que colocar calmante no meu soro. Mas o fato é que depois que minha filha estava com três meses de nascida desencadearam as crises de ansiedade.

        Minha mãe nem sabe que tomo esse remédio( oxalato de escitalopram), pois é muito preconceituosa, se souber vai me chamar de doida. Passo o dia todo no trabalho e coloquei minha bebê em uma creche particular, só que com o convívio com outras crianças é inevitável não adoecer, está gripadinha no caso. Então ela quer que eu tire a bebê da creche pra ela olhar. Eu tirei por uma semana, só que ela vive reclamando, dizendo pra eu arrumar uma pessoa, se eu arrrumo uma pessoa, ela diz que não é pra eu colocar gente estranha dentro de casa, ela passa o dia me ligando dizendo que a menina está muito mal, que tenho que levar pro hospital. Quando chego lá, a menina está sorrindo. Ela entra na minha casa, me esculhamba de todo nome, fico só ouvindo, não discuto. Aí que ela fica zangada. Estou com medo do meu casamento acabar. Então vivo num turbilhão de emoções. Desse jeito não existe remédio que resolva. Me ajude, estou aqui em lágrimas…

        Abraços!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          O relacionamento entre mães e filhas foi, quase sempre, muito conturbado, principalmente quando elas são possessivas e mandonas como a sua mãe, que exige que você volte no tempo para viver a vida dela. Pelo que pude perceber através de seu depoimento, sua mãe está precisando de uma terapia urgentemente. Ela está mentalmente doente e já nem tem percepção de suas ações, achando que tudo é normal.

          Sii, não é o fato de você ser filha que precisa aturar todos os abusos de sua mãe. Precisa botar limites em tudo isso. Caso contrário irá ficar doente e perder seu marido. O ideal é que mudasse para longe dela. Não sendo isso possível no momento, tome, urgentemente, um posicionamento relativo a esse desrespeito por parte dela:

          1. Diga-lhe que, apesar de ser filha, você exige respeito por parte dela. Que quer ter uma amiga com quem contar nas horas boas e difíceis, mas não uma chefe cruel.
          2. Que não aceita interferência na criação de sua filha. Que ela já teve sua vez, mas que agora é o seu momento. Que sabe que cometerá muitos erros, mas será assim que irá aprender.
          3. Que sua criança irá continuar na creche, conforme desejo seu e de seu marido.
          4. Que não aguenta mais os sermões dela, a ponto de ter que buscar ajuda médica, pois está perdendo o equilíbrio.
          5. Que está correndo o risco de perder seu marido, em razão do comportamento abusivo dela, pois está interferindo em sua intimidade.
          6. E que irá se mudar, caso as coisas não se resolvam, pois a ama muito como mãe, mas não está aguentando ser tão maltratada por ela.

          Sii, caso ache que ela não escutará, enquanto você fala, escreva-lhe uma carta. Não seja ríspida. Fale com a maior delicadeza possível, mas fale suas verdades. Liberte-se da tutela de sua mãe.

          Você e seu marido dependem de sua mãe? Tem pai ou irmãos? Converse com eles sobre o que está vivendo. Não engula suas emoções. Levante sua cabeça e aja com uma pessoa séria e competente. Dê um basta nessa situação.

          Abraços,

          Lu

        2. Sii

          Oi, Lu! Obrigada pela sua resposta!

          Eu morava de aluguel, mas como minha mãe tinha a casa grande, resolvemos dividir no meio, moramos parede e meia, como se fala. Não posso financiar uma casa, pois meu marido já tem o nome comprometido em outro imóvel, pois ajudou a mãe dele a comprar um. Resumindo só posso comprar um apartamento, se eu me divorciar dele. A solução que teve foi morar ao lado da minha mãe. E eu ja investi muito na casa, reformei tudo. Ficou como eu queria. Então a casinha está aconchegante, só que não tenho privacidade alguma com meu esposo. Quando saio com ele e minha filha pro shopping, se eu demoro, ela fica me ligando, dizendo que está tarde, que a menina tem que dormir, tem que comer.

          A minha irmã, como lhe falei uma vez, sofre de bipolaridade, faz tratamento, até já tentou o suicídio, tomando vários vidros de rivotril, devido a uma briga que teve com minha mãe. A médica que consulta a minha irmã disse que ela tinha que evitar discutir, poisminha mãe tem problemas psiquiátricos também, só que não aceita tomar a medicação. Na cabeça dela, ela não tem nada. Ela vive se intrigando comigo, passa semanas sem falar, passa por mim e finge que não me conhece. Meu marido fica horrorizado com tudo isso, disse que nunca viu mãe se intrigar com filhos. O único jeito era se eu saísse de lá, mas estaria jogando tudo pro alto, até o amor de mãe e filha. Mas a minha saúde mental está em risco.

          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          Há momentos em nossa vida em que todos os caminhos parecem estar fechados, mas isso não é verdade, pois há sempre uma janelinha a jogar-nos luz. Pense que se trata apenas de uma fase de sua vida.

          Pelo seu relato ficou claro que sua mãe sofre de algum transtorno mental. É uma pena que ela não aceite fazer um tratamento, pois além de prejudicar a própria vida, ainda prejudica a dos outros. O ideal, diante de sua impossibilidade de mudar, seria modificar-se em relação à sua mãe, ou seja, não dar muita importância ao comportamento dela, sempre se lembrando que não se encontra bem de saúde. Faça como os mineiros dizem: “a conversa entra por um ouvido e sai pelo outro”.

          Sii, na impossibilidade de haver mudanças no comportamento de sua mãe, elas deverão partir de você. Torne-se forte, estabilize seu emocional, não dê importância ao comportamento desequilibrado dela. Não há como medir forças com quem se encontra doente e não se trata. Seria pura perda de tempo. Você não pode levá-la a sério. Deixe que fale, que lamente, que reclame e continue fazendo as coisas do seu jeito. Siga o conselho que a médica deu à sua irmã. Quanto mais vulnerável você ficar, mais faz o jogo dela, mais se desequilibra e mais mal faz a seu marido, a sua filhinha e a si mesma. Fortaleça-se! Não permita que chantagens incomodem-na. Somente você poderá salvar a sua saúde mental. Pense nisso. Lembre-se de que os problemas têm o tamanho da importância que damos a eles. Passe a dar menos importância ao comportamento de sua mãe. Apenas isso!

          Beijos,

          Lu

      2. Fabiola

        Que saudade deste blog, que me ajudou tanto! Hoje já faz uns 9 meses que uso esse remédio, e graças a Deus estou ótima. Voltei a minha vida de trabalho e creio que cada um aqui vai ficar bem como eu.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Fabíola

          Que bom recebê-la com tão boas notícias. O seu comentário servirá de incentivo para muitas pessoas que se encontram na fase inicial do tratamento. Quero convidá-la para conhecer outras categorias do blog, incluisive ARTE DE VIVER. Procure no ÍNDICE GERAL.

          Um grande beijo,

          Lu

    2. Juliana

      Oi, Lu!
      Ultimamente tenho me sentido muito irritada,com palpitações no coração. Meu cargo é muito estressante, sou inspetora de alunos, e não tenho
      tido paciência. Estou muito estressada, não estou conseguindo trabalhar. Minha médica me indicou o oxalato de escitalopram e amato à noite, mas ao ler a bula senti medo das reações do remédio. Ajude-me ajuda!

      1. Juliana

        Olá, Lu!
        Já não sei o que fazer, não estou conseguindo ir trabalhar por causa dessa angústia. Eu me sinto desesperada e com muitas palpitações, não consigo nem dormir. Será que consigo um afastamento pelo INSS?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Você precisa iniciar o tratamento, tomando o antidepressivo que lhe foi receitado. Essa angústia só irá passar com o uso do medicamento. Enquanto não criar coragem, irá ficar assim. Peça a seu psiquiatra um atestado para 15 dias. Com esse período não precisará recorrer ao INSS. Mas terá que fazer o tratamento, senão nada será resolvido.

          Amiguinha, quando comentar, use caixa baixo (letras minúsculas). Certo?

          Abraços,

          Lu

        2. Nany

          Oi, Juliana!
          Eu me identifiquei com o teu caso! Tenho taquicardia, fico extremamente irritada, tenho falta de ar, não tenho vontade de me arrumar, nem ânimo para ir trabalhar, e além do mais tenho descontado muito na comida… Trabalho com cliente, sou gerente de contas de um Banco e sinto que cheguei no meu limite. Como você esta? Você vai se afastar pelo INSS? Eu penso muito nisso, mas me cobro muito, sinto culpa, mas ao mesmo tempo tem sido cada dia mais insuportável. Já cogitei pedir demissão, mas são 10 anos de empresa, eu perderia bastante.

      2. LuDiasBH Autor do post

        Juliana

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, é fato que todos os antidepressivos trazem efeitos adversos, mas que passam entre duas a três semanas. Ao final vale a pena passar pela fase ruim, pois a vida fica bem mais equilibrada depois. Portanto, não se preocupe com as reações ruins. Veja quantas pessoas, inclusive crianças e idosos, tomam antidepressivos.

        As pessoas ligadas à Educação neste nosso país são as maiores vítimas de estresse. Uma pesquisa demonstrou que mais de 90% dos educadores sofrem de algum transtorno mental. É uma classe sofrida e mal paga. A maioria toma antidepressivos. Portanto, Ju, deixe seu medo de lado e inicie logo o seu tratamento. Quanto mais cedo começar, menor é o seu sofrimento. Aguardo um comentário seu, dizendo-me que deu início a seu tratamento.

        Beijos,

        Lu

        1. Juliana

          Oi, Lu!
          Obrigada pela resposta. Eu procurei uma psiquiatra e como não estava ainda me sentindo bem, ela me deu 10 dias em casa, porém ainda não me sinto melhor. Comecei a tomar os remédios mais ainda não consigo sair de casa, tenho medo de pedir mais 15 dias para minha médica e ela achar que estou de brincadeira ou frescura de para ir trabalhar. O que faço?

        2. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Você precisa voltar a sua médica e conversar com ela. A licença médica é um direito de todo trabalhador que se encontra doente. Não tem que ter medo de expor suas necessidades, pois, mais do que ninguem, o psiquiatra sabe o que ocorre com as pessoas que passam por estresse ou algum tipo transtorno mental. Diga-lhe que ainda sente medo de sair de casa, e que se sente pior do que antes de começar o tratamento.

          Ju, o antidepressivo demora cerca de 3 semanas para começar a mostrar os efeitos positivos. Nesse período, algumas pessoas passam muito mal, precisando de licença médica. Isso é muito comum. Eu sei que até 15 dias a pessoa recebe do patrão, se trabalha num emprego particular, mas depois depois de 15 dias é com o INSS. Informe-se direitinho em seu serviço ou com sua médica.

          Beijos,

          Lu

        3. Juliana

          Boa-noite, Lu!

          Eu vou pedir à médica uns dias, até o remédio começar a me ajudar, e eu conseguir enfrentar tudo isso, sei que preciso desses dias para me tratar, mas o que me incomoda é pensar que após a minha volta ao trabalho, posso ser mandada embora, pois a empresa em que trabalho não tolera muito atestado. E pra ajudar, as pessoas com quem trabalho ficam me mandando mensagens dizendo que meu chefe está bravo por minha ausência, porque estamos com problema de falta de funcionários. Logo as mensagens chegam bem ameaçadoras, que ele vai me demitir, e isso só agrava meu estado de saúde. Tentei retornar ao trabalho, mas dá um desespero, achei que teria um infarto de tanto que batia meu coração. As pessoas pensam que é frescura, mas só quem passa por isso para poder entender.Quanto aos remédios, tenho sentido dor de cabeça e enjoos, mas percebi pelos relatos aqui que é normal.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Essa fase ruim irá passar e logo você poderá voltar a seu serviço. É na sua saúde que deve centrar sua atenção. Mas não deixe de dar uma satisfação a seu chefe, ligando para ele e dizendo como se encontra. Diga-lhe que está ansiosa para voltar ao serviço, mas o remédio que está tomando traz reações muito fortes, com enjoos, dor de cabeça e tonturas, mas que a médica disse que efeitos só acontcem no primeiro mês de uso do antidepressivo, pois depois o organismo acostuma-se com ele. Tenho a certeza que seu chefe irá ficar sensibilizado com a sua atenção. Os chefes gostam de ser considerados.

          Não se importe com o que as pessoas pensam. Ninguém consegue mudar o mundo. Os enjoos e dores de cabeça são normais em relação aos efeitos do antidepressivo. Assim que passar essa fase ruim, você ficará ótima. E poderá trabalhar dando o melhor de si. Mas não se esqueça de, ao tirar nova licença, comunicar-se com seu chefe. Ninguém trabalha doente.

          Abraços,

          Lu

        5. Sii

          Oi, Lu!
          Consegui falar com minha médica e ela aumentou a dose para 15 mg de Exodus (Oxalato de escitalopram) e 0,25 mg de Rivotril sublingual, pra quando eu tiver crises de ansiedade. Disse que eu tive no dentista uma crise, que não tem nada haver com a anestesia e é pra eu continuar com a terapia. Será que com o aumento da dose de 10 para 15 mg, irei sentir os efeitos adversos de novo? Posso tomar o antiflamatório Cataflam, pois estou com a garganta inflamada? Já e comecei a tomar hoje pela manhã, pois eu sempre acordava com a cabeça pesada. Espero que eu fique mais disposta durante o dia.

        6. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          A sua médica confirmou o que eu havia lhe dito sobre não ter nada a ver com a anestesia dada pelo dentista. Algumas pessoas costumam sentir efeitos adversos na mudança da dosagem, enquanto outras nada sentem. Isso é muito relativo.

          Amiga, eu tenho tomado anti-inflamatório sempre que necessito, sem nenhum problema, mesmo tomando oxalato de escitalopram. Já tomei de diversas marcas. Melhoras para você!

          Abraços,

          Lu

  85. Edilma

    Boa-noite, Lu!
    Eu estou aqui cheia de dúvidas e angústias. Como já havia dito, faz dois meses que eu comecei a fazer o tratamento com oxalato. Só que no primeiro mês eu usei um medicamento de um fabricante, senti muitos enjoos, dores de cabeça e outros efeitos colaterais. No mês seguinte mudei para outro fabricante e não senti nada, quando foi este mês tive que comprar do primeiro; e aí voltou tudo de novo e até pior, pois ontem tive uma crise de ansiedade com uma queimação nos braços, enjoo, tonturas e falta de ar. Lu, é comum quando fazemos esta mudança de fabricante termos estes tipos de problemas?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Os sintomas adversos que você sentiu no primeiro mês são relativos ao início do tratamento. Todos os antidepressivos possuem efeitos colaterais, que podem ser mais fortes ou mais leves, de acordo com cada organismo. Portanto, os efeitos sentindos inicialmente estão dentro da normalidade, sem nenhuma correlação com o laboratório.

      Não houve aumento da dosagem nesse último que comprou? Estou achando estranho isso, pois sempre compro o mais barato, dos mais diferentes laboratórios e nunca senti diferença alguma. Nâo é comum acontecer isso quando se faz esse tipo de mudança. Assim como eu, muitas pessoas compram sempre o que estiver mais em conta, embora certos médicos queiram que se compre o mais caro, importado.

      Meu médico escreve apenas o nome da substância (oxalato de escitalopram), podendo eu comprar o medicamento de qualquer laboratório. Poderia me dizer de qual laboratório foi, para eu ver se já tomei dele? Pode ser também que haja necessidade de fazer mudanças na dosagem. Continue fazendo uso do medicamento, mas observe como estão suas reações. Se estiverem muito fortes, principalmente a falta de ar, comunique-se com seu médico. Não acho que seja resultado do laboratório, pois eles possuem regras a cumprir. Compare as bulas. Aguardo notícias suas.

      Beijos,

      Lu

      1. Edilma

        Oi, Lu!
        O primeiro que eu tomei é da Medley, o Eficentus. E outro é da Eurofarma. Agora deixa eu lhe explicar direito o que aconteceu: às vezes quando como alguma coisa salgada, minha pressão costuma subir um pouco! E foi o que aconteceu neste dia: Minha pressão subiu e eu estava sozinha com minhas duas filhas em casa. E fui ficando nervosa e aí meus braços começaram a esquentar e a adormecer e quanto mais nervosa, pior fui ficando. Depois foi que eu me dei conta do que estava acontecendo. Então ao certo não sei se foi reação do remédio ou se foi uma crise de pânico.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edilma

          Já tomei antidepressivos dos dois laboratórios. No momento, inclusive, tomo o da Eurofarma, que costuma ser o mais em conta. O que lhe aconteceu foi mesmo um ataque de pânico, em razão da ansiedade excessiva. Não existe outra explicação. Portanto, nada a ver com o medicamento. Fique tranquila!

          Amiguinha, saiba que os problemas possuem o tamanho que nós damos a eles. No caso de a sua pressão subir, a primeira coisa a fazer é se deitar e ficar quietinha. Você poderia ter telefonado para alguém ou chamado uma vizinha. O desespero só faz aumentar o problema. Procure trabalhar melhor suas emoções. E se sabe que a sua pressão sobe com facilidade, evite comer alimentos salgados. O estado de ansiedade, quando não controlado, também faz disparar a pressão e os batimentos cardíacos. Manter a calma é sempre importante.

          Beijos,

          Lu

        2. Sii

          Oi, Lu!
          Seus comentários são tão positivos que parece que você convive com todos nós! Vou fazer o que me falou em relação minha mãe.

          No dia em que briguei com minha mãe, começei a sentir novamente uns picos de ansiedades, um gelo na barriga, no mesmo dia fui ao dentista e comecei um tratamento de canal, informei a ele que estava tomando (oxalato de escitalopram 10 mg) há dois meses, só que canal é bem demorado. Quando eu estava na cadeira do dentista, de reprente me veio um pânico absurdo, achei que iria correr da cadeira, fiquei muito mal, comecei a rezar muito, e a todo momento eu sentia pânico e meu corpo esquentando. E ele teve que dar anestesia a todo momento, pois o dente não estava querendo pegar anestesia. Será que era devido ao escitalopram? No dia seguinte passei muito mal com crises de ansiedade intensa, comecei a sentir tudo novamente, era como se eu estivesse começado a medicação do zero, pensamentos ruins, fiquei pensando que eu tinha morrido e que era minha alma que estava andando dentro de casa, esquentamento pelo corpo inteiro, vontade de chorar, coisa que eu nunca tinha sentido nem antes de tomar a medicação. E minha médica está de férias. Eu acho que a anestesia cortou o efeito do Exodus, ou então houve interação medicamentosa. O que devo fazer, já que nessa semana terei que ir novamente ao dentista. Estou sem chão e bem preocupada, nervosa, com medo, com diarreia e tensa. Me ajude!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          Nada a ver com a anestesia. Eu tomo o mesmo medicamento e uso anestesia em meu tratamento dentário. Nunca me aconteceu absolutamente nada. Todo o problema adveio de seu estado emocional, em virtude das crises com sua mãe. Você se encontrava com os nervos à flor da pele, muito desequilibrada e ansiosa, o que resultou numa crise de pânico.

          Sii, o efeito do antidepressivo é acumulativo, pois o medicamento fica no seu organismo durante duas semanas, ainda que o pare de tomar. Não existe isso de cortar o efeito. Certo? Tampouco houve interação medicamentosa. Era seu desequilíbrio emocional, mesmo. Ainda assim, avise para o seu dentista que toma o oxalato de escitalopram. E vá fazer seu tratamento numa boa. Quando sair de lá, tome um sorvete bem gostoso. Amiguinha, a nossa mente é muito criativa, não deixe que a sua comande sua vida, criando coisas bizarras. Ponha freio nela… Risos.

          Após o dentista, escreva-me.

          Beijos,

          Lu

      2. Juliana

        Oi, Lu!

        Já comecei a tomar os remédios e tenho sentido enjoos e dor de cabeça, além dessas reações adversas estou preocupada com o afastamento médico, pois a empresa não gosta de receber muitos atestados, pois já estamos com a falta de funcionários.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Parabéns por ter criado coragem para iniciar o tratamento. Lembre-se de que até crianças fazem uso de antidepressivos. Quanto à empresa, siga os conselhos que lhe dou no outro e-mail.

          Beijos,

          Lu

    2. Juliana

      Obrigada pela resposta. Meu chefe não quer saber de ninguém, é uma pessoa extremamente fria, gosta de humilhar as pessoas, e tem parte na situação em que me encontro, por causa da pressão que criava em mim, me deixou mais triste ainda. No caso eu tirei 10 dias, e após os 10 dias eu não retornei ao trabalho, retornarei a minha medica. Na terça, se ela me conceder mais um atestado de 10 dias, vou cair na perícia não é? A perícia pode negar o meu atestado?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Juliana

        Não acredito que a perícia recuse o seu atestado médico, dependo do que sua médica escrever, alegando como se encontra seu estado de sáude. Penso que se ela lhe der mais cinco dias, não haverá necessidade de ir à perícia. O INSS só interfere quando são mais de 15 dias. De qualquer forma, informe-se com ela.

        Abraços,

        Lu

        1. Juliana

          Obrigada mais uma vez pela compreensão. Ela me colocou um cid f34 e transtorno de humor, gerado por estresse que é o meu caso, por isso não sei se o perito vai permitir esse afastamento, por não ser uma depressão grave. Eu tirei 10 dias e não voltei a trabalhar. Vou pedir mais uns dias ao meu médico, mas tenho medo de cair na perícia e ser negado o atestado. Ainda sinto tonturas e dor de cabeça constante.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Se você pegar mais cinco dias não precisará de passar pela perícia, pois até 15 dias a licença é por conta do patrão. Fique tranquila. Irá dar tudo certo.

          Abraços,

          Lu

  86. Paloma Lopes

    Oi, Lu!
    Respondendo sua pergunta anterior, eu tomei o Oxalato por 5 meses quase, porém meu corpo tremia muito, e me sentia muito tensa, nervosa, ansiosa, sentia que iria ter um ataque a qualquer momento, e qualquer dor me assustava. Meu médico aumentou a dosagem, porém me senti pior. Ele decidiu trocar a medição. Já faz duas semanas que tomo a nova medição, no começo passei muito mal com crises de choro, sensação de morte, coração acelerado, enjoo, tontura, medo de dormir e não acordar mais, mas graças a Deus parece que está passando. Faz 3 dias que só sinto uns desconfortos. Estou me sentido menos ansiosa, menos tensa, mais leve e solta, com mais racionalidade. O tratamento sei que é longo, mas como você mesmo disse, temos quer ser POPs (pacientes, otimistas e persistentes), também sei que recaídas podem aparecer no caminho.

    Lu, você não tem noção como sua página está me ajudando. Eu estou lendo cada comentário e vejo que não estou só nesta longa batalha. Pode deixar que sempre vou estar aqui escrevendo, pois me faz bem escrever e ler os outros depoimentos.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Quando o organismo não se adapta a um antidepressivo, depois de um tempo de experiência, é necessário mudar para outro. Isso é muito comum no universo dos transtornos mentais. É bom saber que você está se adaptando à nova substância. Passada essa fase dos efeitos adversos, nem mesmo se lembrará de que toma um antidepressivo. Portanto, amiguinha, continue POP, pois é com otimismo que vamos seguindo em frente. O início é mesmo muito difícil, mas valerá a pena todo o sofrimento, ao notar, um tempo depois, como a sua qualidade de vida melhorou.

      Será um prazer contar com a sua presença aqui neste cantinho, onde formamos uma grande família. E onde ninguém se sente só. Somos todas e todos excelentes guerreiros. Juntos somos fortes!

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Luciana

      Olá, Lu!
      Estou fazendo o uso do Oxalato de escitalopram porque tenho bulimia, e uso também o zolpiden porque tenho insônia. A bulimia me faz muito mal, sofro com isso há muitos anos não sei mais como lidar com essa doença, mas com essa medicação ela me faz esquecer um pouco da ansiedade de comer e depois jogar fora. Tenho notado melhoras, mas não está sendo fácil, pois esse medicamento faz com que eu durma muito. Há dias em que nem vontade de levantar da cama eu tenho, é um desânimo total.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Luciana

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

        Amiguinha, o passo mais importante você já deu, que foi o de procurar ajuda médica, pois a bulimia é um transtorno alimentar que deve ser levado a sério, pois debilita o organismo, desarmonizando-o. A Ciência vem avançando cada vez mais no campo cerebral, de modo que novos remédios chegam ao mercado para ajudar-nos em nossos transtornos, quaisquer que sejam eles. O importante é acreditar e continuar em frente. Sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Tenho a certeza de que você irá vencer. Acredite!

        Luciana, todo antidepressivo possui efeitos adversos. As reações são de acordo com o organismo de cada pessoa. Algumas passam a ter insônia e outras a dormir demais. Se está dormindo muito com o oxalato de escitalopram, por que não suspende o zolpiden? Não ficou claro para mim se é o zolpiden ou oxalato de escitalopram que está fazendo com que durma em demasia. A que horas toma o antidepressivo? Aguardo novas informações.

        Abraços,

        Lu

        1. Sii

          Oi, Lu!
          Tire-me uma dúvida: às vezes sinto falta de concentração no trabalho, estou trabalhando no computador e fico parada, olhando, pois me dá um branco no que estou fazendo. Acho muito ruim esse esquecimento derrepente. Isso é normal, será que vai passar? Tenho medo de me prejudicar no trabalho, pois tenho certeza que é devido à medicação (oxalato de escitalopram 10 mg, tomo há dois meses). Antes não era assim. E o fato de estar sentindo essa falta de concentração e de ficar tentando lembrar o que estava fazendo me deixa apreensiva e ansiosa, me dá um gelo na barriga. O que você acha?

          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Sii

          O mundo agitado em que vivemos já contribui para isso. Hoje lidamos com muitas informações e fazemos inúmeras coisas ao mesmo tempo. As preocupações são muitas, de modo que o pensamento fica pulando de um local para outro. O chamado “branco” muitas vezes pode ser fruto do estresse, ou do excesso de responsabilidade. É como se a mente tirasse o seu descanso por conta própria. O antidepressivo, no início, também pode contribuir para isso, mas a sua função primordial é equilibar o corpo, portanto, logo esse efeito adverso passará. Dê um tempo maior para que seu organismo acostume-se com a nova substância. Não há motivo para preocupação. O meu médico receitou-me “ginkgo biloba” para a memória. É um remédio natural. Leia mais sobre ele. Veja também se não está fazendo muitas coisas ao mesmo tempo.

          Abraços,

          Lu

  87. Rozana

    Olá, Lu!
    Que bom ter o Vírus da Arte e poder falar como estamos com a medicação. Estou no 13º dia, mas ainda com vontade de chorar, pior do que estava. Tomo 10 mg de oxalato de escitalopram e 10 mg de zolpiden, e ainda não consigo dormir sem o zolpiden. Tenho 57 anos e minha filha trabalha. Estou sozinha, e ainda não consigo ir trabalhar, preciso fazer terapia e acupuntura, espero melhorar, e com certeza irei. Quero voltar a minha vida de antes.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rozana

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, passando pelos efeitos adversos, que na maioria das vezes demoram cerca de duas a três semanas, e é por isso que está se sentindo tão mal, bem pior do que antes de começar o tratamento. Trata-se da luta de seu organismo para não aceitar o medicamento. Mas logo isso passará, vindo a fase boa. E é claro que você irá ficar ótima, como eu que também tomo o oxalato de escitalopram. O zolpidem é para ajudá-la a dormir, pois muitas pessoas sentem insônia, no início do tratamento. Procure só tomá-lo quando sentir que não irá dormir. Para ajudar a atrair o sono, tome um banho morno antes de deitar-se e um copo de leite, também morno. Durante o dia faço uso de chá de camomila (três xícaras ao dia), sendo a camomila ideal aquela que a gente compra sequinha e ainda com uma florezinhas.

      Você não está mais sozinha, pois acabou de encontrar-nos. Venha sempre aqui conversar conosco ou ler os comentários dos membros de nossa grande família. O Vírus da Arte estará sempre de braços abertos para recebê-la.

      Grande abraço,

      Lu

  88. Paloma Lopes

    Lu, pouco tempo atrás vivia na emergência pensando que iria morrer de ataque cardíaco. Fazia vários exames e nunca dava nada. Todos os médicos me diziam para procurar ajuda profissional( psiquiatra), mas não queria aceitar isso, pois tinha aquele preconceito que é só para pessoas especiais. Na ultima vez que fui à emergência vi minha mãe chorando escondido, e isso me partiu o coração. Nesse mesmo dia uma médica muito gente fina falou para mim “Você não tem nada orgânico”, e explicou direito sobre meu diagnóstico. O primeiro passo foi aceitar essa doença, mal do século. Depois que a aceitei fui pro segundo passo, que foi ajuda com o psiquiatra. Ele me passou o oxalato de escitalopram de 5 mg para iniciar, e depois aumentou para 10, 15 e 20 mg. Porem não estava me sentido muito bem: sentia e sinto tremor, coração parece que vai sair pela boca e outros sintomas. Na última consulta ele trocou a medicação para VENLAXIN. No começo me deu várias crises, pois ele mandou tomar escitalopram 0,5 e venlaxin 35. É normal tomar dois no mesmo dia? Ontem eu já não tomei o escitalopram e comecei a tomar venlaxin 70 e a tarde nesse mesmo horário passei muito mal. Minha irmã disse que é normal, pois meu organismo estava acostumado com a medição. Isso é verdade? Eu fico muito assustada e morro de medo de morrer a qualquer momento. Eu lhe agradeço do fundo do meu coração se responder.

    Muito obrigada e que Deus abençoe você.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paloma

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, quando se faz vários exames e constata que dão todos negativos, o problema encontra-se em outro lugar, como bem explicou a médica. E quanto mais cedo buscar ajuda do psiquiatra, menor será o sofrimento. O fato de aceitar que tem trantorno mental e saber que o nosso cérebro também adoece, já é meio caminho andado. Parabéns por ter caminhado nessa direção, pois não irá mais assustar sua mãe e sofrer desnecessariamente.

      Paloma, todos os antidepressivos trazem em seu bojo efeitos adversos. E o médico não sabe, no início, com qual deles o paciente irá melhor se adaptar. Por isso é que se sofre tanto, até encontrar aquele antidepressivo que melhor se adequa ao organismo. Você não me disse quanto tempo ficou tomando o oxalato de escitalopram, que é hoje um dos mais indicados.

      Quando se muda de um antidepressivo para outro, não sendo as substâncias incompatíveis, pode sim, fazer a transição, tomando os dois ao mesmo tempo, diminuindo aquele que irá sair. Portanto, confie no seu médico e siga direitinho a prescrição dada por ele. Ao passar a tomar um novo antidepressivo, você pode, sim, sentir seus efeitos adversos, que normalmente passam com duas a três semanas. Não há nada de anormal nisso. O importante é que sempre mantenha seu médico informado sobre os efeitos ruins do medicamento, principalmente na fase inicial do tratamento. Esse medo de morrer é comum a todos, no início, mas ele não procede. Fique tranquila. Logo estará ótima, e nem se lembrará dessa fase ruim de adaptação. Muitas vezes é preciso diminuir ou aumentar a dosagem, ou até mesmo tomar um tranquilizante junto. Por isso é importante que o profissional acompanhe-a nos dois primeiros meses.

      Gostaria que viesse sempre nos contar como anda o início de seu tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

  89. Gustavo Cunha

    Olá, Lu!
    Estive pesquisando um pouco sobre o uso de dois medicamentos ao mesmo tempo, pois minha avó tem o costume de tomar o escitalopram juntamente com o diazepam, e ela se queixa de nao sentir os efeitos do diazepam, gostaria de saber se um corta o efeito do outro, e se ela deveria tomar em horas diferentes esses medicamentos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gustavo Cunha

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, o diazepam é apenas um tranquilizante, que muitas vezes acompanha o uso do antidepressivo no início do tratamento. O ideal é usá-lo apenas quando a pessoa sentir necessidade. Se a sua avó não precisa dele, não há porque usá-lo. E se ela o toma para dormir, deve usá-lo um pouco antes de deitar-se. Faz muito tempo que sua avó faz uso de antidepressivo? Por que toma tranquilizante?

      Abraços,

      Lu

      1. Gustavo Cunha

        Minha vó é muito ansiosa e, por isso, o médico receitou o escitalopram. Agora o diazepam é pra ela dormir mesmo, pois sente dificuldade de dormir, porém ela toma uns 3 ou 4 comprimidos e não faz efeito. Já toma o diazepam há bastante tempo e não sei se por acaso ela seguiu exatamente a prescrição médica. Será possivel que o organismo dela tenha se acostumado com o medicamento?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Gustavo

          A maioria das pessoas toma o antidepressivo de manhã. Não sei no caso dela. Mas se toma o diazepam à noite, uma meia hora, mais ou menos, antes de deitar-se, está tudo certinho. Pode ser que a dosagem esteja fraca para ela. O ideal é que conversasse com o psiquiatra que a atende, que pode, inclusive, mudar para outro calmante diferente. Fale-lhe também para tomar um copo de leite morno ao deitar-se, que ajuda muito. Durante o dia, chá de camomila, pelo menos três xícaras, também ajuda a relaxar. O ideal é a camomila que vem com as florezinhas.

          Abraços,

          Lu

  90. Luana

    Lu, estou tomando escitalopram faz 2 semanas e ainda sinto enjoo, isso e normal?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luana

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o enjoo é normal, sim. Trata-de de um dos efeitos adversos do medicamento. Normalmente desaparece dentro de três semanas. Fique tranquila e continue seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Valdeci Antônio

        Olá, Lu!
        Estou passando por algo diferente depois do término de um namoro de 5 anos. Fico triste, meu coração dói e dispara, a boca fica seca, e às vezes a visão turva. Eu como chocolate amargo e melhoro, fico alegre e nao sinto mais nada. Só que nao posso ficar comendo chocolate até essa fase passar. Alguém me indica algum médico ou remédio que substitua o chocolate.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Valdeci Antônio

          Bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, um namoro de cinco anos indica que foram muitos os momentos compartilhados. Posso imaginar o vazio que ficou em sua vida, ao distanciar-se de uma companheira de tantos anos. É mais do que natural que sinta a separação. Para ajudá-lo, faça uma lista com todas as coisas positivas que o namoro proporcionava e uma com as negativas. Se as primeiras forem bem superiores, jogue o orgulho de lado e tente reatar o namoro, mas se as segundas dominarem, alegre-se com o fato de ter saído de uma relação que poderia torná-lo infeliz, deixando o caminho livre para alguém muito especial, que irá aparecer a qualquer momento.

          O que você está sentindo é angústia. O chocolate amargo realmente tem a propriedade de melhorar o nosso humor. Se soubesse que a fase duraria pouco, poderia continuar comendo seu chocolate, que faz muito bem à saúde e muito mal ao bolso, uma vez que o amargo é bem mais caro, embora sejo o melhor. Quanto mais amargo, melhor para a saúde. Poderá também comprar cacau em pó (farmácia ou lojas de produtos naturais) e tomar com leite. Fica mais em conta.

          Valdeci, o seu transtorno é traumático, ou seja, advém de um momento ruim que está vivendo. E não tardará a passar. Se achar que os sintomas estão difíceis de aturar, consulte um psiquiatra ou mesmo um clínico geral. Penso que não há necessidade de usar um antidepressivo, mas apenas um calmante fitoterápico para ajudá-lo a vivenciar sua dor. Pode também mudar o seu ritmo de vida, saindo mais com os amigos, fazendo caminhadas, etc. Escrever aqui no blog, contando-nos como está passando por essa fase é também muito saudável. Faz bem botar para fora os nossos sentimentos.

          Um grande abraço,

          Lu

  91. Natalia

    Olá, Lu!

    Fui diagnosticada com Tag (transtorno da ansiedade generalizada) e a psiquiatra me receitou escitalopram 10 mg diariamente e alprazolam 1 mg somente quando eu tiver crise, além da psicoterapia. Pelo que tenho visto, quem toma alprazolam, toma diariamente e não nesse formato indicado a mim. Outro ponto que me deixou receosa, é que o medicamento causa dependência. Esses medicamentos foram receitados, pois tenho uma ansoedade muito forte, quando tenho crise, entro em desespero, literalmente em pânico. Mas não sei se o medicamento alprazolam vai me ajudar nesse caso somente de crise, e se vai me causar dependência dessa maneira.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, cada comentário aqui retrata um caso diferente, tendo o psiquiatra, após ter conhecido o histórico do paciente, dado-lhe uma medicação específica. Portanto, que não seja essa a sua preocupação. Tome a medicação em conformidade com a indicação de sua psiquiatra. Ela tem conhecimento e responsabilidade para agir da melhor maneira possível. Gostaria de lembrar-lhe que todo antidepressivo causa efeitos adversos no início do tratamento, mas que após duas a três semanas desaparecem.

      Natália, você diz que o seu medo é a dependência do medicamento. Penso que a sua preocupação deveria ser a de ficar livre desse transtorno que judia muito consigo e traz-lhe inúmeros problemas. A dosagem do alprazolam é mínima, e ainda para ser usada apenas quando sentir necessidade, podendo ser retirado assim que dele não mais precisar. Quanto ao oxalato de escitalopram, após um tempo de uso, sua médica irá observar se pode ou não suspender a medicação. Tudo vai depender da resposta de seu organismo. Além disso, há momentos na vida em que não temos muitas escolhas. Se você não fizer o tratamento, suas crises tendem a ser cada vez mais graves e constantes. Para ajudá-la a passar por essa fase difícil, ainda contará com a ajuda do tratamento psicoterápico. Portanto, não há nada a temer. Inicie seu tratamento o mais rápido possível.

      Estarei torcendo por você e aguardando notícias suas.

      Abraços,

      Lu

    2. Renata

      Olá, Lu!
      Estou tomando escitaloplan 10 mg há 16 dias. A médica disse para na 1º semana tomar meio e depois passar a tomar 1 inteiro. Comecei a tomar o inteiro no dia 31, hoje faz 9 dias. E desde de ontem comecei a sentir uns tremores nas mãos e um peso nas articulações dos braços. Li que um dos efeitos colaterais são tremores. Você sabe me dizer quanto tempo dura esses efeitos colaterais? Estou meia assustada com isso.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Renata

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, a médica reduziu sua dosagem no início para facilitar ao organismo adapatar-se ao novo medicamento. Os efeitos adversos do antidepressivo costumam durar cerca de três semanas, dependendo de cada organismo e, dentre eles, estão os relatados por você. Ainda assim, não deixe de repassá-los a seu médico. Vou lhe enviar um link para que tenha mais clareza. Não fique assustada. Tudo isso irá passar. Seja POP (paciente, otimista e persistente).

        Aguardo novo contato.

        Abraços,

        Lu

        1. Rick

          Olá, Lu?
          De volta aqui, rs. Estou com o novo esquema de tratamento. Tomo faz 20 dias, o venlafaxina. Tenho notado uns enjoos e suores frios, como se minha pressão arterial estivesse baixa. Será efeito adverso? Comparado aos últimos dias, tenho me percebido bem melhor.

          Abraço

        2. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Antes eu me preocupava muito com o sumiço dos meus amiguinhos, mas até compreender que isso significa que já estão bem. A venlafaxina é também um antidepressivo, logo, também apresenta efeitos adversos no início do tratamento. Tais sintomas fazem parte dos efeitos adversos, sim. Mas é importante que você verifique sua pressão arterial em casa ou numa farmácia próxima e mantenha contato com seu médico, se ela der muito baixa. Os enjoos e suores frios logo passarão.

          Fico feliz ao saber que esta sentindo cada vez melhor, o que significa que se organismo está se adequando ao medicamento.

          Grande abraço,

          Lu

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Eu pressinto que você se encontra cada vez melhor. Agora é apenas questão de ajustes.

          Abraços,

          Lu

  92. Dayane

    Ei, Lu!
    Flor, fiz uma depoimento positivo aqui anteriormente sobre o ecitalopran, pois uso o mesmo desde 08/2016, mas recentemente tive um problema no meu relacionamento, que me deixou muito nervosa e com aqueles ataques de ansiedade novamente. Infelizmente parecia que o remédio não estava fazendo mais efeito. Há mais ou menos 20 dias, o médico aumentou a dosagem para 20 mg e até o momento ainda continuo ansiosa, com pensamentos a mil e dores no peito. Não sei o que fazer, acho que meu corpo criou uma resistência ao medicamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Dayane

      Em menos de três meses um antidepressivo não deixa de fazer efeito. Tomo oxalato de escitalopram, há mais de quatro anos e com a mesma dosagem. Saiba também que ele não tem o poder de nos preservar das emoções. Continuamos tendo alegrias, tristezas, raivas, mágoas, etc. As mudanças vêm de nossas atitudes em relação à vida, de dentro para fora. Não existe ainda a pílula da felicidade. Se o seu relacionamento não está bem, o antidepressivo, ao equilibrar seu organismo, irá ajudá-la a refletir sobre o que se faz necessário mudar para melhorá-lo, como explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Penso que nem era necessário aumentar a dosagem. Muitas pessoas sentem efeitos adversos com o aumento da dosagem do medicamento. E seu corpo não teve tempo de acostumar-se com o remédio. Gostaria que relesse o texto que cito acima. Aguardo novas notícias.

      Abraços,

      Lu

      1. Dayane

        Lu, eu li seu outro post e me deu um pouco mais de clareza referente aos antipressivos. Como falado anteriormente, eu tomo ecitalopram há quase 4 meses e tive várias recaídas de ansiedade devido a situações adversas da vida, porém existem horas em que me sinto, como mencionado no seu post, um “Zumbi” com aparentemente emoções desligadas, sem aquele “Prazer Real” da vida. O problema é que nem sei como expressar isso para meu psiquiatra.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Dayane

          Não era para você estar se sentindo assim, após quatro meses do uso do medicamento. Terá que conversar com seu médico. Fale exatamente como escreveu aqui “Sinto-me como um zumbi, como se minhas emoções estivessem aparentemente desligadas, sem encontrar nenhum prazer real pela vida.”. O objetivo do antidepressivo é equilibrar o nosso organismo e não piorá-lo. Pode ser que a dosagem esteja alta, ou que o medicamento não está adequando a seu organismo, ou que seja o outro remédio que toma junto (ansiolítico). Precisa conversar com seu médico o mais depressa possível. Aguardo novas notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  93. Wal

    Olá, Lu!
    Você saberia me dizer se uma pessoa que usa escitalopram e depakote, pode fazer uso de anti-inflamatório (tipo cataflan ou menisulida). Meu filho está tratando com esses medicamentos e inventou de fazer um piercing, cuja cicatrização requer o uso de anti-inflamatório.
    Obrigada pela atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Wal

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Eu sou usuária de oxalato de escitalopram e tomei recentemente um anti-inflamatório (diclofenaco) sem problema algum. Mas aconselho-a a entrar em contato com o médico que trata seu filho, pois cada organismo costuma ter uma reação diferente, sem falar que é necessário conhecer o histórico de saúde da pessoa, sua sensibilidade a determinadas substâncias medicamentosas. Ele não poderia usar um anti-inflamatório de uso tópico? Se puder, opte por ele.

      Abraços,

      Lu

      1. Wal

        Lu, obrigada pela rapidez da resposta, pelo carinho e atenção.
        Eu estava pensando em dar diclofecano mesmo porque não conheço nenhum que possa passar exatamente no local(no caso a língua). De qualquer forma acho mais seguro mesmo entrar em contato com o médico. Obrigada mais uma vez.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wal

          Realmente na língua fica difícil usar um medicamento no local. Imaginei que fosse no nariz. É preciso muito cuidado com piercings em tais locais. A limpeza diária do adorno é também de fundamental importância.

          Abraços,

          Lu

  94. Elena

    Oi, Lu!

    Comecei a tomar o Oxalato de Escitalopram de 10 mg sexta feira passada (dia 28/11), 1 vez ao dia, logo após o jantar, mas hoje, não estou mais aguentando os efeitos colaterais: muita sudorese, inquietação, palpitações, dores nas articulações, vista embaçada e a cabeça meio zuada. Queria saber se tem problema de parar com apenas 4 dias de uso. Me ajude, por favor.

    Aguardo resposta.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elena

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, não é fácil o início do tratamento com um antidepressivo, pois o organismo reage não querendo aceitar a nova substância. Os efeitos adversos são muito fortes, levando entre duas a três semanas, normalmente, para passarem. Você se encontra na primeira semana, portanto, na fase mais crítica. O importante é que tome conhecimento de quando se faz necessário buscar ajuda médica, como está no link do texto que lhe enviei. Fora disso, é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), pois esse período ruim irá passar, e bons resultados virão.

      Você não deve parar sem antes consultar seu médico e relatar-lhe tudo que está acontecendo consigo. Na fase inicial do tratamento esse contato é de suma importância. Se não conseguir uma consulta com ele, entre em contato via telefone ou e-mail.

      Veja bem quais são as precauções a tomar:
      • se sentir inchaço na pele, língua, lábios ou face, ou apresentar dificuldades para respirar ou engolir (reação alérgica), contate seu médico ou vá diretamente para um hospital com serviço de emergência;

      • se apresentar febre alta, agitação, confusão, espasmos e contrações abruptas dos músculos, esses podem ser sinais de uma condição rara denominada síndrome serotoninérgica, contate o seu médico imediatamente;

      • se apresentar algum dos efeitos adversos a seguir, deve contatar imediatamente o seu médico ou ir diretamente para um hospital com serviço de emergência: dificuldade para urinar, convulsões, cor amarelada da pele ou no branco dos olhos.

      Gostaria que entrasse em contato comigo amanhã para dizer-me o que foi resolvido e como você se encontra. Certo?

      1. J. Alisson

        Boa tarde Lu, vi sua prontidao ao responder as mensagens e sua forma carinhosa. Sou muito difícil de dialogar, porém resolvi falar.

        Sempre fui um cara muito de boa com a vida, impressionava a todos com minha capacidade de lidar com os problemas. Mas nos últimos dias, meses, não tem sido dessa forma. Ando muito ancioso, deprimido, hiperativo e me estresso com quase tudo. Pode ser a mínima coisa possível, acabo me estressando e só depois percebo que a forma com que agi nao foi legal e que nao sou assim.

        Depois de muito tentar lutar contra isso resolvi procurar ajuda. O médico me receitou iniciar o tratamento com cloridrato de fluoxetina. Já havia procurado ajuda médica mais nunca cheguei a iniciar o tratamento, mas dessa vez, tomei hoje, pela primeira vez, a fluoxetina, porém tenho medo das reações que o medicamento pode causar, e que em vez de ajudar possa acabar atrapalhando. Na verdade tenho um grande receio a toda medicação, nunca fui de tomar remédio nem mesmo uma simples dipirona.

        Vejo que o fato de me irritar bastante com qualquer coisa estar interferindo em meus relacionamentos com as pessoas, e não quero mais isso pra mim, vejo que ja machuquei minha namorada bastante, porém nao consigo controlar. Na faculdade me falta ânimo e concentração. Tudo ficou muito complicado e tenho medo das reações adversas do medicamento, principalmente o fato de ver em alguns sites que a fluoxetina pode emagrecer.

        Nao consigo indentificar o fator de minha depressão, mas sou uma pessoa que me dedico muito ao bem-estar das pessoas e às vezes elas nos magoam e fico muito triste com isso. Nao meço esforços para ver o outro feliz, porém, às vezes nos deparamos com a ingratidão, a fofoca e o egoísmo, e com isso não aprendi a lidar.

        Aguardo respostas… E continue com seu trabalho, que Deus te abençoe grandiosamente.

        1. LuDiasBH Autor do post

          J. Alisson

          Bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa. Desculpe-me pela demora, pois o seu comentário havia caído na caixa de spam e só agora eu o vi. Quando houver demora na resposta, cobre-me.

          Amiguinho, a vida de todos nós flui como um rio, e é preciso estar preparado para lidar com essa fluidez que, de certa forma, é também maravilhosa, pelo fato de modificar sempre, tanto em relação às coisas boas quanto às ruins, pois tudo passa. E, como diz um velho ditado “Não há bem ou mal que dure para sempre!”. Ou seja, tempos que aprender a lidar com essa engrenagem chamada “existência”, não nos deixando seduzir demasiadamente pelas coisas prazerosas e nem nos abatermos com as negativas. Um grande escritor e poeta árabe de nome Kalil Gibran, em seu livro “O Profeta”, diz que estamos realmente bem quando não nos sentimos embriagados pela alegria e nem decaídos pela tristeza, ou seja, quando nos sentimos equilibrados em nossas emoções. Em suma, a palavra-chave para a nossa existência é “equilíbrio”.

          Ainda assim, J. Alisson, a nossa mente costuma dar-nos boas rasteiras. Muitas vezes pelo nosso descaso com o corpo físico, relegando-o a um segundo plano, assumindo mais responsabilidades do que aguentamos. Noutras, permitindo que nossas emoções assumam a rédea de nossa vida, abrindo mão do equilíbrio, chegando a um desgaste sem necessidade. Mas em algumas outras, não temos culpa alguma, pois nosso comando corporal (cérebro) adoece, sem que ao menos tenhamos conhecimento da causa. E seja lá qual for ela, é preciso buscar ajuda médica. O cérebro também faz parte do corpo, por isso adoece e precisa ser tratado. Parabéns pela sua iniciativa em buscar ajuda médica, pois assim evitará que crises agudas venham a fazê-lo sofrer sem necessidade.

          Amiguinho, todos os antidepressivos possuem efeitos colaterais. E cada organismo reage de um jeito diferente a esse ou àquele. Somente com o uso é que se fica sabendo qual se adapta melhor ao nosso corpo. Mas não é nada que não se possa aguentar. Até mesmo crianças tomam-nos. O início é meio difícil, mas os dias bons que vêm a seguir compensam tudo. Eu que o diga, depressiva crônica. Benditos sejam esses medicamentos maravilhosos! Só tenho a agradecer. No início é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Depois, você nem percebe que faz uso de antidepressivo. Quanto ao seu caso, está me parecendo mais uma crise de estresse, que acaba levando à depressão. Penso eu que, como pouco tempo de tratamento (possivelmente seis meses) já estará bem, não precisando mais fazer uso do antidepressivo. Vamos ver como reagirá.

          J. Alisson, eu demorei muito tempo para aprender que ninguém pode me fazer feliz senão eu mesma. E também infeliz! Eu sofri muito até compreender que não tenho controle sobre o que as pessoas pensam, falam ou como agem. Só tenho controle sobre mim mesma, e nem sempre… risos. Eu penei até chegar à conclusão de que cada ser humano encontra-se num estágio de espiritualidade diferente. E que não posso exigir que todos estejam no mesmo patamar exigido por mim. É fato que todos nós, ao ajudarmos alguém, esperamos gratidão ou pelo menos respeito. Dizer o contrário é estar na posição de “santo”. Mas tanto a gratidão quanto o respeito dependem do grau de crescimento espiritual de cada um. Ao chegar a esta dedução, eu passei a fazer o bem unicamente pelo prazer de eu me sentir bem comigo mesma. Não espero nada, absolutamente nada, pois, em assim sendo, tudo que de bom vier da pessoa, vem a bom tempo. Quando adolescente, li dois livros chamados “Pollyana” e “Pollyana Moça”. Não me lembro do nome do autor. Nas minhas horas de desencanto sempre volto no tempo até esses dois livrinhos mágicos.

          Você sabia, amigo, que as pessoas fofoqueiras e intrigantes ocupam um lugar baixíssimo na escala espiritual? Interiormente possuem inúmeros problemas, com os quais não sabem lidar. A fofoca que fazem é um meio de ganhar a atenção e o carinho de alguém, pois não sabem obtê-lo de outra forma. São merecedoras de pena, pois no fundo também queriam ser amadas. Não as leve a sério!

          Amiguinho, foi um grande prazer responder o seu comentário. Espero que volte aqui muitas vezes para conversar comigo e demais colegas. Quero acompanhar o seu tratamento. Parabéns pelo primeiro dia de medicação. Somos todos bons guerreiros.

          Um grande abraço,

          Lu

  95. Graciele

    Olá, Lu, boa-tarde!

    Eu uso o escitolopram de 20 mg, e queria saber se posso misturar com o Depakote? O médico me passou para tomar a noite o Depakote. Mas sabe, como é, nós cismamos com tudo!
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Graciele

      Antes de receitar qualquer medicamento, o profissional precisa saber sobre de outros que o cliente faz uso. Isso é imprescindível. Quando o médico faz isso, não há nada a temer, pois ele não é ingênuo para incorrer num erro de medicação, que pode levá-lo a perder seu registro. Portanto, se seu médico sabe que você faz uso do oxalato de escitalopram, pode tomar o Dekapote tranquilamente, pois ele funciona como coadjuvante do tratamento. Nada de cismas infundadas! E não suma, menina!

      Beijos,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Graciele

          Significa que ele ajuda no tratamento, junto com o remédio principal.

          Abraços,

          Lu

        2. Rose

          Bom-dia, Lu! Como vai?
          Estou passando aqui para dizer o quanto você é maravilhosa, solidária e que com certeza Deus age em sua vida. Eu leio todos os seus e-mails acompanho diariamente o site “vírus da arte”!

          Seus esclarecimentos sobre as medicações e seus efeitos adversos são muito necessário para nós “leigos” no assunto, e você o faz com uma competência incrível. Parabéns! Peço muito a Deus que continue lhe dando forças para continuar nos recebendo no seu cantinho.
          Obrigada mesmo, por tanto carinho e consideração. Deus a abençoe abundantemente!

          Obs.: Uso escitalopram há 1 ano para tratar Síndrome do Pânico e graças a Deus estou bem.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rose

          Obrigada por suas palavras tão generosas!

          Amiguinha, gosto muito do provérbio que diz: “Quem não vive para servir, não serve para viver”, assim, tento ajudar dentro das minhas possibilidades. Quanto à competência, confesso-lhe que não a tenho, precisando muitas vezes pesquisar para responder, mas o que tenho em dose muito grande é boa vontade e amor a vocês, meus leitores queridos. Sei que muitos vêm aqui em busca de uma palavra de ajuda, principalmente na fase inicial, em que os efeitos adversos são muito fortes. Tento dar-lhes um pouco de coragem e otimismo para continuarem o tratamento.

          Muito obrigada por visitar o meu blog, pois são 32 categorias bem interessantes, com artigos bem diferenciados. Também fico feliz ao saber que está indo bem com o tratamento. Não suma!

          Beijos,

          Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Graciele

          Eu já expliquei respondendo ao comentário que fez ontem. Veja mais abaixo.

          Beijos,

          Lu

  96. Bia

    Olá, Lu!

    Por favor, preciso de sua ajuda… Meu esposo passou a fazer uso do oxalato de escitalopram, considerando um quadro de depressão motivado pelo assassinato de sua filha, há 04 meses atrás. Nessa ocasião tínhamos apenas 01 mês de casados, sem nos conhecermos direito, pois não chegamos a namorar nem 06 meses. Ocorre que com uma semana de uso do medicamento, por um motivo bobo, saiu de casa, está falando em divórcio, e usando argumentos tão pequenos para o fim de nosso casamento. Gostaria de saber se esse medicamento pode estar deixando-o frio, insensível? Pois é assim que o percebo agora, não tinha essa conduta. Não há nada que eu fale que mude o seu pensamento, só piora as coisas, pois tem me machucado muito com as palavras.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bia

      Há fases em nossa vida em que é preciso ter muita sabedoria para superá-las. Mas você há de vencer! Neste espaço nós faremos o possível para ajudá-la. Comece buscando toda a calma que possa ter. Lembre-se de que tudo na vida é passageiro. Nada dura para sempre. Veja seu sofrimento sobre esta perspectiva. O sofrimento torna-nos pessoas melhores e mais generosas.

      Amiguinha, seu marido está sofrendo muito mais do que você possa imaginar. O assassinato da filha mexeu com toda a sua estrutura emocional. Ele está com depressão traumática, o que é mais do que natural, em relação à gravidade dos fatos. Nessa fase, para não enlouquecer, ele precisa de botar para fora sua raiva, impotência, desespero e revolta. E quem recebe toda essa carga emocional? Você… Pois é a pessoa mais próxima a ele. Nesse momento, você está servindo como saco de pancadas para todo o sofrimento dele. Saiba que ele nem tem consciência da dor que está a impingir-lhe, pois se encontra magoado com o mundo do qual você também faz parte.

      A fase inicial do tratamento com antidepressivo pode deixar a pessoa bem pior do que antes de iniciar o tratamento. Por isso, ele precisa estar sendo acompanhado, para que não venha a comenter uma ação impensada. Essa fase costuma durar até cerca de um mês, dependendo de cada organismo, até que os efeitos adversos passem, vindo os bons. E ele se encontra no auge da fase ruim. O medicamento, no início, pode deixar a pessoa fria, insensível, sem libido, sim. A perda da libido, para um homem machista, que não tem coragem de abrir-se com a esposa, ainda é mais difícil, trazendo-lhe angústia, aflição e amargura.

      Bia, quero fazer algumas considerações e gostaria que refletisse sobre elas:

      1. Seu marido está doente, numa fase dificílima. Sugiro que o deixe falar tudo que lhe veem à cabeça. Não rebata. Não acirre. Saiba que ele se encontra fora de seu equilíbrio. E tudo que disser só aumentará a revolta que está sentindo pelo mundo, e que desconta em você, pessoa mais próxima. Isso não significa que não a ame mais.

      2. Outro ponto importante é dizer-lhe que o ama, que estará sempre ao seu lado, em seu tratamento, mas que, depois que melhorar, se ainda achar que devem se separar, você aceitará, pois quer a felicidade dele. Mas que no momento, a sua preocupação é com sua saúde. Jamais diga que não quer separar, para que ele não sinta preso, nessa ânsia em que tenta se libertar de seu profundo sofrimento.

      3. Se você fez ou disse algo, ainda que insignificante, peça-lhe perdão. Reconheça que errou, que deveria ter sido mais sensível, etc. Além disso fazer bem para você, será muito importante para ele, que se encontra afundando. Quando mostramos a nossa humildade, acabamos por retirar a munição do outro.

      4. Permita que ele fique longe, se assim o quiser, nesse momento. Não o pressione. Diga-lhe apenas que “estará sempre de braços abertos para recebê-lo e para cuidar dele”. Peça à família dele para olhá-lo com carinho e atenção, pois a fase inicial do tratamento é muito séria.

      5. Evite comentar o assunto com pessoas que possam levar até ele o que você diz. Faça uma espécie de retiro espiritual. Volte-se para si mesma, reforce suas energias, seu lado espiritual. Mentalize coisas boas para você e para ele. Acredite no poder da mente.

      6. Cuide-se! Não se entregue ao desespero. Cuide de seus cabelos, sua pele e de seu corpo como um todo. Dedique-se ao trabalho. Leia coisas que possam fortalecê-la. A pessoa que se encontra em depressão precisa de alguém muito forte ao lado dela.Você agora é a fonte de luz, equilíbrio, confiança e amor dele.

      Amiguinha, irei lhe passar uns links que irão ajudá-la. Conte comigo nessa fase. Venha sempre aqui para reabastecer-se nessa caminhada.

      Um beijo no seu coração,

      Lu

      1. Bia

        Obrigada, Lu!
        Antes de ler sua resposta, creio que por inspiração divina, coloquei alguma coisa do que me orientou em prática, e já obtive resultados positivos! Consegui uma aproximação, e ele falou exatamente isso, que precisava ficar um pouco só, que não havia deixado de me amar, mas tudo está sendo muito difícil pra ele… Foi um trauma muito grande, eu não estava conseguindo perceber. E lendo agora suas orientações, que me ajudaram muito, mesmo! Li, reli e tornarei a examinar cada tópico atentamente! Creio que também ajudarão outras pessoas que passarem por aqui!

        Obrigada, querida por sua atenção, empenho e dedicação demonstrados através de suas orientações! Eu estava desesperada, assustada, sem chão… Agora tenho esperança, percebi que estava de certa forma sendo egoísta, assim como passarei a cuidar de mim também!
        Deus te abençoe e te recompense abundantemente!

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Bia

          Que bom saber que já estão havendo transformações. Mas não deixe de sempre repassar suas notícias para mim. Tudo irá dar certo. Dê tempo ao tempo, pois tudo na vida possui um tempo certo.

          Beijos,

          Lu

  97. Matheus Moraes

    Tudo bem com você, Lu?
    Primeiramente agradeço a você por ter sido a primeira pessoa com quem eu falei verdadeiramente sobre meus problemas (em março deste ano). Eu me encontrava totalmente perdido e triste com a vida, pensava que nada iria melhorar e que iria sucumbir com a doença. Procurei ajuda médica e tive o total apoio de minha família. Hoje, nove meses depois, volto para dizer que me sinto muito bem, meu sono voltou ao normal e a cada dia que passa não dependo de medicamento algum, às vezes, tomo o Mirtazapina para dormir, quando sinto que a ansiedade está um pouco acima do normal.

    Lembro-me dos dias escuros que tive durante o tratamento e das reações adversas com o ESC. Parecia que nunca iria melhor. Tive a impressão de que estava prestes a fazer uma loucura para sanar de vez os problemas, mas graças a Deus, a minha família e aos médicos/medicamentos estou bem melhor, levo uma vida normal novamente, e tento me controlar sempre que percebo que a ansiedade ou a preocupação querem tomar conta de mim.

    Sei que tudo pode voltar de uma hora para outra, mas enquanto isso nao acontece, vou vivendo a vida PLENAMENTE, dando e recebendo todo amor à minha família e sendo grato a tudo e a todos. Vivo uma vida mais leve, procuro nao mais misturar trabalho com vida afetiva, pois cada um tem seu lugar e hora. Mas dou muito valor agora às pequenas coisas, pequenos momentos, gestos… Valorizava muito o material e às vezes o trabalho me consumia tanto, que minha família ficava em segundo plano. Hoje não acontece mais isso… Familia e Saúde em primeiro lugar, o resto a gente dá um jeito.

    Fiquei com saudades deste cantinho, e vou ler todo o conteúdo do blog e tecer comentários no que achar interessante, ou seja, em tudo… E novamente te parabenizo pelo belo trabalho que o seu site faz, é de utilidade pública.

    Beijos no coração e fique com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Você é muito fofinho! Obrigada pelo carinho e generosidade, mas nada a agradecer-me.

      Amiguinho, senti-me muito feliz ao ler seu relato. O mais interessante é saber que se encontra bem e que mudou o seu modo de olhar a vida. Isso é fundamental, pois a gente só muda de dentro para fora. Fora disso toda mudança é vã. Quero me ater às suas positivas palavras, esperando que outros tomem-nas como modelo:

      “Sei que tudo pode voltar de uma hora para outra, mas enquanto isso nao acontece, vou vivendo a vida PLENAMENTE, dando e recebendo todo amor à minha família e sendo grato a tudo e a todos. Vivo uma vida mais leve, procuro nao mais misturar trabalho com vida afetiva, pois cada um tem seu lugar e hora. Mas dou muito valor agora às pequenas coisas, pequenos momentos, gestos… Valorizava muito o material e às vezes o trabalho me consumia tanto, que minha família ficava em segundo plano.”.

      Você continua maravilhosamente POP, vivendo um dia de cada vez.

      Um beijo no coração,

      Lu

  98. Cristiano

    Timei escitalopram por um ano, mas agora há 20 dias, por motivos financeiros, fiquei sem tomar. Como faço? Recomeço o tratamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cristiano

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, você não está sentindo a a síndrome da abstinência? Você deve retomar o tratamento, na mesma dosagem que tomava antes. Para que comprar um remédio mais barato, peça ao médico para escrever na receita apenas o nome da substância (oxalato de escitalopram), pois assim poderá comprar o genérico que estiver mais barato. É assim que faço, pois também uso essa mesma substância. Depois me diga como resolveu.

      Abraços,

      Lu

      1. Lala

        Lu, imploro por uma ajuda!

        Tenho transtornos de ansiedade há anos! Mas depois de muita persistência com medicamentos, eu me encontrei em uma fase melhor, em que pude me livrar dos remédios. Todavia voltei a precisar de um acompanhamento médico e vou iniciar agora com escitalopram. Mas tenho um trauma muito grande com o efeito colateral em relação à nulidade da libido. Na época em que tomei fluoxetina a minha libido zerou! Isso prejudicou demais meu casamento e foi um dos fatores da minha separação.

        Li em diversos comentários que o mesmo ocorre com o escitalopram. Dentre todos os antidepressivos, o escitalopram está em qual escala ou classificação de prejuízo no desempenho sexual? Pois sei que alguns medicamentos são mais prejudiciais nesse sentido e outros menos.
        Suportaria passar por qualquer outro efeito colateral novamente, mas a perda de libido não! Isso é um verdadeiro terror!

        O médico não quis associar o escitalopram a nenhum outro remédio. Estou há 1 semana com a caixa de comprimidos na bolsa sem coragem de tomá-los, com o receio enorme desse efeito colateral. Me ajuda, por favor, Lu! Com qualquer informação! Esse medicamento na maioria das vezes prejudica mesmo a libido dessa forma? Tomei BUP por anos e não sofri com esse efeito colateral!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lala

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, é sabido que todos os antidepressivos trazen consigo efeitos adversos. O mais interessante é saber que esses tais “sujeitinhos” agem diferentemente em cada organismo. Em alguns fazem engordar, em outros emagrecer. Nesses eliminam a libido, naqueles aumentam, noutros não mudam em absolutamente nada, etc.

          É fato que tenho recebido muitas queixas quanto à perda da libido por parte do oxalato de escitalopram, assim como recebo comentários de pessoas que dizem não ter influenciado em nada. Como disse anteriormente, o divisor de águas é organismo de cada um. Eu também tomo oxalato de escitalopram. No início, a perda da libido foi enorme, assim como quando inicei com a fluoxetina. Contudo, com o passar do tempo, meu organismo foi voltando à normalidade.

          Lala, se essa é a sua maior preocupação, inclusive com resquícios traumáticos, sugiro que converse com seu médico abertamente sobre o assunto. Se teve a libido diminuída com a fluoxetina, é provável que o mesmo aconteça com o oxalato de escitalopram. Se não quer pagar para ver o que acontece, sugiro a mudança para outro antidepressivo. Vou também lhe enviar um link que a ajudará a tomar uma decisão.

          Amiga, espero que volte para contar-nos qual foi o caminho tomado por você. Só não deixe de fazer o tratamento, para que as crises não se agravem cada vez mais. Certo?

          Um grande abraço,

          Lu

  99. Ricardo

    Sou usuário dos ISRS há mais de 6 anos. Fiz uso do oxalato de escitalopram por mais de 100 dias e até gostei, não tive muitos efeitos colaterais, exceto perda da libido, em quase 80%, e perda das emoções. Fiquei meio apático, tanto para emoções “negativas” quanto “positivas”, não sentia mais nada. O médico mudou, então, para bupropiona 150 mg, que traz a libido de volta e as emoções. Um pouco de ansiedade também volta, e controla razoavelmente a depressão. Minha dúvida é sobre a perda da libido. Alguém aqui teve uma brusca queda na libido ao usar ISRS? Mulheres perceberam a perda da libido? E você Lu, sentiu algo alterado na sua libido?

    Dica: os remédios não fazem milagres, ajudam muito, principalmente no momento das crises, ansiedade excessiva, depressão, porém, temos que fazer nossa parte, tentar trabalhar os lados sombrios da nossa mente, buscar auto-conhecimento, aceitação de que a vida não vai ser como idealizamos/perfeccionismo, viver um dia de cada vez, saber que existirão momentos bons e ruins. Exercícios físicos ajudam muito, caminhadas, corridas, academia, ciclismo enfim… Focar mais a mente no presente, evitar ficar pensando no futuro e passado (geralmente só os fatos negativos).

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      Quase todos os antidepressivos mexem com a libido, mais ou menos, de acordo com cada organismo. E todos eles mexem com as emoções, na fase inicial do tratamento. As mulheres (inclusive eu) também possuem o mesmo problema com a libido, nos primeiros meses de tratamento. Mas, à medida que o organismo vai se acostumando com a nova substância, as coisas vão se equilibrando, chegando à normalidade. Acontece de um antidepressivo mexer mais com a libido de uma pessoa do que com o de outra. Os homens, que normalmente são mais apressados, tendem a não aguentar passar tal período, migrando para outro medicamento. Inclusive, Ricardo, você poderá ler sobre isso aqui no texto, em INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      As suas dicas são de suma importância para que as pessoas com transtornos mentais possam se ajudar, além de contar com o medicamento. (Ver texto: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA).

      Um grande abraço,

      Lu

  100. Maria Vieira

    Olá, Lu!
    Estou a tomar Esc para a TAG há 5 dias. Sempre fui uma pessoa ansiosa e esta ansiedade, embora nao fosse por motivos graves e concretos, tem vindo a afetar-me o sono desde há muitos anos. Só agora decidi aceitar que, para resolver o meu problema, precisava de uma ajuda externa e profissional e, como tal, neste momento estou a tomar 10 mg escitalopram de manhã, e para dormir meio comprimido de trazodona 100 mg (triticum), pois a médica disse que em doses muito baixas a trazodona tem apenas efeito sedativo e não antidepressivo.

    Hoje estou a sentir-me estranha (passei hoje de 1/2 comprimido de Esc para 1 comprimido,tal como a médica aconselhou), meia ansiosa, sonolenta, com dificuldade em falar com energia (parece que enrolo as palavras). A combinação destes 2 medicamentos é boa? É normal ter estes efeitos?

    Obrigada, desde já!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Vieira

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, a ansiedade nem sempre aparece em razão de um motivo concreto. Quanto se tem o motivo real, o tratamento é bem mais fácil, e significa que se trata de algo passageiro, em vez de crônico. Mas a TAG chega sem pedir licença e nem dizer a porque veio. O tratamento indicado é o antidepressivo, que acaba trazendo consigo efeitos adversos, que perduram durante o início da medicação.

      Maria, é normal passar pelos efeitos adversos do oxalato de escitalopram (ou de qualquer outro antidepressivo) no início do tratamento. A pessoa realmente fica pior do que antes de iniciar a medicação, pois o organismo teima em não aceitar a nova susbtância, numa briga de foice. Portanto, fique tranquila quanto a isso. Essa turbulência costuma durar entre duas a três semanas, dependendo de cada organismo. Portanto, com cinco dias, você se encontra no olho do furacão. Resta-lhe ser POP (paciente, otimista e persiste), pois há luz no fim do túnel. Mas valerá a pena passar por isso, uma vez que, posteriormente, terá melhor qualidade de vida.

      Minha querida, não se preocupe com a combinação feita pela médica, pois ela é responsável pelo seu tratamento, não podendo incorrer em erro. Muitas vezes pode acontecer de o profissional ter que mexer na dose dos medicamentos, mas no caso não seria do oxalato de escitalopram, que está com uma boa dosagem. Se continuar assim, não relute em procurá-la, pois pode ser que tenha que diminuir a trazodona. Observe com atenção como progride seu estado de saúde. Lembre-se de que, no início do tratamento, o contato do médico com o paciente é muito importante.

      Maria, vou lhe enviar uns links de textos que poderão ajudá-la. Pela linguagem usada no seu comentário, presumo que seja de Portugal ou de algum dos países africanos de língua portuguesa. Acertei?

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Vieira

        E verdade! Sou de Portugal!
        obrigada pela prontidão em responder… Melhores dias virão! Sou uma pessoa super positiva, tenho energia e vontade de fazer as coisas, contudo, esta minha ansiedade torna-me uma pessoa muito medrosa, perfecionista, demasiado exigente comigo mesma e permanentemente inquieta com pequenas situações. Espero recuperar a capacidade de me deitar à noite e conseguir adormecer sem fazer um resumo exaustivo do meu dia, para ver em que errei ou falhei.

        Obrigada, Lu 🙂

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Vieira

          A ansiedade é como um corrosivo que vai nos destruindo aos poucos, pois a inquietude tira-nos a paz, o equilíbrio e a interação com a vida. É preciso tratá-la, sim. Aliado ao tratamento faz-se necessário mudar a maneira como se olha a vida, sendo mais tolerante consigo e com as pessoas em derredor. Há um texto aqui no site que gostaria que lesse: NA VIDA TUDO PASSA! TUDO MUDA! (Busque no Google no no próprio blog).

          Maria, também lhe indico a categoria chamada ARTE DE VIVER, que trata extamente da maneira como devemos olhar e sentir a vida.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Adriano

          Querida Lu, estou de volta após 2 meses e meio de tratamento. Ontem tive um dia agitado, as coisas não ocorreram bem como eu imaginava, aí me senti estranho pela tarde, como se estivesse alterado. À noite saí com minha esposa para comermos uma pizza, e dito e feito a bendita crise de pânico voltou. Me senti tão triste em saber que ela não me abandonou. Tomei um rivotril sublingual e fiquei bem, depois. Gostaria de um conselho: o que devo fazer, pois eu tomo escitalopram de 10 mg e até este dia foi maravilhoso. Será que tenho que voltar ao médico e aumentar a dose? Isso não me deixaria mais estranho? Ou devo esperar até o final do terceiro mês. Uma palavra sua já me ajudaria muito.

          Um grande abraço

        3. LuDiasBH Autor do post

          Adriano

          É normal que todos nós passemos por dias mais agitados. Muitos fatores contribuem para isso, inclusive o próprio tempo atmosférico. Também não estive bem ontem, em razão de uma onda de calor que assolou minha cidade. Eu só queria ficar deitada, inerte, sem coragem alguma. Precisei de muita força para ir à aula de Pilates, e ainda assim não fiz quase nada. Você nem imagina como os fatos em nosso derredor têm o poder de desequilibrar o nosso organismo, repercutindo no nosso emocional. Por isso, sempre digo que precisamos mudar o nosso modo de olhar a vida (Texto: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA).

          A crise de pânico pode ter resultado da tensão vivida durante o dia. Mas não leve isso muito a sério e nem fique aguardando-a como se fosse uma visita muito prazerosa. Procure relaxar, ciente de que todos nós temos uns dias melhores e outros piores. O importante é como lidamos com isso. Como foi a primeira vez que teve tal crise, aconselho-o a aguardar mais um tempo. Caso ela volte a incomodá-lo, procure seu médico e converse com ele. Se necessário, a dosagem será aumentada.

          Amiguinho, embora esteja tomando um antidepressivo, isso não significa que estará insento dos transtornos da vida. Aliado ao medicamento é preciso aprender a lidar com os problemas. Gostaria que lesse ou relesse o texto que mencionei acima. Quando sentir que não está bem, sujeito a uma crise, tome o rivotril indicado pelo médico.

          Aguardo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        4. Marina

          Lu, estou tomando oxalato de escitalopram há 3 dias e não consigo dormir, sinto meu dedos da mão adormecerem, fico cansada e com vontade de dormir, mas não consigo, tenho medo, isso é normal? Sinto também um calor no pescoço como se estivesse sufocada. Estou preocupada.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Marina

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais, que passam entre duas a três semanas, dependendo do organismo. Você se encontra na primeira semana, portanto, no olho do furacão. Mas todo esse sofrimento valerá a pena, quando os bons resultados começarem a chegar. Você não disse qual é a dosagem que está tomando.

          Marina, eu vou lhe passar uns links para que veja quais são os efeitos adversos tidos como normais e aqueles que necessitam procurar seu médico ou hospital. Procure ficar tranquila. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Volte a me escrever.

          Beijos,

          Lu

    2. Vanessa

      Olá, Maria Vieira!
      Aconteceu o mesmo comigo. Exatamente assim, após o uso de escitalopran 10 mg pela manhã. Então meu médico mandou eu parar de tomar de manhã e passar a tomar antes de dormir. Tudo mudou pra melhor. Até a qualidade do meu sono melhorou, e de dia agora me sinto bem mais disposta e tranquila! Mude seu horário também, vai te fazer bem. Mas converse com seu médico antes.

  101. Maria Depre

    Lu
    Muito obrigada pelo texto!
    Estou exatamente na mesma situação.Tomo fluoxetina e como tenho piorado, meu namorado (que faz uso de escitalopram) sugeriu que eu tomasse. Eu disse que pesquisaria, e fico muito aliviada em saber que evitei maiores problemas.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Depre

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, embora haja médicos que permitam que o paciente mude da fluoxetina para o oxalato de escitalopram, ou vice-versa, sem aguardar um determinado tempo, a maioria exige que haja um espaço entre um e outro. Meu psiquiatra mesmo exigiu que eu aguardasse 15 dias, até que a fluoxetina não mais estivesse em meu organismo.

      Maria, nunca mude de um antidepressivo para outro sem a concordância médica, pois tais medicamentos fazem parte de classes específicas. Depois de avaliar sua saúde geral é que seu médico irá prescrever o medicamento exato. Nunca tome por indicação de ninguém, pois existem indivíduos alérgicos a certas substâncias contidas no remédio. Se você tem piorado com o uso da fluoxetina, pode ser que o medicamento não esteja mais fazendo efeito ou que a dosagem esteja muito baixa. Somente o médico irá determinar qual seja a causa.

      Vou lhe passar uns links que irão ajudá-la muito. E volte sempre para conversar conosco.

      Abraços,

      Lu

      1. Alexsandra

        Oi!
        Eu me chamo Alexsandra. Estava fazendo uso do fluoxetina de 20 mg, mas agora tomo dois de 10 mg, estou sentindo fraqueza e cansaço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, imagino que você tenha começado o tratamento recentemente, por isso está sentindo os efeitos adversos do medicamento, que normalmente passam em até três semanas.Você diz que tomava fluoxetina de 20 mg e agora passou para dois comprimidos de 10 mg. Não entendi, pois a dosagem continua a mesma. Você não quis dizer que passou para o oxalato de escitalopram? Explique melhor para mim.

          Beijos,

          Lu

        2. Alexsandra

          Lu, ontem me senti super bem, mas hoje estou meio desanimada, sem vontade de fazer nada, até fiquei tonta e cheguei a vomitar. Estou muito confusa.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          É preciso esperar um tempo para que o medicamento faça um efeito total no organismo. Enquanto isso é preciso ir aprendendo a conviver com os altos e baixos com muita paciência. Todos passam por isso. Todos nós amanhecemos, certos dias, sem vontade de fazer nada. Isso é normal. O fato de ter vomitado não está ligado a alguma coisa que comeu e fez mal para você? No início do tratamento temos a tendência a achar que tudo é proveniente do remédio. E nem sempre é!

          Beijos,

          Lu

        4. Alexsandra

          Faz uns quarenta dias que tomo fluoxetina. Tomava um de 20 mg pela manhã, mas estava sentindo muita falta de ar. A psiquiatra dividiu em duas doses de 10 mg, e aí comecei a sentir todos os sintomas da ansiedade de novo. Só volto a ela dia 22, por isso queria saber se e possível passar por todos os sintomas que senti nas primeiras doses do medicamento.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Ao que me parece, você está tomando duas doses de 10 mg ao dia. É isso? Se assim for, continua tomando 20 mg do mesmo jeito, pois os antidepressivos são acumulativos no organismo. Se está tomando a mesma dosagem, não era para estar sentindo os mesmos sintomas da ansiedade. Mas, se por acaso, passou a tomar apenas 10 mg por dia, significa que a dosagem está baixa para você. E se não parou e continua tomando o medicamento direitinho, sem ter aumentado a dosagem, não era para sentir todos os sintomas das primeiras doses, pois, de certa forma, esse período dos efeitos adversos já passou. Retire a minha dúvida: está tomando dois comprimidos de 10 mg, ao dia, em horários diferentes?

          Abraços,

          Lu

        6. Alexsandra

          Oi, Lu!
          Isso mesmo, estou tomando duas doses de 10 mg em horários diferentes, mas acho que não é a dosagem ou o remédio certo pra mim, pois sinto muintos sintomas físicos: acordo cansada, com fadiga, sem disposicão pra fazer qualquer coisa. Já tomo a fluoxetina há quase cinquenta dias e não apresento melhora nos sintomas da TAG.

          Beijos,

          Alexsandra

        7. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Existem, realmente, pessoas que não se acertam com um determinado antidepressivo. Não adianta insistir. Quando o organismo não aceita a medicação, a mudança precisa ser feita. E depois de 50 dias já não era para estar se sentindo tão mal assim. É provável que o seu psiquiatra tenha que mudar para outro medicamento. Marque uma consulta com ele e diga-lhe que nesses 50 dias não sentiu melhora alguma, mas ao contrário. Fale-lhe que prefere mudar para outra medicação. Também tenho uma amiga que não se deu bem com a fluoxetina. Mas fique tranquila, pois tudo se resolve. E não deixe de comunicar-se comigo.

          Abraços,

          Lu

        8. Alexsandra

          Lu
          Se eu trocar a medicação, irei sentir todos os sintomas da fase de adaptação ou, se pelo fato de já ter tomado outro antidepressivo meu organismo já se encontra acostumado?

          Beijos,

          Alexsandra

        9. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Isso varia muito de pessoa para pessoa. Algumas não sentem nada ao mudar de antidepressivo. Outras sentem um pouco. E outras sentem os mesmos sintomas adversos. Mas isso não é motivo para não fazer a troca, quando ela se faz necessária, porque não adianta tomar um medicamento que não faz efeito positivo algum, levando a pessoa somente a gastar dinheiro. O mais importante é que o antidepressivo faça bem ao seu organismo. Certo?

          Abraços,

          Lu

        10. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Sempre à sua disposição, minha querida.

          Abraços,

          Lu

        11. Alexsandra

          Oi, Lu!
          Tenho observado nos últimos dias que quando tomo café, eu me sinto meio fraca. Você acha que tem possibilidade do café estar prejudicando o meu tratamento com a fluoxetina?
          Obrigada!

        12. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Tudo não passa de impressão sua. O café tem cafeína que é um estimulante natural, que dá mais ânimo, e não tem nenhuma interação com a fluoxetina. Também já usei a dona “fluô” por muitos anos. Ela é muito boa. Pode tomar seu cafezinho sem medo.

          Grande abraço,

          Lu

        13. Alexsandra

          Oi, Lu!
          Hoje acordei meio indisposta, deixei a limpesa da casa pela metade, fazendo tudo meio devagar, como acordo quase todos os dias. Amanhã vou a uma consulta com a psicóloga. Você acha que devo pedir pra trocar a fluoxetina, já que estou acordando meio indisposta?
          Obrigada,

          Alexsandra

        14. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Penso que você irá a uma consulta com a psiquiatra, pois a psicóloga não pode receitar antidepressivos.

          Faça uma listinha de todos os efeitos adversos que continua sentindo, para não se esquecer na hora da consulta. Diga-lhe que não está sentindo melhoras com a fluoxetina. Que continua indisposta, sem ânimo para fazer qualquer coisa. Deixe que ela a avalie e tome a decisão correta. Procure ficar calma para relatar tudo direitinho. Quando voltar da consulta, escreva-me dizendo como foi, se houve mudanças na medicação, etc.

          Abraços,

          Lu

        15. Alexsandra

          Lu, hoje estava marcada mimha consulta de retorno com a psiquiatra, mas ela ligou desmarcando. A medicacão acaba hoje, porém só vou voltar lá dia 22, assim vou ficar sem a medicacão por uns três dias, existe algum poblema?

          Obrigada!

        16. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Num período pequeno assim não fará muita diferença. Fique tranquila!

          Abraços,

          Lu

        17. Alexsandra

          LU, hoje a psiquiatra mudou a dosagem da fluoxetina para 40 mg, em duas doses de vinte, sendo 20 mg, às 8 da manha e 20 mg às duas da tarde. Você acha que é um intervalo muinto pequeno entre as duas doses? Os efeitos colaterais vão aparecer, já que aumentou a dosagem?

        18. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Em se tratando da dosagem de 40 mg ao dia, o intervalo está correto. Fique tranquila e tome direitinho. Penso que os efeitos colaterais deverão ser poucos, uma vez que seu organismo já deve ter se acostumado com o medicamento. O importante é ficar o mais calma possível, confiante no tratamento. Procure também fazer algum exercício físico. Caminhada é uma boa pedida.

          Abraços,

          Lu

        19. Alexsandra

          Lu, como já havia lhe falado, a médica aumentou a dosagem da fluoxetina. Comecei a tomar hoje, mas já estou bem ruim, com ânsia de vômito, muita angústia e bem irritada. Será que vai demorar pra passar tudo isso?

        20. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Calminha, minha linda. Ao aumentar a dosagem, os efeitos adversos costumam aparecer, mas logo passam. Lembre-se de que é uma pessoa POP (paciente, otimista e persistente). Logo estará saindo dessa fase. Todos passam por isso.

          Beijos,

          Lu

        21. Alexsandra

          Lu, faz cinco dias que a médica aumentou minha dosagem de fluxetina para 40 mg, estou sentindo dores de cabeça todos dias, como enxaqueca. Estou visivelmente cansada, acordo e vou dormir exausta. Não sei mas o que pensar. Será que tudo isso faz parte dos efeito do medicamento?

        22. LuDiasBH Autor do post

          Alexsandra

          Muitas pessoas sentem sintomas muito fortes ao aumentar a dose do medicamento. Está dentro da normalidade, sim. Mas tudo isso irá passar. Se a dor de cabeça estiver sendo muito intensa, veja com seu médico, ou mesmo farmacéutico, qual é o analgésico melhor para tomar.

          Abraços,

          Lu

  102. Helaine

    Boa-tarde, Lu!
    Semana passada minha avó faleceu. Aparentemente recebi “bem” a notícia, porque ela estava bem doente e de certa forma já era o esperado. Porém, desde quinta-feira venho sentindo mal-estar, e de sábado pra cá meu estômago ficou muito ruim. Também estive no médico e ele trocou a medicação para Wuelbutrim de 150 mg. Comecei a tomá-lo no sábado. Apesar que já estava sentindo mal-estar antes, fico sem saber se também tem a ver com a mudança do remédio. Tenho muito medo de voltar a ficar como antes.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Helaine

      O que aconteceu a sua avó faz parte do ciclo da vida, não há como impedir que aconteça. A Aceitação gera menos sofrimento. É normal que você se sinta angustiada com a perda. Junto a isso aliaram-se os efeitos adversos do novo remédio, pois todos os antidepressivos contém sintomas colaterais. Logo, seu mal-estar pode estar ligado às duas coisas. Mas isso irá passar. Não se preocupe. O importante é seguir em frente. E retire a palavra “medo” de sua vida. Pense positivament, sempre!

      Amiguinha, receba os meus sentimentos pela partida de sua avó.

      Abraços,

      Lu

      1. Helaine

        Obrigada, Lu!
        Sei que medo não deve existir, mas é que quando penso em tudo sinto desespero. Querida, você conhece esta medicação? Parece que o princípio é bupropiona. Você é uma benção!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Helaine

          O princípio ativo desse antidepressivo é a bupropiona, sim. Conheceço muita gente que faz uso dele, inclusive aqui nos comentários. Fique tranquila e continue tomando sua medicação direitinho. Bote bastante otimismo em sua vida e siga adiante, sempre.

          Beijos,

          Lu

        2. Rick

          Oi, Lu, boa-tarde!

          Fui hoje para a consulta com a psiquiatra e me queixei dos zumbidos… Falando que eu continuava (mesmo menos perceptível). Ela rebateu dizendo que era coisa da minha cabeça, que não tinha pretensão de mudar o medicamento (tomo o escitalopran 20 mg há 5 meses). Não deixei barato, e falei que esses zumbidos nao era coisa da minha cabeça e que estavam, sim, nos efeitos colaterais incomuns. Ao certo ela nao gostou e foi logo dizendo: “Quer mudar, eu mudo!”. E me receitou o Venlafaxina 37,5 mg para tomar junto com o escitalopram, que ainda tenho aqui. E depois dessa dosagem de 37,5, iniciar com a de 75 mg. Ela também me falou que não tem nada a ver tomar eles juntos. Perguntei se teria desmame, ela disse que não. Estou impressionado em como os médicos detestam ser confrontados. Sempre acham que sabem tudo. Nós pacientes precisamos de esclarecimentos.

          Obrigado, Lu. Aguardo notícias

          Rick

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Os médicos não estão conseguindo acompanhar os clientes de hoje, que contam com a internet, uma grande fonte de pesquisa. Muitos nem ao menos leem a bula para conhecerem todos os efeitos adversos do medicamento. Você agiu muito bem ao confrontá-la, pois tal informação consta na bula do oxalato de escitalopram.

          Muitos comentaristas aqui dizem tomar o cloridrato de venlafaxina. Além disso, muitos antidepressivos podem ser tomados ao mesmo tempo, para que não haja o efeito da abstinência, enquanto se muda de um para outro. E se ela o instruiu a fazer isso, pode ficar tranquilo. Espero que, com a nova medicação, os zumbidos desapareçam. Leia a bula do novo antidepressivo para ver se não consta tal efeito adverso na bula. E me informe como está se passando com o novo medicamento. Não suma!

          Abraços,

          Lu

        4. Rick

          Oi,Lu!

          Comecei meu novo tratamento. Hoje faz dois dias que tomo a venlafaxina de 37,5 mg (antes usava o excitalopran 20 mg). Estou sentido umas leseiras na cabeça. Sensação de fora da realidade. Como se realmente os sintomas ficassem à flor da pele,sabe? Acho que deve passar, não é Lu? Estou confiante, pois esse aí age em dois tipos de neurônio (Serotonina e noradrenalina. E não vejo a hora de me livrar de vez dessas crises ofegantes de ansiedade generalizada e síndrome do pânico.

          Abraços

        5. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          É normal que você tenha sintomas adversos no início do tratamento com um novo medicamento. Trata-se da fase de adaptação do medicamento ao seu organismo. O normal é que passe entre duas a três semanas. Ainda assim, continue observando suas reações. Se sentir que estão insuportáveis, não deixe de entrar em contato com sua médica. Por favor, não dirija até que passe essa fase. Quando se adaptar bem ao remédio, passar por tudo isso terá valido a pena. Procure ficar o mais relaxado possível. Lembre-se de que é importante continuar otimista. Mantenha contato comigo, pelo menos até essa fase ruim passar.

          Abraços,

          Lu

    2. Alexsandra

      Lu,sim, estou tomando dois comprimidos de 10 mg em horários deferentes.

      Obrigada,

      Alexsandra

      1. LuDiasBH Autor do post

        Alexsandra

        Se você está tomando os dois comprimidos ao dia (10 + 10 = 20 mg), a dosagem continua a mesma, portanto, não deveria sentir nenhuma mudança, como se estivesse iniciando o seu tratamento. O ideal é que se tome o antidepressivo numa única dosagem. Sua falta de ar passou? Converse com a sua médica sobre o que vem sentindo.

        Abraços,

        Lu

  103. Edilma Silva

    Lu
    Já estou tomando o oxalato há doze dias. Os enjoos melhoram mais, mas em compensação estou com uma diarreia já faz uma semana e até dor no reto estou sentindo. Ainda bem que tenho uma consulta dia vinte e seis, pois todo dia é um efeito colateral diferente. Gostaria de saber, se você também teve alguns desses problemas?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Esses problemas fazem parte dos efeitos adversos do remédio, contudo, alguns devem ser olhados como mais atenção, como a sua diarreia. Volte a ler o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, e veja quando é necessário buscar ajuda médica. Aguardo notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Diogo Araújo

        Olá, Lu!
        Há um ano venho sofrendo com depressão bipolar e TAG. Já tomei varios remédios e me internei duas vezes. Hoje estou tomando escilex 15 mg, 2 vezes ao dia, há 49 dias. E tomo também lítio amplitilina e axonium e pioram pra dormir. Estava indo bem, mas de três dias pra cá estou sentindo um pouco de tristeza e angústia. Será que isso vai passar?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Diogo

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, não é mesmo fácil lidar com os problemas mentais, principalmente quando ainda não acertamos totalmente com o medicamento, pois todo o tratamento requer experiência em relação ao antidepressivos. Muitas vezes é necessário passarmos por muitos medicamentos, até chegarmos àquele que fará bem ao nosso organismo. Isso demanda muita paciência. Por isso digo que nós tempos que ser POPs (paciente, otimistas e persistentes).

          O oxalato de escitalopram vem sendo indicado por inúmeros médicos, pois tem uma boa eficácia para a maioria das pessoas. Quanto à tristeza e à angústia, essas emoções são comuns a todos os seres humanos, mesmo para os que não sofrem de nenhum problema mental. Todos nós, há dias em que nos vemos ansiosos e depressivos. Domingo eu mesma estava assim. Mas isso passa, se nós nos ajudarmos. O antidepressivo é responsável por 50% de nossa melhora, mas a outra parte cabe a nós, pois ainda não se inventou a pílula mágica da felicidade. Eu vou lhe enviar o link de uns textos para que possam ajudá-los. E continue vindo aqui conversar conosco.

          Um abraço,

          Lu

        2. Rozana

          Lu, hoje estou triste, e meu corpo parece estar pegando fogo. Nem sei mais o que fazer, me ajude.
          .

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rozana

          Compreendo perfeitamente o que está sentindo, minha amiguinha. Não são poucos os que passam por isso. Lembre-se de que ainda se encontra no início do tratamento. É preciso ter força para superar essa fase difícil. Ela irá passar, não tenha dúvida disso. Que tal tomar um banhozinho morno, passar um hidratante bem cheiroso em todo o corpo e procurar relaxar? Eu sempre faço isso quando não estou me sentindo bem. Deixe a água levar toda a sua tristeza. É preciso se ajudar, pois o antidepressivo não faz tudo sozinho. Procure ler os comentários e veja como outras pessoas também se sentem (ou sentiram) nessa fase. Volte a ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Volte a escrever quantas vezes precisar. Botar para fora nossos sentimentos faz muito bem. Estou com você!

          Abraços,

          Lu

  104. Anna Luísa

    Boa-noite, Lu!

    Comecei o tratamento para ansiedade com lexapro há alguns dias, estou tomando 5 mg do comprimido de 10 mg, pois ainda não me sinto segura para aumentar a dosagem. Os efeitos colaterais são a pior parte obviamente, tive uma perda de peso (já sou magra), me falta o apetite, mas a pior parte é sentir formigamento nos braços de madrugada, os quais me acordam e enrolo para dormir, visto que logo após sinto uma ausência de sensibilidade no corpo inteiro. Isso passa ao decorrer do dia, mas me preocupa um pouco inclusive para voltar a dormir. Minha pisiquiatra é super acessível, mas receio em incomodá-la. Ler as experiências das pessoas que passaram pelo blog me deixa mais paciente e positiva para seguir o tratamento, principalmente pelo fato de que os efeitos que sinto nem se comparam a de muitos aqui. Por fim, gostaria de saber se com o tempo aparecem novos efeitos colaterais e se os formigamentos que sinto e a ausência/dormência são normais e não devo me preocupar.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anna Luísa

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, gostaria de iniciar a minha resposta aconselhando-a a seguir direitinho a prescrição de sua psiquiatra em relação à dosagem, pois somente assim poderá avaliar o efeito positivo do medicamento. Quanto a emagrecer, isso também aconteceu comigo, mas com o tempo a inapetência foi diminuindo e hoje está equilibrada, tendo eu recuperado os quilos que perdi. Para evitar a acentuada perda de peso, procure tomar mais sucos, vitaminas, chás, etc., pois o líquido é mais fácil de engolir.

      Anna, em relação aos efeitos adversos, eles estão presentes em todos os antidepressivos. Ainda assim faz-se necessário observá-los, pois alguns são graves, necessitando, até mesmo, de ir ao hospital com urgência. Tenho este assunto bem explicado num texto, sobre o qual lhe repassarei o link. Leia com atenção.

      Amiga, como você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, novos efeitos adversos podem aparecer nesse período, mas irão desaparecendo após duas a três semanas. Outra coisa, não se sinta incomodada em procurar sua psiquiatra na fase inicial da medicação, pois tal contato é de fundamental importância. E ler as experiências de outras pessoas ajuda-nos a compreender a nossa.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Anna Luísa

        Oi, Lu!
        Conversei melhor com a minha médica sobre os formigamentos e dormência que tinha descrito, e ela me informou que é causado pela ansiedade, me deixando mais amena ao saber que não era do remédio. Li os textos que me indicou. E é muito bom ler de alguém que sentiu na pele o início do tratamento. Tomei hoje o primeiro comprimido inteiro e estou esperançosa em continuar esta caminhada. Obrigada pela ajuda!

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anna Luísa

          É muito importante continuar monitorando, mas sem neurose, os sintomas adversos que aparecem no início do tratamento. Sempre que necessário, volte à leitura do texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Parabéns por ter tomado o comprimido inteiro. A sua caminhada será muito valiosa, pois logo verá os resultados positivos do tratamento.

          Abraços,

          Lu

    2. Ricardo

      Aparecem sim novos efeitos, não sei se colaterais ou naturais, perda de libido total, perda de emoções totalmente, você vira um zumbi, o bom que não sofre, mas não tem prazer também. Não sei como as mulheres encaram a perda da libido, e se já perceberam como este medicamento afeta a libido, agora os homens já devem ter notado, sujeito fica praticamente broxa, castrado, sem tesão e sem ereção.

  105. Jorge

    Oi, Lu, boa-noite!

    Já comentei aqui outras vezes. Tomo há quase 3 meses o Escilex (tomava 10 mg, mas agora tomo 15 mg) e hoje me vi querendo utilizar um Salonpas por conta de dores no pescoço. Segundo consta na bula é um analgésico e anti-inflamatório. Minha dúvida é a seguinte: meu psiquiatra disse que o remédio não interagia com nenhum outro remédio, mas na internet é possível encontrar vários sites que falam que antidepressivos e anti-inflamatórios não combinam, podendo desde diminuir o efeito do antidepressivo até aumentar os ricos de uma hemorragia cerebral, e agora estou na dúvida se é melhor evitar um simples Salonpas ou se não há problemas em aplicá-lo.

    Agradeço a atenção!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jorge

      Eu já tomei anti-inflamatório mesmo tomando oxalato de escitalopram quando, recentemente, tive uma distensão na região abdominal. Penso que algo esporádico não traz risco de hemorragia cerebral nenhum. Mas se está preocupado, faça uso do aplicado no local, como Diclofenaco (anti-inflamatório não-esteroide com ação sobretudo analgésica e anti-inflamatória com pouca ação antipirética. Apresenta-se nas formas químicas de sal sódico, sal potássico, e de complexo com colestiramina. Wikipédia). É o que mais usamos em casa.

      Não suma! Abraços,

      Lu

  106. Dayane

    Olá Lu, boa-tarde!
    Como o Adriano venho por meio deste informar minha satisfação com o medicamento ESC. que estou tomando há dois meses; no primeiro mês tomei meio descontroladamente por causa dos efeitos colaterais horríveis que tive, mas após dois meses de uso correto, eu me sinto melhor, as crises não desapareceram 100% porque a melhora varia de organismo para organismo, mas me sinto bem melhor em relação aos meus pensamentos negativos, e creio que de agora em diante vem a parte boa da coisa.
    Obrigada pelas orientações!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Dayane

      Esta é a segunda boa notícia do dia, e também uma bandeira de esperança para que as pessoas não parem o tratamento diante dos passageiros efeitos adversos. Cada parada leva a uma nova luta ainda mais sofrida. Tenha a certeza de que a tempestade passou e os efeitos bons vão se mostrando cada vez mais. Mas continue aqui conosco, dando forças para a nossa família. Eu me sinto muito triste pelo fato de as pessoas ficarem boas e sumirem, esquecendo-se de que o apoio delas é muito importante para os que continuam na luta com o antidepressivos, e também para uma dezena de pessoas novas, que aparecem no blog toda semana.

      Abraços, minha querida!

      Lu

  107. Livia Saraiva

    Oi, estou vivendo essa vida também. Depois de anos vivendo com a ansiedade, dores de cabeças, dores musculares, enjoo, encontrei uma psiquiatra que realmente me entendeu. Ela passou o Esc para mim. Estou tomando a metade faz uns seis dias, porém estou com muita reação: tremores, um aperto no peito muito grande, o coração acelerado, não consigo dormir e estou com muito medo de morrer. Esses tremores duram o dia inteiro. Ela passou também o rivotril, para eu tomar 01 a 02 gotinhas, porém eu não tomei e fiquei dois dias sem tomar o esc e não passam os efeitos. Li aqui que muita gente sente efeito, mas passa? Estou com medo de tomar, pois tomo de noite e fico desesperada.

    1. Adriano

      Querida Lu!
      Vim aqui para dar boas notícias e dizer que estou praticamente curado. Tomo escitalopram de 10 mg, há 36 dias, e digo que não tive mais aqueles pensamento ruins e o pânico foi embora. Já estou indo em vários lugares e não me deu mais crises. Acredite, funciona! No meu caso comecei a me sentir realmente melhor após 1 mês, tenho que continuar a usar por mais 2 meses e voltar ao médico. Eu me sinto disposto e mais sociável também. Achei que ia ficar lerdo por usar antidepressivo, bem pelo contrário, me deixou esperto como se estivesse normal.

      Forçaa pessoal, acreditem, você vão ficar bem. Tive bem ruim.

      Abraços

      1. LuDiasBH Autor do post

        Adriano

        Que notícia maravilhosa! Agradeço a sua sensibilidade ao compartilhá-la com toda a nossa família, pois será de grande valia, pois expressa paciência, otimismo e persistência. Muitos irão mirar no seu exemplo, sentido que valerá a pena suportar a fase ruim dos efeitos adversos, pois há luz no fim do túnel.

        Amiguinho, a prova de que o antidepressivo não deixa ninguém “lerdo” sou eu, usuária de tal tipo de medicamento desde a adolescência, e que tenho um monte de funções, dentre essas está a prazerosa oportunidade de conversar com vocês, meus amigos e irmãos. Todo este estigma envolvendo os antidepressivos não passa de ignorância em relação ao cérebro, ao alijá-lo das demais partes do corpo.

        Adriano, parabéns pelo seu esforço e persistência. Parabéns pela busca de uma vida com qualidade. Não pare antes do tempo. Saiba também que continuará havendo dias bons e outros nem tanto, pois continua humano em suas emoções. E não deixe de visitar-nos. Aproveite para conhecer as outras categorias do site. Será um prazer para mim!

        Um grande abraço,

        Lu

      2. Izabela

        Bom dia, Adriano.
        Como foi sua adaptação? Estou tomando Deciprax (oxalato de escitalopram) há 2 semanas, os efeitos estão sendo terriveis. Sinto um vazio imenso, uma desesperança até pior do que a que eu estava sentindo, um medo das pessoas e do mundo. Mas não deixo isto me vencer, vou às ruas, à academia, mas vou arrastando. Estou sentindo que estou lerda, sem raciocínio, está me prejudicando no trabalho e tudo. Entrei em contato com meu psiquiatra ele disse para eu me esforçar que os sintomas desaparecem em 1 mês aproximadamente.
        Como foi sua adaptação?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Izabela

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, espero que o Adriano veja o seu comentário. Você está agindo corretamente ao tentar levar sua vida como antes. Os sintomas adversos irão passar e terá valido a pena todo o seu esforço. É normal que se sinta pior do que antes de iniciar o tratamento. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e siga em frente. Logo estará vendo a luz no fim do túnel.

          Abraços,

          Lu

      3. Marina Freitas

        Olá, pessoal!
        Eu estava bem confusa, minha cabeça não conseguia fixar apenas em um pensamento, pois muitos viam em minha mente, muitos pesadelos e também uma irritaçâo. Procurei ajuda porque já estava sendo criticada. Hoje faz 6 meses que tomo oxalato de escitalopram de 10 mg. Estou ótima, 100%, mas engordei muito, estão todos reparando, e não sou muito de comer. Será que é o medicamento? Faço academia, caminhada e não perco peso. Estou chateada com isso, tenho receio de parar com o medicamento. Ajudem-me respondendo. Obrigada!.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marina

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos. O oxalato de escitalopram tanto pode engordar como emagrecer, dependendo da reação de cada organismo. De modo que, algumas pessoas engordam e outras emagrecem muito. Porém, com o tempo, o organismo vai recuperando o seu equilíbrio. Eu, por exemplo, emagreci muito, pois não tinha fome alguma. Agora já estou no meu peso ideal. Conheço pessoas que engordaram e depois voltaram ao peso de antes. Mas, se o fato de engordar está a incomodá-la, procure seu psiquiatra e fale sobre isso com ele, que poderá ajudá-la, inclusive mudando de medicação. Somente ele saberá o que fazer. Também poderá procurar uma nutricionista que a orientará nessa fase. Não pare a medicação sem o aval médico, pois a abstinência é terrível, fazendo com que as crises piorem. Tudo poderá ser resolvido com seu médico.

          Marina, percebi que você é muito preocupada com a opinião dos outros. Não seja assim, pois isso a fará sofrer muito. Preocupe-se com sua saúde, mas não com o que pensam as pessoas à volta. Aguado notícias suas.

          Abraços,

          Lu

      4. Kal

        Oi, Adriano e Lu!

        Fico bem mais tranquila em ver relatos com resultados positivos. Fui diagnosticada com TAG e depressão. Meu psiquiatra disse que a depressão é como se fosse um sintoma da TAG! Então, como senti sintomas de toda doença, fui em vários médicos, fiz vários exames e todos normais. Quando fui ao neurologista, ele passou o Remis (oxalato de escitalopram) 10 mg, mas que na primeira semana era para tomar apenas metade do comprimido. Com 4 dias resolvi procurar o psiquiatra e ele me falou que 5 mg não é dose terapêutica e que não tratava, que eu podia começar a tomar o compromido inteiro, na quarta-feira passada comecei (19/10/2016). Senti como se tivesse piorado os sintomas, mas percebo que venho melhorando aos poucos. A única coisa que mais me incomoda é a noite, pois mesmo tomando o apraz 0,50 mg, acordo muito na madrugada e isso me faz amanhecer cansada, e em alguns dias me sinto para baixo. O psiquiatra pediu que aumentasse a dose para 1 mg de apraz, antes de dormir, e falou que isso é efeito colateral do antidepressivo, que vai normalizar e já já não precisarei do apraz!

        O que vocês acham? Tem dias que acordo como se fosse tensa, costas pegando fogo.. É assim mesmo? O Remis não ja devia ter feito o efeito positivo? Quero me sentir mais disposta logo!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Kal

          Todos os sintomas citados por você são relativos à primeira semana de uso do antidepressivo, quando a pessoa sente-se pior do que antes de dar início ao tratamento. Trata-se de seu organismo tentando rejeitar uma substância que lhe estranha. Não se preocupe. Entre duas e três semanas, normalmente, você começará a sentir-se cada vez melhor. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) para conviver com essa fase inicial. Mas todo o sofrimento valerá a pena. O ansiolítico é muito importante nesse princípio, pois ajuda a suportar os efeitos adversos, principalmente os relativos ao sono. Logo poderá deixá-lo de lado.

          Amiguinha, quanto à dosagem, seu médico está correto. A primeira semana com 5 mg é apenas no sentido de ir acostumando o organismo, aos poucos, com o medicamento, mas tal dosagem é aquilo que podemos chamar de “insossa”, não traz os efeitos necessários para a pessoa em tratamento. Você deverá sentir os efeitos positivos do oxalato de escitalopram lá para a segunda semana em diante, embora haja casos que fujam à regra. Enviei-lhe alguns links para que leia, no intuito de ajudá-la.

          Kal, pode sempre contar conosco. Não se sinta só.

          Abraços,

          Lu

        2. Kal

          Lu, obrigada por ser sempre tão atenciosa!

          Ontem completou 15 dias de escitalopram 10mg (remis) e ainda sinto sintomas como enjoo, ansiedade. Falei com meu psiquiatra por wpp e ele pediu para alterar a dose para 20 mg e que é normal e esperado esse aumento na maioria dos casos. Mas fiquei pensando, não será cedo para aumentar a dose? Estou bem apreensiva!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Kal

          Eu nunca interfiro no tratamento da pessoa, até porque não tenho formação médica. Sou apenas uma interessada no assunto, sobre o qual leio muito e faço pesquisa. Mas sou aqui obrigada a dizer que concordo plenamente com você. Vejamos:

          1. Você ainda se encontra no período de normalidade dos efeitos adversos, que duram entre duas e três semanas, podendo chegar a um mês ou mais.
          2. O aumento da dosagem deve se dar com o paciente e o médico conversando “cara a cara”, com a avaliação feita através de perguntas e respostas, jamais por “zap” ou e-mail. Ele precisa saber, inclusive, se os sintomas vêm decrescendo, ou se estão acentuando.
          3. O aumento de dosagem é esperado, sim, em alguns casos, mas após uma avaliação médica mais séria. O especialista deverá explicar se você terá ou não efeitos adversos com o aumento da dose, etc. Eu, por exemplo, tomo 10 mg há mais de cinco anos.

          Amiguinha, você diz que ainda sente enjoo e ansiedade, o que é normal, pois ainda se encontra na fase inicial do tratamento. Gostaria de saber se é capaz de avaliar se tais sintomas estão aumentando ou diminuindo? Em que acha que obteve melhoras? Esperar completar mais uns dias seria ótimo, contudo, se sentir que é impossível, marque uma consulta com seu psiquiatra e vá pessoalmente conversar com ele.

          Beijos,

          Lu

        4. Kal

          Lu, eu senti melhora, e de domingo para cá tive sintomas de ansiedade, fiquei desanimada, enjoo, mas eis que hoje iniciou a menstruação. Será que esses sintomas não podem ter sido da tpm? E outra dúvida, sinto muita cólica menstrual, será que posso tomar o ponstan?

        5. LuDiasBH Autor do post

          Kal

          Você ainda se encontra no início do tratamento, mas a tpm também pode trazer sintomas parecidos. Quanto ao ponstam, não vejo problema algum, ainda assim, consulte o seu médico. Para amenizar a cólica menstrual, coloque bolsa de água quente ou um saquinho de gel aquecido, envoltos em toalha, no local.
          Beijos,

          Lu

  108. Edilma Silva

    Estou no quarto dia do oxalato. Os enjoos melhoram um pouco, mas as dores de cabeça aumentaram, e uma sensação de dormência na cabeça estão me deixando preocupada. Será que não tem o risco de ter um derrame por causa das dores?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Os efeitos adversos devem passar depois de 15 dias. Embora as dores de cabeça façam parte dos efeitos adversos, comunique-se com seu psiquiatra. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para saber quando deve procurar ajuda médica com mais urgência. Não há risco de derrames, mas veja com o psiquiatra como diminuí-la.

      Abraços,

      Lu

      Abraços,

      Lu

  109. Kat

    Oi, Lu!
    Nos 3 primeiros dias, ingeri apenas 1/2 comprimido e nesses dias consegui ter menos palpitações. Após a consulta com psiquiatra, ela pediu que eu ingerisse 1 inteiro pela manhã e suspendeu o fitoterápico Calman. Estou no 13° comprimido de Fluo e o principal efeito colateral é o excesso de sono – e claro, a perda do apetite, que está voltando aos poucos – pois já sou muito magra e temo emagrecer ainda mais. No 5° dia tive, diarreia e à noite a pior dor de cabeça da minha vida, achei inclusive que iria morrer ou estaria tendo um AVC – senti tremores a noite toda. No 6° dia tive um alivio extraordinário das dores musculares, um relaxamento profundo e gostoso. A dor de cabeça, segundo a psiquiatra, é um dos efeitos dos Serotonergicos no cérebro. Utilizarei por mais 2 meses e breve voltarei à consulta com a psiquiatra, para ver se ela vai aumentar a dose. Provavelmente vou tomar Fluo por muito tempo, pois tenho ansiedade há anos, desde infância, e atualmente tenho 26 anos, e a ansiedade me causou muitas dores físicas, proveniente da tensão muscular. Tenho dúvidas se tenho depressão, pois fico muito tempo no quarto sozinha, perdi o interesse por muitas coisas e me sinto sem esperanças, espero que a fluoxetina também resolva esse problema.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kat

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, conviver com uma ansiedade sem limites é dose para leão. E somente quem passa ou passou por isso pode avaliar. É uma pena que não tenha buscado tratamento há mais tempo. O bom mesmo é que a Ciência tem trazido remédios que combatem tal distúrbio, possibilitando a seu portador uma vida com qualidade. Portanto, mantenha a calma, pois logo tudo isso será coisa do passado, e sua vida tomará o caminho desejável. E pelo que diz em relação ao desinteresse pela vida, é provável que também esteja com depressão, mas o antidepressivo sanará isso também. Continue POP (paciente, otimista e persistente) e não se preocupe com o tempo que deverá tomar o medicamento. Jamais pare sem o consentimento médico, para que as crises não se tornem ainda mais fortes.

      Kat, eu tomei fluoxetina durante muitos anos. Só parei quando passou a não mais fazer efeito. Os efeitos adversos de que fala estão ligados ao antidepressivo. Mas eles não tardarão em passar, vindo os positivos. O que importa é que agora encontra-se em tratamento. Siga direitinho a recomendação médica e repasse para a psiquiatra tudo o que tem sentido em relação ao medicamento. Se achar que algum efeito ruim está a incomodá-la muito, não espere os dois meses para procurá-la.

      A médica suspendeu o fitoterápico em razão do excesso de sono que tem (alguns têm insônia). A inapetência também irá passar, à medida que o organismo for se equilibrando. Mesmo assim, procure ingerir pelo menos líquidos: sucos, vitaminas, etc. Continue nos dando notícias de seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

  110. Edilma Silva

    Estou no segundo dia do oxlato de escitalopram, e estou com uns sintomas desagradáveis como: enjoos, dor de cabeça e tonturas. Nao sei se consigo continuar com o tratamento para a ansiedade.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edilma

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos, mas que passam depois de um determinado tempo, que pode variar entre duas a três semanas ou um pouco mais. E é claro que você dará conta do recado. Existe algo pior do que conviver com ansiedade? Se você foi capaz de conviver com isso, como não aguentar duas a três semanas de sintomas ruins? Não pare o seu tratamento, pois as crises ficarão cada vez mais fortes, e terá que retomá-lo, queira ou não. Lembre-se de que precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). E quando menos esperar estará tendo uma vida infinitamente melhor, pois há sempre luz no final do túnel.

      Edilma, vou lhe passar o link de alguns textos que poderão ajudá-la. Saiba que também tomo oxalato de escitalopram, há mais de quatro anos, e sinto-me muito bem. O início é difícil, mesmo, mas nada que não possa suportar. Lembre-se de que, se não tratada, a ansiedade tende a aumentar cada vez mais, até chegar à SP (Síndrome do Pânico). Leia os comentários para ver quantas pessoas estão vivendo o mesmo que você.

      Amiga, estamos todos torcendo por você. Dê-nos notícias diárias. Não se sinta só!

      Abraços,

      Lu

    2. Livia Saraiva

      Oi, estou vivendo essa vida também. Depois de anos vivendo com a ansiedade, dores de cabeças, dores musculares, enjoo, encontrei uma psiquiatra que realmente me entendeu. Ela passou o Esc para mim. Estou tomando a metade faz uns seis dias, porém estou com muita reação: tremores, um aperto no peito muito grande, o coração acelerado, não consigo dormir e estou com muito medo de morrer. Esses tremores duram o dia inteiro. Ela passou também o rivotril, para eu tomar 01 a 02 gotinhas, porém eu não tomei e fiquei dois dias sem tomar o esc e não passam os efeitos. Li aqui que muita gente sente efeito, mas passa? Estou com medo de tomar, pois tomo de noite e fico desesperada.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Lívia

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, ao que me parece, você levou dois anos para procurar tratamento. É uma pena que tenha sofrido tanto tempo. Também faço uso do oxalato de escitalopram há mais de quatro anos e dou-me muito bem com este antidepressivo.

        Lívia, todo antidepressivo traz efeitos adversos que passam em cerca de duas a três semanas, normalmente. É preciso ser forte nessa fase. É necessário ser POP (paciente, otimista e persistente). Não precisa ter medo de morrer, pois tais sintomas fazem parte das reações ruins. Quase todas as pessoas passam por isso na fase inicial do tratamento.

        Você deve seguir a risca a receita médica. Não adianta parar, pois cada vez que voltar ao medicamento será ainda pior. Não faça nada por conta própria. E quanto mais cedo passar essa fase ruim, melhor. Peça a sua médica para mudar o remédio para ser tomado na parte da manhã. Talvez seja melhor para você. Mas não faça isso sem o consentimento dela, para não acabar tomando uma super dosagem. E quando sentir que os efeitos ruins estão insuportáveis, entre em contato com a psiquiatra. Isso é muito importante nessas primeiras semanas. Leia os links que lhe enviei, para obter mais conhecimento.

        Beijos,

        Lu

  111. Gustavo

    Olá, Lu, boa-noite!

    Também estou diagnosticado com TAG, e sinto algumas coisas estranhas durante todo o dia, como estar fora de mim, um pouco de tontura, uma ansiedade forte que acaba tirando o sono, mas o que mais me incomoda desde o início é a minha alteração constante de pressão arterial. Há um mês atrás era 12/7 e hoje oscila drasticamente entre 16/10, 18/11 durante o dia todo, e muitas vezes estabiliza rápido, já noutras não tenho a mesma sorte. É nomal essa situação? Já realizei todos exames e não sou hipertenso. Iniciei o tratamento com oxalato de escitalopram há uma semana atrás, após ter esses sintomas.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gustavo

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família.

      Amiguinho, a TAG (Transtorno da Ansiedade Generalizada) interfere duramente no equilíbrio do organismo da pessoa acometida por tal distúrbio. Dentre os seus inúmeros sintomas (inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitações, falta de ar, taquicardia, sudorese excessiva, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares, etc), que variam de uma pessoa para outra, também está o aumento da pressão arterial. Por sua vez, os antidepressivos também têm sintomas adversos, também variáveis de uma pessoa para outra, e um deles pode ser o aumento da pressão arterial.

      Portanto, Gustavo, o aumento de sua pressão arterial tanto pode estar sendo causada pela TAG ou pelo oxalato de escitalopram, na fase inicial do tratamento. O importante é que, passada a fase ruim, que dura entre duas a três semanas, os efeitos adversos do remédio irão desaparecendo e os bons surgindo. E a sua pressão voltará a normalizar-se, pois equilibrar o organismo é a função do medicamento, ao conter sua ansiedade exagerada. Essa situação é normal, sim. Fique tranquilo e siga seu tratamento direitinho. Não pare sem o consentimento médico. O início do tratamento é mesmo muito duro, mas nada que não possa aguentar. E vale a pena passar por esse sofrimento, pois sua qualidade de vida será outra. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Continue em contato comigo.

      Abraços,

      Lu

  112. Nathalie

    Olá, Lu, tudo bom?
    Minha sogra está em depressão. Ela começou a ficar estranha em abril. Há uns 2 meses conseguimos levá-la a uma psiquiatra que recomendou que tomasse o Reconter. Minha dúvida é a seguinte: ela costumava ir em outro psiquiatra apenas para pegar a receita do Alprazolam, ela é ansiosa mas o tratamento há anos já não faz efeito. Está viciada no remédio e não dorme sem ele. Ela nem conversava mais com o médico. Quando a nova psiquiatra recomendou o Reconter, disse que tomaria, parecia um pouco mais animada na segunda semana, mas não sabemos se foi devido ao remédio. Só que ela resolveu parar. Descobrimos há umas 2 semanas que tomou apenas 7 comprimidos. Ontem estava mal. Parece que estava deitada há 2 dias sem comer e nem beber nada, mal conseguia andar. Levamos ao hospital. Vai ficar morando conosco até melhorar. Porém, hoje demos o remédio de manhã e no almoço ela disse que já tinha tomado. Ou seja, tomou dois.

    Ligou falando que a casa estava alagada (não estava), disse que a PF está atrás dos carros, conversa com pessoas que não estão presentes e fala em cavernas mágicas. Me pediu para comprar um “Ctrl C + Ctrl V”. Estamos assustados, o que pode ser isso? Ela não fala mais nada com nada. Percebemos alguma confusão antes e já tinhamos até comentado, mas nada parecido com o que aconteceu hoje. Ela está em um outro mundo.
    Pode ser algum efeito adverso de um dos medicamentos ou a combinação dos dois? Pode ser um outro problema que está acontecendo junto? Ela tem 64 anos. Tem como reverter esse quadro?

    Ela já não vai trabalhar há meses. Mentia falando que estava tomando o remédio e que estava no trabalho. Está conversando com a parede falando que é a vizinha… O que fazer? A médica não estará na cidade nesta semana, será que tem algum problema esperar uma semana ou é o caso de procurar ajuda imediata? E de quem? Obrigada e desculpe pelo texto gigante.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nathalie

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, quando a depressão é detectada, o importante é que o tratamento comece imediatamente para cortá-la no nascedouro, pois, com o tempo, ela só tende a piorar. Quanto à sua sogra, eu só não entendi o porquê de o psiquiatra com o qual ela pegava a receita de Alprazolam (tranquilizante) não ter lhe passado um antidepressivo. Será que ele não detectou sua depressão? Ela não pode ficar seguindo a orientação de dois psiquiatras, pois existem remédios que não são compatíveis, podendo acontecer um choque de extrema gravidade.

      O Reconter (oxalato de escitalopram) é atualmente um dos antidepressivos mais indicados para o combate à depressão. Inclusive eu mesma faço uso dele há vários anos. Porém, como os antidepressivos possuem efeito acumulativo, só pode haver descontinuidade com a anuência médica, jamais por conta própria. Imagino que ela tenha parado em razão dos efeitos adversos que aparecem no início do tratamento, e que passam depois de duas a três semanas, normalmente. A parada com o medicamento deve ter aumentado o grau da depressão, jogando-a na cama.

      Nathalie, é preciso ter muito cuidado ao tomar o antidepressivo, para que não haja superdosagem, principalmente no início do tratamento, quando o organismo ainda não se adaptou à nova substância. Essa reação que sua sogra apresentou foi sem dúvida efeito da dobra da dose. É bom que vocês, por enquanto, não deixem que ela tenha acesso ao remédio, dando-lhe na mão para tomá-lo. Como só tive acesso a seu comentário agora, imagino que já a tenha levado ao hospital e sanado o problema. Se ela melhorou sem tal necessidade, pule um dia sem dar o remédio, a fim de reequilibrar a dosagem. E se foi ao hospital, o médico deverá ter lhe dado as instruções necessárias.

      Algumas pessoas, nas primeiras semanas de uso do antidepressivo, apresentam confusão mental. Sendo a dosagem dobrada, a confusão é maior ainda, necessitando acompanhar o paciente, para que ele não pratique nenhum ato contra si mesmo, incluindo o suicídio. Nessa fase, sua sogra precisa ser vigiada. Não a deixe sozinha. Trata de efeitos adversos, sim, que irão diminuindo com o passar dos dias, até que o organismo equilibre-se totalmente. Quanto a isso não se preocupe. Veja também como ela está tomando o Alprazolam, se está usando a dosagem prescrita. É importante que sua psiquiatra tome ciência de todos esses fatos, inclusive sobre o uso do tranquilizante. E ela decidirá o que fazer. Tenha sempre o e-mail dela para contato, pois nas primeiras semanas essa interação é fundamental. Quando achar que a situação está séria, não sendo possível um contato com a médica, procure imediatamente um posto de saúde ou unidade hospitalar. Vou lhe enviar links de textos com maiores detalhes. Aguardo novas notícias.

      Abraços,

      Lu

  113. Vanessa

    Oi, Lu! Tudo bem? Parabéns pelo blog!
    Estou há 3 semanas tomando Escitalopram, mas acho que nao está funcionando pra mim, pois me sinto ainda muito ansiosa e com pensamentos ruins o dia todo. Antes de iniciar o tratamento, estava sentimdo uma dor na cabeça, num ponto específico, que segundo minha medica é sintoma da ansiedade. E essa dor me incomoda muito, acordo já pensando nela. Estou me sentindo muito triste e desanimada. Estava acostumada a tomar um vinho com o marido nas sextas-feiras! Estou sentindo falta disso. Posso tomar vinho fazendo uso do escitalopram? Tomo também zoplicone à noite para dormir!

    Beijos
    Vanessa

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se à vontade neste cantinho.

      Amiguinha, três semanas de uso do antidepressivo pode ser um prazo muito curto para você, pois muitas pessoas precisam de mais tempo. O ideal é que aguarde pelo menos 30 dias. Pode ser também que a dosagem precise ser aumentada, mas somente o médico poderá fazer isso, após uma avaliação dos resultados. Essa dor de cabeça é resultante da tensão que lhe causa a ansiedade, que mexe com todo o nosso organismo, à qual se adiciona o psicológico em desequilíbrio. Assim que o antidepressivo começar a fazer efeito tudo irá voltando ao normal, pois essa é a função do medicamento.

      Vanessa, o transtorno de ansiedade tem sido cada vez mais comum, conforme poderá ler nos comentários. Contudo, a Ciência vem colocando no mercado medicamentos cada vez mais modernos para contê-la. Levante o seu astral e seja POP (paciente, otimista e persistente), pois, quando menos esperar, tudo terá mudado para melhor. Mas é preciso acreditar no tratamento. Quanto ao vinho, poderá continuar tomando, nas sextas-feiras, umas duas taças com seu marido. Também tomo oxalato de escitalopram e tomo duas taças de vinho nos sábados. Mas não abuse, senhorinha. Agora veja se o zoplicone permite tomar (leia a bula).

      Amiguinha, algumas pessoas têm muito sono com o oxalato de escitalopram (compro sempre o mais barato), enquanto outras têm insônia. Se toma o zoplicone só para dormir, quando estiver sonolenta não há necessidade de tomá-lo. Tome também bastante chá de camomila durante o dia, um banho tépido antes de deitar-se e um copo de leite morno, caso tenha insônia. Quanto aos pensamentos ruins, aprenda a jogá-los fora toda vez que aparecerem. Procure preencher sua mente com outras coisas. Não dê espaço para eles. O bom é que tudo isso irá passar. Continue me enviando informações.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Rick

        Oi, Lu!

        Queria tirar uma dúvida. Hoje senti uma sensação de água fria no meu peitoral. Era como se tivessem colocado um gel refrescante de massagem, sabe? E foi aumentando essa sensação na medida em que meu medo aumentava. Pensei logo num ataque cardíaco. O que você me diz a respeito disso? Seria uma crise de síndrome do pânico? Ação do remédio? Pois essa semana tenho estado muito ansioso. Meu Deus! Quando é que isso vai passar…. Não posso sentir nada no meu corpo que potencializo. E fico muito mal. Os zumbidos nos ouvidos ainda permanecem… Mas tenho de conviver com eles. Fazer o quê?

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Não li nada que leve a tal sensação. Concluo, portanto, que se deve ao seu estado de ansiedade. E como gentileza gera gentileza… risos, ansiedade também gera ansiedade, ou seja, ela só vai potencializando, se não houver um freio. Portanto, trate de botar freio nessa indesejável senhora. Não lhe solte as rédeas. Procure sempre racionalizar suas emoções, quando desenfreadas.

          Amigo, em relação aos zumbidos, penso eu que irão passar quando mudar de antidepressivo, se estiverem relacionados ao mesmo, mas, se forem em razão de sua ansiedade, passarão quando domá-la, como já expuseram alguns comentaristas com o mesmo problema.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Rick

          Ciente. Lu.
          Pois é… Quando vem algo assim no meu corpo, penso logo em coração… E pronto. Pegue angústia… Infelizmente tenho que tratar dessa hipocondria que veio junto com o meu estado de ansiedade generalizada. Obrigado mais uma vez por me ouvir (ler) e poder me confortar com suas respostas.

          Rick

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Quanto mais conhecimento a gente agrega, mais fácil fica conviver com as neuroses… risos. Mas não permita que a hipocondria seja sua dona. Enxote-a! Mude seus pensamentos para outra direção, quando ela se aproximar.

          Abraços,

          Lu

  114. Helaine

    Boa-tarde, Lu e amiguinhos!
    Depois de dias de angústia e desespero graças a Deus e ao tratamento estou 99% melhor.Comecei com escitalopram de 10,depois fui para o de 15 e depois de mais um ajuste estou há 2 meses tomando o de 20 mg. Melhorei muito, estou conseguindo fazer minhas tarefas domésticas, sair para passear, conversar com as pessoas em minha volta, e aquela sensação de oco no peito também sumiu praticamente. Antes estava tomando 1 zolpidem de 10 para dormir, hoje já consigo dormir com meio.

    Lu, ainda sinto algumas sensações de angústia, sem compreender muito o porquê, mas acredito que vai passar também. O que incomoda muito é a falta de concentração, memória e os “brancos”que me dá do nada.

    Quero dizer aos amiguinhos, que ainda estão com crises fortes, que por mais que pensamos que as crises não irão passar, acreditem e insistam no tratamento porque tem sim a luz no fim do túnel, como diz a Lu!

    Sou muito grata a você, Lu, e a todos que colocam aqui as experiências; muito me ajudaram. E a sensação de que não estou só nessa condição foi e é essencial.
    Deus nos abençoe e sustente sempre!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Helaine

      Hoje eu vou ter que tomar uma boa taça de vinho, pois é a segunda pessoa a dar-me boas notícias. Estou tão feliz por você, pois sei o quanto sofreu! E 99% é uma porcentagem maravilhosa.

      Amiguinha, mesmo quem não sofre de nenhum problema mental sempre irá ter dias bons e outros nem tanto, pois afinal ainda continuamos humanos. E que assim seja! Também tenho os meus dias cinzas, sem vontade de levantar-me da cama… Mas quando me lembro que um dia maravilhoso está lá fora à minha disposição, pulo da cama, abro a janela e agradeço por estar vivendo mais um dia. Outra lembrança boa nesses dias é pensar que muitas pessoas precisam de nós, que fazemos a diferença na vida delas. Quanto à falta de concentração e memória, vá na página principal deste site e clique em ÍNDICE GERAL. Ao abrir, clique em VIDA SAUDÁVEL. Ali encontrará vários textos que ajudam na concentração e memória.

      Obrigada pelo seu comentário tão gentil e pelas palavras direcionadas a nossos “amiguinhos”, indicando-lhes a luz no fim do túnel. E não nos abandone.

      Beijos,

      Lu

  115. Thiago Sartório Raymundo

    Olá, Lu!

    Vou tentar resumir um pouco da minha história quanto a minha ansiedade. De uns meses pra cá comecei a sentir que estava mais agitado, preocupado, então isso me comprometia a memória, concentração, esquecimento, me sentia mais “lerdo” também, tanto fisicamente quanto mentalmente, (mas não estava nada exagerado).

    Em julho tive uma crise de ansiedade, que pra mim, foi algo terrível, meu coração parecia que ia pular para fora do corpo. Nesse mesmo dia da crise, comecei com rivotril, apenas 10 gotas (3 de manhã, 3 à tarde e 3 à noite), que meu avô psiquiatra me deu pra sair da crise. Tomei apenas durante 1 semana e decidi parar ou trocar de medicação, pois só estava piorando a minha memória, concentração e amnésia e também problemas na fala, até mesmo dificuldades para ler, voz rouca. Foi daí que passei a ter consultas com outro profissional, psiquiatra também.

    Ele me receitou escitalopram 10 mg e alprazolam 0,5mg ao acordar. Desde então minha ansiedade estava diminuindo, mas surgiu outros efeitos colaterais, como zumbido no ouvido, dores de cabeça, comprometendo a respiração (tenho desvio de septo e rinite). Usei essa medicação durante 1 mês e nada de ficar bem… Troquei de medicação, passei a usar venlafaxina 75mg e quetiapina 25mg, minha atual medicação, comecei o tratamento no dia 31/08 e meus zumbidos e dores de cabeça só pioram.

    Queria saber se isso me ajudará quanto a memória, problemas na fala, concentração e amnésia. Porque oque mais me angustia é essa dificuldade que estou tendo, quanto mais problema, mais ansioso fico, e por estar muito triste e cabisbaixo, não me sinto à vontade em sair de casa, parece que não tenho assunto com ninguém, de tão preocupado estou. Ah, e sofro de insônia há 2 anos, meu sono sempre foi péssimo. Queria saber também se tem algum problema tomar o Cognitus para ajudar na memória, junto com esses medicamentos. Aguardo retorno, Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Thiago

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, caso venha a ler os comentários dos textos aqui no blog, relativos à SAÚDE MENTAL, verá que a grande maioria lida com TAG (transtorno da ansiedade generalizada). Parece até mesmo que a Terra ajustou sua órbita para uma rotatividade maior, deixando-nos totalmente sem equilíbrio, tamanho é número de pessoas acometidas hoje pela ansiedade sem uma causa definida, e isso nas mais diferentes taxas etárias. Portanto, busque ficar tranquilo, pois isso é um dos males de nosso século. O bom é saber que a medicina avança cada vez mais no tratamento das questões mentais, possibilitando-nos melhor qualidade de vida. É fato que, por não se ter exames específicos, a gente pena um pouco, até acertar no medicamento que irá fazer toda a diferença. Nessa fase eu sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Se a sua ansiedade for traumática (derivada de um trauma) aconselho-o a fazer um tratamento psicoterápico, mas se apareceu do nada, sem nenhum motivo aparente, terá que fazer uso de um antidepressivo e ansiolítico.

      A crise que você teve em julho foi a malvada crise do pânico (SP), hoje tão comum. O que tenho percebido é que todas as pessoas que não tratam a ansiedade, permitem que essa se avolume e acabe desembocando na SP. E quanto mais cedo iniciar a medicação, mais rapidamente se verá livre dos chiliques trazidos por essa senhora. Mas, se não os levar a sério, as crises serão cada vez mais fortes e severas, como a malária. Portanto, não dê tréguas a essa visita indesejada. Depois que passei a fazer uso do oxalato de escitalopram, há mais de cinco anos, nunca mais tive SP (sou depressiva crônica, trata-se de um longo histórico familiar).

      Amiguinho, tudo isso irá passar. Dê tempo ao seu organismo para acostumar-se com os medicamentos. Todos passam por isso. Leia os comentários para ver que não está sozinho. Essa sua tristeza e desânimo são mais do que natural. Você quer ficar em casa porque é o lugar onde se sente mais seguro, caso tenha uma crise de pânico, onde não será incomodado por ninguém, onde as pessoas não virão lhe fazer perguntas. Todos nós, nessa fase, buscamos o casulo de nossa casa, pois ela representa a nossa segurança. Mas há uma coisa que precisa saber: o antidepressivo não faz milagres, se você não fizer a sua parte. Eu acho que ele representa 50% de nossa melhora, mas a outra parte é função pessoal nossa. Vou lhe passar o link de um texto em que trabalho com este tema.

      Normalmente, as pessoas ansiosas são insones, pois não conseguem livrar-se da lida do dia, carregando tudo na cachola. Mas existem pequenas coisas que podem nos ajudar (também sou): um banho tépido antes de dormir e também um copo de leite morno, chá de camomila umas seis xícaras ao dia, exercícios físicos (caminhada, por exemplo), música clássica bem baixinha, não ver tv ou ler até uma hora antes de deitar-se, etc.

      Thiago, muitas pessoas não se dão bem com rivotril. Eu sou uma delas. Comecei a ter alucinações e pesadelos. O meu médico mudou para bromazepam. Quanto aos efeitos adversos do antidepressivo, eles são normais e variáveis de pessoa para pessoa. Estou com um amiguinho aqui no blog que já fez mil exames para descobrir o zumbido nos ouvidos. Mas a bula do oxalato de excitalopram traz esse problema como um dos efeitos colaterais. À medida que seu organismo for se adaptando ao medicamento, tudo irá desaparecendo, chegando os bons efeitos. E ainda que tenha mudado de antidepressivo, terá que passar pelos efeitos colaterais, pois todos eles os possuem. Não há como fugir dos tais. Por isso, amiguinho, somente quando tais efeitos são insuportáveis, é que o médico costuma mudar a medicação. Algumas pessoas levam mais de um mês, até dois, para se adequar ao medicamento. É um período de muito paciência para todos.

      Thiago, não se sinta constrangido em me escrever sempre que assim o desejar. Quero continuar obtendo notícias suas. Combinado?

      Abraços,

      Lu

    2. Rick

      Olá, Thiago!
      Sua trajetória é muito parecida com a minha. Faço tratamento com escitalopran e Alprazolan. Tenho zumbidos nos ouvidos e não passam! Fiz uma série de exames e nada foi diagnosticado, me fazendo acreditar realmente que seja efeito dos remédios. Estou convicto também de que se fosse algo mais grave, já teria vindo à tona. Portanto, meu amigo, mesmo em meio a tanta angústia, não perca a esperança. Continue firme no tratamento sem o interromper. Um dia, isso ha de passar… E outra coisa, a sua história me deixou mais aliviado em saber que não estou sozinho… rs

  116. LuDiasBH Autor do post

    Allan

    Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

    Amiguinho, eu não entendi bem por que você tomou Cloridrato de Clomipramina após uma bebedeira, antidepressivo usado para tratar a depressão e distúrbios do humor. Com que intenção fez isso? Pensava em curar ressaca? Não resta dúvida, para mim, que os efeitos do medicamento não foram bons para você, uma vez que passou mal imediatamente a seu uso (veja o link http://www.minhavida.com.br/saude/bulas/446-cloridrato-de-clomipramina-comprimido-revestido). Quanto tempo levou para ir ao médico após ingerir tal medicamento? Se demorou, é fato que não mais havia tal substância em seu corpo, tampouco haveria risco de intoxicação. Mas o medicamento, usado sem nenhum critério, pode ter desencadeado uma crise de ansiedade, até então oculta, mas prestes a aparecer. Qualquer coisa pode desencandear tais crises.Não existe uma explicação lógica para elas. São como um iceberg, que muitas vezes deixa apenas uma pontinha de fora, mas pronto para vir à tona. Não pense mais nisso. O importante é o tratamento para contê-la.

    Allan, a médica deve ter ficado preocupada com o fato de você ter tomado um antidepressivo após uma bebedeira. Também fiquei surpresa. Por que existia tal remédio em sua casa? Alguém fazia uso? Você tinha conhecimento de qual era a eficácia dele? É uma pena que ela, a médica, tenha perdido uma boa oportunidade de tirar as dúvidas, empurrando-o para a frente. Mas mesmo mal-humorada, ela se preocupou consigo.

    O Alprazolam é um tranquilizante muito usado em crises de ansiedade, medo, tensão, irritabilidade, etc. Entre os meus leitores, seu uso é muito comum. Mas só deve ser tomado quando houver necessidade. Se não está sentindo nada disso, não precisa tomar todo dia. Ele é, normalmente, usado como coadjuvante de um antidepressivo, principalmente na fase inicial do tratamento. “Alguns dos efeitos colaterais de Alprazolam podem incluir prisão de ventre, depressão, alterações na memória, ansiedade, tremor, tontura, sonolência, perda de consciência, falta de coordenação motora, dificuldade para dormir, dor de cabeça, confusão, fala lentificada e difícil de compreender, secura na boca, nervosismo, náusea, inflamação na pele, cansaço extremo, irritabilidade, visão embaçada, diminuição do apetite, diminuição da libido ou impotência sexual, sensação de cabeça vazia, alterações no do equilíbrio ou perda ou aumento de peso” (http://www.tuasaude.com/alprazolam/).

    O Eficentus é um antidepressivo à base de oxalato de escitalopram, e, como todo antidepressivo, possui efeitos adversos. No início do tratamento a pessoa pode sentir pior do que antes, melhorando apenas duas a três semanas depois, normalmente. Você também não pode parar a bel-prazer, pois passa a sofrer os efeitos da abstinência. A prescrição médica deve ser seguida rigorosamente, pois seu efeito é acumulativo. Quando se para de tomar um antidepressivo por um tempo, seu retorno a ele ainda é mais sofrido, com crises mais agudas, como se a pessoa estivesse reiniciando o tratamento. Por isso, faz-se necessário o uso do desmame, sempre com a orientação médica. Leve em conta o parecer de seu médico e não o que dizem outros não especializados no assunto. Se o medicamento é acumulativo, ele precisa de um tempo x para ser totalmente eliminado. Vou lhe enviar uns links que o ajudarão.

    Os sintomas sentidos por você parecem estar ligados ao início do tratamento com o oxalato de escitalopram. Assim que passar essa fase inicial, você passará a sentir-se bem. É preciso paciência, ser POP (paciente, otimista e persistente). No retorno relate tudo tudo para seu psiquiatra (leve por escrito) e ele fará a melhor escolha. Fique tranquilo, pois tudo isso irá passar. Relate-me depois como foi no retorno.

    Abraços,

    Lu

  117. Allan

    Hoje, agora pouco, tive a pior crise de ansiedade de todas. Tive que tomar um comprimido inteiro para me acalmar. Será que um dia vou me sentir ao menos 80% normal do que era antes? Que agonia!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Eu sei o que a gente sofre com a visita dessa senhora chamada Síndrome do Pânico. Também já fui acometida por ela. Mas desde que passei a tomar oxalato de escitalopram, há mais de quatro anos, nunca mais tive uma crise. E como você se encontra no início do tratamento, pode ser visitado por ela, até que o remédio faça total efeito. Quando ela vier, procure não enfrentá-la com resistência. Deite-se e fique o mais relaxado possível. Quanto menor a resistência, mais rápido ela passa. Leia o texto que lhe enviei via link. Coragem, meu amiguinho, logo o céu estará azul.

      Abraços,

      Lu

  118. Fernanda

    Olá, Lu!
    Vou lhe contar um pouco sobre minha experiência com Denyl, que tomei durante 1 ano, sem prescrição médica,pois uma amiga médica conseguia as amostras. Imagine uma pessoa chegar ao máximo de suas habilidades intelectuais durante esse período, logo em seguida essa minha amiga achou melhor parar com o fornecimento, pois estudos diziam que esse medicamento tem o efeito rebote. Foi difícil pra mim, parece que eu me tornei outra pessoa ao parar, irritada, negativista, reclamona, sonolenta durante o dia e desperta durante a noite, pesadelos constantes. Posso dizer que eu piorei muito do que eu era, porém, depois de uma consulta com o psiquiatra, que me revelou que terei que fazer uso desse medicamento, como um diabético com insulina, já que eu tinha uma falta de produção de serotonina no orgasnismo. Iniciei novamente com o medicamento, está sendo difícil, e me sinto muito sonolenta durante o dia e à noite vou dormir tarde demais. Sei que são as primeiras semanas, até o organismo acostumar, já passei por isso antes, então pessoal não desista de tomar, pois esse medicamento mudou a minha vida e pode mudar a sua também.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Vou começar puxando suas orelhas por ter tomado remédio sem prescrição médica, ainda mais em se tratando de antidepressivo, pois faz-se necessário que o médico saiba antes sobre muitos pontos da saúde da pessoa, inclusive sobre o coração, pois alguns não podem ser tomados por pessoas hipertensas. Não faça isso jamais. Não entendi sobre qual efeito rebote sua amiga referiu, pois toda pessoa, antes de parar o tratamento (por ordem médica) deve passar pelo desmame, em razão das agruras da abstinência. Os sintomas alegados por você, após parar a medicação, estão ligados à abstinência, ou seja, você não passou pelo desmame. Quanto ao fato de estar muito sonolenta, caso tome o medicamento pela manhã, veja com seu médico a possibilidade de passar a tomá-lo à noite.

      Fernanda, muito obrigada pelo seu incentivo, pois ele é fundamental para todos nós. Volte sempre que possível.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Fernanda

        Obrigada, Lu,
        Sei que está errado, talvez essa minha amiga tenha feito uma experiência comigo, e logo que percebeu a gravidade de passar o remédio pra mim, sem conhecimento especializado, tenha resolvido parar de fornecer, com a desculpa do efeito rebote. Por isso que devemos sempre procurar um médico. Já iniciei o tratamento durante à noite, porém estou bem cansada durante o dia, chego a acordar com dores nos olhos de cansaço, mas sei que irá passar. Obrigada pelas dicas. Daqui um mês venho depor novamente, explicando no que resultou.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Fernanda

          O importante agora é que está sendo medicada. Siga direitinho toda a prescrição e não pare por conta própria, pois além da crise de abstinência, as demais crises voltam ainda mais agudas e o retorno ao medicamento é muito mais difícil. A fase inicial é mesmo muito difícil, mas pense que tudo isso é questão de tempo. Seja POP (paciente, otimista e persistente). E não precisa ficar um mês sem nos visitar. Venha sempre trocar uma palavrinha conosco. Muito sucesso!

          Abraços,

          Lu

      2. Adriano

        Olá, Lu! Tudo bem.
        Estou tomando escitalopram há 30 dias. Tive ataques de pânico. Achei o remédio muito bom. Pois após 2 semanas não tive mais estes sintomas. Mas eu me sinto um pouco ansioso ainda. Gostaria de saber se é normal? Ou eu tenho que esperar mais alguns meses. Agradeço desde já.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Adriano

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, o oxalato de escitalopram tem sido um dos antidepressivos mais receitados nos dias de hoje, pois cobre uma gama maior de problemas mentais. Normalmente, os sintomas ruins desaparecem com duas a três semanas, mas dependendo do organismo, requerem um tempo maior. É normal, sim. Mas é necessário, agora no início, que volte a seu médico e relate como se encontra. Pode ser que ele tenha que reavaliar a dosagem ou lhe passar um ansiolítico, que poderá ser retirado assim que seu organismo alcançar o equilíbrio necessário. Irei lhe passar uns links para melhor compreensão sua.

          Abraços,

          Lu

  119. Fernanda

    Boa Tarde, Lu

    Fui diagnosticada com TAG há umas semanas, o médico receitou escilatopram 10 mg de manhã e bromazepam 3 mg à noite, ao deitar. Comecei o tratamento com o escilatopram há 5 dias e me sinto melhor, mas não tive coragem de tomar o bromazepam, pois tenho medo de me sentir sonolenta e ficar ainda mais dependente de remédios. Você conhece o efeito e a necessidade desse remédio juntamente com o escilatopram. Desde já te agradeço muito e parabenizo por ajudar em nossa fragilidade.

    Abraços,

    Fernanda

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, embora eu não tenha TAG, mas depressão, são exatamente os dois medicamentos de que faço uso, e na mesma proporção. O bromazepam é um ansiolítico que deve ser tomado apenas quando sentir necessidade. Ele é uma espécie de coadjuvante do antidepressivo, principalmente na fase inicial, quando os efeitos adversos são fortes. Fora disso, tome apenas quando estiver muito tensa ou com dificuldade para dormir. Se não existir necessidade, não o tome. Eu sempre tenho uma caixinha para situações esporádicas. Pelo que percebo, você está passando bem pela fase inicial do tratamento. Isto é ótimo!

      Volte sempre para dizer-nos como vai o tratamento.

      Abraços,

      Lu

  120. Guilherme

    Oi, Lu, bom-dia!
    Gostaria de sua opinião sobre o meu caso. Há cerca de dois meses, assim do nada, comecei a ter uma severa crise de insônia. Nunca tive problemas para dormir. Procurei primeiro uma otorrino que me receitou um hipnótico (zoplicona), que resolveu nos primeiros dias apenas, mas a insônia persisitiu, e pior, a mente fritando, com zilhões de pensamentos ao mesmo tempo. Uma situação em que era impossível dormir. Um amigo me indicou um psiquiatra, pois, segundo ele, meu problema é a ansiedade. O médico me receitou 50 mg, dose mínima de Donaren, cloridrato de trazodona, que tomei por 25 dias. Nesse período, eu conciliava com o indutor do sono, mas as noites são sempre difíceis, sono que não descansa, sabe? Aí ele dobrou a dose do Donaren, 100 mg ao dia. Estou nesta nova dosagem há mais de duas semanas e sinto que nada mudou. Não consigo ter uma boa noite de sono, mesmo com o indutor. Tenho vários amigos que usam ou sabem de alguém que usa o oxalato de escitalopram. Será que é o mais indicado para o meu caso? Vai me ajudar a dormir melhor? Tenho consulta neste sábado com o meu médico. Estou pensando em sugerir essa medicação… Se puder me ajudar, obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Guilherme

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinho, antes de passar para os remédios antidepressivos é necessário fazer alguns exames para detectar a causa real de sua insônia, para que seja medicado com o remédio correto. Nunca tome qualquer medicamento desnecessariamente. Uma vez diagnosticada a causa, aí sim, deverá seguir a orientação médica. Portanto, não adianta os amigos dizerem que deva tomar isso ou aquilo.

      Guilherme, os efeitos adversos dos antidepressivos não são iguais para todas as pessoas. O oxalato de escitalopram, por exemplo, faz algumas pessoas terem muito sono e outras ficarem com insônia. Eu me situo no segundo grupo. Antes de tomar o medicamento é impossível saber qual será a sua reação. Portanto, não há certeza de que venha a dormir bem com o oxalato de escitalopram. Tudo irá depender da reação do seu organismo. Diga apenas a seu médico que continua com dificuldades para dormir. Existem também calmantes fitoterápicos, que poderão ajudá-lo. Mas continuo insistindo para que busque a real causa de sua insônia. Se possível, consulte um neurologista, que irá lhe pedir uma gama de exames. Mantenha contato conosco.

      Obs.: seu e-mail está incorreto. Conserte-o da próxima vez.

      Abraços,

      Lu

  121. João Neto

    Bom dia, Lu,

    Eu estou tomando apenas o Venlaxin de 75 mg, já que o médico mandou desmamar o escitalopram, e o remédio para dormir juntamente com ATIP. Não tenho receio de tomar medicamento nem do tempo que vai durar o tratamento. A propósito, eu tenho 36 anos, já que você perguntou, sou solteiro mais moro junto com minha noiva, praticamente casado. Sou servidor público. Quanto a mudar de médico, não sei se tenho tantas opções na minha cidade nesta especialidade, e devem até se conhecer.

    Obrigado pela atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      João Neto

      Agora estou mais tranquila, pois vejo que tem maturidade para dar continuidade ao tratamento, sabedor que é de sua importância. E contar com a companhia de uma pessoa querida, e que se preocupa com você, é muito importante. Juntos haverão de passar pela fase difícil dos transtornos iniciais. O Velaxin (cloridrato de venlafaxina) tanbém é um antidepressivo muito receitado. Penso que, com o tempo, seu organismo irá se adaptando cada vez mais ao medicamento. O importante é que você tenha uma boa interação com seu médico. Procure também pensar positivamente, acreditando tratar-se apenas de uma fase ruim que irá passar. Leia os comentários e, se quiser, poderá interagir com as pessoas que tomam o mesmo medicamento que você. E sempre que quiser, venha conversar conosco.

      Abraços para você e sua noiva,

      Lu

      1. João Neto

        Bom dia LU,

        Descobri em exame de tomografia dos seios da face, que estou com hipertrofia dos cornetos nasais, e como já havia lhe dito, sinto muita pressão na cabeça que desce pro nariz, será que tem haver? Hoje são 11 dias tomando o venlaxin de 75mg, e as sensações na cabeça continuam.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Neto

          Acho que você acaba de encontrar a origem do seu problema. Tenho um amigo que estava com um problema semelhante, que sentia muita dor de cabeça, inclusive ânsia de vômito. Sei que os efeitos colaterais existentes no início do tratamento com anitidepressivos são brabos, mas podem estar sendo amplificados com o problema dos cornetos nasais. Você já levou o resultado para seu médico? O que ele lhe disse? Procure ficar o mais tranquilo possível, pois logo terá resolvido tudo.

          Abraços,

          Lu

  122. Edson

    Boa tarde!

    Estou há um mês fazendo o tratamento com Excilex 10 mg para transtorno da ansiedade, porém, ainda sinto uma sensação de queimação, que às vezes penso que vou morrer. A primeira vez foi quando passei a tomar 10 mg, pois comecei com 5 mg, achei que ia ter um infarto, foi horrível. Nunca mais senti essa sensação tão forte, mas ainda sinto. Antes nunca havia sentido isso, que será? Estou preocupado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edson

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, quase todas as pessoas, quando iniciam o tratamento com antidepressivos, têm efeitos adversos cuja duração varia de acordo com cada organismo, até que venham os bons resultados. Essa queimação ainda faz parte dos efeitos ruins. Se persistir, aconselho-o a retornar a seu médico para dizer-lhe o que está sentindo. Vou lhe passar alguns links para que leia sobre o assunto, pois a substância ativaa do Escilex é o oxalato de escitalopram, a mais receitada pelos psiquiatras. Fique tranquilo.

      Abraços,

      Lu

  123. Ricardo

    Boa noite, Lu!

    Faz um tempinho desde a última vez que apareci por aqui, mas gostaria de compartilhar com você algo que está me incomodando. Estou fazendo o tratamento para SP com o Escitalopram 20 mg, pela manhã e, conjuntamente, estou tomando o Alprazolam 0,5 mg, à noite antes de dormir. Ocorre que, embora consiga passar bem a maior parte do dia, com apenas alguns incômodos, quando chega o final da tarde minha ansiedade simplesmente dispara e praticamente não consigo fazer mais nada. Isso tem me obrigado a tomar meio comprimido do Alprazolam, ou seja, mais 0,25 para conseguir me acalmar e terminar o dia. Eu confesso que tenho medo de ficar tomando o ansiolítico e acabar ficando dependente, pois tenho lido que esses remédios causam prejuízo à memória e ao sistema cognitivo. Enfim, você acha que com o tempo eu conseguirei deixar de tomar o calmante ou será que é bom conversar com o médico para tentar outra solução? Novamente, te agradeço pela atenção.

    Grande Abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      Não me lembro mais de quando foi que você deu início ao tratamento. Se já faz mais de um mês, não era para estar sentindo essa ansiedade tão exagerada, pois o objetivo do antidepressivo é contê-la. O ansiolítico deve ser tomado apenas quando necessário, numa crise de tensão, e não diariamente, e ainda mais tendo que dobrar a dosagem. Logo, alguma coisa está errada, sendo necessário que converse com seu psiquiatra. Você possui fobia noturna? O que o leva a ficar ansioso no final da tarde? Gosta de chegar em casa, ter a companhia de sua família? Há alguma coisa que o aborrece no período da tarde? Veja se consegue descobrir o porquê de ficar ansioso nesse período. Gostaria que lesse aqui no blog o texto: SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO.

      Aguardo seu contato.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo

        Bom dia Lu,

        Acabei me esquecendo de contar o começo da história. Na verdade, eu iniciei o tratamento tomando 10 mg, passei para 15 mg, e há 21 dias o médico aumentou a dose para 20 mg, pois ainda estava sentindo muitos incômodos. Essa dose parece ser a ideal mesmo, pois não tenho tido mais pensamentos ruins todo o tempo, nem as crises fortes que estava tendo. No entanto, é justamente no fim da tarde que a ansiedade parece ficar elevada, talvez pelo cansaço acumulado do dia de trabalho. Eu estou evitando ao máximo tomar o calmante, mas às vezes parece ser inevitável. Enfim, tenho esperança que em breve consiga deixá-lo de lado, mas por enquanto está sendo bem difícil.

        Obrigado novamente, grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Continuo achando que existe algo à tarde ou à noite incomodando-o, pois o medicamento deve cobrir o dia todo, inclusive o cansaço do trabalho, já que a dosagem está correta. Você deve buscar uma resposta para isso com o seu médico. Não adianta ficar tomando ansiolítico sem saber o porquê. Uma vez encontrada a resposta, isso irá desaparecer, não havendo mais necessidade de calmante. Converse com seu médico sobre a possibilidade de você fazer uma terapia.

          Abraços,

          Lu

        2. Yone

          Olá, Lu!
          Eu me identifiquei muito com caso do Ricardo. Aumentei a dose de 10 para 15 mg há 15 dias, como falei uns dias atrás, e passei a tomar Apraz 1 mg à noite. Agora os sintomas mais fortes também vêm no final da tarde. Deu até vontade de fazer como nosso amigo, tomar uma dose pra acalmar, sinto muita tontura, vertigem e ansiedade.

          Beijos e melhoras para o Ricardo!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Yone

          Você ainda se encontra na fase de adaptação ao medicamento, ou seja, sofrendo com os sintomas adversos. Nessa fase é bom tomar um ansiolítico para ajudar a aguentar a barra. Porém, seu médico precisa saber sobre tudo que está sentindo. A finalidade do antidepressivo é conter a ansiedade, portanto, esses sintomas ruins logo deverão passar.

          Beijos,

          Lu

        4. Yone

          Obrigada, Lu, mais uma vez.
          Através deste blog e de suas palavras estou tentando ser POP, esperando os bons resultados aparecerem.
          Beijos, querida!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Yone

          Nada a agradecer, minha querida. Nós somos uma família muito unida.

          Abraços,

          Lu

        6. Yone

          Lu esqueci de escrever que desde o começo da medicação, em abril, perdi 7 kilos, ja sou magra. Perdi apetite, e o pior são as pessoas me questionarem por perder peso e estar tão magra; isso não está me fazendo bem.

          Beijos

        7. LuDiasBH Autor do post

          Yone

          É interessante o fato de os antidepressivos agirem de modo diferente no organismo de cada pessoa. Algumas engordam com certo medicamento, enquanto outras emagrecem. O mesmo acontece com o sono, que pode ser excessivo ou mínimo. Tanto com a fluoxetina que eu tomava antes, quanto com o oxalato de escitalopram, que uso agora, eu também tenho pouco apetite. No início, eu não tinha fome nenhuma, agora meu organismo vem se equilibrando, sendo meu apetite maior no horário da noite. Mesmo assim, procuro comer, ainda que pouco, nos horários necessários. Mas como você está emagrecendo muito, faz-se necessário comunicar-se com seu médico, pois perdeu muito peso em pouco tempo. Ele deverá mudar para outro medicamento ou lhe passar uma dieta equilibrada. Saiba, porém, que isso faz parte dos efeitos colaterais. Releia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

          Abraços,

          Lu

        8. Rick

          Olá, Lu!
          Queria tirar uma dúvida. Esses antidepressivos podem causar zumbidos permanentes nos ouvidos? Faço uso do excitalopram desde maio desse ano. Inclusive faz 1 mês que minha dosagem passou de 10 para 20 mg junto com 1 mg de alprazolam. Foi necessário mudar, pelo fato de eu ainda estar sentindo ansiedade, principalmente no final do dia, uma fadiga, uma agonia misturada com tontura. Quanto a esse zumbido, desde julho está me incomodando. Ja fiz vários exames. Fui a vários médicos e está tudo normal nos exames. Não sei mais o que fazer. Será que o escitalopram gerou isso? Se sim, deveria parar? Mudar de substância? Às vezes chego a pensar que posso até ter alguma coisa no meu cérebro, sei lá. Que situação chata. Quando estou no silêncio piora. Como se fosse uma abelha em cada ouvido. Estou tenso, pois hoje é o que mais me preocupa.

        9. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          O zumbido ou barulho nos ouvidos (tinnitus) é uma reação adversa do oxalato de escitalopram. Como você já fez outros exames e tudo está normal, não resta dúvida de que se trata de uma reação do antidepressivo. Observei que o zumbido começou após o aumento da dosagem. Fique tranquilo, você não tem absolutamente nada no cérebro. Leia com atenção o meu texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM e verá que lá fala sobre tal efeito adverso.

          Você deverá voltar a seu médico que, penso eu, irá mudar o seu medicamento, já que o ruído está insuportável. Mas não pare sem antes consultá-lo, até porque precisa passar pelo desmame, pois a abstinência é terrível. Rick, você não tem mais nada com que se preocupar, pois já encontrou a resposta. Para evitar o zumbido, enquanto não retorna a seu médico, procure ouvir música bem baixinha, com um fone de ouvido, o que atenuará o ruído. E ao dormir, faça uso do ansiolítico. Vamos acabar com essas abelhas que o perturbam logo, logo. Agora procure ficar calmo, senão irei aí puxar-lhe as orelhas.

          Abraços,

          Lu

        10. Rick

          Lu, você é ótima!
          Quanto aos zumbidos, mesmo antes do aumento da dosagem, eu já tinha começado a sentir. Vou ver seu artigo. Ok? Muito obrigado! Brevemente entrarei em contato. Estou acompanhando o blog todos os dias…

        11. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Sou apenas esforçada… risos. É bom saber que você agora estará mais tranquilo. Durma bem!

          Abraços,

          Lu

        12. Rick

          Oi Lu! Boa noite! Boa noite todos!

          Lu, retornei para minha psiquiatra depois de quase 1 mês para falar exatamente sobre esses zumbidos. Ela falou que não tinha nada a ver com os remédios, que poderia ser da ansiedade mesmo. Que graças graças Deus depois do aumento das dosagens, minhas crises andam menos intensas. fraquinhas… E vou continuar POP até matá-las de vez! Estou mais leve. Meu sono não está sendo mais interrompido na madrugada (que era horrível) depois que passei a tomar alprazolan 1mg (antes era apenas 0,25mg) Enfim… Estou ainda com os zumbidos… Não estou tão preocupado como antes, pois fiz uma bateria de exames e deu tudo normal. Acredito que seja da ansiedade mesmo, não? Ah! Outra coisa. Acho que essas leseiras e sensação de desmaio que às vezes me acometem devem ser dos remédios, acho.

          Obrigado, mais uma vez. Você é 10!

        13. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Mas você viu que na bula do remédio fala sobre a possibilidade de zumbidos nos ouvidos. Questione com ela isso. Mostre-lhe, se necessário, a bula. Com o tempo, à medida que o organismo vai se acostumando com o medicamento, esses sintomas adversos vão passando, até sumirem por completo, assim como essas sensações de desmaio e leseiras. Portanto, não se preocupe, mas não deixe de acompanhar direitinho os sintomas. Tudo irá dar certo!

          Abraços,

          Lu

        14. Rick

          Lu
          Talvez a médica não quisesse me surpreender ao dizer que os remédios poderiam causar os zumbidos, com receio de me deixar mais preocupado, penso eu. Contudo, serei perseverante. Acreditado em Deus. Crendo que tudo isso passará. Porque nem tudo é pra sempre. Nem mesmo a dor.

          Continuarei dando notícias. Crie um grupo no face ou wpp! Acho que seria ótimo!

          Beijos

        15. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Pode ser! Mas o importante é que está lá, escrito na bula, o que o deixa mais aliviado, sabe que não existe nada de anormal consigo. Quanto a criar um grupo no face ou no zap, eu não daria conta. Nem teria um minuto para fazer outras coisas, principalmente pesquisar, que exige muita atenção. Muitas pessoas têm me pedido isso. Prefiro responder aos comentários no blog, com calma, pesquisando quando necessário, etc. E ainda assim há dias em que respondo mais de 20 comentários, sem falar nos e-mails, o que me toma muito tempo, tempo esse oferecido com muito carinho e seriedade. Não faço parte de nenhuma rede social, pois ainda sou revisora de livros. Portanto, as pessoas terão que me encontrar aqui neste cantinho.

          Abraços,

          Lu

        16. Rick

          Pois é Lu. Est na bula. Pena que se enquadra como efeito colateral “incomum” do excitalopran. O que me deixou pouco triste com isso. O que você me diz? Quanto a sugestão da criação de grupos, wpp… É que é tão bom falar com você, que a gente sente a necessidade de interagir mais e mais… (risos)

          Obrigado!

        17. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Tudo o que está na bula já aconteceu com alguém, ainda que se trate de um efeito colateral “incomum”. Isso faz parte das regras a serem observadas pelos laboratórios, ou seja, colocar na bula qualquer efeito colateral que já tenha acontecido com alguém. Nosso mal é achar que o “incomum” não possa acontecer conosco. Sem falar que você fez inúmeros exames e todos deram negativos. Portanto, não deixe de trabalhar com essa possibilidade.

          Amiguinho, realmente não teria como trabalhar com o wpp ou qualquer rede social. Você nem imagina o número de leitores que tenho. Só num dos textos relativos a saúde mental eu tenho quase dois mil comentários. Se eu não os respondesse, coisa que jamais deixarei de fazer a menos que seja por um motivo imperioso, teria mais tempo. Sem falar que ainda preciso de tempo para correção de livros, pesquisas e preparar as 32 categorias do blog. Mas estou sempre aqui, à disposição de todos vocês. Obrigada por seu carinho.

          Abraços,

          Lu

        18. Rick

          Concordo com você, Lu. Nosso problema é esse, achar que o “incomum” nunca será experimentado por nós.
          Grande abraço e estarei te perturbando sempre que precisar, viu? Risos…

          Rick.

        19. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          A casa é sua. Sinta-se em família. Será sempre um prazer contar com sua presença.

          Abraços,

          Lu

        20. Lilith

          Olá, Rick!
          Tenho Transtorno misto de ansiedade e depressão (mais pra TAG mesmo). Tomava sertralina e alprazolam, sendo a sertralina trocada por escilex. Tomei hoje a primeira dose de 10 mg, depois de umas 3 horas da ingestão senti muita tontura, ansiedade, medo, confusão mental e diarreia. Vou passar a tomar pela metade pra adaptação. Quanto aos zumbidos mencionados, acredito que não seja do remédio, mas da ansiedade, infelizmente esse é um dos sintomas muito comuns, e eu sinto também zumbidos, arrepios pela cabeça, formigamentos as mãos e até no rosto. E outros sintomas. Mas uma hora passa. Beijos.

        21. Rick

          Lilith
          Pois é… Estarei confiante que um dia passe… Não vejo a hora!
          Obrigado pela atenção.

          Abraços

  124. Jorge

    Olá, Lu!

    Estou tomando o Escilex 10 mg há quase dois meses. Hoje aconteceu algo que está me deixando preocupado. Eu deveria tomá-lo por volta das 22h. Sentei para fazer algumas coisas antes, depois perambulei pela cozinha fazendo outras coisas, e quando olhei o remédio em cima da mesa onde ele sempre fica simplesmente meu deu um branco completo e eu não sabia mais se tinha ou não acabado de tomá-lo. Por um lado, sentia que não tinha tomado, mas não conseguia ter certeza. Acabei tomando (novamente?) o remédio, pois imaginei que, caso não tivesse realmente tomado, seria pior acordar amanhã sem ter tomado minha dose diária. Mas agora estou ficando cada vez mais ansioso e assustado imaginando que algo pode acontecer comigo se eu realmente tiver tomado-o duas vezes nessa noite. Caso eu tenha realmente tomado uma dose dupla, isso me traz algum risco?

    Agradeço demais qualquer ajuda.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jorge

      Fique tranquilo, meu amiguinho. Mesmo que o tenha tomado, a dosagem de 20 mg é tomada por muitas pessoas. Não irá lhe acontecer nada. Durma tranquilo. Não há risco nenhum. Amanhã falarei com você com mais calma, pois cheguei agora. Bom sono!

      Abraços,

      Lu

  125. Dayane Oliveira

    Olá, Lu!

    Há algum tempo o médico me passou sertralina e com uma semana de tratamento parei, porque nao aguentei tamanha crise, mas quase um ano depois, a ansiedade voltou pior. Estou tomando apralzolan 1 mg à noite e Ecitalopran 10 mg pela manhã, há quase um mês. Iniciei ecitalopran tomando apenas a metade de 10 mg, peguei confiança e depois de uma semana comecei a tomar um inteiro. Porém, a ansiedade parece que piorou, sinto inquietação, coração acelerado, mente confusa. Às vezes sinto que meu peito vai pular do meu corpo de tanta inquietação. Trabalho em um emprego que me exige bastante concentração, e não sei mais oque fazer, qualquer coisa me irrita, me deixa mais triste… Sinto muita dor muscular, minhas veias agitaram mais, também, será isso uma experiência de início de tratamento?
    Desde já agradeço pela atenção, Lu.
    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Dayane

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, imagino que tenha parado com a sertralina sem o consentimento médico, pois, quando não nos adaptamos a um antidepressivo, o médico passa-nos outro com substância diferente. Não faça mais isso, pois a volta das crises costuma ser mais forte ainda. O oxalato de escitalopram vem sendo um dos mais indicados (ver comentários).

      Dayane, quando há aumento da dosagem do antidepressivo, pode acontecer de o organismo reclamar, fazendo surgir efeitos colaterais nada agradáveis, inclusive com uma piora do problema mental. Fique tranquila, pois isso é normal de acontecer. Contudo, ao que me parece, tais sintomas estão muito difíceis para você, com tamanha inquietação. É necessário voltar a seu médico e narrar o que está lhe acontecendo. É bom que ele saiba também sobre essa dor muscular. O contato com o psiquiatra no início do tratamento é de fundamental importância, pois há casos em que é necessário diminuir a dosagem do antidepressivo, ou aumentar, ou até mesmo trocar de medicamento. Alguns sintomas devem ser comunicados imediatamente ao médico. Vou lhe passar uns links para que leia.

      Aguardo notícias suas!

      Abraços,

      Lu

      1. Amanda

        Oi Lu! Tudo bem?

        Já estive por aqui outras vezes e como o blog sempre me ajuda, estou aqui novamente pra compartilhar com você minha dúvida. Estou tomando o ESPRAN há 2 meses e estava até me sentindo melhor, na verdade estou, só que ontem eu fui fazer a minha prova prática de habilitação e automaticamente fiquei muito nervosa. Eu já esperava isso, só que desde ontem eu estou me sentindo muito mal, a ponto de ter uma crise. Tive até que tomar o rivotril agora de manhã. Acredito que seja por causa de ontem, mas fiquei super desanimada e imediatamente voltaram a minha mente o sentimento e a incerteza da minha melhora, bem como os pensamentos ruins.

        Hoje não consegui me concentrar no serviço e fiquei lendo várias coisas a respeito de superar a síndrome. Retorno ao psiquiatra no início de setembro, e acredito que ela tenha que aumentar a dose o ESPRAN. Lu, estou desesperada, será que nunca vou me curar? Será que posso aumentar o ESPRAN por minha conta?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Amanda

          Nenhum antidepressivo remove as nossas emoções, apenas as equilibra. Se isso acontecesse, deixaríamos de ser humanos. Portanto, não há nada de errado em você ter ficado ansiosa com o exame de habilitação. Tenho um amigo que até vomitava, tamanha era a sua ansiedade. Passou por 8 exames até tirar a carteira. Você deveria ter tomado um ansiolítico antes, para tranquilizá-la. A ansiedade de ontem acabou refletindo no seu emocional, o que é comum.

          Amiguinha, não faça do seu problema mental um bicho-de-sete-cabeças. Agregue-o à normalidade de sua vida, levando adiante o tratamento. Você sabia que há pessoas que tomarão remédio para pressão, diabetes, tireóide, coração, etc, a vida inteira? E elas não questionam isso. O importante é o modo como levamos nossa vida. Eu, para lhe dizer a verdade, tomo o meu comprimidinho como se esse fizesse parte da minha alimentação. Não questiono, apenas agradeço por poder fazer uso do mesmo, melhorando minha qualidade de vida.

          Fofinha, todos nós passamos por momentos bons e ruins, tomando ou não um antidepressivo. E os momentos ruins não significam que estamos precisando de “cura”. Eles existem para todo mundo. Olhando do seu ponto de vista, na busca pelos 100%, toda a humanidade precisa de “cura”. Portanto, reavalie essa sua maneira de pensar. Aceite os altos e baixos da vida. Veja o seu tratamento psiquiátrico como algo normal. Esse seu desespero não tem razão de ser. Releia o meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Amanda, não aumente a dose do antidepressivo por conta própria. Você está precisando aumentar a dosagem de sua compreensão com a vida, de seu caminhar pelo planeta, das alegrias e tristezas pelas quais todos passam, da aceitação e do otimismo que devem ser o nosso esteio. Pesquisas comprovam que as pessoas otimistas têm melhores resultados em tudo que fazem. Não há razão para sentir-se desesperada com algo tão corriqueiro. Respire fundo, agradeça por ter tantos remédios à sua disposição. Certo? A felicidade nada mais é do que um estado de espírito.

          Escreva-me para dizer se já se encontra melhor.

          Abraço forte,

          Lu

      2. Edineide Bitencourt

        Lu, boa noite!

        Eu estava tomando paroxetina de 20 mg para tratamento de ansiedade, porém depois de 1 ano de tratamento, comecei a ter muitas recaídas, batidas aceleradas do coração e momentos depressivos, tristeza profunda. Então a psiquiatra optou por trocar a medicação para cymbi de 30 mg, o que resolveu o problema das dores que sinto em todo o corpo, porém à ansiedade havia aumentado. A psiquiatra resolveu acrescenta ao tratamento o escitalopram de 10 mg, o que resolveu a questão da ansiedade.

        Estou há 15 dias tomando o escitalopram e o efeito colateral q mais me incomoda é o sono excessivo e a falta de apetite alimentar. Tenho muita facilidade de perder peso e me preocupo, pois não tenho conseguido me alimentar, só de olhar para a comida minha garganta trava. As únicas coisas que desejo comer é café e chocolate. Quero saber se esses efeito do sono excessivo e da falta de apetite vai passar com o tempo e meu organismo vai se regularizar.

        Obrigada

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edineide

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, acontece de um antidepressivo, depois de um determinado tempo, parar de fazer efeito. É o que aconteceu com a paroxetina. O médico pode aumentar a dosagem, se ainda for possível, ou mudar de medicamento. Se o cymbi (cloridrato de duloxetina) não se adequou totalmente a seu organismo, foi necessário efetuar outras mudanças. Imagino que, assim que seu organismo acostumar-se com o oxalato de escitalopram, sua médica retire o cymbi (Indicado no tratamento depressão, dor neuropática periférica e fibromialgia). Você tem problemas de fibromialgia?

          Todo antidepressivo apresenta efeitos adversos, variáveis de acordo com cada organismo. O oxalato de escitalopram tanto pode apresentar apetite exagerado ou inapetência, insônia ou excesso de sono. O problema do sono pode ser resolvido mudando o horário em que toma o comprimido. Se, por exemplo, você o ingere de manhã, vindo o sono a atrapalhar a normalidade de seu dia, poderá mudar para a noite. Mas não faça isso por conta própria, converse com sua médica antes, para não incorrer numa superdosagem. Quanto ao apetite, esse medicamento também pode trazer excesso de apetite ou inapetência. Também caí no grupo da falta de apetite. Porém, com o tempo, o organismo vai se equilibrando. Ainda hoje, só tenho mais apetite à noite (tomo o medicamento de manhã), mas mesmo assim eu me obrigo a comer, tomando mais sucos e vitaminas. O chocolate é uma boa fonte energética, mas não substitui a ingestão de frutas, legumes e verduras. Leve à sua médica tal problema. No início do tratamento é muito importante o contato com o especialista.

          Edineide, vou lhe passar uns links que lhe trarão mais informações. Volte para dizer-me como anda.

          Um grande abraço,

          Lu

      3. Dayane

        Olá, Lu,
        Sim, marquei retorno ao meu psiquiatra pra próxima semana, pois estou me sentindo mais ansiosa. Apesar que tomei o ecitalopram totalmente fora do que o médico passou, metade na primeira semana e um inteiro na outra, aí me senti mal e voltei a tomar metade, e agora a ansiedade está a mil, com todos os sintomas à flor da pele, fora que estou muito aérea. Muito difícil essa fase inicial do remédio, ficamos desorientados.
        Obrigada pela atenção.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Dayane

          Esse retorno é muito importante, pois ele poderá avaliar como o antidepressivo está agindo em seu organismo, se será necessário aumentar ou diminuir a dosagem. Procure tomar direitinho, como o prescrito.

          Amiguinha, a fase inicial é mesmo muito difícil, e quase todos passam por isso. É preciso ter muita paciência. Leia os comentários para ver que quase todos se sentem assim. Mas logo tudo isso terá passado e você estará bem.

          Abraços,

          Lu

      1. LuDiasBH Autor do post

        João Neto

        Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinho, você entra aqui para comentar igualzinho fez. Só que o comentário não aparece na hora, pois passa pela minha supervisão primeiro. Estava recebendo muitos “spams” e foi necessário tomar tal medida. Aguardo seu novo comentário.

        Abraços,

        Lu

        1. João Neto

          Bom dia Lu,

          Já havia feito um tratamento para TAG em 2015, mas agora em julho a ansiedade voltou juntamente com insônia, só conseguindo dormir depois de tomar stilnox. Procurei o psiquiatra que me medicou com reconter de 10 mg, iniciando em 16 de julho, mas passei a ficar dentro do quarto e não conseguia sair, com pensamentos de morte. Ele pediu para aumentar para 20 mg no dia 28 de julho. Depois de alguns dias e não me sentindo melhor, pedi para voltar a tomar venlaxin, que eu tinha tomado no ano passado. Ele mandou reduzir o reconter para 10 mg e tomar venlaxin de 37,5 mg, para desmame. Comecei no dia 03/08, e no dia 14 ele mandou parar o reconter de 10 mg, e no dia do retorno (17/08) pediu para aumentar o venlaxin para 75 mg, comecei no dia 19/08. Isso tudo pode ter me feito mais mal do que bem? Podemos tomar dois antidepressivos juntos? Sinto muitas sensações, calor, tontura, boca seca, dores abdominais, sensações no cérebro, dores nas pernas, ou seja, está difícil, sem trabalhar, sem me divertir.

        2. LuDiasBH Autor do post

          João Neto

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, a TAG, como outros transtornos mentais, é recorrente, mas os bons medicamentos existentes no mercado possibilitam-nos uma vida cada vez melhor. O Reconter tem como substância ativa o oxalato de escitalopram, um dos antidepressivos que vêm sendo muito indicado pelos psiquiatras. Lendo os comentários, poderá ver que mais de 70% das pessoas fazem uso de tal substância. Acontece que, como qualquer outro antidepressivo, ele apresenta efeitos adversos no início do tratamento, ficando a pessoa pior do que antes de começar a fazer uso desse. Mas, em torno de duas a três semanas, esses efeitos passam, embora em algumas pessoas possam demorar até meses. Contudo, alguns organismos não se adaptam ao medicamento, sendo necessário mudar para outro.

          João, alguns antidepressivos podem ser tomados associados, sim. Pode ficar tranquilo quanto a isso. Inclusive muitas pessoas que escrevem aqui fazem uso de dois medicamentos. As sensações que você diz sentir estão associadas aos efeitos adversos. Com o tempo, tudo isso irá passando, e os bons resultados irão chegando. É preciso ter paciência. Eu sempre digo que é necessário ser POP (paciente, otimista e persistente), pois as pessoas otimistas obtêm um resultado bem mais rápido. Logo você retomará a sua vida de novo e com muito mais qualidade. Mas é muito importante, agora no início de seu tratamento, manter um contato mais direto com seu médico, repassando-lhe todos os sintomas ruins que tem sentido, pois muitas vezes é necessário rever a dosagem ou mudar de medicamento. Depois que estiver tudo bem, esse contado poderá ser mais espaçado. Conte para ele que está sentindo sensações de calor, tontura, boca seca, dores abdominais, sensações no cérebro, dores nas pernas, etc. Não se sinta acanhado, pois é através de suas explicações que ele irá avaliar como o antidepressivo está agindo em seu organismo.

          Amiguinho, pelo seu comentário pude perceber que é uma pessoa extremamente exigente consigo mesmo, um perfeccionista. E, em consequência, acaba exigindo o mesmo dos outros, o que lhe traz muita ansiedade e aborrecimento. Procure rever isso. Mude seus hábitos, procure viver com o mínimo possível de estresse, seja tolerante consigo e com os outros. Torne a sua vida mais leve. Outra coisa, se não estiver sentindo confiança em seu médico, busque outro. A interação entre o psiquiatra e o paciente é de suma importância. Mas, caso isso aconteça, não se esqueça de levar todo o seu histórico do seu tratamento anterior.

          Gostaria que você continuasse me escrevendo. Certo?

          Um grande abraço,

          Lu

          João, como falo em um dos textos, o antidepressivo sozinho não faz o efeito esperado, sendo necessário que você também reveja alguns pontos em sua vida, para que se ajude a domar essa ansiedade. Vou lhe repassar os links, mas não deixe de ler.

        3. Emília Maria

          Cara Lu, venho com um quadro de ansiedade horrível. Desde 2008 passei pelo alpazolam, até que conheci o escitalopram, 10 mg de início, e me dei bem. Daí venho interrompendo, precisei passar para o de 20 mg. Interrompi no mês passado por preconceito meu mesmo. Tive uma crise de rebote desumana. O médico insinuou que talvez eu tenha usar por toda vida, e lendo seu depoimento de que o toma como se fosse uma alimentação, eu me tranquilizei mais. Será que eu posso aliar o escitalopram com a terapia de florais? Obrigada.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Emília

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, quando a ansiedade não possui um motivo claro e apenas uma pequena duração, faz-se necessário o uso de antidepressivo, pois o problema está no funcionamento cerebral. A medicação tem o objetivo de contê-la, de modo a tornar a vida da pessoa equilibrada, permitindo-lhe viver com qualidade. Portanto, é necessário seguir o tratamento direitinho, jamais parando por contra própria, pois as crises voltam com mais força, e os antidepressivos passam a ter efeitos adversos ainda mais fortes.

          Emília, você precisa compreender que qualquer parte do nosso corpo adoece, e o cérebro faz parte dele. Existem pessoas que precisam tomar remédios para hipertensão ou tireóide, por exemplo, a vida toda, o que não é diferente de nosso caso. Não vejo nenhum mal nisso, mas ao contrário, agradeço por viver numa época em que tais medicamentos existem, e não no tempo dos sanatórios ou manicômios. Agradeço diariamente pela existência do meu “comprimidinho” que me regula as emoções, permitindo-me viver com melhor qualidade de vida. Falo sobre ele aos quatro ventos, para que outras pessoas não se sintam estigmatizadas, mas agradecidas. Portanto, amiguinha, sinta-se feliz por poder fazer uso dele. Vamos, todos juntos, acabar com este preconceito que vitimiza as pessoas, num mundo em que a depressão e as síndromes mentais avolumam cada vez mais.

          Você poderá tomas os florais, sim, pois são fitoterápicos. Não há problema algum. Faça também exercícios físicos (o que mais a agradar) e procure preencher sua vida com coisas boas. Seja mais tolerante consigo e com os que vivem ao seu redor. Lembre-se de que todos nós somos humanos e é por isso que falhamos. E se tiver que tomar antidepressivo por toda a vida, faça-o com alegria. Quanto mais otimista for, melhor será o resultado de seu tratamento.

          Abraços,

          Lu

        5. Emília Maria

          Muito obrigada, minha querida.
          Foi um bálsamo, nunca tinha encontrado uma página e uma pessoa com essa visão. Me ajudou muito, muito. Acompanharei e darei notícias. Deus nos abençoe.

        6. LuDiasBH Autor do post

          Emília

          Nada a agradecer, amiguinha. Aqui formamos uma família.

          Abraços,

          Lu

        7. João Neto

          Bom dia,

          Obrigado pela atenção. Li os links que você me enviou, bem como a sua resposta ao meu comentário.

          Nos últimos dias venho me preocupando com os meus sintomas e pensando se estou com a síndrome serotoninérgica, passo o dia com um peso na cabeça que desce para o nariz, como se tivesse alguém apertando, até para escrever alguma coisa tenho dificuldade é como se sentisse tremer, é muita coisa.

          Comecei a fazer uma atividade física, pilates, já tem 01 mês, gostei da filosofia e da forma, sendo que ao realizar o esforço fico com tremores, a instrutora me disse que a tremedeira já era pra ter passado, falei pra ela que estava sem atividade física regular há muitos anos, sedentário, fiquei em dúvida se pode ser da medicação, ou da falta de descanso, por não estar dormindo bem. Quanto ao psiquiatra, tá difícil de manter um contato com ele, tendo em vista que o mesmo tem inúmeras atividades e atende fora da minha cidade. Mando mensagens para ele informando sobre as sensações e muitas vezes não tenho respostas, e quando tenho na maioria das vezes não me satisfaço. Semana passada fui ao retorno e ele disse apenas que estava me achando mais calmo. Aumentou a dose do venlaxin e me ouviu relatar algumas coisas, achei ele meio apressado. Para mim, a maioria dos médicos de hoje estão preocupados apenas com dinheiro. Com a psicóloga é diferente, já que lá podemos falar à vontade.

        8. LuDiasBH Autor do post

          João Neto

          Você tem toda a razão quando avalia os médicos, em sua grande maioria, como ávidos pelo dinheiro. São os maiores exemplos do capitalismo doentio, em que a profissão tem o objetivo apenas de enriquecimento rápido. As pessoas que tem acesso aos médicos cubanos ficam impressionadas com a diferença da consulta. Quanto a seu psiquiatra, se ele não está lhe dando a atenção necessária, mude para outro. A nossa fidelidade deve ser com o melhor. Não hesite em mudar.

          Neto, acredito que você esteja sentindo apenas os efeitos adversos. Se estivesse com a síndrome serotoninérgica já estaria hospitalizado há muito tempo. Não bote isso na cabeça. Sugiro que marque outro psiquiatra, o mais rápido possível, leve por escrito todo o seu histórico, para não se esquecer de nada, e também o nome dos remédios que já tomou e toma até agora. Fale-lhe como está se sentindo com os últimos medicamentos. O uso do antidepressivo tem como finalidade melhorar a nossa qualidade de vida e não piorá-la. Se o medicamento não está lhe trazendo uma resposta positiva, precisará mudar para outro. E é sempre bom ter uma segunda opinião.

          Uma atividade física é muito importante. Também faço Pilates. Os tremores que sente não dizem respeito à atividade. Se não está dormindo bem, eles podem ser resultados disso. Mas é preciso saber o porquê de estar com insônia. O sono é fundamental para nós ansiosos e depressivos. É mais um motivo para procurar outro psiquiatra para reavaliá-lo. Além do mais, seria uma ótima oportunidade para se tranquilizar. Percebo que é muito preocupado. E quanto mais tenso estiver, maior será o seu desconforto. A visão de um novo médico irá acalmá-lo. Mais uma vez lembre-se de que se o seu médico receitou-lhe dois antidepressivos é porque eles podem ser tomados juntos. Tire da cabeça essa preocupação com síndrome serotoninérgica. Lembre-se de que o psiquiatra estuda para isso, e não seria irresponsável de cometer um ato tão falho assim. Veja através dos comentários que algumas pessoas com TAG tomam essa mesma medicação. O único problema que vejo são as reações adversas que estão fortes, incomodando-o muito, sendo preciso informá-las a seu médico. No mais procure ficar tranquilo. Só para ajudar em nossa conversa, qual é a sua idade?

          Um grande abraço,

          Lu

  126. Yone Moreira

    Olá Lu, espero que esteja bem!
    Voltei ao psiquiatra que tirou o topiramato, pois não me adaptei. Tive a impressão de que com ele cortou até efeito do escitalopram. Voltou a ansiedade e passei a dormir muito mal, fora outros efeitos colaterais. Agora o médico aumentou a dosagem do escitalopram para 15 mg e trocou rivoltril para o Apraz(Alprazolam) de 1 mg.

    Acontece, Lu, que estou igual ao começo, muita tontura, muita ansiedade e mesmo com o Apraz não consigo dormir a noite toda. Estou tendo muitos pesadelos e acordo molhada de suor.Será que precisava do desmame do rivotril, ou por ter tirado topiramato? Ou será o aumento do antidepressivo e adaptação com Apraz?

    Beijos e muito obrigada pela atenção e carinho!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Yvone

      Todo início de tratamento com antidepressivo é, na maioria das vezes, muito turbulento, pois passamos por diferentes experiências até acertar na medicação correta para o nosso corpo. É possível que o topiramato tenha interagido mal com o escitalopram. O aumento da dosagem também pode acarretar, no início, um pouco de desconforto, trazendo efeitos adversos que logo passam. O rivotril é um tranquilizante, não há necessidade de desmame. O apraz (alprazolam) é um remédio para ansiedade. Eu não me dei bem com o rivotril, passei a ter muitos pesadelos, portanto, pode ser também reação do apraz. Dê uma olhadinha na bula. Se continuar tendo pesadelos e acordando molhada de suor, informe o seu médico sobre tais sintomas.

      Depois me escreva dizendo se melhorou.

      Abraços,

      Lu

  127. Ana Rodrigues

    Olá, Lu, boa noite!

    Quero parabenizá-la pelo seu esforço em nos auxiliar diante desses transtornos, pelos quais passamos, e nos tornamos tão sensíveis, e você é tão atenciosa com todos, sempre.

    Fui diagnosticada com TAG, em agosto do ano passado, após um trauma que sofri, ao perceber que meu celular não estava mais comigo, enquanto eu estava em uma loja com minha mãe, meu pesadelo foi iniciado alguns dias depois do ocorrido. Procurei um profissional de psiquiatria para que me indicasse uma terapia, dei início ao tratamento com uma psicóloga e após um mês ela me encaminhou a um psiquiatra, que me receitou Exodus (oxalato de escitalopram). Após 5 meses de tratamento estava ótima, mas precisaria retornar ao psiquiatra para dar continuidade ao tratamento.
    Por problemas pessoais não pude ir à consulta, então parei com a medicação e fiquei bem até um mês após a retirada brusca do Exodus, mas sabia que não era o momento de interromper o tratamento, e tudo voltou como no início. Agora estou tomando novamente o medicamento há quase dois meses, mas ele é genérico, estou me sentindo bem melhor, mas voltei a ter uns pensamentos ruins, não sei ao certo o motivo disso, se é por causa do período menstrual. Muito obrigada pela atenção, você é incrível.

    Beijo
    Ana

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, o seu problema tanto pode ter sido uma consequência do susto que levou, como pode ter vindo à tona em razão do acontecimento. Ou seja, você já o trazia consigo, mas ainda não havia mostrado as caras. Mas o que importa mesmo é que procurou tratamento, o que a deixou bem. É uma pena que tenha parado sem passar pelo “desmame”, pois é fundamental passar por essa fase, para que não venha a sofrer com a abstinência. O organismo, já acostumado com o antidepressivo, sente demais a sua falta. O desmame tem a finalidade de evitar isso. Ainda bem que voltou a tomar o remédio.

      Ana, eu tomo o oxalato de escitalopram há mais de quatro anos, e sempre compro o mais barato, pois o orginal é caríssimo. E sinto-me tão bem quanto com o original, que tomei no início do tratamento (cheguei a tomar três caixas dele). Aqui nos comentários poderá ver que muitas pessoas mandam manipular. O mesmo aconteceu com a fluoxetina, que chegou ao Brasil com o nome de Prozac, e era caríssima. Hoje é produzida por inúmeros laboratórios. Portanto, fique tranquila. Os pensamentos ruins estão sempre a rondar-nos, pois nos preocupamos com tudo, por isso, é importante que mantenhamos nossa mente ocupada. E, quando tais pensamentos aparecerem, enxote-os. Não lhes dê tempo de ocupar sua mente. Leia, veja bons filmes, faça caminhada, pesquise, ouça música, borde ou faça crochê, etc. Mantenha sua mente em atividade. Veja também, com o seu médico, se a dosagem do medicamento não está muito baixa. O período menstrual também afeta o emocional, em razão da concentração maior de hormônios.

      Lindinha, obrigada por suas palavras generosas. Venha sempre conversar conosco. Poderá interagir com qualquer comentarista, se quiser, ou comigo. Aguardo notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Ana Rodrigues

        Agradeço muitíssimo de coração por sua atenção e prontidão na resposta mais que completa que me deu. É muito bom ter alguém como você, que se importa com a gente, o mundo necessita de pessoas generosas e dispostas a dividir sua sabedoria com o mundo.
        Gratidão por ser essa pessoa linda e benevolente.

        Abraços,

        Ana

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana

          Será sempre um prazer receber seus comentários. Conheça outras categorias do blog. Tenho certeza de que irá gostar.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Haline

        Lu
        Você é ótima. Muito obrigada por todo esclarecimento e bondade por nos ajudar tanto.
        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Haline

          Nós, que temos problemas de saúde mental, precisamos muito encontrar quem nos ouça e dê-nos um pouco de suporte emocional, pois a maioria dos médicos, apressados que estão em ganhar dinheiro, deixam de lado o ponto mais importante na consulta. Este cantinho tem por objetivo trocarmos informações, ajudando-nos mutuamente. E maravilhosos são vocês que aqui vêm e confiam no grupo.

          Volte sempre e também conheça outras categorias do site.

          Abraços,

          Lu

      3. Ricardo

        Como não achei o lugar aqui no site, onde eu possa fazer minha pergunta, vou intrometer aqui e perguntar. Gostaria de saber das mulheres se a perda da libido foi grande? Pois em mim, sou homem, aliás, meio homem agora, pois nã0 tenho mais libido, acabou o tesão totalmente. O remédio me ajudou muito com a depressão que tenho desde os 12 anos de idade, creio que serei dependente deste medicamento a vida inteira, pois já tentei parar e a depressão voltava, tudo outra vez, pensamentos negativos, falta de energia, perda da vontade de conquistar objetivos, não ver graça mais na vida e nas pessoas.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Seja bem-vindo ao site. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, os antidepressivos, de modo geral, mexem com a libido, principalmente nos meses iniciais do tratamento. Contudo, com o passar do tempo, o organismo vai se equlibrando com o novo medicamento e todas as suas funções vão voltando à normalidade, inclusive a libido, como poderá ver através dos comentários. Portanto, não se aflija. Trata-se apenas de uma fase em sua vida. Veja isso com normalidade, pois tende a ser um homem mais completo ainda, e não um meio homem… risos. Se todas as pessoas que tomam antidepressivos nos dias de hoje fossem homens e mulheres pela metade, em relação à libido, o planeta não demoraria muito a ser despovoado… risos.

          Ric, o importante agora é que se preocupe com a sua saúde mental, pois a depressão mata qualquer tipo de “tesão”, pois tira-nos todo o prazer em viver. Gostei muito de receber a sua visita e comentário. Volte sempre.

          Abraços,

          Lu

        2. Ricardo

          Agradeço sua resposta, acho interessante este espaço criado aqui, para tirar dúvidas e aprender mais sobre os medicamentos, a depressão…

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Nada a agradecer. Convide seus amigos para conhecer este espaço.

          Abraços,

          Lu

  128. Flávia

    Bom-dia, Lu!

    Eu tive (ou ainda tenho) depressão no final do ano passado, em novembro, e meu psiquiatra me passou pra eu tomar o lexapro (que tomava de manhã) e o rivotril (à noite). Porém, há uma semana, (29 de julho), tomei meus últimos comprimidos, pois o meu médico me deu alta, mas nesses dias que estou sem remédio, minha família e eu também, percebi que estava muito irritada e muito sensível, por qualquer motivo e situação eu choro e me irrito com mais facilidade e explodo. Não consigo me controlar. Gostaria de saber se isso é abstinência dos remédios? Avisei ao meu psiquiatra que mandou que eu voltasse a tomar as duas medicações com a metade da dosagem, ou seja, dividir o de 10 mg.

    1. Flávia

      Esqueci de falar uma coisa: eu tinha lá em casa o genérico do lexapro que é o exudus e dividi e já comecei a usar. Tem problema usar o genérico?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Flávia

        Não tem problema algum. Eu sempre uso o genérico, pois é mais barato.

        Abraços,

        Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Flávia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a depressão possui diferentes tipos e graus. O psiquiatra pode ter avaliado a sua como passageira e, por isso, deu-lhe alta do tratamento. Através de seu comentário, pareceu-me que você não passou pelo “desmame”, parando abruptamente. Se isso aconteceu, está incorreto, por causa da abstinência causada pela falta do medicamento. Não se pode deixar um antidepressivo de uma vez. Portanto, se isso realmente aconteceu, os sintomas são da abstinência. Se seu psiquiatra não a instruiu quanto ao desmame, ele falhou. Ao retomar a medicação tomando pela metade, você estará passando pelo desmame necessário. E tudo irá se normalizar. Portanto, não mais se preocupe. Volte a comuncar-se conosco, para dizer como está sentindo.

      Abraços,

      Lu

      1. Flávia

        Oi, Lu!
        Obrigada pela resposta, mas acho que deixei de explicar que sim, o meu médico diminuiu sim a minha dose de forma gradativa para que houvesse o desmame. Porém, mesmo com esse desmame, quando acabaram os remédios, eu tive os sintomas acima explicados. Após esses esclarecimentos, volto com a pergunta, ainda assim pode ser abstinência dos remédios? Se não, o que pode estar causando essa intensidade de sentimentos? Já me adianto a falar que a irritabilidade é por qualquer motivo e o choro, até com propaganda de margarina.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Flávia

          Se após o desmame, esses sitomas persistirem, significa que ainda precisa de mais tempo de uso do antidepressivo. O seu psiquiatra irá acompanhá-la para avaliar como se comporta seu organismo, pois o desmame é justamente para impedir a abstinência causada pelo medicamento, uma vez que o organismo já se encontra acostumado com a substância. Siga tudo direitinho. Acompanhe com atenção os sintomas para repassar a ele. Esse choro sem motivo, até por propaganda de margarina… risos, não é normal. Mas fique tranquila, pois tudo isso é passageiro. Agora que voltou ao medicamento, observe também se essa emotividade está diminuindo. Mantenha-me informada.

          Abraços,

          Lu

        2. Rick

          Bom dia Lu, tudo bem?
          Voltei para falar que fui a minha psiquiatra pra falar estou há 3 meses de tratamento e nada resolveu com os remédios que eu estava a tomar (esc 10mg e Alprazolam 0,25mg). Sugeri para ela, mudar os remédios, ela não concordou. Optou por aumentar as dosagens, pelo menos neste mês para ver como eu reagiria. Hoje tomo 20 mg de esc (10 mg pela manhã e 10 mg a tarde) e 1mg de Alprazolam antes de dormir. Faz 5 dias que estou tomando esses medicamentos com essas doses, e tenho percebido meu corpo extremamente cansado sei lá… queria saber se tem relação com os remédios.

          Beijos, minha querida.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Aumentar a dosagem é a decisão que o médico toma quando o antidepressivo não está mostrando seus bons efeitos. Os sintomas que está sentido são relativas ao aumento da dosagem dos medicamentos. Observe tudo direitinho para repassar à sua psiquiatra as reações adversas que está sentindo. Chamou a minha atenção o fato de você estar tomando o oxalato de escitalopram duas vezes ao dia, quando a bula recomenda tomar numa única dose. Leia a bula direitinho e depois converse com ela sobre isso. Leia também, aqui no blog, o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Continue me dando notícias.

          Abraços,

          Lu

  129. Solange

    Fazia uso de sertralina por 4 anos, mas agora a dra. achou melhor mudar para o escitalopram, mas nao me fez nenhuma referência em esperar alguns dias para a mudança. Teria algum problema, pois tenho pavor só de pensar em tomar um novo medicamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Solange

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, se sua médica não disse nada é porque não há problemas na interação entre os dois medicamentos. Caso persista a sua dúvida, entre em contato com ela, para que não fique preocupada. Alguns antidepressivos até podem ser tomados juntos.

      Solange, vou lhe passar uns links, via e-mail, para que você tenha mais conhecimento sobre o novo medicamento, principalmente em relação aos sintomas adversos que pode ter, mas nada que não passe. Também tomo oxalato de escitalopram, que é um antidepressivo muito receitado atualmente, conforme poderá ver nos comentários.

      Grande abraço,

      Lu

  130. Julia

    Olá, Lu!

    Comecei a tomar Escilex no final de fevereiro, pois comecei a desenvolver Transtorno do Pânico, nada que afetasse meu cotidiano. Resolvi procurar ajuda logo para não aumentar o problema. Havia feito terapia com uma psicóloga, e ela desconfiou do diagnóstico que foi confirmado por um psiquiatra de confiança e o remédio foi receitado.

    Quando comecei a tomar o remédio, recorri a este site, mas nunca comentei. Hoje senti vontade de deixar minha mensagem para confortar quem está passando pelo que eu passei anteriormente. Os efeitos colaterais variam de pessoa para pessoa, senti especialmente na primeira semana muita sonolência e pouco apetite, porém, isso com 15 já tinha desaparecido. Quanto à perda de libido, que muitos comentam, foi o sintoma que mais demorou a sumir, mas com uns 2 meses já estava tudo normalizado (graças a Deus, até porque eu tenho namorada). Além de Escilex foi receitado rivotril 0,25, sublingual, para uso emergencial, porém só precisei fazer uso apenas uma vez, na primeira semana de uso do Escilex, e não desenvolvi uma crise de fato.

    Outra informação importante, que vi outros postarem, o laboratório do remédio é realmente importante, tomei Escilex por 1 mês e quando fui comprar na farmácia tinha apenas o genérico, que acabou me causando diarreia por duas semanas, ou seja, passei mais uma vez por período de adaptação. Depois conversando com minha psicóloga e psiquiatra me recomendaram comprar o Escilex “original”, confesso que tenho que ir até farmácias mais distantes, mas compro o medicamento recomendado.

    Fora isso, é importante lembrar que SP tem cura: remédio, terapia, atividade física e até dieta específica podem espantar este mal que nos causa tanto transtorno. Continuo fazendo terapia com minha psicóloga, fazendo atividade física e tomando o remédio. O psiquiatra avisou que devo tomar o remédio por um ano, e procurá-lo em uma época em que eu não esteja passando por algum momento complicado, para começarmos o desmame. E o mais importante:nunca mais tive crises.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Júlia

      É um prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, quanto mais cedo a pessoa, com algum tipo de problema mental, buscar ajuda, menos sofrerá. As crises, quando não domadas, tendem a ser cada vez mais fortes e frequentes. Você agiu corretamente ao buscar um especialista. Não adianta jogar para frente o problema. É preciso enfrentá-lo e ficar livre do sofrimento.

      Sinto-me feliz, Júlia, ao saber que se deu muito bem com a medicação, não tendo mais crises. A atividade física é realmente importantíssima. Quanto aos laboratórios, posso lhe dizer que existe um lobby milionário por trás de alguns. Ainda me lembro de quando tomava o famosos Prozac (fluoxetina) e diziam que essa mesma substância, colocada no mercado por outros laboratórios, não valia nada. Mentira! Passei a tomar a manipulada, que custava a metade, e senti-me ótima. O mesmo vem acontecendo com o oxalato de escitalopram, cujo original é dinamarquês, e custa os olhos da cara. Tomo os de nome fantasia, mais baratos, há mais de quatro anos, e dou-me muito bem. Ainda continuo com 10 mg. E olhe que sou depressiva crônica. E isso é muito bom, pois muitas pessoas não podem comprar o “carésimo” Escitalopram, que também dá diarreia em algumas pessoas, como poderá comprovar através dos comentários e da bula do medicamento (leia-a). Portanto, fico com um pé atrás, quando vejo certos médicos exigirem que se compre esse ou aquele remédio de um determinado laboratório. Você já ouviu falar sobre a “máfia branca”? Em assim sendo, quem puder comprar o medicamento mais caro, que o faça, e quem não puder, que opte por um mais barato. O que não pode é ficar sem o remédio.

      Júlia, gostei muito do seu comentário, que servirá de estímulo para muitas pessoas que hesitam em fazer o tratamento com um antidepressivo. Volte sempre! Junte-se a nós nesta luta.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Julia

        Lu
        Esqueci de falar que tomo Escilex 10 mg! Realmente existe toda uma indústria farmacêutica que lucra e muito com a dependência de remédios. No meu caso, como me dei bem com o remédio e a diferença entre o genérico e o original é mais ou menos 10 reais a caixa, eu optei pelo original mesmo. O psiquiatra e psicóloga recomendaram-me comprar o de ‘grife’, se eu tivesse condições, pois no final das contas o princípio ativo é o mesmo. Eu estou pegando receita de 4 caixas, comprando 2 caixas de 60 comprimidos, estou gastando em média 50 reais por mês, como é o único remédio que eu tomo não está pesando no bolso.

        Fico feliz que tenhas gostado do meu comentário. Quando eu estava começando a tomar o remédio e meio assutada com possíveis efeitos colaterais, teu blog me ajudou bastante! Espero que meu comentário ajude outros leitores.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Júlia

          Comentários mostrando um quadro de melhoras sempre ajudam os indecisos. Muitas pessoas sentem medo dos efeitos colaterais, mas precisam saber que eles passam, e bons resultados chegam, valendo todo o sacrifício. Saber que o blog ajudou-a é muito gratificante para mim. Obrigada, querida! Continue conosco, trazendo boas novas.

          Abraços,

          Lu

  131. Natália

    Olá, Lu!

    Voltei aqui depois de uns meses pra relatar o que aconteceu comigo nesse tempo. Lembro que no começo do ano, quando minhas crises de ansiedade começaram, fiquei “no escuro”, desesperada com tudo que eu estava sentindo. Até que cheguei no seu blog e você me acalmou muito! Sou muito grata por isso!

    Comecei meu tratamento tomando o ESC. Fiquei com ele por uns 2 meses e me senti excelente! Mas devido o ESC tirar a libido, o médico trocou pela Bupropiona (BUP). Inicialmente comecei tomando 150 mg ao dia, mas quando ele alterou pra dose de manutenção (300 mg ao dia), comecei a ficar ruim novamente. Isso foi no final de junho e desde então só piorei. Retornei ao médico e ele me receitou 7,5 mg de ESC por dia. Estou tomando o ESC 7,5 mg com 150 mg de BUP todo dia de manhã. Faz apenas 15 dias que voltei com o ESC, mas estou tão ruim. Os sintomas físicos acabam comigo e só pioram minha ansiedade.

    Já não sei se o que estou sentindo é efeito colateral dos remédios, se os dois remédios juntos podem estar me fazendo mal, ou se é a minha própria ansiedade que está causando tudo isso em mim. Enfim, queria compartilhar com você e todos os outros que passam por isso a minha experiência até agora. Obrigada pelo apoio! Espero em breve retornar aqui, dizendo que estou melhor.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      O oxalato de escitalopram realmente causa diminuição na libido, como outros antidepressivos. Contudo, com o tempo, o organismo vai voltando ao normal. Trata-se apenas de uma fase. Muitas pessoas aqui nos comentários dizem tomar bupropriona. Mas com todo antidepressivo existe a fase de adaptação. O médico mandou-a tomar os dois medicamentos, até que seu organismo adapte-se com a bupropriona e ele possa tirar o oxalato de escitalopram. Como digo, o psiquiatra também trabalha com experimentações, pois, a priori, não sabe qual será o antidepressivo que fará bem ao paciente. Pode ser que, após passar essa fase inicial, você se acostume com o novo medicamento. Se isso não acontecer, procure o seu psiquiatra e relate-lhe tudo, pois a função do antidepressivo é melhorar a nossa vida e não trazer piora para ela.

      Natália, o que está sentindo são os efeitos adversos do novo medicamento, que, no princípio, deixa a pessoa pior do que antes. Se não passarem, busque seu psiquiatra. Aguardo notícias suas.

      Beijos,

      Lu

  132. Matheus M.

    Boa tarde Lu e demais amigos!
    Volto para dizer que estou muito bem, e que a Mirtazapina 30 mg me ajudou bastante a eliminar ansiedade e pânico, que tive durante os primeiros meses do ano. Não me adaptei ao Escitalopram, pois, além de vários problemas emocionais que tiveram piora, também tive muitos problemas físicos e biológicos.

    Mais uma vez AGRADEÇO IMENSAMENTE a Lu por ter me ajudado em um momento de angústia e solidão, e vejo que ela continua ajudando várias pessoas. Fico muito feliz em saber que existem pessoas verdadeiras e com boas intenções para ajudar o próximo sem interesse financeiro ou troca de favores.

    Lu e demais amigos, abraços e torço para a recuperação de vocês, e qualquer coisa podem me contatar, ajudarei no que for possível, assim como a Lu faz (matheus57moraes@gmail.com)

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Você é muito fofo! Nada a agradecer, meu amiguinho. Agradeço pelo seu interesse em ajudar, pois, nos períodos de crise, todos precisamos de contar com pessoas amigas, que possam nos compreender.

      Matheus, não suma do blog. Conheça outras categorias. Há muita coisa interessante. E continue nos dando notícias de sua sáude.

      Abraços,

      Lu

      1. Rick

        Olá, Lu!
        Faz 3 meses que estou tomando o escitalopam. Não estou bem. Percebi que ainda tenho crises de ansiedade intensas. Principalmente quando estou em algum lugar fechado. Começa com uma tontura e lá vem a crise. Terrível! Parece que vou morrer naquele intante. E para acabar de completar, adquiri um zumbido incessante nos ouvidos e estou mega hipocondríaco!! Não está fácil, sabe Lu? Devia estar bem, tendo em vista que já são 3 meses de tratamento. Será que é um sinal para mudar de medicamento? Às vezes tenho desejo de sumir, só para poder evitar esse turbilhão de sentimentos negativos que me invadem. Penso que nunca mais serei como antes, estou realmente desanimado. 🙁

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Com três meses de escitalopram já era para estar se sentindo melhor, realmente. Pode ser que a dosagem esteja baixa ou que seu organismo não está se adaptando ao remédio. Mas somente seu médico poderá lhe dizer isso. Talvez precise também de um ansiolítico. Procure seu psiquiatra e conte-lhe tudo que está sentindo. No princípio do tratamento esse contato é muito importante, para que ele avalie os resultados.

          Amiguinho, ao que me parece, você continua tendo crises de pânico, o que traz essa sensação de morte iminente. O zumbido pode estar ligado ao seu estado emocional. Talvez seja, sim, um sinal para aumentar a dosagem ou mudar de medicamento, pois quando o tratamento dá certo, tudo isso desaparece, como poderá ler nos comentários. Não se preocupe, assim que acertar com o medicamento, não mais sentirá isso. Mas é preciso ter paciência. Sei que não é fácil, mas é preciso seguir em frente. Penso que um ansiolítico irá lhe fazer muito bem. Garanto-lhe que você irá ficar melhor do que antes, assim que acertar a medicação, como ora me sinto. Pense positivamente. As pessoas otimistas têm resultados mais rápidos.

          Rick, aguardo a sua volta para dizer-me que foi ao psiquiatra. Se achar que não está resolvendo com ele, mude para outro. Mas não deixe de procurá-lo o mais rápido possível. Continue em contato comigo.

          Um forte abraço,

          Lu

        2. Rick

          Darei notícias sim, minha querida. Estou sempre acompanhando o blog. Parabéns! Tens dado muita esperança e força a cada um de nós aqui. Obrigado!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Nada a agradecer. Só quero que continue POP (paciente, otimista e persistente).

          Abraços,

          Lu

  133. Jorge

    Olá, Lu!

    Há quase 1 mês deixei um comentário aqui falando sobre o ataque de pânico que tive no meu segundo dia de tratamento com o oxalato de escitalopram. Hoje está fazendo um mês que iniciei o tratamento e estou tomando diariamente, pela manhã, 10 mg do remédio. Sinceramente, sinto que minha vida só piorou. Todos os dias fico muito nervoso antes de sair de casa. Tenho tido diarreia praticamente todos os dias. Tive ataques de pânico, ou algo próximo disso, várias das vezes estando fora de casa. Há vários dias minhas manhãs são de grande tristeza, sem ânimo para fazer nada, apenas com vontade de dormir mais. Percebo que, de modo geral, estou vivendo um tormento maior do que o que vivia antes de iniciar o tratamento, e a sensação é de que nem ao menos consigo perceber qualquer tipo de melhora gradual. Não sei mais o que fazer.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jorge

      Em algumas pessoas, a reação do antidepressivo demora mais a chegar, necessitando de mais tempo. Pode ser o seu caso, pois a finalidade do medicamento é fornecer uma melhor qualidade de vida a seu usuário e não o deixar pior. Caso contrário não teria razão de ser. Existem também casos em que a pessoa não se adequa a determinada substância, sendo necessário mudar para outra, ou ainda que a dosagem esteja baixa. Mas somente seu médico poderá decidir. O importante é que você esteja em contato com ele, repassando-lhe todos os sintomas adversos, inclusive o da diarreia, que continua a sentir. No início do tratamento esse contato é fundamental para a escolha do antidepressivo adequado. Se achar que não está havendo progresso com seu médico, busque outro psiquiatra. Pode ser que seja necessário trocar o medicamento.

      Amiguinho, saiba que tudo isso irá passar assim que acertar no tratamento (veja os comentários semelhantes no blog), mas é preciso paciência.
      Como eu lhe disse acima, volte a seu psiquiatra ou procure outro. A diarreia não pode durar tanto tempo, pois debilita o organismo.

      Jorge, gostaria que lesse com atenção os textos presentes aqui no blog: OS ANTIDEPRESSIVOS EM MINHA VIDA, INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM e SÍNDROME DO PÂNCIO – O MEDO DO MEDO. Aguardo notícias suas.

      Abraços,

      Lu

  134. Mona Portugal

    Oi, Lu, espero que esteja tudo bem com você, amore!

    Venho contar minha experiência durante esses 5 meses de tratamento. Tomo o Oxilato de Escitalopram 10 mg e Stilno x Cr à noite. O primeiro que tomei foi da marca Biossintética, que me tirou da crise. Tive todos os sintomas de adaptação, piorando, mas com a sua ajuda, consegui suportar. Depois ele receitou o Scitalax (Ranbaxy). Por ser uma marca pouco conhecida, achei dificuldade em encontrar, tendo vezes que não achava, e numa dessas vezes comprei uma caixa de outro laboratório. Comecei a sentir muito mal, como se estivesse tendo uma crise de fígado, seguidos de muito mal-estar, chegando a ser internada com hipoglicemia e pressão baixa. Voltei ao médico, que me disse que o remédio não me fez bem, e eu estava com abstinência da medicação. Voltou a receitar o Scitalax, com muita dificuldade para achar. Mas eu tinha a sensação que não estava tomando nada, meus sofrimentos foram voltando aos poucos, mesmo eu tomando essa medicação, cansada, ansiosa, chorosa, deprimida… Fiz o desmame sozinha, com toda cautela… Parei com tudo… Voltei a tomar meus fitoterápicos… Exatamente uma semana depois da parada total, comecei a sentir dores pelo corpo, voltando a lembrar que tenho Fibromialgia, porque até então durante esses meses não tive dor. Tentei de tudo, toda medicação para dor que você imaginar, e nada. Cheguei ao ponto de voltar a tomar a medicação, eu não estava mais suportando tanta dor no corpo e, além dessa dor da fibromialgia, os sintomas da depressão e do pânico. Tudo voltou a ser como era antes, falta de disposição, falta de alegria, falta de paciência, dores pelo corpo, tristeza… Voltando ao ESC, no mesmo dia senti minhas dores diminuírem.

    Hoje fui comprar meu remédio, voltei a comprar o da Biossintética… Acho que foi o que fez com que me sentisse melhor e, pela minha sensibilidade, não posso ficar mudando de fabricantes.

    Um grande abraço amore, somente um breve relato de uma paciente que não se adapta ao medicamento, e vou ser sincera, foram meses em que tive que ser muito forte para não desistir.

    Beijocas no seu coração!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      É muito bom receber a sua visita depois de tanto tempo. Quando as pessoas somem, eu sempre imagino que estão se dando bem com a medicação.

      Amiguinha, existem organismos muito fragilizados que ressentem com qualquer mudança. Deve ser esse o seu caso e o de outra leitora que também me escreveu hoje sobre o assunto. Por isso, faz-se necessário que o paciente observe sua medicação para repassar ao médico um relatório o mais exato possível. Como você foi sempre muito sensível, opte sempre por aquele que lhe faz bem.

      Também achei interessante a relação das dores da fibromialgia com o medicamento. Muito interessante! Segundo um médico, que escreve aqui no blog, Dr. Telmo Diniz, quem tem problemas com fibromialgia deverá tomar 3 frasquinhos de leite fermentado com lactobacilo, diariamente. Experimente, pois se trata de um ótimo alimento.

      Outro grande abraço para você. Não suma!

      Lu

      1. Naldo

        Estou tomando procimax o mesmo que citalopram de 20 mg; tomo pela manhã às 7h, quero saber se tem problema tomar chá de erva cidreira.

        Obs.: Seu e-mail está incorreto. Conserte-o!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Naldo

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinho, não há problema algum. O chá de erva-cidreira é também um excelente calmante. Mas para sentir seu real efeito, tome pelo menos três xícaras ao dia. O de camomila e maracujá também são excelentes.

          Continue nos visitando.

          Abraços,

          Lu

  135. Helaine

    Boa tarde, Lu!
    Passando para dizer que depois de 19 dias com a nova dosagem (15 mg) de escitalopram estou me sentindo melhor, graças a Deus! Ainda sinto alguns calafrios, preocupações excessivas, um pouco de angústia/vazio, mas creio que passará também. Estou tomando somente meio Zolpidem para dormir. Porém, Lu, não estou conseguindo me concentrar em nada praticamente: leitura, programa de televisão, rádio, reportagem, não consigo memorizar o que leio e o que vejo, por vezes estou conversando e some da mente o que iria falar, dá um branco. Será que é efeito da medicação?
    Agradeço mais uma vez por sua generosidade em criar este espaço para troca de experiências e desabafos. Você é uma benção!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Helaine

      É muito bom saber que o seu tratamento vem evoluindo para melhor, cada vez mais. Como você se encontra na fase inicial é normal que tais sintomas ainda estejam presentes, mas com o tempo, o organismo vai se adequando ao remédio e tudo volta ao equilíbrio de antes. Portanto, não se preocupe. Dê tempo ao tempo. Mas lembre-se de que as angústias existenciais são inerentes ao ser humano, não havendo nenhum remédio que as cure, a não ser um trabalho próprio que as remedie. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, aqui no blog, para compreender melhor. Fique tranquila, não se encuque e leve sua vida da melhor maneira possível, e deixe que seu organismo faça o resto, pois ele é muito sábio. Agregue ao tratamento algum tipo de exercício físico. Pode ser caminhada. E tome bastante líquido para hidratar o corpo.

      Vocês, meus leitores, é que são uma bênção. Já fazem parte de minha vida.

      Abraços,

      Lu

  136. Rodrigo

    Olá, Lu!
    Tomo escitalopram desde fevereiro, comecei com 10 gotas, e atualmente estou com 15. Hoje tenho uma filha de um mês, e isso está me deixando meio ansioso. Meu médico me garantiu que a TAG não volta pra quem está medicado, porém pode ser que ele tenha que aumentar um pouco a dose dependendo de como eu me sinta. Minha dúvida é se alguém ja teve recaída, tomando o remédio corretamente?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Antes de mais nada, parabéns pela filhinha.

      Muitas pessoas pensam que o estresse só advém de coisas ruins. Não é bem assim. O nascimento de sua filhinha, apesar de ser algo maravilhoso, pode ter contribuído para a sua ansiedade ou estresse. Aos poucos você irá se acalmando, voltando tudo ao normal. Não se preocupe.

      Uma pessoa só tem recaída tomando um antidepressivo em três casos:
      1- quando o organismo não está se adaptando ao medicamento;
      2- quando se toma o remédio há muito tempo e ele passa a não mais fazer efeito;
      3- quando a dosagem precisa ser revista.

      Portanto, não precisa ficar preocupado.

      Abraços,

      Lu

      1. Rodrigo

        Verdade, apesar de ser uma felicidade, vem junto o medo do futuro, do desconhecido, etc. Bom, então vou ficar tranquilo, pois logo deve passar este mal-estar.

        Obrigado.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Para livrar-se de tais preocupações, busque viver apenas um dia de cada vez, e curta bastante o seu filhinho. Viva apenas o hoje com responsabilidade e estará preparando o futuro.

          Abraços,

          Lu

  137. Graciele

    Boa tarde, Lu!
    Já que você toma escitolopram por muito tempo, poderia me dizer se é normal sentir um gosto doce na boca, pois ultimamente ando sentindo este gosto adocicado.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Graciele

      O oxalato de escitaloprama pode ocasionar mudanças no paladar, sim. Fique tranquila. Veja mais no texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Abraços,

      Lu

  138. Luiz

    Olá, achei muito bacana este blog seu.

    Sou estudante de medicina do 5º ano já, logo logo estarei me formando. Com a dificuldade, a pressão e o stress da faculdade minha ansiedade acabou piorando e neste ano tive 4 crises de pânico e a ansiedade disparou no dia a dia. Há 5 dias iniciei o tratamento com escitalopram. Estou tomando 7 mg por dia, por enquanto, para tentar evitar os efeitos colaterais. Porém não adiantou, minha ansiedade piorou bastante, estou sentindo que não vai passar, que vou ficar ficar louco, com palpitações, tonturas, visão turva, com pensamentos acelerados e medo de adoecer. Porém, o engraçado é que no próprio ambulatório da faculdade já atendi pacientes assim e eu mesmo expliquei a necessidade de aguentar firme, de ser paciente e, que isso iria passar e agora estou passando pelo mesmo, e realmente não é fácil tudo isso.

    A sensação inicial é realmente horrível e eu mesmo estou com medo de não aguentar. Por enquanto, nesta semana estou de férias e na semana que vem já retorna meu internato e fico preocupado em não me sentir um pouco melhor até lá, já que não posso faltar nenhum dia. Estou tentando botar na minha cabeça os próprios comentários que passei para os pacientes, mas não é tarefa fácil pois imagino que os efeitos que a ansiedade rebote aparece em cada um é meio individual. Além do mais estou esperando que, quando começar a ficar no dia a dia da faculdade e a cabeça tiver focada nas aulas, talvez possa ir melhorando os efeitos da ansiedade.

    Enfim, um desabafo e que sejamos fortes neste início de tratamento e espero que também me sinta melhor como vocês daqui um tempo. Parabéns pelo blog!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luiz

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Como pode ver através dos comentários, a maior dificuldade das pessoas que me procuram está correlacionada com a falta de informação por parte do profissional. A maioria deles nada fala sobre os efeitos adversos iniciais, sobre os terríveis sintomas da abstinência, quando se para abruptamente. Em suma, o usuário de antidepressivos não é preparado para lidar com o tratamento. O blog tem servido apenas como ponto de apoio, uma vez que não indico nenhum remédio. E cada vez mais impressiona-me o número de pessoas que aqui chegam. Tudo teve início com uma postagem em que falava sobre minha depressão. Daí foi uma enxurrada de comentários, aos quais respondo com o maior carinho.

      Amiguinho, normalmente, as pessoas, quando em vias de formarem-se, em razão do excesso de compromisso, são acometidas pela ansiedade que, se não tratada, acaba descambando para os ataques de pânico. Temos muitos casos semelhantes ao seu, aqui. E a fase inicial do tratamento é mesmo terrível. Digo que a pessoa precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). E, como sabe, nas duas primeiras semanas, a pessoa sente-se pior do que antes de iniciar o tratamento. Eu digo que é o chamado período de turbulência. O bom mesmo é saber que isso é passageiro e que haverá uma brilhante luz no fim do túnel, tendo valido todo o sofrimento.

      Quer dizer que está sentindo na própria pele o que sentem os pacientes… risos. Mas na gente tudo parece pior. Você irá aguentar sim, pois só falta mais uma semaninha para sair dessa turbulência. E verá que valeu a pena. Você não está tomando nem um ansiolítico para aguentar essa fase inicial? Talvez seja necessário. Ele reduz o nível de tensão inicial.

      Luiz, tenho a certeza de que dará tudo certo em seu internato. E logo você estará exercendo sua profissão. Que tal fazer especialização em psicoterapia? Quem sofreu na pele os contratempos da mente poderá ser um ótimo profissional, pois vivenciou na própria pele o que passam os pacientes. E este campo está precisando de profissionais mais sensíveis e não autômatos, que somente receitam.

      Amiguinho, estou torcendo para o seu sucesso. Quando estiver no internato, continue entrando em contato conosco. Gostaria de fazer-lhe um elogio quanto à siceridade de seu depoimento. Ele será de grande valia ao mostrar que todos temos que lutar para adequar-se ao medicamento, ainda que tenhamos que passar por uma fase tão difícil. Agradeço também a sua generosidade ao elogiar o blog. Você é mesmo muito fofinho. Com certeza será um excelente profissional cujo viés humano jamais o abandonará. Aguardo novos contatos.

      Abraços,

      Lu

      1. Luiz

        Olá Lu, obrigado pela resposta. Muito bom conversar e ver comentários de pessoas que passaram pela a mesma situação que eu estou passando agora. Pois então, espero que logo logo tudo isso passe. Estão sendo bem angustiantes estes dias e o pior é que só tenho esta semana de férias e foi bem quando resolvi iniciar o tratamento. Mas estou torcendo que tudo ocorra bem e esses sentimentos e sintomas físicos desapareçam com os próximos dias.

        Eu tenho um ansiolítico aqui, o clonazepam, mas por enquanto estou tentando controlar sem a ajuda dele, mas realmente estou achando que será bom usar mesmo por estes próximos dias para diminuir a agitação e a angústia.

        Acho bem interessante a parte da psiquiatria, mas que já decidi minha especialização, vou fazer Diagnóstico por Imagem, foi a cadeira de que mais gostei na faculdade. Mas concordo que falta muito por parte dos profissionais explicarem este início do tratamento. O próprio psiquiatra que eu fui não me explicou tudo corretamente, é uma pena.

        Com o passar dos dias comento aqui como está sendo para mim. Obrigado pelo apoio e excelente trabalho que você faz!
        Abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Luiz

          Muito sucesso para você. Venha sempre nos visitar e contar como anda sua saúde mental.

          Abraços,

          Lu

    2. Cris

      Boa tarde, Luiz!

      Tenha paciência que isso vai passar, parece que não, mas passa. Comecei a tomar no final de abril e no começo também senti tudo isso, além de perder totalmente o sono e o apetite. Depois de fazer “n” exames comecei tirar da cabeça que estava com alguma doença. Só quem passa mesmo por isso pra entender. Como a Lu sempre diz, precisamos ser POP (pacientes, otimistas e persistentes).

      Abraços

  139. Yone

    Olá, Lu!
    Gostaria de voltar, depois de passar na tão sonhada consulta com o psiquiatra, já que estava passando pelo clínico geral. Já se foram 3 meses de tratamento com 10 mg de escitalopram e 1 comprimido de 2 mg de clonazepam à noite. Confesso que só tomo metade. Enfim, estou bem, sobrevivi, estou ansiosa ainda, libido zero e intestino preso. O psiquiatra não quis aumentar a dose do escitalopram, pra não piorar a libido, e recomendou 25 mg de topiramato para humor e compulsão, e tentar parar com clonazepam. Mas está difícil, porque comecei com o topiramato,que me tirou o sono. Estou irritada, parece que estão voltando todos efeitos do começo do escitalopram. Será q passará? Sabe algo sobre esse medicamento, Lu?

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Yvone

      Você precisa tomar a dosagem exata indicada pelo médico. Somente ele poderá aumentá-la, diminuí-la ou retirá-la. Talvez seja isso a causa dos problemas pelos quais está passando, como a ansiedade que persiste em continuar. Realmente os antidepressivos interferem na libido, mas com o tempo o organismo vai se acostumando com o remédio e tudo volta ao normal. Mas qualquer homem prefere uma mulher equilibrada, com menos libido, do que uma tigreza desequilibrada. Converse com seu companheiro a respeito. O problema do intestino preso pode ser resolvido tomando mais líquido, comendo mais fibra, principalmente a bucha da laranja, assim como mamão, ameixa seca, aveia, etc.

      Não conheço o topiramato. Li que é estabilizante do humor e neuroprotetor. Converse com seu médico sobre o fato de ele ter tirado seu sono, pois dormir mal deixa a pessoa extremamente irritada, causando ansiedade. E isso deve estar interferindo no seu equilíbrio emocional. Tudo isso passará. Basta apenas adaptar aos medicamentos. Mas não deixe de conversar com o seu médico, pois somente ele poderá adequar sua medicação.

      Não suma!

      Abraços,

      Lu

      1. Yone

        Lu, minha linda!
        O único que tomo menos é o rivoltril, o escitalopram tomo certinho. O psiquiatra inclusive quer que diminua, mas agora é impossivel. O topiramato tirou o sono. E já estava com o sono bem melhor. Agora vou esperar um mês pra ver como fico!
        Beijos e obrigada, querida!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Yvone

          Ainda bem! O rivotril pode ser tirado, sim, mas aos poucos. Para melhorar seu sono, tome um banho tépido antes de dormir e um copo de leite morno. Suco de maracujá também é ótimo, assim como chá de camomila. Evite fazer coisas, uma hora antes de deitar-se, que a deixem agitada ou preocupada.

          Beijos,

          Lu

        2. Josi

          Bom dia, Lu!
          Se alguém puder me ajudar… Estou conseguindo obter êxito com a Sertralina na dose de 100 mg por enquanto. Percebi que o efeito é mais lento, mas não apresentei efeito colateral a ponto de ter que parar. Estou começando a me sentir melhor. Minha dúvida é sobre o Clonazepan (Rivotril) que vejo tão comentado por aqui. Nunca havia feito uso dele, eu usava o Limbitrol.
          Mas o médico disse que eu poderia tomar esse e me receitou tomar 1/2 comprimido de 2 mg, pois percebi que a Sertralina estava me deixando ligada.

          Minha dúvida é que eu o tomo à noite e sempre desperto cedo, tipo 6:30. Alguém poderia me esclarecer mais sobre esse medicamento? Detalhe:durante o dia vou ficando com muito sono.

          Agradeço.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          O organismo humano é muito complexo, podendo algumas pessoas apresentar reações totalmente diferentes, tomando o mesmo remédio. O clonazepan pode trazer sonolência para algumas pessoas e insônia para outras. Você não disse a que horas deita-se, mas o importante é que durma pela menos sete horas. Se estiver dormindo pouco, esse efeito adverso também poderá passar com o uso continuado do medicamento. O rivotril é um dos medicamentos mais usados no Brasil.

          Abraços,

          Lu

        4. Josi

          Ei Lu, obrigada.
          Estou tomando 2 mg á noite, geralmente ás 22:00 ou à hora que vou dormir, às vezes 23h,mas no geral 22:00.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Se você está acordando às 6:30 horas, dormindo no horário citado, seu sono está ótimo, perfazendo um total de 8 horas. Não há com que se preocupar.

          Abraços,

          Lu

        6. Josi

          Lu, quanto a acordar cedo tudo bem, está sendo até bom para mim. Mas a questão é que durante o dia sinto uma sonolência terrível. Será que se mexesse no horário da tomada ou tomasse 1 mg ajudaria?

        7. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Imagino que essa sua sonolência advenha do antidepressivo que toma. Converse com seu médico sobre o horário de tomá-lo. Pode ser que mudando para a noite nem seja preciso usar o rivotril. Mas em hipótese alguma mude o horário por conta própria, para não incorrer em super dosagem, pois entre um comprimido e outro precisa haver um espaço de 24 horas. Quando for fazer a mudança, terá que passar um dia sem tomar.

          Beijos,

          Lu

        8. Josi

          Obrigada, Lu!
          Logo logo vou consultar o médico. O bom é que de alguma forma está funcionando. Estou feliz por isso!
          Volto a falar com vocês.

          Beijos

        9. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Não há nada a agradecer. Só um pequeno lembrete: evite escrever em “internetês”, pois muitas pessoas não entendem e, portanto, tenho que consertar todas as palavras.

          Beijos,

          Lu

        10. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Hahahahhaha!
          Vc n sabe o q eu escrevi? Eu tbm n vou dizer, pq vc agora entendeu… risos.

          Bjs

          Lu

  140. Lidiane

    Boa tarde, Lu!

    Há algumas semanas tive minha primeira crise de pânico, e comecei a tomar o Escitalopram há uma semana. Estava pensando em parar, pois estava me sentindo muito angustiada e mais ansiosa que antes. Mas acabei encontrando seu post, o que me deu esperança de continuar. Estou aprendendo a conter aquele “medo” e a controlar minha respiração, quando sinto que terei uma nova crise, ajuda bastante! Mas queria algo para me deixar menos agitada durante o dia. Tem algum problema tomar chá de camomila?

    Muito obrigada pela atenção!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lidiane

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a síndrome do pânico é resultante do excesso de ansiedade. Controlando a ansiedade, a crise desaparece. O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados pelos médicos, conforme poderá comprovar através dos comentários. O início do tratamento é mesmo muito difícil, pois a pessoa sente-se pior do que antes de iniciá-lo. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), pois valerá a pena. Normalmente depois da segunda semana os sintomas ruins irão desaparecendo e os bons chegando. Todos passam por isso. Não pare, pois as crises tendem a aumentar. Aguente firme.

      O chá de camomila é excelente, assim como o suco ou chá de maracujá. Tome-o, pelo menos, umas três vezes ao dia. À medida que o medicamento começar a fazer efeito, sua agitação irá desaparecendo. Vou lhe passar uns links sobre o assunto.

      Volte sempre para comentar comigo sobre o andamento de sua saúde mental. Será um prazer tê-la aqui.

  141. Cris

    Bom dia pessoal!
    Depois de ler alguns depoimentos aqui, achei importante escrever pra contar que também passei por tudo isso, principalmente nas primeiras semanas tomando o escitalopram. Praticamente nas duas primeiras semanas não conseguia dormir de jeito nenhum, e as sensações eram bastante ruins. Fui paciente e persistente.

    Mas agora, depois de 2 meses já estou me sentindo ótima. Tudo voltou ao normal: sono, apetite, disposição. Meu médico pediu pra tomar pela manhã e nunca com o estômago vazio. Também voltei a praticar atividade física que ajuda bastante.

    Não desistam do tratamento! O começo é ruim mesmo, mas vai passar!

    Abraços,
    Cris.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Oi, Cris!

      Todos nós agradecemos as suas palavras de incentivo. Vejo que se tornou mesmo uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Que todos se mirem em seus exemplos.

      Beijo no coração,

      Lu

  142. Patrícia

    Olá, Lu!

    Há cerca de 3 meses comecei a usar o escitalopram. Tive uma crise em que me sentia mal e ansiosa sempre por complicações na faculdade. Fui à médica e ela, sem saber direito da minha história, me recomendou tomar esse remédio. Porém, comecei com 5mg e tenho continuado com essa dose, e já me sinto melhor – fui a psicóloga e não tive mais as crises. Porém, abandonei a médica porque não gostei dela e agora continuo usando. Vou procurar outro médico mas tenho uma festa essa semana em que gostaria de beber. Você acha que posso tomar 2,5 mg no dia anterior e tomar cerveja na festa?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Patrícia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, ao que me parece sua crise é resultante de suas preocupações na faculdade. Procure levar esse tempo com alegria, pois é a melhor fase de sua vida. Logo passará! Não leve as coisas muito a sério. Tempere tudo com pitadas de tolerância e alegria, pois tudo na nossa vida é passageiro. E o que nos faz sofrer hoje, poderá trazer saudades amanhã. Lembre-se de que os problemas têm a dimensão que damos a eles.

      O oxalato de escitalopram é um antidepressivo relativamente moderno, sendo muitor receitado pelos médicos. É possível que precise de fazer uso dele apenas por um período curto. Ainda assim, jamais pare sem o consentimento médico, passando pelo desmame. Caso contrário, as crises voltarão ainda mais fortes. E, se não gostou da médica, tem mais é que procurar outro profissional. Um médico amigo é fundamental para o bom resultado do tratamento.

      Quanto ao uso do antidepressivo com álcool, isso não é recomendado. Em toda bula pede-se para evitar bebida alcoólica. E não adianta diminuir a dosagem (risos) pois o efeito do remédio é acumulativo, não funcionando como uma aspirina. O antidepressivo vai sendo depositado no organismo, necessitando de pelo menos 15 dias para que seja eliminado. Penso que poderá tomar uma latinha de cerveja ou duas doses de vinho (uma ou outra bebida e não as duas juntas), aliando a isso muito água e estômago cheio. Não abuse em hipótese alguma, pois nunca se sabe qual reação terá.

      Depois me conte como foi a festa.

      Abraços,

      Lu

  143. Anny Carina

    Olá, Lu!
    Esta é minha primeira postagem aqui. Vou resumir minha história. Tenho 24 anos e é a segunda vez que sofro com ansiedade/depressão. Da primeira vez foi há uns 9 anos atrás, foi mais mais difícil do que está sendo agora por vários motivos: eu era muito nova e sem entendimento da família, sofri demais e demoramos a procurar tratamento. Na época comecei a tomar fluoxetina, que no começo foi difícil porque tive uma crise forte, indo parar na emergência, mas segundo o médico era normal, e tive que continuar. Depois comecei a sentir melhoras, e sempre me esforçando pra sair e distrair, mesmo passando mal.

    Fazia pouco mais de 8 anos que não tomava mais antidepressivo e me sentia normal, achei q nunca mais precisaria. Mas há mais ou menos uma semana atrás, por preocupações com doenças e trabalho (preocupações desnecessárias) acabei voltando a sentir tudo de novo e sei que é a ansiedade. Procurei psiquiatra, pois estava muito mal. Ele me receitou escitalopram 10 mg e alprazolam 0,5 mg nas tres primeiras noites e quando sentisse em crise.

    Já marquei um psiquiatra para ter acompanhamento, pro dia 20. Faz hoje 7 dias que estou tomando só o escitalopram, e está sendo sendo muito ruim os efeitos, mas msm com muita dificuldade tenho me esforçado pra sair e até trabalhar. Sinto a boca amarga,tremores, náuseas e às vezes bate o desespero e tento controlar (sem tomar o alprazolam). Tenho altos e baixos, como ja passei por isso, sei que depende de mim também, mesmo com todo sofrimento e falta de vontade.

    O que está acabando comigo é que não consigo dormir, durmo no máximo umas 4 h partidas. Acordo e fico muito ansiosa. Vejo a hora de não aguentar de tanto cansaço e sono que sinto. Estou morrendo de medo disso não passar. Não tenho tomado o alprazolam porqye o médico disse que só em crises, mas nao consigo dormir, é horrível. Mesmo tomando-o não tenho dormido 100%. Como só vou começar o acompanhamento com psiquiatra dia 20, está difícil esperar e não sei o que fazer. Estou fazendo terapia há 2 semanas pra ver no que dá. Desculpe o textão, mas estava precisando compartilhar com quem entende.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anny

      Bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, existem inúmeros tipos de depressão, sendo que um deles é recorrente, ou seja, a doença some por algum período e depois volta. Mas não há com que se preocupar, pois o mercado tem hoje bons remédios para isso. O importante é fazer o tratamento direitinho, conforme o encaminhamento médico, não parando sem sua autorização. Em suma,seja POP (paciente, otimista e persistente).

      Muitas vezes, a ansiedade, que gera o pânico e a depressão não aparecem por conta de uma preocupação, mas porque a doença já estava ali, debilitando o organismo. E a gente arranja mil desculpas para o seu surgimento. Ao contrário, ela é que gerou o excesso de preocupação, que é apenas a ponta do “iceberg”. Acontece muito isso. Fique tranquila. O importante é que não demorou em procurar ajuda, pois as crises, sem tratamento, tendem a ser cada vez mais constantes e agressivas.

      O oxalato de escitalopram (eu compro sempre o mais barato) é um dos bons antidepressivos no mercado. Tem sido receitado pela maioria dos médicos, como poderá comprovar aqui, através dos comentários. Trata-se de um remédio relativamente novo, e que cobre uma série de problemas mentais. Como todo antidepressivo, ele também tem seus efeitos adversos, inclusive os citados por você. Mas depois de duas a três semanas, normalmente, eles vão desaparecendo e vão surgindo os bons. Embora essa fase seja terrível, sentindo a pessoa pior do que antes de ser medicada, vale a pena passar por todo esse tormento, pois uma vida nova descortina-se no final do túnel, possibilitando viver com qualidade. Não se apavore, minha querida. É assim mesmo.

      O oxalato de escitalopram tanto pode fazer a pessoa dormir demais ou ficar insone. Eu me senti como você, no início. Ao que me parece, está o tomando à noite, o que ainda dificulta mais o sono. Sugiro que passe a tomá-lo na parte da manhã, junto com o café, mas preste atenção, para não cair numa super dosagem. Quanto for mudar para a manhã, fique o dia anterior sem tomar o remédio. Reiniciando-o somente um dia depois. Entendeu direitinho? Assim terá a possibilidade de dormir melhor. Você também deve fazer uso do alprazolam, agora no início, pois ele ajuda a combater a insônia. Assim que seu sono for estabilizado, poderá retirá-lo. Procure também fazer algum esporte, ou mesmo caminhada, o que a relaxará. Antes de dormir tome um banho tépido e um copo de leite morno. Faça também uso de chá de camomila, 3x ao dia, que é um excelente calmante. Tome também suco de maracujá.

      Anny, irei passar o link de alguns textos para ajudá-la. Outra coisa, ao escrever, não se preocupe com o tamanho do texto, mas apenas com as palavras em “internetês”, pois tenho que consertar todas, uma vez que muitas pessoas não as entendem. Certo? Volte para me contar como se sente depois das mudanças.

      Um grande abraço,

      Lu

  144. Ricardo

    Bom dia, Lu!
    Esta é a primeira vez que posto aqui, mas achei muito legal o jeito com que você responde as dúvidas e auxilia as pessoas que tem SP. O meu caso é muito parecido com os demais. Fui diagnosticado há seis anos e desde então começou a batalha para encontrar o remédio ideal. Inicialmente eu tomava o Citalopram, que durou um certo tempo, mas depois ficou fraco. Na sequência, troquei para o Escitalopram e me recordo que tive uma boa adaptação com ele, mas infelizmente voltei a sentir incômodos. Finalmente, cheguei à Paroxetina, que tomei por mais de quatro anos, com resultados bons, mas com o passar do tempo senti que os efeitos estavam sendo mais maléficos do que benéficos.

    Agora, minha médica me prescreveu novamente o Escitalopram, pois, segundo ela, o organismo pode voltar a se acostumar com ele.. Comecei a tomar faz cinco dias, mas hoje especialmente estou sentindo muito desconforto. Você sofreu com isso quando fez a troca pelo Escitalopram?

    Um grande abraço

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      É um grande prazer receber a sua visita. Sinta-se em família.

      Amiguinho, normalmente as pessoas que possuem a Síndrome do Pânico também são depressivas, como é o meu caso. Esta síndrome advém do excesso de ansiedade, daí a necessidade de controlar a segunda, para eliminar a primeira. O bom é que a Ciência, à medida que vai compreendendo os meandros da mente, tem colocado no mercado antidepressivos cada vez mais eficientes. Eu também tenho passado por um sem conta de medicamentos. Demorei muito tempo com a fluoxetina, até que essa perdeu sua ação sobre meu organismo. Já estou há muito tempo com o oxalato de escitalopram, com o qual tenho me dado muito bem, pois nem me lembro mais quando tive a última crise de pânico.

      O oxalato de escitalopram (compro sempre o mais barato) é um dos bons antidepressivos encontrados no mercado. Já faço uso dele há mais de quatro anos. Ao ler os comentários, poderá ver que é o mais receitado pelos médicos. Como sabe, todo antidepressivo, no início do tratamento apresenta sintomas adversos. Ainda que você o tenha tomado durante algum tempo, ao retornar ao tratamento com ele, sentirá novamente os efeitos adversos, que variam de intensidade de acordo com cada pessoa, até que passe cerca de duas a três semanas. Portanto, o desconforto que está sentindo é normal. É preciso ser paciente até que ele passe. Eu senti isso, sim. Quase todos sentem. Fique tranquilo. Vou lhe passar uns links de textos para sua melhor compreensão.

      Ricardo, aguardo novas notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo

        Nossa! Muito obrigado pela ajuda, ainda bem que existem pessoas assim no mundo. Vou continuar a luta e sei que uma hora vou reencontrar o equilíbrio! Mandarei notícias. Um grande abraço e, novamente, PARABÉNS pela solicitude e paciência!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Nada a agradecer. Diz um conhecido ditado que “quem não vive para servir, não serve para viver”… Apenas tento compartilhar um pouco daquilo que aprendi. Será sempre um prazer contar com sua presença.

          Abraços,

          Lu

        2. Ricardo

          Boa noite, Lu!

          Queria aproveitar sua experiência para tirar mais algumas dúvidas, se possível. Hoje completo 9 dias tomando o Escitalopram e posso dizer que, no geral, estou me adaptando bem ao remédio. O único problema que tenho sentido é que, logo apó tomá-lo, pela manhã, começo a sentir uma grande euforia e ansiedade (que são sensações boas, no caso), mas com o passar do dia e especialmente à noite, essa ansiedade boa se transforma em ansiedade ruim, começa a apertar o peito e o ar parece que diminuir

          Nos primeiros dias eu me rendia e corria logo tomar o alprazolam 0,5 mg, e logo já sentia uma melhora, porém ficava com um certo peso na consciência, por não estar aguentando sem o remédio, e também com um certo medo de ficar dependente de mais uma medicação. Gostaria de saber se você chegou a tomar algum ansiolítico no início? E teve algum receio quanto a isso? Novamente, muito obrigado pela atenção.

          Grande abraço!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Você se encontra no início do tratamento, portanto, é normal que ainda esteja sentindo as reações adversas inerentes ao medicamento. Imagino que, após a segunda semana, tudo isso terá passado, vindo apenas os bons resultados. Agora é preciso ter um pouco de paciência. É a fase em que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). As reações descritas por você são normais. Elas irão desaparecer, fique tranquilo. Esses primeiros dias são mesmo terríveis. Existem pessoas que penam ainda mais. Veja os comentários.

          Rick, muitas vezes é necessário o uso de um ansiolítico para aguentar as reações adversas do antidepressivo. Depois que elas passarem, poderá deixá-lo de lado. Assim sendo, não há o perigo de dependência. Eu tomei ansiolítico, sim (bromazepam). E sempre o tenho, mas só tomo-o esporadicamente, quando fico com muita insônia ou passo por uma situação que exige muita calma. Nunca tive receio algum. Ao contrário, sempre agradeço à Ciência por me permitir melhorar a minha qualidade de vida, coisa que não foi possível a muitos outros no passado, quando as doenças mentais ainda eram desconhecidas. Sou uma pessoa muito otimista! Não me entrego facilmente. Gostaria que lesse o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Conte sempre comigo para trocarmos ideias.

          Abraços,

          Lu

      2. Ricardo

        Lu
        Novamente, muito obrigado pelos conselhos. É reconfortante conversar com alguém que realmente nos entende. Costumo dizer que apenas quem já sentiu as agruras de uma crise de ansiedade pode falar com propriedade sobre o assunto. Para quem nunca sentiu pode até parecer exagero não é verdade? Mas nós sabemos que não é. Enfim, vou continuar na luta, serei POP. E em breve trago notícias melhores!

        Um grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          É preciso sofrer na pele para conhecer a dor do outro. Em um dos textos, recebi um comentário de um estudante de medicina (5º ano) que diz já ter atendido muitos pacientes no ambulatório, com crises decorrentes das semanas iniciais de tratamento com antidepressivo, mas jamais imaginou que seriam tão terríveis. Agora está passando pela ansiedade, que arrematou com crises de pânico.

          Tenho a certeza de que está sendo POP. Logo estará saindo dessa turbulência, e vendo um céu de brigadeiro. Aguardo contatos.

          Abraços,

          Lu

  145. Carla Cristina

    Caros amigos,
    foi muito bom achar este blog, pois é bom saber que não somos únicos com as doenças da mente. Neste momento de minha vida me sinto péssima, porque tenho tido constantes crises de ansiedade, que chegam as vezes ao pânico.

    Eu quero compartilhar minha sensação e ver se alguém já sentiu o mesmo. Às vezes estou estudando ou vendo TV e de repente sinto as minhas pernas gelarem, logo sobe uma sensação estranha no peito, como se ele esquentasse e sobe para minha cabeça, meu coração dispara e me sinto sufocada. Fui à psiquiatra e ela me receitou Escitalopram 10 mg pela manha e alprazolan de 0,5 à noite. Acontece que o ESC me fez piorar, fiquei mais agitada quando o tomei. Senti a crise muito mais forte. Quando falei para a médica, ela mandou eu comprar o rivotril sublingual com SoS, apenas usei uma vez, porque parecia que ía morrer, o meu peito ficou mais quente e a sensação era de morte eminente.

    Acho que esses remédios não me fazem bem, hoje só estou tomando o alprazolan, porque com ele me sinto bem, o ESC apenas tomei na primeira semana 2 dias e tive uma crise horrível, depois de 1 mês tomei um único dia e novamente tive a crise. Então não tomei mais. Eu me sinto como um robô desajustado, muito mal, pois às vezes acho que estou com uma doença em estágio avançado, mas os médicos dizem que meus exames estão bons e que essa crise de ansiedade é por causa da chegada da menopausa, já que estou com 46 anos e fiz histerectomia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carla Cristina

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você não diz por quanto tempo usou o oxalato de escitalopram. E, ao que me parece, sua médica não a alertou sobre os sintomas adversos, que acontecem no início do tratamento, ficando a pessoa pior do que antes de iniciá-lo. Contudo, com cerca de duas a três semanas, de uso do antidepressivo, os sintomas ruins passam e os bons começam a chegar. Todo antidepressivo traz essas reações iniciais, cuja intensidade varia de pessoa para pessoa. São normais essas crises nas primeiras semanas, quando o organismo rejeita o remédio. É preciso saber disso para dar prosseguimento ao tratamento. Vale a pena passar por tudo isso, pois os efeitos positivos trazem uma melhor qualidade de vida. Portanto, não há como dizer se você deu bem ou não com o escitalopram, em razão do tempo curto que o tomou.

      Se os exames deram bem, você se encontra ótima. O problema é somente mental. A maioria acha que está com uma doença séria, como poderá ler nos comentários. Tudo é ilusão. Uma vez tendo acertado com o antidepressivo, tudo irá desaparecer. Não se torture com isso. Faça o seu tratamento direitinho e não se preocupe. Vou lhe repassa uns textos que irão ajudá-la. Certo?

      Continue me informando sobre sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      Carla, não é fácil conviver com a síndrome do pânico, que advém do excesso de ansiedade. Tratando a ansiedade, ela desaparece. Eu também a tinha. Hoje tomo oxalato de escitalopram, e há quatro anos que não mais a tenho. Se não fizer o tratamento, ela tende ficar cada vez mais forte e mais constante.

  146. Ricardo

    Bom dia, Lu!
    Tenho um programa alimentar em que fico 16 h em jejum e 8 h de janela de alimentação. Como tomo o ESC no meu período de jejum, queria saber se ele afeta essa fase quebrando o jejum, ou se não há problema. Caso ele quebre, terei de transferir para a noite. Outra dúvida, a diferença em se usar o medicamento original ESC – Europharma e os genéricos, por exemplo Medley, é significante?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      Seja bem-vindo ao blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, espero que esse seu jejum não seja diário, pois não devemos ficar mais de três horas sem alimentação, em razão do suco gástrico que pode provocar problemas estomacais tais como gastrites. O ESC não afeta o jejum, tanto é que o ideal é que seja tomado durante o café da manhã. Ele não quebra seu jejum. Eu sempre tomo a medicação (oxalato de escitalopram) que se encontra com melhor preço. Nâo vejo diferença.

      Abraços,

      Lu

      1. Ricardo

        Quanto ao meu estilo de alimentação, trata-se de um plano estudado e seguido por muitas pessoas mundo afora, mais conhecido como Dieta Intermittent Fasting. Obrigado pela resposta.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Nunca ouvi falar sobre o assunto. Irei dar uma pesquisada sobre ele. Muita saúde e sucesso para você.

          Abraços,

          Lu

      2. Cristiane Castilho

        Boa noite, Lu!
        Você já viu algum relato de pessoas que tiveram problemas na troca de escitalopram de laboratórios diferentes? Eu tomei o Reconter por um mês e segui tomando o escitalopram da ems (ou algo parecido). Voltei a ter as mesmas sensações do início do tratamento, só que com a ansiedade piorada. Fui ao psiquiatra e quando relatei tudo, ele disse que o laboratório influencia e me mandou voltar ao Reconter.
        Beijos e desde já obrigada por manter esse meio de ajuda a todos nós.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          É um prazer recebê-la neste espaço. Sinta-se em casa.

          Eu nunca ouvi falar que uma mesma substância, mas com nome fantasia diferente, possa trazer mudanças tão abruptas. Eu mesma não sou fiel a um determinado laboratório. Sempre compro o medicamento que estiver mais barato. E nunca senti absolutamente nada diferente. Já tomei Lexapro, Exodus, Reconter… Tudo na maior normalidade. Pode ser que o meu organismo não seja tão sensível, depois de anos a fio tomando antidepressivo. Ninguém também nunca relatou aqui tal discrepância. Volte sempre!

          Beijos,

          Lu

  147. Graciele

    Olá, querida!
    Passei a ler o blog e estou adorando. Tomo o escitolopram 10 mg, 1 ao dia, há 6 dias. Tenho muita ardência no couro cabeludo, bem em cima, e comichões no rosto, e ficam muito vermelho. Será que é da ansiedade? Você acha que esse remédio vai me ajudar? Sou muito ansiosa, não aguento mais me sentir assim. Eu posso tomar clonazepam tomando escitolopram? E remédio para dores como dipirona eu posso? Desde já agradeço.
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Graciele

      Seja bem-vinda ao blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, tenho a certeza de que irá se sentir bem com o antidepressivo, pois a finalidade dele é justamente acabar com a ansiedade que, se não tratada, desaguará nas terríveis crises de pânico. Realmente é muito sofrido lidar com o excesso de ansiedade. Quanto à ardência no couro cabeludo e os comichões, certamente devem-se aos efeitos adversos do medicamento, que passam em torno de duas a três semanas. Ainda assim é necessário que comunique a seu médico tais sintomas.

      Somente o médico que a acompanha poderá dizer quais remédios poderá tomar diariamente. Siga direitinho as prescrições feitas por ele. Quanto à dipirona, eu a tomo vez ou outra.

      Graciele, vou lhe repassar o link de alguns textos, via e-mail, que poderão ajudá-la. Volte sempre!

      Abraços,

      Lu

  148. Helaine

    Boa noite, Lu
    Fui ao médico ontem e ele passou o escitalopram de 15 mg e receitou o rivotril sublingual, caso tenha alguma crise (na semana passada tive uma muito forte na rua). Estou com receio de comprar o rivotril, porque tenho medo de acabar viciando! Mas creio em Deus que vai dar tudo certo!
    Tenha um final de semana abençoado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Helaine

      O rivotril é para ser tomado somente em caso de crises. É bom que o tenha em casa, para sua segurança. Se não precisar, não mexa nele. Ninguém vicia tomando um remédio vez ou outra. Vai dar tudo certo, sim. Fique tranquila. Um bom final de semana para você também.

      Abraços,

      Lu

  149. Alexandra da Silva

    Olá, Lu!
    Gostaria de saber se você toma algum ansiolíticos? Ou só o escitaloplam? Porque tomo o de 20 mg e alprazolam de 0,5, mas não esta adiantando. Retornei ao psiquiatra e ele suspendeu o escitaloplam e passou a paroxítona de 20 mg. Não comecei a tomar ainda, pois estou com medo das reações. Ele quer que eu pare de tomar o alprazolam. Tenho que tomar assim durante 10 dias, e à noite tomar paroxítona e zolpidem, e pela manhã 10 mg de escitalopram, e depois mais 10 mg de escitalopram de 5mg e depois parar.Não receitou nenhum ansiolítico. Tenho muitas crise de ansiedade e pânico.
    Beijos e obrigada pela paciência!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Eu não tomo o oxalato de escitalopram acompanhado de nenhum ansiolítico. Só quando a insônia bate é que tomo 3 mg de bromazepam. Fora disso só tomo o antidepressivo. Alguns psiquiatras receitam um ansiolítico, mas só quando se faz muito necessário, no início do tratamento. E seu médico julgou que não é necessário. Siga seu tratamento direitinho, conforme indicação dele. Se for necessário, tenha a certeza de que ele lhe receitará depois, mas primeiro é preciso experimentar.

      Alexandra, leia com atenção a receita do médico, para que não faça confusão na hora de tomar os remédios. Qualquer dúvida, entre em contato com ele. Se não deu bem com o escitalopram, como acontece com algumas pessoas, poderá se sentir bem com a paroxetina. Não tenha medo das reações, pois todas elas passam com o uso do medicamento. Comece logo a tomar a medicação indicada, para que não venha a ter crises de ansiedade e pânico. Quanto mais cedo começar, melhor será. E não se sinta acanhada de procurar-me quantas vezes necessitar. Certo?

      Abraços,

      Lu

      1. Alexandra da Silva

        Oi, Lu!
        Obrigada pela atenção. Os eleitores poderiam falar um pouco das suas recuperações. Depois de um certo tempo são poucas as pessoas que falam. Fica a ideia.

        Abraços,

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          As pessoas só buscam o contato quando precisam. Assim que se encontram bem, desaparecem. Poucas são as que voltam a dar notícias. Eu avalio que, ao sumirem, encontram-se ótimas.

          Beijos,

          Lu

      2. Alexandra da Silva

        Olá, Lu, boa noite!
        Comecei a tomar a paroxítona 20mg depois de 30 dias, e agora retornei ao médico e ele aumentou para 40 mg. Estou mal, na verdade faz 9 meses que eu não sei o que é me sentir bem de verdade; tento levar uma vida normal mas está difícil, pois quando não é ansiedade são as reações dos remédios. Às vezes eu minto para as pessoas, dizendo que está tudo bem, porque ão sei o que falar, parece que a depressão é mais fácil de tratar do que a ansiedade, não sei se estou falando besteira. Desculpe beijos e obrigada por ler nossas mensagens.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Se há nove meses que está tomando paroxetina e não se sente bem, imagino que seu médico deve estar atento a isso, mudando de medicamento, se necessário for. Não se sinta constrangida em dizer para ele como está se sentindo. Precisa ser o mais verdadeira possível. Quanto aos outros, diga, sim, que está bem, a menos que sejam pessoas íntimas. Também penso que a ansiedade maltrata mais, mas assim como a depressão, ela pode ser contida, basta apenas acertar no medicamento. Não hesite em procurar seu médico, quantas vezes for necessário. Pode ser que a paroxetina não esteja sendo eficiente. Se não der certo tomando 40 mg, volte ao psiquiatra e converse seriamente com ele. Mas vai dar tudo certo. Tenha paciência. Leia os outros textos sobre o assunto. É sempre um prazer manter contato com meus leitores queridos.

          Abraços,

          Lu

  150. Jorge

    Oi, boa noite!
    Meu psiquiatra me receitou o Escilex 10 mg, mas estou apenas no segundo dia de tratamento, e nos oito primeiros dias devo tomar apenas 5 mg. Ele somou ao tratamento o Cognitus, que é um complexo vitamínico fitoterápico. Disse que eu tenho uma ansiedade generalizada com características de pânico.

    Antes de ir ao psiquiatra, eu achava que eu tinha ataques de pânico, mas ele me explicou que não é bem assim, como se o que eu tivesse fosse uma espécie de “pré-ataque de pânico” (ou pelo menos foi isso o que entendi…). No entanto, hoje à noite, no meu segundo dia de tratamento, senti um desespero horrível aqui dentro de casa, muito maior do que normalmente sinto. Achei que fosse morrer, que fosse enlouquecer, sentia vontade de chorar, mas as lágrimas não saiam, senti que ia desmaiar, um tanto trêmulo, acho até que minha pressão baixou, estava com os pés e mãos gelados. Foi uma das piores sensações que já senti na minha vida, tamanha a intensidade. Minha namorada conseguiu me acalmar no momento, mas continuo com o medo de que isso volte a acontecer, e a vontade que sinto é de abandonar o tratamento, porque se isso for só o primeiro momento de uma série de efeitos colaterais, não sei se aguentarei. Também estou sentindo muito enjoo e diarreia.

    Essas reações todas são normais? A tendência é piorar? Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jorge

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Meu amiguinho, o período inicial do tratamento é doloroso. Ficamos pior do que antes de dar início ao mesmo. É a luta de nosso organismo rejeitando o medicamento. Mas, passadas duas a três semanas, normalmente, os efeitos adversos vão desaparecendo e os bons surgindo. Nessa fase ruim é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Conforme poderá ler nos relatos, quase todos passam por isso. Mas tal sofrimento valerá a pena, pois você terá uma vida mais tranquila após o organismo adequar-se ao remédio. Não pare a medicação, pois o retorno será ainda mais sofrido, e com crises ainda mais fortes.

      A SP (síndrome do pânico) é originária da ansiedade. Por isso, é preciso controlar a ansiedade, para afugentar tal crise. Se não for tratada, a situação só tende a agravar-se, com ataques mais constantes. Eu também comecei assim, com ataques de pânico. Faz muitos anos que não mais tenho. Hoje tomo oxalato de escitalopram e levo uma vida normal.

      Você diz: “No entanto, hoje à noite, no meu segundo dia de tratamento, senti um desespero horrível aqui dentro de casa, muito maior do que normalmente sinto. Achei que fosse morrer, que fosse enlouquecer, sentia vontade de chorar, mas as lágrimas não saiam, senti que ia desmaiar, um tanto trêmulo, acho até que minha pressão baixou, estava com os pés e mãos gelados.”.

      Não se assuste, isso é passivo de acontecer, até que os efeitos bons da medicação surjam. Você teve uma crise de pânico. Contudo, lembre-se de que ela não mata, apesar de deixar-nos péssimos. Se vier outra crise, não ofereça resistência. Deite-se, respire fundo e aguarde passar. Procure não reagir. Quanto menos resistência oferecer, mais branda ela será. Mentalize: “Está passando! Está passando! Nada tenho a temer!”.

      Jorge, não abandone o remédio, sem o consentimento médico. Lembre-se que o retorno ao tratamento será ainda mais sofrido. Vou lhe passar o link de alguns textos, via e-mail, que irão ajudá-lo. Você irá aguentar, sim. Passar por essa turbulência e ver luz no fim do túnel é muito melhor do que conviver com inesperados ataques de pânico a vida toda.

      Essas reações são normais. Mas deverá comunicar a seu médico se a diarreia persistir. Fique tranquilo e otimista. Volte sempre para conversar conosco. Muito sucesso em seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Jorge

        Lu, muito obrigado pela atenção e pelos conselhos. Apesar de sofrer há muitos anos com a ansiedade, essa coisa toda de tomar os remédios e lidar com reações adversas é muito nova para mim. Sempre que pensei em iniciar o tratamento, desisti antes mesmo de comprar o remédio. Dessa vez entendi que me tratar era algo necessário e inadiável. E ler agora o que você me escreveu me dá uma força que acho que sozinho eu não teria. Fui lendo também os relatos de outras pessoas e fui me sentindo mais seguro quanto a seguir em frente e educar os medos.

        Ah, e os links serão muito bem vindos! Agradeço imensamente o apoio,

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jorge

          O ideal é que você tivesse iniciado o tratamento há mais tempo, uma vez que as crises de pânico tendem a acentuar cada vez mais, quando não tratadas. Agora que está sendo medicado, não pare por conta própria, pois o retorno torna-se cada vez mais sofrido. Aguente esse período de turbulência, pois encontrará céu limpo pela frente. O tratamento irá lhe trazer uma melhor qualidade de vida, sem o medo recorrente de crises. Será como tirar um peso da cabeça. Siga em frente com coragem.

          Amiguinho, já lhe enviei os links dos artigos. Venha sempre aqui buscar forças para continuar.

          Abraços,

          Lu

  151. Helaine

    Boa noite, Lu!
    Estou tomando o escitalopran há 1 mês e 23 dias, já melhoraram bastante os sintomas, mas continuo a sentir uma agitação, o coração é como se esfriasse, pensamentos ruins! A psicóloga disse que é porque ainda não chegou na totalidade do resultado. Há 2 anos tive crises enormes de ansiedade e depois de usar fluoxetina melhorei, a ponto de achar que podia parar. Infelizmente, desde abril voltei a sentir todos os sintomas. Fui ao médico e retomei o uso da fluoxetina mas não estava melhorando, ao contrário… A médica me passou o escitalopram, e as primeiras 3/4 semanas foram muito difíceis e às vezes eu me desespero, com medo de não passar essas sensações.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Helaine

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, imagino que tenha parado o tratamento por conta própria, coisa que jamais deverá fazer daqui para a frente, pois cada retorno é ainda mais sofrido. Também já tomei fluoxetina, com a qual me dei muito bem, mas ela deixou de fazer efeito, tendo eu que passar para o oxalato de escitalopram, com o qual me sinto ótima. As semanas iniciais são mesmo muito difíceis, mas não pode desanimar, pois logo os efeitos adversos passam e os bons aparecem. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), para melhorar a qualidade de vida. Não há porque se desesperar, pois essas sensações ruins irão desaparecer.

      Helaine, o tempo de espera, para que o remédio faça efeito, varia de pessoa para pessoa. É preciso ter paciência. Além disso, faz-se necessário que sua médica (psiquiatra) acompanhe o seu tratamento. Muitas vezes é preciso fazer mudanças na dosagem. Se os pensamentos ruins e agitação estiverem muito fortes, não deixe de comunicar a ela. Vou lhe repassar uns links de texto para que compreenda melhor o seu tratamento. Certo?

      Volte sempre para me contar como anda a sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      1. Helaine

        Lu
        Obrigada pela disposição e boa vontade. Muito bom ter alguém que compreende o quanto é ruim essas sensações, principalmente sem fazer julgamentos.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Helaine

          Nada a agradecer, minha amiga. Sinta-se em casa.

          Abraços,

          Lu

    2. Claudia

      Lu, estou amamentando e tomando o clomipramina. Mas eu estou preocupada com meu bebê, porque apareceu umas alergias nela. Também li na bula que o clomipramina não pode ser usado durante a amamentação. E eu estou sentindo muita cólica de rins.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Cláudia

        É um prazer recebê-la neste espaço. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, toda mulher que engravida deve comunicar a seu médico sobre os remédios dos quis faz uso. E isso diz respeito também aos antidepressivos. Ele já deverá alertá-la em relação à amamentação. Portanto, deverá procurar o seu médic o mais rápido possível. Caso não consiga uma consulta para agora, tente falar com a secretária dele. Não sendo possível, o jeito é parar a medicação por causa do bebê e levá-lo ao pediatra.

        Abraços,

        Lu

        Um grande abraço.

    3. Amanda

      Lu
      Retomei com o Espran na terça passada, meio comprimido até ontem… Resolvi tomar à noite, e foi bom, pois senti bem menos os efeitos ruins. Ontem, como prescreveu a psiquiatra, comecei a tomar 1 comprimido inteiro. Hoje estou meio tonta e fora da realidade, agitada por dentro também. Será que é normal? Isso passa?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Amanda

        Você ainda se encontra sob os efeitos colaterais. É preciso muita paciência para superar essa fase. O que está sentindo está de acordo com o início do tratamento. Tenha a certeza de que irá passar. Aguente firme. Se os sintomas ruins estiverem insuportáveis, procure se comunicar com seu médico. Se a sua agitação for muito grande, ele poderá lhe receitar um ansiolítico.

        Retorne para trazer-me notícias suas.

        Abraços,

        Lu

        1. Cris

          Isso mesmo, Amanda, esses efeitos irão passar. É preciso ter paciência como a Lu disse.
          Espero que fique bem logo!

          Abraços

        2. Amanda

          Obrigada pela força, meninas… O que me encoraja a continuar é ver aqui tantos depoimentos positivos. Não vejo a hora de melhorar e futuramente não tomar mais nada… rs (super otimista.. rs). Beijo pra vocês! Vou dando notícias.

  152. Fernando

    Olá, Lu!
    Comecei a tomar sertralina e durante uma semana me senti muito mal. Tinha muitas náuseas, não conseguia comer nada. Comecei a usá-la porque fui diagnosticado com depressão. Minha psiquiatra trocou a medicação para o exodus. Fiquei até alguns dias sem tomar qualquer medicamento. Mas sinto azia, mal-estar, náuseas, falta de apetite, garganta seca. Já faz 1 mês que tenho esses sintomas. Acordo bem, mas durante o dia os sintomas vão piorando. O que pode ser? Já fui ao psiquiatra, psicóloga, homeopata… Não aguento mais me sentir mal. Não consigo fazer atividade física por causa do mal-estar, não tenho apetite, minha vida está um inferno.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernando

      Seja bem-vindo a este cantinho, sinta-se em família.

      Amiguinho, o início do tratamento com antidepressivos é difícil mesmo, em razão dos efeitos adversos. Até que o organismo adapte-se a uma substância específica, a gente sofre um bocado. Mas a melhora que se opera depois vale todo o sacrifício. Portanto, não fique desanimado. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Aguente firme.

      Normalmente, os efeitos adversos do oxalato de escitalopram passam depois de três semanas, porém, existem certos organismos que pedem mais tempo. E os sintomas descritos por você dizem respeito à fase de adaptação. Somente, em certos casos, será necessário procurar o médico em razão dos efeitos adversos. Seu psiquiatra receitou-lhe algum ansiolítico? Muitas vezes isso é necessário para aguentar a barra inicial do tratamento.

      Nando, vou lhe repassar uns links, via e-mail, para que se inteire melhor sobre seu tratamento, e também para que tome ciência dos efeitos ruins, sabendo quando se faz necessário buscar o médico. E não pare sem o consentimento do profissional, pois cada retorno é mais sofrido.

      Continue me informando sobre o seu tratamento. Certo?

      Abraços,

      Lu

  153. Priscila Santos

    Olá, Lu!
    Eu ando angustiada com o estado da minha mãe, ela foi ao psiquiatra e ele disse que estava com transtorno de ansiedade. Passou para ela tomar o oxalato de escitalopram e diazepam. Porém, desde que ela começou a tomar os remédios ela não reage, só dorme, tem dificuldades para andar, comer, ela apenas quer dormir. Ela acabou tirando o diazepan e está só com o oxalato de escitalopram, mas ainda está muito sonolenta. Ela quer continuar tomando até completar o prazo de 10 dias, que foi o que o médico pediu, mas eu fico nervosa e angustiada por vê-la assim. Não sei se é normal realmente, mais pelo que já li parece ser… Estou vendo que já eu que vou precisar de tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Priscila

      Seja bem-vinda à nossa família, sinta-se em casa!

      Amiguinha, o transtorno da ansiedade tem sido muito diagnosticado nos dias de hoje. Ao ler os comentários, poderá ver que inúmeras pessoas fazem tratamento em razão dele. Não há com que se preocupar. O importante é que sua mãe já está sendo medicada, pois ele leva à Síndrome do Pânico, que traz crises terríveis.

      Todo antidepressivo, no início do tratamento, traz reações adversas. É assim mesmo. Mas essas vão passando à medida que o organismo acostuma-se com a substância estranha. Contudo, é bom saber quando deve se preocupar com as reações adversas, informando-as ao médico. Você não disse qual é a dosagem que sua mãe usa. Pode ser que o psiquiatra tenha que diminuí-la. Mas não faça nada sem consultá-lo. O ansiolítico é importante para ajudar no início do tratamento. Converse com o médico sobre o uso do diazepam.

      Priscila, irei lhe enviar uns links para que leia e fique mais calma. Basta apenas acompanhar as reações de sua mãe. Ela está certa ao não querer parar o tratamento, pois a volta ainda pior. Procure ficar tranquila. Leia mais comentários para ver como funciona o mundo dos antidepressivos.

      Volte sempre!

      Abraços,

      Lu

      1. Priscila Santos

        Oi, Lu!
        Muito obrigada por responder, é muito confortante falar com alguém que irá nos compreender. Suas palavras me confortam e me acalmam. Obrigada também pelos links que você passou, irei ler todos!
        Deus te abençoe! Um abraço!

      2. Emanuel Nunes

        Olá, Lu!
        Faz algum tempo que não passo para conversar um pouco. Mas tenho uma dúvida! E tenho boas novas falando sobre esta dúvida. Vou ser pai novamente, minha esposa está na 14ª semana de gestação. Foi um bebê programado, mas acabei esquecendo de perguntar algo em nossos acompanhamentos ao médicos. Eu tomando escilatopram há mais de um ano e meio. Existe alguma coisa que pode interfirir no desenvolvimento do meu pequeno ou pequena (ainda não sabemos)? Mesmo fazendo a eco transnucal que deixou-nos muito tranquilos, vejo que temos que tentar estar atentos a tudo.
        Abraço e agradeço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Que notícia maravilhosa! Parabéns ao papai e à mamãe. Haverá de ser uma garotona (ou garotão) maravilhosa. Quanto à sua preocupação, ela é infundada. Não há nada a ver com o antidepressivo. Somente a mãe, quando toma antidepressivo, deverá conversar com seu médico antes de engravidar, ou, quando a gravidez é inesperada, coversar logo a seguir.

          Um grande abraço,

          Lu

    2. Michelle Silva

      Oi, Lu, boa noite!
      Sofro há algum tempo com síndrome do pânico, fiz tratamento há anos atrás, mas só tomei clonazepan, pois quando tentei introduzir alguns antidepressivos tive seios colaterais assustadores. Fiquei com medo e deixei de tomar por conta própria, e nunca mais procurei um psiquiatra. Porém, há dois anos venho sentido os efeitos do transtorno novamente, sinto-me irritada constantemente, meu humor é péssimo, sempre estou mal humorada e sem paciência. As pessoas percebem, e é uma situação bem chata, que me incomoda muito. Isso tem interferido no meu casamento, no trabalho e no relacionamento com as pessoas… Não suporto mais… Voltei ao psiquiatra na semana passada, depois de anos, que me passou escitalopram, porém, ainda não tive coragem para comprar, parece que o medo fala mais alto. Tenho muito medo de sentir os efeitos terríveis que senti há anos atrás. Não sei o que fazer, me sinto muito mal, não sei como tenho me mantido de pé. A médica pediu pra começar com meio comprimido de 10mg. Me ajude! Tenho tomando o rivoltril diariamente, ando muito triste e fraca, vivendo de altos e baixos!
      Obrigada desde já pela atenção!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Michelle

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

        Amiguinha, o mais importante você fez, que foi buscar ajuda. Os antidepressivos estão cada vez mais modernos e com menos efeitos colaterais. Os efeitos ruins que se apresentam no início do tratamento logo passam, vindo os bons, oferecendo-lhe uma vida equilibrada, sem os transtornos que a machucam atualmente. O importante, para livrar-se de tal agoniação, é iniciar o tratamento. Não pense no resto. Viva um dia de cada vez. Além disso, viver é um ato de coragem. Estamos a todo momento sendo colocados à prova. E não será um remédio que lhe meterá medo. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Poderá comprovar isso através dos comentários aqui. O rivotril servirá apenas como coadjuvante inicial do tratamento. Depois poderá ser tirado.

        Também sou vítima da SP (síndrome do pânico), mas desde que inicei o tratamento com o oxalato de escitalopram, há uns quatro anos atrás, nunca mais tive crises. Elas são terríveis. E pior do que elas é saber que podem chegar a qualquer momento. Essa ansiedade acaba com o nosso equilíbrio emocional, interferindo em todos os campos de nossa vida. Não há efeito adverso que possa ser pior do que uma crise dessas. Portanto, inicie a medicação amanhã. E venha aqui nos contar como anda. Não existe outra coisa a ser feita. Basta engolir o primeiro comprimido. Só isso. Espero que o faça amanhã, de acordo com a prescrição médica. E não pare por conta própria, pois isso só fortalece as crises. Certo? Espero resposta positiva…

        Abraços,

        Lu

  154. Alexandre Francisco

    Boa tarde, LU!

    Já um bom tempo venho tendo tristeza interna, como se fosse um vazio ou perda de alguém que amamos. Acordo chorando, queimação nos braços pegando fogo literalmente, suadeira nos pés e mãos e muita inquietação na perna direita. Fui ao psiquiatra e depois de 01 ano lutando para não tomar remédio, não resisti e comecei a tomar o Lexapro.

    Comecei com 05 mg e depois de uma semana passei para 10 mg. Já faz 40 dias que estou tomando de 10 mg, porém, de uma semana pra cá, comecei a ter muita dor de cabeça na região da NUCA, e não passa com nada. Até fiquei sábado e domingo sem tomar o Lexapro e melhorou tanto, que até tomei cerveja. Voltei a tomar o lexapro na segunda e a cabeça começou doer na nuca novamente. Será que vai passar essa dor? Paro de tomar o Lexapro? O problema é que adoro uma cervejinha no fim de semana, e aí? Posso beber? No domingo não tomo remédio e tomo cerveja? Sou uma pessoa que gosta de sair, adoro ir para meu fogão a lenha e fico muito feliz ao lado da esposa, filhas e genro, detalhe: não sinto nada.

    Sempre fui muito feliz, contador de piadas e não sei explicar essa angústia que tenho sentido. Nunca gostei de tomar remédio. Esse então nem se fala, será que vou conseguir largar depois? Aiaia.
    Desde já muito obrigado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandre

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa!

      Amiguinho, essa senhora abusada, que ora o visita, chama-se depressão. Ela chega sem pedir licença. E não faz escolhas. Tanto pessoas alegres ou tristes caem no seu gosto. É por demais imparcial. Portanto, não adianta se questionar. Só há um meio de expulsá-la: tratamento o mais cedo possível, para que as crises não fiquem intensas, inclusive com a presença de algo pavoroso: Síndrome do Pânico. Essa sensação de vazio e questionamento interior são próprios da depressão. O mais importante é que você já iniciou o tratamento, que tanto pode ser por alguns meses ou para sempre (meu caso – depressão hereditária). Mas isso não importa, pois o que conta é a melhoria na qualidade de vida.

      Alexandre, todos os antidepressivos apresentam efeitos adversos durante o início do tratamento. É preciso acompanhá-los com atenção, para saber quando procurar o médico. Inclusive, essa sua dor de cabeça intensa deve ser comunicada a ele. Seu psiquiatra precisa reavaliar os efeitos do remédio em seu organismo. Estou achando estranho o fato de ela só aparecer após 40 dias de uso do medicamento. Você não está tomando algum outro remédio? É preciso levar em conta tudo. Penso que deva parar a medicação, até conversar com seu médico.

      Quanto a beber, você precisa ser moderado na dosagem. Se for comedido, não tem importância. Mas não abuse. Pressinto que é mesmo muito alegre. Seu comentário expressa isso. Pessoas assim tendem a ter um resultado ótimo no tratamento. Assim que se adequar ao medicamento, será a mesma pessoa de antes. Vou lhe passar alguns links, via e-mail, para que conheça mais sobre o problema. Volte para dizer-me se foi ao médico e o que foi resolvido.

      Abraços,

      Lu

      1. Alexandre Silva

        Oi Lu.

        Obrigado pela resposta.
        Estou retornando hoje ao meu psiquiatra e também liguei para ele hoje cedo, porque acordei com muita dor na nuca. Ele também achou estranho minha dor de cabeça e até pediu para não tomar o lexapro e tomar umas gotas de Rivotril para ver se a dor vai diminuir ou sumir. Não tomei porque hoje tive que fazer uma pequena viagem para atender um cliente e fui dirigindo. Mesmo tendo esses problemas estou conseguindo trabalhar, porém tem hora que ela bate e aí fico mal, choro, respiração fica fraca e parecendo que vou morrer. Amanhã comento o que ele falou.
        Estarei te perdubando por aqui um pouco. Sou muito ansioso e antes das coisas acontecerem já estou sofrendo. Dureza.

        Obrigado e grande abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandre

          Em seu comentário, você diz :”… aí fico mal, choro, respiração fica fraca, parecendo que vou morrer.”. Isso significa que você já está tendo um início da Síndrome do Pânico, mas, como se encontra medicado, ela não irá para frente.

          Será um prazer receber a sua visita. Não há perturbação alguma. Aproveite e conheça outras partes do blog.

          Abraços,

          Lu

        2. Alexandre Francisco

          Boa tarde, Lu!
          Olha eu aqui outra vez… rs. Só pra te falar, voltei ao médico que me pediu para tomar 1/2 comprimido do lexapro. Falou que não era pra dar dor de cabeça. Se a dor de cabeça continuar com 1/2 comprimido, vou passar a tomar o paroxetina. Vamos aos testes. Na verdade é isso, somos testados pelos psiquiatras.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Alexandre

          Existem pessoas que têm como sintoma adverso do oxalato de escitalopram a dor de cabeça. Algumas já relataram isso aqui no blog. Se a dor continuar, deve fazer o que seu médico pediu. Não se esqueça!

          Há um comentário direcionado a você, veja abaixo.

          Abraços,

          Lu

    2. Ricardo

      Alexandre
      Isso que você está fazendo de parar o remédio um ou dois dias e voltar a tomar depois é um grave erro, ou você coloca na cabeça que vai usar todos os dias ou nem comece o tratamento. Alguns remédios antidepressivos têm efeitos colaterais no começo do tratamento, depende do organismo, tem uns que com uma semana melhora, eu tomava lamotrigina, era excelente para ansiedade, me acalmou , mas teve um efeito colateral que não passava nunca, que era câimbras excessivas nas pernas e braços. Paroxetina ja me dava tonturas direto. Estes remédios são bons por um lado mas são ruins por outro, é muito triste ter que precisar, ficar dependente deles para viver.

  155. Cris

    Boa tarde a todos!

    Também estou tomando Oxa de 15 mg. Me identifiquei com quase todos os sintomas. Tenho muita ansiedade e pânico.
    Muito bom compartilhar informações.

    Paciência e força a todos nós!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Eu também tinha pânico, mas desde que comecei a tomar o oxalato de escitalopram há quatro anos, nunca mais tive. Há quato tempo você iniciou o tratamento?

      Abraços,

      Lu

      1. Cris

        Boa tarde, Lu! Boa tarde, a todos!

        Iniciei o tratamento no final de abril passado. Nas duas primeiras semanas não conseguia dormir e nem comer. Mas depois fui melhorando e hoje está tudo normal. A única coisa que tem me incomodado é que sinto minha visão um pouco estranha, como se tivesse ligeiramente embaçada. Quando voltar ao médico vou falar sobre isso. Há alguns anos atrás tive depressão e tomava Sertralina. Mas os sintomas do pânico são bem diferentes.
        Muito bom poder compartilhar informações e dúvidas com vocês.

        Abraços.

        Cris.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          O período inicial com o antidepressivo é bem difícil, mesmo. A pessoa realmente piora o quadro. Depois tudo vai entrando nos eixos, na medida em que surgem os efeitos positivos. Essa visão turva faz parte dos sintomas iniciais, ainda assim é bom comunicar a seu médico, se possível até mesmo ligar para ele, se estiver incomodando-a muito. A sertralina é muito usada para a depressão, mas o oxalato de escitalopram abrange uma gama maior de problemas mentais. Espero que tenha lido os textos que lhe enviei por link.

          Ter você aqui conosco também é muito bom.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Rafaella

        Olá, Lu!
        Vim parar aqui procurando informações sobre o escitalopram. Tomei durante 2 anos 10 mg para o pânico! As crises voltaram e a psquiatra aumentou para 15 mg. Por 17 dias tive efeitos colaterais terríveis, como náuseas, vômitos e tonteiras. Voltei a tomar 10 mg há 6 dias e os efeitos colaterais do aumento da dose ainda persistem. Sabe me dizer se isso é normal?! Muito obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rafaella

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Amiguinha, o fato de as crises terem voltado significa que a dosagem está insuficiente para você. Nesse caso, o recomendado é o aumento da dosagem e, em casos mais sérios, até mesmo a mudança de antidepressivo. Esses efeitos colaterais estão dentro da normalidade. Fique tranquila. Vou lhe enviar uns links para sua maior compreensão.

          Abraços,

          Lu

    2. Amanda

      Lu
      Eu tenho uma dúvida. Há um mês atrás passei em uma psiquiatra pela primeira vez devido a crises de pânico. A psiquiatra receitou Espran 5 mg durante 5 dias e após isso 10 mg e Rivotril 2 gotas como ‘SOS’. Ela tinha me dito sobre os efeitos nos primeiros dias, mas eu não imaginei que seria tão ruim. Fiquei totalmente grogue, mal consegui trabalhar. Por conta disso não tomei mais. Fiquei uma semana super bem, animada, com todos os motivos para ficar bem, pois fui pedida em casamento, e eu e meu noivo vamos nos mudar para um apartamento lindo, e agora terei possibilidade de trazer meu filho que mora em outra cidade com meus pais, para morar comigo. Estava animada e fazendo planos para essa nova fase, mas agora comecei a sentir novamente as terríveis sensações do pânico, que mesmo não tão fortes já me preocuparam. Entrei em contato com a psiquiatra e ela indicou a mesma medicação com a mesma posologia.

      Dessa vez quero tentar, pois eu não aguento mais viver assim. Eu era uma pessoa super ativa, animada, feliz e hoje vivo com medo de passar mal. Minhas dúvidas são: tomo Benicar e Selozok para pressão, teria algum problema associá-los ao Espran? Existe algum horário melhor para tomar o Espran e se livrar um pouco dos efeitos colaterais? Agradeço muito a atenção!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Amanda

        Todos os antidepressivos possuem efeitos adversos. Existem pessoas que nada sentem, contudo, a maioria sente-se pior do que se encontrava antes. Tais efeitos são normais, e a pessoa precisa se preparar para viver com eles durante algumas semanas. Em relação à SP, ela deve ser tratada o quanto antes, pois as crises tendem a ser cada vez mais frequentes e intensas. Foi ótimo o seu retorno ao tratamento. Também tenho crises de pânico, mas que desapareceran com o antidepressivo. Há mais de cinco anos que não mais me incomodam. Elas antecedem a depressão, pois deixam a pessoa insegura, desanimada e com medo de enfrentar a vida fora de casa.

        Amiguinha, o ideal é que você converse com sua psiquiatra sobre os remédios que toma. Deveria ter feito isso na consulta. Somente ela poderá lhe dizer se uma medicação interage com outra. Quanto ao horário em que deve ser tomada, isso depende de como você reage ao medicamento. Se esse lhe dá muito sono, o ideal é que o tome à noite. Se fica acesa, passe a tomá-lo de manhã. Outra coisa, quando ficar em dúvida, se tomou ou não o antidepressivo, fique esse dia sem fazer uso dele, para que não venha a ingerir uma superdosagem. Entre um comprimido e outro deve sempre haver um período de 24 horas. Certo?

        Volte para me dizer como tem se sentido.

        Abraços,

        Lu

        1. Amanda

          Muito obrigada pelo retorno.
          Foi muito bom encontrar este blog e ver que muitas pessoas já superaram esse mesmo problema. Prometo ir te contando a evolução!
          Muito obrigada mais uma vez!

  156. Rogerio Gouveia

    Bom dia, Lu e demais amigos!

    Hoje completo 30 dias de tratamento com Escitalopram. Foram 5 gotas durante 1 semana, passando a 10 gotas nas semanas subsequentes. Relato brevemente minha experiência.

    Na primeira semana não senti absolutamente nada de efeito colateral e nem melhora alguma. Depois de uns 2 dias na dose 10 gotas, senti a aguardada piora nos sintomas. Bateu uma tristesura mais acentuada e noites mal dormidas (se bem que eu já vinha com um sono picotado antes do início do tratamento). Procurei começar a tomar um suco bem concentrado de maracujá 1 hora antes de dormir, e funcionou muito bem. Pego 1 maracujá gordinho, abro, coloco no liquidificador com um mínimo de água, bato, e após coar, tomo o suco. Coincidência ou não, essa atitude associada com o uso contínuo do Escitalopram, talvez as noites frias de São Paulo também, melhoraram a qualidade do meu sono. A tristesura acentuada se foi e a partir da terceira semana, comecei a sentir que o pessimismo que me fez procurar um psiquiatra e adotar o tratamento, diminuiu sensivelmente.

    Lembro que meu caso não é um problema que veio do nada. Enfrento problemas financeiros num pequeno negócio e o aprofundamento da crise me deixou num estado depressivo. O problema, infelizmente persiste, mas sinto que minha atitude com a ajuda do tratamento, mudou bastante e estou tentando enfrentar do jeito possível, que é trabalhando. Segunda que vem retorno ao médico, e se tiver novidade, compartilharei aqui com todos. No meu caso, sinto que o tratamento está cumprindo o papel de aliviar um pouco a barra, que eu não estava aguentando suportar por minhas forças. Não sou de entregar os pontos, não é isso. Mas é a velha história de sentir que está perdendo o controle da situação.

    Espero que fiquem todos bem e agradeço a Lu por sempre estar atenta e tentando ajudar quem pinta por aqui.

    Um abraço,

    Rogerio

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rogério

      É muito bom saber que você começa a sentir os bons efeitos do tratamento, o que lhe possibilita maior tranquilidade para resolver os problemas que pintam. Esse equilíbrio é fundamental em todas as circunstâncias de nossa vida, principalmente nos momentos em que é preciso ter bastante lucidez. A tendência é cada vez você se setir melhor. E o suco de maracujá é maravilhoso. Quando não tiver essa fruta em casa, poderá tomar um copo de leite morno, antes de dormir.

      Amiguinho, as crises afetam todos nós. E essa que ora atravessamos não diz respeito apenas ao Brasil, mas ao mundo. Tenho amigos na Europa que se queixam da mesma coisa. Um amigo, que morava em Portugal há mais de 10 anos, fechou seu negócio e retornou ao Brasil. O mesmo vem acontecendo na França, Espanha, Grécia, etc. O modelo econômico que hoje permeia o mundo ocidental está falido, segundo os economistas em todo mundo. É preciso repensar um novo caminho. Mas fique tranquilo, pois tudo isso irá passar. Aja com calma e prudência para superar esses momentos difíceis. Na vida, tudo passa. Pressinto que você é uma pessoa muito sábia, portanto, terá a tranquilidade necessária para superar as dificuldades do momento. Veja os textos do doutor Telmo sobre o assunto (clique em ÍNDICE GERAL, depois em ARTE DE VIVER).

      Venha sempre trocar ideias conoscos.

      Abraços,

      Lu

  157. Marcela Tatiana

    Oi Lu!
    Estava tomando escitalopram 20 mg de manhã e 50 mg amitriptilina há um mês nesse aumento da medicação. Mas mesmo com a dose dobrada não melhorei! A psiquiatra mudou tudo, agora tomo fluoxetina 20 mg manhã, escitalopram 10 mg, 50 mg amitriptilina e rivotril 0,5 mg , os três de noite! Daqui há duas semanas volto na consulta. Mas já vejo melhoras. Acho que é o rivotril!

    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Será que você não se enganou ao escrever, pois disse que está tomando fluoxetina e o oxalato de escitalopram. Ambos são antidepressivos (veja o texto: CUIDADOS AO USAR ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA). Quanto ao rivotril, ele é apenas um calmante, sendo o Brasil seu maior consumidor. Gostaria que me escrevesse a respeito dos dois antidepressivos que diz estar tomando no mesmo dia.

      Abraços,

      Lu

      1. Marcela Tatiana

        Oi, Lu!
        A psiquiatra até escreveu num papel à parte, a medicação que devo tomar. Fluoxetina 20 mg de manhã e escitalopram 10 mg de noite, amitriptilina 50 mg de noite, e rivotril 0,5 mg de noite. Ela mesma comentou comigo para eu não me assustar com a quantidade de medicações, irá me avaliar dia 20/06. Com o tempo ela vai diminuindo essa medicação. Eu acho que ela não cortou o escitalopram de vez pelos sintomas de abstinência. Tomo agora somente a metade. E ela disse que eu devia voltar com a fluoxetina, por isso me prescreveu também ela. Acha perigoso dois ISRS? Estou me sentindo bem melhor. Espero continuar melhorando.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marcela

          Realmente fiquei curiosa, pois, quando passei da fluoxetina para o escitalopram, meu psiquiatra exigiu que eu aguardasse 15 dias para tomar o escitalopram, ou seja, até que não houvesse mais resíduo da fluoxetina em meu organismo. Mas sua psiquiatra deve saber o que está fazendo. Você deve ter lido o texto que lhe indiquei.

          Amiguinha, você ficará cada vez melhor, tenha a certeza disso.

          Um grande abraço,

          Lu

  158. Matheus M

    Lu, tudo bem com voce?
    Estou de volta para contar novidades. Após tomar durante 2 meses o Escitalopram, voltei ao médico em maio e o mesmo recomendou o desmame devido a minha melhora com o tratamento. Como tomava 20 mg, passei a tomar durante uma semana 10 mg e na outra semana 5 mg… Na terceira já estava sem tomar o medicamento. Até que nao tive problemas, mas a insônia persiste, tanto que fico agoniado, parece que vai começar o martírio novamente, voltei ao médido e ele me passou Mirtazapina 30 mg.

    Estou bem melhor, Lu, e agradeço imensamente sua ajuda e apoio desde o início do meu problema. Foi a primeira pessoa a me orientar e acalmar no começo do processo. Ainda não estou curado, lógico, mas me sinto bem melhor e mais disposto a amar meu filho e esposa! Vamos ver se essa inssônia cessará! Manterei todos atualizado!

    Obrigado e está convidada, caso venha a Governador Valadares/MG, a conhecer a mim e a minha família!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Estou muito contente com as suas notícias. Como vê, é preciso encarar os problemas de frente. Mas não se apavore se tiver que tomar o medicamento por um tempo maior. Esse primeiro desmame é, na verdade, um teste para ver se o organismo já está bem. Algumas pessoas necessitam voltar a usar o medicamento por mais alguns meses. Isso é normalíssimo, caso venha a acontecer. Mas torço para que não mais precise.

      Amiguinho, o ansiolítico irá ajudá-lo a dormir. Poderá fazer uso de fitoterápicos. Há o maracujá que é um alimento e calmante natural. Um copo de leite morno antes de dormir também é muito bom, assim como um banho morno. O chá de camomila é também um calmante natural.

      Matheus, conheço a sua bela terra. Tenho uma tia que morou aí. Muito obrigada pelo convite. Foi o primeiro que recebi, aqui no blog. Você é uma pessoa muito fofa e generosa. E não tem nada a agradecer-me. Apenas lhe repassei um pouco de confiança. E não me abandone. Volte sempre ao blog, mesmo que seja para ler sobre outros assuntos. E fale sobre ele para seus familiares e amigos.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Érica

      Olá, Matheus!

      Minha mãe também toma oxalato de escitalopram 20 mg e a mirtazapina 30 mg, que é muito boa para dormir. Ela vem dormindo bem com essa medicação, que é também um antidepressivo, mas é mais eficiente em relação ao sono. Antes, minha mãe estava a tomar meio comprimido de 15 mg, depois trocamos de médico, e ele aumentou para 30 mg, e disse que poderia fazer um efeito bom na depressão, junto com o escitalopram, mas que poderia tirar um pouco o sono nessa dosagem de 30 mg, e que era pra eu avaliar. Faz um mês que ela toma a nova dosagem e vem dormindo normalmente, graças a Deus, espero que você também durma e melhore cada vez mais.

      Abraços

  159. Carolini Passos

    Boa noite, Lu
    Andei meio afastada da internet devido à falta de tempo mesmo. Ainda continuo tomando o escitalopram de 10, acredito que já vai fazer uns dois anos. Já tentei parar umas 3 vezes, mas a falta que o remédio faz é terrível, sinto muito mal, não consigo nem trabalhar, então pedi para o médico mas duas caixas, não vejo a hora de largar essa dependência. Confesso que o remédio me ajudou bastante, mas uma hora ou outra ainda me vejo deprimida, mas já me acostumei com essa vida. Tenho fé que um dia vou estar 100%.

    Esta semana estou me sentindo um pouco pra baixo, e com bastante tonteira. Estou preocupada com isso, porque venho tomando o remédio. Geralmente as tonteiras só apareciam quando eu tentava parar, já não sei se é pscicológico ou se são mesmo sintomas físicos, de resto está tudo bem
    Saudades suas Lu e dos depoimentos de todos aqui.

    Um beijão

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Também estava com saudades suas. Não pode me abandonar… risos.

      Amiguinha, lembre-se de que jamais poderá parar sem o acompanhamento médico, pois a abstinência é violenta. Muito cuidado! Existe todo um ritual em relação à diminuição da dosagem. Outro ponto importante é se lembrar de que, pelo fato de sermos humanos, continuaremos tendo dias bons e outros nem tanto. Ninguém fica 100% bem, quer tome antidepressivo ou não. Todos temos os nossos problemas que acabam por nos incomodar de uma forma ou de outra. Não acha que 90% já estão de boa valia… risos.

      Se já faz muito tempo que não volta a seu médico, faça isso já, para que ele avalie o seu tratamento. Avalie também se não há algo incomodando-a. Quero ter depois notícias suas. Não suma!

      Abraços,

      Lu

  160. Catarina

    Lu
    Tenho consciência que fiz uma grande asneira! Estava a tomar escitalopram há quase 6 meses devido à ansiede que surgiu pela primeira vez, depois de um longo internamento hospitalar (problema intestinal, tenho uma colite ulcerativa). Pensava que ia ter um ataque cardíaco, mas o médico rapidamente percebeu do que se tratava e eu fiquei muito aliviada! Nunca senti nenhum sintoma (tomava 10 mg por dia) e sinceramente até me esqueci porque tomava aquele comprimido. Até que acabei de tomar todos os comprimidos e esqueci de fazer o desmame! Ate me esqueci de ir à farmácia levantar os restantes comprimidos (quantidade para 6 meses). O último comprimido foi tomado há cerca de 3 semanas, e há cerca de 2 semanas que ando com TODOS os sintomas de abstinência e a tendência é de piorar. Só percebi isso ontem! Também pensava que já era uma nova doença. Tentei contactar o médico que me atendeu, mas sem efeito. Resolvi comprar as 3 caixas e retomar o tratamento para daqui uns meses fazer o desmame corretamente. Na sua opinião, pensa que é boa ideia retomar o tratamento depois de 3 semanas de interrupção tendo em conta que ainda tenho pelo menos 6 meses de tratamento?

    Grata pela atenção

    1. LuDiasBH Autor do post

      Catarina

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, realmente você não deveria ter parado sem o parecer médico, pois a abstinência é terrível. Pelo sintoma que diz ter tido inicialmente, após a sua hospitalização, presumo que possa ter sido síndrome do pânico. Em razão dos sintomas de abstinência que já vêm sentindo, aconselho-a a retomar o uso do antidepressivo o mais rápido possível, antes que as crises tornem-se cada vez mais agudas. Siga a mesma dosagem indicada por seu médico. Quanto ao tempo de tratamento, refere-se apenas a uma suposição, pois somente após o desmame é que seu médico terá certeza de quanto tempo deve durar. Em se tratando de uma ansiedade causada por fatores traumáticos, o tempo de medicação fica, normalmente, entre seis meses e um ano.

      Só por curiosidade, você é portuguesa? Volte para nos dizer como está indo.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Catarina

        Lu
        Sim, sou portuguesa. Ontem, quando encontrei este post e vi que tinha mais de 1600 comentários, ainda tentei encontrar algum que se relacionasse comigo. Acabei por imprimi-los todos (até porque as experiências dos outros sao sempre enriquecedoras), para ler este fim de semana e colocar o comentário. Obrigada pela sua incrível disponibilidade e generosidade!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Catarina

          Tenho muitos leitores e leitoras de Portugal, nossa pátria irmã. O Rui é um leitor diário, que mora na cidade do Porto.

          É verdade, este post tem um número impressionante de comentários. E, como você diz, “as experiências dos outros são sempre enriquecedoras”. Também tenho aprendido muito com os meus comentaristas. Viramos uma grande família. No meu blog trabalho com 32 duas categorias diferentes, mas sempre procuro responder primeiro os comentários que se encontram na de SAÚDE MENTAL, pois muitos chegam aqui desesperados, precisando de um apoio emocional. E o tempo (sou também revisora de livros) é a gente que faz. Sempre procuro dar um jeitinho de responder a todos que me procuram com a maior atenção e carinho possível.

          Não tem nada a agradecer, minha amiguinha. Apenas fale deste blog para seus contatos.

          Um grande beijo,

          Lu

  161. Michelle

    Olá, Lu, boa tarde!
    Fui diagnosticada com TAG e a médica me receitou Oxalato de Escitalopram, 5 mg por 7 dias, e depois passou para 10 mg. Estou morrendo de medo de começar a tomar, medo dos sintomas, medo de não conseguir dormir e medo de diminuir a libido, que ja não anda bem. Como foi o seu início? E eu posso beber socialmente, tipo 1 ou 2 cervejas por semana?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Michelle

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, vamos começar tirando essa palavra feia de sua vida “medo”. Viver é um ato de coragem, portanto, toquemos a vida para frente. Veja quantas pessoas aqui tomam esse ou aquele antidepressivo. Além do mais, os sintomas acontecem somente no início do tratamento. E pela qualidade de vida que passamos a ter, vale a pena todo o sofrimento.

      Algumas pessoas sentem muito sono com o oxalato de escitalopram, enquanto outras ficam um pouco insones, mas nada que um ansiolítico não possa resolver. Inclusive existem bons fitoterápicos nesse campo. Também tomo esse mesmo antidepressivo e sinto-me muito bem. O início é meio difícil para alguns, por causa dos efeitos adversos, que duram cerca de duas semanas, normalmente. Você pode beber cerveja, sim, e até mesmo uma a duas taças de vinho. Mas não abuse. Seja comedida. Vou lhe passar mais informações sobre o assunto, via e-mail.

      Um grande abraço,

      Lu

  162. Kamilla

    Oi, Lu!
    Eu estava sentindo muito palpitação, dor de cabeça e pressão alta. Fui ao cardiologista 2x e meus exames estão normais. Eu tinha muito medo de morrer. Isso acontece depois que tive que operar às pressas de apendicite. O médico disse que eu posso estar com síndrome do pânico, e me passou o medicamento Escitalopram. Pediu que eu tomasse meio comprimido durante 30 dias. Gostaria de saber se 30 dias é suficiente para que eu fique curada desse mal, que é muito ruim. Às vezes penso que irei infartar ou ter um avc. Depois desses 30 dias ficarei curada? Estou muito assustada com muito medo de tomar esse remédio.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kamila

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, tudo leva a crer que a sua operação de apendicite feita às pressas resultou num trauma, que se mostra em forma de síndrome do pânico. Concordo com seu médico. Você deve ter passado por um susto muito grande. O importante agora é que já está bem da cirurgia, devendo atacar as raízes traumáticas que ficaram. Não adianta ficar fazendo exames, pois o seu problema é mental. O uso do oxalato de escitalopram irá fazer muito bem para você. Fique tranquila. Seja POP (paciente, otimista e persistente). E não fique encucada com doenças. O importante é fazer o tratamento direitinho com o antidepressivo (eu também tomo esse mesmo). Não posso lhe dizer qual é o tempo necessário para que fique boa, pois cada organismo reage de um jeito. Mas não se preocupe com isso. Após os 30 dias, o médico avaliará como se encontra, se deve parar ou não com o medicamento. Veja a quantidade de pessoas que tomam antidepressivos. Não há porque ter medo. O importante é melhorar e ter qualidade de vida.

      Vou lhe repassar uns links, para que se informe melhor.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Felipe

        Olá, Lu! Tudo bem?
        Primeiramente, parabéns pelo blog. Fui diagnosticado com ansiedade e início de depressão. Primeiramente, a psiquiatra me receitou 5mg de oxalato de escitalopram por 21 dias (para adaptação ao medicamento). Agora , estou no oitavo dia com a dose de 10 mg. Nestes oito dias, tive dias bons e outros com bastante ansiedade. Você acredita que seja normal para o tempo de medicação de 10mg?
        Obrigado! Fique com Deus!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, normalmente, a ansiedade é o estandarte da depressão. Mas o importante é que você já está sendo medicado. Agora é ser POP (paciente, otimista e persistente) para passar pelo período inicial, que costuma ser bem doloroso. Mas confesso-lhe que compensa. Você já se encontra no oitavo dia e, portanto, ainda sujeito às tribulações dos efeitos adversos. Logo, porém, tudo isso terá passado e bons tempos virão. Sem dúvida que tudo é normal. Aguente firme. Vou lhe repassar uns links para maior esclarecimento. E volte sempre para me contar como anda o tratamento. Jamais pare sem o consentimento médico.Também tomo este mesmo antidepressivo, 10 mg, e sinto-me muito bem.

          Abraços,

          Lu

        2. Deby

          Bom dia,Lu!
          Faz uns meses que nos falamos. Estou tomando exodos desde o dia 16 de fevereiro, comecei com 5 mg por sete dias depois 10mg, e após dois meses meu psiquiatra passou para 15 mg. Eu lhe disse que me sentia bem, que a comida voltou a ter sabor, mas ainda nao me sentia 100%. Mesmo me sentindo bem melhor eu ainda nao me sinto 100%. Sinto medo quando chega a noite, medo de sentir tudo novamente e um pouco de ansiedade… Fui diagnosticada com ansiedade generalizada. Faz mais ou menos um ano e meio quando tudo começou. Mas resisti para tomar medicacão. Sei que você toma o exodos, então me diz se será que vou ter que mudar de medicação?

        3. LuDiasBH Autor do post

          Deby

          Como já disse, nenhum antidepressivo tem o poder de eliminar todas as nossas emoções (tristezas e alegrias). Se isso acontecesse, nós nos transformaríamos em robôs. O medicamento faz a sua parte, mas nós precisamos fazer a nossa. Eu tomo oxalato de escitalopram (sempre compro o nome fantasia mais barato) há mais de quatro anos, e continuo me sentindo bem, não mais tendo crises. O médico só muda o antidepressivo quando ele deixa de fazer bem para o paciente. Não há porque mudar o seu remédio. Gostaria que lesse (ou relesse o texto), aqui no blog, OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Grande abraço,

          Lu

        4. Rogerio Gouveia

          Lu e Felipe
          Eu estou nesta mesma batida. No meu caso foram 7 dias com 5mg e estou no nono dia com 10 mg. Eu tenho sentido, como se tivesse muito mais ansioso e nervoso. Não tenho dormido bem e tenho vontade de ficar largadão, mas não posso. Espero que dentro de uns 10 dias esses sintomas se estabilizem. O médico disse que meu caso não parecia dos mais aprofundados, e acho que ele tem razão, mas é muito tempo segurando uma “bucha” danada na empresa. Tenho a impressão de que chega um momento em que a gente sucumbe mesmo… Hoje eu acordei num mau humor ferrado, abrindo a boca umas 300 vezes, sem vontade de falar. Tudo ao contrário do que sou normalmente, um cara que costumava acordar cantando (sem exagero). Mas vamos em frente. Abraços e saúde a todos!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Rogério

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, o que você está sentindo são os efeitos adversos do antidepressivo. Realmente a pessoa piora os sintomas nas duas primeiras semanas, normalmente. Não se preocupe. Quando os benefícios vierem, terá valido a pena todo esse sofrimento.

          A competição das empresas entre si está acabando com a estabilidade emocional de seus funcionários, sem falar da que existe dentro dos seus setores. Essa é a herança do capitalismo selvagem, onde o lucro é o que importa e não o ser humano.

          Rogério, esse seu mau humor é normal. Está dentro do esperado. Sem falar que pode estar acordando com sono. Procure dormir mais cedo. Você voltará a ser o cara que acordava cantando. Tudo é questão de tempo. Enquanto isso, seja POP (paciente, otimista e persistente). Vou lhe indicar, via e-mail, outros textos que o ajudarão muito. Continue nos contando como tem sido o seu progresso.

          Abraços,

          Lu

        6. Felipe

          Boa tarde, Lu!
          Muito obrigado pelo retorno, és muito atenciosa. Estou no décimo terceiro dia com a dosagem de 10 mg, e ainda tenho dias que fico com bastante ansiedade. Minha grande dúvida é: mesmo tendo feito o tratamento com a dosagem de 5mg nos 20 primeiros dias, é normal ter crises fortes de ansiedade nas duas primeiras semanas com a dosagem de 10mg?
          Abração! Fique com Deus!

        7. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          É possível ter essas crises com o aumento da dosagem, pois cada organismo possui um ritmo próprio. Não se preocupe. Aguarde com calma. Você não me disse se já está sentindo alguma melhora. Aguardo informação.

          Abraços,

          Lu

        8. Felipe

          Olá, Lu!
          Realmente, acabei me esquecendo de relatar se estava melhor. Me sinto um pouco melhor, sinto que a ansiedade deu uma aliviada, mas ainda sinto aquele medo de ter crises fortes e ficar pra baixo, entende? Quando fico meio pra baixo, sinto que perco a vontade de fazer coisas que antes gostava muito (academia, sair com os amigos, etc) e às vezes tenho uns pensamentos sem fundamento algum, mas acredito que isso faça parte do quadro, certo?

          Beijo, Lu. Fique com Deus.

        9. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          Elimine a palavra “medo” de sua vida. É preciso acreditar na eficiência do tratamento. As pessoas otimistas tendem a ter um resultado melhor e mais rápido. Todos nós, quer tomemos antidepressivo ou não, há dias em que nos sentimos para baixo, sem vontade de fazer nada. Isso é normal. É preciso trabalhar para afugentar os pensamentos ruins, desviando-os para coisas boas. Também é preciso voltar ao médico para que ele avalie o progresso feito. Muitas vezes é necessário mexer na dosagem. Não sei se lhe disse sobre a importância de tomar um ansiolítico nos momentos de muita ansiedade (há fitoterápicos muito bons). Converse com seu médico sobre isso. Espero que tenha lido os textos: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO.

          Abraços,

          Lu

        10. Rogerio Gouveia

          Amigos
          Hoje completei a terceira semana. Uma com 5 mg, outras duas com 10 mg. Não sei se por conta do tempinho mais frio, mas tive uma melhora na qualidade do meu sono nos 3 últimos dias. Ao invés de me entupir de fitoterápico, comprei uns maracujás e tenho ingerido no período noturno. Ou comendo a própria fruta ou batendo com um pouquinho de água. Comigo ajuda muito. Ainda foi duro acordar na segunda e vir para o trabalho. Mas hoje me sinto melhor. Aos poucos vou passando essas primeiras semanas. A cabeça que encasquetava num pensamento e ficava ali como um turbilhão, parece que vai dando um tempo. Estou satisfeito por ter tido coragem de iniciar um tratamento. Ficar sofrendo sem ajuda me parece mais perigoso do que se tratar. Tudo vai dar certo!

          Abração pra todos, especialmente para a Lu.

        11. LuDiasBH Autor do post

          Rogério

          Parabéns pelo progresso. É bom saber que já está saindo da zona de turbulência. O maracujá, além de calmante, é também muito gostoso e muito rico para a alimentação. Está fazendo muito bem, ao usá-lo. Iniciar o tratamento foi a melhor coisa que fez, pois quanto mais cedo começar, menor é o sofrimento. Empurrar com a barriga não resolve. Tudo já está dando certo.

          Abraços,

          Lu

        12. Felipe

          Olá, Lu!

          Você está certíssima, vou eliminar a palavra “medo” do meu questionário (risos). Sobre o ansiolítico, a psiquiatra receitou Rivotril 0,25 mg, mas tento não tomar, tomo apenas quando a crise é realmente insuportável.
          Agora é ser POP e esperar.

          Abração

        13. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          Quero todos os meus amigos sendo POPs… risos. Em vez do ansiolítico, poderá fazer uso do maracujá, que além de ser um alimento maravilhoso é também um excelente calmante. Há também o chá de camomila. E, para dormir, nada como um copo de leite morno.

          Abraços,

          Lu

        14. Felipe

          Lu, querida!

          Muito obrigado pelas dicas, serão muito úteis.
          Volto a dizer, e não é blablabla, que o teu trabalho é incrível. Dedicar um tempo para ajudar outras pessoas é um gesto tão nobre, digno de alguém de luz e de um grande coração. Faço parte de uma ONG, onde ajudamos, principalmente, moradores de rua, pessoas carentes e confesso pra ti, é um trabalho grandioso, não existe dinheiro no mundo que pague um gesto de amor por outras pessoas.

          Que Deus continue iluminando o teu caminho, todos os dias.
          Abração, Lu!

        15. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          A melhor maneira de tornarmo-nos seres melhores neste planeta é ajudando o próximo. Aprendi isso desde criança. Eu e meu marido também fazemos esse tipo de trabalho social, sempre que de nós necessita a Cruz Vermelha, além de ajuda a animais abandonados. Acredito eu que os moradores de rua, as pessoas carentes de modo geral, e os animais abandonados são um verdadeiro teste para o nosso coração, num mundo tremendamente materialista e egoíta. Trabalhos como o seu são bênçãos esparsas no planeta. Parabéns para você e seu grupo. Quando quiserem postar algum texto sobre o trabalho que fazem, basta me enviar. Tenho uma categoria aqui no blog só para isso, denominada CAUSAS HUMANITÁRIAS. Mais uma vez, muito obrigada por suas generosas palavras.

          Abraços,

          Lu

      2. Rick

        Olá, Lu!

        Faz exatamente 2 meses que tomo escitalopram 10mg e alcadil 1mg. Ainda tenho crises de ansiedade e tem dias que minha cabeça dói. Além de uma sensação de está tonto ou fora da realidade. Terrível. Inclusive até a claridade me incomoda. Às vezes acho até que esses remédios causaram em mim enxaqueca, sei lá. Enfim, acho que não estou me dando com o remédio. Primacialmente esse escitalopram. Vou mudar de psiquiatra. Pois aquele com quem eu estava me tratando é muito disperso. Não mostrava profissionalismo nem interesse no caso. É tanto que nessa última consulta que tive, ele se esqueceu de passar o alcadil. E tive que voltar pra ele poder prescrever o remédio. Muito desligado.

        Abraço, Lu. Adoro você!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Andava sumido! Que bom que reapareceu!

          Amiguinho, acho que esse seu psiquiatra está precisando de tratamento… risos. Realmente parece muito desligado. O melhor que faz é procurar outro. Não dá para lidarmos com alguém em quem não temos confiança. Pelo que diz, realmente está com crises de enxaqueca. Mas somente o médico poderá dizer se é proveniente do antidepressivo ou não. Pode ser mera coincidência. O ideal é que busque um novo psiquiatra, relate-lhe todo o seu histórico, para que ele lhe dê um novo parecer. É fato que em algumas pessoas o antidepressivo leva mais tempo para fazer efeito, até mesmo três meses. Mas não deixe de procurar um novo especialista. Pode ser também que seu organismo não esteja se adequando ao novo remédio.

          Também tenho muito carinho por todos vocês que aqui vêm. Já fazem parte de minha vida. Traga-me novas informações. E não suma!

          Beijo no coração,

          Lu

        2. Rogerio Gouveia

          Querida Lu,

          Muito obrigado por esse retorno… caramba!
          Eu estava malzinho, mas mal estou conseguindo trabalhar de tão agitado. Bom… Tudo na vida é experiência e essa de tomar Escitalopram está me deixando “Excitaloprado”….rsrs

          Você ajuda tanta gente com suas palavras, muito obrigado… Isso faz a maior diferença pra todos, pode ter certeza. Seu blog foi o único lugar humano e com seriedade, que achei, comentando sobre o uso de antidepressivos… Vou tentar virar POP, mas, por enquanto estou muito impaciente.

          Tudo de bom!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rogério

          Adorei o “excitaloprado”. Você me fez dar boas gargalhadas. Mas não se preocupe, logo encontrará o eixo da normalidade… risos.

          Amiguinho, uma coisa fundamental você traz consigo: senso de humor. As pessoas bem-humoradas tendem a vencer os desafios com mais facilidade do que as muito contidas. Você, pelo que vejo, já é POP por natureza. Logo estará tirando de letra o oxalato de escitalopram, não tenho dúvidas disso. Se estiver se sentindo muito agitado, peça a seu médico um ansiolítico. Existem alguns fitoterápicos muito bons. Procure tomar, chá de camomila (3 vezes ao dia). O maracujá é também um excelente calmante.

          Agradeço-lhe pelas palavras carinhosas, mas apenas tento dar apoio e atenção às pessoas que aqui chegam, muitas delas sem poder contar com ninguém. O que começou com um simples texto virou hoje um fórum sobre o assunto. Sinto-me feliz em poder ajudar, ainda que seja só com palavras.

          Um grande abraço,

          Lu

  163. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!
    Estou precisando desabafar! Não bastava a recaída que tive na depressão e ansiedade, ganhei uma amigdalite. Estava com febre, muita dor para engolir. Fui ao hospital, ganhei antibiótico. Amanhã termina a caixa, mas desde ontem começou uma coceira entre as nádegas, e está tudo vermelho por dentro. Estou ficando louca, sempre tem uma coisa em mim. Acha que deve ser do antibiótico? Estou mal não sei se é psicológico ou se é de tanta doença. Não aguento mais estar doente. Obrigada e desculpa o desabafo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tati

      Para que não se sinta só, eu fiquei 15 dias com uma gripe fortíssima e depois veio uma faringite que me deixou 10 dias sem falar uma palavra. Esta época do ano é mesmo muito doentia. Todo ano passo por isso, apesar de toda a vitamina C que tomo. O melhor a fazer, além de cuidar bem do corpo, tomando bastante líquido, é manter o máximo de tranquilidade possível. Meu marido também está tomando antibiótico, pois está com a garganta inflamada. A coceira pode ser causada pelo antibiótico (veja a bula), ou por alguma alergia (mudou o sabonete ou creme corporal?) ou até mesmo ser de fundo emocional. Seria bom que consultasse um dermatologista, caso não fale sobre isso na bula do antibiótico. Logo estará bem. Mantenha-me informada (ainda estou meio rouca).

      Beijos,

      Lu

    2. Amanda

      Ainda não sei como funciona isso direito, mas estava buscando informações sobre o ‘Espran’ quando achei este blog.

      Há mais ou menos 1 ano tenho tido crises de ansiedade muito fortes, que me leva aos hospitais. Procurei uma psiquitra e ela me passou o Espran. Fiquei muito animada pra começar o tratamento, pois não aguentava mais essas crises. Eu que sempre fui uma pessoa super animada, agora estou sem fazer quase nada, pois vivo com medo de ter outras crises. Pois bem, tomei ontem mesmo meio comprimido do remédio, assim como ela receitou (meio comprimido 2 dias, e após 1 comprimido ao dia). Ela disse que eu sentiria uma nauseazinha… Antes tivesse sentido. Tomei assim que almocei, e fiquei com a sensação de que estava bêbada… Uma pressão (dor, sei lá) na cabeça, uma sensação super estranha de estar flutuando. Hoje, quando acordei, ainda estava meio tonta, porém não tomei… Eu me assustei com o que senti. Gostaria de saber se existe cura para a síndrome do pânico somente com acompanhamento psicológico e sem o uso de medicação.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Amanda

        Seja bem vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Lindinha, infelizmente sua médica não a orientou sobre os efeitos adversos do antidepressivo. Todos eles possuem. Algumas pessoas sentem mais, outras menos. Mas, normalmente, esses sintomas ruins passam depois de duas semanas, vindo os bons resultados. Nessa fase é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). E quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor, pois as crises tendem a ficar cada vez mais agudas, quando não tratadas. O oxalato de escitalopram é uma das substâncias mais receitadas atualmente. Eu também faço uso dela e dou-me muito bem, não tendo mais crises de pânico.

        O tratamento psicológico resolve em uns casos (os de origem traumática), mas em outros não, sendo necessário o uso do antidepressivo para conter a ansiedade. O que você sentiu foram os efeitos adversos do medicamento, que acontecem no início do tratamento, mas não demoram a passar. Leia os comentários e veja que todos passam por isso. Não fique assustada. Vou lhe enviar alguns links para que tenha mais informações. Continue dizendo-nos como anda sua saúde.

        Beijos,

        Lu

  164. Daniele Sofia

    Oi Lu, tudo bem?

    Há alguns anos eu vinha sentindo muitas coisas coisas estranhas acontecendo em meu corpo: palpitações, falta de ar, arritimia, sudorose e uma pressão em volta da cabeça. Diversas vezes fui parar no pronto socorro, achando que estava tendo um infarto e até mesmo um avc. Eu sentia muito medo, porque os médicos faziam exames e falavam que eu não tinha nada, que estava tudo em ordem. Mas eu sabia que tinha algo errado.

    Há dois meses atrás comecei a pesquisar sobre o assunto e comecei a achar que estava com síndrome do pânico. Mostrei palestras aos meus pais, pois eles achavam que era tudo frescura. Eles me levaram ao neurologista que disse que realmente estava com um quadro de síndrome do pânico. Ele me passou escitalopram 10 mg e rivotril clonazepan 0,25 sublingual. Disse pra tomar 1 comprido de escitalopram por dia e o rivotril sempre que tivesse as crises. Comecei a tomar o escotalopram metade de um comprido, nos 15 primeiros dias, e agora comecei a tomar inteiro. Estou tomando há 20 dias. O rovotril eu tomo antes de dormir porque tenho muita insonia e costumo dormir 7/8 da manhã.

    Eu estou muito desanimada, e sentindo fortes dores na cabeça, mesmo sabendo que isso é sintoma da síndrome do pânico, fico querendo fazer uma tomografia porque acho q tenho algo mais grave, é horrível. Nao consigo sair de casa nem para ir ao shopping, sinto muito medo de passar mal e nao ter como ser socorrida. Nao saio sozinha, nao fico sozinha em casa e nem saio de ônibus .

    Eu parei meu trabalho e parei meus cursos porque sempre na hora de ir tinhas as crises. Meu pai passou a me levar para o trabalho de carro, mas na volta não podia buscar, e todos os dias era o mesmo inferno, passava mal no ôninus e sentia q todos estavam me observando. Isso nunca vai passar? Tenho só 21 anos e quero minha vida de volta. Não aguento mais ficar trancada dentro de casa vendo a vida passar 🙁

    1. LuDiasBH Autor do post

      Daniele

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Lindinha, eu sei muito bem o que está passando, pois tive minha primeira crise de pânico na adolescência. Foram tempos difíceis, até pela minha falta de maturidade e compreensão da doença. Mas não se apavore, pois isso tudo passará. Trata-se apenas de uma fase em sua vida. O importante é que tenha procurado ajuda. E foi uma pena que os médicos não tenha descoberto o problema mais cedo, deixando-a sofrer por tanto tempo, pois quanto mais cedo ela vier a ser tratada, menor é o sofrimento. Agora é ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Esse tipo de problema chega sempre trazendo-nos a impressão de que vamos ter um ataque cardíaco ou um avc. Exames são feitos e nada é constatado. Mas havia algo errado, sim. Sua mente pedia socorro em seu desequilíbrio. Agora, encontrada a causa, não há mais necessidade de fazer nenhum exame, mas apenas fazer o tratamento direitinho. Vejo que é uma garota inteligente, pois sozinha fez seu próprio diagnóstico. Parabéns! Eu também tomo oxalato de escitalopram e tenho me dado muito bem. É um dos bons remédios que se encontram no mercado, sendo muito receitado pelos médicos. Os demais funcionam como apoio durante a fase inicial do antidepressivo, podendo depois ser retirados aos poucos.

      Dani, todos os antidepressivos possuem efeitos adversos. A sua insônia pode ser causada pela fase inicial do oxalato de escitalopram. Normalmente, os efeitos ruins passam depois de 15 dias, mas existem pessoas que possuem o organismo mais resistente ao medicamento e demoram mais tempo. Portanto, não se apavore. Tranquilize-se. Tudo o que descreve faz parte dos sintomas adversos. Acontece com todos. A pessoa parece ficar ainda pior do que antes. Mas assim que os efeitos ruins foram desaparecendo, os bons irão chegando e o desânimo e a insegurança irão desaparecendo.

      A Síndrome do Pânico é cruel, porque mexe muito com a nossa vida, enchendo-nos de temores. Queremos ficar em casa, porque é onde nos sentimos seguros, rodeados por nossa família. Achamos que em qualquer outro lugar iremos ter uma crise, sem ninguém para nos socorrer. Já passei por tudo isso. Hoje viajo sozinha e faço tudo que necessito, totalmente independente. Portanto, aguente esse período de turbulência, pois não tardará a enxergar o céu azul.

      Amiguinha, faço ideia de como está ansiosa para voltar à sua vida de antes. Com seus 21 anos, você tem mais é que curtir a vida. E isso irá acontecer mais cedo do que imagina. Não se deixe abater. Logo voltará a ter uma vida com qualidade. Aguente com firmeza essa fase inicial do medicamento. Vale a pena. Leia os comentários no blog e veja como muitas pessoas viveram o mesmo que você ora passa. Não se entregue. Saiba que não está só. Conte sempre conosco. Venha para o blog, leia também outros artigos diferentes, seja otimista e acredite no seu tratamento. Trata-se apenas de uma fase passageira de sua vida. Logo estará saltitando por aí.

      Dani, vou lhe enviar uns links para que leia os textos. Eles irão ajudá-la muito. Aguardo mais notícias suas.

      Um beijo no coração,

      Lu

      1. Tiago Carvalho

        Bom Dia Lu.
        Poderia me ajudar por favor. Tenho 28 anos e tenho tido episódios de palpitações e falta de ar. Fiz diversos exames e não constataram nada grave (Cardiológicos, pneumológicos, tomografia). Fui no psiquiatra e ele receitou Ansitec, e após 3 semanas não houve melhora. Após isso, ele mudou e retirou o Ansitec e receitou o Reconter de dia e Bromazepam à noite, pois também tenho tido insônia. Minha dúvida vem, pois na bula do Reconter diz que não se pode tomar, se a pessoa faz uso de remédios que controlam o ritmo cardíaco como arritmias, e eu possuo prolapso na válvula mitral e uso Propranolol. Meu médico não me alertou sobre, apenas disse para eu não ler a bula (pois ficaria mais ansioso) e tomar as doses mínimas. Estou com medo de tomar, o que eu me aconselha? Não sei o que eu faço? Tive sintomas parecidos 7 anos atrás e tratei com propranolol + pondera + bromazepam e não houve problemas. Grato desde já.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tiago

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, durante a consulta você repassou para seu médico que tinha prolapso na válvula mitral e que tomava propranol? E ainda assim ele lhe passou o Reconter? Vejo que está inseguro quanto a tomar ou não o antidepressivo, após se inteirar da bula. Indico-lhe dois caminhos: 1- Volte a seu médico e converse abertamente com ele, falando-lhe dos seus temores. 2- Procure um outro especialista e conte-lhe o ocorrido. Enquanto tiver dúvidas, tomar o antidepressivo só aumentaria a sua ansiedade. É preciso confiar no profissional para sentir-se seguro. Certo.

          Vou lhe repassar o link de outros textos, para sua melhor compreensão. Volte para dizer-me qual foi o encaminhamento que você deu ao problema.

          Grande abraço,

          Lu

  165. Mona Portugal

    Oi Lu, quanto tempo hein?
    Estava distante, mas não deixei de ler os comentários dos nossos amiguinhos. Infelizmente, depois de 3 meses de tratamento, não venho passando bem. Domingo passei a tarde internada, tive uma crise enorme de dor de cabeça frontal, do nada, tremores, calafrios, fui parar no pronto socorro, por não saber o que estava acontecendo. Desde que comecei a fazer o tratamento com o Escitalopram venho sempre tendo a sensação de que vou apagar, desmaiar, sentindo esses calafrios. Nesse último mês piorei muito, não psicologicamente, mas de mal estar. Na emergência, domingo, fui diagnosticada com queda de pressão e hipoglicemia. Mas não estou melhorando, cheguei a tomar remédio para Labirintite, pois estou zonza e com sensação de ouvido tampado. A única diferença que teve Lu, é que esse mês comprei o Genérico da Medley.

    Um grande abraço, amiga!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Senti a sua falta. Imaginei que estivesse ótima, pois muitos desaparecem quando se encontram bons, livres dos efeitos colaterais.

      Amiguinha, a primeira coisa a observar é se tais problemas, como a dor de cabeça, queda de pressão e hipoglicemia, estão ligados ao uso do antidepressivo. Temos a tendência de achar que toda anormalidade física seja decorrente dele, o que nem sempre é verdade, porque mesmo tomando um antidepressivo, podemos ser acometidos por outras doenças. Portanto, precisa realizar exames para ver se tais problemas são inerentes ao medicamento. Há também o caso de que certos organismos não se adaptam a esse ou aquele antidepressivo, necessitando assim, o acompanhamento médico para averiguação, fazendo a mudança quando for necessária. Depois de três meses não era para estar sentindo efeitos adversos tão fortes do remédio, e não estar sentindo melhoras. Volte a seu psiquiatra e converse com ele. Anote tudo o que está sentindo para não se esquecer. Averigue o porquê da hipoglicemia assim como da suposta labirintite. Depois quero notícias.

      Abraços,

      Lu

  166. Rogerio Gouveia

    Olá, Lu,
    Depois de meses, para não dizer anos, sob pressão no cotidiano da empresa, administrando problemas financeiros que parecem intransponíveis, em 2016 parece que deixei de ter a super força que sempre tive e senti o baque. Noites de sono se foram, a cabeça que não desliga nunca dos problemas. A fadiga de chegar em casa, encostar no sofá e dar aquele cochilo que logo é interrompido de supetão, como se fosse proibido desligar e descansar.

    Eu sou casado faz 20 anos, não tenho filhos e vivo muito bem com a minha esposa. Inclusive com uma vida pessoal tranquila, sem tantos compromissos financeiros. Mas é incrível como nos últimos meses senti esse acúmulo. Depois de comentar com outros médicos e aceitar usar um fitoterápico, finalmente no dia 16 procurei um bom psiquiatra. E iniciei um tratamento com Reconter (escitalopram) há 1 semana… A partir de amanhã subindo a dose de 5mg para os 10mg. Lutar sozinho contra um estado de ansiedade (que ainda não consigo definir) creio que se tornou um risco muito maior do que aceitar um tratamento médico.

    Depois de muito relutar, fiquei imaginando que era o momento de adotar um tratamento, já que a vida tem seus caminhos e os problemas podem inclusive se agravar ou podem surgir outros… Isso é mais que normal na vida das pessoas. Eu tenho plena consciência que, embora meu problema esteja me pesando, há outros muito maiores que as pessoas passam e que até tiram de letra. Desde que fui diagnosticado e receitado, buscava um site de troca de ideias, experiências, etc… E que bom chegar até o seu site… Tenho certeza que fiz a coisa certa ao procurar um médico e adotar o tratamento. A medicina pode e deve nos ajudar em determinadas situações.

    Sempre fui um cara alegre, ativo, gosto de viajar, de sair, etc… Ultimamente estou muito mais recluso e suscetível a qualquer probleminha… Minha mulher é uma guerreira, baita companheira e mesmo ela, depois de meses, dá sinais que não sabe mais o que fazer para que eu mude o foco dessa situação. A coisa está pesada também para ela. Mas acredito que futuramente isso vai passar, os “nós” que tenho pela frente serão (de um jeito ou de outro) desatados e a vida voltará a fluir normalmente. Espero que o medicamento funcione comigo e que me acompanhe no período necessário para ultrapassar essa fase. Em uma semana, não tive nenhuma reação, mas ainda não senti melhoras, o que é muito normal. Se tiver algo para me dizer, agradeço.

    Rogerio Gouveia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rogério

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa. A gente sempre tem o que falar um para o outro.

      Amiguinho, nós, humanos, principalmente após a Revolução Industrial, perdemos a noção de que não somos robôs. Temos acumulado mais serviços e obrigações do que podemos dar conta. Ainda que a mente repasse-nos a falsa impressão de que somos super-homens, o corpo dá o seu grito de alerta, chamando-nos à razão. E ainda bem que alguns consigam perceber isso, enquanto é cedo, pois milhares e milhares de pessoas mundo afora, tombam vitimados por ataques cardíacos, fator que mais mata hoje em todo o planeta. Neste mundo extremamente materialista em que vivemos, onde o “ter” há muito substituiu o “ser”, se não botarmos um freio em nossas ambições, mesmo que as realizemos, não teremos saúde para delas usufruir. Estamos nos esquecendo de que somos seres finitos. Temos um tempo x de vida, assim como nossos bichinhos de estimação. E nada há que mude isso. Esta compreensão é importante para que mudemos certos hábitos e tenhamos a compreensão de que nossa vida, ainda que com menos riqueza, vale muito mais se acompanhada de paz de espírito. Nosso corpo é o que temos de mais importante. Nosso maior tesouro. Tratá-lo da melhor forma possível, compreendendo suas reais necessidades é fundamental para vivermos com qualidade de vida. Portanto, agradeça a seu corpo pelo aviso. Ele está lhe pedindo ajuda, atenção. É também preciso levar em conta o envelhecimento corporal, reduzindo as atividades de quando se era mais jovem.

      A ansiedade, quanto mais cedo for tratada, menor será o sofrimento, pois ela dá vida a muitos outros monstrinhos. Pelo visto, você ainda não teve a chamada SP (síndrome do pânico). Se não a teve, estava a caminho. O antidepressivo, que tem como substância principal o oxalato de escitalopram, é hoje um dos mais receitados. Além de ter menos efeitos adversos, sua eficácia é maior, abrangendo um maior número de problemas mentais. Acho que 80% dos comentaristas aqui fazem uso dele, inclusive eu. E tenho me dado muito bem.

      Rogério, durante o tratamento com antidepressivo a pessoa precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). É preciso ter paciência, sobretudo, para vencer o que chamo de período de turbulência (efeitos adversos), que dura, normalmente, cerca de duas a três semanas, de acordo com cada organismo, podendo alguns necessitar de mais temo. Depois desse período, os bons efeitos vão aparecendo. Um alerta: em hipótese alguma paralize o tratamento sem o consentimento de seu médico, pois além dos efeitos horríveis da abstinência, os problemas voltam com intensidade ainda maior. E você não está lutando sozinho. Somos aqui um monte de guerreiros. Não se sinta só! Buscar tratamento foi uma ação corretíssima. A relutância só faria agravar seus problemas. Infelizmente muitas pessoas não percebem isso. Uma coisa importante que percebi é que você é uma pessoa otimista, o que fará com que a sua melhora seja mais rápida.

      Os companheiros e companheiras sofrem junto com seus pares. Principalmente em países onde as doenças mentais ainda não são bem compreendidas pela população, trazendo estigmas ainda originados da Idade Média, e, mais recentemente, dos traumáticos e desumanos manicômios e sanatórios. Faz-se necessário a sua desmistificação para maior conhecimento, aceitação e menor sofrimento de todos: doentes e família. O conhecimento dos problemas permite-nos trabalhá-los melhor.

      Amiguinho, irei lhe repassar links que o ajudarão a compreender melhor o momento que vive. Fico feliz que tenha encontrado este blog, que hoje recebe mais de 500 acessos diários nos textos relacionados com doenças mentais. E nós seguiremos nos ajudando mutuamente. Sempre que sentir vontade, venha para cá. Conheça também outras categorias do blog.

      Um grande abraço para você e sua esposa,

      Lu

      1. Rogerio Gouveia

        Oi Lu!
        Obrigado pela simpática recepção.
        Pretendo frequentar o blog e assim ir passando minha experiência. Estou curioso para saber como estarei dentro de duas ou três semanas.
        E é bom saber que o blog é essencialmente voltado à arte. Quem lida ou se identifica com a arte de uma maneira geral, tende a ficar muito mais “à flor da pele” para situações indigestas. A gangorra emocional é complicada – arte de um lado, o sublime; vida cotidiana do outro, o necessário. Requer muito equilíbrio.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rogério

          Certa vez escrevi um texto sobre os desacertos da minha mente e recebi uma enxurrada de comentários e e-mails. Percebi que as pessoas precisavam de ajuda emocional, de quem dialogasse com elas. E foi assim que entrei nesta seara… (risos). Realmente, as pessoas ligadas à arte são acometidas por grande sensibilidade, ou seja, veem o mundo por prismas que fogem à maioria da observação comum. Será um prazer contar com a sua participação neste blog.

          Abraços,

          Lu

        2. Rogerio Gouveia

          Oi Lu!
          Hoje completei minha segunda semana com o Reconter. Na primeira, 5 gotas, na segunda, 10 gotas que é a dose em que devo permanecer. Ontem foi o dia em que me senti ansioso, angustiado, insone, etc. No feriado, eu fiquei o dia todinho no sofá, debaixo de uma mantinha… hehehe… O clima estava convidativo. E assim vou passando por essas primeiras semanas de tratamento. Espero que este estado de fadiga, de “tomara que o mundo acabe em barranco” passe logo para que eu possa desfrutar de dias mais produtivos, assim espero. Pelo que li na bula e em depoimentos, até que não estou tão mal assim com os efeitos do início. É isso! Beijão e obrigado.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rogério

          Você já está saindo da área de turbulência. Céu azul à vista. Vale a pena todo o sofrimento inicial. De vez em quando ficar no sofá, debaixo de uma mantinha, recebendo tudo nas mãos é bom demais. Mas não fique mal acostumado. Fico feliz que se sinta cada vez melhor. Continue dando notícias.

          Abraços,

          Lu

        4. Rogerio Gouveia

          Oi Lu!

          Já entramos em outubro e tive até dificuldade de localizar essa nossa troca de ideias, mas achei. Passo para dizer que continuo utilizando o Escitalopram sem ter nenhum sintoma adverso. Só mesmo nas primeiras semanas como é de se esperar. Meu estado geral é bom, mas como minha ansiedade tem causa e a causa continua na ativa, tem dia que estou mais otimistas, tem dia que estou lá embaixo. Além de pessoa física, sou pessoa jurídica e essa tem me tirado do eixo. Ninguém que seja responsável pode viver feliz, se seu ganha pão dá sinais de instabilidade… Posso imaginar quanta gente se encontra nesse mesmo estado com desemprego e outras dificuldades… Mas tenho no medicamento, um aliado. E vamos em frente.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Rogerio

          É preciso eliminar o motivo de sua ansiedade, ou aprender a conviver com ela, pois o medicamento não resolve tudo sozinho. Credito a ele apenas 50% dos efeitos positivos. Pois é, enquanto as pessoas continuam sofrendo com a instabilidade do país e com desemprego, a bufunfa de Eduardo Cunha continua lá fora, e ele curtindo a vida de nababo. Não dá para acreditar!

          Amigo, leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, aqui no blog. Ele poderá ajudá-lo. E não suma, amiguinho.

          Abraços,

          Lu

  167. Fernanda

    Oi, Lu, boa tarde!
    Hoje faz 1 semana que tomo 1/2 comprimido do oxalato de escitalopram, ficarei com essa dosagem por 30 dias e após passo a tomar 1 comprimido. Na primeira noite tive muito enjoo, dor de cabeça, sensação estranha. Os enjoos passaram, a dor de cabeça também, só que de dois dias pra cá venho tendo muita sensação de pressão no peito, vem do nada e some do nada, junto com tremor. É uma sensação de piora horrível. Será que posso tomar Valeriana “valerimed” para relaxar um pouco?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda ao blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o que você está sentindo são os efeitos adversos do antidepressivo. Não se preocupe, normalmente eles passam depois de duas a três semanas. Quanto ao uso de Valeriana, embora seja um fitoterápico, seria bom consultar o seu médico, pois, segundo a bula, “O medicamento a base de V. officinalis pode potencializar o efeito de outros medicamentos depressores do SNC (sistema nervoso central)”. Vou lhe passar uns links que vão lhe dar mais informações.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Madalena

        Oi,Lu!
        Hoje completei 9 dias tomando escitalopram 10 e graças a Deus não tive efeitos terríveis como eu temia. Tenho tido diarreia e à tarde quando não tenho nada a fazer tenho muita ansiedade e inquietude nas pernas. Tenho sempre a necessidade de estar movimentando, também tive muito sono pela manhâ, o que agora já está controlado, às vezes tontura, mas nada que não possa suportar. Posso dizer que estou muito bem, já tenho mais vontade de cuidar de mim, estou pensando em tomar remédio para emagrecer, mas ainda preciso esperar minha consulta com psiquiatra para tomar opinião,e você o que me diz? Desde já obrigada por tudo!
        Um abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Madalena

          Que bom saber que já passou da primeira semana com o senhor “oxi”. A tendência agora é que os efeitos adversos sumam. Se a diarreia continuar e se a inquietude nas pernas for muito grande, comunique-se com seu psiquiatra. No seu retorno, conte-lhe tudo que está sentindo. Anote para não se esquecer. Parabéns, grande guerreira POP! Logo estará me escrevendo para dizer que está ótima.

          Lindinha, eu sou totalmente contra remédios para emagrecer. Acho que fazem um mal danado ao organismo. E só quem deve tomá-los são os obesos mórbidos. O escitalopram fez com que engordasse? Alguns pessoas emagrecem e outras engordam com ele. Eu perdi peso, mas já recuperei. É preciso mesmo conversar com seu psiquiatra sobre isso, pois existem remédios que não podem ser tomados ao mesmo tempo. Mas estou feliz ao saber que já está se preocupando em cuidar de si. Maravilha!

          Abraços,

          Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nanda

          É claro que irá passar. Continue sendo POP (paciente, otimista e persistente). Vamos lá, minha guerreirinha! Logo estará nos contando como se encontra bem.

          Beijos,

          Lu

  168. Maria Júlia

    Boa tarde!

    Hoje faz um mês que estou tomando o exodus 10 mg, sinto muita ruidade cabeça pesada, fico tonta, são várias coisas, quero ficar boa logo e livre dessa ansiedade . E normal ter esses sintomas?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Júlia

      Seja bem-vinda ao nosso grupo. Sinta-se em casa.

      Querida, esses sintomas são comuns, sim! Em algumas pessoas, os sintomas adversos demoram mais a passar. É preciso ter paciência. Depois de um mês é sempre bom voltar ao psiquiatra para ele avaliar como está o seu tratamento. Você está tomando algum ansiolítico?Vou lhe passar uns links com mais informações.

      Beijos,

      Lu

    2. Maria Madalena

      Querida, Lu, não engordei, já sou gordinha, percebi que o escitalopram tem tirado meu apetite, mas nao percebi que engordei nem emagreci, continuarei com minhas caminhadas por enquanto.
      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Madalena

        Se o antidepressivo está tirando o seu apetite, possivelmente irá emagrecer. Aguarde mais tempo. Eu perdi, no início, quatro quilos.

        Beijos,

        Lu

  169. Jessica Nathalia

    Olá, boa noite!
    Depois de sete meses com o uso do reconter por causa de transtorno de ansiedade e ataques de pânico, estou aqui para contar minha experiência. Sofri bastante no início, mas hoje, graças a Deus, tudo está indo bem.

    No início do tratamento senti muitos efeitos adversos, mas com o passar do tempo e com a dosagem justa, meu organismo foi se adaptando. É difícil, mas conseguimos, basta acreditar! Não é porque estamos fazendo o uso da medicação que tudo que passamos vai desaparecer. Há momentos em que estamos super bem e achamos que as crises não vão mais voltar, e quando menos esperamos elas batem em nossa porta, e achamos que voltamos para estaca zero. Mas isso não é verdade, pois ainda é normal termos recaídas, a medicação sozinha não faz 100%, e temos que ser fortes quando essas crises aparecem do nada, e mostrar que isso não vai nos abalar, é só mais um momento para tentar tirar a gente do controle. Por isso é fundamental acreditar que foi só uma besteira e que vai passar, e quando menos esperamos vai embora.

    A medicação, como eu disse, sozinha não faz o trabalho todo, sendo a maior parte desse trabalho da nossa mente, pois ela reage de acordo com o que acreditamos. Então temos que trabalhá-la ao máximo para as coisa boas. E para aqueles que ainda têm medo das crises, comece a faz medo comece a colocar no passado tudo que lhe faz medo, como por exemplo, eu tinha medo quando meu coração acelerava, então eu começo a repetir essa frase todos os dias de que isso está no passado. E com isso nossa mente começa a perceber que agora não mais temos medo. Assim, quando o coração acelerar por causa de uma crise o cérebro não vai mandar mais mensagem de perigo.

    Testem fazer isso pra vocês verem o quanto vai ajudar, pois o meu médico, além da medicação trabalha com a minha mente. Acreditem, pois essas doenças estão totalmente ligadas a nossa mente. Ou a gente domina ela ou ela nos dominam. Eu escolhi dominá-las e ser mais forte que elas, e está dando certo. Espero que todos consigam essa melhora que eu consegui, não é fácil mas não é impossível, basta acreditar.
    Beijos a todos vocês e fiquem com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jéssica

      Concordo com tudo que você escreveu. É uma mensagem muito importante para todos os leitores, levando-lhes bastante otimismo. Espero que todos leiam.

      Abraços,

      Lu

  170. Gilmara

    Olá, minha querida Lu!

    Hoje completo 40 dias no tratamento com o oxalato de escitalopram que foi receitado juntamente com o Lorax para controlar a fase inicial. E como falei no primeiro comentário sobre meu receio de tomar Lorax por conta da dependência, há 2 semanas vinha colhendo já os beneficíos do “Oxa”, e como já estava me sentindo bem resolvi após 1 mês de uso do lorax (2mg), ia diminuindo gradativamente, até parar de tomá-lo no domingo(15/05). Da terça(17/05) venho sentindo o efeito da abstinência com sintomas horríveis, como desânimo, depressão, tremores. Mas como venho pesquisando muito sobre o assunto, estou confiante que esses efeitos da abstinência acabem em pelo menos 2 semanas, e colherei novamente os beneficios do “Oxa”. Será que fiz certo Lu, ter parado com o Lorax? No meu caso foi uma ansiedade excessiva após um período de consecutivos problemas familiares e no trabalho, daí procurei ajuda médica. Será que só com Oxa vou continuar como há 2 semanas atrás, de bem com a vida rsrs? Mais uma fez te parabenizo pelo lindo trabalho aqui no blog, você nem imagina o bem que nos faz. Que Deus continue te iluminando.
    Linda e abençoada, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Gilmara

      Fico muito contente ao saber que já está colhendo os benefícios com o antidepressivo. Quanto ao Lorax, acho que não deveria ter parado sem o parecer médico, pois ele tem por finalidade ajudar no tratamento inicial com o antidepressivo. Deveria ter esperado mais um pouco. Esses sintomas, ao que me parece, não são efeitos do lorax. Você o tomou por pouco tempo, o que impossibilita uma crise de abstinência. Penso que ainda sejam efeitos adversos do antidepressivo, que estavam sendo controlados pelo Lorax. O ideal é que volte a tomar o ansiolítico e depois converse com seu médico para retirá-lo. Há pessoas que necessitam de mais tempo para ficarem livres dos efeitos ruins. Pode ser o seu caso.

      Abraços,

      Lu

      1. Gilmara

        É incrível a sua agilidade em nos responder… Realmente não queria voltar a tomar o Lorax… Será que mesmo assim vou ter a mesma eficácia que o Oxa vinha me dando? Estou disposta a segurar essa barra difícil sem o ansiolítico… E procurar algo natural e esperar que o antidepressivo faça o efeito esperado!

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Gilmara

          Os comentários relativos a remédios eu procuro responder o mais rápido possível, pois imagino que a pessoa esteja ansiosa pela resposta. Mas se você acha que vai ter garra para passar por isso tudo sem o Lorax, tudo bem. O ansiolítico não tem nada a ver com a eficácia do antidepressivo. Fique tranquila. Existem bons ansiolíticos que são fitoterápicos. Converse com seu médico ou farmacéutico. Não vá tomando remédio sem conhecimento prévio e sem conhecer suas interações.

          Abraços,

          Lu

  171. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!
    Não tenho com quem desabafar sobre este assunto, por isso voltei aqui. Não tenho ânimo e me sinto muita cansada até para trabalhar. Hoje, faz 20 dias do uso da amitriptilina em dose dobrada e 14 dias do escitalopram na dose dobrada também. Ainda não estou bem,como eu queria. O efeito ainda virá? Acha que pode levar mais tempo para a minha melhora? Uma vez que já tomava a medicação, mas numa recaída, o clínico geral resolveu dobrar as doses de cada um deles. Pelo fato de ter dobrado duas medicações, pode demorar mais e os efeitos serem piores no ínicio?
    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Desabafe à vontade conosco. Não fique tristinha aí. Escreva o quanto quiser e quando assim o desejar.

      Amiguinha, ainda está muito cedo para que possa ter uma resposta total para o seu problema. Você diz: “Ainda não estou bem como queria.” E, ao que parece, você está melhorando. Já está se sentindo melhor. Os medicamentos precisam de um tempo para agir. É preciso ter paciência. Observe apenas se está melhorando. O resto é aguardar. A melhora não é mágica. O tempo varia de uma pessoa para outra. Não fique assim tão preocupada. O início é sempre o mais difícil. Mas você já está saindo da fase em que os efeitos adversos são mais severos. Essa falta de ânimo e cansaço é normal. Gostaria apenas de saber se você sente que está melhorando?

      Beijos,

      Lu

      1. Patrícia Elizabete

        Olá, Lu!
        Amei seus comentários e orientações muito coerentes. Estava em uso de Paroxetina, vinha bem, dormindo, calma, mas comecei a ficar desanimada, triste e achando a vida muito sem graça. Sem vontade de sair, me cuidar. Resolvi usar escitalopran iniciei com dose de 10 mg, fiquei eufórica, tinha coragem, vontade, mas em 7 dias, iniciei com uma irritabilidade , agressiva, respostas secas, sem ter paciência e com dificuldade para dormir e também dores musculares. Passei para 5 mg, permaneceu a agressividade, insônia e perda da libido, mas com uma disposição para me cuidar, ir à academia (mania). Que faço agora, que outro antidepressivo uso, que não me tire o sono e me dê disposição. Voltei para a paroxetina, pois pelo menos durmo e fico menos agressiva, mas sem muito ânimo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Patrícia Elizabete

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, você me passou a impressão de que está se medicando por conta própria, pois em nenhum momento referiu-se ao psiquiatra, tendo incorrido em alguns erros na medicação, relativos à mistura de substâncias, à dosagem e à fase inicial do tratamento. Caso eu esteja correta, não faça isso em hipótese alguma, sob risco de ter uma síndrome serotoninérgica. É imprescindível o acompanhamento médico em qualquer tratamento, principalmente naqueles com antidepressivos. O médico deverá acompanhá-la, principalmente na fase inicial do tratamento.

          Patrícia, todo antidepressivo traz efeitos adversos, que desaparecem em torno de duas a três semanas, normalmente. Nesse início, a pessoa costuma se sentir pior do que antes de dar início ao tratamento. O que é normal. Portanto, o que sentiu na primeira semana com o oxalato de escitalopram (irritabilidade , agressiva, respostas secas, sem ter paciência e com dificuldade para dormir e também dores musculares) eram os sintomas adversos, que iriam passar em torno de 15 dias, estando tudo, portanto, dentro do esperado. Você não pode pular de um antidepressivo para outro, o que poderá lhe acarretar problemas seríssimos, pois alguns exigem um tempo de espera para dar início a outro. Somente a avaliação médica poderá estipular a dosagem correta, fazendo ajustes sempre que necessários.

          Há quanto tempo fazia uso da paroxetina? Houve ajuste na dosagem? Pode ser que ela não esteja mais fazendo efeito ou a dosagem esteja baixa, coisa que o médico irá lhe dizer. Não se sinta magoada por eu ter lhe puxado a orelha, mas é que me preocupo com vocês todos. Aguardo notícias suas.

          Beijos,

          Lu

  172. Ana Paula

    Gente… Tomei fluoxetina de 10 mg há 2 meses … Agora parei por conta própria, pois estava me fazendo muito mal … Parei tomando 5 mg será que pelo pouco tempo e a pouca dosagem vou passar mal pela retirada. Tenho TAG. Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Paula

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, nunca se deve parar um antidepressivo por conta própria, pois é o médico quem orientará como deve ser feito o desmame. Se o antidepressivo estava lhe fazendo mal, deveria ter procurado o psiquiatra para que ele avaliasse o que estava acontecendo. Provavelmente terá a chance de sentir a síndrome da abstinência, mas vamos torcer para que isso não aconteça.

      Abraços,

      Lu

  173. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!
    O que é essa síndrome sirotonérgica que você falou? Quando troquei o escitalopram pelo fluoxetina, o médico sabia do uso da fluoxetina ao trocar, e não falou de esperar 15 dias. Digo, o clínico geral. Faz 7 dias hoje que ele dobrou o escitalopram de 10 mg para 20 mg, e 11 dias que ele dobrou a amitriptilina de 25 mg para 50 mg. Será muito cedo ainda para a melhora?

    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Existem substâncias que não dão certo juntas, podendo provocar um choque. Os 15 dias fazem parte do tempo necessário para que a subtância usada anteriormente saía do organismo, ficando ele pronto para receber outra diferente. Leia o texto CUIDADOS AO USAR ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA. Mas fique tranquila, pois você não teve, na troca, nenhum problema.

      Amiguinha, ainda é muito cedo para obter os benefícios dos medicamentos com a dosagem dobrada. O organismo precisa de um tempo para sua adaptação. Procure ficar o mais tranquila possível. Lembre-se de que e preciso fazer a sua parte. Quanto mais calma ficar, mais rápido virão os efeitos positivos. Você é uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Continue me dando notícias.

      Beijos,

      Lu

    2. Maria Madalena

      Oi,querida Lu!
      Ainda não comecei a tomar o escitalopram,não tive grana. Ainda estou pensando em pedir à médica para voltar a tomar fluoxetina. O que queria perguntar mesmo e o seguinte: sempre que acordo, seja de madrugada ou de manhã tenho a sensação que vou passar mal. Todo dia luto com um incomôdo, como se eu fosse surtar a qualquer momento e uma sensação horrível. Você tem alguma coisa a me dizer sobre isto? Me ajude minha amiga, porque no momento só tenho você. Desde já obrigada.

      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Madalena

        Muitos pessoas possuem terror noturno (ou “Pavor Nocturnus”) , que é diferente do pesadelo, que é mais comum em crianças. Elas cordam abaladas e amedrontadas. Veja informações no link http://www.cerebromente.org.br/n06/doencas/terror/terror1.htm

        Pode ser também um início da síndromem do pânico, pois, ao que me parece, você está sem o antidepressivo. Além disso, a noite e o início do dia são mais dificultosos para nós depressivos. A presença do sol é terapéutica, por isso vamos melhorando ao longo do dia. Também precisa analisar se não anda preocupada demais, ou com medo de tudo, se se sente sozinha, etc. Comece dizendo para si mesma que não há com que se preocupar e que está tudo bem. Não deixe sua mente à deriva. Bote controle nela. Falou sobre isso com sua médica?

        Amiguinha, por que a médica mudou a fluoxetina para o escitalopram? Lembre-se de que tanto a fluoxetina quanto o oxalato de escitalopram podem ser manipulados, saindo pela metade do preço. Procure um laboratório que tenha um bom nome e peça para manipular. O efeito é o mesmo. Os médicos também costumam ter amostra-grátis. Pergunte à sua psiquiatra se ela não tem. E pode contar comigo sempre que precisar.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Maria Madalena

          Querida Lu
          Realmente estou andando muito preocupada com tudo, sou sozinha em minha casa para cuidar de tudo, sou o homem e a mulher da casa, sobrecarregada, e me sinto imensamente sozinha. Sinto que vivo num mundo que não faz parte de mim. O medo é algo que sempre me acompanha. Quanto à medica ter trocado os remédios, eu disse a ela que a fluoxetina não estava ajudando, mas só piorando meu estado. Mas ao encontrar este grupo descobri que é normal nos primeiros meses. Mas tenho uma notícia boa, meu irmão me deu 2 caixas do escitalopram. São 2 meses de tratamento garantidos, depois já vou poder comprar. Comecei o tratamento hoje, já tomei o primeiro comprimido,e stou com medo dos efeitos, como te falei anteriormente, mas vou seguir avante, pois nem eu mesma estou me aguentando, imagine os que me cercam.
          Querida Lu, torça por mim pra que tudo de certo.
          Obrigada por tudo.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Maria Madalena

          Vejo que trabalha muito e que carrega muita responsabilidade. Procure chamar a turma no cantão, abra o verbo e divida o excesso de trabalho, pois isso não é justo. E por que esse sentimento de solidão? Jamais permita que os outros tornem-na infeliz. Dê a volta por cima.

          Todo antidepressivo traz reações adversas. É preciso estar preprada para elas. Muita gente não sente quase nada, pois varia de organismo para organismo. Você também poderá mandar manipular, pois fica pela metade do preço. Mas escolha uma boa farmácia de manipulação. Outra coisa, elimine esta palavra feia de sua vida: “medo”. Ela só nos joga para trás. Se você dá conta de tanta coisa, irá também dar conta de uns “efeitinhos” adversos, que duram cerca de duas semanas. Quero notícias diárias.

          Beijos,

          Lu

    3. Carlos Savani

      Boa tarde, Lu!
      Iniciei meu tratamento de síndrome do pânico faz 30 dias e comecei como Donaren 50mg, porém estava me dando muito sono e os sintomas estavam aos poucos voltando. Meu médico receitou o Donaren retard na dosagem de 150 à noite, iniciando por 5 dias de 100 mg até o organismo se acostumar. Pois bem, tem 4 dias que tomo as 150 mg e estou com os sintomas retornando, como sudorese, falta de ar e também palpitação quando me levanto ou faço algum esforço normal. Essas palpitações até mesmo quando converso bastante estão acontecendo. Não sei se já vou para a fluoxetina de 20mg, conforme orientação do meu cardiologista, enfim. Estou desesperado e não sabendo mais pra qual caminho seguir. Posso parar com o Donaren já é ir pra fluoxetina à noite? Por favor me ajude!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Carlos

        É um prazer recebê-lo em nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinho, quando começamos um tratamento com antidepressivo, precisamos ter muita paciência, até acertar num remédio que se adapte ao nosso organismo. Mesmo os médicos trabalham com erros e acertos, pois não sabem como reagirá o nosso organismo. Também sou portadora de SP (síndrome do pânico) e depressão. Tratei durante muitos anos com a fluoxetina, até que ela deixou de fazer efeito, foi quando passei a tomar o oxalato de escitalopram. Nunca tomei Donaren. A fluoxtina foi muito eficaz para mim. Contudo, antes de passar para ela, converse com seu médico que a passou, para ver se há necessidade de aguardar um tempo para dar início a ela, uma vez que tomava outro medicamento. Vou lhe passar, via e-mail, uns links que irão ajudá-lo. Volte sempre que quiser.

        Abraços,

        Lu

        1. Carlos Savani

          Muito obrigado, Lu, tenho fé que em breve vou me recuperar.
          Grande beijo!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Carlos

          É claro que irá, meu amiguinho. Logo estará curtindo plenamente a vida. Volte sempre!

          Abraços,

          Lu

    4. Lucília Esteves

      Olá, Lu!
      Depois de tomar fluoxetina , paroxítona é citalopram, estou o tomando Exodus. Estou muito pra baixo, muito mole como estou há um bom tempo, estou meio cansada de tentar e não conseguir um resultado, se bem com a fluoxetina estava bem mais ou menos. Tenho 8 dia de uso, mas sentindo o mesmo sono e desânimo, e com horror de sair de casa, minha vida está muito estranha, será que vou melhorar?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Lucília

        É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, algumas pessoas, com organismos mais sensíveis, sentem mais dificuldade para chegar a um antidepressivo que lhes cause bem. Demora mais um tempo, mas acabam encontrando. O médico precisa trabalhar com experiências. Há muita gente aqui que já passou por vários, até encontrar o “tal”. Não desanime. Precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). Se estava dando bem com a fluoxetina, por que mudou para outro? Qual é a dosagem que toma de Exodus?

        Amiguinha, todos os antidepressivos possuem efeitos adversos. Mas eles vão passando com o tempo, normalmente depois de duas semanas. Querer ficar em casa é próprio das pessoas depressivas, pois é onde nós nos sentimos protegidas, ao lado de nossa família. À medida que o antidepressivo for fazendo efeito, esse medo de sair irá desaparecendo. Fique tranquila, você irá melhorar, sim. Todos melhoram. Tenha paciência. Vou lhe enviar o link de outros textos que poderão ajudá-la.

        Abraços,

        Lu

  174. Anna

    Lu
    Só agradecimentos para este espaço e seu esforço em produzir um lugar de informação e encontro entre nós que sofremos com esses problemas.
    Gostaria de sugerir um texto direcionado aos familiares que convivem e têm relacionamentos com quem está passando por essas situações. Algo que aborde o inicío do tratamento, as dificuldades e possibilidades de apoio. O que acha?
    Muito obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anna

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, a sua sugestão é excelente, pois, de fato, os familiares têm uma grande importância na melhoria da qualidade de vida das pessoas que fazem tratamento mental. Deveria ser obrigação do médico psiquiatra ou neurologista ter uma conversa, também, com as pessoas que servem de apoio ao doente, ou até mesmo encaminhá-las para quem possa lhes dar um suporte mais efetivo, pois elas também precisam dessa ajuda para tratar a pessoa com a qual convive.
      Muito obrigada por sua visita.

      Abraços,

      Lu

  175. Ana Paula

    Olá, Lu!
    Parei de tomar exudos hà duas semanas, porém estou sentido azia, queimação, refluxo e um pouco de dor de cabeça; será que é normal quando está sem o remédio?

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Você parou por conta própria ou por indicação médica? Toda pessoa que toma um antidepressivo, ao parar, terá que passar pelo desmame, ou seja, as doses devem ir diminuindo aos poucos, em conformidade com a orientação médica. Parar abruptamente traz muitos efeitos adversos, ocasionados pela síndrome da abstinência.

      Abraços,

      Lu

      1. Sara

        Oi, Lu!
        Falei há alguns dias sobre o período em que fiquei em tratamento com escitalopram e sobre o desmame que havia começado. Estou há 20 dias sem o remédio, mas não estou me sentindo bem. Dá uma inquietação terrível, às vezes muita angústia e alterações de humor. Será que isso é normal ao retirar o medicamento? Alguém já passou por isso ao retirar? Será que devo aguentar mais um pouco? Não queria voltar a tomar ou passar por tudo de novo.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sara

          O desmame é importante para que o organismo aprenda a ficar sem o remédio. É o médico quem avalia quando o paciente deve parar, baseando-se em seu comportamento. Contudo, muitas vezes essa avaliação não é exata, necessitando a pessoa de dar continuidade ao tratamento por mais tempo. Você deveria marcar um retorno com seu médico e contar-lhe o que está ocorrendo. Talvez tenha que tomar o remédio por mais tempo. Com muita gente acontece isso. E, quanto antes ver isso, melhor. Um retorno ao médico irá deixá-la mais tranquila. Faça isso. E depois me conte como foi.

          Um grande beijo,

          Lu

  176. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!

    Estou muito preocupada com minha saúde, o médico dobrou minha medicação. Faz 10 dias que dobrei a amitriptilina e 5 dias que dobrei o escitalopram. Parece que estou pior, me sinto dopada, tonta e tremelica. Será que não fez efeito ainda? Outra dúvida: quando o médico trocou a fluoxetina pelo escitalopram, foi assim de repente, comecei o escitalopram no dia seguinte. Isso está certo? Será esse o motivo da minha recaída? Não senti nada em 3 meses de uso do escitalopram, veio bem depois essa recaída.
    Abraços. Deus te abençoe.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Quando a medicação é dobrada, acontece, muitas vezes de o paciente sentir os efeitos adversos ainda com mais rigor. E, segundo informações, você deveria esperar 15 dias entre a fluoxetina e o escitalopram. Veja o artigo CUIDADOS AO USAR ESCITALOPRAM E FLUOXETINA aqui no blog. Mas, pelo visto, já faz um tempo que você está tomando o escitalopram, possivelmente há mais de 15 dias. Em assim sendo, o efeito de uma síndrome serotoninérgica já passou. Da próxima vez, avise o médico, antes, sobre os remédios que está tomando. Quanto à nova dosagem é preciso esperar pelo menos duas semanas para ver se o organismo acostuma-se com a dose dobrada, mesmo assim, informe-o sobre o estado em que se encontra. Se continuar mal assim, pode ser que ele tenha que diminuir a dose. Mas não tome nenhuma atitude antes de consultá-lo. E, nas consultas, não se limite a ouvir. Você tem o direito de tirar todas as suas dúvidas.

      Volte a dar-me notícias.

      Beijos,

      Lu

  177. Vanessa

    Boa noite, Lu, tudo bem?

    Descobri esse site pesquisando sobre o desmame do Frontal XR. Há 2 anos atrás, depois de uma cirurgia, tive crise de pânico, ansiedade. Fui em um neurologista que me prescreveu Frontal XR. Comecei ter sintomas depressivos, que até então não tinha. Ele me prescreveu Pristiq, tomei durante 1 ano (mas sentia que ficava patinando), ele começou o desmame pelo Pristiq. O Frontal XR tentei tirar, mas não consegui.

    Hoje faz 2 anos que estou tomando Frontal XR 0,5mg duas vezes por dia e há 40 dias que estou tomando Escitalopram (comecei com Eficentus e agora estou tomando Reconter 10mg). Antes fui ao endocrino que me disse que estava com dependência do frontal e fui depois ao psiquiatra. Ele me passou Paxil 12,5mg, porém não me adaptei, surgiu várias manchas roxas e minhas pernas ficavam repuxando. Com o Escitalopram também tive um pouco de solavancos, mas melhorou. E às vezes surge manchas roxas e sinto como se meu coração tivesse no braço, nas pernas e um formigamento na cabeça.

    Gostaria de saber se alguém de vocês teve esses sintomas mesmo depois de 40 dias e, se as manchas roxas nas pernas é algo comum, quando se toma antidepressivo. Eu tenho pânico em tomar qualquer remédio, mas estou tendo que tomar, principalmente por querer me livrar do Frontal. Já ouvi dizer que o desmame é muito complicado, porém meu psiquiatra disse que dá pra tirar devagar. Já o neurologista disse que primeiro eu teria que tirar o escitalopram e depois o frontal, porque meu caso é ansiedade e pânico. Mas que eu saiba o escitalopram serve pra pânico e ansiedade também!
    Beijos, fica com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vanessa

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Muitas vezes, basta um acontecimento qualquer para trazer à tona uma crise de pânico, ansiedade e depressão. O mais importante, porém, é a busca por ajuda médica. O início do tratamento com antidepressivos é bem sofrido. Muitas pessoas precisam de um tempo maior para adaptarem-se ao medicamento. Trata-se de uma fase em que é preciso ter muita paciência, ser POP (paciente, otimista e persistente). Esqueça esse pânico de tomar remédio e racionalize que eles estão aí para ajudar a nossa qualidade de vida. Faça tudo direitinho, conforme prescrição médica. Quando achar que a opinião de dois médicos está em contradição, procure um terceiro para desempatar. Leve suas dúvidas por escrito e argumente com eles. O desmame, quando feito em conformidade com o acompanhamento médico é muito tranquilo. Não se preocupe com isso. Vou lhe passar uns links, via e-mail, para que a ajudem a compreender melhor o trato com os antidepressivos.

      Beijos,

      Lu

      1. Vanessa

        Muito obrigada Lu!
        Vendo os comentários de outras pessoas, nós nos sentimos melhores por sabermos que não somos os únicos a passar por isso. Quero daqui um tempo voltar e dizer que essa fase ruim de adaptação passou! Obrigada pelo carinho e atenção, e vou ler o que você me passou.
        Beijos
        Vanessa

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vanessa

          É verdade! Os comentários de outras pessoas mostram-nos que somos muitos comprometidos com esta luta. E unidos seremos sempre mais fortes. Tenho certeza de que não demorará muito para que nos diga o período de turbulência já passou. E não há nada a agradecer, minha querida. Sinta-se à vontade para escrever sempre que necessitar.

          Beijos,

          Lu

  178. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!
    Voltei ao médico clínico geral na verdade, relatando meu mal-estar, e ele dobrou minha medicação. Agora tomo 50 mg de amitriptilina de noite e 20 mg de escitalopram. Fui encaminhada para a psiquiatra e aguardo minha consulta, tomando a medicação anterior, agora em dose dupla. Amanhã farão 7 dias que tomo a amitriptilina em dose dupla, pois antes tomava 25 mg, e há 2 dias tomo escitalopram de 20 mg. Meu organismo já está acostumado com a medicação, mas é normal ter uma piora inicial ao dobrar a medicação? Não sei se me entendeu? Essa piora vai passar, conforme meu organismo se acostumar com a dose maior? Obrigada!

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Pode acontecer, sim, de o organismo reagir com a dosagem duplicada. Mas logo ele se acostuma e tudo volta ao normal. De qualquer forma acompanhe as mudanças. Fique tranquila. Se forem muito fortes, contate seu médico.

      Beijos,

      Lu

  179. Alexandra

    Olá, Lu!
    Faz um tempinho que não apareço, mais estou mais feliz, graça a Deus, só uma coisa que não passa: uma dor nas pernas, mais precisamente nas panturrilhas, quando acordo. Gostaria de saber se você já sentiu? Na parte da manhã me sinto muito desanimada, com falta de ânimo, estou tomando vitamina. Não sei o que fazer mais.
    Um abraço

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Eu nunca senti a dor nas panturrilhas de que fala. Mas há diferentes efeitos adversos. E ess pode ser um deles (ver texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM). A parte da manhã é mesmo mais difícil, e vamos melhorando à medida que o dia prossegue. É normal isso! Que tal uma caminhada?

      Abraços,

      Lu

      1. Alexandra da Silva

        Oi, Lu, bom dia!
        Eu já li todas as informação que você passa. Nestes dois dias tive uma recaída, me bateu uma tristeza, e como eu comecei a tomar os remédios, muitas tristeza e desânimo e sono, estou tomando 20 mg de escitaloplam E 0,5 mg de alprazolam, mas o psiquiatra que tirou. Estou fazendo tratamento psicológico também.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Essas recaídas são normais dentro do processo inicial do tratamento. Procure ficar o mais tranquila que puder. O acompanhamento psicológico, aliado ao feito com o psiquiatra, irá ajudá-la muito. Lembre-de de que todos nós, tomando antidepressivos ou não, passamos por tristezas e desânimos. Toque a vida para a frente e acredite no seu poder de recuperação.

          Abraços,

          Lu

        2. Alexandra da Silva

          Lu!
          Obrigada pela a paciência com todos, que Deus a conserve com muita saúde.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Não tem nada a agradecer-me, minha querida. Sou eu quem agradece a confiança de vocês, ao abrir o coração neste espaço.

          Beijos,

          Lu

        4. Alexandra da Silva

          Olá Lu, boa noite!
          Como já te falei, eu estava muito bem, até que de 4 dias para cá bateu uma tristeza de novo. Antes era na parte da manhã, agora que estou na academia é na hora do almoço. Sinto muito enjoo e choro muito. Vai fazer um um mês que o médico aumentou a dose do oxitalopram de 10mg para 20 mg. Será isso que está causando isso tudo? Estou com medo que tudo possa voltar, ou que tenha que mudar o remédio.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Primeiro é preciso saber que, mesmo tomando antidepressivos, continuamos tendo nossas emoções: alegrias e tristezas. É também necessário olhar se você não está passando por um momento difícil em sua vida, um momento traumático (perda, separação, etc). Se isso estiver acontecendo, o antidepressivo deve vir junto com uma psicoterapia. Pode ser que ainda se encontre no período de adaptação da nova dosagem. Quanto a mudar de medicamento, isso é a coisa mais comum que existe. Já perdi a conta pelos quais passei. E tire essa palavra feia (medo) de sua vida. Viver é um ato de coragem. Não podemos nos deixar tombar facilmente. Aconselho-a a voltar a seu médico e conversar com ele sobre o que está lhe acontecendo. Muitas pessoas precisam de um tempo maior para sentir os bons efeitos do antidepressivo. Fique tranquila, afinal de contas você é uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Leia também o artigo OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Um grande beijo,

          Lu

  180. Joselma

    Lu, boa noite!
    Tomo cloridrato de amitriptilinia para tratar enxaquequas há mais ou menos uns cinco anos, mas está me fazendo mal, afetando meu fígado. Estou pensando em parar. Alguém sabe se vou ter problemas, ou já tentou parar?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Joselma

      É um prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, diz a bula que “o cloridrato de Amitriptilina é recomendado para o tratamento de depressão e enurese noturna, quando a patologia orgânica foi excluída”, portanto, trata-se de um antidepressivo. Logo, faz-se necessário o acompanhamento médico para o desmame, ainda mais depois de tanto tempo. A parada abrupta poderá lhe ocasionar muitos efeitos adversos, em razão da abstinência da substância. Não faça isso. E se está afetando seu fígado, o medicamento realmente deve ser revisto. Imagino que tenha consultado um neurologista para ver a causa de tais dores de cabeça. Ele poderá mudar o remédio. Há também muitos remédios fitoterápicos no mercado. Já pensou em consultar um médico homeopata. Continue dando-me notícias.

      Abraços,

      Lu

  181. Bruno

    Olá, Lu!
    Primeiro, obrigado por manter um blog como este aberto para que tantas pessoas, assim como eu, que compartilham dessas dificuldades, possam sentir que não estão sozinhas. Gostaria de compartilhar brevemente minha história.

    Há 8 anos tive episódios fortes de pânico, acabei passando pelo médico que me receitou na época o Lexapro. Fiz um tratamento de cerca de 6 meses, e estabilizado, o psiquiatra não achou mais necessária a continuação da medicação. Fiquei 1 ano sem crises de pânico, até que no final do primeiro ano da faculdade tive um surto muito forte de ansiedade e depressão. E é de lá pra cá que nunca mais me recuperei totalmente.

    Ao longo dos anos tomei diversos medicamentos, tendo altos e baixos. Mas nesse período também desenvolvi TOC, algo que eu não tinha no primeiro ano da faculdade, além da mente estar sempre ruim e a memória então, péssima. Pior do que a depressão é o TOC, e só quem tem sabe o quanto realmente atrapalha o nosso cotidiano e as relações sociais em geral. Os medicamentos que tiveram mais efeitos positivos no meu caso foram o Lexapro, Luvox e Paxil.

    Para controlar a ansiedade excessiva costumo tomar apenas 1 vez por semana 1 comprimido de diazepam. Passei por vários psiquiatras que sempre trocavam os medicamentos, e inclusive receitavam neurolépticos para mim, o problema, no entanto, é que quando tomo os neurolépticos fico tão mal que mal consigo raciocinar e durmo cerca de 14 horas por dia, o que no meu caso, fazendo mestrado nos exterior, é impossível de conciliar. Por isso tenho optado apenas por tomar antidepressivos.

    Ano passado voltei a tomar o Luvox, por ser o medicamento que menos apresentou efeitos colaterais e dava uma boa resposta no tratamento, no entanto, além de não ter apresentado mais o efeito desejado e ser caro, altas doses ocasionavam muito sono e me deixavam irritado. Conversei com o médico, e agora estou tomando o oxalato de escitalopram (genérico). No entanto, já faz 13 dias, e ainda tenho sentido vários efeitos colaterais, efeitos estes que eu não lembro de ter sentido, quando tomava o Lexapro, que é o mesmo sal. Aumento da ansiedade, insônia (tenho dormido cerca de 3 a 4 horas por noite), minha mente parece que está sempre ligada e correndo, além de eu sentir às vezes que estou agindo de forma estranha com relação ao cotidiano. Tenho lido que os efeitos colaterais fortes geralmente duram no máximo 2 semanas, mas parece que no meu caso persistem em continuar.

    Já parei medicações por algumas vezes, mas eu comecei a aceitar que o melhor para mim é realmente não parar mais. Tenho tomado apenas metade do comprimido nesses últimos 13 dias, e receio que se aumentar a dose, não vou conseguir mais dormir. Ainda existem chances desses efeitos colaterais diminuirem ou o melhor seria trocar de medicamento novamente?

    Desculpe o tamanho do texto e obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruno

      É um prazer recebê-lo neste cantinho, onde temos formado uma grande e acolhedora família. Sinta-se em casa e escreva quando e o quanto sentir vontade. Não temos regras que não sejam ajudar. Realmente não estamos sozinhos. Nossa família aumenta cada vez mais. Sempre há aqui uma palavra de carinho e conforto. E, na medida do possível, trazemos as respostas que temos.

      Eu também tive a síndrome do pânico, ainda na adolescência, como introdução ao meu problema mental (depressão). Ela funciona como um tipo de aviso inesperado e indesejado, dizendo-nos que algo não vai bem em nosso cérebro, que é preciso buscar ajuda. E quanto mais cedo essa ajuda vier, menos sofreremos. Você disse que tomou o lexapro durante seis meses e parou. Realmente o médico não tem como avaliar com segurança se estamos capacitados ou não a deixar o tratamento. Por isso, acontece de muitas vezes o tempo não ser o indicado para a paralização. E, quando isso acontece, só nos resta reiniciar o tratamento. O pior é que as crises, após uma parada, retornam ainda mais fortes.

      Bruno, nós que lidamos com doenças e transtornos mentais passamos por diversos medicamentos. Inclusive pelo fato de o organismo acostumar-se com a substância principal, que passa a não mais fazer efeito. Nem mais sei listar os que já tomei. Em casos mais severos de ansiedade, os médicos costumam receitar remédios coadjuvantes. Muita gente hoje toma fitoterápicos (remilev, por exemplo), que são menos fortes e não tiram as pessoas “do ar”. Eu tomo bromazepam (antigo prozac), quando necessário, mas irei optar por um fitoterápico.

      O oxalato de escitalopram, inclusive é o que tomo, é um dos mais receitados no Brasil. Através dos comentários poderá ver quanta gente faz uso dele. Embora você tenha tomado o Lexapro, ao parar por um certo tempo, a substância não mais se encontra no seu organismo, por isso, ao retomar a mesma, ela não é reconhecida pelo corpo, vindo toda aquela trajetória de efeitos adversos, ainda mais fortes. Vejo que você se encontra na fase de turbulência do tratamento, com os efeitos ruins à vista. Normalmente, espera-se que após duas semanas de uso, a pessoa comece a obter os bons resultados, enquanto os ruins desaparecem. Mas isso não é uma constante. Há pessoas que necessitam até de três meses para atingir a plenitude do medicamento. Cada organismo reage de um modo diferente. Você diz estar sentindo: “Aumento da ansiedade, insônia (tenho dormido cerca de 3 a 4 horas por noite), minha mente parece que está sempre ligada e correndo, além de eu sentir às vezes que estou agindo de forma estranha com relação ao cotidiano.”. São sintomas adversos, sim, do medicamento, mas é necessário saber quando comunicá-los ao seu médico (vou lhe enviar link sobre o assunto). Ficar sem dormir é preocupante, pois desequilibra todo o organismo. Passe a tomar chá de camomila e evite atividades físicas e mentais antes de deitar-se. Você tem feito algum tipo de exercício físico como um meio de minimizar a tensão? Pense nisso!

      Amiguinho, um antidepressivo é apenas 50% de nosso tratamento. Os outros 50% dizem respeito às nossas atitudes em relação à vida (enviarei link sobre o assunto). Aconselho-o a tomar o oxalato de escitalopram conforme orientação médica. Quantos milagramas toma? E não pare o tratamento em hipótese alguma, excetuando parecer médico, pois a volta é ainda mais difícil, mais sofrida. Veja a possibilidade de tomar um fitoterápico para dormir. Não pode ficar assim. Assim que o antidepressivo começar a mostrar eficácia, o TOC amainará e chegará a desaparecer. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Somos todos bons guerreiros! Quero sempre notícias suas!

      Um beijo no seu coração e muito sucesso em seus estudos,

      Lu

      1. Bruno

        Oi, Lu!

        Concordo que o medicamento realmente é apenas 50% do tratamento. Estou tomando 5 mg por enquanto, e devo passar para 10mg na próxima semana, embora eu esteja com muita insônia ainda, mas tenho procurado insistir, porque sei como é ruim, no meu caso, ficar sem medicamento algum. Obrigado!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Bruno

          É como eu lhe disse, cada retorno ao medicamento ainda é mais difícil, pois os efeitos adversos parecem aumentar. Acho que deve ter lido o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Muita força, amiguinho!

          Abraços,

          Lu

      2. Maria Madalena

        Oi,Bruno!
        Às vezes fico assim como você, gosto de ouvir música bem baixinha,principalmente gospel. Acompanho cada frase até dormir, espero ter ajudado.

  182. Rodrigo

    Bom dia, Lu!
    Utilizo muito o site para tirar dúvidas, gosto muito de ler sobre as experiências de outras pessoas. Minha dúvida de hoje é a seguinte: estou tomando rivotril 2 gotas de 0,25 pela manhã e tarde, e 8 gotas à noite. Esse procedimento é feito para a entrada do escitalopram. Hoje estou com 12 gotas de escitalopram e me estabilizei, estou super bem. Agora meu médico começou a tirar o rivotril. Vai começar a tirar uma gota à noite por semana até zerar. A retirada do rivotril é tranquila? Uma gota por semana eu devo sentir algum efeito colateral? Estou tomando dessa forma há uns 3 meses. O que acha?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Estava sentindo a sua falta. É muito bom saber que está se sentindo bem. Pelo que pude observar, seu médico é muito sério quanto a seu tratamento. A retirada do rivotril, medicamento coadjuvante, deve ser gradual mesmo, pois o organismo já estava acostumado com esse remédio. Desse modo, você não sofrerá com a abstinência. A retirada assim, como está fazendo, não lhe acarretará efeitos colaterais. Fique tranquilo.

      Abraços,

      Lu

  183. Aline kureck

    Olá, Lu!
    Eu tomei fluoxetina por três anos e resolvi parar por conta, e foi a pior coisa que já fiz! Hoje me sinto muito mal, faz 18 dias que voltei a tomar o remedio e me sinto cada vez pior! Muita dor no peito e crises de ansiedade. Será que ainda nao começou a fazer efeito?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Seja-bem vinda, querida! Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você realmente comenteu uma grande tolice. Talvez o seu médico não lhe tenha dito que jamais poderia fazer isso sem seu consentimento e sem passar pelo desmame. Mas a vida é assim, precisamos sentir na pele certas dores para compreendermos o quanto fomos imaturos. O importante é que já retomou o medicamento. Agora fique calma.

      Aline, algumas pessoas pensam que, pelo fato de já terem tomado certo depressivo, não mais terão efeitos colaterais. É um grande engano. Uma vez que o organismo elimina toda a substância, é como se ela nunca tivesse existido para ele. Podem ser até piores os efeitos adversos do que da primeira vez. Portanto, agora precisa ter paciência e aceitar passar por essa assustadora turbulência. Se os sintomas adversos forem muito fortes, procure seu médico, para ter certeza de que estão dentro do previsto. Certo? Continue me trazendo notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Aline kureck

        Lu, muito obrigada.
        Vou ficar mais calma e esperar essa fase ruim passar.
        Te darei noticias, sim.

        Um grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          Não deixe de ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Beijos,

          Lu

  184. Lucia de Andrade

    Boa tarde, Lu!
    Estou bastante assustada com o fato de o médico me receitar um antidepressivo, tomei e me senti muito mal, muita sonolência, mas não pra dormir e sim ficar sem vontade pra nada, pensei em desistir, mas li que podemos começar a tomar a metade do comprimido. Faz 1 semana que estou tomando e ainda me sinto muito desanimada, afetou diretamente no meu apetite, pois tenho dificuldades já de engordar, e emagreci, pois não tenho a menor vontade de comer, e tenho os sintomas de boca seca, e agulhadas no corpo, suores a mais do que eu já tinha, e dificuldades no dormir. Meu médico pediu-me retorno após 45 dias do início do tratamento, devo continuar? Posso começar a tomar 1 comp. por dia ou continuo a tomar a metade. Tenho 53 anos e 48 kilos. Uma coisa boa me aconteceu, tomo mais água agora do que antes, tenho muita cede. Aguardo o teu conselho.

    Um abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lúcia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, não há motivo algum para ficar assustada por ter que tomar um antidepressivo. As doenças da mente são as que mais aumentam no mundo. Ao contrário, deveria sentir-se alegre pelo fato de poder contar com os remédios modernos que chegam ao mercado. Só temos que agradecer à Ciência, uma vez que séculos atrás os portadores de problemas mentais viviam em sanatórios, hospícios ou eram jogados nas estradas (leia sobre o assunto aqui no blog). Portanto, levante essa cabecinha e agradeça.

      Lúcia, todos os antidepressivos trazem efeitos adversos durante as primeiras semanas de uso. É realmente uma fase terrível, pois a pessoa fica pior do que antes de dar início ao tratamento. Os sintomas citados por você, inclusive a falta de apetite, fazem parte dessa turbulência. Porém, após a segunda de semana de uso, normalmente, os sintomas ruins vão desaparecendo e os bons chegando (ver comentários), poid o organismo vai retomando o seu equilíbrio. Digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Cada parada é um retrocesso e um sofrimento ainda maior.

      Amiga, você não me disse qual remédio está tomando e a dosagem. Quando o quadro da pessoa está muito grave, o médico já começa com uma dosagem alta. Quando ela se encontra relativamente bem, essa dosagem pode ser progressiva. Isso vai depender do seu caso. Quanto ao retorno, esse tempo é se estiver indo tudo bem, mas se você sentir que precisa voltar a seu psiquiatra, não precisa esperar tanto. Aguardo mais informações suas.

      Beijos,

      Lu

      1. Lucia de Andrade

        Obrigada, Lu, foi receitado o Oxalato de Escitalopram o genérico do Exodus, e um comprimido por dia, mas como me senti muito mal, estou tomando meio comprimido por dia. Obrigada por suas palavras confortantes.
        Abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lúcia
          Oxalato de Escitalopram é o nome da substância principal do antidepressivo. O Exodus é também tido como genérico. O considerado original é o Escitalopram (caríssimo), mas desde que sua patente expirou em 2011, outros laboratórios passaram a fazer também o remédio, dando-lhe outros nomes, que são conhecidos como genéricos. Eu sempre opto por comprar o mais barato.

          Beijos,

          Lu

      2. Camila

        Olá, Lu!
        Estava em busca de informações sobre o escitalopram quando acabei aqui, rs.
        Fui a uma consulta com um clínico, pois estou com uma terrível queda de cabelo, chegado a criar áreas já sem cabelo no couro cabeludo, na frente e atrás da cabeça. O clínico pediu uma série de exames, inclusive da tiróide, no entanto, todos os exames estavam normais.Então ele falou que a causa da queda poderia ser ansiedade, pois eu tinha algumas características da ansiedade. Recomendou-me o escitalopram 10 mg, primeira semana metade e depois inteiro. Ao pesquisar me assustei por se tratar de um antidepressivo, pois ele não me informou, disse apenas que é um remédio que iria me ajudar com a ansiedade. Pesquisei também sobre a ansiedade, e de fato tenho alguns sintomas.

        Faz 3 semanas que estou tomando, tive dores de cabeça ,tremedeira no braço e às vezes fico movintando a perna muito rápido,tive diarreia. Não notei mudanças, como li isso vem com o tempo, não sei se realmente era o caso de estar tomando essa medicação, estou confusa. A questão também é que vou passar pelo procedimento de retirada do siso, e vi uma reportagem em que uma jovem morreu durante esse procedimento e a suspeita da causa era que ela tomava antidepressivo, e teve uma reação com a anestesia. Será que o escitalopram pode ocasionar isso? vou falar para o dentista, mas acho interessante alertar as pessoas caso isso seja verdade. Desde já agradeço.
        Abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Camila

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

          Tenho uma amiga, que, assim como você, vem tendo uma enorme queda de cabelo. Como é de praxe, sua dermatologista pediu-lhe todos os exames que poderiam levar a isso, depois de ver que não havia nenhum problema com o couro cabeludo. E todos também deram normais. E a conclusão a que chegou é de que se trata de estresse, o que também lhe ocasionou uma grande ansiedade. Minha amiga passou a tomar antidepressivo. Encontra-se nas primeiras semanas do tratamento e irá tirar férias em maio, já tendo um retorno marcado com a dermatologista.

          Realmente a causa da queda de cabelo pode estar ligada a fatores emocionais. Você não passou por nenhum trauma ou grande aborrecimento recentemente? Não se encontra estressada? Reviu os produtos que usa no cabelo (tintura, xampu, condicionador, etc)? Foi ao dematologista para que fizesse uma análise de seu couro cabeludo? É preciso trabalhar em todas as linhas. Penso que se ainda não foi ao dermatologista, deveria ir, levando todos os exames feitos. É quem está melhor preparando para avaliar a sua queda de cabelo. Aconselho-a, também, a cortar o cabelo, pois assim notará menos a queda e não ficará tão aflita.

          Camila, você diz respeito ao uso de anestesia, tomando antidepressivo. Confesso que não acredito que a morte da moça deveu-se a isso, pois tomo antidepressivo desde adolescente, já fiz canais, faço tratamento dentário anualmente, e nunca tive nada, até porque a anestesesia dada para isso é ínfima. Além do mais, muito gente já teria morrido em função de cirurgias, já que quase 1/3 da popupulação toma antidepressivo. Ainda assim é bom que avise seu dentista sobre todos os remédios que toma. E, para ficar mais tranquila, converse também com seu psiquiatra. E muito obrigada por se preocupar com todos, ao repassar tal informação.

          Amiguinha, muito obrigada pela sua presença e comentário. Volte depois para dizer como está resolvendo o problema da queda de seu cabelo.

          Beijos,

          Lu

        2. Camila

          Olá, Lu!

          Fiquei super feliz pela sua atenção, me tranquilizou muito. Fui à dermatologia, ela me avaliou e disse que a causa da minha queda de cabelo está realmente relacionada ao emocional, e o nome especificamente para o que me acomete é Alopécia Areata, que é desencadeada por um desiquilíbrio emocional, estresse, ansiedade em si. Ela receitou alguns remédio e logo terei um retorno com ela. Aproveitei e falei que já estava tomando o escitalopram que o clínico receitou, ela falou que iria ajudar no tratamento. E se estivesse me sentindo bem que continuasse o tratamento com ele também. Com tudo estou me sentindo muito bem, pois agora as coisas estão tomando um rumo, andava muito angustiada por estar perdendo fios e mais fios do meu cabelo, em pânico ao ver partes do meu couro cabeludo pelado (ele é bem longo e cheio, meu xodó de fato) minha auto-estima estava no chão. Mas creio em Deus que tudo vai se normalizar. Falei para o meu dentista sobre a medicação que tô tomando e ele deu sinal verde, mas realmente sempre é bom falar.

          Muito obrigada por criar este cantinho tão acolhedor e tão rico de conhecimento.
          Um grande abraço, Lu, estarei sempre aqui acompanhando seu blog!

          Camila

        3. LuDiasBH Autor do post

          Camila

          Quanta notícia boa. Fico muito feliz ao saber que você está mais calma, em tratamento, e ciente de que tudo isso irá passar mais cedo do que imagina. Já tive queda de cabelo na minha adolescência e sei como isso mexe com a nossa auto-estima. O bom mesmo é que ele volta a crescer ainda mais belo. Agora é procurar relaxar, procurar viver com mais tranquilidade e não levar tudo a ferro e fogo. Gostaria que lesse o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, aqui no blog. O texto tem a finalidade de mostrar a nossa parte no tratamento.

          Um grande abraço,

          Lu

  185. Marcela Tatiana

    Oi, Lu!
    Comecei a tomar amitriptilina 25 mg em agosto de 2013 e junto fluoxetina 20 mg para depressão e pânico. Fiz um tempo de psicoterapia e melhorei rapidamente. Mas ano passado em dezembro, relatei ao médico clínico a minha ansiedade e ele trocou a fluoxetina por escitalopram 10 mg. Tomo há 3 meses e faz duas semanas que estava muito mal, fraca, cansada, agitada e num-mal estar, além da tontura. Alguém aí sabe o que pode ser? O escitalopram já fez mal para alguém? Ou será a amitriptilina?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcela

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, os antidepressivos não funcionam igualmente para todas as pessoas.O que dá certo para um, pode não dar para outro, portanto, isso é muito relativo. Eu tomei fluoxetina durante muitos anos, até que ela passou a não mais fazer efeito. O meu médico mudou então para oxalato de escitalopram, com o qual tenho me dado muito bem. Como já toma o escitalopram há um bom tempo, sugiro que você volte a seu médico e relate-lhe o que vem lhe acontecendo. Também é preciso ver se esse mal-estar não possa estar ligado a uma indisposição passageira, como virose (tenha estado péssima, com uma). Somente se médico poderá lhe dar um parecer mais concreto. Não deixe de procurá-lo. E depois me escreva dizendo como foi.

      Beijos,

      Lu

  186. Cida

    Bom dia, Lu!

    Comecei a tomar escitalopram mas acho que não vou conseguir ficar com essa medicação. Que sensação estranha é essa?! Tomei um comprimido antes de dormir e apaguei, porém de madrugada acordei e não consegui mais dormir… Minha mente estava a todo vapor, pensamentos desencontrados, imagens estranhas e pessoas entranha vinham à minha mente, meu corpo queria ficar deitado mas minha mente me chamava pra levantar, e uma fome incomum. Nunca havia sentido isso antes, acredito que foi por conta do remédio. E ao levantar uma lerdeza misturada com euforia sem contar a dor de cabeça… Credooooo. isso me deixou mais ansiosa.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cida

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, realmente não é fácil passar pelas duas semanas iniciais do tratamento. A gente realmente fica pior do que antes. Os efeitos adversos são muito fortes. É preciso lutar para passar por essa turbulência, pois, se parar, o retorno ao remédio será ainda pior e as grises mais agudas. Lembre-se de que os efeitos adversos duram normalmente duas semanas. Enquanto isso seja POP (paciente, otimista e persistente). Pense em como será melhor sua vida depois que tudo isso passar. Saiba que terá valido a pena. Tudo o que sentiu faz parte dos efeitos ruins. Leia os comentários e veja que quase todos falam sobre isso. Coragem, amiga. Você irá dar conta. Se estiver impossível de aguentar, não deixe de retornar a seu médico. Continue me dando notícias.

      Beijos,

      Lu

  187. Deby

    Boa noite, Lu!
    Com muita resistência estou tomando exodos faz 8 semanas, dois meses, nos primeiros dez dias tive os efeitos colaterais, mas foram tranquilos depois senti uma serenidade muito, mas depois de um mês percebi que a ansiedade começou novamente não com a mesma intensidade. Há dias em que ainda acordo um pouco angustiada. Não sei mais o que pensar, fui diagnosticada com ansiedade generalizada. Tenho muitos medos e inseguranças. Queria muito uma opinião de vocês. Desde já agradeço.
    Abraços a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Deby

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiga, em algumas pessoas o antidepressivo leva mais tempo para mostrar todos os seus benefícios. Eu a aconselho a voltar a seu médico e conversar com ele sobre o que está lhe acontecendo. Pode ser que a dosagem esteja baixa ou que você precise de um medicamento coadjuvante. Marque um retorno.

      Abraços,

      Lu

  188. Matheus

    Boa tarde Lu, tudo bem com você?

    Estou aqui para relatar meu primeiro mês de uso do medicamento (oxalto de escitalopram). Nos primeiros 15 dias sentia os problemas abaixo descritos: (postagem do dia 07/04/2016)

    – Tremedeiras e muito suor antes das 11h da manhã; (Não sinto mais)
    – Às 17h uma dor de cabeça insuportável; (sinto às vezes)
    – Após o 12º dia comecei a ter diarreia diariamente e também e incontinência urinária. (Este problema foi resolvido e não era devido ao medicamento)

    Hoje sinto que estou mais seguro em minhas atitudes e com uma postura mais pró ativa, tanto no ambiente familiar quanto no trabalho, porém, sabe quanto você sente que está sob efeito do medicamento e pensa “Qual o motivo para tanta euforia?!” Como se estivesse anestesiado, não sentisse nada, mas percebesse tudo que está acontecendo, situação estranha e bizarra.

    Estou tendo total apoio de minha esposa e graças a Deus minha libido está bem melhor do que antes do tratamento. Ela diz que o remédio está ajudando “muito”.rs No mais, emagreci bastante, aproximadamente 7kg desde o início do tratamento. Não sei sé é pelo efeito do medicamento, mas estou tendo umas idéias, de começar uma academia, iniciar uma nova graduação em psicologia, tive total apoio da minha família, mas vou amadurecer essa ideia, mas estou muito feliz em ao menos ter alguma perspectiva de melhora em minha maneira de querer encarar a vida.

    Novamente agradeço a Deus por você existir e continuarei postando sobre meu progresso ou regresso.

    Grande abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mateus

      Que maravilha! Sinto-me tão feliz quando recebo notícias boas. E essas coisinhas que ainda sente irão desaparecer com o uso contínuo do remédio. Não esquente com isso. Siga em frente, vivendo da melhor forma possível. Por que questionar a euforia? Sinta-se feliz e pronto. Depois de ter passado por aquela barra, tem mais é que estar eufórico, sim. Com o tempo seu organismo irá se ajustando no equilíbrio certo. O início é assim mesmo. Há pessoas que precisam de um tempo maior. Começar uma academia faz muito bem, assim como continuar estudando. Precisamos preencher a nossa mente, ativá-la com coisas boas. O emagrecimento é comum a muitas pessoas, mas depois volta o equilíbrio. Comigo aconteceu isso. E sua esposa é realmente uma mulher maravilhosa. Dê-lhe o meu abraço.

      Obrigada por seu carinho e generosidade. Conte sempre comigo.

      Abraços,

      Lu

  189. Milena

    Boa tarde, Lu!
    Tenho ansiedade e estava sob controle, mas voltou com a tpm assim que larguei o anticoncepcional. Na tentativa de buscar um tratamento natural para tpm fui atrás da homeopatia e tudo desandou. Comece a sentir o que há muito não sentia (enjoo, dor de estômago, taquicardia, tremedeira). Fui à médica pois já tinha tomado a sertralina uma vez sem problemas, então ela passou de novo. No entanto, não sei se por conta de estar mais ansiosa tenho tido insônia com ela, e depois de 6 dias tenho tido enjoo, dor de estômago e tremedeira de novo, sendo que nos prineiros dias estava melhor. Agora estou na dúvida se são efeitos colaterais do remédio, que não é o correto para o caso, ou se são apenas os dias iniciais mesmo. O que fazer, trocar ou esperar (tá sendo uma tortura).

    1. LuDiasBH Autor do post

      Milena

      O primeiro passo é não se preocupar, desde que se encontre em tratamento médico. Aos poucos tudo irá se ajeitando. Todos os antidepressivos trazem efeitos colaterais no início do tratamento, sendo que umas pessoas sofrem mais do que outras menos. Eles se intensificam, sobretudo, nas duas primeiras semanas. É como se a pessoa ficasse pior do que antes de dar início ao tratamento. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Todo antidepressivo que começar a tomar irá trazer problemas semelhantes, no início. Lembre-se de que se encontra no olho do furacão, ou seja, no início da medicação. Agora é ter coragem, ser guerreira mesmo! Lembre-se de que logo estará livre de tudo isso, gosando dos benefícios do remédio. Você deve esperar o resultado. E somente seu médico poderá indicar a troca. Lembre-se disso. Tenho a certeza de que dará conta de suportar essa fase ruim.

      Amiguinha, volte sempre para dizer-me como está indo. Certo?

      Beijos,

      Lu

      1. Milena

        Ei, Lu, obrigada! O médico preferiu trocar por enquanto pela paroxitina, vou tentar ser persistente com esse, desde já obrigada.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Milena

          Continue me contando como está indo o seu tratamento.

          Beijos,

          Lu

  190. Alexandre Santos

    Boa noite!
    Achei muito interessante este blog, me senti aliviado em muitas questões, porém ainda tenho algumas dúvidas.

    A aproximadamente 20 dias atrás, do nada eu tive uma cólica renal, estava no serviço e passei muito mal, após indas e vindas ao hospital, depois de 10 dias a pedra acabou saindo, porém minha vida não foi mais a mesma… Perdi o controle da minha mente, e do nada me vi entrando em pânico, desespero, parecia que eu não estava mais em meu corpo, ou seja parecia que estava sonhando.

    Passei em um médico conhecido, que me receitou fluoxetina, porém após quinto dia, acabei tendo problema no meu casamento, complicando ainda mais minha situação, muito medo de ficar sozinho, neste momento. Estou na última semana do curso de engenharia, tenho dois serviços (porém estou afastado até dia 20). São tantas coisas, sei que preciso descansar a cabeça, mas não é tão simples. Hoje tomei o 9º comprimido, parece que foi o pior dia de todos, passei muito mal, não consigo comer quase (perdi totalmente o apetite), estou trêmulo, e às vezes me pego divagando nos meus pensamentos, muito medo de ficar louco.

    Desculpe o desabafo, mas é que são tantas as pessoas que trocam experiências aqui que me senti à vontade, tem momentos que penso não vou voltar a ter controle total de minha mente, sendo que nunca antes passei por isto e tenho 40 anos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandre

      Quero começar lhe pedindo desculpas pela demora da resposta. Acontece que fui acometida por uma virose e não me sentia com ânimo para nada. Quero lhe dizer também que é um grande prazer tê-lo conosco. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, penso que você já estava, ainda que inconscientemente, com problemas mentais, sendo o aparecimento da pedra renal uma mera coincidência. Como já sabe, as duas primeiras semanas do uso do antidepressivo são difíceis. Ficamos piores do que antes de começar a tomá-lo. Porém, normalmente, após esse tempo, os efeitos ruins passam e os bons começam a aparecer. Não se preocupe, pois é assim mesmo. Tomei fluoxetina durante muitos anos, até que ela deixou de fazer efeito, tendo eu que migrar para o oxalato de escitalopram. Algmas pessoas perdem totalmente o apetite, mas, com o tempo, o organismo vai se equilibrando. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Os sintomas citados por você são relativos ao antidepressivo, mas eles irão passar.

      Alexandre, quando estamos doentes mentalmente, as coisas complicam, pois o nosso equilíbrio fica bem abaixo do seu limite. Sendo assim, ficamos incapacitados de lidar com qualquer problema, até mesmo os mais corriqueiros. O problema em seu casamento é decorrente dessa fase. Quem nos rodeia precisa compreender o nosso estado e passar por cima de muita coisa. Sua esposa precisa estar ciente do momento pelo qual você passa. Converse com ela ou peça seu médico para fazer isso. Convide-a para ler os comentários relatados no blog. Mas, assim que os bons efeitos do antidepressivo aparecerem, tudo voltará ao normal. Não se preocupe.

      Amiguinho, é preciso que também se ajude. Veja que momento maravilhoso é o de estar na sua última semana do curso de engenharia! Ainda mais tendo que trabalhar em dois empregos e ainda estudar. Vejo que é um grande guerreiro. São pessoas como você que fazem toda a diferença no mundo. O que está passando pode ser resultado de um esgotamento nervoso, de uma estafa, em razão de tantas tarefas. E você não irá ficar louco… risos. Todos pensam isso. Não deixe sua mente amotinada tomar as rédeas de sua vida. Bote um freio nela. Afinal, você é um guerreiro. Logo estará ótimo. Gostaria de saber como se encontra hoje.

      E mais uma vez desculpe-me pela demora, mas também estou baqueada com uma dona virose.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Alexandre Borges

        Olá!
        Não consegui segurar o tranco e na segunda passada ja não tomei o medicamento, fluoxetina. Hoje, quarta-feira, passei com minha psicóloga e levei aquela bronca… Ela me esclareceu algumas dúvidas, tirou alguns medos. Volto amanhã a tomar. Achei estranho que, quando estava tomando o medicamento de manhã, sentia palpitações e muito ansioso, ou seja minhas manhãs ficavam horríveis. Depois que parei tive esta sensação somente no outro dia, acredito ser efeito do medicamento… Terei que aguentar mais esta barra, voltar a tomar a fluoxetina, antes que meu quadro piore… Hoje acredito estar melhor… Fenho alguns momentos de ansiedade, que procuro controlar… O que mais me afeta é o desânimo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandre

          Não há como dizer que são fáceis as duas primeiras semanas da medicação. Os efeitos adversos são terríveis, e nós ficamos piores do que antes. Mas não há outra alternativa senão encararmos a fera, pois adiarmos o tratamento torna as crises ainda mais agudas. Continue tomando seu medicamento e, quando menos esperar, já estará curtindo os efeitos positivos. Esse desânimo é comum. Assim que o antidepressivo adaptar-se ao organismo, ele desaparece. Tomei a fluoxetina por muitos anos e dei-me muito bem.

          Abraços,

          Lu

  191. Fernanda

    Bom dia!
    Estou com uma dúvida, tomei 30 dias o ESC 10 mg, agora fui comprar e não achei, só o EXUDOS 10 mg, pelo que pesquisei é a mesma coisa, mas estou em dúvida.

    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Sem problemas. E ainda é mais barato. Poderá tomar sem medo de ser feliz!

      Beijos,

      Lu

  192. Ariane

    Bom dia!

    Estava tomando lexapro 15 mg, porém continuava me sentindo mal, o pisquiatra passou para 20 mg. Estou na segunda caixa, e tenho sentido tonturas muito fortes, tudo gira, parece que saio do corpo por segundo, logo depois vem o pânico, formigamentos e enjoo , sera que pode ser da dosagem? Mesmo já estando na segunda caixa de 20 mg?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ariane

      Há duas possibilidades, ou o remédio irá demorar mais tempo para fazer efeito, ou você não está dando certo com ele, e terá que passar para outro. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para saber quais são os efeitos normais e aqueles que exigem que procure um médico. De qualquer forma, acho que você deverá retornar a seu médico, para que ela faça uma reavaliação de seu tratamento. Leia também o texto PÂNICO, O MEDO DO MEDO.

      Abraços,

      Lu

  193. Ana

    Olá

    Estou em uso de exodus 15mg (antes era 10 mg depois 15, há 10 dias) e quetipim 25 mg e tenho me sentido … há 3 meses, mas na última semana tenho me sentido extremamente sonolenta e sem forças. Parece que vou cochilar a qualquer momento em pé. o que faço? A médica do SUS só atende vez ou outra e é um problema conseguir vaga.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Seja bem-vinda a nosso blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, pode ser que essa soneira e apatia devam-se ao aumento da dosagem para 15 mg., sendo necessário, portanto, aguardar um tempo para que o organismo acostume-se com a mudança. Se depois de um tempo isso não acontecer, volte à sua médica. Mas por enquanto fique tranquila.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Joyce

      Ana
      Eu comecei a tomar quetiapina e foi a pior coisa que fiz. Além de me sentir extremamente desanimada, o sono que eu sentia era fora do comum. Tente tomar metade do quetiapim e adeque os horários de tomá-lo, um pouco antes de quando for dormir.
      Espero que melhore.
      Um abraço

      Joyce

  194. Alyne

    Bom dia Lu, tudo bom?

    Estou no 14º dia da fluoxetina, e hoje de manhã acordei péssima, muitíssimo triste e sem vontade de viver. Estou tomando para ansiedade e para o TOC. Hoje de manhã me assustei em como me senti mal. Antes do medicamento eu não me sentia triste, mas eufórica, tinha crises nervosas, muita ansiedade, etc, como consequência desenvolvi o TOC, porém nunca havia me sentido tão triste e para baixo. Será que isso vai demorar para passar? Está amenizando um pouco ao decorrer do dia, mas foi uma “bad” muito forte.
    Aguardo seu retorno,

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alyne

      Você ainda se encontra na fase dos efeitos adversos do antidepressivo. Em algumas pessoas eles demoram mais tempo. É bom também se lembrar que mesmo as pessoas que não possuem problemas mentais passam por dias ruins, pois eles fazem parte de nossa existência. O antidepressivo não nos blinda contra os contratempos da vida. Isso irá acontecer, um dia ou outro, portanto, não sendo motivo de preocupação. Eu tomo antidepressivo há vários anos e vez ou outra me sinto vazia, triste, achando que a vida não tem sentido, etc. Nessas horas é preciso mudar o foco dos pensamentos e buscar coisas boas. Além disso, a parte da manhã é o horário mais predisposto a isso, quando a nossa vitalidade encontra-se em baixa, mas no decorrer do dia ela vai aumentando. Fique tranquila!

      Beijos,

      Lu

      1. Rick

        Olá!
        Comecei hoje a tomar oxalato de escitalopran de 10ml, e esto tendo umas ardências nos ombros. Ontem eu já senti umas ardências dessas, só que no lado esquerdo do peito. Por isso, me preocupou essa sensação nos ombros. Tive logo medo de ataque cardíaco. Era como se fosse uma queimação… Será que é a substância está agindo na corrente sanguínea? Ah! Sofro de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Adorei seu blog.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rick

          Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinho, a imensa maioria das pessoas que começam a tomar antidepressivos, sentem sintomas adversos terríveis, e se ficam piores do que antes de iniciar o tratamento. Mas é bom lembrar que isso dura cerca de duas semanas, normalmente. Depois virão os efeitos bons. Portanto, é preciso estar preparado para passar por essa turbulência. Essa queimação é parte dos efeitos adversos. Vou lhe enviar alguns links para compreender melhor essa fase, e quando necessita de contatar seu médico. Leia também os comentários aqui no blog.

          Abraços,

          Lu

  195. Katia Kist

    Lu,

    Com o seu conhecimento sobre antidepressivos, consegue explicar por que as primeiras semanas são tão horrorosas assim? Não é o meu caso, Graças a Deus, mas fico chocada com tantos efeitos adversos. Porque primeiro a medicação piora tanto o quadro para depois estabilizar? Qual é a explicação pra isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Katia

      Para mim, isso se deve ao fato de o organismo receber a nova substância como um corpo estranho que irá interferir no seu funcionamento (neurônios). Ele se amotina e tenta expulsá-la. Aí trava-se uma briga de foice. Quando a subtância é aceita, os dois tornam-se carne com unha, de modo que um não quer viver mais sem o outro. Mas há casos em que ele não a aceita de modo algum, tendo a pessoa que mudar de antidepressivo. Considero a fase dos efeitos adversos como o tempo da quizila, do “pega para capar”, quando tudo fica de cabeça para baixo. Existem alguns organismos, como o seu, que são da paz… risos. Tudo numa boa! Há há há!

      Beijos,

      Lu

  196. Renato

    Boa noite a todos!

    No meio de janeiro passado, vim a sentir osiclações de pressão, cabeça pesada, angústia, preocupações, ansiedades e muita tremedeira. Entrava em pânico achando que fosse algum problema cardíaco. Porém fiz exames cardiológicos e hemograma de sangue. Os exames não apontaram nada e o médico me liberou para as atividades físicas e futebolísticas.

    No início de fevereiro, passei por uma clínica geral que me receitou o Oxalato de Escitalopran de 10mg por duas semanas e Alprazolan de 0,5mg, pois eu andava acordando muito de madrugada. Hoje faz 3 meses que eu tomo 15 mg de Escitalopran e 1 mg de Alprazolan. Melhorei ao extremo, não sinto mais as coisas negativas. Porém, às vezes me dá uma sensação de tontura e continuo com uma certa tremedeira pelo corpo. Quando eu pratico futebol, as tremedeiras aceleram mais. Ja li a bula dos remédios que apontam efeitos colaterais como tremores. Já falei com a médica e a mesma se refere o reflexo das tremedeiras do início do que eu estava sentindo. O que eu devo fazer? O por que dessas tremedeiras?
    Quem puder me esclarecer tudo certinho, agradeço desde já.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Renato

      É um grande prazer receber a sua visita. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, como os seus exames não apontaram nada, significa que seus problemas são mentais, conforme sintomas descritos por você. Sua médica receitou-lhe um excelente antidepressivo (oxalato de escitalopram) que é também o que uso. Você já está com três meses de uso. Espere mais um pouco, se tais efeitos adversos não passarem, pois segundo sua médica são reflexos do que sentia antes, penso que deva procurar um psiquiatra. Muitas vezes o problema pode se encontrar na dosagem, que pode estar alta ou baixa, ou até mesmo no remédio coadjuvante. Gostaria que mantivesse contato comigo, para eu saber como encaminhou esta questão.

      Abraços,

      Lu

  197. Rodrigo

    Estou tomando Reconter, que deve ser a mesma coisa que o escitalopram. Afinal começa o efeito 15 dias após o início ou 15 dias após as 10 gotas?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Hahahahaha!
      O Reconter é feito com a substância denominada oxalato de escitalopram, sim. O efeito com 10 ou 15 gotas vai depender das necessidades de seu organismo. Mas, se o médico receitou-lhe 15 gotas, significa que você precisa de 15 gotas, ainda que comece com 2… Portanto, o esperado é que, após 15 dias tomando a dosagem de 15 gotas você comece a sentir os bons efeitos. Mas lembre-se de que isso não é uma matemática perfeita, pois, em se tratando de remédios, trabalha-se com expectativas. Cada organismo pode reagir de uma maneira diferente ao medicamento.

      Abraços,

      Lu

  198. Rodrigo

    Boa noite, Lu!
    Comecei a tomar, há um mês, 2 gotas por dia, subindo de 3 em 3 dias ate chegar a 10 gotas. Comecei assim para não sentir o início ruim que o remédio faz, realmente não senti nada no início e fui melhorando a cada dia. Porém, ainda,às vezes em alguma situação de estresse maior eu sinto ansiedade muito grande, que controlo com rivotril. Meu psiquiatra pediu para eu ir aumentendo, até chegar a 15 gotas e ver como me sinto, pois esses sintomas tinham que ser travados pelo remédio. Tenho duas dúvidas:
    1. O remédio começa a fazer efeito 15 dias após as 10 gotas ou 15 dias apos o início ?
    2. Eu estou tomando gotas de amostras grátis que um amigo meu psiquiatra deu, deve fazer o mesmo efeito?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, você não me disse qual antidepressivo toma, mas imagino que seja o oxalato de escitalopram. Todo antidepressivo traz consigo efeitos adversos. É preciso muita coragem para enfrentá-los. Mas a compensação que virá depois valerá a pena todo o sofrimento. Realmente começar com uma dosagem menor permite ao organismo um tempo maior para adaptar-se.

      O normal é que o medicamento comece a mostrar os bons efeitos depois de 15 dias, porém, certos organismos exigem um tempo maior, enquanto outros já mostram melhoras na primeira semana. Tudo é muito relativo, variando de pessoa para pessoa. Há também quem precise de meses. O antidepressivo possui efeito acumulativo. Quanto maior for a quantidade de substância no seu organismo, mais rápida será a resposta (nunca deve ultrapassar a dosagem indicada pelo médico). Sendo assim, quem começa com dosagem ascendente demorará mais tempo para obter resultados mais eficientes. Se o seu organismo precisa de 15 gotas, os efeitos virão quando estiver tomando tal dosagem. As amostras grátis fazem o mesmo efeito, não se preocupe.

      Um grande abraço,

      Lu

  199. Sandra

    Bom dia!
    Tomo escitalopram há mais de 3 anos. Me sinto bem, sofria de crise de pânico. Mas agora me dá só o início de crise, que em menos de segundos passa. Mas me preocupo, será que tomando medicamento por anos, sei lá quantos anos ainda, pois não pretendo parar, para sentir crises, será que posso acarretar outros problemas de saúde como demência, memória fraca, esquecimento? Me preocupo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sandra

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, também tomo oxalato de escitalopram há mais de quatro anos. Continuo me sentindo bem com ele. Não mais tenho crises de pânico. Se você ainda tem início de crise, seria bom que contasse isso para seu médico, pois pode ser que a dosagem esteja fraca. Quanto à sua preocupação, ela não procede. Eu tomo antidepressivo desde a minha adolescência e, ao contrário, sinto-me bem, mais equilibrada e com melhor produção em meu trabalho. A demência é uma doença mental, a memória fraca pode ser resultante de várias causas (preocupação excessiva, alimentação pobre em bons nutrientes, estafa, etc.). Portanto, fique tranquila e continue tomando o seu remédio, conforme prescrição médica. Pelo menos uma vez por ano volte ao psiquiatra.

      Um grande abraço,

      Lu

  200. Yone

    Oi, Lu,
    ontem tomei meu primeiro remédio, mas meu Deus! Fiquei zonza o dia todo, só ficava bem se estivesse deitada, sem ânimo pra nada. À noite fui fazer o jantar e tive crise de ansiedade, tremia, sentia suor frio, tontura, irritação, não via a hora de terminar para me deitar, pensei que ia morrer.Hoje quase que não tomei o segundo, não sei se é pior ficar do jeito que estava ou agora com o remédio.
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Yone

      As duas primeiras semanas são assim com todos esses sintomas ruins. É preciso muita garra para continuar. Lembre-se de que cada parada torna mais difícil ainda o retorno. Sem falar que as crises só vão se agravando. Portanto, junte força e siga em frente. Logo terá passado esse período ruim, em que fica realmente pior do que antes. Você é POP (paciente, otimista e persistente) e não irá parar de tomar o medicamento sem ordem médica. Depois da segunda semana, os efeitos ruins irão desaparecendo e os bons surgindo. E tudo isso terá valido a pena. Tome o terceiro amanhã. E venha me contar como foi o seu dia.

      Muita força, amiguinha. Beijos,

      Lu

      1. Adriana Figueiredo

        Boa noite, meninas!

        Estou tomando o eficentus (oxalato de escitalopram) e também o alprazolan, estou na verdade na segunda semana, e sinto uma queimação parece, asia, isso é normal nas primeiras semanas? Penso que talvez meu organismo não tenha aceitado o remédio. Como o doutor aumentou a dose do (oxalato de escitalopram), estou tomando 2 por dia, imagino que possa ser por isso, essa asia é bem desagradável. Poderiam me dizer se sentiram isso também?,

        Muito obrigada,

        Adriana

        1. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          O início com qualquer antidepressivo é realmente muito ruim. Esses efeitos adversos costumam passar depois de duas semanas de uso. A asia é um dos sintomas. É normal, sim, a imensa maioria sente isso. Ainda não há tempo para dizer se seu organismo aceitará ou não o remédio. Não se preocupe. Você diz que está tomando dois comprimidos por dia, mas não diz a dosagem. Fique tranquila e continue seguindo direitinho o seu tratamento. Vou lhe enviar alguns links para sua maior compreensão.

          Abraços,

          Lu

        2. Adriana Figueiredo

          Lu
          Fiquei muito feliz com sua resposta, que veio tão rapidamente e me aliviou, muito obrigada. Bom quanto à dosagem, eu tomo 10 mg, um pela manhã e o outro à noite antes de dormir também de 10 mg. O médico aumentou porque eu estava com dificuldades para dormir, então ele associou o uso do eficentus à noite com o alprazolam, na verdade eu comecei a tomar esses medicamentos no dia 22.03, faz pouco tempo de fato, querida.
          Eu ainda não sei mexer por aqui….rsrsrs… Procuro meus comentários e não encontro, recebi sua resposta por email.

          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          Veja se entendi direito: você toma o eficentus pela manhã e o alprazolam à noite. É isso?

          Não se preocupe, logo você estará dando conta de escrever aqui. Anote sempre o nome do texto em que escreveu o comentário. Quando procurar a resposta, basta colocar o título em PESQUISAR (à direita da página) ou procurar no Google. Ao abrir a página, clique em COMENTÁRIOS.
          Beijos,

          Lu

        4. Adriana Figueiredo

          Lu
          Eu começei a tomar o eficentus 10 mg pela manhã e o alprazolam 2 mg à noite, mas, como eu estava com dificuldades para dormir ele aumentou a dose do eficentus eu tomo pela manhã e à noite junto com o alprazolan.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          Pelo que entendi, você está tomando o eficentus (oxalato de escitalopram) de manhã e à noite. Penso que você se enganou com a receita, pois o antidepressivo deve ser tomado de uma única vez, de manhã ou à noite, ou seja, numa dose única. Converse com seu médico sobre isso, mas não diga que foi informada por mim, pois não gosto de intrometer-me no tratamento da pessoa. Penso que você compreendeu mal a explicação dele. Na dúvida, consulte outro psiquiatra.

          Beijos,

          Lu

        6. Adriana Figueiredo

          Lu
          Não entendi errado não, eu estive com ele ontem e contei que estava sem dormir por dois dias então como tinha muito comprimido do eficentus 10 mg, ele me falou que era para tomar dessa forma e me deu outra receita com dosagem de 20 mg para quando acabasse essa cartela do remédio.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          De qualquer forma, diga-lhe que leu que o antidepressivo deve ser tomado numa dose única, de manhã ou à noite e, portanto, você acha que entendeu errado. Gostaria que ele lhe confirmasse. Certo? Na dúvida, procure outro psiquiatra.

          Beijos,

          Lu

        8. Fabíola Castro

          Oi, gente!
          Faz um mês que comecei o o tratamento com Oxalato de Escitalopram, e no início não foi fácil. Há vários comentários meus aqui sobre o período inicial, a Lu que o diga, e como me ajudou a ter forças pra continuar tomando. Hoje estou melhor, já pretendo retornar ao trabalho que larguei porque estava muito ansiosa na época, e acredito que agora tudo ficará bem, já que hoje o remédio está sendo ótimo para mim. E que alegria comprá-lo hoje com 60% de desconto.

          Abraços a todos vocês, meus caros colegas, e especial a você, Lu.

        9. LuDiasBH Autor do post

          Fabíola

          Estou muito feliz com o seu sucesso. Daqui para a frente irá se sentir cada vez melhor. É bom essa sua mensagem para aqueles que se encontram na fase ruim. Esperero que não nos abandone. Quero tê-la sempre aqui, conosco, dando forças para as outras pessoas.

          Beijos,

          Lu

      2. Yone

        Lu, não está sendo fácil ser Pop! Hoje é meu quinto dia de medicação. Estou sem apetite, sem ânimo nenhum, tontura sem fim. No terceiro dia quase desisti, fui parar na psiquiatra, que me disse que o remédio era uns dos melhores e pra ter fé. Sinto arrepios direto e formigamento. Você também está dando uma força muito grande. Obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Yone

          Você se encontra no quinto dia, portanto, no olho do furacão, pois tais efeitos começam a desaparecer num prazo de duas semanas, normalmente. Imagine que esteja voando em meio a uma turbulência, mas quando dela sai, você enxerga o céu azul e cheio de nuvens branquinhas. É preciso aguentar agora do que voltar depois, quando as crises estiverem mais graves ainda. Se chegou até o quinto dia, logo passarão as duas semanas. Pense nisso, amiguinha! Você está tomando algum outro remédio junto? Se não está, peça à sua médica um ansiolítico, pois ajuda muito nessa fase ruim. Eu tenho certeza de que irá vencer, pois é também uma guerreira. Outra coisa, leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM, para saber quando se preocupar.

          Beijos,

          Lu

      3. Yone

        Olá, Lu!
        Hoje faz 18 dias que estou com escitalopram 10 mg. Estou mais depressiva e ansiosa que antes. Não tenho vontade de sair, tenho convite pra ir em uma chácara neste feriado e, se for, vou por causa dos meus filhos. Só quero ficar deitada. Consulta com psiquiatra só em julho. Está difícil passar esta fase.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Yone

          Minha querida, o antidepressivo não age igualmente em todas as pessoas. Em algumas leva um pouco mais de tempo para mostrar os bons efeitos. Pode ser esse o seu caso. Pode ser também que a dosagem esteja baixa para você, coisa que somente o médico poderá dizer. Tenha paciência, procure não ficar pensando na depressão, faça uma forcinha para viajar com sua família. Irá se sentir bem melhor. Você não está tomando nenhum ansiolítico? Veja com um clínico geral. Gostaria que relesse o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Continue me escrevendo.

          Beijos,

          Lu

  201. Anelise

    Bom dia, Lu!
    Estou tomando há 20 dias lexapro 10 mg, mas me sinto muito ansiosa com frio na barriga, ansiedade o tempo todo, muito frio nas primeiras horas, muita vontade de chorar, insonia à noite, mesmo tomando às sete da manhã, sem apetite, emagreci 3 kg em uma semana, já estava seca.

    Esqueci ontem de tomar o comprimido e nada disso me aconteceu, fiquei super tranquila até com um bom humor, sono super tranquilo, mas tenho medo de parar de vez e dar algum rebote. Será que esse remédio não serve para mim? Aliás, com todos são assim, não melhoram, e não é por falta de tentativa. São anos de remédios sendo trocados, mas nada acontece. Depressão profunda, pânico da vida, fobia de falar com pessoas, nenhuma vontade de estar viva. Alguém já teve isso e melhorou realmente? Não acredito em cura mais. já aceitei em viver esperando a velhice e morrer, até lá tudo no automático.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Estava com saudades de você, minha fofa!

      Mas o que é isso, menininha? A vida é o maior presente que recebemos e temos de vivê-la da melhor forma possível, apesar de todos os nossos contratempos. Eu sei que a depressão quer sempre nos jogar para baixo (sou uma vítima dela0, mas não podemos deixar isso acontecer. É fato que muitas pessoas sofrem para adaptarem-se aos antidepressivos, tendo que passar por uma verdadeira via-cruz, pois possuem o organismo mais sensível. Mas isso não é fator de desesperança. O mercado recebe cada vez mais novos medicamentos neste campo, e não tardará para você acertar naquele que lhe fará bem. Garota POP só pode pensar positivamente.

      Amiga, algumas pessoas demoram mais tempo para obter uma resposta do escitalopram. Pode ser o seu caso. Peço-lhe que volte a seu médico, relate-lhe o que está sentindo. Pode ser que a dosagem esteja fraca e seu médico tenha que a aumentar. Penso que tem também o efeito psicológico, pois um dia sem tomar não muda praticamente nada, pois o remédio continua acumulado dentro do seu organismo. Espero que tenha lido os textos: “OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA” e “SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO”. Se ainda não leu, procure aqui no blog (ou procurar pelo Google).

      Assim que retornar ao médico, não se esqueça de dar-me notícias.

      Beijos,

      Lu

  202. Matheus M

    Lu, tudo bem?
    Estou de volta para relatar meus primeiros 15 dias do medicamento (Escitalopram) e quais foram seus efeitos. Está sendo muito difícil, parece que está tudo bem pior do que antes da medicação:

    – Tremedeiras e muito suor antes das 11h da manhã;
    – Às 17h uma dor de cabeça insuportável;
    – Após o 12º dia comecei a ter diarréia diariamente e também e incontinência urinária (isso está me tirando a paz e estou com vergonha de contar para as pessoas).

    Parece que tudo piorou e continuo com muito medo. Continuo trabalhando e seguindo firme nos meus compromissos diários, mas está virando uma luta muito desigual, pois tenho medo de perder minha sanidade e surtar de vez.

    Muito obrigado pela atenção e Paz!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Essas duas primeiras semanas são realmente muito difíceis. É preciso muita força de vontade para seguir em frente. Realmente a pessoa fica pior do que antes. Os efeitos adversos são terríveis. Mas é bom lembrar que já está saindo dessa fase ruim. Algumas pessoas têm um período de luta maior com o medicamento, demorando mais tempo para sentir os bons resultados.

      Amiguinho, em razão da diarreia e da incontinência urinária, você deveria entrar em contato com seu médico. Fale-lhe também de seu “medo de perder a sanidade e surtar.”. Esse contato é muito importante. Gostaria que lesse o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para saber em quais momentos deve ter contato com seu médico.

      Não deixe de escrever-me relatando como vai a sua saúde.

      Grande abraço,

      Lu

    2. Jessie

      Oi Lu!

      Achei o seu blog por acaso, pois meu médico me receitou escitalopram essa semana e devo iniciar o tratamento semana que vem, pois ainda estou fazendo a “desintoxicação” da fluoxetina. Ele mencionou os efeitos que eram comuns no início do tratamento e resolvi pesquisar pra saber como outras pessoas lidam com isso. Confesso que estou bem assustada e com medo do que está por vir, ainda mais que vou iniciar o tratamento na mesma semana que meu curso no Senac, e tenho medo de ter crises de pânico na aula.

      Tenho 24 anos e me trato de depressão e ansiedade desde os 16, cheguei a sair da escola e estudar em casa por conta das crises incontroláveis.
      Peço perdão pelo texto grande, mas estou apenas desabafando. Li os outros comentários e me senti confortável em comentar aqui, coisa que nunca fiz em nenhum outro site.
      Parabéns pelo seu empenho, você é uma pessoa iluminada. 🙂

      1. LuDiasBH Autor do post

        Jessie

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, todos os antidepressivos possuem efeitos adversos. Como já tomou fluoxetina, já está acostumada com isso. Eles são mais fortes para uns do que para outros. Os efeitos do oxalato de escitalopram podem ser bem brandos para você, pois varia de um organismo para outro. Eu também tomava fluoxetina e, ao passar para o oxalato, eles foram bem fraquinhos, não me impediram em nada. Não tenha medo. Os efeitos ruins duram cerca de duas semanas, normalmente. Logo os bons resultados chegarão. Basta ser uma garota POP (paciente, otimista e persisten). Esta substância tem sido uma das mais indicadas pelos médicos, pois é mais moderna, mais efetiva. Ao ler os comentários nos textos relativos ao tema, poderá ver que a maioria das pessoas está tomando o oxalato de escitalopram. Você não me disse qual foi a dosagem receitada. Seu médico lhe repassou algum ansiolítico?

        Jessie, aqui formamos uma grande família em que uns ajudam os outros. Agradeço a sua confiança. Saiba que terá sempre uma amiga com quem contar. Como você, desde a adolescência lido com antidepressivos. Irei passar-lhe uns links, via e-mail. Parabéns pelo curso no SENAC.

        Beijo no coração,

        Lu

  203. Grace Autor do post

    Oi, Lu!

    Estou tomando escitalopram já faz um mês por crise de ansiedade e pânico, comecei com 7.5 mg e depois dos quinze dias 15 mg. No início também sentia pressão na cabeça mas logo passou, estava super bem até ontem, pois passei o dia com a sensação de falta de ar. Estava no aniversário do meu afilhado quando tive a sensação que meu coração parou, me faltou o ar e se iniciou uma crise de pânico, vômito, diarreia, aceleração no coração, frio na barriga e braços dormentes, e agora estou com medo de dar outra vez. O que faço?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Grace

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você teve uma forte crise de pânico. Aconselho-a a voltar a seu psiquiatra e relatar-lhe o acontecimento. Pode ser que tenha que aumentar a dosagem ou tomar um ansiolítico junto. Isso acontece com muitas pessoas, não se preocupe. E somente o médico que a acompanha poderá avaliar o que deve ser feito. Saiba também que muitos usuários de antidepressivos necessitam de um tempo maior de adaptação, podendo ser esse o seu caso. Outra coisa, não dê corda para o “medo”. Siga em frente. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Irei lhe passar, via e-mail, o link de textos informativos.

      Abraços,

      Lu

      1. Greice

        Obrigada pela ajuda, pode deixar que vou ler sim, um abraço e muito obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Greice

          Sempre que precisar, venha aqui conversar conosco. Não se sinta só!

          Beijos,

          Lu

  204. Alyne

    Bom dia, Lu!

    Estou tomando fluoxetina 20 mg dia, e após o terceiro dia comecei a sentir cólicas e dor de barriga, inclusive soltou meu intestino um pouco, é normal? ontem pela manhã (7º dia de medicação) tive calafrios. Essa dor de barriga costuma vir sempre pela manhã (eu tomo a medicação de manhã). Hoje, 8º dia de medicação, me sinto um pouco irritada e angustiada, mais que o normal, sem motivos aparentes. O que você acha?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alyne

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, qualquer que seja o antidepressivo, esse traz efeitos adversos que, normalmente, duram duas semanas, após os quais os bons efeitos vão aparecendo. Os sintomas citados por você estão dentro dos efeitos ruins esperados. Monitore-os. Se achar que continuam após duas semanas ou que estão mais fortes, relate-os a seu médico. Por enquanto estão dentro da normalidade. Saiba também que nas duas primeiras semanas, a pessoa sente que está piorando. Mas não pare de tomar o remédio. Isso é passageiro. Essa sua irritação e angústia também são normais. Logo virão os bons resultados. Seja POP (paciente, otimista e persistente).

      Beijos,

      Lu

      1. Alyne

        Lu,
        muitíssimo obrigada pela sua resposta. Deveriam existir mais pessoas como você no mundo. Este seu cantinho acalma muitos corações. Só quem sofre de qualquer transtorno psiquiátrico sabe a luta diária que é. Por favor não desista nunca de nós e do seu site.

        Referente a minha médica, assim que apareceram esses sintomas como o calafrio, eu entrei em contato com ela e perguntei se era normal, ela disse que não, e me mandou ir para o pronto socorro, pois nas palavas dela assim como o remédio leva algumas semanas para fazer efeito os efeitos colaterais também deveriam demorar em torno disso para aparecerem. O que você acha disso?

        Estou muito assustada, porque os calafrios continuam e o meu TOC piorou muito, chega a ser insuportável, esqueci de mencioná-lo no comentário anterior.
        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alyne

          Tomei fluoxetina por muitos e muitos anos. Só mudei quando o medicamento deixou de fazer efeito.

          Peguei uma parte da bula do remédio para que você veja:

          Reações adversas / Efeitos colaterais de Fluoxetina
          “Foram relatadas as seguintes reações adversas com o cloridrato de Fluoxetina:
          Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, náusea, cansaço (fadiga) [incluindo astenia (perda ou diminuição da força muscular)], dor de cabeça e insônia (incluindo despertar cedo, insônia inicial, insônia de manutenção do sono).
          Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): palpitações, visão turva, boca seca, desconforto gastrointestinal (dispepsia), vômitos, calafrios, sensação de tremor, diminuição de peso, diminuição do apetite (incluindo anorexia), distúrbio de atenção, vertigem, alteração do paladar (disgeusia), sensação de lentidão de movimentos e raciocínio (letargia), sonolência (incluindo hipersonia e sedação), tremor, sonhos anormais (incluindo pesadelos), ansiedade, diminuição do desejo sexual (diminuição da libido) [incluindo perda da libido], nervosismo, cansaço, distúrbio do sono, tensão, micções (ato de urinar) frequentes ou anormalmente frequentes (polaciúria), distúrbios da ejaculação, sangramentos e hemorragias ginecológicas, disfunção erétil, bocejo, suor em excesso (hiperidrose), coceira (prurido), erupções da pele, erupções da pele com coceira (urticária) e rubor (incluindo fogachos).
          Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento do diâmetro da pupila (midríase), dificuldade de deglutição (disfagia), sensação de anormalidade, sensação de frio, sensação de calor, mal-estar, contusão, contração muscular, inquietação psicomotora, desequilíbrio (ataxia), distúrbios do equilíbrio, ranger de dentes (bruxismo), movimentos involuntários (discinesia), contração muscular involuntária (mioclonia), despersonalização, humor elevado, humor eufórico, alteração do orgasmo [incluindo anorgasmia (incapacidade de experimentar um orgasmo)], pensamento anormal, dificuldade ou dor para urinar (disúria), disfunção sexual, perda de cabelos (alopecia), suor frio, tendência para equimose aumentada e redução da pressão arterial (hipotensão).
          Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor no esôfago, reação alérgica generalizada (reação anafilactoide), doença do soro, problemas no sistema nervoso que atingem a boca – especialmente a língua (síndrome bucoglossal), convulsão, hipomania, crise de euforia (mania), coceira seguida de inchaço nas camadas mais profundas da pele (angioedema), estrias roxas pela pele (equimose), reação de fotossensibilidade, inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite) e vasodilatação.” (http://www.medicinanet.com.br/bula/2588/fluoxetina.htm)

          Observe que seus sintomas estão dentro do quadro previsto na bula do remédio. Imagino que você não tenha compreendido bem a explicação de sua médica. Como lhe disse, a pessoa realmente fica pior do que antes de iniciar o tratamento, como relata sobre seu TOC. Mas isso passará, provavelmente depois de duas semanas. Fique tranquila. Se se sentir insegura, procure outro psiquiatra, para ter uma segunda opinião. Essas duas primeiras semanas são mesmo insuportáveis. Mas é preciso passar por elas. Você conseguirá. Sugiro-lhe também a leitura dos comentários no blog, pois eles ajudam muito.

          Estaremos aqui, uns ajudando os outros. Não se sinta só.

          Beijos,

          Lu

  205. Maria Paula

    Oi, Lu!

    Cheguei no seu blog pesquisando sobre escitalopram e já te parabenizo pela delicadeza e atenção.
    Comecei ontem a noite a tomar 5 mg de Exodus, conforme orientação de meu psiquiatra. Eu tenho sintomas físicos muito fortes de cabeça aérea, ou, às vezes, como se eu tivesse um elefante na cabeça (mas sem dor)… Tudo isso por conta da ansiedade/depressão.
    Hoje parece que carrego um elefante maior ainda na cabeça, um pouco de fraqueza e um pouquinho de calafrio. É assim mesmo?

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Paula

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, lidar com a ansiedade e a depressão não é moleza. A gente precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). Você irá passar por alguns sintomas adversos, agora no início do tratamento. Muitas vezes irá achar que se encontra pior do que estava, e até pensará em parar a medicação. Mas jamais faça isso. Os sintomas ruins passarão entre duas a três semanas, normalmente. E você terá uma vida de qualidade. Esse elefante irá sumir, assim como a ansiedade e a depressão. Tenha bastante paciência, pois é assim mesmo. Confie no seu tratamento e sempre pense positivamente. Irei lhe enviar alguns links para leitura.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Paula

        Querida Lu!
        Gratidão por sua resposta! Vou ler os links sim… Realmente tenho a impressão que estou um pouco pior, mas tenho muita fé que esse elefante vai sumir da minha cabeça… Suas palavras estão me incentivando bastante!
        Beijo no seu coração!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          Você é POP (paciente, otimista e persistente) e irá dar conta do recado. Estaremos sempre aqui, uns ajudando os outros. Você irá ficar ótima. Tenha apenas paciência. E não suma!

          Beijos,

          Lu

        2. Maria Paula

          Oi, Lu!
          Olha eu aqui de volta. Não tenho palavras para agradecer o seu carinho e atenção.
          Eu estou indo com meus efeitos colaterais, meu elefante na cabeça, enfim, o que já comentei antes. Eu faço terapia duas vezes por semana, hoje é dia. Mas na verdade, lá no fundinho, o que eu morro de medo mesmo é que a medicação não funcione. Tenho muito medo de nunca mais ficar boa, não tenho coragem de falar isso pro meu psiquiatra. Que droga esse medo, às vezes acho que vou ficar assim o resto da vida. Sabe, eu agradeço a Deus todos os dias, pois afinal das contas eu consegui continuar trabalhando, mas tenho tanto medo, Lu,me dá um desespero, desculpe te incomodar.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          Esse horror é natural. Não se assuste. Mas ele vai passar. Dê tempo ao tempo e confie. O que lhe falo é tão verdadeiro, que, se começar a ler os comentários feitos há dois ou três anos atrás, verá que muitas pessoas disseram isso. Depois melhoraram, passaram a gerir a vida com tanta confiança, que até sumiram… risos. Aposto que muitas delas nem mais se lembram de mim. Ainda assim fico feliz ao saber que estão ótimas.

          Amiguinha, tente livrar-se da palavra “medo”, pois ela nos faz muito mal, além de aprisionar-nos na nossa caminhada. Procure cultivar um espírito de otimismo. Pesquisas comprovam que, nas pessoas confiantes, os remédios fazem efeito mais rapidamente, uma vez que o nosso estado emocional é um campo propício para elevar a nossa autoestima, propiciando um resultado positivo em nosso organismo. Também agradeço pela existência dos antidepressivos. Eu os vejo como anjos bons. Se quiser conhecer um pouco da vida dos doentes mentais na Idade Média, leia a Categoria do blog denominada VIDA PRIVADA.

          Maria Paula, quando aceitamos a nossa doença e buscamos tratamento, passamos a sofrer menos. Aceitar é meio caminho andado. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Você não me incomoda nunca. Venha sempre aqui e escreva o que sentir vontade.

          Beijos,

          Lu

        4. Maria Paula

          Lu
          Gratidão eterna por suas palavras de conforto que me emocionam muito. Você falou a mesma coisa que eu ouvi onde estou fazendo tratamento espiritual: aceitação! Realmente estou tendo muita dificuldade em aceitar que estou doente, pois jamais pensei que esse tipo de doença aconteceria comigo, justo eu que me achava tão feliz! Vou continuar sendo POP e você está nas minhas preces diárias.
          Anjo lindo!

          Beijo no seu coração

        5. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          A nossa inaceitação é egoística, pois nos faz achar que somos superiores aos outros. E que nunca passaremos por isso ou aquilo. O importante é compreender a nossa humanidade. Se tivermos humildade, aceitaremos que todos somos iguais como humanos. Quanto à felicidade, ela é feita de pequenos momentos, de modo que continuaremos sendo felizes, se aceitarmos nossos limites. Muito obrigada por suas preces. Você também é muito amorosa. Uma pessoa linda.

          Abraços,

          Lu

        6. Maria Paula

          Oi, Lu!
          Ontem fui ao meu psiquiatra e também graças a você estou me mantendo firme. Queria te perguntar se é comum em casos de depressão/ansiedade ter essa sensação de ter um elefante sentado na cabeça, não é dor. No começo eu tinha a sensação de estar aérea, depois virou esse elefantee não tem nada a ver com a medicação, esse foi o principal sintoma que me levou a buscar ajuda. O que é esse elefante? Ele me perturba muito.
          Um beijo no seu coração, anjo lindo!

        7. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          A depressão traz os sintomas mais estranhos que você possa imaginar. E pior, variam de uma pessoa para outra. Portanto, a sensação de peso que sente na cabeça está ligada à sua deprê/ansiedade, uma vez que outros exames clínicos não apresentaram nada. E assim que o antidepressivo fizer efeito para valer, seu elefante voltará para a África (risos) e irá deixá-la em paz. Tenha apenas mais um pouquinho de paciência, enquanto o medicamento age em seu organismo. Continue uma guerreira POP. Siga em frente!

          Beijos,

          Lu

        8. Maria Paula

          Gratidão, Lu!
          É verdade, fiz eletroencefalograma e tomografia e tomo remédio para pressão, para mantê la sob controle, pois ela às vezes sobe um pouquinho por conta da ansiedade. Meus exames estão ótimos, graças a Deus. Eu tenho 46 anos e agradeço a Deus a saúde que sempre tive e agradeço muito a você por este carinho todo. Realmente você é um anjo! Só de falar assim com você estou me acalmando.
          Beijo no seu coração!

        9. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          Como vê, minha querida, não há motivo algum para preocupar-se. O que precisa ter é paciência para esperar os bons efeitos do antidepressivo. Procure preencher sua vida com coisas agradáveis, desviando o foco de atenção do peso na cabeça, agora que sabe que não há nada a temer. Releia o meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, para ter mais segurança em sua postura.

          Você não tem nada a agradecer-me. Tento apenas dar forças a quem me procura, pois já passei por tudo isso. Sei que não é fácil, mas é preciso seguir em frente, até sentir-se bem, melhorando a qualidade de vida. E sei que receber palavras de quem tem vivência no assunto acalma o coração e tranquiliza a pessoa. Serei sempre sua amiga. Conte comigo!

          Beijos,

          Lu

        10. Maria Paula

          Oi, Lu!

          Depois de 8 dias de escitalopram e uma ligeira elevação da pressão arterial, por volta de 14/10, junto com batimento cardíacos mais acelerados( entre 110 a 130), meu psiquiatra achou melhor suspender a medicação.

          Hoje de manhã estive na minha médica clínica geral, que aconselhou retomar o ESC, e aumentar o Frontal (hoje eu tomo metade do de 0,25). Ela sugeriu que eu diga ao meu psiquiatra que “cuida da minha pressão arterial”. Desde que eu comecei com transtorno de ansiedade, meus batimentos cardíacos ficam por volta de 100 e pouco. De qualquer maneira ela trocou meu remédio de pressão e me pediu para fazer um holter de eletro e daqui uns 15 dias um MAPA de pressão (fiz um há 8 meses atrás e estava tudo bem), holter de eletro será a primeira vez, só fiz aquele de esteira. Olha que confusão!

          Minha clínica geral me tranquiliza bastante, e meu psiquiatra aceitou a sugestão dela de retomar a medicação, e eu estou tão insegura, não sei se seria conveniente esperar o resultado da Holter de eletro para retomar o Esc. Socorro Lu! Estou tão confusa e insegura!
          Beijos nesse seu coração lindo!

        11. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          Se o seu psiquiatra e a clínica geral concordaram quanto à medicação, não vejo porque você se sentir preocupada, pois afinal são dois profissionais tomando decisões juntos. Penso que deveria confiar neles e fazer o que prescreveram. Qualquer anormalidade, entre em contato com um deles. Verá que o resultado do Holter será normal. Penso que esteja tudo ligado à sua ansiedade. Fique tranquila, amiguinha, tudo dará certo. Desculpe-me a demora na resposta, pois seu comentário havia caído na caixa de spam. Continue em contato comigo.

          Beijos,

          Lu

        12. Maria Paula

          Lu
          Eu só tenho a agradecer sua atenção! Você não tem que se desculpar. Meu psiquiatra preferiu aguardar o resultado do Holter, enquanto isso vou de Alprazolam e sendo POP… Depois do resultado do exame volto pra te contar.
          Um beijo nesse coração lindo!

        13. LuDiasBH Autor do post

          Maria Paula

          Tenho que me desculpar, sim, pois você ficou esperando pela resposta.
          Outro beijo em seu coração,

          Lu

  206. Felipe

    Acabei de encontrar este espaço e achei super legal, muito bom mesmo.
    Entrei aqui porque estou com uma dúvida: estou tomando fluoxetina há 21 dia e já estou muito melhor, acontece que hoje não me lembrava se tinha tomado os 2 comprimidos pela manhã e fui lá e tomei novamente, ou seja, tomei 80 mg de fluoxetina. Isso faz mais de 4 horas e não estou sentindo nenhum efeito colateal. Queria saber se posso amanhã simplesmente voltar a tomar a dose normal? Desde ja muito obrigado pelas informações do site.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Felipe

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em família.

      Amiguinho, na dúvida, sempre opte por não tomar o antidepressivo. Você deveria permanecer em casa durante o dia de hoje, para prevenir quaisquer sintomas relativos à superdosagem (Os sintomas de superdose incluem náusea, vômito, convulsões, disfunção cardiovascular (variando desde arritmias assintomáticas até parada cardíaca), disfunção pulmonar e sinais de alteração do sistema nervoso central (variando de excitação ao coma). Mas pode ser que não sinta nada, também. Mas é melhor prevenir-se. Tome bastante líquido.

      Amanhã você não deve tomar o antidepressivo, retomando na segunda-feira a dosagem estipulada pelo médico.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. LuDiasBH Autor do post

        Yone

        Meu e-mail encontra-se à direita, na primeira página, assim como em CONTATOS.

        Beijos,

        Lu

  207. Mona Portugal

    Oi, Lu!
    Amore fui ao médico ontem. Quando fui a primeira vez, ele me receitou o Lexapro, mas infelizmente não tinha condições de comprar pois é muito caro, comprei o da Biosintética, o médico não gostou. Disse que é um similar e que por esse motivo não vem agindo corretamente. E me receitou o Scitalax então no lugar. Voce conhece? Saberia me informar se vou voltar a passar mal? E voltou o Stilnox CR à noite.
    Beijos no seu coração

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      O méu médico também me receitou o Lexapro, mas em razão do preço altíssimo, também não o comprei. Optei por um mais barato. Alguns médicos tinham essa mesma conversa com o Prosac (fluoxetina), querendo que ninguém comprasse os de outros laboratórios. Quando caiu a patente do remédio, médico nenhum passou a falar mais sobre isso. Acho isso muito engraçado, ainda mais quando muito se sabe sobre a máfia branca. Continuo comprando o genérico mais em conta.

      Amiga, o Scitalax é um genérico com a mesma substância principal: oxalato de escitalopran. São os tais nomes fantasia. Cada laboratório dá o seu. Não sei se irá ter efeitos adversos. Não sei como reagirá o seu organismo. Mas não se preocupe com isso, pois os efeitos ruins passam.

      Beijos,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Lu, nesse caso você segue fiel alguma marca? Eu fiz o cadastro de desconto na Scitalax e também na Aché que é o da Biossintética e o Exodus.
        Ou você procura sempre um mais em conta? Fico com receio de ficar mudando.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Eu não tenho laboratório específico. Compro sempre o oxalato de escitalopram daquele que estiver com o preço mais em conta. Por isso, sempre peço para colocar na receita apenas a substância ativa (oxalato de escitalopram). Atualmente estou tomando um do laboratório denominado Eurofarma, que vem com 30 comprimidos. Já tomei o Exodus. Você só não pode mudar de substância ativa. Na caixa deve vir por escrito “oxalato de escitalopram”.

          Beijos,

          Lu

      2. Mona Portugal

        Oi, amiga!
        Caramba já estou me sentindo íntima. Lu, como te disse, o médico mudou para o Scitalax, mais acho que não deu certo. Hoje estou no 6° dia, e não tive nenhuma reação de efeito colateral como estava tendo com o da Biossintética. Mas estou muito ansiosa, nervosa, muito irritada, voltei a brigar com o mundo. Por que será, pode ser do remédio né?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Você está apenas no 6º dia, portanto, não é possível ainda dizer que não está se dando bem com o remédio. Você diz: “Mas estou muito ansiosa, nervosa, muito irritada, voltei a brigar com o mundo.”. Penso que seja a reação colateral do remédio, que passará após a segunda ou terceira semana. Aguarde com paciência.

          E nós somos íntimas, pois falamos de nossos problemas pessoais. Você é um amor de pessoa.

          Abraços,

          Lu

    2. Pri

      Lu
      Gostaria de saber se quem toma antidepressivo fluoxetina 20 mg pode tomar remédio para dor de cabeça? Porque já tomo há 3 meses por conta das crises de pânico e ansiedade. Ainda tenho crises de vez em quando, e também à noite acordo demais, não durmo uma noite inteira, até amanhacer. Tomo rivotril pra dormir mas também não está adiantando. Ontem tive crise de desânimo, parecia que o dia não tinha graça, nem cor. Chorei muito, mas antes de ir dormir melhorou. Eu só queria saber se isso é normal? E se posso tomar anador? Algo para dor de cabeça.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Pri

        Estava com saudades suas, menina!
        Eu sempre tomei remédio para dor de cabeça, independente do antidepressivo, mas o ideal é que você converse com seu médico, se essa dor de cabeça for constante.

        Pri, dificilmente uma pessoa dorme a noite toda sem acordar pelo menos uma vez para ir ao banheiro. Também acordo muitas vezes. Se o rivotril não está lhe proporcionando um sono tranquilo, converse com seu médico, e ele mudará para outro medicamento. Há bons fitoterápicos para isso. Quanto à crise de desânimo, isso acontece com todo mundo, indiferentemente de ter problemas mentais ou não. Isso é normal, sim, toda a humanidade passa por isso, pois há sempre dias bons e outros nem tanto. O choro serviu para aliviar. Não se preocupe, lindinha! Leia novamente os textos: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e SÍNDROME DO PÂNICO – O MEDO DO MEDO.

        Grande beijo,

        Lu

    3. PH

      Seu médico deve ter algum caso de amor ou ganha comissão para receitar apenas esses remédios de tais laboratórios. O genérico da Biossintética é 100% igual, e não apenas similar. Troque de médico.

      1. LuDiasBH Autor do post

        PH

        Muito obrigada pela sua visita ao blog e participação.

        Há médicos que exigem que o paciente compre somente o Lexapro, dizendo que é o único eficaz. Isso também me deixa com a pulga na orelha.
        Seu e-mail é importante, sim! E está incorreto.

        Abraços,

        Lu

  208. Kelly

    O médico me passou escitalopram e pregabilina, corro algum risco em tomar os dois?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kelly

      Seja bem-vinda a nosso blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, você precisa acreditar em seu médico, pois ele sabe que deve ter responsabilidade com seus pacientes. Se não tiver lhe passado confiança, procure outro. Se gostou dele, procure fazer o tratamento direitino, sem medo. Muitos antidepressivos são tomados junto a outros remédios. Isso é normal. Volte para nos contar com tem sido o seu tratamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Ariane

        Lu
        Tomo lexapro há 2 anos, ja tinha tomado anos anos atrás, tomo 20mg, e tenho vários sintomas e episódios de pânico, mesmo assim, acho que esse remédio está fraco pra mim.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ariane

          Seja bem-vinda ao blog. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, se mesmo tomando o Lexapro de 20 mg continua tendo episódios de pânico, significa que ele não mais está surtindo efeito para você. E olhe que trata-se da dosagem mais alta. Você deverá voltar a seu médico, que irá analisar se deve acrescentar outro remédio ao tratamento ou mudar para um novo medicamento. Não deixe de fazer isso. Depois venha me contar como foi a consulta.

          Obrigada por sua visita e comentário.

          Abraços,

          Lu

  209. Marcilene Santos

    Oi, Lu!
    Gostaria de uma ajuda. Meu marido há 1 um mês toma Escitalopram devido à depressão que retornou. Como agora veio alguns sintomas que antes não tinha, foi acrescido o Alprazolam, mas continua com náuseas, mal estar matinal, suor com queda de pressão, fraqueza e isso tudo em dias de trabalho e ao acordar cedo. Nos fins de semana ele não sente isso e fica muito bem. O que pode ser? Teria que acrescer mais algum remédio? Isso tudo pode ser efeito dos remédios? Pode ser psicológico?

    Desde já agradeço.

    Marcilene

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcilene

      Obrigada por sua visita a este blog. Sinta-se em casa.

      Amiga, pelo visto, seu marido sofre de depressão recorrente. O escitalopram é um antidepressivo bastante receitado pelos médicos, em razão de sua eficácia e por atingir uma gama maior de problemas mentais. Mas, como todo antidepressivo, também traz efeitos adversos que duram, normalmente, duas semanas ou mais, dependendo do organismo. Você não me disse que antidepressivo seu esposo tomou antes. Ainda que tenha sido o mesmo, a sua retomada não o deixa imune aos efeitos colaterais. Os sintomas citados por você são normais.

      Marcilene, o fato de ele não sentir nada nos finais de semana parece mesmo psicológico, uma vez que a nossa casa é o lugar onde nos sentimos mais protegidos. E todo depressivo gosta de sentir-se em casa, no contato com a família. Sugiro que converse com ele sobre tal possibilidade e, se necessário, retorne a seu médico. Também irei lhe passar o link de alguns textos que a ajudarão a compreendê-lo melhor.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Marcilene Santos

        Ei Lu,

        Vim aqui relatar o que aconteceu com meu marido.
        Na semana passada, ele teve que ir às pressas para o pronto socorro com tremores, sudorese, palpitações e nos exames foi diagnosticado uma alteração no eletro do coração. Chegando ao médico ele trocou o remédio, tirou o escitalopram e substituiu pelo paroxetina, pois o escitalopram produziu a alteração cardíaca. Porém, ele começou a tomar o paroxetina, passou o sábado e domingo bem, na segunda (ontem foi feriado aqui) e ele tomou o remédio pela manhã, não se sentiu bem e tomou o alprazolam. Dormiu o dia inteiro e ainda sim foi dormir cedo à noite. Hoje, ao acordar, logo tomou a paroxetina e na agitação do serviço, passou um pouco melhor.
        O que você diz sobre a paroxetina?

        Abraços,

        Marcilene

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marcilene

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa!

          Amiguinha, existem no mercado inúmeras substâncias usadas no tratamento mental. E, como o médico não sabe como o paciente reagirá a cada uma delas, terá que experimentar essa ou aquela, para ver qual melhor se adequa ao organismo da pessoa.

          O médico fez muito bem ao mudar o antidepressivo, uma vez constada a alteração cardíaca. A paroxetina é também muito receitada pelos médicos. Através dos comentários nos textos sobre o assunto, verá que muitas pessoas fazem uso dela e vêm se dando muito bem. Quanto ao excesso de sono, pode ser que a dosagem esteja alta. O alprazolam, usado para ansiedade, também foi receitado pelo mesmo médico?

          Amiguinha, aconselho seu marido a procurar o seu médico, falar-lhe sobre o excesso de sono, caso a soneira não passe. Certo? Muitas vezes é preciso mexer na dosagem ou retirar um remédio.

          Abraços,

          Lu

  210. Jacqueline

    Oi, Lu,
    Adorei sua reportagem. Eu fiquei com síndrome do pânico e ansiedade, quando comecei a mesma rotina no trabalho. A princípio achava que estava com problemas no coração que ficava disparado, e sentia suor frio, sensação de desmaios e todos sintomas que quem tem sabe que são terríveis. Até que fui ao cardiologista que não achou nada físico. Procurei o psicólogo e comecei o tratamento que foi muito bom. Mas eu saí do meu trabalho, mas ainda não tenho ânimo de voltar, sentir pressão. Sendo que eu era uma pessoa muito ativa, amava tudo que fazia.

    O médico me receitou o escitalopram, mas tomei um e senti como se a pressão tivesse abaixado, tonturas náuses e boca seca. Agora estou com medo de tomar o remédio. Com a SP, tudo me faz sentir apavorada. O que eu faço? Esses sintomas são comuns? Eu quero muito voltar a minha vida normal.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jacqueline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, a SP não é moleza mesmo, pois faz-nos imaginar e sentir que estamos morrendo. A princípio, todo mundo procura o cardiologista, achando que está com problemas cardíacos. Para combatê-la é necessário buscar o psiquiatra, inicialmente, pois os sintomas são muito agudos. A SP não respeita nenhum tipo de pessoa, seja introvertida ou extrovertida e exige tratamento rápido, para devolver ao indivíduo uma vida com qualidade.

      O oxalato de escitalopram é um excelente antidepressivo, muito usado pelos médicos (leia comentários). Assim como qualquer outro antidepressivo, também possui efeitos adversos. Infelizmente, os médicos, em sua maioria, não preparam seus pacientes para isso, deixando-os assustados sem saber o que fazer. Você deve continuar a tomar o medicamento, apesar dos efeitos negativos apresentados nas duas primeiras semanas, normalmente. Esses sintomas são comuns, sim. Fique tranquila. Aos poucos eles vão passando.

      Abraços,

      Lu

    2. Fabíola Castro

      Oi Jaque

      Estou sempre por aqui, me sinto em casa neste lugar. Nossa históriaé parecida. Eu fui promovida a gerente de loja, algo que amava fazer, mas comecei a cobrar muito de mim e, quando vi, estava com a SP (Síndrome do Pânico). Há 15 dias que estou usando escitalopram. Nos 10 primeiros dias foi difícil, mas a vontade de ficar boa falou mais alto, e hoje não tenho mais vontade de ir ao médico toda hora, pois já sei que se eu sentir algo é coisa da minha cabeça.

      Olha flor, eu saí do meu serviço e hoje estou tentando voltar, e claro vou continuar me cuidando, espero que você consiga continuar seu tratamento, pois será maravilhoso para você. Venha sempre aqui, onde também sempre estarei, pos a Lu é uma ótima pessoa e sempre nos responde.

      Beijos.

    3. Rose

      Oi, Jaque!

      Meu nome é Rose e me identifiquei muito com o seu comentário. Há um ano fui diagnosticada com SP e meu mundo caiu, fiquei semanas sofrendo em casa sem saber o que eu tinha até que resolvi procurar minha ginecologista. Durante a consulta eu só fiz chorar 🙁 Eu não aceitei o diagnóstico justamente porque sou uma pessoa super extrovertida e que transmite felicidade, não gosto de reclamar da vida, sou aquela pessoa que todos pensam que não tem problema sabe?!

      E de repente me vi com dois filhos pequenos, marido e mudança de cidade. Longe de minha família (mãe, pai, irmão, primos, etc.). Como foi difícil o início da medicação (fluoxetina e Esc). Fiquei dias sem conseguir ficar sozinha, parecia que estava ligada no automático, e outros sintomas que comprometem nossa vida de uma forma anormal. Mas para meu alívio e alegria, minha vida voltou a ter cor. Hoje tomo apenas o ESC (escitalopram) e está tudo bem, continuo com acompanhamento médico. Graças a Deus, pois também é preciso ter fé que vai passar e que Deus não nos abandona…
      Abraços

  211. Otávio

    Olá, Lu!
    Eu me chamo Otávio, sou do Rio de Janeiro, tenho 29 anos e tomo rivotril faz 8 anos, para ansiedade e pânico. Tomo sempre antes de dormir 1/4 do rivotril, só para relaxar e dormir. Finais de semana, quando saio com amigos, bebo um pouco de cerveja, e nunca passei mal, mas só um pouco de cerveja. Como o Rio anda muito violento, antes de ir para a Faculdade, tenho tomado esse 1/4 tbm pela manhã, só assim vou relaxado para a Faculdade.

    Minha pergunta é: Esse 1/4 do rivotril pela manhã, eu posso beber uma cerveja à noite com os amigos? Não bebo sempre, às vezes, e mesmo assim pouca cerveja.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Otávio

      É um grande prazer recebê-lo aqui neste espaço. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, gostaria de saber se você se trata com psiquiatra. E, se somente o rivotril tem resolvido o seu problema, pois faz muito tempo que o toma. Pelo que diz nas entrelinhas sobre “ir relaxado para a Faculdade”, pressinto que ainda é acometido pela ansiedade e Síndrome do Pânico. Sugiro que, se não é acompanhado por um psiquiatra, marque consulta com um. Certo?

      Quanto à pergunta que me faz, vou deixar aqui uma advertência encontrada na bula no remédio:
      “Considerando que Rivotril® causa depressão do SNC, os pacientes que estão recebendo esta droga devem ser advertidos quanto a realizar ocupações perigosas que requerem agilidade mental, como operar máquinas ou dirigir veículos. Também devem ser advertidos sobre o uso concomitante de álcool ou outras drogas depressoras do SNC durante a terapia com Rivotril® (vide item Interações medicamentosas).”

      Portanto, você não deve beber cerveja, pois poderá ter uma reação ruim inesperada.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria

        Otávio
        Eu também venho tomando rivotril todos os dias pela manhã, mas é um quarto de 0,5 mg. Tomo também meio escitalopram de 10 mg. Há pouco senti uma tontura e um pouco de medo do pânico, mas tomei mais uma gota e melhorei. A dose é pouca, mas cada um deve seguir seu médico.

  212. Matheus

    Lu, tudo bem com você?
    Li praticamente todos os relatos desta página e também vou relatar meus problemas.

    Desde criança sempre fui muito ansioso, tenho TOC (ninguém nunca percebeu, rs)… Porém, desde outubro de 2015 vinha tendo insônia, ficando dias sem dormir ou dormindo somente com 20 gotas de rivotril ou mais, em casos mais extremos. A partir de dezembro passado, comecei a ter pensamentos desordenados e muita ansiedade, como nunca tive na vida. Por vergonha e um pouco de machismo (rs) não contei nada à minha esposa (que é enfermeira) e nem aos meus familiaresmais próximos.

    Com isso, cada dia era uma luta diferente para tentar controlar minhas emoções. No trabalho dava muitas voltas ao redor da empresa, pois não conseguia me concentrar e ficar parado, e em casa só queria ficar deitado no escuro, deixando de curtir meu filhinho de 1 ano e 2 meses que tanto amo nessa vida. Por nao conseguir dormir, procurei o médico que me receitou Lioran 10mg (isso em janeiro), pois, o Rivotril e suas doses altas já nao surtiam efeito algum sobre mim. Depois só foi ficando mais aterrorizante minha vida, tremedeiras, nao queria ficar com meu filho, estava sem ânimo para o trabalho, parecia que meu coração iria explodir, além de todos os sintomas de ansiedade em excesso.

    Até que na quarta feira passada (16/03) foi o ápice dos sintomas, caí na cama e comecei a chorar, chorar e chorar muito, minha cabeça parecia que iria explodir e minha esposa, que até o momento nao desconfiava que meu problema era sério, ligou para um amigo psiquiatra e marcou uma consulta para o sábado seguinte. Fui à consulta após muita resistência, pois, achava que era só para loucos… Após a consulta eu me senti um lixo, pior do que estava. Fiquei o domingo inteiro na cama, me sentindo inútil e com medo, muito medo de tudo que poderá desencadear com a descoberta de minha esposa e família do meu problema.

    Lu, sempre fui um cara responsável, trabalhador e nunca dependi de ninguém, sou e fui sempre introvertido, tenho 29, um bom trabalho e uma excelente família e esposa que é maravilhosa e está me apoiando… Mas tenho medo, estou com muito medo do futuro, de tudo. A médica receitou o Escitalopram e o Donare e pediu para continuar com o Lioram para dormir.

    Pergunto, será que vou precisar de remédio para depressão por toda minha vida? Será que vou voltar a dormir sem precisar de remédio algum dia? Só uma observação: meu cunhado tem depressão e eu sempre falava com ele que era frescura e coisa de gente com mente fraca… Agora estou sentindo na pele… Tenho medo, estou com muito medo. Me ajude por favor.

    Obrigado por existir e ter paciência com todos.

    Matheus

    1. LuDiasBH Autor do post

      Matheus

      Estou feliz por você ter encontrado este cantinho. Aqui terá uma família maravilhosa, onde uns ajudam os outros, pois nos encontramos no mesmo barco. E não há nada mais sublime do que a solidariedade. Jamais você irá se sentir só. Palavra de honra!

      Amiguinho, a primeira coisa que deve aprender é que seu cérebro também faz parte dessa sua máquina chamada corpo. E toda e qualquer parte dela pode sofrer avaria. Infelizmente, somente de uns anos para cá é que a medicina vem conhecendo melhor esse computador chamado cérebro, que muitas vezes precisa passar por restauração. Volte no tempo e imagine o sofrimento daquelas pessoas, quando nada se conhecia sobre a mente. Já escrevi sobre isso na categoria chamada VIDA PRIVADA. Se o coração, o fígado, os rins e todos os órgãos são passíveis de adoecer, por que não o cérebro? Entender isso torna a nossa vida muito mais fácil, pois a aceitação diminui o sofrimento, quando não o erradica. E a segunda coisa a aprender é: aquilo que acontece aos outros também pode nos acontecer. Estou aqui pensando o quanto tem sofrido sem necessidade, se já poderia ter sido tratado em sua infância. Mas o importante é o agora!

      Matheus, agora, já adulto, não era para você estar passando por isso, se tivesse buscado tratamento médico. Infelizmente foi barrado pelo conceito errôneo e machista de que “homem não sofre de problemas mentais, mas somente mulheres”. Você não tem culpa disso, pois tratam-se de preconceitos arraigados através de tempos e tempos. Digo apenas que foi mais uma vítima. Até parece que só “loucos” possuem cérebro… risos. Lendo os depoimentos masculinos aqui no blog poderá ver que muitos homens pensavam o mesmo que você, sem falar naqueles que aqui escrevem usando um nome de mulher, o que gera mais sofrimento ainda, causado pela inaceitação dos fatos. Pesquisas mostram que as doenças mentais tendem a ocupar o primeiro lugar num futuro muito próximo. E sabe por quê? As pessoas estão falando sobre elas com mais coragem, o estigma está caindo, a Ciência avança neste campo e remédios modernos chegam ao mercado. Essa clareza faz bem a todos nós.

      Amiguinho, a ansiedade, quando não tratada, é um vulcão que mais cedo ou mais tarde acaba explodindo. Não há escapatória. Quanto mais cedo buscar tratamento médico, menor é o sofrimento. Se todos tivessem tal compreensão, não sofreriam a metade do que passaram. O seu choro foi a sua explosão, o aviso de seu corpo pedindo ajuda, a mensagem de sua mente em desajuste. Em suma, ele foi benéfico, pois retirou a máscara do estigma contra os problemas mentais. Não permita mais que esse “medo” bobo continue a intimidá-lo. Com o tratamento você voltará a ficar ótimo. Esses medos iniciais são mais do que normais, pois fazem parte dos sintomas da doença que mostrou sua cara para valer. Todos passam por isso. E não se coloque como “coitadinho” na trama, pois é humano como qualquer outra pessoa. Você não será menor por isso, diante de sua esposa e família. Dispa-se dessa “arrogância” tola, pois nós não somos máquinas, mas humanos.

      Matheus, você irá continuar sendo um cara responsável e trabalhador, tendo um bom trabalho e uma excelente família e esposa maravilhosa. Sua vida continua, meu amiguinho. Apenas tenha paciência. Viver é um ato de coragem. Segure o leme e navegue para a frente. Sou depressiva desde adolescente e estou aqui remando… risos. Aprendi muito com essa minha doença que vem atravenssando gerações de minha família. Somos até muito amigas… risos. Ela aprendeu a respeitar-me, depois que eu a aceitei até com um certo carinho.

      Amiguinho, você me faz muitas perguntas no final do comentário. Não as responderei agora. Quero apenas que relaxe e acredite na sua capacidade de buscar uma melhor qualidade de vida, como todos nós fazemos aqui. Pelo seu comentário percebi que é muito inteligente. Vou lhe contar um segredo: também sou introvertida. Nem pareço, não é? Mas confesso que sou. Gosto de escrever, mas falar pouco. O oxalato de escitalopram é um dos bons antidepressivos do mercado, sendo bastante receitado em todo o mundo. Eu também o uso e estou me dando muito bem. As primeiras semanas de uso costumam ser difíceis, mas nada que a gente não consiga superar.

      Matheus, gostaria que fizesse um trato comigo: eliminar a palavra “medo” de sua vida. Essa palavrinha, ainda que pequena, é horrorosa e faz-nos um mal danado. Lembre-se de que esses seus temores são causados apenas por sua mente “amotinada”. Não deixe que essa danadinha amedronte-o. Lembre-se de que eles são apenas imaginários, não são reais. Certo?

      Volte a escrever-me, assim que puder. Estarei sempre aqui. Relaxe-se e durma bem!

      Abraços,

      Lu

    2. Fabíola Castro

      Oi, amigos,

      Hoje já estou completando 14 dias de uso do antidepressivo, e não sinto tanta ansiedade mais, nem vontade chorar, nem medo. Parece que deixei de ser eu, seria o remédio? Ou seja, eu estou bem, mas às vezes fico preocupada, pensando que eu preciso me preocupar com algo, rsrs… parece coisa de louco. A minha dúvida hoje é se alguém sente uma dor de cabeça diferente, porque eu estou sentindo minha cabeça confusa, como se meu coração batesse e refletisse dentro da minha cabeça, mas com som de um trovão.. Alguém sente isso? Hoje vou ao médico, mas já fico preocupada de ninguém descobrir como é minha dor e isso nunca melhorar.

      Beijos a todos.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Fabíola

        Nunca se esqueça de que é preciso ser uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Agora é que está saindo do período de turbulência, causado pelo antidepressivo, e já se encontra em direção aos efeitos positivos. Vá com calma e tranquilidade. Não cobre muito de si. Ponha a paciência para funcionar. Alguns efeitos adversos, ainda que mais leves, encontram-se em ação. Essa cabeça confusa é um deles. Mas isso irá passar. Ao retornar do médico, escreva nos contando como foi a avaliação desse.

        Abraços,

        Lu

        1. Fabíola Castro

          Oi, Lu!

          Cheguei agora do médico disse que disse se tratar de ansiedade. Não há nada, receitou um calmante pra eu relaxar um pouco mais, um calmante que eu nem vou tomar, porque não adianta nada. E receitou outro que eu não estou conseguindo entender o nome aqui, mas que depois te conto. Espero que me ajude, pois é muito ruim essa coisa que eu sinto na cabeça.
          Obrigada pela atenção de sempre, eu me sinto à vontade aqui neste blog, como se fosse minha agenda.

          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Fabíola

          Como lhe disse, é preciso continuar POP (paciente, otimista e persistente). Não deixe que sua mente pregue-lhe peças. Fiquei muito feliz com o resultado de sua consulta. Era justamente isso que eu esperava. Seu médico tem toda a razão. E somente você poderá domar sua ansiedade. Dê mais uma lidinha no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Também gosto muito de sua presença aqui no blog. Sinto a sua falta quando não aparece.

          Beijos,

          Lu

      2. Fabíola Castro

        Boa noite, amigos!
        Alguém já tomou propranolol? O médico me receitou pra tomar e continuar com o escitalopram.

  213. Josi

    Lu e demais amigos que lutam por uma qualidade de vida melhor, quero deixar meu depoimento aqui de recaída..

    Eu havia atingido o 14º dia do Oxalato de Escitalopran, e a vida estava começando a voltar pra mim. Estava sendo POP, como diz a Lu, mas os sintomas persistentes conseguiram me vencer e parei novamente no 14º dia, quase chegando nas duas primeiras semanas, quando os resultados bons já começavam a alcançar minha vida. Por que dei a parada? Estava ainda passando pelo desconforto de ficar sem fome, perdendo peso, e isso mexeu demais com minha auto-estima. Mas agora não me julgo mais como antes, “burra” ou “idiota”,simplesmente me desculpei por mais uma recaída, e hoje peguei firme de novo.

    Lu,você acha que daqui pra frente os sintomas podem realmente diminuir por conta de eu ter tomado 14 antes? Tomei 14 dias e depois falhei 7, e tomei sertralina e mais o Limbitrol à noite, o que me ajuda muito.Obrigada Lu e obrigada a todos que dividem seus comentários aqui, o que muito me tem ajudado.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Josi

      Alguém já disse que “as grandes batalhas são feitas de pequenas vitórias”. A sua volta ao medicamento é uma prova de quão guerreira você continua. O ideal é que não tivesse parado, para não ter que começar tudo de novo, mas o importante é que está consciente de que precisa continuar o tratamento. Muitas pessoas já passaram por isso. O importante é seguir em frente!

      Você diz: “Estava ainda passando pelo desconforto de ficar sem fome, perdendo peso, e isso mexeu demais com minha auto-estima. Mas agora não me julgo mais como antes, “burra” ou “idiota”,simplesmente me desculpei por mais uma recaída, e hoje peguei firme de novo.”

      Amiguinha, é engraçado ver como um mesmo medicamento faz algumas pessoas engordarem e outras emagrecerem. Eu também fiz parte do segundo grupo. Não tinha fome nenhuma. Passava praticamente com vitaminas e sucos. Hoje já me encontro totalmente estabilizada. Mas se o seu emagrecimento for muito grande, é bom que volte ao médico e converse com ele sobre isso, pois existem outros depressivos bons no mercado, para quem perde muito peso com o oxalato de escitalopram.

      Tomar um antidepressivo por um tempo e parar não significa que o retorno a ele diminua os efeitos colaterais. Como sabe, tudo depende de cada organismo. Outra coisa, não tome nenhum remédio sem o parecer médico. Somente ele pode mexer na medicação.

      Lindinha, parabéns pelo retorno e pela vontade de continuar firme com seu tratamento. Cada passo é uma pequena vitória, garota POP.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Eu também emagreci, 7 kilos até agora. Tive uma amiga que engordou 5 em 15 dias. Cada corpo reage de um jeito.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Conheço pessoas que tomam antidepressivo para emagrecer. Que loucura! O certo é que depois de um certo tempo o organismo volta ao equilíbrio. Foi isso que aconteceu comigo. Retomei todos os quilos perdidos.

          Beijos,

          Lu

        2. Josi

          Mona
          Obrigada por sua resposta. Prometo lidar com a balança tanto na perda ou ganho de peso para não mais abrir mão do tratamento.

          Abraços

  214. Mona Portugal

    Oi, Lu!

    Primeiro gostaria muito de te agradecer, pois minha persistência no tratamento devo a você, por nossas conversas e por seu apoio. Já que não posso contar com ninguém, estando totalmente sozinha no meu tratamento. Obrigada por estar tão presente, por responder nossas dúvidas e ser tão prestativa.

    Lu, estou com uma dúvida: hoje faz um mês que estou em tratamento, os efeitos do Escitalopram estão mais amenos, mais venho percebendo que estou estacionada no mesmo lugar, com os mesmos pensamentos, tristezas, medos, pensamentos ruins de que meus filhos vão morrer, minhas clientes não gostaram do meu serviço, tudo vai acontecer de pior….. Diante disso vem junto a tristeza, a magoa. É uma solidão total, por estar sozinha nessa, não podendo contar com o apoio de ninguém, porque todos se acostumaram comigo rindo de tudo, escondendo até o que me fazia mal.

    Diante de vários problemas fui me fechando, e percebi que estava feito uma tola rindo dos meus problemas, enquanto por dentro estava morrendo aos poucos. Bom resumindo, será que o remédio esta sendo fraco? Ou não deu certo? Já era para eu estar com pensamentos melhores?
    Mais uma vez obrigada pelo seu carinho, que Deus conserve esse seu dom.

    Beijos no seu coração!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Em primeiro lugar, você não se encontra sozinha, pois aqui neste blog possui uma família maravilhosa, grandes amigos, uns torcendo pelos outros. E eu, sua irmãzona, estou sempre aqui para “ouvi-la” quando precisar. Às vezes demoro nas respostas, em razão de outros trabalhos, mas jamais estarei ausente. E em segundo lugar, eu quero afirmar que todo o mérito do tratamento é seu, ainda mais por desafiar um mundo tão incompreensível à sua volta. Não podemos esperar que todas as pessoas estejam no mesmo patamar de solidariedade num mundo tão voltado para o “ter”. Portanto, continue guerreira como sempre, pois você é uma das garotas POPs deste blog, exemplo para todos que aqui vêm.

      Lindinha, como tenho dito, os antidepressivos precisam de duas a três semanas, normalmente, para começar a fazer efeito, ou seja, para que os sintomas adversos comecem a desaparecer e os bons surgirem. Contudo, de acordo com a especificidade do problema mental de cada pessoa, o tempo para uma ação efetiva do remédio pode ser de até quatro meses. Você já está tomando o escitalopram há 30 dias e sente que seu estado estagnou-se. Esse medo descontrolado assim como os pensamentos ruins já eram para estar se dissipando. Portanto, aconselho-a a voltar a seu médico para que ele faça uma revisão de sua saúde mental. Talvez precise aumentar a dosagem ou agregar outro remédio, por um tempo, ao antidepressivo. Somente seu médico poderá analisar seu caso. Não se preocupe, pois a maioria das pessoas passa por isso. Procure ter calma e persistência.

      Mona, faz-se necessário, também, tomar as rédeas da mente. Consciente que está de que tudo não passa de criação dessa senhora pirracenta (a mente) não a leve muito a sério, procurando sempre jogar fora tais pensamentos ruins. Diga para ela, como eu sempre faço: “Não vem que não tem!”… risos.

      Amiguinha, gostaria que lesse mais uma vez o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA com bastante atenção. Ele a ajudará a compreender o porquê de não estar com pensamentos melhores. E jamais se sinta sozinha, danadinha!

      Beijos,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Obrigada, Lu!
        Pode deixar que vou aguentar firme e depois que for ao médico volto a dar notícias.

  215. Lilian Baldan Gregório

    Lu
    Gostaria de saber se a abstinência do antidepressivo, no meu caso o escitalopram, pode causar desmaios. Fiquei 4 dias sem tomar o remédio, pois não conseguia receita de jeito nenhum, e no quarto dia saí à noite com amigos, e estava em pé conversando e do nada apaguei. Já tive quedas de pressão, mas dessa vez não tive nem tempo de pensar ou sentir nada, foi um desmaio muito repentino e caí no chão feito um pacote, demorando um tempo pra retornar a consciência. Desde sábado não consigo mais me concentrar, e estou um pouco em pânico, pois tenho medo de acontecer novamente dirigindo ou em algum lugar que possa causar um acidente. Estou desesperada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lílian

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o primeiro passo é acalmar-se. Quanto mais equilíbrio tivermos, mais fácil será o caminho para encontrar os resultados que buscamos. Você não me disse qual é a dosagem que toma e nem por quanto tempo faz uso do remédio. Mas é certo que a parada abrupta da medicação faz aparecer a síndrome da abstinência, que traz alguns sintomas bem estranhos. O seu desmaio pode estar ligado a uma queda de pressão, por exemplo, mas somente um exame mais detalhado poderá lhe dar a informação precisa. Portanto, o ideal é que procure seu médico, repasse-lhe o problema que lhe aconteceu, faça os exames que ele pedir e esclareça tudo. Assim poderá ficar totalmente tranquila quanto a seu desmaio. Para tirar o seu pânico basta apenas voltar a seu médico, fazer os exames necessários, caso ele os peça, e tudo voltará à sua normalidade. Portanto, lindinha, fique tranquila, pois tudo se resolve. Depois volte para me contar o resultado.

      Beijos,

      Lu

      1. Maria Rosilene

        Oi, Lu!

        Eu estava vivendo maravilhosamente bem na primeira semana, saíndo,brincando e os meus medos todos sumiram. Eu me dei super bem com a fluoxetina e o clonazepam… Estava ótima, mas amiga, domingo senti muita raiva com problemas no meu casamento, e, amiga, comecei a sentir mal novamente, alguns sintomas voltaram. Queria saber se esse estrsse pode fazer o remédio parar de fazer efeito?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Rosilene

          Somente cada um de nós pode responder por sua própria felicidade. O compromisso mais importante com a nossa vida individual deve partir unicamente de cada um nós, em particular. Não podemos e nem devemos botar o nosso bem-estar nas mãos de terceiros, sejam filhos, cônjuge, parentes, amigos, colegas de trabalho, chefe, etc. Não podemos nos responsabilizar pelo comportamento do outro, mesmo quando filhos que já não mais se encontram sob nossa tutela. A nós cabe o compromisso de fazermos bem a nós mesmos, independentemente de outrem. Colocar a própria vida na mão de quem quer que seja é pavimentar o caminho para o desgosto, a infelicidade e a decepção.

          Lindinha, nós, que possuímos problemas mentais, necessitamos de viver num ambiente o mais tranquilo possível, pois nossa sensibilidade é muito maior. Tudo em nós parece doer mais, tomando uma forma maior do que tem. Precisamos buscar o nosso equilíbrio, onde quer que estejamos, sem dar muita atenção aos fatos em derredor. Quando alcançamos esse estágio de alheamento em relação ao que nos tira do sério, é aí que começamos a realmente ter uma vida de qualidade. Quanto ao remédio, a função é dele é também trazer equilíbrio em momentos como o que passou, dando-lhe estabilidade emocional. Mas lembre-se de que ele não faz milagres. Veja o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Rose, os sintomas que está sentindo logo passarão. Procure perdoar o réu (risos) e retomar sua caminhada. Ninguém merece que nos tornemos infelizes por ele (ou ela).

          Um grande abraço,

          Lu

  216. Edgar

    Lu
    Gostaria de contar meu caso e dividir experiências com vocês, se puderem me ajudar, pois no momento me sinto sozinho, com vergonha de contar meu caso a alquém, pois não sei o porquê essas coisas acontecem comigo.

    Tive o primeiro caso de ansiedade e nervosismo na casa da minha namorada. Um dia chequei lá comecei a sentir um calor, palpitações, nervoso suava muito, minha camisa chegava molhar, o suor descia sobre meu peito e costas, e a vontade era sair dali para me sentir melhor. E desde esse dia, já se faz uns dois anos, nunca mais fui o mesmo. Por sentir medo daquilo acontecer de novo (e aconteceu) comecei a consumir bebida alcoólica,foi aonde me senti melhor para ir em qualquer lugar, pois é a única coisa que me faz sentir melhor e confiante. E não faz aparecer o nervosismo, o calor, o suor e o medo, mas com o consumo de bebidas começaram a aparecer sintomas, dores de estômago fortes. Não bebo por vício, mas sim para me sentir melhor.

    Agora resolvi ir ao médico para procurar ajuda. Ele me receitou o remédio scitalax, mas o farmacêutico me aconselhou pegar o genérico, mas barato, escitalopram. Faz quatro dias que o tomo, mas nao senti nada melhor ainda. Não tenho confiança no remédio, e resolvi ficar ao máximo em casa nesses dias, até o período de adaptação. Acho que o remédio nao vai funcionar fazer, e passar a fazer uso de bebida alcoólica, sendo que o médico me falou que não pode fazer o uso de bebida com o uso do remédio.

    Gostaria de pedir ajuda de vocês que já fazem uso do remédio se tem algum caso como o meu.

    Obrigado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edgar

      É um prazer recebê-lo neste cantinho. Sinta-se em casa para falar sobre tudo que precisar. Somos agora sua família.

      Amiguinho, você sofreu durante muito tempo por não ter procurado ajuda médica para um problema tão comum, pois acomete grande parte da população mundial: a Síndrome do Pânico. Mas não é culpa sua, pois somente de uns anos para cá é que a sociedade brasileira vem levando a sério o tratamento mental, aceitando que todas as partes de nosso corpo adoecem, inclusive o cérebro (mente), também precisando de tratamento. Saiba, portanto, que você teve, na casa de sua namorada, um ataque de pânico. E, como não procurou ajuda médica, passou a senti-lo muitas vezes. O álcool é a saída pior, pois só faz ampliar o problema.

      Edgar, eu mesma sofro da síndrome do pânico, mas, como sou medicada, há muitos e muitos anos que não mais tive crise. Portanto, fique traquilo, pois você não tardará em se ver livre desse problema. Mas para isso é preciso deixar o álcool (que propicia crises mais fortes ainda) e acreditar na eficácia do tratamento. Ao ler os comentários, verá que são muitos os que viveram a mesma coisa que você. Portanto, não se sinta um extraterrestre… risos.

      Meu querido, procurar o médico foi o passo mais correto que deu. Eu também tomo o oxalato de escitalopram e sempre compro aquele que estiver mais barato. Cada laboratório lança essa substância com um nome diferene. A diferença de preço costuma ser bem grande. Também opto pelo genérico que estiver mais barato. E pode ter confiança no medicamento. A ciência avança cada vez mais na qualidade dos remédios para a mente. Os antidepressivos são cada vez mais modernos, sendo o oxalato de escitalopram uma das substâncias mais receitadas.

      Todo antidepressivo traz um período de adaptação bem difícil para a grande maioria daqueles que deles fazem uso. A pessoa chega a ficar pior do que antes. Mas depois de duas a três semanas, os efeitos ruins vão desaparecendo e os bons vão chegando. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e logo estará bom. Não beba bebidas alcoólicas e nem pare o tratamento por conta própria. Vou lhe enviar mais informações via e-mail.

      Abraços,

      Lu

      1. Edgar

        Lu
        Muito obrigado, agradeço muito. Está sendo difícil, mas estou seguindo com o medicamento.

        Abraço.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edgar

          Não há nada a agradecer, amiguinho. Continue seguindo em frente e logo terá bons resultados.

          Abraços,

          Lu

  217. Mona Portugal

    Lu
    Estou na dose de 10 mg de ESC desde domingo, que foi quando por ordem médica dobrei a dose. Às vezes sinto um incômodo de dor de cabeça e a sonolência, desânimo ainda estão aqui. Estou com 23 dias de tratamento. Gostaria de saber de você se está tudo normal? Outra coisa que percebo foi que meu intestino ficou muito preso, mais já vi que é um dos sintomas também. À noite para dormir estou tomando o Remilev, você conhece?
    Sempre fui muito fraca pra esse tipo de medicação, já tomei fluoxetina e sertralina, e tive muitos sintomas, tenho medo do que estou sentindo

    Beijos no seu coração.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Fique tranquila, está tudo dentro do esperado. Alguns organismos ressentem da substância por um tempo maior, ainda mais que houve um pequeno aumento da dosagem. Continue sua vida normalmente, e evite ficar com pensamento fixo na medicação. Procure tomar bastante líquido e comer alimentos com fibras para regular os intestinos. Conheço de nome o Remilev que é um remédio fitoterápico para ajudar a dormir. Depois me conte se está dando bem com ele. Gosto muito dos fitoterápicos. Para tirar mais dúvidas, leia meu texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Beijos,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Lu, eu estava tomando o Stilnox que vem com 20 comprimidos. Acabou e tenho retorno no dia 29. Liguei para o médico e a secretária alegou que era pra tomar somente quando não conseguisse dormir. Se não tomo, não durmo. Conversando com uma amiga que também está fazendo tratamento, ela me indicou o Remilev. Pra mim deu certo. Vou tomar até voltar ao médico, pra ver o que ele irá falar.
        Obrigada, amore!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Mona
          O Remilev está fazendo você dormir? Conte para nós como está se sentindo. Para que todos saibam, trata-se de um medicamento fitoterápico.

          Beijos,

          Lu

        2. Mona Portugal

          Lu, sim ele é fitoterápico. Vem com 20 comprimidos. Na bula indica como posologia 2 a 3 comprimidos, 1 hora antes de dormir. Estou tomando somente 1. Durmo, não se trata de um sono dopado, mas estou dormindo sim. Tentei tomar 2 como indica na bula, mais não sei o que aconteceu fez efeito contrário. O valor é de aproximadamente 45,00. Ele é a base de Valeriana.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Obrigada pelas informações. Ele parece ótimo, mesmo. Continue tomando apenas um.

          Beijos,

          Lu

      2. Josi

        Lu, bom dia!
        Você não consegue postar algum artigo falando sobre o “Limbitrol” e a “Sertralina”?
        Foram tão válidos esses comentários aqui.

        Abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Como não tenho formação médica, só gosto de falar sobre medicamentos que já tomei.
          Os dois endereços abaixo irão lhe dar boas informações.
          SERTRALINA – Bula SERTRALINA – MedicinaNET
          LIMBITROL – Bula LIMBITROL – MedicinaNET

          Beijos,

          Lu

        2. LuDiasBH Autor do post

          Gabi

          Seja bem-vinda a nosso blog. Sinta-se em casa.

          Queridinha, modere-se na sua “fome”… risos. Opte mais por frutas. Agradecemos a sua informação.

          Beijos,

          Lu

    2. Fabíola Castro

      Oi gente,
      Este blog me tirou um peso!
      Lu, você é uma pessoa maravilhosa, pois sabe muito bem como é amar o próximo.

      Eu não sei se é normal, mas tem 7 dias que estou tomando o Esc e minha cabeça parece que fica tremendo por dentro sabe, não sei se é só comigo, ela fica tremendo e eu fico meio sem concentração.Às vezes fico no mundo da lua, e me falaram que pode ser porque estou tomando o remédio na parte da manhã, e me disseram pra tomar à noite. O que você acha? Eu sinto muitoo calor e agitação também.
      É do remédio? Ah, como quero ficar boa logo, eu pedi conta do meu melhor emprego por causa disso.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Fabíola

        Você ainda se encontra no início do tratamento, portanto, tais sintomas são normais. Eles devem durar cerca de duas a três semanas. Fique tranquila. Quanto à mudança de horário, o ideal é que converse com seu médico. Normalmente quem o toma de noite é porque sente muito sono durante o dia. Não sei se é o seu caso. Também não pode tomar à noite num dia e de manhã no outro, pois teria uma dosagem muito alta. Não se pode ir mudando por contar própria. É preciso passar pelo parecer médico.

        Não era preciso ter largado seu emprego. Bastava conseguir uns 15 dias de licença médica. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e um outro chamado EXPLICAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

        Abraços,

        Lu

        1. Fabíola Castro

          Obrigada, Lu!
          Eu ainda tenho chance de voltar, você está me ajudando muito. Ainda vou vir te contar coisas boas.
          Beijos.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Fabíola

          É a sua força de guerreira que a está jogando para frente. Eu apenas dou-lhe o meu apoio. Continua com essa sua guerra e logo perceberá que valeu a pena. Força, minha lindinha.

          Beijos,

          Lu

  218. Josi

    Lu, boa tarde!

    Ontem foi meu 10º dia de oxilato de escitalopran, e parece que a vida está começando a voltar pra mim. Eu tomo o remédio pela manhã, mas lá pelas 19:00 já estou num cansaço e moleza que chegam a me atrapalhar com meus serviços de casa, sem disposição. Ontem tomei dois limbitrol pra pegar no sono logo e descansar melhor. Será que se eu mudar o horário de tomar pode ajudar? Confesso que me deu vontade de mudar o medicamento por conta disso, mas tenho medo de voltar tudo de novo. Se puder me dar uma luz. Não tenho como ir ao médico agora conversar a respeito. Talvez alguém ou você tenha tido essa dificuldade também.

    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Josi

      Você ainda se encontra na fase inicial da medicação. É normal que ainda esteja sentindo alguns sintomas, pois nem passou ainda da segunda semana. A grande maioria das pessoas tomam o antidepressivo de manhã, quando se levantam, inclusive eu, o que garente um maior equilíbrio durante o dia, uma vez que à noite o organismo encontra-se em descanso. Portanto, aconselho-a a continuar tomando-o de manhã. Tenha paciência, deixe que o período ruim passe totalmente. Outra coisa, ao mudar de horário, é preciso falhar um dia, para que o organismo não receba uma dose dupla, podendo trazer sérios problemas. As coisas não são tão simples assim.

      Abraços,

      Lu

    2. Rodrigo

      Josi
      Tomei esse medicamento durante dois meses, descobri que deixei de ser uma pessoa pra mim, pois vivia somente para os outros. Acumulei depressão por esperar que as pessoas fossem como eu imaginava, não percebi o abismo em que eu me enfiava. Tomei durante dois meses e já me sinto curado; parei por conta própriaEu vivia mole, com sono sem vontade de fazer nada. Resisti fui forte para continuar com ele, e mais forte ainda quando achei que não precisava mais. Estou ótimo sem medicamento nenhum, por isso não desista, sem ele no comeco é difícil.

      1. Josi

        Obrigada, Rodrigo, pelo apoio!
        Estou me esforçando bastante pra não parar. Hoje vou para o 13º dia da medicação. Que Deus me ajude!

      2. Lu

        Eu comecei tomar a medicação faz 4 dias, mas me sinto esquisita. Quando passa umas 7 horas que tomei, meu corpo começa a tremer, e quando tomo parece que não estou normalm minha mente tá voando, isso é normal?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, é normal, sim, pois você ainda se encontra no início da medicação, cujos efeitos adversos duram cerca de duas semanas. É preciso coragem para enfrentar os dasafios das primeiras semanas, ser POP (paciente, otimista e persistente), pois o resultado vale a pena, oferecendo-lhe melhor qualidade de vida. Vá em em frente, seguindo direitinho as prescrições médicas. E sempre que precisar, venha conversar conosco.

          Beijos,

          Lu

        2. Cristina


          Também tomei só dois dias, pois não consegui seguir enfrente! Me sinto muito mal com o uso do remédio. Não conseguia dormir pela madrugada, com muita dor de cabeça, e ao levantar-me sentia muita tremura, cansaço, falta de ar,tontura e náusea o dia todo. Parei. E ainda descobri que a bula diz que se tem arritmia não pode FAZER o uso do remédio. Meu médico sabia do meu problema e ainda me passou o remédio.

  219. Edward Colber

    Oi Lu, Tudo bem amiga?
    Lembra de mim, né! Tenho retorno com meu médico somente dia 29.03.2016, mas estou com dúvidas e preciso da sua ajuda. Hoje é o 14ª dia do oxalato de Escitalopram de 20 mg, e graças a Deus não estou sentindo mais aquela angústia, aperto no peito e vontade de chorar. Mas ainda só tenho vontade de ficar em casa e muitas vezes deitado, nem televisão tenho vontade de ver. Faço coisas como caminhada e ir ao mercado, empurrado pela minha esposa. Achei que já poderia estar melhor, voltar a gostar das coisas rotineiras da vida. Seria normal esse processo amiga? Fico ansioso e às vezes tenho que tomar Rivotril. Conto com sua ajuda minha amiga. Help… Help… Help.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edward

      Estou rindo, lembrando-me de alguém, não sei se foi você, que me disse que aqui só dava, quase que exclusivamente, mulheres. Mas a verdade não é bem essa. Penso que seja meio a meio, pois percebo que a grande maioria dos homens escreve usando o nome de mulheres (vejo pelos e-mails). São poucos os que, como você, têm a coragem de falar de si próprios, e escondem-se sob pseudônimos femininos. Neste ponto, as mulheres são bem mais autênticas. Mas eu os entendo, e sei que é difícil, pois por muito tempo a doença mental foi vista apenas como pertencente às mulheres (seres mais frágeis!?). Espero que um dia, todos os homens tenham a sua mesma coragem.

      Maravilha, amigo, já está saindo da zona de turbulência. Já pode ir afrouxando os cintos. Depois de uma travessia dessa, o corpo precisa de descanso para novas viagens, ainda que não turbulentas. E ficar em casa é um meio de reabastecer-se por um tempo para novos voos. O nosso lar funciona como um setor de segurança, onde nos vemos imunes aos perigos do mundo. É mais do que normal passar por essa quarentena. Não a condene nem a incentive, mas, como um bebê, em seus primeiros passos, procure ir botando os pés fora do ovo, como aconselha sua esposa. Já pensou se fosse um alpinista que escalasse o Evereste, tendo sofrido muito e, lá chegando, não quisesse mais voltar, temendo a descida? Ainda que aos pedaços você retomaria a caminhada de volta. E é assim que deve ser. Um passo de cada vez, mas constante. Não se preocupe com o tempo, cada corpo tem o seu. Apenas caminhe! Sempre digo que o melhor remédio é a aceitação do momento vivido. Aceitar é jogar para longe a ansiedade. Quanto maior for a aceitação, menor será o uso do rivotril. Que tal conhecer o blog VÍRUS DA ARTE? Ele possui mais de 30 categorias diferentes.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Edward Colber

        Obrigado pela força amiga.É que fico morrendo de medo de o remédio não estar fazendo efeito para mim, por isso fico nessa ansiedade.
        Deus te abençõe.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edward

          Toda vez que usar a palavra “medo” (escrita ou falada) terá que depositar dez reais numa caixinha. Esse dinheiro deverá ser doado para uma instituição de caridade. Certo? Trata-se de uma palavra extremamente negativa que impede qualquer avanço, pois funciona como uma barreira para o cérebro. Ela só gera ansiedade. Elimine-a de sua caminhada, pois não há nenhum perigo que a justifique. Deixo o remédio harmonizar com seu corpo e agir com naturalidade. Você poderá ajudar, se injetar otimismo no seu tratamento.

          Abraços,

          Lu

    2. Maria Rosilene

      Oi, Lu!
      Hoje é meu retorno com a psiquiatra e estou aqui aguardando a minha vez. Estou me sentindo muito nervosa, porque não sei o que ela vai falar. Eu quase tive uma crise de pânico , pois vi na frente um rapaz bem pior que eu, muito doente, e fiquei impressionada, medo de ficar asim. Estou péssima.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        Não há motivo para ficar assim. Saber que está sendo medicada e acompanhada é motivo de grande alegria, pois tende a melhorar cada vez mais. Veja o seu retorno à sua médica com normalidade. Não há o que temer, ao contrário, ela está ajudando-a a combater a doença. Se vir alguém num estado ruim, sinta-se bem pelo fato de a pessoa estar buscando tratamento médico. Procure ver a vida com as lentes do otimismo. Tudo depende do ângulo que olhamos. Saiba que a recuperação dos otimistas é sempre mais rápida. Dê-me notícias acerca de seu retorno.

        Abraços,

        Lu

    3. Maria Rosilene

      Oi, Lu!
      Mais uma vez estou aqui na luta. Amiga, começei a tomar hoje a nova medicação, e já senti um nervoso, calor, coração acelerado. Queria saber se vou sentir muito efeito ruim da fluoxetina ou se essa reação é porque estou fraca? Quanto tempo demora a adaptação e em quanto tenpo vão aparecer os efeitos bons da fluoxetina?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        O início do tratamento é mesmo muito difícil, pois os sintomas adversos são bem fortes para algumas pessoas. Essa reação é do antidepressivo, mas depois de duas semanas, normalmente, esses efeitos desaparecem e os bons vão chegando. Não há um tempo determinado, pois cada organismo pode reagir de um modo diferente. O importante é que se mantenha o mais tranquila possível. Leia também o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, pois é muito importante para compreender como pode ajudar no seu tratamento.

        1. Maria Rosilene

          Lu, mas uma dúvida, a médica passou o clonazepam, pra que medicamento serve exatamente? Será que ele é pra diminuir os efeitos ruins do antipressivo?

        2. LuDiasBH Autor do post

          Maria Rosilente

          O clonazepam é usado junto com o antidepressivo para diminuir os efeitos ruins da fase inicial do tratamento, tranquilizando-a. Portanto, pode tomá-lo sem problema algum.

          Beijos,

          Lu

        3. Marta Ferreira

          Lu, tenho uma dúvida: eu trabalho à noite e tomo a fluoxetina qando chego do trabalho, às 24h e tomo o zoleptil de manhã e à noite, como vou entrar de férias hoje, poderei tomar a dose do zoleptil ao deitar-me e a fluoxetina amanhã de manhã. Ou tomo hoje a fluoxetina à hora habitual + zoleptil?
          Obrigada

        4. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Como você tomou fluoxetina ontem à noite, se tomar amanhã de manhã, irá ficar com uma dosagem muita alta para um mesmo dia, ultrapassando o que foi recomendado pelo médico. Aconselho-a a não mudar o horário sem antes conversar com seu especialista. Seu organismo já está acostumado com o horário e as férias são apenas 30 dias. Continue como está ou converse com o médico.

          Beijos,

          Lu

        5. LuDiasBH Autor do post

          Marta

          Você não pode tomar a fluoxetina hoje à noite e amanhã de manhã, pois o período é muito pequeno entre um comprimido e outro, seria quase uma dose dupla. Não faça isso! Converse com seu médico, caso queira mudar o horário.

          Abraços,

          Lu

        6. Maria Rosilene

          Olá, Lu, minha linda!
          Estou no terceiro dia de tratamento com fluexitina e clonazepam, graças a deus estou bem, afinal não estou sentindo quase nada de efeito colateral. Só sinto, quando tomo as 8 gotas de clonazepam à noite sinto tontura e enjoo. Isso é normal? Mas é melhor sentir totura e enjoo, do que sentir os efeitos ruins do antidepressivo.

          Beijos a todos e muita força, e orem bastante indepentede de religião, pois a fé é muito importante.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Maria Rosilene

          Sinto-me feliz ao saber que está cada vez melhor. Quanto ao enjoo e tontura são sintomas normais no início do tratamento. Aos poucos irão desaparecendo. Fique tranquila. Continue fazendo o tratamento direitinho.

          Abraços,

          Lu

  220. Crislaine

    Boa tarde!
    Desde os 16 anos tenho um problema sério que é o de ficar nervosa e sentir ânsia de vômitos. Meu coração dispara e, como minha mãe tomava rivotril, comecei a tomar sem passar pelo medico. Sempre quando saio para um lugar novo, com muitas pessoas, não consigo comer, pois me dá ânsia de vômitos. Passei pela neurologista, só que ela passou o Escitalopram, mas os sintomas tem piorados, estou com tremores, diarreia, vômito, coração acelerado e difícil de acalmar, e para que isso não aconteça, às vezes tomo o rivotril. Posso continuar fazendo isso?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Crislaine

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Você já deveria ter procurado ajuda médica desde que o problema manifestou-se. Quanto mais cedo nós nos tratarmos, mais rápidos e eficientes serão os resultados. Você vem incorrendo num grande erro, que é o de tomar remédio por conta própria. Isso é seríssimo, podendo gerar grandes problemas de saúde a longo prazo. Ao que me parece, está com Síndrome do Pânico, sendo o antidepressivo (oxalato de escitalopram) muito bom para conter tal síndrome, sendo muito indicado pelos médicos.

      Nas duas primeiras semanas do tratamento com antidepressivo, a pessoa fica pior do que antes de tomar o remédio, pois os efeitos adversos são terríveis (tremores, diarreias, vômito, coração acelerado, etc). Passado esse tempo, os efeitos ruins vão desaparecendo e os bons chegando. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Entre em contato com seu neurologista para que ele lhe receite um remédio para ajudá-la a passar por essa fase ruim. Não tome o rivotril por conta própria, mas o medicamento com a dosagem que ele lhe receitar.

      Cris, continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

  221. Mona Portugal

    Oi, Lu bom dia!
    Amore, hoje estou no 15° dia de ESC, meia dose ainda, 5 mg. Como é difícil, peço forças para aguentar. Um dia estou bem, no outro estou de cama, com sono, mal estar. Mas uma coisa está me deixando pior, estou vendo que os sentimentos, os problemas estão mais em evidência, acordo pensando nos meus problemas e durmo pensando neles. Como você mesmo diz em vários cometários, tudo piora, e com isso estou bem mais depressiva, sem perspectiva, sem vontade de trabalhar, de falar, de sair de casa. Eu sei tudo o que preciso fazer, mas o corpo e a cabeça não ajudam. Quando não estou muito bem, tomo um dorflex e me sinto melhor. Espero em Deus forças para não desistir!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Você já está saindo da zona de turbulência. Parar o tratamento agora é voltar com crises mais agudas e difíceis de serem suportadas. E já disse que nessa fase as coisas complicam-se mais ainda, mas logo irão passar. Portanto, só resta ter paciência, ser POP. Não há outra saída. Procure fazer algo que a agrade, evitando se concentrar somente em si. Desvie seus pensamentos para outros assuntos. Precisa aguentar só mais um pouquinho. Vamos lá, grande guerreira! Eu acredito em você!

      Beijos,

      Lu

      1. Josi

        Estou no meu 6º dia, já emagreci e isso me deixa mal, pois já sou magrinha, mas não posso deixar que isso me atrapalhe no meu tratamento.
        Sei que ainda falta muito para o remédio fazer o efeito esperado e preciso trabalhar meu interior também. Vamos, unidos, um ajudando o outro.
        Obrigada, Lu, por todos os retornos.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Você está indo muito bem, pois a força de vontade é determinante. Eu também emagreci, à época, tinha dificuldade para comer. Hoje já recuperei os quilos perdidos e eu me alimento normalmente. Se estiver emagrecendo muito, converse com seu médico que poderá lhe receitar um suplemento.

          Abraços,

          Lu

      2. Mona Portugal

        Lu, você não tem noção do quanto é especial pra gente. Nessa fase tão ruim, não temos quem nos apóie e ajude. Obrigada por palavras de conforto e de carinho.
        Beijocas no seu coração.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Vocês é que são umas grandes guerreiras que com força e coragem servem de exemplos para tantas outras pessoas que aqui chegam necessitando de exemplos a serem seguidos. Eu apenas dou uma forcinha.

          Beijos,

          Lu

    2. Rodrigo

      Mona
      Você não controla com nenhum frontal ou rivotril, mas só com dorflex? Aí fica difícil aguentar mesmo.

      1. Mona Portugal

        Oi, Rodrigo!

        O médico somente me passou o ESC e o Stilnox CR à noite. Como estava sentindo dor na cabeça, tomei um dorflex e vi que ajudou um pouco na melhora dos sintomas. Não sei se realmente faz efeito ou é da minha cabeça. Mas estou firme, acreditando, um dia bem, noutro nem tanto. Obrigada!

  222. Andrea

    Bom dia Lu, não sei se lembra de mim.
    Perdi minha mãe em agosto do ano passado. Estou muito sumida e ando mal demais. Fiz a maior burrice da minha vida achando que não precisava mais do Lexapro, parei de tomar. No começo fiquei razoavelmente bem, até que tive uma gripe e a partir daí começou meu pesadelo. Após o resfriado veio um pigarro muito forte e um bolo na garganta, percebia isso sempre que comia, procurei um gastro pois tinha certeza que poderia ser refluxo, fiz uma endoscopia logo depois do Ano Novo e não deu absolutamente nada, nem gastrite. Pesquisando na net descobri que tem um tipo de refluxo que afeta apenas a garganta dando esses sintomas de bolo e pigarro. Fui a um otorrino que fez uma videolaringoscopia e também não detectou nada. A partir daí devo ter ido a uns cinco médicos, todos dizendo que poderia ser até refluxo mesmo, mas que era provocado pelo meu emocional.

    Comecei a piorar e sentir dor quando como, aí cismei que poderia ter algo grave no esôfago, mas como se acabei de fazer uma endoscopia e deu normal? Toda essa turbulência sem minha mãe, e com meu marido trabalhando e dois filhos pequenos para dar conta. Até que a gota d’agua foi em um fim de semana, quando meu filho brincando, abriu a cabeça e desmaiou, de lá pra cá comecei novamente com as crises de pânico. Foi quando decidi voltar ao psiquiatra e retomar com o Lexapro. O problema é que não estou aguentando os efeitos colaterais do início e não tenho quem me ajude. Estou muito enjoada, não consigo comer nada, muita angústia e o medo de ter algo grave não sai da minha cabeça e me paralisa. Estou tomando apenas a uns 7 dias e não sei se vou aguentar continuar tomando. Está muito difícil amiga!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Andrea

      É claro que me lembro de você. Muitas vezes retomo os comentários e fico pensando naquelas pessoas que por aqui passaram e sumiram completamente. Fico torcendo para que todas estejam ótimas. Apesar de pelo menos dez pessoas passarem por dia nos comentários dos textos, eu nunca as esqueço.

      Amiguinha, pelo visto você parou por conta própria, ainda que tivesse sido advertida para jamais fazer isso. Estou sempre a lembrar as pessoas que retirar o antidepressivo sem ordem médica é o mesmo que se preparar para a volta de crises ainda piores, bem mais sofridas. Precisamos sofrer na pele para acreditar nos fatos. Mas o importante é que retomou o remédio.

      Também sofri muito tempo com esse bolo na garganta, que só desapareceu com o antidepressivo. Parecia que eu havia engolido pão e o bolo alimentar paralizado em minha garganta. Tratava-se de uma reação emocional. Veja também se não tem a ver com algum tipo de alergia. Uma amiga teve isso, mas era provocado por sabão em pó. No seu caso, presumo que seja emocional, pois os exames estão todos normais. Tem que trabalhar agora para dar equilíbrio a essa cabecinha.

      Andrea, ainda que você tenha tomado o oxalato de escitalopram por um tempo e tendo se dado bem com ele, depois que para de tomá-lo, a substância vai desaparecendo do organismo, até não restar nada. É por isso que, ao voltar a tomá-lo, sente os efeitos adversos, muitas vezes piores o que antes. Agora é ser forte para sair dessa fase turbulenta. Se já tomou durante sete dias, faltam apenas outros sete. Você é guerreira e irá dar conta do recado. Não desanime, querida! Todos esses efeitos ruins irão passar e terá valido o sacrifício. Outra coisa, elimine a palavra “medo” de sua vida, pois ela é extremamente negativa. Você não tem doença ruim nenhuma, mas apenas desequilíbrio mental. Não permita que sua mente doente domine-a. Ponha um freio nesses pensamentos através da racionalidade. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Amiga, você não se encontra só. Seus amigos continuam aqui. Espero que seu filhinho já esteja bem.

      Abraços,

      Lu

      1. Taty

        Oi, Lu, tudo bem?
        Passando pra dizer que ainda visito seu blog… Ele é muito bom, pois nos tira dúvidas, quando precisamos. Lu, estou muito bem, graças a Deus e quase um ano de oxa 20 mg. Mas não penso parar tão cedo. O médico me falou que é pro resto da vida, fazer o quê? O importante é que estou bem. Todas aquelas reações passaram. De vez em quando tomo duas gotas de rivotril, quando estou chateada, e logo passa. Quero dizer aos leitores do blog que não desistam. Tenham fé e paciência. Tudo passa…
        Abraço a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Taty

          Que notícia maravilhosa, que deixa muito feliz. O importante é melhorar a qualidade de vida. Também terei que tomar durante toda a vida. Mas não suma, lindinha. Volte sempre para dar forças a nossos amigos.

          Beijos,

          Lu

        2. Josi

          Taty
          No meu caso, no ano passado, o médico também me receitou por tempo indeterminado, mas eu vacilei e parei por conta própria, mesmo falando igual a você, que se fosse pra ficar boa eu tomaria a vida inteira. Agora estou no 6º dia novamente e se precisar tomarei, sim, pela vida toda.

    2. Sonia

      Boa noite!
      Há dois meses sofri uma alta na pressão, o que me levou ao Ps. Foram feito vários exames que deram: colesterol alto e triglicéride. Saí de lá com uma receita de sinvastativa, lipless, somalgin cardio e omeprazol. Aí veio uma gastrite antral enantematosa leve e uma depressão. A psiquiatra me receitou oxalato de escitalopram. Estou me dando bem com o remédio, porém eu tomo zolpidem para dormir, e lendo a bula do escitalopram fiquei assustada…há restrição dessa medicação com todas as que tomo. Por favor, me ajude obrigada!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Sônia

        Seja bem-vinda ao blog. Sinta-se em família!

        Amiguinha, quando vamos ao médico, seja lá qual for a especialidade, devemos repassar-lhe o nome de todos os remédios que tomamos, ainda que ele não peça, fugindo à sua obrigação. Somente ele saberá quais os remédios que apresentam perigo no uso concomitante. Se você repassou para ela tudo o que estava tomando, saiba que sua psiquiatra tem a obrigação de saber o que pode ou não interagir, caso contrário poderá responder por erro médico. Mas, se não lhe passou, aconselho-a a entra em contato com ela e relatar a sua preocupação. Por sermos leigos, muitas vezes entendemos a bula erradamente. Procure-a, para ficar mais tranquila. Somente ela poderá suspender ou não a medicação prescrita.
        Se ela não puder atendê-la, converse com a secretária e diga que aguarda uma resposta com urgência. O farmacéutico também poderá orientá-la.

        Beijos,

        Lu

  223. Rodrigo

    Nossa! O melhor site que já vi sobre o assunto! Eu queria uma ajuda sobre o que estou passando, vi que as respostas são ótimas e gostaria muito muito de tirar uma dúvida.

    Há 3 anos tive TAG e tratei por um ano com escitalopram, retirei-o, tive os problemas iniciais, mas depois foi ótimo, tanto que tratei num curto prazo. Infelizmente desde 12/2015 tive TAG novamente, mas desta vez meu médico achou melhor tratar com Lyrica (segundo ele, tem menos efeitos colaterais e não tem tanta angústia com o começo igual ao escitalopram). Comecei o tratamento e senti desconforto por um mês. Em meu retorno, após 3 meses, ele preferiu trocar pelo escitalopram, e falou pra eu começar a tomar duas gotas, e que eu não sentiria nada, pois estava coberto com o Lyrica. No segundo dia, tomando apenas duas gotas de escitalopram e continuando com o Lyrica, comecei a sentir toda aquela sensação ruim do início do remédio (mas ele falou que eu não teria essa dificuldade, pois já estava medicado), controlava-me com frontal. Após uma semana não aguentei a troca (pois eu estava bem e não precisava passar por tudo isso de novo até chegar a 10 gotas) Cortamos o escitalopram e ele entrou com o frontal 3 X ao dia para desligar as luzes vermelhas que o escitalopram voltou a ligar.
    Mas infelizmente estou tendo dias bons, dias ruins, dias péssimos… Ele falou que é normal até eu retirar totalmente ofrontal.

    Minha pergunta é: Será verdade? O Lyrica não tinha que estar me segurando dessa angústia ainda? Devo tentar voltar ao escitalopram novamente, ou depois que eu retirar o frontal, o Lyrica vai me atender? Estou desesperado não sei o que fazer .

    Obrigado

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rodrigo

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, ao que me parece, você estava se dando bem com o Lyrica, mas ainda assim seu médico resolveu mudar. O desconforto sentido no primeiro mês é normal, acontece ao tomar qualquer antidepressivo, variando de intensidade conforme o organismo de cada pessoa. Você passou a tomar o Lyrica conjuntamente com o Escitalopram, a fim de evitar os efeitos adversos, mas ainda assim estava sendo acometido por esses.

      Rodrigo, alguns medicamentos são usados concomintantemente com outros para atenuar os efeitos ruins, mas nem sempre isso acontece, pois cada organismo é um universo diferente. Não há como o médico ter absoluta certeza, pois as reações podem surpreender, como aconteceu consigo. Pelo que pude entender, você continua tomando o Lyrica, depois de ter tomado junto o Escitalopram durante uma semana (2 gotas). Mas não me disse há quanto tempo parou de tomar o oxalato de escitalopram. É verdade que o organismo retém a substância por alguns dias (uns 15 dias).

      Rodrigo, aconselho-o a continuar com o Lyrica por algum tempo, já que vinha dando bem com ele anteriormente. Caso esse não esteja correspondendo ao esperado, converse com seu médico para ver o que ele decide. Jamais troque ou pare o medicamento por conta própria. Não há porque ficar desesperado. Mantenha a calma. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Tudo se resolve. Quanto mais tranquilo ficar, melhores serão os resultados. E sempre que precisar, venha aqui conversar conosco.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Rodrigo

        Oi, Lu, você é muito atenciosa!

        Fui ao médico e realmente o Lyrica não está me cobrindo mais, ele me tirou da crise mas não está me ajudando igual ao escitalopram. Para eu não sentir tanto os efeitos ruins do escitalopram no começo, o médico pediu para eu diminuir pela metade o Lyrica e entrar com o Frontal XP. Daqui a uma semana ele vai entrar apenas com uma gota de escitalopram e subir gradativamente. Achei interessante a ideia dele, pelo menos não fico nesse sufoco de escitalopram. o que você achou? Você conhece o Frontal XP?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Não sei se sabe, mas o meu blog tem mais de 30 categorias, sendo uma delas voltada para as doenças e síndromes mentais, chamada SAÚDE MENTAL. Quando os comentários são relativos a esta categoria, procuro respondê-los o mais rápido possível, pois sei que muitas pessoas estão se sentindo sós, precisando de ajuda o mais rápida possível. Muitas delas não têm nem com quem conversar. Obrigada pelo seu carinho.

          Amiguinho, seu médico está correto, ao fazer com que seu organismo vá se acostumando lentamente com o remédio, até chegar à dose recomendada. Os efeitos adversos, assim, ficam menos agressivos. Faça o tratamento direitinho e logo estará ótimo. Eu nunca tomei Frontal XP, mas alguns amigos aqui no site tomam-no. Muito sucesso no seu tratamento.

          Abraços,

          Lu

        2. Rodrigo

          Oi, Lu!
          Como já falei, adorei seu site, e acho bem legal essa troca de experiência. Você é médica, ou entende um pouco mais pelas experiências postadas aqui no site? Meu médico vai começar apenas com uma gota de escitalopram, resguardado com Frontal. Você acha melhor começar com uma gota por semana, ou ja começar logo com 5 gotas? Se eu terei efeito colateral no início, eu vou ter com 1 ou 5 gotas, mas será q o efeito colateral dura mais com 1 gota (até chegar nas 10), ou se com 5 dura menos porque já começa forte? Entendeu? Se eu começar com 5 gotas vou ter meus primeiros 15 dias ruins, agora eu seu começar com 1 gota meus próximos 40 dias serão ruins? Ou o efeito colateral no início de tratamento é só para a entrada do remédio, depois ele normaliza, ou seja, vai durar os 15, 20 primeiros dias mesmo independentemente de quantas gotas começar?

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Háháháháhá!
          Estou rindo de seu comentário, que virou um quebra-cabeça. Vou tentar responder, se não for o que perguntou, refaça-o.

          Amiguinho, eu não sou médica e tampouco sou da área. Tudo que sei foi aprendido na própria pele e com muita leitura. Se prestar atenção às minhas respostas, verá que trabalho apenas como um tipo de suporte emocional, que é o que mais nos faz falta no início do tratamento.

          Muitos médicos preferem iniciar o tratamento com doses reduzidas, para que o organismo vá aos poucos acostumando-se com a medicação, até chegar à dosagem permanente. Assim sendo, os efeitos adversos são bem mais fracos. Há casos, contudo, em que a pessoa não pode esperar pelo aumento progressivo do medicamento, pois encontra-se num estado crítico. Quanto menor for a dosagem, menores serão os efeitos adversos. É provável que, ao chegar às 10 gotas, você já não sinta mais os efeitos ruins, embora cada organismo possui uma reação específica. Siga corretamente a prescrição médica. Não a altere. Você disse que é uma gota por semana, imagino que tenha se enganado, pois deve ser uma gota por dia. A próposito, você não terá 40 dias ruins. Não é assim que funciona. Os efeitos adversos são reações do organismo ao remédio, mas depois que se acostuma com a nova substância, viram grandes amigos.

          Abraços,

          Lu

        4. Rodrigo

          Legal, obrigado!

          Ja tive TAG uma vez, há 3 anos atrás, e sei que realmente o início do escitalopram é horrível; tentei mudar nessa última crise pelo Lyrica mas não me ajudou, vou voltar ao escitalopram novamente. O máximo que tenho que fazer é aguentar até o escitalopram fazer efeito no organismo, sei que ele é ótimo.

          Obrigado.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          É isso mesmo! Muito otimismo e seguir sempre em frente. E começando com baixa dosagem os efeitos serão bem menores.
          Muita força!

          Abraços,

          Lu

  224. Carolini Passos

    Boa noite, Lu e a todos

    Desculpe o meu sumiço é que tenho andado bastante ocupada, faculdade, trabalho e cansaço.

    Tentei achar um psicólogo pelo meu plano mas está difícil, continuo na busca, acho que vou pagar particular mesmo. Por enquanto ainda estou naquele lema com meu cardiologista, voltei nele para falar da tontura que estava sentindo com o desmame do remédio, e ele me passou mais uma caixa, tomei, e em dois dias já tinha passado a tontura. Ele pediu para tomar em dias alternados, e agora que acabou o remédio voltei sentir as tonteiras, será que passam? É uma tonteira chata, junto com um enjoo. Mandei e-mail para ele, relatando, mas, ainda não me respondeu. Não sei o que faço, se deixo de tomar o remédio ou se insisto com ele pra voltar a tomar. Sei que é só um cardiologista e devia estar me tratando com um psiquiatria ou psicológo, mas como estou nessa procura e tenho ansiedade e tal, ele avalia meu coração e me atende já há um tempo,

    Não sei mais o que fazer, Lu, está complicado! De resto está tudo bem, estou melhor do que antes, tenho vontade de viver, o que antes quando conheci o site, não acontecia.
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Nosso corpo é muito engraçado. No início não quer o antidepressivo e depois não quer se separar dele… risos.

      Querida, a fase do desmame demanda muita paciência. Tenha calma, pois no fim dará tudo certo. Acontece isso mesmo, de o organismo ficar sentindo a falta do medicamento. Talvez necessite de mais tempo com o medicamento, mas isso somente ele poderá dizer, depois de avaliá-la. Seria bom aguardar mais um tempo sem o remédio, pois essas tonteiras podem desaparecer. Se estiverem aumentando, em vez de enfraquecerem, retorne a seu médico. Não veja complicação nisso, pois é uma fase comum ao tratamento. O importante é o que diz: “De resto está tudo bem, estou melhor do que antes, tenho vontade de viver, o que antes quando conheci o site, não acontecia.”. Penso que não seja necessário a busca por psicólogo.

      Abraços,

      Lu

      1. Carolini Passos

        Muito engraçado mesmo, Lu.
        Lembro-me de quando descobri o site, e estava sofrendo com o início do tratamento. Nem dava pra acreditar que os efeitos iriam sumir, e sumiram mesmo, em três semanas meu corpo já estava adaptado. Hoje estou há 6 dias sem tomar o remédio, além das tonteiras e enjoo em deixar o scitalax, estou me sentindo depressiva, depois de muito tempo sem saber o que era esse sentimento, como se tivesse perdendo o controle sobre mim, como se a qualquer hora fosse enlouquecer, eu sei que já senti isso quando estava na pior fase da depressão, estranho isso voltar com a parada do remédio, será que eu não deveria ter parado com ele agora?
        Desculpe meu texto enorme, mas não tenho com quem desabafar.
        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Carolini

          O desmame (preparação do organismo para deixar o remédio) deve ser feito lentamente, pois a abstinência em razão da falta da substância no corpo é terrível.Trata-se de um período muito ruim. Presumo que seu cardiologista terá que voltar com o remédio. Mas isso acontece com muita gente. Muitas vezes o profissional acha que o paciente está apto para deixar o medicamento, e depois descobre que ele precisa de tomá-lo por mais tempo. O ideal é que marque uma consulta com ele, exponha seu estado e deixe que avalie. Todos os sintomas mencionados por você dizem respeito à falta do remédio no seu organismo. Fique tranquila, pois acontece isso mesmo, mas é necessário retornar ao médico.

          Escreva o quanto quiser e venha sempre conversar conosco. Não se sinta só!

          Beijos,

          Lu

  225. Adriana

    Olá, Lu!
    Achei muito interessante os questionamentos do Blog, e gostaria também de expor o que estou sentindo. Há alguns anos sofro com ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Já fiz uso de sertralina, fluoxetina, paroxetina, porém, não consegui seguir adiante com o tratamento, com nenhum deles. A paroxetina, por exemplo, a partir do quarto dia me causou insônia, ficava com os olhos secos, bem como sentia uma sensação de algo apertando na cabeça. Razão pela qual o médico suspendeu a medicação e passou para uma outra fitoterápica, pois disse que eu não me dava com os químicos. Entretanto, há um mês os sintomas da ansiedade aumentaram. Palpitações, aperto no peito, suores frios, pressão aumentando, enfim, sinto que os sintomas intensificam quando próximo o período menstrual, que traz também muita sonolência, fadiga, alternados com inquietação, calores, irritabilidade, ângustia, choro, medo de morrer, ou seja, uma montanha russa.

    O que mais me angustia é o fato de eu não aguentar ficar em casa, sinto mal estar em ambientes fechados, como banheiro, elevador, e também não aguento ficar em ambiente como muita gente, como supermercados, shopings, tudo isso afeta minha vida. Minha rotina, não consigo assistir às aulas na Faculdade, sinto falta de concentração, é muita coisa. Agora, o médico prescreveu o EXODUS, 20 mg, mas sinto receio e medo de tomar a medicação. Medo das reações adversas, penso que a pressão vai aumentar, medo de ter um ataque cardíaco. E, se não terei o aperto na cabeça, “quando do uso da paroxetina”? Já que o médico falou que eu não me dava com químicos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Adriana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Querida, realmente existem organismos que possuem mais dificuldade em adaptar-se aos antidepressivos. Mas o mercado vem lançando cada vez mais medicamentos novos, com menos sintomas adversos e maior rapidez em conter as crises. O oxalato de escitalopram (Exodus) é uma das substâncias mais receitadas pelos médicos, portanto, um dos bons antidepressivos vendidos hoje. Penso que deveria experimentar. Nos primeiros dias a reação é bem incômoda, a pessoa fica pior do que antes, mas após a segunda, os efeitos adversos vão desaparecendo, enquanto os bons vão chegando. Vale a pena experimentar.

      Dri, não se apegue aos efeitos dos outros que já tomou. Pense positivamente, sempre dizendo para si que irá dar bem com o tratamento. Quanto antes iniciá-lo, melhor, pois as crises só tendem a aumentar. Você deve ter conversado com seu psiquiatra sobre a experiência passada e, se ele lhe receitou o exodus é porque acredita que irá se dar bem. Não podemos viver sob a tutela do medo, para não nos tornarmos prisioneiros pela vida toda. O médico que lhe disse que não dava bem com os remédios alopáticos pode ter se enganado. Siga em frente. Vale a pena tentar.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Maria Rosilene

      Oi, Lu!
      Hoje fui à psiquiatra e ela trocou minha medicaçao. Ela é muito legal, atenciosa, gostei muito. Achou melhor trocar a minha medicação, e passou fluoxetina 5 ml, e clonazepam. Eu fiquei confusa, o que você acha? Tenho medo de tomar remédio tarja preta, estou com medo.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        Eu tomei fluoxetina por muitos anos, até que essa substância deixou de fazer efeito para mim. Dei-me maravilhosamente bem com ela. Leia o meu texto chamado FLUOXETINA OU OXALATO DE ESCITALOPRAM, sem falar que ela é bem mais barata do que o oxalato de escitalopram. Você diz que tem medo de tomar remédio com a tarja preta. Não entendi, pois o Escitalopram também possui a mesma tarja.

        Rose, retire a palavra “medo” de sua vida. Trata-se de uma palavra extremamente negativa que impede qualquer avanço, pois funciona como uma barreira para o cérebro. Ela só gera ansiedade. Siga o seu tratamento com confiança e procure pensar em coisas diferentes. Espero que tenha lido o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

        Abraços,

        Lu

      2. Marta Ferreira

        Oi, Lu tudo bom?
        Estou há 43 dias a tomar fluoxetina, noto que melhorei um pouqinho, mas inda me sinto triste e com uma moleza enorme no corpo, será normal, ou devo falar com o psiquiatra?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marta

          Os antidepressivos costumam ser mais lentos em certos organismos. Ainda assim, acho que deveria falar com o seu psiquiatra. Pode ser que a dose precise ser aumentada.

          Beijos,

          Lu

  226. Angela

    Pessoal,tomo também escilatopram 20 mg,exodo,durante 5 meses. Pra mim está sendo uma maravilha, graças a Deus estou sendo curada. Játive pânico,muita ansiedade, mas peguei firme só nesse remédio. Temos que ser fortes, não ficar trocando de remédio. osso já abaixar a miligrama do medicamento,como disse o médico. Também fico muita na oração,orando sempre,ouvindo rádios e tvs. Também orem, independente de sua religião, Deus tem que estar em primeiro lugar em nossa vida! O remédio é muito bom, se tomar direitinho. Força!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ângela

      Obrigada por fazer parte de nossa família e, sobretudo, por suas palavras de conforto, esperança e fé. Venha sempre nos visitar.

      Abraços,

      Lu

      1. Angela

        Obrigada, Lu!
        Se Deus quiser muitos vão voltar a dizer palavras positivas!!a Deus nos cura! É só ter fé!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Anginha

          A fé tem que estar junta com o tratamento correto. Aí tudo dará certo, pois para isso Ele deu inteligência ao homem!

          Beijos,

          Lu

    2. Maria Rosilene

      Oi, Lu!

      Eu estou ótima, muito feliz porque os efeitos adversos do escilatopram estão passando, e os bons estão aparecendo. Eu estou muito feliz, mas à noite sinto ainda meio agitada e com uma sensação de pânico, aperto no peito e um nervoso, que logo vão embora, e se eu der confinça, eles enchemo saco, rsrsrs.

      Lu, eu nao quero passar o resto da vida tomando remédio pra esses problemas, existe chance de curar esses problemas?
      Beijos e força para todos nós.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        Fico sempre muito feliz quando recebo comentários com boas notícias. Isso é uma prova de que podemos e devemos buscar ajuda médica no sentido de melhorar a nossa qualidade de vida, não nos deixando abater pelos problemas da mente. Essa sensação de pânico que ainda sente está ligada às terríveis crises pelas quais passou. Ainda estão no seu inconsciente. Procure jogar longe esse pensamento, toda vez que vier. Não lhe dê confiança, mesmo! Quanto à cura, só o tempo poderá dizer. Algumas depressões são passageiras, outras recorrentes (vão e voltam) e outras permanentes (crônicas). Mas não pense nisso, o importante é a sua qualidade de vida.

        Abraços,

        Lu

  227. Fernanda

    Bom dia Lu!
    Minha primeira vez por aqui e já estou me sentindo em casa, pois compartilho de muitas das sensações dos comentários aqui descritos. Há 3 anos faço tratamento contra síndrome do pânico e depressão. É uma luta! Já pensei em “chutar o balde” várias vezes. Às vezes acho que vou viver assim pra sempre. Estou no meu 3º psiquiatra e tenho a impressão de que os remédios são somente paliativos (Alprazolam, Clonazepam, Escitalopram, Fluoxetina, Cloxazolam, entre outros), pois eu vivo numa “gangorra” constante. Melhoro e pioro, mas cura mesmo, nada. O que posso dizer é que ainda estou aqui lutando e que todos nós que sofremos desse mal precisamos buscar forças para seguir em frente. Talvez um dia isso tenha cura. Desejo que todos tenham forças pra superar esse mal.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      É muito bom saber que já faz parte de nossa família. Estamos felizes com a sua presença.

      Amiguinha, anossa luta é realmente ferrenha. Algumas pessoas sofrem ainda mais, porque o organismo não se adapta com qualquer remédio. Aí então vira uma verdadeira via-cruz. Pelo visto, isso vem acontecendo consigo. Mas não pode desanimar, pois abrir mão do antidepressivo é conviver com crises cada vez mais fortes. Dentre os medicamentos citados por você, eu já tomei a fluoxetina, com a qual me dei muito bem, só parando porque, depois de alguns anos, ela deixou de fazer efeito. Hoje tomo o oxalato de escitalopram e me sinto muito bem. Não tenho mais crise de pânico. Mas aliado ao remédio é preciso haver uma mudança de comportamento, conforme explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Nanda, enquanto a cura definitiva não vem, é preciso tocar o barco. Procure viver apenas um dia de cada vez, levando o otimismo como mascote.

      Obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre.

      Beijos,

      Lu

  228. Freddy

    Bao tarde, Lu!

    Minha amiga, me desculpe a liberdade, mas por tantas palavras boas já criei laços com você. A única pessoa com quem converso sobre meus problemas e distúrbios, que me compreende.

    Estou no 6º dia de paroxetina de 0,12 e alprazolan de 0,5 de manhã e noite. Após 17 dias de escitolapran de 5mg que me deixou muito mal, resolvi trocar de psiquiatra e ele trocou a medicação. Hoje tive que tomar um sub lingual (alprazolan de 0,5), pois estava no auge de uma crise. Apesar do novo psiquiatra ter disponibilizado uma consulta de maior tempo, hoje em dia com os grandes efeitos colaterais que estou sentindo com a Paroxetina como suor. irritabilidade, ansiedade, tristeza e angústia diminuíram um pouco. Digo um pouco porque tenho um filhinho que quer brincar comigo e hoje, por exemplo, devido à crise não conseguir sequer respondê-lo. Isso me dá uma angústia enorme.

    Fui relatar ao psiquiatra as reações adversas e ele só respondeu assim: “Nada a fazer. Só aguardar”. Fiquei super decepcionado e estou com os efeitos ainda muito fortes. Mesmo do sub lingual e de tomar posterior à dosagem normal.do frontal xr. A paroxetina passei para depois do almoço, pois estava me dando muito náusea. Enfim. Qual conselho? Me deu uma vontade de voltar pro psiquiatra anterior. Depois de 17 dias de escitolapran e 6 de paroxetina já era pra estar sentindo melhoras, não?

    Fiquem todos com Deus. E Jesus nos ilumine e tire-nos logo desta.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fred

      Sinto-me feliz ao saber que tem em mim uma amiga, capaz de ouvi-lo e repassar-lhe um pouco de confiança. Obrigada!

      Amiguinho, quando mudamos de um antidepressivo para outro (refiro-me à substância e não ao nome fantasia), passamos pelos efeitos adversos do novo medicamento. Não é porque tomávamos outros que estaremos livres deles. Esqueça o oxalato de escitalopram e pense agora somente na paroxetina. Terá de vivenciar os efeitos ruins e aguardar que eles passem após duas a três semanas. Se você está no 6º dia, significa que ainda não atingiu o meio da caminhada. Tenha paciência e persistência, pois tudo isso irá passar.

      Se o seu novo psiquiatra trocou a medicação é porque percebeu que não estava se adaptando ao oxalato de escitalopram. Agora precisa dar tempo para o novo remédio mostrar seus efeitos positivos. Embora tenha sido muito seco, seu psiquiatra está com a razão ao dizer: “Nada a fazer. Só aguardar!”. Essa é realmente a única saída, pois todos os antidepressivos possuem um período de transição entre os efeitos negativos e os positivos. Aconselho-o a aguentar essa fase com destemor e não voltar ao antigo psiquiatra. Não dá para ficar pulando de um médico para outro em busca de milagres. Conheço pessoas que tomam paroxetina e estão se dando muito bem com tal substância. Portanto, leve seu tratamento avante com a maior tranquilidade. Sugiro que também leia os comentários de outros companheiros aqui, para ver que esse início tem sido difícil para todos.

      Volte sempre que sentir necessidade. Você não está só, pois tem seus amigos aqui.

      Abraços,

      Lu

  229. Mona Portugal

    Oi, Lu!
    Hoje faz 7 dias que estou com 5 mg de medicação, escitalopram. Meus sintomas continuam o mesmo, mas ontem no final da tarde, assim como nosso amigo Edward, tive um momento maravilhoso, parece que desligou um botão dentro de minha cabeça e o mal-estar passou. O efeito está durando 8 horas em meu organismo, por esse motivo antecipei a tomada das 9 para as 6 horas da manhã. Pra ver se melhoro mais cedo para trabalhar no período da tarde. Mas estou preocupada pprque às 21:30 tomo o Stilnox de 6,25. Você saberia me dizer se tem algum problema eu tomar ele tão cedo?

    Obrigada

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Você ainda se encontra no início do tratamento, portanto, é normal que ainda esteja passando pelos efeitos adversos. Saber que já existem momentos bons significa que o remédio já está começando a mostrar o seu lado positivo. Tudo agora é questão de tempo e paciência. Antecipar de 6h da manhã para 9h não tem problema algum. Não precisa se preocupar com o remédio que toma à noite. Fique tranquila!

      Abraços,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Boa noite, Lu!

        Hoje passei o dia mal, muita dor e peso na cabeca, fora uma moleza e sonolência… Achei que já estava me acostumando. Gostaria de fazer uma pergunta: Hoje tomei um relaxante muscular pra ver se tira minha dor de cabeça. Quais remédios podem ser tomados sem problema de interação? Tenho menopausa precoce (tenho 42 ano) há 2 anos. Na descida tenho que fazer uso de Cetoprofeno e relaxante muscular, senão preciso de internação devido a dores. Você saberia me dizer?
        Obrigada novamente.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          São tantas as subtâncias usadas como antidepressivas, que realmente não sei com quais remédios elas são capazes de interagir. O ideal é que, ao ir a qualquer especialista, apresente-lhe o nome de todos os remédios que toma, ainda que ele não lhe pergunte. Isso é muito importante. Imagino que a sua menopausa precoce aumente ainda mais os sintomas adversos pelos quais passa. Precisa ter paciência redobrada.

          Abraços,

          Lu

  230. Edward Colber

    Lu, boa tarde!

    Olho seu blog várias vezes ao dia. Como já disse, ele me conforta e me dá esperanças. Hoje estou no 6º dia do escitalopram. Estou péssimo, não consigo ter apetite nem disposição para nada. Ontem passei uma tarde e noite maravilhosa, achei até que já estava me curando.

    Tá difícil amiga!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edward

      Você ainda se encontra na fase de turbulência, no meio da tempestade. Mas sei que é bom no leme e irá chegar são e salvo em terra firme. Estou até surpresa por você estar usufruindo de momentos bons já no sexto dia… É mesmo um privilegiado. Aguente firme, seja POP pois também estou nessa sua nave… risos.

      A falta de apetite e a indisposição irão passar, assim que o remédio começar a apresentar os efeitos positivos. E olhe que você já está tendo uns vislumbres da fase boa: “Ontem passei uma tarde e noite maravilhosos, achei até que já estava me curando.”.

      Em frente, guerreiro!

      Abraços,

      Lu

      Um abraço,

      Lu

  231. Iza

    Olá, Lu!
    Adorei os comentários e amei suas respostas! Super atenciosa!

    Querida, tive uma vida bem difícil. Profissionalmente sempre fracassei! Nunca consegui me formar. Vivia saindo de emprego. Sempre me culpava por isso e perguntando-me porque sou um fracasso. Por que sempre procuro me excluir de tudo? Depois fui notando que precisava de ajuda. Fui explicar tudo para o psiquiatra. Sou ansiosa e tenho fobia social. Sempre fujo de tudo e todos, ou seja, isso me atrapalhou em tudo na vida!
    Hoje o médico me receitou o Exodus. Tomara que eu saia dessa! Será que consigo?
    Abraço! Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Iza

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se parte de nossa família.

      Amiguinha, muitos fracassos acontecidos em nossa vida estão bem além de nossa capacidade, ou seja, não temos culpa por eles terem acontecido. Apesar de inocentes, acabamos jogando a culpa sobre nós, sem avaliar que algo maior, escondido em meio a nossos neurônios, incapacita-nos para uma caminhada vitoriosa. Portanto, você não é um fracasso, mas alguém que sempre precisou de ajuda médica, mas que não percebera até então. E, por isso, não conseguiu concluir seus estudos, parar num emprego, estabelecer laços sociais, sentindo-se excluída de tudo. É uma pena que tenha sofrido tanto, até perceber que precisava procurar tratamento. Imagino o quanto sofreu!

      Iza, agora chegou o momento de perdoar-se por tudo aquilo que “não deu conta de fazer”, conscientizando-se de que não teve culpa alguma. Agora chegou o momento de aumentar sua autoestima e acreditar que tudo será diferente. Agora chegou o momento de ser POP (paciente, otimista e persistente), levando avante o seu tratamento. Esqueça o passado e posicione-se para viver o futuro da melhor forma possível, vivendo um dia de cada vez. Não cobre muito de si e das pessoas à sua volta, busque a felicidade que tanto lhe fez falta nas pequenas coisas. Quanto ao fato de concluir algum tipo de formação, não leve isso muito a sério. O mundo está cheio de diplomados que mal sabem escrever na sua própria língua. O importante é o conhecimento que adquirimos com a nossa experiência. E pude perceber que você é uma pessoa muito inteligente.

      Querida, qualquer tipo de fobia incapacita-nos para a vida. É preciso tratá-la. Você fez muito bem em procurar ajuda médica. O oxalato de escitalopram é excelente. Eu faço uso dessa mesma substância. Você, com certeza, irá sair dessa. Mas é bom que saiba que, no início do tratamento, a pessoa pode passar por sintomas horríveis, como se estivesse piorando. Mas depois da segunda semana em diante, tudo melhorará. Vou lhe enviar alguns links sobre o assunto. Outra coisa, leia os comentários para tomar consciência de que não se encontra só nessa caminhada.

      Continue nos informando sobre sua saúde. Escreva sempre que sentir vontade.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Maria

        Boa tarde, Lu!
        Eu faço uso do Escitalopran, Lamotrigina e Quetiapina desde 2012, quando tive uma recaída de Sindrome do Pânico.A Lamotrigina deixei de tomar já faz algum tempo. A quetiapina tomo todas as noites, se a mesma me falta, não consigo dormir. Uma certa vez fiz um teste por minha conta: fiquei uma semana sem tomar o Escitalopram e os sintomas voltaram; voltei a tomar e estou com ele até a presente data. Ontem alguém me falou que o Escitalopram vai sair do mercado. Como, o que vou tomar agora, até quando viverei dependente desse remédio? Que por sinal me deixa mais confortável, pois uma certa vez a médica mudou a medicaçao escitalopran por outra e eu fui parar na emergência com pressão alta. Por favor, preciso de mais uma orientação.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, fique tranquila, pois essa informação é falsa. Existem vários nomes, usados como fantasia, para a substância denominada oxalato de escitalopram. Cada laboratório dá um nome (Esc, Exodus, Escitalopram, etc). Pode ser que o laboratório “Ache” tire o Escitalopram (nome fantasia) do mercado, que por sinal é um dos mais caros, mas os outros continuam. Sem falar que se trata de um dos antidepressivos mais receitados pelos médicos e com excelente eficácia. Eu, por exemplo, sempre procuro comprar o que estiver mais barato. Peço ao psiquiatra que ponha apenas o nome da substância (oxalato de escitalopram). Portanto, minha querida, durma tranquila, pois terá sempre o seu remédio à mão, ainda que seja com outro nome. O nome fantasia não importa, mas a substância principal do medicamento.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Maria

          Bom dia Lu,muito grata pelo retorno!

          Adorei ter encontrado esta página e ler relatos de tantas pessoas, pois até algum tempo atrás eu tinha receios de falar, sobretudo o que sentia e sinto, infelizmente ainda existem pessoas que zombam da nossa situação, não sabendo elas que, chega pra todos sem distinção de cor, raça, sexo, idade e condição social. Já fui muito discriminada no meu ambiente de trabalho por um dos meus chefes, que chegou a pedir a minha demissão, mas Deus é tão maravilhoso que não permitiu. E essa mesma pessoa um dia veio perguntar-me o que foi que eu senti, quando tive as crises de pânico; ela sentiu o mesmo. Hoje sinto-me bem e confortável tomando Escitalopram, fazendo caminhadas, dançando, namorando, estudando, enfim, sobrevivendo. No início foi muito difícil a aceitação. Hoje não tenho mais receios de falar sobre este assunto, estou sempre à procura de depoimentos de pessoas que sentiram e sentem este desconforto e querem ajuda. Que bom que encontrei esta página e você para nos ajudar. Que Deus te abençoe e nos abençoe.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Como é bom ler um comentário tão otimista como seu, depois de ter passado pelo estigma de ter uma doença mental, que, como diz, não faz “distinção de cor, raça, sexo, idade e condição social.”. Mas sabe querida, nós próprios somos responsáveis por esse estigma, quando agimos de acordo com a ignorância social, escondedo nossa doença. Toda essa série de comentários surgiu quando fiz um texto dizendo que eu era portadora de depressão crônica. Foi o ponto de partida para que muitas pessoas viessem aqui falar de seus problemas, seus medos e esperanças. E assim nasceu esta família maravilhosa da qual passou a fazer parte. Imagine você que ainda existem pessoas que acham que o psiquiatra é um médico de loucos. Haja ignorância! Estamos muito distantes daquela época em que os doentes mentais eram tidos como loucos, por falta de tratamento, jogados em sanatórios ou deixados nas ruas e estradas. Hoje somos pessoas normalíssimas, sensíveis e inteligentes.

          Destaco o trecho maravilho de seu comentário que diz “… fazendo caminhadas, dançando, namorando, estudando, enfim, sobrevivendo. No início foi muito difícil a aceitação. Hoje não tenho mais receios de falar sobre este assunto, estou sempre à procura de depoimentos de pessoas que sentiram e sentem este desconforto e querem ajuda.”.

          Tenho o visto o seu apoio àqueles que aqui pedem ajuda. E temos muito a fazer, amiguinha. Este nosso incentivo e apoio são fundamentais nesta caminhada.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Pri

        Olá, Lu, tudo bem?

        Hoje quero contar para vocês o que aconteceu comigo. Após eu terminar de construir minha casa eu me mudei. Após duas semanas comecei a apresentar uma queda de cabelo enorme. Decidi fazer todos os exames para saber o porquê da queda. Ficava ansiosa a cada resultado, comecei a desencadear taquicardia, falta de ar, tremedeira, bolo na garganta, mãos e pés gelados, sensação de morte, pânico emedo. Meus exames não deram nada. Uma mulher me disse que eu estava com Tag (transtorno de ansiedade generalizada). Pra mim tudo aquilo era novo. Ela me indicou um psiquiatra, eu fiquei furiosa porque pra mim ele era médico de louco, muito burra, achava isso. Fui então ao medico que me indicou um remédios, e eu simplesmente não quis tomar.

        Continuei tendo crises horríveis, tanto à noite quanto de dia, eu tinha medo de tudo. Na igreja, uma mulher me disse que eu tinha que tomar os remédios, pois o filho dela tinha pânico, tomou e hoje está bem. Passei a tomar a fluoxetina 20 mg e rivotril pra dormir. O primeiro dia foi de muito sono, o segundo dia de sensação de fora da realidade, parecia que eu ia enlouquecer, no terceiro dia chorei sem motivo nenhum, o dia parecia cinza e triste. Emagreci 7 kilos durante essa luta toda.

        Hoje faz 45 dias que tomo remédio, foi muita luta, muito sofrimento. A minha fé foi responsável por eu estar bem melhor, hoje.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          Fico muito feliz que esteja bem melhor atualmente. É uma pena que, como muitos outros, imaginasse que o psiquiatra fosse um “médico de loucos”. Infelizmente, a visão errada de muitas pessoas tem levado a isso, aumentando consideravelmente um sofrimento desnecessário. Também foi uma pena o fato de não ter tomado o remédio, pois as crises, quando não tratadas só tendem a piorar, podendo levar até ao suicídio. Outro fator preocupante é quando se mistura religião com tratamento.

          Tive um caso muito triste aqui no blog, quando um rapaz, induzido pelo chefe de sua igreja, parou de tomar o remédio, sob a explicação de que “depressão era coisa do diabo e que, ao frequentar a igreja X, seria curado pelo Senhor”. Como ele era muito constante nos comentários, percebi a sua ausência. Passei-lhe inúmeros e-mails, mas sem resposta, até que certo dia, sua irmã respondeu-me dizendo que havia tirado a própria vida num surto, após parar com a medicação.

          Faço o possível para que, aqui no blog, não se misture religião com tratamento médico. Respeito a fé de cada um. Acho que ela é importante até para dar forças no início da medicação, em razão dos efeitos adversos que são terríveis. Mas não corro o risco de misturá-la com o tratamento mental. Todos nós humanos, seja lá de qual religião formos, ou não, adoecemos. E se um Ser divino deu inteligência ao homem, esta deve ser usada em proveito da espécie humana como um todo. Nenhum chefe de igreja tem o direito de interferir no tratamento médico, sob pena de responder legalmente por isso.

          Fica aqui, portanto, o alerta quanto a tais situações, pois há muita gente irresponsável por aí, tratando as doenças mentais como “coisa do diabo”. A doença mental é química e precisa ser tratada, assim como se trata de câncer, diabetes, hipertensão, etc. Fiquem todos muito atentos.

          Pri, espero que continue cada vez melhor.

          Lu

        2. Pri

          Com certeza, Lu. Jamais vou parar de tomar o remédio até que o médico indique isso. Fora a religião, eu sei que Deus capacitou os médicos pra isso. Obrigada por tudo.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          É isso mesmo! Não pare de tomar o remédio sem ordem médica, pois as crises voltam ainda mais violentas. Se Deus capacitou o homem, dando-lhe inteligência, precisamos acreditar em sua criação e não duvidar dela.

          Beijos,

          Lu

        4. Marta Ferreira

          Paula

          Qual é a dose do rivotril que você toma? Eu estou a tomar há 35 dias e inda nao sinto melhoras, só me apetece chorar, nao me sinto alegre.Tomo fluoxetina 20 mg e rivotril 0.5 ao deitar-me e 0.25 ao levantar-me.
          Obrigada!

    2. Maria Rosilene

      Oi, Lu
      Lu, acordei de madrugada sentindo ansioosa e agoniada, e com um medo terrível de estar em depressão. Hoje estou com 18 dias tomando oxalato de escilatopram, será que essa excitação deve-se ao fato de eu estar tomando uma dose maior do medicamento? Ou ainda são os sintomas adversos? Eu quero muito sair dessa, mas esses sintomas e medos me deixam triste.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        Em algumas pessoas, os sintomas adversos persistem por mais tempo. Procure ficar o mais relaxada possível. Tire a palavra “medo” de sua vida, pois ela tem uma conotação muito negativa. Pode ser as duas coisas: estar ainda no início do tratamento e ter aumentado a dose. Mas isso logo passa. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Você está caminhando para sair “desta”. O pior já ficou para trás. Agora é levantar a cabeça e seguir em frente, com a maior confiança possível.

        Beijos,

        Lu

    3. Josimere

      Poxa! Gostei muito de todos os comentários e respostas que li. Realmente o sofrimento é grande e a vontade de ficar bom logo nos deixa ainda mais ansiosos.

      Eu também entrei na luta com o Oxalato de Escitalopran. Meu grande erro foi que, quando comecei a ver resultados, eu fiz uma lambança no meu tratamento. O psiquiatra me diagnosticou com uma ansiedade alta com alguns sintomas depressivos e me passou o oxalato de escitalopran em agosto de 2014, depois de um divórcio complicado. Me passou por tempo indeterminado, mas quando comecei a sentir melhoras, eu parei por minha conta, e depois me vi perdida em meio a tantos sintomas piores que antes. Aí voltava, parava, com isso gastei muito dinheiro e hoje mudei por conta própria pra sertralina, fiz uma bagunça.
      Tomei a sertralina por 10 dias e ontem eu voltei a tomar o oxalato.
      Hoje estou no segundo dia.

      Ontem tomei 3 sertralina de 25mg e 1 oxalato a tarde. A dor de cabeça era tanta, o mal estar também que só consegui dormir depois de 01:00 da manhã,morrendo de medo de não conseguir pegar no sono. Graças á Deus hoje acordei um pouco melhor. Amei os comentários e respostas que me deram força pra continuar.

      Que Deus abençoe a todos!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Josimere

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, não vai ser em razão de sua primeira visita que não irei puxar-lhe a orelha, pois tem comentido muitas coisas erradas em seu tratamento, possíveis de levá-la a problemas seríssimos e até mesmo à morte:
        1- O tratamento com antidepressivo não pode ser interrompido por conta própria, sem que o médico ache que o paciente possa ser liberado.
        2- Ao ser liberado, o paciente precisa passar pelo desmame, caso contrário sofrerá muito com a abstinência da substância usada.
        3- Quando o tratamento é parado antes do tempo indicado, as crises voltam ainda mais fortes e duradouras.
        4- A volta a um antidepressivo, depois de uma parada brusca, aumenta ainda mais os efeitos adversos.
        5- Existem antidepressivos que não podem ser misturados com outros, exigindo um tempo para que o organismo elimine toda a substância do medicamento anterior, caso contrário pode haver interações medicamentosas perigosíssimas (choque serotoninérgico).
        6. Antes de iniciar o tratamento com esse ou aquele depressivo, o médico precisa conhecer um pouco do histórico de saúde do paciente, saber quais remédios ele toma, para indicar um que não traga riscos para sua saúde.
        7- Em hipótese alguma o paciente pode misturar remédios por conta própria, uma vez que desconhece as interações medicamentosas entre as substâncias.

        Josei, em seu comentário você diz: “… e hoje mudei por conta própria pra sertralina, fiz uma bagunça. Tomei a sertralina por 10 dias e ontem eu voltei a tomar o oxalato. Hoje estou no segundo dia. Ontem tomei 3 sertralina de 25mg e 1 oxalato a tarde.”

        Amiga, não faça isso. A saúde é o nosso bem mais valioso que temos. Volte a seu psiquiatra e reinicie o tratamento corretamente, observando todos os passos indicados por ele. Peço-lhe que também leia o artigo OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. E que Deus abençoe essa cabecinha “lambanceira”.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Josi

          Obrigada, Lu!

          Por isso meu sofrimento só estava aumentando… Eu tomando medicamento sério como se fosse um comprimido de dor de cabeça. Jesus!
          Estou sem condições de ir ao psiquiatra com qum faço acompanhamento e que me passou o Oxalato de Escitalopran,por isso eu retomei da maneira correta como ele havia me passado antes, 10mg pela manhã por tempo indeterminado. Vou manter e logo que conseguir vou marcar essa consulta.
          Quero ficar boa. Eu tomei por muito tempo o limbitrol junto, mas ele tinha permitido, mas parei e minha abstinência foi terrível, quase pirei.Por isso voltei com escitalopran e não quero mais desistir. Quero viver com qualidade o que ainda me resta.

          Muito bom esse contato aqui.
          Abraço!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Tenho a certeza que agora fará tudo direitinho. Não se arrisque tanto com remédios. Logo,logo irei soltar um texto sobre o assunto. O perigo de abstinência, sem que tenha antes passado pelo desmame, pode levar até ao suicídio. Portanto, amiguinha, siga o seu tratamento com rigor. Assim que puder, retorne a seu médico. E venha sempre conversar conosco.

          Abraços,

          Lu

        3. Josi

          Lu, obrigada!
          Estou com uma dúvida e no momento como disse no comentário anterior não estou podendo consultar meu médico. Se você ou alguém que já fez ou faz uso do Oxalato de Escitalopran puder me ajudar, fico grata. Estou no 3º dia hoje retomando ao tratamento,e percebi que a pálpebra do meu olho direito parece ficar mais flácida e caída, estranho isso, acho que por isso eu devo ter parado também. Os olhos ficam embaçados e um pouco de tonteira. Alguém sentiu isso? Se sentiu foi só no começo? Eu posso tomar esse medicamento depois do almoço?

        4. LuDiasBH Autor do post

          Josi

          Os antidepressivos apresentam efeitos adversos. A intensidade desses varia de uma pessoa para outra. Alguns efeitos são normais e passam com o tempo, mas outros necessitam de ser comunicados ao profissional da saúde. Vou lhe passar, via e-mail, o link de um texto que fiz, que explica quando você deve buscar ajuda médica. Leia com bastante atenção. Quanto ao horário de tomar, ele acontece de manhã ou à noite. Mas poderá ver isso depois com seu médico, pois depende muito da atividade que exerce, se tem insônia ou excesso de sono, etc.

          Beijos,

          Lu

        5. Vivian

          LU
          Minha médica me passou oxalato, estou entrando na menopausa e nos meus exames o nível de cortisol esta no pé, nunca tive depressão. Vejo que este medicamento é usado para estes fins.Tenho medo de tomar e acabar causando um tipo de distúrbio por causa do remédio. É normal o médico indicar este medicamento na menopausa? Essas variações hormonais também são tratadas com este medicamento? Não que eu não confie na minha médica, mas tenho medo desses medicamentos, por isso ainda não iniciei o tratamento.
          Agradeço muito sua atenção!

        6. LuDiasBH Autor do post

          Vívian

          Seja bem-vinda a este espaço. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, você não tem TAG,transtorno do pânico, agorafobia, fobia social ou TOC? Ao entrar na menoupausa, com os hormônios em desequilíbrio, não está passando por uma fase de muita irritabilidade? Na sua conversa com sua médica, não evidenciou ansiedade ou qualquer descontrole emocional que esteja vivendo? Se um destes fatores foi mencionado, é normal que ela tenha lhe receitado um antidepressivo. As variações hormonais não são tratadas com tal medicamento, mas o estado emocional da mulher pode ser, sim, pois muitas, nessa fase, entram em profunda depressão, ou passam a ter alguma síndrome. Mas se você se encontra bem, emocionalmente falando, não há porque fazer uso de um antidepressivo. Penso que apenas um ansiolítico seria necessário, para que fizesse uso somente quando dele necessitasse. Converse direitinho com sua médica, e fale-lhe de suas preocupações. Não tome nenhum remédio sem se sentir segura quanto às explicações. No caso de dúvida, não exite em consultar outro profissional. Não há porque tomar um remédio sem necessidade.

          Vívian, aguardo um novo contato com você.

          Abraços,

          Lu

  232. Fernando

    Ola, Lu, tudo bem?
    Fui à especialista hoje informar sobre meu problema. Tenho muita ansiedade e problemas emocionais… Nao consigo me alimentar direito perto da minha namorada e nem dos seus familiares. Só de pensar em comida ou sentir o cheiro me da ânsia forte de vômito. Já perdi 5 kg, e isso acontece todas às vezes desde de que começamos a namorar. Estou muito chateado com isso porque vem me atrapalhando muito, além da tremedeira e calor que sinto, quando chego ao extremo. informei tudo isso a ela que me receitou o Ecitalopan… Ja li sobre o medicamento e vi muitas coisas boas e ruins… O que voçê me informa?

    Att Fernando Cruz

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernando

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, a nossa mente é mesmo uma eterna desconhecida, criando as mais esdrúxulas comédias. Imagine ficar nervoso na presença da namorada e da família dela, quando isso deveria ser motivo de bem-estar. Você não me deu dicas de que tipo de pessoas é ela e sua família. Caso seja de família “importante”, pode ser que não se julgue à altura de tais, podendo estar implícito um sentimento de inferioridade. Se for o caso, é preciso trabalhar a autoestima, de modo a compreender que nenhuma pessoa é superior a outra, ainda que as separem “altos cargos ou muito dinheiro”. Caso não seja isso, pode se tratar de algum tipo de fobia, e o escitalopram é uma boa pedida. O fato é que não pode continuar assim, pois poderá incorrendo numa doença mais grave. Não force, dê tempo ao tempo. Por enquanto, evite alimentar-se na casa dela. Já conversou com ela sobre o assunto? O tempo de namoro não lhe permite abrir-se com sua namorada?

      Nando, há momentos na vida em que não temos escolhas, sendo o remédio imprescindível. Assim como todos os antidepressivos, o oxalato de escitalopram também apresenta efeitos adversos que irão desaparecendo após as primeiras semanas de uso. Eu o tomo e sinto-me muito bem. No início é preciso ser forte, mas o que virá depois compesará tudo, pois traz-nos o equilíbrio, possibilitando-nos uma melhor qualidade de vida. Resta-lhe ser POP (paciente, otimista e persistente). Tudo irá dar certo, não tenha medo!

      Sempre que quiser volte aqui para conversar conosco. Vou lhe enviar uns liks para leitura.

      Abraços,

      Lu

      1. Fernando

        Obrigado, Lu.
        Ajudou bastante sua dica. A família da minha namorada são pessoas maravilhosas e me adoram, fazem de tudo pra me supreender e agradar, mas o problema sou eu, que me sinto abalado com isso. E fujir da alimentação não dá, pelo fato de eu passar muitos dias lá. Passo um aperto muito grande. Esse medicamente tem alguns efeitos colaterais que me assustaram, como A impotência sexual, isso me deu anseio… O que me diz. Obrigado desde já.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nando

          O seu medo apavorante é então proveniente de uma fobia (medo incontrolável e sem sentido). O tratamento irá lhe fazer muito bem, pois controlará sua ansiedade e irá equilibrá-lo emocionalmente.

          Amiguinho, todos os usuários de antidepressivos preocupam-se com o efeito adverso referente à libido. Em algumas pessoas pode acontecer, sim, a queda da libido, principalmente no início do tratamento. Mas não se preocupe, pois o organismo, com o tempo, voltará à sua normalidade. E não adianta nada ser um “garanhão” (risos) com a mente abilolada (risos). O ideal é a sintonia entre os dois. Portanto, faça seu tratamento e não se preocupe com isso. Converse com sua namorada, tenho a certeza de que ela compreenderá perfeitamente, caso isso venha a acontecer. Mas não pare de tomar a medicação, pois poderá voltar com crises mais agudas, ainda.

          Abraços,

          Lu

  233. Maria Rosilene Autor do post

    Oi, Lu!
    Fui ao médico hoje e ele aumentou para 10 ml o oxalato de escitalopram. O problema é que eu estou morrendo de medo de tomar e voltar aquele sintomas desagradáveis do início do tratamento, até porque hoje estou no 15º dia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Rosilene
      Muitos médicos mandam começar com uma dose mínima para que o organismo vá se acostumando com o remédio. Não tenha medo. Após o décimo quinto dia, os sintomas adversos já estão no fim. Não aumentarão, pelo fato de ter aumentado a dosagem. Fique tranquila e siga direitinho a orientação médica.
      Abraços,
      Lu

  234. Edward Colber

    Lu… Bom Dia!

    Estou começando a tomar escitalopram de 20 mg, mas estou me sentindo péssimo, ou seja, muito pior que de quando fui ao médico. Como sou muito ansioso, fico pensando, será que estou tomando o remédio certo? É verdade mesmo que nos primeiros dias pioram os sintomas. Estou ficando louco e enlouquecendo minha esposa. Nossa que fase, amiga! Tenho hoje 60 anos e nunca imaginei estar passando por isso. Minha vida familiar e financeira é boa, as pessoas tiram até sarro de mim, dizendo que não tenho motivo para estar assim.Tomo Rivotril para dormir tb.
    Está muito dificil, amiga!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edward

      Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa!

      Amiguinho, diga a seus amigos que a dona “deprê” é muito democrática. Não escolhe idade ou condição social. Para ela, caiu na rede é peixe… risos. E que eles abram os olhos, pois ela anda atacando e fazendo estragos mundo afora.

      Sim, é verdade que nos primeiros dias a pessoa fica pior do que antes de iniciar o tratamento. É o corpo tentando livrar-se de uma substância desconhecida. A partir da terceira semana em diante, antidepressivo e organismo vão ficando cada vez mais íntimos, amantes perfeitos, só trazendo bons resultados. Inicialmente é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) para lutar contra os efeitos adversos. É o período que chamo de “turbulêcia”, mas que não tarda em passar. Portanto, saiba que não está ficando louco… risos. É assim mesmo! Aguente firme no leme. A zona de medo logo ficará para trás. O rivotril ajuda a levar esses primeiros dias de tratamento. Para ter certeza de que é preciso ser guerreiro, leia os demais comentários aqui presentes. Nós somos guerreiros, e dos bons!

      Edward, o oxalato de escitalopram é uma das substâncias antidepressivas mais receitadas pelos médicos em todo o mundo (eu a tomo). É relativamente nova no mercado, trazendo menos efeitos adversos e é também mais efetiva. Fique tranquilo e siga o seu tratamento direitinho, procurando fazer uma alimentação equilibrada, tomar muito líquido e aliar a isso exercícios físicos.

      Um grande abraço e volte sempre para conversar conosco, pois essa troca de informação ajuda muito nessa fase tão difícil.

      Abraços,

      Lu

      1. Edward Colber

        Bom dia, Lu!

        Obrigado pela força. Acabei ficando com mania, toda hora entro no blog para ver aqui os relatos e suas respostas. Isso me conforta e me dá esperanças.

        Obrigado, amiga.

        Edward

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edward

          Ler os comentários das pessoas é realmente muito importante, pois sentimos que não estamos sós na caminhada. Espero que tenha visto dois comentários dirigidos a você, por parte de pessoas que passam pela mesma situação. Outra coisa, saiba que o antidepressivo não é a salvação total da lavoura. Digamos que ele entra com 50% e nós com os outros 50% (ver texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA). Precisamos mudar certas atitudes em nossa vida, cobrando menos de nós mesmos e dos outros à nossa volta, em suma, procurando viver com mais leveza. Saiba também que jamais seremos felizes 100%, ainda que não tomássemos nenhum remédio, pois somos humanos. O sofrimento faz parte de nossa existência. A melhor dica é vivermos um dia de cada vez, procurando a alegria e a felicidade nas coisas que antes julgávamos insignificantes.

          Abraços,

          Lu

    2. Mona Portugal

      É amigo Edward, como é difícil, né!
      Não sei se você leu nos comentários, mas eu também estou na mesma que você. Hoje estou chorando muito, além dos outros sintomas.
      Mas o que também me deixa triste é a forma como as pessoas abordam nosso problema. Fiquei com minha consulta marcada por 2 meses, sem falar para ninguém. A única pessoa para quem contei foi o meu marido, que trata o assunto como se não fosse nada. Como se todos tivessem problemas maiores que os meus, e não estão assim como eu. Como já disse, espero que a medicação melhore não só os sintomas como também o meu estado de tristeza. Melhoras!

      Abraços

    3. Maria

      Edward
      Também estou tomando a mesma medicação há mais de um ano, mas o médico disse para eu começar com meio comprido de 10 mg e depois aumentasse. Como tenho mais de 60 anos e já sei como em mim funcionam esses remédios, comecei com um quarto de comprido de 10 mg, e depois de um mês passei para 5 mg. Eu me dei bem. Agora ele mandou aumentar para 3 quartos de um comprimido de 10 (corto o comprido em 4). Até chegar em 10 mg. Mas cada caso é um caso. Sei que eu, se começar a tomar 10 mg direto, também vou sentir mais efeitos iniciais. Consulte seu médico. Estou por aqui com a LU, que é ótima.

  235. Marta Ferreira Autor do post

    Oi, Lu!
    Mais uma vez recorro a si para me dar a sua opinião. O que me diz da hipnoterapia? O meu problema são ataques de ansiedade e pânico.
    Estou a tomar rivotril há 4 anos, iniciei zoleptil e fluoxetina há 28 dias, mas ainda estou sentindo alguns efeitos secundários, você considera ainda normal?
    Um beijinho e obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marta
      A Hipnoterapia é um tratamento sério, praticado por profissionais especializados, e que diz curar depressão, fobias, dependência química, etc. Eu nunca passei por isso e nem conheço alguém que o tenha feito. Mas toda terapia, se aplicada por bons profissionais, vale a pena ser tentada. Quanto ao uso do antidepressivo, é normal que ainda esteja sentido os efeitos adversos, pois algumas pessoas sentem-nos por mais tempo. Fique tranquila.

      1. Marta Ferreira Autor do post

        Lu, obrigada pelas palavras!
        Vou fazer com profissionais certificados e que dão a cara na tv. Isso dos sintomas é horrível, pois ora estamos bem, ora estamos mal. Às vezes perco-me nos meus maus pensamentos e bloqueio mesmo.
        Um beijinho

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marta
          Isto acontece com todo mundo. O ideal é tentar sempre se desviar de tais pensamentos e agir com bastante otimismo, acreditando que irá ficar boa. Quanto à hipnoterapia, assim que fizer, venha nos contar os resultados. Desejo-lhe muito sucesso.
          Abraços,
          Lu

  236. Maryane

    Oi, Lu
    Faz 7 dias que iniciei o tratamento com fluoxetina. Minha depressão parecia um sonho ruim, em que eu não sentia ânimo, não sentia nada. Agora parece que estou voltando à realidade, só que estou me sentindo aérea e mais calma, é normal isso? Tenho medo de estar pirando. Me acalme… hehe!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maryane

      É mais do que normal, pois você ainda se encontra na fase inicial do tratamento, quando os efeitos adversos são bem ruins. Em tão pouco tempo, você já está se sentindo melhor. Que maravilha! Quanto ao fato de estar se sentindo aérea, não se preocupe, faz parte da fase inicial da medicação. Pode ficar tranquila… risos.

      Abraços,

      Lu

  237. Mona Portugal

    Oi, Lu, descobri você aqui. Li vários comentários.
    Hoje, depois de muitos anos sofrendo, criei coragem de ir a uma consulta com um psiquiatra. Cansada de resolver todos meus problemas com silêncio… Ansiedade por antecipação, pânico e depressão. Não é fácil sair com um diagnóstico assim. Além de sofrer com fibromialgia e menopausa precoce.

    Ando muito triste, sem perspectiva, sem ânimo nenhum. O psiquiatra me receitou o Escitalopram e Stilnox 6,25 mg. Por mais que tenha um pouco de rejeição a medicamentos, não me adaptando à fluoxetina e sertralina, espero ter força pra aguentar passar a adaptação. Sei que estou precisando de ajuda. Só não sei se consigo trabalhar agora no começo, porque tomei meio comprimido de escitalopram e estou sentindo minhas pupilas dilatadas. E estou preocupada, por ser manicure e cabeleireira.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mona

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      O mais importante é saber que hoje temos os antidepressivos que nos oferecem uma melhor qualidade de vida. Imagine como devia ser difícil a vida do doente mental antes disso. Só temos a agradecer por isso aos incansáveis pesquisadores. Tenho a certeza de que irá equilibrar a sua vida, de modo que tais incomôdos não mais a perturbem. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) para vencer. Já tomei fluoxetina, que depois de alguns anos deixou de fazer efeito. Tomo hoje o oxalato de escitalopram e estou me dando muito bem. A fase de adaptação é um pouco difícil, como se estivéssemos piores do que antes. Mas isso passa, cerca de duas a três semanas depois, vindo os efeitos positivos. O ideal é que tirasse alguns dias de licença, até se adaptar aos novos remédios.

      Mona, foi um prazer receber a sua visita e comentário. Volte sempre!

      Beijos,

      Lu

      1. Mona Portugal

        Obrigada pelo carinho, realmente você tem razão, imagina como seria, mas também não acho fácil aceitar. Pra mim foi muito difícil tomar a decisão de procurar ajuda. E aceitar tudo isso!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Existem certos caminhos em nossa vida que não possuem encruzilhadas, para deles nos desvencilharmos. Assim sendo, devemos procurar a melhor forma de conduzir a nossa caminhada. E assim é com as doenças mentais, sobretudo. Precisamos buscar ajuda, pois o fato de ignorá-las só reforça as crises. É como diz um nosso conhecido ditado: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”. Penso eu que a melhor maneira é buscar tratamento, encarando-o com a maior normalidade possível. A “aceitação” (nada a ver com omissão) torna a nossa vida muito mais leve. Pense nisto!

          Beijos,

          Lu

      2. Mona Portugal

        Bom dia, Lu!

        Gostaria de saber se o que estou sentindo esta normal. Estou sonolenta, com a vista dilatada, e moleza. Estou iniciando com 5 mg de Oxalata de Escitalopram. Realmente não vou conseguir trabalhar assim… kkkkk. Você sabe me dizer se demora pra passar. Desculpa te incomodar.
        Beijocas

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          A dosagem de 5 mg é muito pequena, mas ainda assim pode provocar tais reações. O ideal é que não trabalhe logo no início da medicação, principalmente em serviços que exigem muita atenção. No início do tratamento tais efeitos adversos são normais. Eles irão passando depois da segunda ou terceira semana de uso do antidepressivo. Sugiro-lhe a leitura do texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM, cujo link encontra-se no final deste texto. E não há incômodo algum. Sinta-se à vontade.

          Abraços,

          Lu

        2. Mona Portugal

          Vai aumentar a dose no 10° dia para 10 mg. Mas estou colocando toda minha esperança nele, mesmo passando mal. Pareço estar mais deprimida, sem vontade de comer, zonza, sonolenta, mas vou adiante. Minha preocupação está sendo quando aumentar a dose, se não vou voltar a ter os sintomas ruins de novo. Ainda bem que te encontrei aqui, neste momento em que tanto estou precisando.
          Obrigada

        3. LuDiasBH Autor do post

          Mona

          Todos os sintomas citados por você são específicos do início do tratamento. A dose inicial de 5 mg é para que o organismo vá se acostumando aos poucos com o antidepressivo. Ao passar para 10 mg, os efeitos adversos não serão tão fortes. Fique tranquila. Seja POP (paciente, otimista e persistente) e tudo irá dar certo.

          Abraços,

          Lu

  238. Maryane

    Oi, Lu!
    Comecei a tomar fluxoetina há 5 dias. Ando sentindo insônia, falta de fome, e parece que as angústias e os sentimentos ruins associados à ansiedade pioraram. É assim mesmo? Será que devo esperar mais um pouco ou suspender o uso. Tomo 20 mg toda manhã.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maryane

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa!

      Os antidepressivos levam, em média, três semanas para fazer efeito. No início, eles realmente pioram o estado da pessoa, trazendo muitos efeitos adversos. Porém, passado esse tempo, os bons resultados vão chegando. É preciso, portanto, ser POP (paciente, otimista e persistente). Não pare em hipóstese nenhuma a medicação, a menos que o médico mande, pois o retorno ao remédio é ainda pior, com as crises agravadas. Eu já tomei fluoxetina e no início não sentia fome alguma, mas depois o meu organismo equilibrou-se. Também sentia muita insônia, tendo o médico passado-me bromazepam. Faça o tratamento direitinho, pois irá valer a pena. Volte sempre!

      Abraços,

      Lu

  239. Freddy

    Oi Lu.
    Estou na 3ª semana do eficentus. E está tudo pior. Estou tendo crises de choro terríveis. Parece que o remédio não quer fazer efeito. Não consigo me alimentar. Sair de casa. Não controlo meus pensamentos. Meu filho quer brincar comigo e não consigo. Isto me entristece mais ainda. Deveria procurar outro psiquiatra? Passei a psicoterapia pra 2 vezes na semana. Estou muito pior que antes do tratamento. Não estou vendo evolução de melhora. Estou tendo vontade de morrer. Não estou dando conta. Acordo angustiado e chorando. Tenho momentos de irritabilidade. A ansiedade pânico. Acho que por causa do rivotril sublingual. Estou tomando 2 a 3 por dia de 0,25. Só quero dormir até tudo passar e quando acordo nada mudou. Semana passada caminhei pela manhã. Nadei e nada mudou. Será que preciso de uma internação? Isto existe? Não me afundaria mais? Ficar longe da minha família? Realmente estou perdido.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Freddy

      A terceira semana, para alguns, ainda representa turbulência. Alguns organismos reagem mais rapidamente ao medicamento, outros não, como está acontecendo com você. Seja paciente! Acalme-se! Aguarde mais uma semana, se achar que não melhorou nada, procure outro psiquiatra, como fez uma das leitoras do blog. O novo psiquiatra acertou em cheio no medicamento que ela deveria tomar.

      Quanto ao fato de ter caminhado e nadado, faz-se necessário um tempo maior para colher os resultados. O contato com a família é muito importante em qualquer tipo de tratamento, mas, se achar que a barra está muito pesada, converse com o seu psiquiatra sobre esta possibilidade. Quem sabe uma sonoterapia poderia ajudá-lo? Você voltou ao psiquiatra? Repassou para ele o que estava sentindo? No início do tratamento esse contato é muito importante, indispensável, ainda mais quando os efeitos adversos estão muito fortes. Continue caminhando e nadando. Não desanime. E não está perdido coisa nenhuma… risos, pois vive no século XXI, com inúmeros medicamentos no mercado. Aguardo notícias suas.

      Abraços,

      Lu

      1. Freddy

        Oi, Lu!

        Fui a outro psiquiatra hoje. Me senti muito melhor. Ele mudou a medicação e me deu diagnóstico de TAG com início de depressão. Diferente do outro que nem me escutava direito, foi uma consulta de 1 hora e meia. Minha mãe e minha esposa foram comigo. Ele fez questão de escutá-las. Saí muito mais seguro e satisfeito. Mudou toda a medicação. Tirou o escitolapran e passou para Paroxetina e trocou o rivotril por frontal. Segundo ele, são medicamentos mais brandos e com melhor resposta para a TAG. O outro psiquiatra estava me julgando com pânico.

        Antes de ir ao novo psiquiatra, eu pedi a Deus que estivesse lá. E acredito realmente que ele estava e me medicou. Foi para esse novo tratamento, uma vez q o escitolapran estava acabando comigo. Dando crises muito fortes. Pior que antes do tratamento. Enfim, um dia de cada vez e hoje estou mais confiante. Virei sempre por aqui dar notícias e dividir com os amigos todos os momentos e experiências, além claro de escutar seus belos conselhos. Que Deus te dê sempre muita saúde, paz e sabedoria para ajudar tantos, como você faz. Agradeço cada palavra trocada e atenção. Boa noite. Deus abençoe e dê força a todos nós!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Freddy

          Que notícia maravilhosa! Agora é seguir o tratamento direitinho e esperar as coisas entrarem nos eixos. Parabéns pela luta travada. Saiba que você é um guerreiro que merece a vitória, pois vem batalhando arduamente por ela.

          Amiguinho, mesmo os médicos psiquiatras possuem muita dificuldade em diagnosticar corretamente as síndromes e doenças mentais, pois elas se confundem, principalmente no início, pois são estudos ainda muito novos. E sem falar que os antidepressivos não agem igualmente em todos os organismos. A mudança de médico foi excelente para você, e o tempo que lhe foi dado para a consulta, resultou, com certeza, num bem elaborado diagnóstico. Daqui para frente sua vida será outra. Continue POP (paciente, otimista e persistente). Não desanime! Alie ao tratamento uma alimentação saudável e exercícios físicos. E não se esqueça de dividir conosco essa sua caminhada.

          Abraços,

          lu

  240. Rosana

    Olá, Lu!

    Estou tomando o Cloridrato de Fluoxetina há 4 meses, receitado pelo meu psiquiatra, por motivos de depressão e ansiedade, porém, ultimamente venho me sentindo triste e nervosa. Conversei com uma amiga que me disse que existem altos e baixos durante o período de tratamento. Estou aguardando a nova consulta, mas queria saber se realmente isso acontece, pois coincidentemente passei a pegar o medicamento no Posto de Saúde.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, eu tomei a fluoxetina durante muitos anos, até que ela passou a não fazer mais efeito para mim, foi quando passei a usar o oxalato de escitalopram, e também pelos mesmos motivos citados por você. Quando diz que vem se sentindo “triste e nervosa”, eu não sei se isso é relativo a fatos do seu dia a dia, pois continuamos sentindo emoções, apesar do remédio, que não funciona como a pílula da felicidade, ou se é em função de o remédio não estar fazendo o efeito esperado. O seu retorno ao médico é muito bom, para que ele possa avaliar sua saúde mental. Pode ser que esteja precisando apenas de um reajuste na dosagem.Fique tranquila, observe seus sintomas para repassá-los a seu médico. Contudo, saiba que, como todo ser humano, continuará sentindo alegrias, tristezas, nervosismo… Tudo em razão de certos acontecimentos. Mas se estava se sentindo bem e esses sintomas apareceram sem motivo, torna-se necessário levar ao conhecimento do especialista. Muitas vezes um pequeno ajuste na dosagem já equilibra. Depois volte para nos contar como foi sua ida ao psiquiatra.

      Abraços,

      Lu

      1. Rosana

        Lu
        Na verdade você tem toda razão, passei sim por um momento que me deixou profundamente triste, acho que há umas 3 semanas atrás, e desde então não consigo me livrar desse sentimento, desta vez não está sendo simples de resolver, como vinha acontecendo.

        Grande beijo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rosana

          Todas as pessoas passam por momentos ruins. O melhor a fazer, no seu caso, é jogá-lo nas águas do esquecimento. O que está feito não está por fazer. Cultivar mágoa, remorso ou raiva só faz mal a seu portador. Portanto, amiga, dê o dito por não dito e o acontecido por não acentecido. Se tiver que pedir desculpas faça-o, se for necessário perdão, perdoe, se precisar apenas esquecer, faça de conta que foi um sonho mau. E, se se tratar de algo feito por alguém, lembre-se de que não pode colocar sua felicidade nas mãos de ninguém. Se fizer isso, será eternamente infeliz. O comando de sua vida está nas suas mãos. E ponto final!

          Abraços,

          Lu

  241. Fernanda

    Olá, Lu!

    Comecei a ler seu blog e me identifiquei com ele. Em junho, comecei a tomar fluoxetina 20 mg, embora meus sintomas de depressão tenham começado há muito mais tempo, mas nunca achei que isso fosse acontecer comigo. Pensava que meu desânimo era falta de alguma vitamina, etc. Tentei alguns métodos alternativos que não funcionavam. Cheguei a passar por consulta antes de junho e ano retrasado meu exame de b12 deu muito baixo. O médico pediu o exame novamente e deu normal, e ficou por isso mesmo.

    Faço tratamento pelo SUS, e no meu postinho tem agendamento de consulta somente às quartas e tem que chegar antes das 5 e meia da manhã pra conseguir a vaga. Como não queria mais sair de casa e não tinha ninguém pra marcar para mim, adiei por vários meses depois, até marcá-la. Não consegui falar tudo que sentia, porque chorei muito, disse que: estava no meu limite, não saia mais de casa, só dormia, deixei meu marido e filhos de lado, tanto que minha filha mais velha estava mal na escola e eu nem sabia, meu esposo levava e buscava as crianças pra mim, perdi totalmente a alegria de viver, tanto que um dia depois de ganhar um presente que eu queria e precisava muito, fiquei , pois não me senti merecedora daquilo, mas a gota d’água foi quando meus filhos conseguiram vagas pra fazer esporte aqui num clube muito requisitado, e entrei em pânico, ao saber que teria de levá-los. Percebi que estava atrapalhando a vida de minha família com meu comportamento. Relatei tudo à médica, que é um amor de pessoa, e ela me receitou fluoxetina de 20 mg.

    Nos primeiros 7 dias parecia que eu ficava bêbada depois de tomar o remedio, tive tremedeira, depois passou. Mas apesar disso não senti nenhuma melhora depois de 15 dias. Ela aumentou a dose pra 40 mg e começou a fazer efeito. Já não tinha mais pensamentos ruins e meus dias não eram tão escuros, porém, os outros sintomas ainda ficaram, desânimo, sono etc. Fiz o tratamento certinho por 7 meses, mais no dia que seria minha consulta, na qual renovaria minha receita, descubro que a médica estava em férias e era outro o médico que estava fazendo as receitas. O meu remédio depois de 2 dias ficaria pronto. Depois daquele dia fui mais 8 vezes e até agora nada da minha receita ficar pronta. Estou há 20 dias sem tomá-lo. Minha dor de cabeça voltou, aumentou ainda mais minha tristeza, a vida também não tem ajudado, pois meu marido está desempregado há 8 meses, e eu também. Tenho escoliose e a artrite que se manifesta mais no meu cotovelo esquerdo, sendo que há dias que fico impossibilitada de fazer qualquer coisa. Isso tem piorado a minha situação, preciso trabalhar mais não tenho forças de sair de casa, só quero dormir. Segunda, dia 22 tenho consulta com a doutora. Queria que ela trocasse a fluoxetina por outro ou aumentasse a dose. Os dias tem sido difíceis, depressão não é brincadeira, tem gente que pensa que é frescura, falta do que fazer, mas não imagina o quanto isso é triste. Desculpe o texto enorme, espero que logo essa fase passe não só pra mim como para todos.

    Um grande abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernanda

      Seja bem-vinda a este cantinho, onde nos ajudamos mutuamente. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, todos os problemas relatados por você são indicativos de depressão, mesmo. E não há outro caminho senão tratá-la. Você fez a coisa certa ao procurar ajuda médica. O ficar em casa e não querer sair é a dica de que algo está errado conosco. Ainda bem que você não foi vitimada pela Síndrome do Pânico, que é terrível, pois traz-nos a sensação de que estamos morrendo de um ataque cardíaco.

      Fernanda, não se sinta culpada por não estar ajudando sua família. Só tempos culpa daquilo que devemos fazer e não o fazemos. O seu comportamento tem sido originado pela depressão, o que está além de suas possibilidades de controle. O sentir-se culpada ainda agrava mais seu quadro. Se ler os comentários aqui, verá que as pessoas têm essa sensação de inutilidade, deixando marido, filhos e casa de lado. Uma advogada que me escreveu ontem, fechou até seu consultório. Contudo, assim que o remédio fizer efeito de fato, tudo se resolverá. Eu também já passei por tudo isso e hoje encontro-me aqui, animada, tentando conversar com os meus leitores e ajudá-los no que posso. Trata-se apenas de uma fase de sua vida. Pense só nisso, pois tudo irá passar.

      O fato de estar há tantos dias sem o remédio, mostra a irresponsabilidade do Posto de Saúde que frequenta. Isso não pode acontecer, pois todo tratamento antidepressivo não pode parar abruptamente, pois deixa o doente pior. Diga-lhes que irá levar o caso à mídia, e, se alguma coisa acontecer consigo, eles serão responsabilizados. Ao voltar a consultar com sua médica, conte-lhe o absurdo de ter parado o remédio de uma vez, por tantos dias, fale-lhe das caminhadas inúteis até o local.

      Em relação a seu remédio, a médica deverá aumentar a dosagem, se a que está usando está sendo insuficiente. Relate para ela tudo direitinho, para que possa avaliar os efeitos do medicamento. Leve por escrito, para não se esquecer de nada. Esse retorno irá lhe fazer muito bem, além de renovar sua confiança no tratamento. Quanto às pessoas que acham que depressão é frescura, ignore-as. Elas também não têm culpa, pois somente de uns anos para cá é que a Ciência vem aprofundando nas pesquisas sobre o cérebro. Ainda há muita falta de informação. E trata-se de uma doença que caminha para ocupar o primeiro lugar no mundo. Ainda bem que bons remédios estão sendo lançados no mercado, a fim de dar-nos melhor qualidade de vida.

      Querida, há momentos em nossa vida em que tudo parece descambar. Vejo que vem passando por uma situação muito difícil, mas pense nisso apenas como uma passagem e uma apredizagem. Não há mal que dure para sempre. Você diz que só quer dormir, mas isso faz parte da doença e da fuga. Pensamos que ao acordar, tudo será diferente. Ao voltar a tomar o remédio, tudo voltará ao equilíbrio de antes. Tenha fé! Gostaria que continuasse comunicando-se conosco. E escreva sempre que sentir vontade.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Aline

      Fernanda, procure o mais rápido possível o médico para tratar com outra medicação. Fluoxetina é agua com açúcar em alguns casos. Eu me trato com antidepressivos mais modernos e me sinto muito melhor. Tenho crises de pânico e ansiedade, quase entrando em depressão, até por estar passando também por problemas financeiros. Já tomei Escitalopram e me sentia muito bem. Hoje tomo Pristiq, mas estou ainda me adaptando, naquela fase inicial ruim. Se não melhorar até a próxima semana, vou querer voltar para o Esc.
      Boa sorte! Não desista!

  242. Marta Ferreira Autor do post

    Olá, Lu!
    Obrigada por proporcionar um espaço como este.

    Tenho 25 anos e desde os 21 já faço medicação psiquiátrica. Comecei com zarelix e zanax, depois passei para o zarelix anafranil e rivotril, até que deixei de tomar tudo, fiz o desmame. 3 meses depois tudo voltou ao início. Choro fácil , vontade de comer nenhuma, irritada e insônias. Fui avaliada há 25 dias pelo psiquiatra que me receitou fluoxetina rivotril e zoleptil. Mas há 2 dias sinto vontade de chorar, ando bastante ansiosa e inquieta, será normal?
    Obrigada, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marta
      É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa!
      Amiguinha, existe um tipo de depressão que é recorrente. A pessoa passa um tempo bem e depois volta a ficar depressiva. Mas não se assuste, ao retomar a medicação, logo estará bem.
      Você começou a tomar a nova medicação há cerca de 25 dias, portanto, ainda se encontra no período dos efeitos ruins do antidepressivo, que duram em média duas a três semanas, dependendo do organismo da pessoa. O início é terrível, mesmo. Por isso digo sempre que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) para passar por essa turbulência das primeiras semanas. O que sente está normal, sim, dentro dos sintomas iniciais. Siga firme, não pare, e logo estará colhendo os benefícios. É preciso também aliar ao remédio uma mudança de comportamento. Faça caminhada, ou qualquer outro tipo de exercício, para aliviar a tensão. E tome bastante líquido. Leia o meu texto OS DEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA que irá ajudá-la em relação à sua parte no tratamento.
      Obrigada pela visita e comentário. Sempre que precisar, venha aqui conversar conosco.
      Um grande beijo,
      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marta
          O melhor jeito de combater o medo de morrer é procurar viver da melhor maneira possível, sobretudo com alegria. Portanto, tenha paciência e acredite no seu tratamento. Logo estará ótima.
          Beijos,
          Lu

  243. Marcel

    Oi, Lu! Oi pessoal!

    Faz um tempinho que não voltava aqui, e hoje estou voltando novamente para compartilhar como a minha vida anda atualmente.

    Já são 90 dias tomando o exodus, e a vida vai uma maravilha! Os 15 primeiros dias foram terríveis e depois vieram problemas com a libido, que mais tarde foi resolvido com a bupropiona. Em relato anterior havia comentado que após o Natal tudo começou a mudar, e de repente todo desespero, todos os pensamentos ruins, que acabavam comigo 24 horas por dia, foram embora, e hoje vivo em um paraíso de alegria.

    No meio do caminho apareceu uma pessoa maravilhosa na minha vida, que hoje é minha namorada, e tudo começou a andar naturalmente, passei a viver de verdade! Hoje tenho planos, estou sempre sorrindo, estou sempre disposto e cada dia é uma bênção. Sou muito grato por ter conhecido este espaço maravilhoso, o qual me ajudou muito, e por ter conhecido você, Lu! Sempre querida e atenciosa com todos.

    O recado que eu gostaria de deixar para todos que estão lutando contra a depressão, é que nunca percam a fé e a vontade de lutar, pois, quando tudo parece perdido, surge a vitória. O começo é igual para todos, pessoal. Vem o desespero, a vontade de desistir de tudo, o sofrimento…
    Se hoje o dia foi ruim, tenham fé no dia de amanhã, e se amanhã não deu certo, sigam apostando no dia seguinte, pois o tempo e a paciência aliados com o tratamento são a chave para a vitória. Se agarrem com Deus, com as pessoas que amam vocês, pois eu tive que enfrentar sozinho tudo isso, e venci até o momento, venci com fé em Deus e o amor da minha família que mesmo longe me deu apoio.
    Desejo um caminho cheio de alegria para todos e muita esperança no coração!

    Grande abraço,

    Marcel

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcel

      Estou imensamente feliz com o seu depoimento, que esbanja alegria por todas as palavras. É isso mesmo, meu amiguinho, é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) nesta caminhada. Quem quiser saber como você chegou aqui basta ler seus comentários anteriores. Mas a sua fé, sua persistência foram mais fortes. Além do mais, aliou o tratamento com uma nova postura de vida, de modo a enxergar o amor ao seu redor, que fica bem claro quando diz que “No meio do caminho apareceu uma pessoa maravilhosa na minha vida, que hoje é minha namorada, e tudo começou a andar naturalmente, passei a viver de verdade!”. Tenho a certeza de que seu comentário servirá de lume para muitos outros leitores.

      Agora que está pleno em sua alegria, que tal conhecer as outras partes deste blog? Diga à sua garota que estendo o convite a ela, também. Não suma, danadinho!

      Um grande beijo em seu coração,

      Lu

      1. Maria Rosilene

        Oi, Lu!

        Primeiro quero parabenizar seu blog, pois tem me dado muita força neste momento difícilde minha vida. Eu tenho síndrome do pânico, fobia social, e ansiedade generalizada. Sempre tive um problema com ansiedade, porque tive uma infância muito difícil. Comecei a ter crises de pânico e parei de sair de casa na minha gravidez, no 6º mês. Desde então tive várias crises, até que fui ao médico e ele me receitou o oxalato de escitalopram, que tem sido horrível nos primeros dias. Hoje estou com oito dias tomando, e estou inquieta, com diarreia…

        Lu, eu estou preucupada, porque me esqueci de tomar ontem a medicação, e agora o que eu faço? Será que vai ter algum efeito muito ruim por eu ter esquecido de tomar? Eu queria saber se vão demorar a passar os efeito ruins? E a melhora, quando vai aparecer, está demorando tanto? rsrs

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Rosilene

          É um grande prazer receber a sua visita. Junte-se à nossa maravilhosa família.

          Amiguinha, o fato de ter se esquecido de tomar o remédio um dia, não irá alterar nada que você possa perceber. Fique tranquila! Mas procure não se esquecer, pois seu efeito é acumulativo. Ao que me parece, você levou muito tempo para dar início ao tratamento, só começando depois que as crises de pânico apareceram. Se tivesse começado antes, teria sofrido menos. Mas o importante é que está em tratamento agora. Procure segui-lo direitinho.

          Os efeitos ruins que aparecem no início da medicacação levam cerca de duas a três semanas para passarem, variando de um organismo para outro. Nessa fase difícil é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). A gente se sente pior do que antes de iniciar o tratamento. Contudo, vale todo o sofrimento, pois a melhora que virá compensa tudo.

          Maria Rosilene, você ainda está grávida ou amamentando? Se estiver, é preciso comunicar isso a seu médico. Não se esqueça.

          Agradeço os elogios feitos a este espaço. Aguardo notícias suas. Sugiro-lhe a leitura do texto OS DEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, pois irá ajudá-la muito. Outra coisa, o seu e-mail está incorreto. Peço-lhe que o conserte.

          Abraços,

          Lu

        2. Aline

          Maria Rosilene
          Não pare de tomar. No início é assim mesmo. Daqui a alguns dias passa a fazer inicial ruim e depois vem a melhora de 90% ou 100%. Se esquecer tome logo que lembrar. Já usei esse medicamento, tenho a mesma coisa que você.
          Boa sorte!

        3. Maria Rosilene

          Oi,Lu!
          Hoje estou com 14 dias tomando oxalato de escitalopram. Senti melhoras e já estou conseguindo sair de casa acompanhada, mas sem sentir aquelas sensaçoes ruins que tinha antes, mas ainda estou ansiosa e me sinto inquieta, mas bem menos. Eu sou muito agoniada e ainda tem alguns sintomas que nao sumiram completamente e me incomodam.Será que é por que estou com poucos dias de tratamento, ou por que estou tomando só 0,5 miligramas do medicamento? Queria ficar logo boa, 100%. Isso me deixa triste, mas fico feliz pela melhora que ja tive.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Maria Rosilene

          Você está começando a sair da zona de turbulência ocasionada pelos efeitos adversos. Daqui para a frente a tendência é só melhorar. Realmente a dosagem ainda é muito pequena, imagino que seu médico deverá passar para 10 mg. Não é só você que gostaria de ficar boa logo, mas todos os que estão iniciando o tratamento. Paciência, amiguinha. Gostei de seu comentário otimista: “… mas fico feliz pela melhora que ja tive.”. Parabéns.

          Abraços,

          Lu

      2. LuDiasBH Autor do post

        Marta

        O melhor jeito de combater o medo de morrer é procurar viver da melhor maneira possível, sobretudo com alegria. Portanto, tenha paciência e acredite no seu tratamento. Logo estará ótima.

        Beijos,

        Lu

    2. Pri

      Lu, hoje faz 32 dias que estou tomando fluoxetina para o transtorno de ansiedade generalizada, mas há uns 6 dias que não ando bem, tenho sentido a ansiedade mesmo, os pés gelados, sem fome, com insônia e diarreia, e aquelas crises de coração disparando que já conhecemos. Tomo fluoxetina 20 gm uma vez ao dia, no horário do almoço, e esses dias tenho ficado muito lerda. Será que estou me dando bem ou o médico vai trocar o remédio? Tomo rivotril 0,5 nas crises e antes de dormir.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Pri

        Observe se esses sintomas estão continuando e, se não passarem, volte a seu médico, pois não era para melhorar e voltar a piorar, inclusive com crises de Síndrome do Pânico. Será necessário que ele reavalie o seu tratamento. Seu médico tanto pode mudar de remédio como acrescentar um segundo. Mas não deixe de retornar a ele.

        Um grande beijo,

        Lu

        1. Ellen

          Boa Tarde, Lu!
          Gostaria de saber qual o tempo adequado para manter o uso de exôdus, se tem que parar com 6 meses. Gostaria de saber também se engorda muito, como muitos falam e se com o tempo a pessoa volta ao peso de antes.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Ellen

          Seja bem-vinda ao nosso blog. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, não há um prazo determinado para o uso de exodus. Quem ditará o tempo é o seu organismo. Umas pessoas podem precisar apenas de seis meses, enquanto outras precisam de dois a três anos, ou ininterruptamente. O seu médico irá lhe dizer quando parar, fazendo o desmame corretamente. Quanto a engordar, isso varia muito. Algumas pessoas costumam engordar e outras emagrecem. Mesmo assim, depois de um tempo de uso, o corpo volta ao equilíbrio. Portanto, não há com que se preocupar.

          Abraços,

          Lu

    3. Ely Tavolieri

      Pelo amor de Deus, estou pirando. Tive isso uma vez na vida, há trinta anos atras, e me curei. Agora voltou. É um mal estar mental que dura uns 10 minutos por dia. Fico tão mal que para desviar a atenção desse sentimento estranho que não defino, eu mordo os lábios ou fico esfregando as mãos e arranhando as palmas das mãos uma na outra, té passar. Ando muito triste, choro à toa, não tenho vontade de fazer nada. A casa está um caos. Nem vontade de sair ou comer, ou trocar a roupa. Tomo banho e pego a primeira que acho. Fechei o escritótio, perdi a memória e enfim, odeio sexo. Meu marido está uma fera e eu nem aí. Sou advogada (era). Fui a um psiquiatra e ele me deu oxalato de escitalopran, 5, 10, 15, comecei em 1 de dezembro de 2015. Melhorei muito pouco. Sinto muita fadiga, desânimo, suor excessivo, perda de peso e falta de apetite, tontura, náusea, ondas de calor e frio, diarreia. Pelo menos me interessei pelo meu notebook. É a primeira vez que toco nele depois de quase 5 meses. Tenho cura ou estou ficando louca e não há mais jeito? Eu me desespero, porque estou sem coragem para nada. Sei que não estou respeitando pontuação, mas estou com pressa de falar. Me ajude!

      Beijos seja lá quem for. Socorro!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Ely

        Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, você está com Síndrome do Pânico. Muitas pessoas aqui já passaram por ela (ou ainda estão passando). Para que fique tranquila, saiba que a SP não mata, embora repasse-nos a sensação de que estamos tendo um ataque cardíaco e que vamos morrer naquele momento. Sua duração é de 10 a 15 minutos. É uma sensação horrível, angustiante, aterradora. Eu também já passei por ela. Enquanto o antidepressivo não funcionar, quando sentir que vem a dita, deite-se e procure ficar o mais relaxada possível. Não ofereça resistência. Se possível, ouça uma música clássica e mentalize: “Eu estou bem! Eu estou bem!”. Isso ajuda, mas somente o antidepressivo elimina-a por completo.

        Ely, você se encontra com depressão. Todos os sintomas levam a isso: “Ando muito triste, choro à toa, não tenho vontade de fazer nada. A casa está um caos. Nem vontade de sair ou comer, ou trocar a roupa. Tomo banho e pego a primeira que acho. Fechei o escritório, perdi a memória e enfim, odeio sexo”. E o medicamento que toma não está funcionando como deveria, depois de dois meses de uso. É preciso que volte a seu médico para que reavalie a sua saúde. Ele tanto poderá aumentar a dose, trocar de remédio ou agregar um segundo. Quanto à falta de apetite e a libido em baixa, essas são consequência dos antidepressivos, de modo geral, mas depois de um tempo de uso, à medida que o organismo acostuma-se, tudo se equilibra. Ainda assim, procure se alimentar corretamente, para fortalecer o corpo. Opte por líquidos (sucos, vitaminas, chás, etc, que descem com mais facilidade). Eu tomo o oxalato de escitalopram e passei por tudo isso. Perdi peso e a libido entrou em baixa, mas hoje já está tudo normalizado. Converse com seu marido a respeito. Tenho certeza de que ele compreenderá. Mostre-lhe, se preciso, a bula do remédio. Explique-lhe que se trata apenas de uma fase. E que ele não é o único a passar por isso.

        Você diz: “Sinto muita fadiga, desânimo, suor excessivo, perda de peso e falta de apetite, tontura, náusea, ondas de calor e frio, diarreia”, sintomas que acontecem nas primeiras semanas de uso do remédio. Não era mais para estar sentido tais efeitos adversos, embora alguns organismos demorem mais tempo para apresentar os bons efeitos. É mais um motivo para procurar seu médico.

        Você não está ficando louca e seu caso tem cura, minha amiga. Não se atormente, trata-se apenas de uma fase ruim. Seja POP (persistente, otimista e paciente). Sua vida irá voltar a ser como dantes. O escritório será reaberto, a autoestima aumentada e a vida terá sabor ao lado de seu marido. Sua coragem será maior ainda.

        Gostaria que voltasse aqui muitas vezes, para conversar conosco. Aguardo-a.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Aline

          Força, Ely!
          Todos nós estamos vivendo isso em nossas vidas, mas vamos vencer. Volte ao médico para rever a medicação. A felicidade pode estar presente em nossas vidas. Fé!

    4. Maria Paula

      Marcel!
      Gratidão por seu depoimento tão motivador. Este cantinho da Lu é muito especial. Espero algum dia poder dar aqui um depoimento tão especial como o seu.
      Paz e luz a todos nós!

  244. Fabio

    Ops! Foi bom ter “topado” com este blog.
    Comecei a tomar escitalopram, 10 mg, faz uns 10 dias, mas tenho tomado pondera faz uns 8 anos, e a psiquiatra achou melhor não interromper pois o escitalopram iria precisar de 4 semanas para funcionar… E agora? Deve ser por isto que sinto tanta fadiga e náuseas…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fábio

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, o tempo para que o escitalopram entre em ação é muito variável. A maioria das pessoas necessita apenas de duas a três semanas. Eu já senti melhoras na primeira semana, mas é fato que algumas precisam de mais tempo. Realmente, nas primeiras semanas o remédio faz-nos pagar por todos os pecados. Haja purgatório! Nosso organismo recusa-se a receber tal intruso. Ficamos piores do que antes de fazer uso de tal medicamento. Depois de duas a três semanas, normalmente, encontramos o paraíso, pois os efeitos bons dão as caras. Portanto, segure forte no leme, até sair da zona de turbulência.

      Fábio, volte sempre que sentir vontade! Será sempre um prazer.

      Grande abraço,

      Lu

    2. maria rosilene

      Obrigado pela força, Lu, eu não estou mas grávida. As crises iniciaram no sexto mês de gravidez, mas hoje a minha nenê tem 1 ano e 3meses, e eu não amamento mais.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Maria Rosilene

        Sugiro-lhe que lei a o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Outra coisa, enviei-lhe um e-mail, mas este voltou. Veja se o seu endereço virtual está correto.

        Abraços,

        Lu

  245. Cleide Autor do post

    Oi, Lu!

    Meu filho ainda tem uma receita a ser comprada, sinto que ele melhorou o emocional, está mantendo mais contato com a família, mais falante, só que em relação a sair e se socializar com os amigos ainda não o fez. Agora vai retornar à faculdade, pois trancou o semestre passado, e ficou trancado em casa por seis meses. Ele mesmo pediu que o levasse ao médico que passou o antidepressivo e o encaminhou para um psicólogo, o que ele não o fez ainda, pois ainda naõ sente vontade de sair de casa.

    Ontem ele teve uma briga com a irmã casada, que está passando um período em nossa casa, até que o apartamento dela fique pronto. Não posso tirar a razão dele, já que ela invadiu seu espaço, que é seu quarto e estava fazendo muita bagunça. Senti que isso o estava incomodando, já que depois do medicamento, passou a se incomodar com o quarto sujo e escuro, coisa que antes do remédio ele nao se importava. Você acha que isso é um sinal de melhora? Ele disse que se sentiu aliviado por ter falado o que o incomodava. Só que hoje ele está trancado no quarto, chateado. Você acha que pode haver uma recaída? Ontem ele nem comeu. E eu não posso falar nada, não posso tomar partido, pois os dois sempre dizem que eu defendo um ou o outro. O brigada por sua atençao, pois isso é tudo muito novo para mim.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cleide

      Alguém disse, certa vez, que “ser mãe é administrar conflitos”. E sempre um filho acha que a sardinha está sendo puxada para o lado do outro… risos. O importante é não ser omissa, e conversar sempre, ainda que isso desagrade um ou outro.

      O retorno ao neurologista é importante, ainda que ele não tenha feito uso de todas as receitas. Quatro meses é um tempo mais do que suficiente para uma reavaliação. Quanto a sair e ter contatos com os amigos, espere que ele tenha o seu próprio tempo para isso. E se o neurologista recomendou a terapia, isso é importante, pois algumas depressões não são severas, tendo origem comportamentais. O antidepressivo é importante até como suporte para que ele faça a terapia, deixando-o menos ansioso e tranquilo. A volta à faculdade é significativa. Preencher o próprio tempo é fundamental no tratamento. Sem falar no convívio com outras pessoas.

      Amiguinha, se antes ele estava apático, essa briga foi importante, pois significa que as coisas voltaram a ter sentido para ele, como seu quarto iluminado e organizado. É um maravilhoso sinal! Diga isso para a irmã. Quanto ao fato de encontrar-se emburrado hoje, significa que, ainda que tenha dito o que queria, também ficou chateado com a briga. Há pessoas que não gostam de discussão e passam mal com isso, mesmo quando elas são necessárias. E ele ainda se encontra muito sensível, por isso, suas emoções são mais intensas. Mas não se preocupe. O ideal seria que a irmã pedisse-lhe desculpas, uma vez que ele está se sentido mal com a discussão, além de encontrar-se em fase de tratamento. Não vejo possibilidade de recaída. Ao contrário, vejo como um ótimo prenúncio da recuperação de sua saúde mental.

      Querida, faça do blog um cantinho para desabafar. Sinta-se em casa.

      Grande abraço,

      Lu

    2. Pri

      Oi, Luh!

      Faz 27 dias que estou tomando fluoxetina, 20 mg. Nos 10 primeiros dias foi horrível, e depois do 20º estão voltando as crises de ansiedade. Ontem acordei com a sensação de que ia morrer ou alguém tinha morrido, com uma dor horrível. Ando meio tonta, e quase todo dia estou sentindo a ansiedade. Eu estava melhorando, estou começando a ficar em dúvida com o remédio. Meu cabelo ainda não parou de cair, emagreci 5 quilos e quase não sinto fome, como só as refeições necessárias, de vez enquanto sinto fome e aí merendo. Mas almoço direitinho, pois é a hora em que tomo o remédio. Tem dias em que me sinto estranha, fico com medo de tudo aquilo voltar. Minha consulta com o psiquiatra é dia 23, quando vou dizer isso a ele. Quando sinto crise, só melhoro com o rivotril, que tomo para dormir. Agradeço demais a você.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Pri

        A sua volta ao psiquiatra é muito importante, para que ele avalie como o remédio está agindo em seu organismo. Se as crises de ansiedade estão voltando, pode ser que ele tenha que acrescentar outro medicamento, mudar a dosagem, ou até mesmo mudar de antidepressivo. Como já lhe disse, eu tomei a fluoxetina por muito tempo. Hoje uso o escitalopram, pois ela deixou de fazer efeito.

        Amiguinha, os antidepressivos costumam a tirar a fome da maioria das pessoas, embora uma minoria engorde. Mas não se preocupe com isso, pois depois voltará a seu peso normal. O que não pode fazer é comer apenas as duas principais refeições. Faça uma forcinha, opte pelos líquidos (vitamina, chá, sucos, leite, coalhada, iogurte, etc.). Não deixe seu estômago vazio. Precisa de força para energizar seu organismo, reabilitando-o. Essa estranheza é relatada por muitos. Mas evite usar a palavra “medo” que possui uma energia bastante negativa. Pensar positivamente é muito importante para qualquer tipo de cura, o que é comprovado cientificamente. Como já lhe disse, crises nervosas são responsáveis pela queda de cabelo. Assim que seu organismo equilibrar-se, tudo voltará ao normal. Tenha paciência e confiança no seu tratamento. Espero que tenha lido OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

        Pri, estou pedindo a todos os comentaristas, que evitem escrever em “internetês”… risos (pq, q, vc, tbm…) e que procurem acentuar as palavras), pois as pessoas menos jovens não entendem tal grafia. E eu perco muito tempo consertando palavra por palavra. Certo, minha linda?

        Gostaria que me escrevesse amanhã, para eu saber como está. Procure relaxar, fazer caminhada, assistir a filmes que fazem rir e comer bastante. Ajude-se!

        Um grande beijo,

        Lu

  246. Freddy

    Oi Lu
    Estou aqui de volta depois de um breve período. Estou mal como nunca. Não sei se se recorda. Comecei tomar o eficentus e vim aqui dar depoimento. Você me incentivou fazer o tratamento, quando os efeitos iniciais estavam me matando. Depois de algumas semanas melhorei. Fazendo terapia junto fui me sentindo confiante. Com 6 meses retiramos o eficentus, 2 meses depois sofri com ansiedade de novo. Beira de crise de pânico. Não a tive porque tinha rivotril sublingual de 0,25, tomei e me acalmei. No outro dia já procurei o psiquiatra que me fez tomar novamente o eficentus. Estou no sexto dia. E os mesmo péssimos efeitos colaterais. Só que desta vez estou me vendo em um quadro pior. Muita vontade de morrer. Incapacidade de ajudar minha família. Estou tomando rivotril pra dormir o dia todo até esta fase inicial do eficentus passar. Ansiedade enorme e muito choro. Pode me auxiliar? O médico está pro carnaval e não me responde. A terapeuta também. Estou só sofrendo e me culpando por não conseguir ajudar minha esposa com nosso filho de 1 ano e meio. Acabei voltando a fumar também. Muito pouco, mas voltei pois estava sem apetite. O que preciso fazer? Continuo com os rivotril? Ouvi falar do chá de santo daime. Deveria procurar? Quero a cura desta depressão e não ficar escondendo atrás de remédios. Me dê uma luz por favor, Lu. Está muito difícil e com muitos pensamentos negativos. Só dormindo consigo ficar bem.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Freddy

      Respire fundo, fique calmo, pois estou respondendo o seu comentário. Aguarde!

      Lu

      1. Cleide

        Oi, Lu!
        Meu Filho de 21 anos está fazendo tratamento com escitalopram, 10 mg, desde outubro. Será que não está na hoa de voltar ao neurologista e aumentar a dose?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cleide

          É um grande prazer recebê-la aqui no nosso blog. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, já está na hora, sim, de fazer um retorno ao médico, para que esse faça uma avaliação de como seu filho encontra-se após o uso do antidepressivo. Ma isso não significa que tenha de aumentar a dose. Pode ser que ele aumente ou diminua, ou, se não tiver notado o efeito que esperava, acrescente mais algum outro remédio ou mude de medicamento. Sem falar que é muito importante, no início do tratamento, o acompanhamento médico.

          Depois venha nos dizer como foi a ida ao médico e quais mudanças ele sugeriu.

          Um grande abraço,

          Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Freddy

      Danadinho, não pense que não senti a sua falta. Mas agora poderemos bater um bom papo, ainda que virtual. É claro que posso ajudar, sempre… Jogar conversa fora é comigo mesma, pois sou mineira, uai, chegada nuns causos.

      Meu amigo querido, há momentos em nossa vida que parecem eternos, tamanho é o nosso sofrimento. Mas eles passam, tenha a certeza disso. É nessas horas que o herói (ou o anjo) que existe dentro de cada um nós vem à tona. Você nem faz ideia de como somos fortes, ainda que pareçamos formiguinhas prestes a serem esmagadas pelos pés dos reveses da vida. Mas a gente dá a volta por cima. E como dá! Eu que o diga, pois tudo o que você está sentido agora, eu comecei a sofrer na minha adolescência, sem nem saber o que me acontecia. Pressenti que seguia os mesmos passos de minha avó, numa época em que a medicina estava ainda bem atrasada em relação aos problemas mentais. Quando minha mãe passou pelo mesmo turbilhão, a vida já era um pouco mais fácil. E, na minha vez, ao compreender que meus neurônios revoltosos faziam-me sofrer, já contei com o apoio bem mais moderno dos antidepressivos. E hoje estou aqui, boazuda (no bom sentindo), querendo fazer você rir. Será que consegui?

      Pelo que me diz, a retirada do remédio ainda não era propícia. Mas os médicos não possuem exames que lhes permitem medir o nosso estado de saúde mental. Eles também se equivocam. Houve a reincidência de sua depressão, com crises ainda mais agudas (agora você vai pagar, menino, por ter querido livrar-se de mim tão rápido – deve ter pensado a tinhosa). O seu médico fez certo ao pedir-lhe que voltasse a tomar o antidepressivo. E não significa que por já tê-lo tomado os efeitos colaterais serão menores. Isto porque esses remédios são acumulativos e, aos poucos, vão deixando o organismo, após a parada. Portanto, todo recomeço ainda é mais dolorido, como relatam todos aqui que passam ou passaram por isso.

      A ansiedade e o choro fazem parte do quadro, pois você ainda se encontra no sexto dia, ou seja, no pico da turbulência. Pode ter a certeza de que o avião irá tremer por todos os lados, mas chegará firme e forte ao destino final, são e salvo. Tudo é apenas questão de tempo e paciência. Quanto mais equilíbrio tiver o piloto para manejar sua nave, mais fácil será sair da zona de perigo. Que morrer que nada! O piloto abre a porta de seu avião, estufa o peito e diz “Eu venci!”. E tenho a certeza, Freddy, que você é esse piloto, que, passada a tempestade, irá contar tudo para sua esposa e filhinha, muito feliz por estar ao lado delas, que sentirão orgulho de você.

      Sabe amiguinho, nós aprendemos que devemos estar sempre ativos, o que faz muito bem ao nosso corpo. E quando nos encontramos inativos, julgamo-nos desvalorizados. Mas esse é um pensamento bobo. Muitas vezes é preciso passar por uma hibernação, para poder voltar mais forte à vida rotineira. Sua família compreende isso muito bem. E tem por meta ajudá-lo. Portanto, não se sinta culpado por algo que está além de suas possibilidades. Apenas aceite, humildemente. Se fosse sua esposa, você faria o mesmo por ela. Veja relatos semelhantes no blog. Outra coisa, dizer isso deixará sua esposa infeliz, pois ela tem capacidade de cuidar de tudo. Quantas mães criam um monte de filhos sozinhas. Nós mulheres somos fortes, amiguinhos.

      Você irá apagar a ideia do cigarro. Sua fumaça faz muito mais mal à sua filhinha do que o fato de ficar inativo por uns dias. Não a obrigue a ingerir nicotina. Eu pensava que o cigarro tirava o apetite! Quanto ao chá de santo daime, ainda se encontra em pesquisas. Li sobre o assunto. Vamos aguardar mais tempo. Em relação ao rivotril, se achar que está dormindo demais, e não quiser, diminua a dosagem até falar com seu médico. E ninguém se esconde atrás de remédio. Eu o tomo desde adolescente, e tomá-lo-ei “forever”. E agradeço por eles existirem. Somos excelentes amigos. E, ao que me parece, dentro das minhas possibilidades, sou uma pessoa feliz e equilibrada… risos.

      Freddy, meu doce Freddy, aceite os momentos pelos quais está passando. Tudo faz parte também do seu crescimento. Não sei se eu seria a mesma pessoa, se não tivesse passado por longos períodos de depressão. Acho que me tornei uma pessoa melhor, sobretudo mais humana e tolerante. Você leu meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA?

      No período de Carnaval, os médicos somem, como se todos nós, como num passe de mágica, fôssemos abençoados com a saúde plena. Bom seria se isso acontecesse, e pudéssemos mandar todos eles catarem cavaco.

      Aguardo o mais rápido possível o seu retorno.

      Um abraço bem apertado,

      Lu

      1. Freddy

        Oi, Lu!
        Estou aqui. Como todos ansiosos, esperando pelo seu retorno também. Está bem difícil. O cigarro que comentei que voltei a fumar não é de nicotina. ThC. Por isso disse sobre abrir o apetite. Estou bem perdido ainda com pensamentos de morte e inutilidade. Mas mais uma vez você me faz ter persistência e aguardar o efeito real do remédio. Quanto aos rivotril tem sido realmente necessário. Pois acordado a vida está difícil neste momento. Mas a questão é? O eficentus vai fazer efeito com tanto rivotril? Estou tomando 4 de 0,25 sublingual durante o dia e um de 0,5 à noite. Um verdadeiro morto vivo. Inútil. Mas com força e fé tudo vai passar. Se Deus quiser. Mas te confesso. Esta muito difícil. Obrigado sempre pela atenção. Também sou de Minas. UBÁ. Interior. E pra ser sincero, médicos aqui são bem devagar. Pensei até em me internar em uma clínica tamanho a euforia, ansiedade e pensamentos negativos. Seria uma opção válida? Será que tem cura definitiva essa danada dessa depresão? Tomara a Deus que nos livre todos dela. Amém.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Freddy

          Eis me aqui. Estou mais tranquila com a sua resposta. É isso aí, meu amigo, paciência, otimismo e persistência são as nossas bandeiras, porque somos POPs. Não é uma “deprezinha” que irá derrubar nosso avião. A gente é piloto e dos bons. Faça chuva, sol, vento ou tempestade. Chega de “perdimento” (criei esta palavra agora). Agora é hora de encontrar a si mesmo. E olhe que você está em Ubá, Obá… É uma cidade muito prazerosa. E nada de THC ou qualquer outra sigla, pois pode interferir no seu tratamento.

          O antidepressivo não tem nada a ver com o ansiolítico. O segundo atua como coadjuvante do primeiro, no sentido de ajudar o paciente a suportar os efeitos adversos. À medida que a pessoa vai se equilibrando, deve ir diminuindo a dosagem, até não precisar mais do ansiolítico. Portanto, não se preocupe com isso, não há interferência.

          Amiguinho, perdoe-me, mas você me fez lembrar de um filme bobo, mas que me fez rir muito, ao dizer que está “Um verdadeiro morto-vivo”. Talvez você o tenha assistido: Um Morto Muito Louco (acho que é esse nome), que fez tanto sucesso, que fizeram o de número dois. Quanto à internação, converse com seu médico sobre essa ideia. Como estou de longe, não posso avaliar seu estado. Mas se ele não tiver chegado, e você sentir vontade de internar-se, faça-o. É claro que é uma opção válida. Não pense duas vezes. Quanto à cura, a minha deprê eu sei que não tem, por isso já vivemos em comunhão de bens e toramo-nos boas amigas. Eu só digo “Hoje, não!” e ela cai fora. Quanto à sua, penso que sim, uma vez que ficou tanto tempo sem precisar de tomar o remédio. Portanto, siga firme e pense sempre em dias melhores. Ocupe também a sua mente (bons filmes são uma boa pedida) com coisas de que gosta. E não se esqueça de marcar ponto aqui todo dia, até sair da turbulência, pois também estou neste voo… risos.

          Abraços,

          Lu

        2. Freddy

          Oi Lu, bom dia!

          Precisando de ajuda. Estou tomando eficentus novamente, hoje faz 12 dias. Já estou tirando o rivotril. Tomando um dia sim e um dia não. Não sei se estou fazendo certo. Mas estava bem demais até hoje de manhã. Ontem fui a uma pousada, um hotel fazenda com a família. Um dia agradável demais. Aí vem o primeiro problema. Esqueci de tomar o eficentus. Hoje acordei mal. Angustiado. Dor no peito. Outro problema é que já era pra ter começado a tomar inteiro, 10mg, qual o médico receitou, meio por 7 dias e o inteiro depois. Mas não consigo tomar um inteiro. Da outra vez que tomei por 3 meses foi só meio também. O inteiro parece que soltam uma bomba atômica dentro de mim. Muita euforia e ansiedade. Quase me mata. Posso ficar só no meio? Hoje já o tomei cedo, e tive que tomar dois rivotril sub lingual de 0,25 pra dar uma estabilizada. Me ajude com seu conhecimento? Já passou por isso? Qual melhor caminho? Estou no quarto trancado sozinho. Bem triste e angustiado. Obrigado.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Freddy

          A primeira coisa a fazer é buscar pela calma, sem ela todos os nosso passos ficam travados. Respire fundo e diga para si mesmo que tudo será resolvido a contento, bastando ter paciência. Que notícia boa é saber que fez um passeio lindo, ontem, com sua família. Que coisa boa, menino!

          Amigo, o nosso mal é que, quando nos sentimos melhores, relaxamos no nosso compromisso com o tratamento. Todo mundo faz isso. Não se culpe. Só procure não mais se esquecer, pois os antidepressivos possuem efeito acumulativo. A retirada do rivotril deverá ser de acordo com o que o médico lhe prescreveu. Penso eu que o ideal seria ir diminuiando a dosagem. Quanto ao eficentus (oxalato de escitalopram), a dosagem que quase todo mundo toma é a de 10 mg (eu tomo essa). Normalmente a metade (5 mg) é usada somente na primeira semana, para que o organismo adapte-se. “O inteiro parece que soltam uma bomba atômica dentro de mim.”, você falou isso para seu médico? Quem sabe agora a reação não seja mais assim! Você acha que somente a metade está fazendo efeito? Avalie isso. Se não tiver, será preciso enfrentar o de 10 mg. Esqueça como foi da outra vez. Tome com confiança. Eu nem passei pelo meio, já fui direta ao inteiro.

          Freddy, lembre-se de que ainda se encontra na fase “revoltosa” do tratamento. Sei que não é moleza. Mas todos vencem-na e com você não será diferente. Ontem mesmo, um comentarista que quase “pirou”, como ele mesmo disse, no início, escreveu-me para dizer que está ótimo, cada dia melhor. Portanto, meu amiguinho, aguente mais um pouco. Essa ansiedade excessiva é própria do início do tratamento. Todos passam por isso. Inclusive é sabido que a pessoa fica pior do que antes de tomar o antidepressivo. Porém, todo esse sofrimento será compensado com os bons efeitos, depois. Não há como fugir dessa luta. É preciso ser POP! É preciso ser guerreiro e enfrentá-la. Essa gangora de ora estar bem e ora estar péssimo é normal, nas três primeiras semanas. Procure fazer caminhada ou qualquer outro tipo de exercício para liberar a tenção. A natação, o contato com a água, é também fantástica.

          Levante-se dessa cama, tome um bom suco (beba bastante líquido) e faça algo de que goste. Lembre-se de sua parte no tratamento (ver texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA). Aceite com bom humor essa dura passagem inicial de seu tratamento. Soltei hoje uma lista com 100 filmes que fazem a pessoa “morrer de rir”, que tal assistir a alguns para aliviar a tensão? Não se entregue, não se isole, ao contrário, interaja com as pessoas à sua volta. Lembre-se de que já está no meio do caminho na busca pelo equilíbrio.

          Estou de olho em você! Faça tudo direitinho e mantenha contato.

          Abraços,

          Lu

      2. Freddy

        Ei, Lu!

        Passando pra dizer que está difícil. Hoje minha esposa está chorando. Cheia de coisas. Filho. Casa. Empresa. Nossa empregada doméstica mandamos embora por ela estar roubando. Era alguém de confiança. Há 5 anos conosco. Cuidava de nosso filho com todo carinho. E eu no 7º dias do eficentus. As coisas ainda muito bagunçadas e difíceis. Se acredita em Deus ore por mim. Você tem sido a única pessoa com que venho conversando. Meus amigos dizem que é frescura e nem aparecem. Meus pais estão com muitos problemas. Tenho um irmão adicto e meu pai está com suspeita de câncer de próstata. Como a vida às vezes bate na gente. Meu Deus. Tenha misericórdia. Tem hora que penso besteiras. Que podia partir daqui. Mas quando penso no meu filho de 1 ano e meio e o tanto q ele precisa de mim, esses pensamentos acabam diminuindo. Mas às vezes acho que lá de cima vou poder fazer mais por eles. Deus nos ilumine. A fase está difícil.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Freddy

          Há momentos em nossa vida em que a barra pesa, e sentimos, como se estivéssemos carregando todo o peso do mundo nos ombros. E dá um desânimo, uma vontade de deitar no meio da estrada e dormir, só acordando depois que tudo passar. E pior, nós nos esquecemos de que há milhares de pessoas sofrendo muito mais do que nós. Passei por isso quando perdi minha mãe. Mas, quando menos esperamos, uma grande força nasce de dentro de nós, sem que saibamos de onde veio, e nos joga para cima, conscientizando-nos de que nossa caminhada ainda não terminou neste nosso planeta, e que somos os únicos responsáveis por ela. Parar no meio da caminho seria apenas dar vazão ao nosso egoísmo, sem pensar no mal que faríamos aos entes queridos, deixando cicatrizes que jamais seriam extintas. Portanto, pense, sobretudo, no seu filhinho.

          Sei que você se encontra no ápice da crise. O antidepressivo parece piorar o quadro, o que realmente acontece nas primeiras semanas. O organismo reluta em aceitar um “corpo estranho”, até que fazem as pazes e se tornam grandes amantes. Lembre-se que você Já andou metade do caminho. Os bons efeitos não tardarão em aparecer. Tenha paciência. Não se deixe curvar pelos acontecimentos à sua volta. Os problemas possuem a dimensão que damos a eles. Não há mal que perdure para sempre. Saia dessa uma pessoa melhor, mais humana, mais tolerante consigo e com os outros. Podemos tirar de tudo uma lição. Meu coração diz que você é uma pessoa fantástica. Não me decepcione!

          A sua empregada decepcionou vocês. Mas isso faz parte da natureza humana. Possivelmente está precisando de ajuda. Conversem com ela, vejam se há possibilidades de mudanças. Deem-lhe mais uma chance. Os nossos nos traem, imagine terceiros. Uma das pessoas da minha família que mais ajudei (morando comigo um ano quando o filho teve câncer linfático, tendo eles vindo do interior para tratamento na capital) foi quem mais me decepcionou. Mas, quando seu marido precisou de ajuda (problemas de próstata) abrimos nossas portas para ele, que conosco ficou dois meses, fez cirurgia e está ótimo. E eu a receberei quando assim necessitar. A tolerância é a melhor resposta para nós e para o outro.

          É normal que sua mulher encontre-se nervosa e chorar lhe fará bem. Tenho a certeza que isso se deve, principalmente, à preocupação com sua saúde. Pense que seu pai, seu filhinho, sua esposa e toda a família precisam de você. Uma besteira que fizesse jogaria todos no mais insondável sofrimento para sempre. Não seja egoísta. A vida bate na gente porque somos humanos, mas ainda assim achamos que a dor nunca passará na nossa porta, apenas na dos outros. Já imaginou como seria a humanidade se não houvesse o sofrimento? É na dor que todos nos tornamos iguais. Quanto a seus amigos, são uns tolos, coitados, sem nenhum conhecimento de saúde mental. Muitos deles aprenderão com o sofrimento, é questão de tempo. Não os leve a sério. Alguns também querem jogá-lo para cima, e acham que dizer isso será o melhor estímulo. Eles não sabem o que dizem, perdoai-os… risos.

          Freddy, tenho a certeza que não tardará a escrever-me contando que os bons efeitos já começaram a aparecer. Estou ansiosa por isso. E não deixe de me escrever sempre que necessitar. Você dará conta do recado, tenho absoluta certeza, basta mais um pouco de paciência. Se puder, contate seu médico, assim que ele chegar.

          Um grande abraço,

          Lu

    3. Livia

      Freddy

      Já passei por isso.. Desculpe responder a pergunta que foi direcionada a outra pessoa. Mas percebi em cada palavra sua que está sofrendo. Olha os remédios em crises é na maioria das vezes a alternativa mais rápida. Mas com o tempo percebemos que o que fazia efeito já não faz mais. Venho então lhe trazer minha experiência. Primeiramente aceitar que seu corpo padece quando sua alma está cansada. Não é blá blá blá. Suas energias deverão ser reorganizadas e você pode fazer isso com meditaçao, yoga, pilates. Alem disso exercícios físicos. Tinham dias que eu chorava na academia pedindo pra ir embora, mas meu professor me impedia, eu quase matava meu marido quando era hora de ir para a academia. Mas passou.

      O que te afirmo é que nossa mente, a nossa determinaçao em fazer algo, nossa mudança de hábito, é um tratamento eficaz. Novamente repito remédios nas crises são importantes, mas quando elas amenizam, é necessário buscar mais.. Exercícios, trabalhos de caridade (ahh como esses me ajudam), amanhecer e ser grato a Deus por tudo e saber que problemas existem, mas Deus é maior. Despreocupe-se dos problemas.. Isso é possível, sim. Nao dê crédito a eles. Eu desejo a cura de sua alma. Que Deus possa te dar força e ânimo para vencer.. Cara sua familia sem você não é nada. Pare com esses pensamentos negativos.. Leia livros de autoajuda. Tem um exercício que faço, no começo foi muito dificil… Mas para cada pensamento negativo que eu tinha, eu parava tudo que eu estava fazendo e escrevia 5 motivos positivos para eu viver, 5 pensamentos positivos.

      1. Freddy

        Olá, Lívia!

        Muito obrigado por suas palavras. Tenho percebido que mudar de hábitos ajuda sim. No momento, os remédios têm sido o suporte, mas confio em Deus que tudo vai mudar. Sou paraquedista ou ex, pois faz um ano e meio que não salto, devido ao pessimismo que sinto, depois da depressão. Tenho certeza que, quando conseguir voltar a saltar, tudo começará a ficar bem de novo. Estou trabalhando forte nisso, e enquanto não consigo saltar, comecei a nadar, o que vem me fazendo bem. Deus nos abençoe e retribua todo carinho e atenção de vocês. Este blog vem me ajudando muito. Deus ilumine a todos que passam por esses problemas. Estou em muita oração e agarrado a Jesus. O milagre é de acordo com a hora dele e confio e estou aguardando. Que Deus ilumine a todos. Abs. De alguém no 8º dia de eficentus com muita euforia e male-star, mas com a cabeça um pouco menos pessimista.

  247. Mário Mendonça

    Lu Dias

    Aproveito a oportunidade para postar o comentário de Jorge Sepúlveda:

    “Quando o Grupo Multidisciplinar de Trabalho emitiu parecer favorável ao uso da Ayahuasca em 2010, inserida em contexto religioso, todos os membros sabiam de seus efeitos terapêuticos, porém indicaram seu uso apenas de forma religiosa… e isto tem sua razão de ser. Na conjuntura de mercado na qual vivemos, sabemos o quanto custa ser “saudável”. Uma sociedade com tantas contradições e que exige das pessoas seu máximo pela empresa, seu máximo como marido, como pai, como homem, como cidadão, aumenta muito a probabilidade de surgirem problemas no universo psíquico. Não são poucas as pessoas que precisam de tratamento, seja psicológico ou psiquiátrico, afinal, haja conversa (ou comprimidos) pra compreender e aceitar tudo isso numa boa. Por trás desta latente necessidade de ser normal, de aceitar, de ser próspero, equilibrado, produtivo e etc… existe uma indústria, uma grande e poderosa indústria famacêutica para cada mal, para cada mal-estar, para cada mau-humor, depressão, tristeza ou urticária da vida social. Para cada mal-estar um medicamento, produzido especialmente pra você viver em paz, tranquilo, numa boa. E este, meus amigos, é o maior dos problemas, porque quando este estudo for finalizado e com eles virão outros, e será comprovado por A + B o que todo Ayahuasqueiro sabe, a Ayahusca cura! Seus efeitos profundos no organismo são desconhecidos da ciência, mas sabemos que age na autoconsciência, promovendo a autopercepção e na maioria dos casos afastando dos vícios. Imaginem então uma substância com o potencial de curar vícios e livrar da depressão! Esta substância é a Ayahuasca! Preocupa-me, pois colocar à disposição com fins terapêuticos causará um impacto na indústria farmacêutica, que por sua vez buscará minimizar os prejuízos ou erguer a força de sua grana para lucrar com isso ou impedir que seja colocada à disposição. Arrisco dizer que podem ser produzidos inclusive conteúdos que desabonem a Ayahuasca. Então, a todos aqueles que têm boas intenções com esta poderosa substância, fica o meu alerta, cuidado, o efeito de regulamentação para uso terapêutico pode causar um revés nas intenções de cura.”.

    Abração

    Mário Mendonça

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Também acredito que existam substâncias que podem curar definitivamente muitos males, mas a indústria farmacéutica não as põe a descoberto, para não mexer nos seus estupendos lucros. A estupidez da busca pelo lucro a qualquer preço é uma das maiores imoralidades do homem moderno.

      Muito obrigada pela informação,

      Lu

      1. Pri

        Oi, Lu!

        Já estou usando o fluoxetina 20 mg há 22 dias, realmente o início foi horrível. Há 4 dias a tive uma crise em que coração acelerou, pés frios, maõs frias, durou uns 20 minutos. Mas passou, e à noite acordei sentindo frio, pé frio, mão fria e isso durou uns 30 minutos. Acho que estou melhorando, pois fazia alguns dias que não tinha crise. Acho que nunca mais vou ser eu de novo, sinto falta da Priscila que era antes disso tudo, saudades de me sentir eu. Levei 2 anos construindo minha casa com meu marido e quando fomos pra lá fiquei doente, não consigo sentir prazer em viver em minha casa. Criei um medo que não sei como explicar. Mas eu quero ser eu de novo, sempre fui alegre e cheia de esperanças, estou na espera que esse remédio leve logo embora essa doença do mal, meus cabelos caíram, fico tão triste, mas procuro evitar olhar porque realmente vou ter que cortar bem curto mesmo. Emagreci 6 kilos, sempre fiz academia, me sinto fraca, sem ânimo pra ir malhar, me olho no espelho, estou tao magra meus shorts não dão mais. Está bem difícil. Eu durmo, tomo rivotril, mas acordo muitas vezes na noite. Estou na esperança que quando eu menos esperar, serei curada. Amigos não compreendem, tudo é tão difícil.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          Vamos levantar esse seu astral. Lembre-se do provérbio que diz que não há bem que sempre dure e tampouco mal. Portanto, minha amiguinha, o que lhe acontece agora é apenas uma fase de sua vida. E quanto melhor você a aceitar, menos sofrida será. Nunca, mas nunca mesmo, esqueça de ser POP (paciente, otimista e persistente). Saiba que, apesar de todo essa sensação angustiante, existem pessoas sofrendo muito mais. Ao ver uma grande amiga na cama, acometida por um CA que se iniciou no seio, e agora tomou-lhe o pulmão, fígado e cérebro, e ainda assim está lutando bravamente, percebo que nossa doença não é tão cruel assim, como a que afeta minha amiga. Não gosto de comparar sofrimento, mas há momentos em que precisamos buscar exemplos fora de nós. Portanto, Pri, levante a cabeça e siga em frente com coragem.

          Amiga, você se encontra ainda na fase inicial do tratamento, convivendo com os sintomas adversos, que agora já começam a passar, mas é preciso ser otimista e acreditar. Logo estará curtindo a casa maravilhosa feita por você e seu marido, sendo a Priscila de sempre, cheia de alegria e esperanças. Mas o modo como você caminha em busca de seu encontro é muito importante. Releia o meu texto OS DEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e firme um compromisso consigo mesma.

          Pri, quando comecei a tomar a fluoxetina (hoje tomo oxalato de escitalopram, pois ela deixou de fazer efeito) também emagreci, pois não tinha apetite nenhum ou sono. Depois de um tempo, meu corpo voltou ao normal. O mesmo aconteceu com o escitalopram. Quanto à queda de cabelo, não se assuste, eles voltarão ainda mais belos, sem falar que terá um visual diferente, que nunca imaginou ter. Procure reforçar sua alimentação, aumentando o uso de alimentos líquidos, mais fortes. Tome chocolate feito com cacau em pó (casas de produtos naturais), pois é gostoso, fácil de engolir e muito energético. Não descuide de sua alimentação.

          Os amigos podem não compreender, mas nós estamos aqui de braços abertos, pois trazemos no âmago as mesmas marcas. E, sobretudo, acreditamos que o nosso modo de encarar os fatos faz toda a diferença na nossa qualidade de vida. Conte sempre conosco.

          Um grande beijo no coração,

          Lu

        2. Paulo Oliveira

          Pri
          Estamos juntos. Procure um psicólogo que trabalhe com terapia cognitiva comportamental. Uma terapia cristã também ajuda muito.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mário

      Eu não li, não.
      Agora é que irei ler o link enviado por você.

      Abraços,

      Lu

  248. Selma Pires

    Olá, Lu, bom dia!

    Comecei a usar oxalato de escitalopram faz três dia. Senti melhoras na ansiedade, porém sinto-me enjoada demais. Não gostei do médico, achei-o um pouco grosso. Gostaria de saber se esse tipo de medicamento deixa dependente, porque só queria usar uns dois meses, pois li a bula e vi que cai cabelo. Fiquei deprimida, porque estou com queda muito forte do cabelo, que já fez até um buraco no couro cabeludo. Fiz todos os exames e estão normais. Fui ao pisicriata. Se eu resolver parar tem algum problema, já que está no início? Não queria voltar ao médico. Esse remédio engorda? Desculpe-me a maneira de falar, mas é isso.

    Obrigada por você existir e dar atenção às pessoas necessitadas.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Selma

      Seja bem-vinda à nossa família guerreira POP (paciente, otimista e persistente). Sinta-se em casa.

      Amiguinha, pelo que deduzi, você começou a tomar oxalato de escitalopram, porque está com muita ansiedade. E fez muito bem ao procurar ajuda médica, pois a ansiedade em excesso, quando não tratada, leva às dolorosas crises de pânico (Síndrome do Pânico). Elas são terríveis, insuportáveis, passando-nos a sensação de que estamos morrendo. Parabéns pela tomada de consciência.

      O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais modernos encontrados no mercado. Vem sendo muito receitado pelos médicos (veja os comentários). Eu já o tomo há vários anos e sinto-me ótima (sou depressiva crônica). Lindinha, não é você quem determina quanto tempo irá tomar o remédio, mas a resposta dada pelo seu organismo. Há pessoas que só tomam durante seis meses, outras durante um ano, e algumas outras, como eu, durante a vida toda. Somente seu médico poderá avaliar quando a medicação deverá ser suspensa. Todos aqueles que param a medicação antes do tempo, voltam com crises piores ainda, tendo que tomar altas doses. E que não seja o tempo que irá tomar o remédio a sua preocupação, mas a melhoria de sua qualidade de vida. Quando for necessário parar, o psiquiatra irá orientá-la para fazer o desmame, sem que fique dependente. Mas “jamais” pare por conta própria, pois mais cedo ou mais tarde terá que voltar, com um quadro muito mais grave.

      Selma, a queda de cabelo também está ligada ao estresse, esgotamento nervoso, ansiedade e depressão. Se seus exames deram normais, está comprovada que a origem dessa queda está ligada a isso. Portanto, o tratamento antidepressivo é muito importante para fazer com que seu organismo equilibre-se e seu cabelo pare de cair. E se faz apenas três dias que começou a tomar o remédio, ele nada tem a ver com a queda. Nem tudo que está na bula acontece. Muitos casos ali aconteceram uma vez, mas o laboratório é obrigado a colocar tudo, e acaba amedrontando o usuário do remédio. Como lhe disse, tomo este medicamento há vários anos e tenho uma cabeleira para duas cabeças… risos. Portanto, não se preocupe com isso. Faça seu tratamento direitinho, para equilibrar seu corpo, inclusive irá eliminar a queda de cabelo.

      O oxalato de escitalopram tanto pode engordar como emagrecer, dar uma soneira ou deixar a pessoa insone. Cada organismo reage de uma maneira diferente. Eu, por exemplo, emagreci. Mas com o tempo o organismo vai voltando ao equilíbrio. Você se encontra na fase mais difícil do tratamento, quando tudo parece piorar, porém, depois de cerca de duas semanas, os efeitos bons irão aparecendo e os ruins vão sumindo. Nesse período inicial é preciso ser POP, uma guerreira. Não desanime, siga em frente. Se os efeitos forem insuportáveis, contate o seu médico. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para saber quando precisa contatar o médico com urgência. Mas não se assuste com qualquer coisa. O enjoo inicial, por exemplo, é comum. Logo estará ótima!

      Lindinha, médicos ruins existem aos montes. Quando encontro um desses brutamontes, eu caio fora, pois o mercado está cheio, com eles competindo entre si por clientes. É fundamental a empatia entre paciente e médico. Se não gostou do sujeito, procure outro. E sempre que quiser conversar, venha aqui. Saiba que está entre amigos. Leia também os comentários, pois trazem muitas informações. E não pare seu tratamento, pois voltará pior.

      Beijos,

      Lu

  249. Amanda

    Boa tarde, Lu! Meu nome é Amanda.

    Gostaria de parabenizá-la pelo blog, está sendo muito útil. A forma com você aborda o tema é extremamente esclarecedora, tem leveza e verdade. Gostaria então de expressar minha gratidão, pela sua seriedade, visto que é muito complicado encontrar informações seguras na net sobre o assunto.

    Vou contar um pouquinho da minha história. Eu tive uma crise de pânico ao voltar de um mini procedimento cirúrgico, como era algo simples, logo fui liberada, mas estava com aquela moleza da anestesia. Ao chegar em casa tive uma crise de pânico, achei que não estava conseguindo respirar, fui parar no pronto socorro. Foi aí que tudo começou: muitas crises de ansiedade, passava mal, não conseguia dirigir, sensação de falta de ar, de desmaio. Como eu já sabia que era um quadro de pânico, nunca achava que estivesse morrendo ou algo do tipo, mas as sensações não deixavam de ser bem ruins. Comecei terapia, acompanhamento com endócrino, para ver a parte de vitaminas, acupuntura, academia… Tudo que me diziam que era bom eu fazia. Isso aconteceu há 1 ano e meio atrás, em 2014…

    Sempre tive muito medo de tomar medicação, mas usava frontal quando sentia necessidade, mais era 1 vez no mês e olhe lá. Fiquei com os tratamentos alternativos e sempre com um desconforto devido à ansiedade, tensão, falta de ar, manias, tristeza, tontura e etc… Passava uma semana bem, outra mal… Mas sem as crises agudas de pânico, com medo de sair. Eu viajava, conseguia fazer tudo, enfrentava mesmo com medo. Agora nas festas de final de ano, eu tive uma crise horrível, pânico total, desencadeado por eventos estressantes que aconteceram na família. Controlei com frontal, corri para o psiquiatra, já fui em vários, mais como não queria tomar o antidepressivo, eu acabava só batendo papo.

    O médico me receitou 10 mg em gotas de lexapro. Comecei a tomar, e nas 2 primeiras semanas foi um horror, angústia, tristeza, depressão forte, o mundo perdeu a graça, comecei uma crise existencial maluca. Melhorei mais não 100%, mas já faço todas as minhas atividades normais. Meu psiquiatra, apesar de ter uma fama de ser muito bom, não é nada atencioso, a consulta é um absurdo e ainda cobra retorno. E o que eu precisar tenho que mandar por e-mail, enfim ele me falou para aumentar a dose para 15mg, sem nem entender se estou melhor ou não. Apenas por eu ter dito que não estou 100%, achei estranho, comecei a tomar a medicação no dia 7/01 sendo uma gota por dia até alcançar a dose desejada de 10 mg. Estou tomando 10 mg faz 13 dias.

    A dúvida é porque já tenho que ajustar a dose se estou progredindo, mesmo que não esteja 100%, isso não faz parte do processo?! Enfim não queria ir aumentando a dose sem necessidade, agora se for preciso com certeza farei, quero me sentir bem. 15mg é uma dosagem considerada forte? Desculpe as perguntas, converso muito pouco com as pessoas da minha casa, pois elas não entendem nada do assunto e acabam me confundindo mais.
    Obrigada, obrigada! Deus te abençoe!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Amanda

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde toda a nossa família reúne-se. Sinta-se à vontade para perguntar e comentar o que quiser.

      Lindinha, há vários tipos de depressão. As severas precisam ser tratadas com medicamento. Não há como fugir da raia. Mesmo que faça terapia, é preciso estar equilibrada para ter resultado. Em certos casos, esses caminhos são apenas coadjuvantes. Portanto, foi muito sábia a sua opção por tomar antidepressivo, mesmo tendo lutado contra durante certo tempo. Há casos em que com seis meses de tratamento a pessoa já é liberada.

      Não gostei do seu psiquiatra, pois para mim, o bom mesmo é aquele que compreende a fragilidade do paciente, interage com ele e lhe dá sustentação emocional. O resto só carrega o diploma desprovido de qualquer traço de humanidade, pois seus olhos veem no paciente apenas uma fonte de R$. Para mim, os psiquiatras só se diferenciam no modo como convivem com o paciente, pois todos acabam receitando os mesmos remédios, aumentando ou diminuindo a dosagem, trocando de susbtãncia, quando não dá certo, etc. Pagar por um retorno chega a ser desumano. Como acreditar num sujeito materialista desse? Busque outro que seja humano, imediatamente. Consulta cara, amiguinha, não é sinônimo de bom tratamento ou conhecimento médico. Muitos acham que o preço alto tem a ver com a presença de clientes ricos, que podem pagar mais. Ou seja, eles buscam apenas o nicho de pessoas com alto poder aquisitivo. Quão triste é isso!

      A dosagem de 10 mg é a que toma a maioria das pessoas. Eu mesma a tomo há vários anos. Sinto-me ótima. E ninguém fica 100%, mesmo aquelas pessoas que não tomam remédio algum. Existirão sempre dias bons e outros nem tanto para qualquer ser humano. Veja o texto que escrevi com o nome de OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, que mostra qual é a nossa parte no tratamento. Quanto à dosagem, se está se sentindo bem com 10 mg, não há necessidade de aumentá-la. Continue com ela. Ainda mais que o médico nem teve uma conversa com você, para avaliar seu estado de saúde. Sem falar que é agora que começam a desaparecer os efeitos adversos e surgirem os bons. É preciso questionar, sim, pois a medicina vem se transformando numa máfia. Continue com 10 mg. Sempre venha me dizer como anda sua saúde.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Amanda

      Lu,, entendi tudo com muita clareza e concordo plenamente com a sua opinião, porque é um momento tão difícil e nem sempre o nosso raciocínio está ágil para notar o óbvio, nos perdemos em turbilhões de pensamentos e emoções. Sobre a questão dos médicos, infelizmente é uma grande verdade, eu preciso me corrigir quanto a isso. Fico pesquisando pelo Google desesperadamente os melhores médicos de SP, uma agonia louca de encontrar alguém que possa fazer uma mágica… Durante a tarde eu escrevi um e-mail para o médico relatando tudo, que eu não aumentei a dose pois fiquei com medo, ele falou para eu aumentar a dose sim para 15mg que dose alta é 30 mg… E disse para eu tomar 7 gotas de manhã e 8 à noite antes de dormir, achei ruim, nada prático…

      Resolvi seguir seu conselho, vou continuar tomando 10 mg e vou em outro psiquiatra para buscar uma segunda opinião. Como você disse, ele nem conversou comigo, não me avaliou para entender como realmente estou me sentindo, isso é inaceitável. Estou indo ao médico por necessidade e exigo o mínimo de respeito por toda a situação que estou enfrentando. Já foi tão difícil quebrar os meus próprios preconceitos contra os remédios.

      Não tenho palavras para agradecer pelo seu retorno, está sendo de extrema importância para mim neste momento. Estou tocando minha vida, como havia dito não estou 100%, mas ninguém vive o tempo todo bem, você tem toda razão. É que nesses últimos dias eu tenho ficado muito desanimada sem prazer naquilo que sempre amei fazer, estou vivendo uma crise existencial terrível. Muito pouco tempo de remédio, vou continuar aguardando né… Vou ler a indicação do texto sim. Muito obrigada, estou ligadinha por aqui.

      Grande abraço.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Amanda

        Antes de mais nada gostaria que soubesse que não tenho nenhuma formação médica. O que sei, aprendi com marcas na própria pele e com leituras constantes. Mas num ponto eu me acho melhor do que certos profissionais: na minha solidariedade e no amor que dedico aos que me procuram.

        Lindinha, muitos psiquiatras seguram os pacientes no tocante à receita. Saiba que o clínico geral também poderá, numa consulta, passá-la para você, ou se tiver algum médico na família. É o que faço, pego a minha receita com meu clínico geral. Voltando à dosagem, se estiver se sentido bem, continue com a dosagem de 10 mg. Não há necessitade de procurar um psiquiatra agora, se está se sentindo melhor. Aguarde mais um tempo para começar a sentir os bons efeitos do remédio.

        Você diz:
        “É que nesses últimos dias eu tenho ficado muito desanimada sem prazer naquilo que sempre amei fazer, estou vivendo uma crise existencial terrível.”

        Isso pode estar ligado aos efeitos adversos do antidepressivo, que podem durar por duas a três semanas, e que mexem em toda a nossa estrutura emocional. Espere mais um tempinho. E saiba que não existe a pílula da felicidade. Sempre terá dias melhores e outros nem tanto. Assim é a vida do ser humano. Caso persistam tais sintomas, aí sim, deverá procurar um psiquiatra para uma avaliação mais exata. Enquanto isso, seja uma garota POP (paciente, otimista e persistente).

        Grande beijo,

        Lu

  250. Afonsine Costa

    Olá, Lu!
    Estou tomando fluoxetina há 4 meses, pois tive depressão pós parto, e descobri quando minha bebê tinha 3 meses. Queria ficar só deitada, não dormia, não comia, minha pressão nao baixava, e comecei a tomar remédio controlado, até que meu cardiologista pediu para parar com o remédio de pressão, pois estava baixando muito. Estava me sentindo muito bem desde então, mas ontem de manhã senti meu coracão disparar, uma palpitacão que parecia que nao ia parar nunca. Medi a presao e estava 16/8, logo depois já estav 13/8 ou seja normal (obs: medi em farmácias diferentes)

    Gostaria de saber se isso pode ser efeito colateral do fluoxetina depois de 4 meses de uso? Quanto tempo ainda vou ter que tomar? Nao quero isso pra minha vida, é uma sensaçao horrível de impotência, rezo todos os dias pra Deus me libertar disso.
    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Afonsine

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, o que você sentiu ontem foi uma crise de pânico, a conhecida Síndrome do Pânico. A pessoa pensa que está morrendo, mas, na verdade, ela não mata. Embora seja horrível, dura poucos minutos, voltando o organismo ao normal. Não entendi bem se você continua tomando fluoxetina. Se estiver, a dosagem pode estar baixa, devendo voltar a seu médico e relatar-lhe o que lhe aconteceu. Se não está tomando nenhum antidepressivo, necessita fazer uma nova consulta para tratar essa síndrome. Não deixe para lá, pois, quando não tratada, ela volta a intervalos cada vez menores e mais forte. Na crise, a pressão aumenta mesmo, voltando ao normal assim que ela passa. Quando lhe acontecer, evite medir pressão, e procure ficar o mais tranquila possível, pois quanto menor for a resistência oferecida, mais leve ela se torna. Mas não deixe de procurar seu médico o mais breve possível, pois o pânico acaba com nosso equilíbrio emocional.

      A crise que teve não se trata de efeito da fluoxetina. Com quatro meses de uso, o organismo já se acostumou com essa substância. Ninguém quer uma crise de pânico na vida. Já tive muitas. É uma das piores sensações. Ontem mesmo uma leitora relatou uma pela qual passou. Faça o tratamento direitinho e estará livre disso. Eu não mais a tenho há muitos anos. Leia também os comentários. Esto preparando um texto sobre o assunto. Quando publicar, eu aviso você.

      Lindinha, fique tranquila, logo tudo isso desaparecerá. Um beijo na sua bonequinha,

      Lu

    2. Pri

      Olá, Lu!

      Estou no 12° dia usando fluoxetina. Fui ao psiquiatra e ele disse que estou com uma depressao camuflada e ansiedade. Perdi peso e nao sinto fome. Tem dias que fico pra baixo, dá um enjoo, mas tenho fé em Deus que tudo vai dá certo. Estou um pouco triste, pois meu cabelo caiu todo, e eu malhava e perdi esse peso. Mas estou evitando pensar nisso, só quero minha cura mesmo. Não sinto sono de noite, mas tomo o rivotril 0,5. Graças a Deus, as crises de madrugada não tenho mais, mas acordo durante a noite. Também estou indo pra igreja, amo cantar, vou procurar me dedicar nisso, e quando me sentir mais forte vou voltar a malhar . Obrigada, Lu vocês me ajudam muito.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Pri

        Você está saindo do período turbulento da fluoxetina. Logo estará ótima. Eu já a tomei por muito tempo. A perda de peso é em razão do antidepressivo que, no seu caso, tirou o apetite. Também senti a mesma coisa. Todo mundo fica para baixa num dia ou noutro, indiferente de tomar remédio ou não. Não se preocupe com isso. O cabelo voltará a crescer mais forte, mais brilhante e mais belo. Cantar é uma maravilha. Cante bastante! Siga firme, menina POP. Gostaria que lesse o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

        Beijos,

        Lu

        1. Pri

          Lu
          Eu estava tomando o rivotril e fluoxetina, estou no 12° dia. O psiquiatra mandou eu trocar o rivotril pelo apraz, mas ontem tomei e hoje senti crise de ansiedade, que estou tendo agora e está melhorando. O coração acelerou, um nó na garganta e um gelo nas costas, dedo dos pés gelados. Não vou mais tomar, acho que não me dei bem, já que estava melhorando com a fluoxetina e rivotril.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          É comum, na troca de remédios, os sintomas adversos aparecerem. Por que seu médico fez a mudança? Converse com ele antes de prosseguir com o remédio. Na dúvida, sempre é bom ter uma conversa com o médico, pois ficar receosa traz ainda mais ansiedade.

          Amiguinha, evite usar o “internetês” (tbm, pq, q, n…) pois muita gente não entende essa escrita, e eu tenho que consertar todas elas, o que me toma muito tempo. Certo?

          Beijos,

          Lu

  251. Ana Paula

    Olá, Lu, tudo bem!!

    Tomo sertralina já faz 3 meses, mas esta semana minha médica resolveu mudar o medicamento, pois não estava me adaptando com ele, e me passou para Exodus em gotas, porém não me liberou da sertralina. Pediu para que eu continuasse com sertralina, e ir aumentando o exodus por dia. Tipo hoje uma gota com sertralina, amanhã mais duas gotas, até chegar em 10 gotas, quando chegar era para eu ir tirando a sertralina devagar, tipo 25mg e assim por diante, até ficar só com o Exodus. Você acha normal esse procedimento? O que me irrita em tudo isso que está acontecendo é a aceleração no batimento cardíaco. Se não fosse isso, estaria melhor com a sertralina. Diz a minha médica que é a ansiedade que provoca isso e, que eu teria que trocar o remédio para resolver o problema. Você acha coerente o que ela me disse? Apesar de confiar na minha médica, nunca tive problemas de depressão, ficaria mais tranquila se você me respondesse.
    Muito Obrigada desde já.

    Att
    Ana Paula

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Paula

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      A sua médica irá liberá-la da sertralina paulatinamente, como uma forma de desmame, para que o organismo não ressinta de sua falta.

      Amiguinha, eu gostaria de obter mais informações sobre sua saúde, pois você diz no seu comentário que nunca teve problema de depressão, portanto, gostaria de saber:
      1- Qual foi o seu diangóstico para que viesse a tomar antidepressivo?
      2- Já teve SP (síndrome do pânico)?
      3- Quando é que começou a ter aceleração no batimento cardíaco (foi após o antidepressivo)?
      4- E se não foi após o antidepressivo, você foi ao cardiologista?
      5- Qual é a especialidade de sua médica?

      Aninha, estou curiosa com o seu caso, pois ninguém deve tomar antidepressivo sem ter uma causa específica. Quanto ao procedimento de sua médica, em relação à dosagem dos remédios, está de acordo, sim. Fique tranquila. Existem substâncias que podem ser tomadas juntas.

      Abraços,

      Lu

  252. Bruna Viegas

    Oi Lu, tudo bem?

    Faz mais ou menos uns dois meses que estou tomando reconter, comecei com o de 10mg e agora faz sete dias que passei para 15mg. Gostaria de saber se é normal ter sintomas de adaptação de novo, como quando comecei a usá-lo. Quando comecei com o de 10mg sentia muito a boca seca, ardência na boca e na cabeça, ansiedade, pensamentos negativos, tudo parecia que estava melhorando. Agora faz sete dias que comecei com o de 15mg; no primeiro dia senti a boca seca e a ardência na boca e cabeça de novo, estou sentindo mais sono também, um pouquinho de tontura, um pouco de ansiedade e de pensamentos negativos e sobre doenças (que já tinha melhorado muito), mas o que mais me deixou preocupada, é que acabei de voltar de um almoço super legal com uma amiga, e lá no meio do almoço, sem motivo aparente, me deu aquela sensação ruim pré ataque de pânico; começou a escurecer minha visão, pernas e braços começaram a formigar, parecia que eu ia apagar, desmaiar, e me bateu um pequeno desespero. Cheguei em casa com dor de barriga e fui direto medir minha pressão e pesquisar na internet o que poderia ser (coisas que eu não estava mais fazendo). Será que essa “nova” adaptação à dose um pouco maior é que está causando isso? Meu médico disse que eu poderia sentir algumas coisas, nada como no início e realmente são mais fracos os sintomas, mas ele disse que seriam uns 5 dias e hoje faz 7. Estava me sentindo tão feliz de estar cada vez melhor, será que vou piorar tudo de novo?

    Beijos e muito obrigada pela atenção!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruna

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, ao aumentar a dosagem do remédio, o seu organismo reagiu, pois é muito sensível. Isso é normal. Não há porque se assustar. Embora seu médico tenha dito que tais sintomas durariam cerca de cinco dias, não é possível ter uma previsão exata, pois varia de um organismo para outro, podendo durar mais ou menos. Você continuará “se sentindo feliz e cada vez melhor”, basta ter paciência para aguentar essa fase de “nova” adaptação. Seja uma garota POP (paciente, otimista e persistente) e logo sairá dessa pequena turbulência, para voar em céu azul, cheio de felicidade… risos. Gostaria que lesse o meu último texto denominado OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, para que entendesse melhor a sua participação no tratamento.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Bruna Viegas

        Muito obrigada pela atenção, Lu, vou ler sim o outro post 😀

        Um beijo!

  253. Rosava

    Prezada LuDias
    É a primeira vez que entro neste blog. Tomei antidepressivos por seis anos por causa de síndrome do pânico, ansiedade. Defendo o uso, porque sei que ajuda, porém parece que fiquei com um defeito… hehehe. Não consigo mais chorar por nada. Nem de alegria nem de tristeza. Forço para achar o sentimento, mas as lágrimas não vem. Alguém poderia me dizer se tem algo a ver com os remédios?
    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosava

      É um grande prazer recebê-la aqui no nosso blog. Sinta-se em casa!

      Amiguinha, nós, depressivos, somos pessoas extremamente sensíveis. E é exatamente esse excesso de sensibilidade que nos desequilibra em todos os sentidos. Além do mais somos pessoas imediatistas e perfecionistas, em sua maioria. Se as coisa não são como desejamos, nossa ansiedade vai a mil. O uso do antidepressivo tem por finalidade corrigir esses excessos, permitindo-nos levar uma vida mais equilibrada. Também tomo antidepressivo há muitos anos. Choro dificilmente. Nem mesmo me lembro da última vez (acho que foi na morte de minha mãe). Contudo, isso não significa que tenhamos perdido a nossa sensibilidade. Eu não choro, mas meu coração ainda dói com certas coisas. Seria melhor que eu chorasse, pois assim sofreria menos. Você só me disse que não chora, mas quanto aos sentimentos? Sente alegria e tristeza? Fica aborrecida com alguma coisa? Não são somente as lágrimas que mostram os nossos sentimentos. Certo?

      Abraços,

      Lu

      1. Rosava

        Em primeiro lugar, quero agradecer a atenção a minha pergunta. Na verdade, eu faço uma comparação entre o antes dos medicamentos e o depois. Eu tinha mais facilidade pra chorar, hoje quase não choro; sinto tristeza e alegria, mas de um jeito diferente de antes dos remédios. É bem estranho! Mas eu defendo o uso das medicações, sei que sem eles seria muito pior. Se estou conseguindo trabalhar e viver é porque os remédios me ajudaram. Mas “choro” em sonho, mas não na realidade, parece que “sequei”, hehehe.

        Muito obrigada, abraços!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rosava

          Eu também me sinto assim. Hoje mesmo recebi a notícia da perda de um amigo muito querido. Fico o tempo todo me lembrando dele, mas não consigo chorar. A tristeza parece engolir as lágrimas. Em consequência, a dor parece muito maior, pois fica martelando na cabeça, acompanhada de “Não acredito! Não é verdade!”.

          Abraços, minha querida,

          Lu

      2. Emanuel Nunes

        Faz algum tempo que não entrava no Blogger. Acabei relaxando com as doses do escilatopram nas minha férias, e pior, tirei próximo às festas de final de ano e este período me deixa para baixo, e parei de tomar por 10 dias, e exatamente na virada do ano me senti com ansiedade e angústia. Ficava pensando que seria por falta do escilatopram, e agora será?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Fico feliz ao saber que caiu justament neste cantinho, onde formamos uma grande família. Seja sempre bem-vindo.

          Amiguinho, não sei exatamente como é o seu caso, há quanto tempo faz tratamento, etc., mas não podemos relaxar no uso do remédio, até que tenhamos alta do mesmo. E justamente no período em que ficamos mais sensíveis, é que dele necessitamos. Eu também me sinto péssima com os festejos de final de ano, depois de ter tido várias perdas em minha família, sem falar que é um período em que as diferenças sociais ficam gritantes e o desperdício dá a tônica. Mas o jeito é encarar os fatos. Dez dias são um período muito longo para ter parado de tomar o antidepressivo, sendo mais do que normal a presença da angústia e da ansiedade, numa época que já não o agrada. Como se encontra agora, como o retorno ao remédio? Gostaria que lesse o meu último texto denominado OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, que irá alertá-lo sobre a sua parte no tratamento. O depressivo funciona apenas com 50%, o resto cabe a nós.

          Obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre!

          Abraços,

          Lu

        2. Emanuel Nunes

          Olá, Lu!

          Na realidade sinto que posso tentar controlar minhas angústias, minhas irritações meus medos. Mas vejo que infelizmente não irei conseguir. Tenho alguns amigos que usavam escilatopram e relataram que conseguem controlar seus problemas mentais, mas eu tentei e vi que não tem como. Meu único receio é ficar dependente do escilatopram. Será que isso é possível.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Se você sente que pode controlar suas angústias, irritações e medos, por que acha que não poderá conseguir? Onde estaria o problema? Como tenho dito, há diversos tipos de problemas mentais, com graus diferenciados. Seus amigos devem ter tomado o antidepressivo por um tempo suficiente, o que lhes permite controlar seus problemas mentais agora. Pode ser que depois de passar por um tratamento, e após ganhar alta, aconteça-lhe o mesmo. Quanto ao receio de ficar dependente, isso é o menos significativo, pois o mais importante é ter qualidade de vida. Sem falar que, o desmame do antidepressivo permite à pessoa ficar livre da substância ativa, sem passar pelos transtornos da abstinência. Não se preocupe com isso. Dê tempo ao tempo e procure viver somente um dia de cada vez. Certo?

          Um grande abraço,

          Lu

    2. Ana

      Amiga, isso aconteceu comigo; tomei venlafaxina 150 mg e perdi por completo o meu eu, caminhei no deserto. Só o deserto e o vazio.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Aninha

        Que caminhada esquisita foi essa? Nunca tomei essa dona venlafaxina. E agora, o que você está tomando? Como anda a sua saúde mental?

        Amiguinha, seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

        Beijos,

        Lu

  254. Claudia

    Bom dia, Lu!
    Meu nome é Cláudia, tenho 41 anos e tenho depressão desde os 18 anos (na época meus pais classificavam como frescura) mas só comecei o tratamento há mais ou menos 4 anos. Neste intervalo de tempo já tive algumas recaídas e melhoras, mas atualmente não tenho conseguido ir trabalhar. Tomo cloridrato de duloxetina (velija), lamotrigina (lamitor), hermitartaro de zolpiden( stilnox), cloridrato de trazodona ( donaren) e por ultimo alprazolam (frontal rx). Comecei com o frontal há dois dias, e estou sentindo uma sonolência sem tamanho… Já tinha dificuldade para ir trabalhar e esta semana já faltei dois dias… Estou com medo até de perder o emprego por intolerância do chefe… Quanto tempo leva para o frontal fazer efeito e eu não sentir tanta sonolência? Desde já obrigada pela atenção.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cláudia

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      Os seus pais não têm culpa, pois essa era a cultura de antigamente, no que diz respeito aos problemas da mente. Somente nos dias de hoje, com a evolução da Ciência, é que as pessoas vêm aceitando que o cérebri também adoece. O mais importante é que agora encontra-se em tratamento. A função dos antidepressivos é nos fornecer uma vida com mais qualidade e, se isso não acontece, faz-se necessário uma volta ao médico, para que ele possa fazer uma revaliação do paciente, e, se necessário for, mudar a dosagem ou a medicação.

      Amiguinha, se o seu sono está muito grande, interferindo no seu trabalho, retorne a seu médico e relate o que está lhe acontecendo. Ele pode fazer a retirada de algum remédio ou mudar a dosagem que toma. Talvez a dose do frontal esteja alta para você. O tempo para fazer efeito, sem atrapalhar a vida da pessoa, varia de organismo para organismo. Normalmente leva uns 15 dias. Ainda assim, você precisa voltar a seu médico e conversar com ele. Quanto ao chefe, vá até a sala dele e abra-se com ele. Mostre as receitas, etc. Ao mostrar confiança nele, esse terá uma maior compreensão consigo.

      Muito obrigada pela sua visita e comentário. Volte sempre para nos contar com anda.
      Abraços,

      Lu

      1. Claudia

        Lu, só hoje consegui vir trabalhar… Acredito que esteja numa fase de euforia, pois estou me sentindo demais, mesmo sabendo que as coisas não são assim. Obrigada por me responder…
        Com carinho,

        Claudia

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cláudia

          O ideal é o equilíbrio, sempre. Mas é preferível euforia do que estar para baixo… risos. Procure lidar com toda e qualquer situação da melhor forma possível. Lembre-se de que somente você pode direcionar sua vida.

          Volte sempre e repasse o endereço do blog para os amigos.

          Beijos,

          Lu

    2. Pri

      Lu, estou desesperada, acabei de ter uma crise após 5 dias de uso do fluoxetina, senti um gelo enorme subindo nas costas e indo pro pescoço, depois gelou o peito. Acelerou os batimentos, deu um nó na garganta. Estou desesperada, não sei o que fazer, tomei um rivotril de 0,5. Me ajuda ou pelo amor de Deus. Achei que eu ia morrer.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Pri, minha fofinha!

        Respire fundo e acalme-se. Respire outra vez… Não há nada de anormal na sua crise, pois ainda se encontra na fase turbulenta do uso do antidepressivo, que dura, normalmente, duas semanas. Parece que os sintomas até pioram. Você teve uma crise de pânico, que não mata ninguém. Não precisa fazer nada, a não ser relaxar. São os efeitos adversos do remédio. Depois virão os bons. O Rivotril tem o efeito de relaxar. Deve ser usado para isso. Procure tomá-lo de acordo com a prescrição médica, principalmente nessas duas primeiras semanas. Nada de desespero. Acontece com todo mundo. A sensação da crise de pânico é a de morte iminente, mas tudo isso é falso. Você já deve estar bem, apesar do susto… risos. Agora, vá dormir tranquila. Tome um banhozinho gostoso, passe uma colônia, tome um copo de leite morno e caminha. Esqueça essa crise, pois ela faz parte do “script”. Quero notícias suas amanhã.

        Boa noite, lindinha!

        Lu

    3. Stephanie

      Olá Claudia, boa noite!
      Meu nome é Stephanie, vivo a mesma coisa que todas aqui, lutando a cada dia. Li no seu comentário que está fazendo o uso do frontal (alprazolam). Eu tinha acabado de comprar, quando o meu novo médico mudou para o Rivotril, estou com uma caixa e meia e procurando alguém para doar. Se ainda estiver usando me mande um e-mail e caso queira também!

      E-mail dammann_ste@hotmail.com

  255. Carolini Passos

    Boa noite Lu, boa noite a todos!

    Desculpem pelo meu sumiço, mas está tudo bem. Depois de 6 meses tomando o scitalopram posso dizer, pra quem está começando o tratamento, que tenha paciência, pois no início é bem difícil mesmo, mas depois tudo volta ao normal. Saibam que vão ter dias em que terão uma recaída e vão se sentir mal, mas depois de um tempo fica como se nada tivesse acontecido. Foi isso o que aconteceu comigo, parecia que estava curada e não precisava de mais nada, engano meu, pois vira e mexe me sentia triste, mas depois passava. A síndrome do pânico parecia ter sumido. Fui semana retrasada ao cardiologista e ele me receitou só mais uma caixa de 14 comprimidos, e pediu para parar com o tratamento. Agora estou com medo de voltar toda aquela insegurança. Semana passada tive uma crise de síndrome do pânico depois de 6 meses bem, e tenho andado com uma sentimento de depressão. Não sei o que faço. Não sei se atitude dele está certa já que é cardiologista e está cuidando do meu caso. Não sei se parar assim de uma hora para outra pode me fazer mal. Se puderem me dar uma ajuda no que devo fazer, fico agradecida.

    Li os comentários aqui e não me sinto sozinha nessa luta, beijos galera e força a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carol

      Vejo que você está muito ansiosa por ter que parar com a medicação. Embora o cardiologista possa ter um bom conhecimento sobre o assunto, ainda acho que o ideal é o contato com o psiquiatra. Se você ainda se sente insegura, tendo crise de pânico e suspeita de depressão, é fato que não está pronta para deixar o medicamento. Sugiro que converse com seu cardiologista sobre o que vem sentindo, falando-lhe abertamente sobre o medo de deixar o medicamento. Outro caminho é buscar um psiquiatra, contar-lhe qual o caminho feito até o momento, e esperar que ele defina se você deve continuar ou não com o tratamento. Não é preciso ter medo, pois isso não é um bicho-de-sete-cabeças, lindinha. Procure ver tudo com normalidade. Fique tranquila, pois sempre há um caminho para ser seguido.
      Gostaria também que lesse o meu último texto sobre o assunto, que se chama OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

      Menina, não fique sumida tanto tempo assim.

      Beijos,

      Lu

      1. Ge

        Oi, Lu!
        Estive aqui alguns dias atrás. Tomo escitalopram 20mg por causa de uma depressão e ansiedade (1 mês com 20mg). Já são 9 meses de tratamento com aumento gradual de dosagem. Sentia muito sono que agora sumiu. Sentia sono demais à tarde, com isso dormia sempre, 3 dias que sinto somente á noite! Queria saber por que isso está acontecendo, agora que o rémedio começou a fazer efeito de verdade?

        Obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          O organismo vai interagindo com o remédio, os efeitos ruins vão desaparecendo, os bons chegando e o corpo vai entrando em equilíbrio. É exatamente isso que se espera de um antidepressivo. O excesso de sono vai acabando, sendo normal que ele venha só à noite. Que bom! Não sei se lhe pedi para ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSO ORGANISMO, se não, leia-o, pois é muito importante uma tomada de consciência sobre nossa parte no tratamento.

          Beijos,

          Lu

  256. Fabrícia

    Olá gente, ei Lu!
    Só queria uma ajuda para me desabafar um pouco, pois está sendo um custo aceitar que estou com depressão. Meus dias estão cada vez mais difíceis… Levantar para ir trabalhar, então! Meu Deus, é uma luta. Assim que coloco o pé para fora do portão ja começa os sentimentos de medo… Meu coração dispara, minha boca seca, mas tenho que sair assim mesmo. Penso que poderia ser só uma fase, só que já se passou 1 ano. E há 4 meses atrás vem tem piorando. Nunca tinha me consultado com psiquiatra antes, pra mim isso era coisa de gente louca(pagando língua agora). Enfim,comecei a tomar escitalopram e clonazepam também, pois dormir que era bom nada! Espero que façam efeitos logo.
    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fabrícia

      Seja bem-vinda à nossa família POP. Sinta-se em casa.

      Minha querida, há um ano você vem tendo síndrome do pânico (SP): “Meu coração dispara, minha boca seca, mas tenho que sair assim mesmo.”. É assim que ela tem início. Não sei como aguentou passar por isso durante tanto tempo, pois esse tipo de crise só tende a piorar com o tempo, se não tratada. Primeiro vem a ansiedade sem controle, que acaba descambando em crises. Depois vem o medo de tudo, sendo a nossa casa o único lugar em que nos sentimos seguros.

      Fabrícia, não se culpe pela visão que tinha do psiquiatra, muitas pessoas ainda consideram-no um médico de loucos. Mas à medida que as pessoas têm compreendido que o cérebro também adoece, assim como qualquer outra parte do corpo, esse pensamento vem desaparecendo. Cada vez mais chega ao mercado antidepressivos mais modernos, sendo o oxalato de escitalopram um deles. O que é um grande alívio para os portadores de doenças e síndromes mentais. Nossa qualidade de vida melhorou imensamente. Eu também faço uso dessa mesma substância, em razão de uma depressão crônica, herança de minha família materna. Posso lhe dizer que estou ótima, a ponto de estar aqui ajudando outras pessoas. Estima-se que um terço da população mundial sofra de depressão, que cada vez mais tem se tornado corriqueira. Portanto, amiguinha, dispa-se desse manto de preconceito, para que seu tratamento traga bons resultados.

      Fá, primeiro você passará pelos efeitos adversos do remédio, que duram em média duas semanas, pode até achar que está piorando. Aguente firme, seja POP (paciente, otimista e persistente). Depois virão os bons resultados, oferecendo-lhe uma vida mais equilibrada. Gostaria que lesse o meu texto denominado OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Leia também os outros relativos ao assunto. E volte aqui para desabafar quantas vezes quiser. Este cantinho é exatamente para isso. Aqui somos uma família muito generosa.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Fabricia

        Nossa Lu, muito obrigada!
        Quero muito melhorar,só que as crises de choro, quando estou na rua, é muito complicado. Pelo visto minha casa é meu refúgio! Principalmente meu quarto.
        Esses dias quase tomei chumbinho. Só que uma voz me disse que isso iria aumentar meu sofrimento e o da minha família. Ai não tentei mais.
        Penso que vou sair dessa. Obrigada por ler meu desespero.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Fabrícia

          Lindinha, que bobagem é essa? Afinal você faz parte da turma guerreira POP (paciente, otimista, persistente). Nadica de nada é capaz de tirar a nossa força. Você já pensou que existem sofrimentos bem piores? Nós somos privilegiadas, minha fofinha, por termos tantos antidepressivos à nossa disposição. A Ciência avança cada vez mais neste campo. Chegará um dia em que bastará um único comprimido para nos dar qualidade de vida.

          Fá, todos os depressivos fazem da casa (principalmente do quarto) um casulo. É ali que se sentem protegidos contra o mundo que ele tomou como inimigo. Eu já passei por isso. Só queria dormir e dormir e dormir. Não aguentava nem o barulho do telefone, que para mim era uma invasão. Hoje eu me sinto ótima. Qualquer coisa ruim que faça à sua vida, arrasará sua família eternamente. Ela irá sentir sempre como culpada. Nem pense nisso, lindinha.

          Menininha, quero que leia novamente o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Veja como você é também responsável pelo seu tratamento. Faça a sua parte, ajude o seu corpo. Outra coisa, não deixe de relatar a seu médico a ideia boba que teve, pois quando isso acontece é preciso retornar a ele. Talvez seja preciso modificar a dosagem do remédio. Leia também EXPLICAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM (o texto também serve para outros antidepressivos). Aguardo novas noticias. Coragem, minha linda. Todos nós aqui somos vencedores nesta luta e estamos juntos.

          Beijos,

          Lu

  257. Cris

    Olá,Lu!
    Estou lendo seu blog desde o dia 09/12/2015, quando comecei meu tratamento para ansiedade e pânico, com escitalopram. No começo tive vários efeitos colaterais ruins, mas com 10 dias melhorou, só que agora, há quatro dias, comecei a sentir um deles de novo, um pouco de enjoo, muita azia e queimação. Será que isso ainda faz parte do tratamento? Minha médica indicou omeprazol, mas ainda não sei se vai melhorar. Estava tendo muitas crises de ansiedade e com elas vinha o medo de ficar ou ter alguma doença, também tomo puran há quase 4 anos para a tireoide. Gosto muito das suas palavras.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Seja bem-vinda à parte de comentários. Sinta-se casa, pois aqui somos uma família.

      Amiguinha, quando iniciamos um tratamento com antidepressivos, tendemos a achar que tudo que sentimos está ligado a ele. Muitas vezes não tem nada a ver. Portanto, faz-se necessário uma avaliação médica. Ao que me parece, você tem pouco mais de 30 dias de uso do remédio. Algumas pessoas, depois desse tempo, não sentem mais nada, enquanto outras podem sentir. O omeprazol é muito bom para azia, enjoo e queimação, mas deve ser tomado por um tempo, apenas.

      Você diz: “Estava tendo muitas crises de ansiedade, e com elas vinha o medo de ficar ou ter alguma doença, também tomo Puran há quase 4 anos para a tireoide.”. Isso está acontecendo ainda ou já desapareceu com o uso do escitalopram? Caso ainda esteja sentindo, repasse essa informação para seu médico, para ele ver se precisa de aumentar a dosagem do remédio.

      Volte para me dizer se melhorou?

      Abraços,

      Lu

      1. Duda

        Olá, Lu, tudo bem?
        Comecei a tomar ESC 10mg devido a uma depressão pós parto. Posso parar de tomar a qualquer hora? Estou insegura com o uso do antidepressivo, estou amamentando :\ Hoje é o terceiro dia.

        Muito obrigada.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Duda

          Seja bem-vinda. Sinta-se em casa.

          Minha querida, não se deve parar de tomar um antidepressivo sem o aval do médico que está a acompanhá-la. Converse com ele e exponha-lhe o fato de estar preocupada em razão de encontrar-se amamentando. Ele não conversou com você sobre isso? Sua preocupação procede. Veja abaixo:

          “Fertilidade, gravidez e amamentação
          Informe o seu médico se você está grávida ou planeja ficar grávida. Não tome Esc (oxalato de
          escitalopram) se você estiver grávida ou amamentando, exceto se você e seu médico já conversaram sobre os riscos
          e benefícios relacionados.”

          http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=6500152013&pIdAnexo=1733893

          Abraços,

          Lu

        2. Duda

          Lu, boa noite!
          Foi meu obstetra quem receitou, consultei a pediatra e o angiologista que também está cuidando de uma flebite (tomando varfarina) que tive no pós parto. Disseram que posso tomar o ESC, só que imaginei que fosse pouco tempo, não 4 meses 🙁 Minha preocupação é de mãe mesmo, queria só 1 mês, só para passar essa choradeira.
          Lu, obrigada!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Duda

          Assim sendo, aconselho-a a procurar um psiquiatra, para que ele possa lhe dizer quais são os problemas com o bebê, caso tome o remédio durante a amamentação. Ou então converse com a pediatra, dizendo-lhe que foi informada de que pode haver problemas com o bebê, que ainda se encontra amamentando, quando a mãe faz uso de antidepressivos. Leia o link que lhe mandei e, se preciso, mostre uma cópia para ela. Aguardo mais notícias suas.

          Beijos,

          Lu

        4. Duda

          Estou no terceiro dia, não vou tomar mais até conseguir consulta com o psiquiatra. Obrigada de coração 🙂

        5. LuDiasBH Autor do post

          Duda

          De nada, minha querida. Dê-me notícias após a ida ao psiquiatra.

          Abraços,

          Lu

  258. Sherman Brabus

    Lu, por mais de 5 anos tomei Lexapro e na “marra” parei de tomar.
    Vi alguns post sobre a velocidade das consultas, falta de interesse do médico e por ai vai… Eu sempre tive a oportunidade de ficar 1 hora com minha doutora, sempre tive a chance de passar tudo que estava acontecendo comigo. Fiquei mais de 5 anos em tratamento, período no qual fiz uma alteração de médicos por motivos de comodidade de acesso. Segui a risca o tratamento. Associei-o com consultas ao psicólogo. Tudo como manda o figurino! Foram 5 malditos anos com esse remédio, acreditando que amanhã iria melhorar, sempre fui convencido que iria melhorar. Cansei ao ponto de parar e realmente me olhar como um telespectador e o que eu vi foi horrível. Não era eu. oO altos e baixos de humor, alegrias, tristezas. Tudo mascarado pelo remédio. Cansei de acreditar que melhorava. Cansei de esperar pelo milagre do lexapro que nunca veio. Cansei de escutar as maravilhas dos poucos efeitos colaterais. Cansei de pagar R$660,00 por consulta, é caro! Detalhe, é uma dessas que sai na televisão como a maior especialista no assunto. Sempre pensei nisso como um investimento em mim, mas cansei. O “click” para isso tudo foi quando não remarquei a consulta, no final de 2015, devido a um problema de agenda, e a assistente da médica me liga insistentemente para remarcar uma nova consulta. Motivo: no controle dela o remédio iria acabar. O controlador não deveria ser “eu”?? Então quer dizer que eu preciso voltar por que o remédio irá acabar? Nunca me ligaram para saber como EU estava. Nesse dia, apesar do motivo “bobo”, eu percebi o que estava havendo: me transformaram num ratinho de laboratório! Mais de cinco anos sendo condicionado a pagar um alto preço para melhorar das crises de choro, noites sem dormir, tristeza inexplicável, irritação, explosões, etc. Melhorei? Até posso ter melhorado, mas a que custo, não financeiro mas emocional? Que palhaçada…. cansei!

    Pesquisei o assunto na internet e comecei por minha conta a fazer o desmame do lexapro. Ainda estou nisso. As duas primeiras semanas foram horrorosas, mas a força de retomar minha vida é maior. ACREDITEI nisso, a força de deixar de ser feito de “idiota” falou mais alto que qualquer tontura, dor de cabeça, irritabilidade, choros, noites sem dormir, etc… Estou no finalzinho do desmame e começo a me sentir “normal”. Cada vez que a tontura vem, EXIJO que ela vá embora em nome dos mais de 5 anos que tomei esse remédio, do dinheito que gastei e não foi pouco, das idas ao consultório, dos bla bla blas que nunca me levaram a lugar nenhum. Aliás, me levaram até o limite da razão, até dizer um basta e retomar o controle da situação.

    Tenho certeza que muito resolvem seus problemas com psiquiatras, lexapros e todos os outros, mas fica aqui minha mensagem, que se livrar disso não é fácil, mas tem gente que faz! Como eu! E garanto que NUNCA MAIS VOLTO para essa vida de terapeutas. Estou aprendendo a lidar comigo mesmo, afinal, sou eu a pessoa que melhor me conhece! bata querer e esse querer não é uma opção para mim, é uma obrigação, um dever que se renova todos os dias, minutos e segundo! É encarar de frente um problema e resolver, ou em último caso, aprender a conviver com ele. Mas seja qual for a decisão, ela será MINHA e não de uma pessoa que acha que sabe quem eu sou… Para aqueles que terapias funcionam, ótimo! Para mim funcionou apenas para mostrar que sou EU quem tem que resolver MEUS problemas, de cara limpa, com mudança de atitude e não com subterfúgios medicinais.

    Forte abraço e muita força para todos nós!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sherman

      Eu compreendo perfeitamente a sua indignação. Sei que, quando iniciamos um tratamento, ficamos cheios de esperança, mas nem sempre ela atinge aquilo que tão arduamente esperamos. Mas isso não acontece somente quando se trata dos transtornos e doenças mentais. As pessoas que têm CA, por exemplo, passam por diferentes tratamentos, numa via-sacra em busca da saúde. As hipertensas, diabéticas e com problemas tireoidianos tomam remédios a vida toda. O problema, meu amiguinho, é que durante muitos e muitos anos, a sociedade não considerou que o cérebro fosse capaz de adoecer. Razão disso foi o estigma criado em torno dos doentes mentais, que eram submetidos a tratamentos desumanos, quando não jogados nos cruéis hospícios. Na Idade Média, tratavam essas pessoas como possuídas pelo diabo (ver aqui no blog VIDA PRIVADA). Ainda hoje, muitas pessoas recusam a falar sobre problemas mentais, com medo de serem tidas como loucas. De certa forma, tudo isso contribuiu para que tivéssemos uma visão estereotipada sobre os problemas mentais. Muitos de nós ainda não aceitam que certas doenças mentais são físicas, oriundas do mau funcionamento do cérebro (neurônios) necessitando, portanto, de tratamento químico.

      Amigo, o tratamento de síndromes e doenças mentais é muito difícil, pois os médicos trabalham com erros e acertos. Nunca é possível ter certeza absoluta sobre a reação de um antidepressivo no organismo da pessoa. É através dos relatos do paciente que o especialista saberá se deve continuar o uso do medicamento ou não. Daí a necessidade de um contato maior entre médico e paciente, até que esse último diga que está se sentindo melhor. Enquanto isso não acontece, os retornos serão constantes. Você diz que tomou Lexapro (oxalato de escitalopram) durante cinco anos, sem sentir melhoras. Nesse tempo, seu médico (ou médicos) teria que ter mudado a medicação, pois você estava jogando dinheiro fora. Outra coisa, o antidepressivo tem como função melhorar a qualidade de vida da pessoa e não transformá-la num zumbi. Ao contrário, deve funcionar de modo que ela tenha plena consciência de si e, consequentemente, de seus atos. Se não atinge esse parâmetro, deve ser mudado imediatamente.

      Pelo valor das consultas, vejo que você passou por especialistas tidos como gabaritados. E essa de secretária monitorar o seu retorno, sem jamais ter procurado saber sobre sua saúde, é realmente uma atitude lamentável. A medicina é hoje, para muitos profissionais, um serviço como outro qualquer, em que o dinheiro dá o tom. É um vexame! Dá para ficar muito chateado.

      Em seu comentário você diz:
      “Tenho certeza que muito resolvem seus problemas com psiquiatras, lexapros e todos os outros, mas fica aqui minha mensagem, que se livrar disso não é fácil, mas tem gente que faz! Como eu! E garanto que NUNCA MAIS VOLTO para essa vida de terapeutas.”.

      Amiguinho, há casos e casos. A depressão, por exemplo, se de origem traumática, pode ser tratada sem remédios, mas se for de origem genética, não há escapatória senão o remédio. Como já deve ter lido o meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, onde falo que minha bisavó era depressiva, minha avó, minha mãe, um monte de tias e primos… E eu! Tomo antidepressivo desde a adolescência. Confesso-lhe que levo uma vida normal. Tanto é que aqui estou tentando ajudar aqueles que fazem a mesma caminhada que eu. Tenho alegrias e tristezas, dias bons e outros nem tantos, assim como qualquer ser humano. Ao contrário de você, eu vejo os antidepressivos como uma preciosidade para as vítimas de transtornos e doenças mentais. Faço um retrocesso até os tempos em que não havia tais remédios no mercado. O sofrimento era muito grande. Sofrimento esse que poderia ter sido diminuído, se já houvesse tais medicamentos. Foi com o Prozac (fluoxetina), a chamada pílula da felicidade, que houve uma grande melhoria nesse campo de remédios. Os avanços vêm sendo cada vez maiores.

      Sherman, não fique magoado com o que irei lhe dizer, mas, se o seu problema for físico, oriundo do mau funcionamento de seus neurônios, tenha a certeza de que voltará a tomar antidepressivos, mais cedo ou mais tarde. E não veja isso como uma recaída, mas como uma busca por uma melhor qualidade de vida. E que dessa vez possa encontrar um profissional que o ajude de verdade. As tais “sumidades” nem sempre acertam. Tenha a certeza disso. Não valorize o médico pelo valor de sua consulta. Há um caso aqui no blog, em que o rapaz, depois de 18 anos é que foi diagnosticado com uma certa síndrome, depois de ter passado por muitos médicos. Estava tomando remédios que não agiam sobre seu problema.

      Saiba, meu querido amigo, que os outros 50% do tratamento estão nas suas palavras (tirando a parte de sua revolta com o tratamento): “Estou aprendendo a lidar comigo mesmo, afinal, sou eu a pessoa que melhor me conhece!… Sou eu quem tem que resolver MEUS problemas, de cara limpa, com mudança de atitude…”. Temos que fazer a nossa parte.

      Recomendo-lhe a leitura do livro:

      O DEMÔNIO DO MEIO-DIA: UMA ANATOMIA DA DEPRESSÃO
      Autor: Andrew Solomon
      Editora: Companhia das Letras

      Um abraço bem forte,

      Lu

    2. Misael

      Bom dia!
      Passei pela mesma experiência sua. Tomei Escitalopram por quase um ano, consultas e mais consultas. No fim, não me reconhecia mais. Tinha me tornado uma pessoa sem sentimentos, nada me abalava. Comecei a questionar isso com meu médico e a resposta era sempre a mesma. É demorado o processo. Conversei com muitos pacientes que estavam em tratamento há muitos anos, e ainda assim as coisas não funcionavam. Decidi então, por conta própria, interromper o tratamento de maneira gradual. Nossa… Foi horrível. Tive náuseas, tremores, insônia… Mas após 30 dias de desintoxicação, comecei a me sentir diferente, tendo novamente sensações que havia perdido por causa da medicação. Comecei novamente a ter compaixão pelas pessoas e me sentir humano. Fiquei com a impressão que somos cobaias nesse processo todo. A depressão é sim uma doença, mas estamos repletos de profissionais incapacitados para um diagnóstico verdadeiro. E tudo se resume a medicação. Cada profissional consultado, tinha um diagnóstico diferente. Numa consulta de 20 min., saí diagnosticado com transtorno bipolar… Outro me deu o diagnóstico de síndrome de burnout. Enfim… Já faz mais de 01 ano que parei. Às vezes sinto tristeza, acordo a noite… rs. Mas me sinto no controle da minha vida novamente.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Misael

        Estou feliz com o seu sucesso. Dias bons e outros ruins são próprios de todos os humanos. Os antidepressivos têm por objetivo melhorar a nossa qualidade de vida. E se isso não acontece, não há razão para tomá-los. Eles não podem dopar as suas emoções, mas apenas controlá-las. E em hipótese alguma podem direcionar a sua vida. Para uma doença física tem que ser um remédio químico, assim como tratamos do coração, pulmão, rins, etc, o cérebro deve ser visto como qualquer outro órgão, passível de adoecer.

        Amiguinho, confesso que reluto em postar comentários que dizem ter deixado de tomar o antidepressivo por conta própria, por isso ou aquilo. Há cerca de seis meses, aconteceu um fato muito triste. X era um jovem que estava sempre aqui falando de seu problema mental, chegava até mesmo a dar força para outros leitores. Repentinamente sumiu. Depois de um mês tentei contato com ele, que não me respondeu. Continuei insistindo. Até que sua irmã escreveu-me dizendo que tinha suicidado. Havia passado a frequentar uma certa igreja, onde foi instado a deixar de tomar o antidepressivo, pois seria curado apenas pela fé. E, num surto, sem o controle operado pelo antidepressivo, acabou tirando a própria vida. Como pode ver, cada caso é um caso.

        Convido-o a ler o meu texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, que mostra a parte de nossa responsabilidade em relação ao tratamento mental.

        Espero que você continue bem.

        Abraços,

        Lu

        1. Misael

          Eu entendi o seu ponto de vista, Lu… Como disse no meu comentário, depressão é sim uma doença. O que questionei é a facilidade com que profissionais dão diagnósticos que mudam a vida de uma pessoa de forma muito incisiva e rápida. Não tiro a necessidade de acompanhamento profissional, apenas que é preciso reavaliar a real necessidade de tanta medicação. Hoje, as pessoas não podem ter um momento de euforia ou tristeza que já é diagnosticado com alguma síndrome.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Misael

          Você está coberto de razão. Faz-se necessário, por parte dos médicos, um maior comprometimento com os diagnósticos e com consultas bem feitas. A medicina não pode ser vista como um comércio qualquer. Você faz uma avaliação real, quando diz: “Hoje, as pessoas não podem ter um momento de euforia ou tristeza que já é diagnosticado com alguma síndrome.”. Tudo é rotulado. Num mundo doentiamente capitalista, as pessoas também acham que é preciso remédio para tudo, bastando poder comprá-lo. E tudo vira um círculo vicioso.

          Um grande abraço,

          Lu

    3. Ge

      Oi, gente!
      Estou em tratamento de depressão, já faz 8 meses! Faço uso do escitalopram. Comecei com 10 mg e o médico foi aumentando, até chegar nos 20mg (ainda não completou 1 mês). O principal sintoma que tive foi da minha mente acusar que não gostava do meu namorado e isso era desesperador, porque sabia que não era verdade! Então chorava desesperada e sentia um aperto muito forte! Me sinto apática alguns dias, aí surge esse pensamento de não gostar dele e outros, depois somem. Sempre gostei dele, por que isso agora? Queria saber se isso é normal na depressão, achar que não gosta do namorado. Alguém já passou por isso? Se fosse verdade, creio que eu não ficaria tão mal, né? Horrível. Hoje já me sinto melhor e não choro mais.
      Obrigada! Espero respostas.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, o nosso cérebro, quando não está funcionando bem, é capaz de coisas inimagináveis. Dentre essas estão os pensamentos obsessivos, também conhecidos aqui como “pensamentos ruins”. Quanto mais a gente quer se libertar de um pensamento, mais forte ele se torna. Saiba que isso é normal. Muitos aqui já passaram por isso, basta ler os comentários para comprovar. São, muitas vezes, as pessoas mais importantes para nós, aquelas que entram nesse tipo de pensamento. No fundo, não passa de nosso medo de que algo possa lhes acontecer, e, até mesmo que nós possamos lhes fazer mal. Fique tranquila, isso logo passará, com sua mente voltando ao equilíbrio de antes. A depressão é capaz disso e de muita coisa mais. Não se assuste. É claro que você gosta muito dele, caso contrário isso não a perturbaria. Procure agora não mais pensar nisso. Sempre que tal pensamento parar na sua mente, procure fazer uma coisa (ler, ouvir música, conversar, cantar, passear pela internet, etc).

        Eu também tomo o oxalato de escitalopram, que é um dos antidepressivos mais modernos e mais receitados do mercado. Pelo que entendi, você está em tratamento há oito meses, mas toma o escitalopram há menos de um mês. Que remédios tomava antes?

        Abraços,

        Lu

        1. Ge

          Lu!
          Eu tomo escitalopram há 8 meses, comecei com 10 mg, depois 15 mg e agora estou em 20 mg**, desculpa não ter explicado direito. Obrigada por responder, isso me deixa mais conformada. Antes era bem pior, hoje já estou tendo uma equilibrada. Tem dias que parece ser tudo como antes, depois tudo fica estranho (parece que vou pirar) hahaha, fora que me sinto apática! :l Será que esses dias, em que que me sinto bem, é um sinal que estou perto de ficar boa?

        2. LuDiasBH Autor do post

          Como sempre digo, ainda não existe a pílula da felicidade. E, como somos humanos, mesmo tomando antidepressivos, sempre teremos dias bons e outros ruins. Com todo mundo é assim, mesmo com aqueles que não tomam tais remédios. Com certeza o antidepressivo deixa-a mais equilibrada. Não leve muito a sério os dias ruins. Apegue-se apenas aos bons. Você leu o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA?

          Beijos,

          Lu

  259. Natália Autor do post

    Boa noite, Lu!

    Estou aqui nesta madrugada, um tanto quanto abatida, pois minha luta já fez 1 ano. Fico bem durante 6 meses e depois tenho a recaída. Faço uso continuo do escilex 10mg, e sempre que tenho essas recaídas, meu psiquiatra me passa meio comprimido de ludiomil. Mas desta vez não está dando muito certo e terei que retornar ao médico, para que seja feito ou modificado algo, pois estou me sentindo longe, desanimada e sem ânimo. Perco o sono quando me encontro assim, pensamentos a mil, cabeça a milhão. Como eu queria me livrar de tudo isso e ter a chance de voltar lá atrás e consertar algumas coisas que me levaram a tudo isso. Mas sei que Deus está conosco nesta luta e nunca nos abandonará. Pra tudo Deus tem um propósito. Eu vivo e entrego inteiramente meus dias e minha vida a ele.
    Obrigada, é muito bom desabafar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      Sem bem-vinda a este cantinho, onde formamos uma multidão de amigos. Desabafe sempre que sentir vontade.

      Amiguinha, alguns organismos são bem resistentes aos antidepressivos, deixando esses de fazer efeito depois de pouco tempo de uso. Penso que deva ser esse o seu caso. E assim sendo, faz-se necessário estar sempre mudando, em busca de um mais eficiente. Saiba que são muitas pessoas as que passam por isso. Quando o remédio para de fazer efeito, o comunicado vem em forma de uma recaída. E há a necessidade de voltar ao psiquiatra novamente. O desânimo, o sentir-se longe e a perda do sono, são os sintomas que chegam primeiro. Funcionam como uma espécie de aviso para que novas medidas sejam tomadas.

      Você diz em seu comentário: “Como eu queria me livrar de tudo isso e ter a chance de voltar lá atrás e consertar algumas coisas que me levaram a tudo isso. “. Se você sabe quais foram as causas que a levaram a isso, saiba que está com a faca e o queijo na mão, bastando apenas mudar certos posicionamentos, jogando longe o fardo que leva há tanto tempo nos ombros. Gostaria que lesse o texto que publiquei ontem, que fala exatamente sobre isso: OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Penso que irá lhe fazer muito bem, pois é preciso assumir a nossa parte no tratamento, não podemos abrir mãos de nossas responsabilidades, usando, muitas vezes, Deus como escudo. Ele nos deu inteligência e devemos usá-la para o nosso bem.

      Amiga, seu e-mail está incorreto, pois a resposta que lhe enviei, voltou. Conserte-o da próxima vez.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Rebeca

        Oi, Lu!! Tudo bem com vocês?
        Nossa, Lu fiz, besteira! Fui tomar o anticoncepcional e a cabeça lá em Marte, quando me dei conta vi que tinha tomado de novo o Exodus, my God o que vai acontecer, quem poderá me ajudar? Será que vou sentir algo, Lu? Estou com medo.
        Obrigada amiga.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rebeca

          Fique tranquila. Você não me disse quantas gramas toma.
          Amanhã, não o tome. Passe um dia sem ele. E no depois de amanhã, volte a tomar normalmente.

          Abraços,

          Lu

      1. LuDiasBH Autor do post

        Paulo

        Seja bem-vindo ao blog. Sinta-se em casa.

        Amiguinho, não há grupos de zap aqui no blog. Nem mesmo a blogueira (eu) tenho zap, pois não teria tempo de responder os comentários que recebo, que são dezenas por dia. Sem falar que o diálogo entre nós, a vivo e a cores, serve para outros mais tímidos. Ainda assim, venha sempre nos visitar.

        Abraços,

        Lu

  260. Hélio

    Olá, Lu!

    São exatamente 2 da madrugada e 4 dias tomando a fluvoxamina. A ansiedade inicial já começou a dar as caras. Pensamentos acelerados e acordei molhado de suor. Inquietação e ansiedade, felizmente já sei que é o medicamento começando a agir. Tomei um comprimido de bromazepam pra relaxar mais.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Ainda bem que você é um excelente guerreiro e sabe que as coisas funcionam assim. Agora é ter paciência. Ser POP. Logo estará saindo deste período de turbulência.

      Abraços,

      Lu

  261. Alexandra da Silva

    Oi gente, oi Lu, tudo bem?
    Espero que todos tenham tido uma boa passagem de ano! Eu, 11 horas já estava dormindo. Hoje está fazendo 15 dias que estou usando escitalopram. A melhorar está sendo muito pouca ainda. Mas o que me tira do sério é a falta de fome. Não sei há quanto tempo não como um arroz com feijão, outra coisa é a falta de libid. O que eu faço, gente?

    Um abraço a todos os POPs.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Não esquente, amiga, pois você ainda se encontra na zona de turbulência. A fome irá voltando aos poucos assim como a libido. É preciso ser paciente e aguardar. Enquanto isso, vá se alimentando com frutas, chás, biscoitos, sucos, vitaminas, etc. Não pode deixar o organismo perder a sua resistência. Quanto à libido, nutra o amado com muitos beijos e abraços, até que as coisas resolvam-se.

      Abraços,

      Lu

        1. Alexandra da Silva

          Bom dia gente, bom dia Lu!
          Eu queria saber de alguém que já toma antidepressivo há algum tempo, se voltou a ter vontade de fazer as coisas, porque teve vontade realmente, com alegria com a vida ou só porque estava com o efeito do remédio. Tenho medo de não voltar a ter a mesma vontade e sonhos na vida. Estava vendo uma entrevista no YouTube com um psiquiatra, ele falou que a gente tem que estar bem 100%, não tem meio termo, senão ou a dosagem não está certa ou o remédio. Lu, sou sua fã.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          Acabo de publicar um texto no blog justamente desmistificando esse “estar bem 100%”. Não concordo em absoluto com ele, há muitas variáveis no nosso caminho. Leia o meu texto ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA e concordará comigo.

          Eu sou alguém que toma antidepressivo desde adolescente e que faz muita coisa com alegria, inclusive responder aos amigos que aqui vêm trocar comentários comigo. Há momentos em que me sinto muito feliz, embora haja outros em que me encontro para baixo. Meus sonhos são ainda maiores, principalmente agora com este montão de amigos aqui no blog. Há também dias em que eles desaparecem… risos. Portanto, minha amiguinha, você voltará a fazer coisas com alegria e ainda sonhará muito. Fique tranquila. Espere passar o temporal.

          Beijos,

          Lu

    2. Alexandra da Silva

      Oi Lu, bom dia, tudo bem?

      Passei aqui para dar notícia. Hoje faz 22 dias que tomo escitalopram. A minha fase de turbulência já passou. Foi forte, nas com a ajuda de Deus, do antidepressivo e da família consegui. Agora só estou sentindo muita dor no corpo, principalmente na pernas. No final da tarde sinto um pouco de tontura e de ansiedade, e medo quando penso em sair de casa, como se alguma coisa fosse acontecer. Vou marcar o psiquiatra para ver a dosagem esta correta. Muito obrigado pelas suas palavras de conforto, um abraço e muita saúde!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Alexandre

        Que notícia maravilhosa, menino! Com apenas 22 dias de uso do antidepressivo é normal que ainda esteja sentindo certos sintomas. É agora que se encontra saindo do período de turbulência. Logo, logo essa tontura, ansiedade, dor no corpo e medo estarão sumindo. Contudo, lembre-se de que o remédio corresponde apenas 50% do tratamento, sendo o resto de sua responsabilidade. Veja o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Esse medo de sair de casa só pode ser enfrentado por você. No início, vá até a farmácia. Depois vá um pouquinho mais longe, e assim por diante. Quando menos perceber, já estará fazendo tudo com normalidade. Lembre-se de que temos que enfrentar nossos medos, para não nos tornarmos prisioneiros deles. Fazer exercícios, caminhada por exemplo, ajudam a eliminar essas dores do corpo. A inatividade acarreta muitas dores, porque nosso corpo exige ação. Repasse tudo que está sentindo para seu psiquiatra. O ideal é que volte nele após um mês de uso do escitalopram, para ter uma avaliação mais segura, pois até lá muitos sintomas podem ter desaparecido.

        Abraços,

        Lu

    3. Alexandra da Silva

      Bom dia Lu! Tudo bem com estão todos?
      Lu tem 40 dias que tomo o escitalopram, retornei ao médico e ele retirou o alprazolan e passou o stilnox, mas não me adaptei, passei muito mal. Desde que comecei a tomar os remédios não tenho mais vontade de sair de casa, nem mais alegria natural, medo de sair sozinha, de pegar ônibus, e acontece um aperto no coração. o médico falou que leva ate 90 dias para fazer afeito total. O problema é que agora em fevereiro começam as aulas.
      Muita luz e oração.

      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Alexandra

        Seja bem-vinda a esta família. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, gostaria de saber qual a especialidade do médico que a atende. Depois de 40 dias não era para estar sentindo ainda assim. Normalmente a pessoa começa a melhorar depois da terceira semana. Acho 90 dias um período de espera muito longo, pois você ainda se encontra com sintomas (medo de sair sozinha, pegar ônibus…) que desaparecem após o primeiro mês de uso do remédio. Muitas vezes um determinado tipo de antidepressivo não faz bem para uma pessoa, tendo que mudar para outro, ou, aumentar a dosagem. Qual é a dosagem do escitalopram?

        Ale, tenha uma conversa séria com seu médico ou busque outro. Se não for um psiquiatra, opte por um. Gostaria que lesse o meu último texto que se chama OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

        Gostaria que me trouxessem mais informações. Outra coisa, o seu e-mail está incorreto, peço-lhe que o conserte.

        Abraços,

        Lu

        1. Alexandra da Silva

          Bom dia,Lu! Tudo bem?

          Eu faço o tratamento com psiquiatra, já estou no segundo, e cada vez que a gente muda, eles falam uma coisa diferente ou troca o remédio. Eu tomo 15 mg de escitalopram. O meu problema maior é a ansiedade e o medo de sair só e passar mal. Só me sinto segura em casa, mas sei que tenho que superar e enfrentar. Estou tentando e vou conseguir. O psiquiatra falou que tenho que fazer tratamento terapêutico para me livrar desses pensamentos ruins.

          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          O tratamento é assim mesmo. Nem sempre o psiquiatra acerta da primeira vez, pois não existem exames que diagnostiquem nosso grau de ansiedade ou depressão. Sem falar que o nosso organismo costuma não aceita determinado antidepressivo. Tudo segue na base da experiência, com erros e acertos.

          Amiguinha, assim que o antidepressivo começar a fazer efeito, os efeitos ruins (ansiedade, medo de sair de casa, pensamentos ruins, instabilidade emocional, etc.) irão sumindo. Também já passei por isso. E hoje me encontro ótima. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Não desanime. É importante que também retorne a seu psiquiatra e relate-lhe como está indo o seu tratamento. Ele precisa saber por quais mudanças está passando. Muitas vezes a dosagem do remédio precisa de ajustes.

          Alê, o escitalopram é um dos antidepressivos mais modernos do mercado. No início apresenta alguns efeitos colaterais, que vão passando normalmente após duas a três semanas. Eu já o tomo há bastante tempo. Espero que tenha lido o meu último texto, chamado OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, que mostra que também temos grande influência no nosso tratamento. E não se importe com o que eles digam, apenas faça seu tratamento direitinho. E não deixe de tomar o remédio, a não ser por ordem médica. Ele lhe receitou algum ansiolítico para a ansiedade. Aguardo seu retorno.

          Beijos,

          Lu

        3. Rebeca

          Oi, Alexandra!

          Espero que esteja bem. Resolvi lhe escrever porque sua história é parecida, e para ver como o remédio reage em diferentes organismos. Meu primeiro mês de ESC foi ótimo, mas depois dos 15 dias foram terríveis, pois eu parecia um zumbi, com medo de passar mal, medo de morrer, confusão mental… Tomava o antidepressivo de 10mg. Relatei à médica, e mesmo assim ela resolveu aumentar para 15 mg, dessa forma me sentiria melhor. Senti bem até que no quinto mês voltaram as coisas ruins. Minhas crises começavam com uma coisa quente, que subia pela espinha não sei explicar de onde. Aí já era o gatilho, tinha tanto medo daquela sensação horrível, que tudo a minha volta parecia desaparecer, uma sensação horrível. Voltei à médica e ela pediu para aumentar a dose para de 20mg. Enfim consegui voltar o equilíbrio, mas a Lu fala uma coisa muito certa, o remédio é 50% e nós os outros 50%. Depende de como vamos reverter isso, sei que é difícil para todo mundo. Hoje me sinto melhor a cada dia, mesmo com mil pensamentos ruins, mas eu consigo espantá-los.

          Você com certeza vai melhorar também, se não estiver bem, tem que falar pro médico, mesmo que ele seja um pesadelo igual o meu, risos (plano de saúde não ajuda). Pense positivo e faça só o que a faz bem.

          Abraços a todos!

  262. Hélio

    Bom dia, Lu e pessoal!

    Fiz uso do escitalopram durante exatos 35 dias… Passei uma semana relativamente bem, mas infelizmente tudo voltou… Pensamentos ruins, tristeza e desesperança. Procurei ajuda de um outro psiquiatra, e depois de 11 anos finalmente fui diagnosticado com TOC, com predomínio obsessivo. A maioria dos psiquiatras estava diagnosticando tudo como depressão e ansiedade, esquecendo de aprofundarem-se nos sintomas, queixas e históricos desde a infância. A maioria é simplesmente passadora de medicamentos.

    Parei com o escitalopram e iniciei com o maleato de fluvoxamina na noite de ontem… Lá vai eu com mais um tratamento, e de certa forma decepcionado pelo fato de o escitalopram não ter “pegado”. Estou receoso e ao mesmo tempo otimista com o novo medicamento, mas quero que esse dê certo. Quem tem TOC sabe como é sofrido ter pensamentos obsessivos, mas, felizmente existe tratamento. A Fluvoxamina é o mais indicado inibidor seletivo de recapitulação de serotonina pra o TOC. Continuarei com meu diário aqui depois do reinício de tratamento com o novo medicamento.

    Feliz Ano Novo e principalmente muita saúde pra todos nós!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Descobrir o que realmente temos já é meio caminho andado, uma vez que os remédios não são mais aplicados através de sugestões, ou seja, erros e acertos. Portanto, deve ser motivo de alegria o fato de ter encontrado um psiquiatra que acertou no real problema. Agora você não será mais tratado através de suposições, mas de remédios específicos para seu caso. Isso é muito bom! O seu médico irá dar atenção total ao problema do TOC. Mas não se decepcione, as síndromes e as doenças mentais muitas vezes são confundidas, pois existem fazes em que os sintomas são parecidos. Você encontrou um profissional qualificado para descobrir seu real problema. Daqui para frente irá se sentir cada vez melhor. Estamos todos torcendo por você. Vida nova, amiguinho! Neste 2016 sua vida será imensamente melhor, tenha a certeza disso.

      Abraços,

      Lu

  263. Marcel

    Boa noite, Lu e pessoal!
    Passei para desejar um feliz Ano Novo para todos nós, e que esse ano que chega seja transformador para nossas vidas! Não esqueçamos que nós podemos mudar o rumo das coisas com fé e força de vontade, acreditando no tratamento e lutando todos os dias.
    Muita força e paz para todos! Uma feliz Ano Novo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcel

      Muito obrigada pelo carinho.
      Você é uma pessoa extremamente gentil e amorosa.
      Desejo-lhe também muitas realizações em 2016.

      Abraços,

      Lu

  264. Alexandra da Silva

    Oi Lu,tudo bem?
    Há poucos dias descobri este blog, e foi a melhor coisa. Leio todos os dias alguns depoimentos e vejo que você responde todos, é muito legal. Faz 11 dias que tomo escitalopram, estou na pior com muito choro e tristeza. Tenho muita ansiedade, passo muito mal medo de não dar certo. Tudo mudou depois que mudei de cidade e fui mora num apartamento. Antes morava numa casa, mas a história é longa, só tenho vontade de dormir ou ficar no quarto o dia inteiro, apesar de ter uma família linda. Tenho 39 anos.

    Feliz ano Novo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alexandra

      Seja bem-vinda a nosso blog. Sinta-se em casa e escreva sempre que tiver vontade.

      Minha amiguinha, toda a nossa vida é feita de grandes e pequenas mudanças, por isso, temos que trabalhar o nosso apego às coisas e pessoas. Devemos buscar o equilíbrio em nossas emoções. Como começar? Vendo os pontos positivos dessas mudanças. Enquanto você apenas mudou de uma casa para um apartamento e de uma cidade para outra, dentro de seu próprio país, outros mudam para países com culturas diferentes, onde sofrem muito por um longo tempo, até que se adaptam. Eu já perdi o número de vezes em que mudei de cidade e de casas, desde que era criança. Atualmente moro num apartamento. O segundo ponto é retirar a palavra “medo” de sua vida. Viver é um ato de coragem. As pessoas medrosas nunca saem do lugar, não se aventuram, não aprendem, não crescem. Imagine como seria o mundo, se não houvesse existido homens que se aventuraram no mar, em embarcações frágeis, descobrindo novas terras. Imagine como seria a medicina, se não houvesse homens corajosos, que se aventuraram nos mais diferentes tipos de pesquisas, em diferentes partes da Terra?

      Alexandra, abrace a sua nova cidade com amor, pois nada é por acaso. Há um mundo novo a ser descoberto, novos amigos a serem feitos, novos pontos a serem visitados. Você está aí por alguma razão. Faça esse motivo ter valido a pena. Lute junto com sua família para alcançar êxito nesta nova missão. Vocês formam um todo, e se uma parte enfraquece, acaba desestruturando as outras. Se o telhado cai, estraga-se todo o resto da habitação. Certa vez, eu li um livro de uma mulher de um embaixador contando as muitas mudanças que fazia pelo mundo, em razão da profissão do marido. Segundo ela, a cada mudança chorava, durante 15 dias, pelos amigos deixados para trás e por ter que enfrentar uma nova cultura, mas depois começava a descobrir um mundo novo, que muito a enriquecia e tornava-a uma pessoa cada vez mais sábia em relação à vida. Portanto, querida, toda mudança enriquece-nos, dependendo do modo como a olhamos.

      Alexandra, você é muito jovem. Ainda passará por muitas mudanças em sua vida. Conhecerá muitas cidades, morará em muitos apartamentos. Veja tudo isso como aprendizado, oportunidade de crescimento. Não aja como se tivesse mudando para a China ou como uma menininha mimada. Dê suporte emocional a sua família. Ajude seus filhos a crescerem enfrentando o que vier. Lembre-se que o exemplo dos pais cala fundo no coração dos filhos para sempre. Vamos, levante-se dessa cama, tome um gostoso banho, use uma colônia refrescante e sorria para a sua linda família. Ela está esperando por isso, pois o seu estado pessimista está a contaminar todos. Você também é responsável…

      Alê, pelo visto, a sua depressão é passageira, motivada por um trauma (mudança), assim sendo, logo passará. Você está fazendo uso de um remédio excelente (o mesmo que tomo). Logo estará ótima, sorrindo para si, para sua família e para o mundo. Estará mais linda, mais forte e mais sábia.

      Lindinha, quero notícias suas. Não suma! Venha aqui nos falar de tudo, pois agora faz parte dos guerreiros POPs (pacientes, otimistas e persistentes) deste blog. Faço questão de acompanhar o início de sua nova vida nesta cidade. Seja a mulher mais charmosa do prédio… risos. Espero-a com um novo comentário. Estou torcendo por você.

      Peço-lhe consertar seu e-mail.

      Um beijo no coração,

      Lu

      1. Alexandra da Silva

        Oi, Lu, obrigada pelo o conselho.
        Essa mudança só desencadeou o que ia sentindo e deixando para lá. Sou muito fechada e acho que agora estou sofrendo as consequências. Comecei sentindo muita dor de barriga, tremedeira e coração acelerando. O médico me passou o oxalato de escitalopram em gotas, que tenho que tomar gradativamente, aumentar uma gota a cada 2 dias, até chegar a 15 gotas. Já estou na 7ª gota alprazolam, sinto muito sono e não tenho nem um pouco de fome. Já emagreci bastante e sinto muito fraqueza. A minha ansiedade aumenta porque tenho que fazer as coisas, e não consigo. E nestas festas de final de ano, tem hora que eu queria desaparecer.

        Um abraço

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alexandra

          O oxalato de escitalopram está entre os remédios mais usados atualmente, como pode comprovar através dos comentários. Além de ser mais eficiente, apresenta menos efeitos adversos. Dentre os efeitos ruins estão: engordar ou emagrecer. Eu também me encontro no rol dos que perdem o apetite com ele. Mas muita gente passa a engordar, comendo toda hora. Nenhum dos casos é bom, pois falta o equilíbrio. Com o tempo, melhorei muito em relação à vontade de comer. Além disso, eu passei a ficar mais atenta em relação ao que como. Procuro tomar, sobretudo chocolate (feito de cacau e não de achocolatados), cujo pó pode ser comprado em casas de produtos vegetarianos ou farmácias de produtos naturais, também bebo muito suco. o líquido é melhor de descer… risos.

          Amiguinha, você ainda se encontra no início da medicação. As duas primeiras semanas não são fáceis, pois os sintomas tendem a piorar (mais desânimo, mais fraqueza, mais ansiedade etc). Aos poucos, os efeitos ruins vão passando e os bons chegando. É preciso ter muita paciência nessa fase. Eu digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Mas vale a pena passar por tudo isso, para ter uma vida de qualidade depois.

          Você diz que é muito “fechada”. Isso diz respeito ao temperamento de cada um. Alguns são mais introspectivos enquanto outros são mais extrospectivos. Não acredito que isso nos cause mal. Sabe onde o mal encontra-se? Na nossa falta de aceitação relativa à vida que levamos. Nosso bem-estar só pode ser encontrado dentro de nós mesmos. Precisamos gostar de nossa companhia e, principalmente, ser mais tolerantes conosco e com as pessoas ao nosso redor. Precisamos tirar o fardo dos ombros e viver com mais leveza, sem muitas cobranças, trabalhando para mudar o que podemos e aceitando aquilo que se encontra além de nossa vontade. Buscar alegria nas pequenas coisas é um passo seguro. Quando se sentir chateada, chame a pessoa e, calmamente, exponha o que está sentindo, sem guardar o fardo do rancor, pois é ele que nos corrói.

          Quanto às tarefas diárias, faça apenas as que der conta. Divida-as com as pessoas à sua volta. Não queira ser uma supermulher. Nada disso! Confesso que tais festas são muito cansativas, mesmo! Mas logo elas passam. Ainda bem!

          Minha querida, receba o meu abraço. Venha sempre conversar conosco, quando se sentir com vontade.

          Abraços,

          Lu

        2. Naiara

          Olá,Lu
          Eu me chamo Naiara estou e passando pelas mesmas coisas que vocês. O medico disse que estou com ansiedade. Sinto várias coisas no meu corpo minhas penas formigam. O médico passou escitalopram, mas parei porque estava sentido uns temores. Ajude-me, Lu!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Naiara

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, a ansiedade é cada vez mais comum nos dias de hoje. Você fez muito bem ao procurar um médico, pois quanto mais cedo iniciar o tratamento, menos sofrerá. Mas agiu mal ao deixá-lo por conta própria. A culpa não é toda sua, pois seu médico deveria ter avisado que existem efeitos adversos nas primeiras semanas do tratamento, quando a pessoa fica pior do que antes de começar a tomar o remédio. Mas isso passa após duas a três semanas. Esses tremores são normais de sentir. É o corpo tentando recusar uma nova substância. Depois ele se acostuma com ela, somem os sintomas ruins e aparecem só os bons. Sugiro que recomece seu tratamento, de acordo com a orientação de seu médico. Caso contrário ficará cada vez pior, e terá que tomar o antidepressivo de qualquer jeito. O oxalato de escitalopram é excelente. Eu o tomo diariamente. Logo você estará ótima.

          Volte para me dizer que já recomeçou o tratamento. E nunca pare por conta própria, pois isso só faz fortalecer as crises.

          Passei-lhe um comentário, via e-mail, mas ele voltou. Peço-lhe que o conserte.

          Beijo no coração,

          Lu

      2. Pri

        Lu, meu nome é Priscila.
        Fui diagnosticada com tag e eu estava querendo lutar sozinha contra isso. Mas depois de muito sofrer decidi tomar o remédio. Hoje foi o primeiro dia que tomei fluoxetina 20gm. Tomei na hora do almoço e senti bastante sono . Acho que vou tomar à noite. Não senti nada além disso, e peço a Deus que eu não sinta nada. Só a tontura e formigamentos que não me deixam em paz. Eu tava tomando rivotril 0,5, mas não quero ficar dependente . Se por acaso eu tiver uma crise, aí eu tomo. Espero não ter nenhuma mais. Deus lhe abençoe!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família. Vamos fazer o possível para ajudá-la.

          Amiguinha, assim como não podemos lutar contra um problema dos rins ou fígado, o mesmo acontece quando a nossa mente adoece. Assim como qualquer outra parte do corpo, ela necessita de tratamento. O que muita gente não sabe é que o cérebro também adoece. Você fez muito bem em buscar tratamento. Quanto mais cedo tratar-se, melhor será. Eu tomei fluoxetina por muitos anos. Acontece que, com o uso continuado durante muito tempo, o organismo acabou acostumando-se ao remédio, deixando esse de fazer efeito. Trata-se de um excelente antidepressivo. Gostaria de dizer-lhe que irá passar por efeitos colaterais que duram cerca de duas semanas. Poderá até mesmo achar que está piorando, mas não se preocupe. Sempre que notar que algo a está incomodando muito, informe a seu médico. No princípio do tratamento é importante que você e ele estejam sempre em contato. Quanto ao rivotril, funciona apenas como um suporte no início do tratamento. Tome apenas quando sentir necessidade. Convido-a a ler o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA, presente aqui no blog. Ele irá mostrar-lhe que 50% do tratamento é de sua responsabilidade.

          Pri, não se sinta sozinha. Sempre que precisar, volte para conversar conosco. Leia também os comentários dos colegas.

          Beijos,

          Lu

        2. Pri

          Olá, Lu!
          Faz 5 dias q estou tomando o fluoxetina 20 mg. Estou sentindo tremores nas mãos, umas pontadas na cabeça, bem raro. De noite exatamente 3 da manhã sinto frio demais sem estar fazendo frio, me tremo toda a mão arde, é horrível. Tenho muito medo de está tomando o remédio errado e não dar certo. Não aguento mais isso. Fora as crises que já tive de achar que vou ficar maluca e sentir tudo estranho. Obrigada!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Pri

          Você se encontra no período de turbulência do remédio, que deve durar cerca de duas semanas. Essa sensação de que está pior do que antes é normal. Você não está tomando o remédio errado, fique tranquila. E irá aguentar, sim, pois é também uma guerreira. Não será isso que irá tirar a sua coragem, menina POP. Todos passam por isso. Quando menos esperar, tudo isso já passou, e terá uma vida com qualidade. Não desanime. Leia os comentários para obter mais força. Elimine a palavra “medo” de sua vida, para que possa caminhar sem esse fardo. Continue me dando notícias.

          Beijos,

          Lu

    2. Soraya

      Como faço para conseguir falar com todos vocês?
      Você sabe me dizer qual seria o efeito de tomar 3 comprimidos de uma vez só? Queria dormir por uns 3 dias.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Soraya

        Para falar conosco basta escrever um comentário, como fez agora. Quanto a tomar três comprimidos de uma só vez (você não diz o tipo) iria lhe fazer muito mal. Sua pressão iria cair muito, causando lhe grandes danos, inclusive morte. Não sei do que está fugindo, mas esse caminho não é a saída, pois quando acordar, os problemas continuarão os mesmo. Em eu que posso ajudá-la, minha amiguinha?

        Abraços,

        Lu

  265. Saga

    Oi Lu! Oi gente! Tudo bem?

    Voltei a tomar as medicações todas agora, vou dar o tempo certo pra tudo acontecer. Acho que dei sorte de perceber e voltei tomar na hora certa, porque já estou percebendo melhorias (não tanto quanto antes, mas já estou melhor) acho que se demorasse mais, ia levar todo aquele tempão pra fazer efeito de novo.

    Percebi também que hoje, tomando as medicações, quando tomei a Ritalina minhas perninhas e mãozinhas se acalmaram e pararam de ficar balançando, fui perceber há 1 hora atrás +/- e só agora as perninhas estão balançando (já terminou a meia vida da Ritalina e vou tomar a segunda dose), então percebo que realmente a interação entre as medicações é positiva.

    Estou firme e forte, um passinho de cada vez…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      As palmadas ficam para outra vez… risos.
      Fiquei tranquila e feliz com este seu novo comentário. Descobri, porém, que você está apaixonado por essa Ritalina… risos. Eu conheço uma pessoa com este nome. E diga para suas mãozinhas e perninhas para aquietarem-se pois a Ritalina já está em campo… risos.

      Abração,

      Lu

  266. Saga

    Oi Lu, Oi gente! Tudo bem?

    Estou com dificuldade pra me expressar certinho, então desculpem se faltar clareza ou se ficar muito longo… já reescrevi umas 15x e decidi que seria a última tentativa. Preciso de ajuda, pois estou na pior de novo e meio perdidinho sobre o que fazer.

    Estava em tratamento com: 20mg Escitalopram + 150mg Bupropiona + 50mg Donaren pra Ansiedade/Depressão, quando fui pego por uma crise de pânico que obrigou o médico a acrescentar 30mg de Clomipramina… Pois bem, com a entrada da Clomipramina, evoluí muito! Em uns 20-30 dias já tinha melhorado demais em tudo… Pra ajudar, descobrimos meu TDAH (Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade) e que minha ansiedade, pânico e deprê eram resultados justamente da falta de tratamento com essa questão!

    Então iniciamos o tratamento pro TDAH e por ter respondido tão bem a Clomipramina, pedi ao médico pra reduzir as outras medicações, já que era muita coisa e eu estava bem melhor… Ele aceitou e achou interessante e permitiu que eu reduzisse e removesse. Fui firme e decidido e com a aprovação dele, cortei todas de uma vez e mantive apenas os 30MG de Clomipramina junto a Ritalina|(Pro TDAH)…

    Esse foi meu erro, coloquei toda responsabilidade em cima de uma dose mínima de Clo (30mg, segundo ele, é dose infantil…) e da recém chegada Ritalina. Acabei não pensando que ela (Clomipramina) poderia ter feito um efeito tão bom em mim, justamente por estar agindo em parceria com um ou outros mais medicamentos… Dei os créditos todos pra danada e me lasquei! A única coisa que realmente está bem é que não tenho mais tanto desânimo e sono durante o dia, meu foco melhorou e o cansaço mental diminuiu(efeitos da Ritalina), mas de resto, tudo voltou ou acabou piorando: Tristeza, desmotivação, falta de empatia, cansaço físico, dores no corpo (tinham melhorado demais!), insônia terrível, quando durmo, durmo muito mal, não descanso, começo a sentir que tudo é um peso de novo, tudo parece difícil sabe? Voltei a ter uns medos bobos/receios que tinham sumido! Está horrível, chato e sem graça viver. O stress de antes também voltou, estou muito nervoso e irritado.

    Pra piorar, com a suspensão das medicações, acabei percebendo que muitos dos sintomas do TDAH, já estavam sendo tratados graças a elas! Coisas que eram tão naturais pra mim e que sumiram graças à medicação, mas que ao voltarem, estão dando um trabalhão e me fazendo mal. Minhas perninhas já não balançavam tanto mais, meus dedinhos não tamborilavam tanto, e com a suspensão das medicações, dá-lhe hiperatividade! Parece que soltei meus touros hiperativos internos, estou me chacoalhando todo.

    Enfim, percebi que meu bem-estar anterior era graças a combinação das medicações e não do Clo sozinho e que o tratamento que já estava fazendo, tinha reduzido muitos dos sintomas do TDAH, o que com a suspensão, acabou trazendo-os de volta, piorando e não é só essa questão ai da hiperatividade que falei. Dou exemplo do meu foco de atenção, nos primeiros dias com a Ritalina junto as outras medicações ainda, com apenas 10mg já tinha um bom resultado, hoje com a dose que me encontrei (20mg manhã/tarde), não consigo ter tanto foco/clareza como estava tendo antes.

    Enfim, resumindo, eu estava muito bem e tudo o que faltava tratar era justamente o TDAH que ainda não tinha sido descoberto. Fui agir por impulso, empolgação e acabei atrapalhando todo o tratamento e me lascando. Por sorte, já imaginando algo do tipo, eu perguntei pro médico o que fazer se houvesse necessidade de voltar, e ele disse que poderia voltar sim, que eu deveria ir administrando e avaliando. Então já voltei com o Donaren 50mg pra conseguir voltar a dormir (ufa!) e vou voltar com a Bupropiona/Escitalopram também. Dessa vez, permitirei que o tempo certo seja dado e não terei pressa em remover as medicações, afinal, mesmo que temporariamente, são uma necessidade.

    Preciso do seu apoio Lu, do apoio de vocês amigos, estou me sentindo como um drogado dependente, um criminoso fazendo algo errado (sinto culpa em ter que tomar os medicamentos, pensando até no absurdo do médico achar que sou um hipocondríaco (mesmo ele mesmo tendo autorizado), um viciado que não conseguiu se afastar, eu sei que é uma baita bobagem e que pensar nisso é até sintoma da depre/ansiedade. E agora com a Ritalina junto então, aí que me culpo mesmo, tomando tarja preta, medicamento forte, controladíssimo, parece que estou cometendo um crime em cuidar de mim, em cuidar de uma doença que tomou posse da minha vida inteira e que só agora a descobri… Poxa, que mal há em me cuidar? Que mal há em me permitir viver? Por que eu não poderia me tratar e ser feliz?

    Tenho que entender que mesmo me curando da depre/ansiedade/pânico, o TDAH que me acompanhou durante toda a vida até agora, ainda vai me acompanhar até o fim dela e até o fim, também terei de tratá-lo e toda a base do tratamento é de remédios. Tenho que me aceitar, aceitar minha condição e entender que não estou cometendo crime algum e nem fazendo mal a ninguém em me cuidar, poxa, como essas doenças fazem a gente pensar tanta besteira, a tender pra algo tão negativo, não consigo acreditar que tenho pensado dessa forma =(

    Por favor, não cometam o mesmo erro que cometi. Mesmo quando estiverem bem, deem tempo ao tempo! Deixe que tudo se estabilize, e não queira mudar tudo do dia pra noite, é preciso de tempo pra se adequar, se adaptar e então, na hora certa, se libertar. Me sinto como uma borboleta que tentou sair do casulo antes da hora e por não estar pronta, acabou por sofrer ainda mais. Não cometam o mesmo erro, deixem tudo acontecer aos pouquinhos e na hora que realmente for preciso se livrar das medicações, façam moderadamente, passo a passo, sem pressa e sem culpa… (Agora, “desabafando” aqui, eu consigo perceber que na verdade eu só apressei as coisas por causa de um preconceito interno, um sentimento de estar “me drogando” com as medicações e querer me livrar logo daquilo… Tudo vai fazendo sentido…)

    Desculpem pelo desabafo e agradeço mais uma vez pelo espaço pessoal, estou aqui desde o começo do tratamento e digo que esse blog, Lu, foi uma luz pra mim… Preciso e agradeço o seu apoio, Lu e de vocês amigos…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Estou com vontade de ir aí dar-lhe umas palmadas, maninho. Que tolice é essa de achar que é um deus do Olimpo, que não pode errar. E olhe que eles erravam pra caramba. Nós somos humanos, meu filho, portanto, sujeitos a erros. Toda a nossa vida, desde pequeninos, trabalhamos com acertos e erros. É assim que fomos formando o nosso conhecimento, a nossa personalidade. Quem não erra é porque nunca tentou. Eu só considero uma lástima, quando o erro tem por fim a maldade, mas fora disso ele não passa de aprendizagem. E foi exatamente isso que aconteceu com você. Houve apenas a tentativa de saber se retirando esse ou aquele remédio tudo transcorreria bem. Se não fizesse isso, jamais saberia. Portanto, resta agora voltar a tomá-lo e ponto final. Veja através dos comentários as pessoas que tiveram que voltar a tomar um remédio, após tê-lo retirado. Isso é muito comum na área médica, pois os médicos também trabalham com experimentações, uma vez que não são videntes. Eles vão observando a melhora ou piora do paciente, para adequá-lo a um determinado remédio.

      Saga, deixe de procurar chifre em cabeça de cavalo. Confesso que não consigo entender a causa desse seu mal-estar, pelo fato de ter feito apenas uma tentativa. Achei que você fez certo, com a anuência de seu médico. Mas o resultado não foi bom. Portanto, basta retomar o medicamento e aguardar alguns dias para se ver bem de novo. Na vida é também assim, nós aprendemos através de acertos e erros. Pare de torturar-se. Não tinha como você saber que não seria uma boa a retirada do medicamento, se não o fizesse. Que mal há nisso? Logo estará ótimo como antes. Tenha apenas um pouco de paciência.

      Amiguinho, você está sendo muito injusto consigo mesmo. Não há motivo para tal sofrimento. Não leva a vida a ferro e fogo. Quanto ao uso dos remédios, devemos nos sentir felizes por viver numa época em que a medicina oferece-nos condições para ter uma vida de qualidade. Volte no passado e veja como sofriam os doentes mentais. Benditos sejam esses medicamentos fantásticos que chegam ao mercado para ajudar-nos. Bendito sejam os pesquisadores que se dedicam a um trabalho tão intenso, para oferecer-nos uma vida prazerosa. Toda vez que tomo os meus medicamentos, eu abençoo essas pessoas, e sinto-me extremamente feliz e grata. Penso também que este deve ser o pensamento de todos nós. Também agradeço por ter a companhia de pessoas como você e tantos outros que aqui vêm para nos dar força, coragem na caminhada, trazendo-nos seus desacertos e acertos.

      Saga, seu comentário muito bem feito, por sinal, será um grande aprendizado para os nosso irmãos guerreiros. Você foi brilhante ao dizer:

      “Por favor, não cometam o mesmo erro que cometi. Mesmo quando estiverem bem, deem tempo ao tempo! Deixe que tudo se estabilize, e não queira mudar tudo do dia pra noite, é preciso de tempo pra se adequar, se adaptar e então, na hora certa, se libertar. Me sinto como uma borboleta que tentou sair do casulo antes da hora e por não estar pronta, acabou por sofrer ainda mais.”

      Borboletinha fofa, espero que deixe o casulo e traga-nos um comentário bem tranquilo, em paz consigo mesmo.

      Beijo no coração voador,

      Lu

      1. Rodrigo

        Boa noite a todos!
        Acabei encontrando vocês, mas na verdade não espero que os remédios façam milagres e sim efeito. Comecei ficando trancado no quarto, sem querer comer, tomar banho, atender telefone,etc. Procurei um psicólogo, mas as conversas não estavam me restabelecendo, eu precisava de remédios, estava enlouquecendo com pensamentos horríveis. Tinha certeza que queria morrer, mas ainda estava sem coragem de suicidar, perdi todos os valores e esperanças, sei lá, pirei… O médico me passou escilatropan pela manhã e quetiapina à noite. Fico o dia todo mole, perdi a fome, mas estou tentando voltar a ser uma pessoa alegre como antes. Ele me pediu vários exames de ordem sanguínea pra tentar entender de onde vem a convalescência, vou esperar a melhora.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Seja bem-vindo à nossa família. Sinta-se em casa!

          Amiguinho, esta é a função da Ciência, oferecer efeitos em vez de milagres. Os efeitos abrangem um grande grupo, enquanto os milagres são direcionados a um muito pequeno. Tenha a certeza de que a medicina vem cada vez mais conhecendo os meandros da mente, até então totalmente desconhecidos. Assim, bons antidepressivos vêm chegando ao mercado, permitindo-nos viver com qualidade.

          Você me parece ter passado por uma grande depressão, em cujo estágio fazia-se necessário o uso de remédios e não de conversas com psicólogos. Esses, para mim, vêm em segundo lugar, quando o paciente já se encontra capacitado para trabalhar com terapias. E, assim mesmo, a conselho do psiquiatra, depois de analisar cada caso. Fora disso pode ser dinheiro jogado fora.

          Amiguinho, os sintomas citados por você são indicativos de depressão. É uma pena que não tenha buscado auxílio médico antes, tendo que passar por tanto sofrimento. O importante é que agora está medicado. Gostaria de saber quando começou seu tratamento. Qual é a dosagem que toma. Quais os sintomas adversos que vem sentido com o uso do remédio, etc. A falta de apetite ou o comer em demasia são próprios do uso desse medicamento. Também tomo oxalato de escitalopram e tenho pouco apetite. Ainda assim, procuro comer, para não emagrecer muito. É bom que, ao retornar a seu médico, explique-lhe que está se sentindo muito mole, durante todo o dia. Talvez ele tenha que diminuir a dosagem de um remédio ou outro. Quanto aos exames, verá que estarão todos bons. O problema é do cérebro mesmo. Logo se sentirá bem melhor. Lembre-se de que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Não pare de tomar o remédio por conta própria. Relate a seu médico qualquer coisa que julgar anormal. E volte mais vezes para conversar conosco.

          Abraços,

          Lu

        2. Rodrigo

          Obrigado, Lu!
          Sentir que há alguém do outro lado é muito importante, não sei como você consegue nos responder. Meu tratamento completa 30 dias, tomo oxalato quando acordo, 15 mg e quetiapina, metade, quando vou dormir. Acordo enjoado do estômago, não conseguindo comer o dia todo. Mas quero melhorar, não vou parar o remédio sem falar com o médico. Pode deixar. Obrigado!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Rodrigo

          Observe se os sintomas adversos estão diminuindo, uma vez que já está tomando os remédios há um mês. O oxalato de escitalopram pode causar a falta de apetite, sim. Com o tempo, o seu organismo irá se acostumando e você passará a comer melhor. Faça uma forcinha para alimentar-se, mesmo que não tenha fome, para não emagrecer. É necessário fortalecer seu organismo. Ao retornar a seu médico, não deixe de falar-lhe sobre o estômago enjoado, ao acordar. E não se esqueça de alimentar-se. Se estiver difícil ingerir sólidos, opte por vitaminas, sucos, caldos, sopas, etc. O chocolate, feito com cacau em pó (comprado em casas que vendem produtos naturais) é excelente.

          Saiba que poderá sempre contar comigo. É o amor a vocês que me ajuda a responder todos que me buscam. Aguardo mais notícias. Não deixe de ler meu novo texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA.

          Abraços,

          Lu

  267. Eliel

    Boa noite, Lu!
    Minha esposa está tomando fluoxetina 20 mg e o Rivotril em gotas. Ela é uma pessoa bem ansiosa, não estava dormindo direito. De uns dias pra cá seu sono melhorou, mas teve suas reações como a perda do libido. Estamos bem preocupados com isso.
    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eliel

      É um grande prazer recebê-lo aqui, neste cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinho, o questionamento que você faz é muito comum entre os usuários de antidepressivos. De modo geral, o uso de tais remédios acaba interferindo na libido, seja do homem ou da mulher. Acontece porém que, com o tempo, o corpo vai se adequando ao antidepressivo e a libido vai voltando à normalidade. Pode ser também, que a ansiedade de sua esposa seja leve, podendo o médico suspender o tratamento depois de uns seis meses (somente ele pode fazer isso).

      Não há com que se preocupar. Lembre-se que o mais importante é a saúde mental de sua esposa. Eu sempre digo que não adianta um homem (ou mulher) com a libido lá nas alturas, mas completamente desequilibrado. Tenho a certeza de que você compreenderá esse momento pelo qual ela passa, dando-lhe forças para ficar boa o mais rápido possível. Sem falar que uma pessoa ansiosa ou depressiva, mesmo sem remédio, fica com a libido também em baixa.

      Um grande abraço,

      Lu

  268. Mcarioca

    Cara Lu,

    Achei muito interessante o artigo. Tenho 46 anos e desde os 16 venho sofrendo de transtornos de ansiedade, como TOC e Fobia Social. No ano de 2009, um médico me receitou a Venlafaxina para as crises de pânico. O remédio foi excelente, pois, com auxílio da terapia, as crises praticamente tinham sumido e passei a levar uma vida bem mais agradável (com exceção dos pensamentos do TOC, que permaneciam, mas só o fato de me livrar das fobias me aliviou muito). A sensação boa permaneceu até meados de 2012, quando eu notei que, mesmo tomando o remédio, me sentia nervoso e tremendo ao segurar uma xícara de café em frente a meus amigos. Senti também que começava a me preocupar com coisas banais, como por exemplo, “será que falar determinada coisa irá chatear determinada pessoa?” Comecei então a sentir uma melhora, quando passava um dia sem tomar o remédio. Relatei isso ao psiquiatra, que me receitou sertralina, com que também não me adaptei.

    Os casos de ansiedade começaram a se acentuar cada vez mais. Passei a usar somente ansiolíticos, como o alprazolan e propranolol. Porém, qualquer discussão em que eu me envolvia, eu ficava fora de controle, tremendo, em um misto de ansiedade e medo. Notei também que, quando não tomava o propranolol, não raramente quando ia almoçar com meus amigos do trabalho, ficava tremendo com os talheres. Por outro lado, sempre tive relações sexuais prazerosas, mas a ansiedade também me deixou com dificuldades nesse campo. Resolvi mudar de médico. Consultei uma psiquiatra que me receitou Luvox e Zargus e me disse que tais remédios também iriam melhorar os pensamentos relativos ao TOC. Creio que tais medicações causaram um revertério em minhas emoções. Os pensamentos melhoraram, mas passei a ter emoções diferentes, como uma paixão obsessiva repentina por uma mulher fora do meu casamento (que melhorou muito justamente quando parei tais medicações), tive mais diminuição da libido e fiquei cada vez mais inseguro, entrando, posteriormente em depressão. Os prazeres da vida foram desaparecendo, nem mesmo em viajar, assistir um bom filme, ao jogo de futebol de meu time, sair com os amigos, dentre outras coisas me faziam me sentir melhor. Parei com ambos os remédios por conta própria, ficando só com os ansiolíticos e me senti melhor, mas ainda muito deprimido e inseguro.

    Foi então que resolvi tentar uma terceira opinião, com um psiquiatra que me receitou o Lexapro (escitalopram). Estou tomando a medicação há dois meses e meio. Vejo uma melhorar sim, porém, ainda sinto uma agitação interna muito grande quando tomo o medicamento. Preciso de um Alprazolan para me equilibrar as emoções. Vejo que as sensações de medo diminuíram, porém, se não tomo o ansiolítico, começo a ficar nervoso e transpirar bastante. Minha dúvida é se seriam normais tais sintomas, mesmo depois de dois meses e meio de tratamento. Quando é que poderei retirar o ansiolítico e ficar sem esses efeitos colaterais desagradáveis? Tento entrar em contato com o médico, mas ele não responde. Desculpe o longo texto e obrigado por este espaço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mcarioca

      Pelo que vejo, você demorou muito para ser encaminhado para um tratamento mental, já que sofria com esses transtornos desde a sua adolescência. Nem sempre os pais estão preparados para lidar com tais problemas, que só de uns anos para cá vêm se tornando cada vez mais conhecidos. Imagino o quanto deve ter sofrido.

      Você disse: “A sensação boa permaneceu até meados de 2012…”, ou seja, durante um período de três anos. Isso é normal, pois, com o tempo, o nosso organismo acostuma-se tanto com o remédio, que o mesmo perde a sua eficácia, tendo que buscarmos outro. Eu já perdi a conta dos que usei. E uma vez que o remédio deixa de fazer efeito, repete-se o mesmo círculo de vicioso de antes, com as nossas emoções à flor da pele, uma vez que nosso equilíbrio deixa de existir. Agora estou de amores com o oxalato de escitalopram. Estou me sentindo muito bem.

      Os antidepressivos, de um modo geral, mexem com a libido, deixando as pessoas, principalmente os homens, com a autoestima baixa, mas com o tempo de uso, o organismo vai voltando ao normal. E você diz: “Parei com ambos os remédios por conta própria, ficando só com os ansiolíticos e me senti melhor, mas ainda muito deprimido e inseguro.”. Aí está um grande erro que muitos cometem. Cada parada redunda num sofrimento ainda maior, como recaídas mais fortes. Somente o médico que acompanha a pessoa poderá liberá-la do tratamento.

      O oxalato de escitalopram é um dos antidepressivos mais usados atualmente. Possui uma ótima aceitação, sendo também um dos mais modernos. Você diz: “Vejo que as sensações de medo diminuíram, porém, se não tomo o ansiolítico, começo a ficar nervoso e transpirar bastante.”. Será que o ansiolítico não está servindo de muleta para você? Ou seja, tais sintomas não são meramente psicológicos? Eu lhe pergunto isso, porque sinto o mesmo em relação ao lexotan, preciso sempre saber que tenho uma caixinha guardada, em caso de apuros. Não viajo sem levá-la, ainda que nem toque nela.

      Amiguinho, somente o seu médico poderá lhe dizer se deve ou não tirar o ansiolítico. Muitas pessoas necessitam dos dois remédios, e cada caso é um caso. Sugiro que marque uma consulta de retorno, para que o médico faça uma nova avaliação. Muitas vezes acontece de a dosagem estar baixa ou alta, ou até mesmo pode ser necessário mudar de remédio. Anote num papel tudo que sente e converse com seu psiquiatra. Baseando-se em seus dados é que ele irá avaliar seu tratamento. No início do tratamento, é muito importante a interação entre médico e paciente. Nesses dois meses, já era para ter retornado a fim de fazer uma avaliação sobre os efeitos do medicamento em seu organismo.

      MCarioca, um fator importante para os ansiosos é mudar a maneira de olhar a vida. Nós precisamos ser mais tolerantes conosco e com o mundo à volta. Não podemos dar importância a tudo. Muitas vezes é preciso fazer ouvidos de mercador. O antidepressivo é mais efetivo quando, junto com ele, também mudamos a nossa maneira de lidar com os problemas. É preciso ser “light”, admirando as coisas simples do dia a dia, sem levar tudo a ferro e fogo. O exercício físico é também muito importante, assim como uma alimentação equilibrada.

      Obrigada pela visita e comentário. Escreva o quanto quiser, a casa é sua. Aguardo notícias. Abraços,

      Lu

      1. Mcarioca

        Muito obrigado pelas dicas, Lu. Estou confiando no remédio e já tenho consulta marcada. Um grande abraço a ti e a todos os usuários deste espaço. Que o próximo ano seja de conquistas para todos nós.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Mcarioca

          Muito obrigada, meu amiguinho. Volte a visitar-nos, sempre.

          Abraços,

          Lu

    2. Guto

      Boa noite a todos os heróis!

      Passei algumas horas lendo os comentários deste blog, sinceramente não me lembro como eu cheguei até aqui, mas me fez muito bem ouvir outras pessoas passando pelos mesmos problemas que eu, e certamente irei acompanhar todos os dias os comentários, as evoluções e torcer pela vitória e o sucesso de todos aqui, todos que como eu estão passando por este processo que eu acredito com fé ser um processo de evolução, evolução esta que somos privilegiados de viver, para ter um futuro realmente liberto de todos os sofrimentos que afligem a humanidade toda.

      Minha história começa lá em 2009, quando eu estava com 21 anos, e até aquele momento me considerava “isento ” de sofrer com coisas do tipo. Jovem, tranquilo, fumante, bebum, de bem com a vida, aquele rapaz que faz todo mundo dar risadas, e que acha que tem o poder de tirar da fossa quem quer que seja. Eu era tão ignorante neste sentido, que achava graça da minha tia que sofria de depressão… Depressão? Hahahahaha, isto é preguiça , falta de contas para pagar, falta de homem… Além de achar graça de coisas assim, achava que psiquiatra, psicanalista, psicólogo, seriam profissionais que eu jamais precisaria visitar, usava sempre aquela velha piadinha trouxa “meu psicológo está ali” apontando para uma garrafa de cerveja.

      Eu me enganei, e como me enganei… Após uma série de eventos frustrantes durante o final do ano de 2008, no início de 2009 experimentei, pela primeira vez na vida, a dolorosa e angustiante crise de Pânico. Estava lá eu assistindo a uma apresentação de cavalos em um rodeio na minha cidade, quando de repente todo meu mundo parou, e eu senti aquele sentimento de morte iminente e todos aqueles outros sintomas que acho que todos aqui se não conhecem já ouviram falar. Fui desesperado para casa, após sair do ambulatório do rodeio, cheio de medo de estar com algum problema cardíaco. Chegando em casa ainda assustado, traumatizado, fui procurar ajuda no pai Google, digitando meus sintomas. E pahh… Síndrome do Pânico foram os primeiros termos relacionados a minha pesquisa. Passei algumas horas lendo artigos relatos, e cheguei a sentir um alivio extraordinário, quando percebi que se tratava de um problema psicológico. Inocente que eu era pensei: “vou dominar isto numa boa” … Haaa.. Doce ilusão! Dali pra frente foi aquela novela que todo mundo que já passou pela síndrome do pânico conhece… Posto de saúde, eletrocardiograma, Diazepan, posto de saúde, eletrocardiograma, Diazepan… Posto de saúde, raio x toraxico, Diazepan…

      Devido a minha situação financeira que sempre foi péssima, eu só tinha uma opção de médico, o do postinho público do bairro… E em uma das visitas ao posto, acompanhado de minha mãe que já estava perdendo a paciência, um médico leu meu eletrocardiograma: “Você tem arritmia, isto pode causar morte súbita, e seu pulmão está comprometido, precisa parar de fumar, aqui está uma guia para o cardiologista e uma receita para um remédio chamado ansitec.”

      Todos aqui, independente do nível de conhecimento e escolaridade, acabaram de perceber a cagada que este clínico fez: me encheu de informações negativas e catastróficas, ao mesmo tempo que empurrou um remédio sem ao menos me dar uma guia para um psiquiatra. Claro que eu em pleno maremoto de medo até de ver uma pulga, entrei na neurose que minha vida estava no fim… Arritmia, morte súbita.. Enfisema pulmonar… Para completar a cagada, parei de fumar.. O que é claro, só agravou a minha situação de ansiedade e desespero. A semana seguinte foi de extremo sofrimento, crises de depressão e angústia, não comia, não bebia, não saia da cama, passava o dia em posição fetal. Medo do claro, do escuro, medo da minha mãe, medo de vê-la, vontade de abraçá-la… Vontade de chorar, incapacidade de chorar… O desespero mais desesperador do mundo.

      Os fatos narrados acima não duraram um mês, mas para mim duraram uma eternidade.. Após este agravante máximo de depressão, finalmente marquei um cardiologista que me disse que eu não tinha nada, e que também disse que eu meu pulmão estava sim sujo, óbvio.. Mas que eu não ia morrer no dia seguinte. Somado a isto, o tal do Ansitec começou a fazer efeito positivo finalmente, eu comecei a sair de casa, arrumei um bom emprego e me apeguei à religião que eu sempre gostei, o espiritismo kardecista. Dois meses após o início das crises, eu já estava ótimo, feliz e bem!

      Só que errar é um ato que o humano gosta tanto, mas tanto que ele repete… E eu como não podia der diferente, errei também.
      Com o tempo eu larguei o Ansitec, voltei a beber, voltei a fumar, deixei de ir ao centro espírita. Com o tempo eu comecei a crescer no novo emprego, ganhar mais dinheiro, e me aventurar por mares ainda mais distantes, visitando prostíbulos, experimentando cocaína (poucas vezes)… E me atolando cada vez mais. Aluguei uma casa e fui morar sozinho, bebia todo santo dia, obviamente para suprir a ansiedade que estava me dominando sem que eu quisesse aceitar. E para resumir esta história que já está longa pra dedeu, passei 6 anos nesta vida de enganação.. Bebendo, fumando gastando, sem equilíbrio alimentar, sem passar em um psiquiatra para ver aquele problema que ficou sem resolver anos atrás. Pois bem, a vida nos dá muitas chances, e eu acredito que estou vivendo mais uma chance de entender que o caminho para a paz verdadeira está no amor, no equilíbrio e na caridade.

      No início de 2015 minha empresa faliu, eu fiquei sem ter como pagar o aluguel e voltei a morar com minha mãe, passei o ano todo fazendo bicos para levantar uma grana, devendo pessoas, me estressado, me frustrando… E por fim, no dia 21 de dezembro de 2015 fui eu parar de novo no pronto socorro para aquela já velha e conhecida rotina: eletrocardiograma, Diazepan. Desta vez eu não precisei de um diagnóstico errado de arritmia para me afundar de vez. O sentimento de estar vivendo tudo aquilo de novo se encarregou de fazer isto por mim. Perdi o apetite, tive crises de angústia… Passei o Natal na cama, a véspera na cama, e aliás, hoje já faz 5 dias que eu só saio da cama para usar o banheiro. Sinto enjoo quando como, tenho vontade de chorar.

      No dia 23, minha mãe mexeu os pauzinhos dela no posto de saúde perto de casa e conseguiu uma consulta para mim com o clínico. Na impossibilidade de passar por uma psiquiatra agora, ele me receitou Fluoxetina 20mg ao dia, e explicou que demoraria 3 semanas para fazer efeito, e os efeitos indigestos do medicamento nos primeiros dias. Estou tomando este remédio há 5 dias, e vocês sabem como está meu humor, né? Desesperador às vezes, calmo às vezes… Vagando entre cá e lá.
      Bom, eu queria dizer para vocês que todos vamos sair desta, vivos e felizes, mas quando sairmos, saibamos administrar com carinho e paciência nossa cabecinha tão sagrada e safada.

      Nunca deixem de visitar seus médicos, psiquiatras e psicólogos.. Nunca deixem de tomar seus remédios, nunca achem que por já terem vencido uma vez, estão imunes a isto, sejamos conscientes da nossa realidade, não precisa ser trágico para ser consciente disto, basta entender que somos pessoas maravilhosas dotadas de uma sensibilidade tão forte que precisamos cuidar dela. Nunca deixem de agradecer a Deus, seja você cristão, budista, hindu.. Nunca deixe de agradecer sua saúde mental, nunca deixe de pedir proteção a ela.

      Desejo a todos uma vitória incrível, e que possamos tirar lições maravilhosas de todo este sofrimento.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Guto

        É um grande prazer recebê-lo aqui neste cantinho. Sinta-se em casa.

        Quando se é jovem é realmente difícil imaginar que a depressão seja uma doença. Portanto, você não era diferente de outros, no auge do vigor físico. Como compreender que alguém não queria viver, ou nada fazer para participar dos festejos sociais, querendo apenas ficar em casa, de preferência numa cama? Compreendo perfeitamente a sua posição, à época. Também tive o mesmo sentimento, ao ver minha avó definhar, vitimada por essa doença. Achava que se ela reagisse, tudo seria diferente.

        A SP (síndrome do pânico) é assim mesmo, chega quando menos se espera. E é exatamente a forma como ela acontece que amedronta sua vítima. Na mesma hora em que se está no auge da euforia, como se encontrava você, aparece uma coisa louca, do nada, trazendo a sensação de morte iminente. É realmente assustadora! Trata-se de um processo químico que só pode ser resolvido com remédio, ou seja, para botar ordem nos nossos neurônios amotinados, não adianta conversinha doce, mas um antidepressivo. E nem todos os médicos, à época, estavam preparados para lidar com esse tipo de coisa. Somente nos últimos anos é que o conhecimento sobre as doenças e síndromes relacionadas ao cérebro estão expandindo. De qualquer forma, o médico que o atendeu quis ser mais realista do que o rei e pisou feio na bola. Imagino o seu sofrimento diante de notícias tão catastróficas. E pior, com exames relativos apenas a um eletrocardiograma. Ele precisava de fontes mais confiáveis antes de proferir tamanha impropriedade.

        Você foi mesmo inconsequente, ao parar o remédio por conta própria, passar a beber e a fumar. Penso que tenha sido por falta de informação quanto à Síndrome do Pânico. Normalmente os médicos não nos informam como deveriam. Essa síndrome, se não tratada, tende os ataques serem cada vez mais próximos e mais graves. Provavelmente a vida desregrada que passou a levar tenha sido uma válvula de escape para a ansiedade que se fazia presente, embora você não quisesse admitir.

        Guto, eu sou uma otimista por natureza. Sempre acredito que o dia de amanhã será melhor do que o de hoje, embora procure viver com intensidade o momento presente. Portanto, a sua salvação física e espiritual deveu-se ao fato de sua empresa ter quebrado. Tudo que fazemos na vida tem retorno. Nada passa impune. O corpo cobra caro, mais cedo ou mais tarde, pelos males que lhe fazemos. Se continuasse na vida que estava levando, iria acabar morrendo de uma overdose. Portanto, veja essa queda em sua vida como uma forma de ascensão. Muitas vezes faz-se necessário chegar ao fundo do poço para enxergar a realidade. Portanto, acho que deva ser motivo de alegria a sua “decaída financeira”. Ela lhe salvou a vida. Além do mais, precisamos de muito pouco para nossa curta temporada neste nosso planeta. O acúmulo de bens é uma pesada carga. Sinta-se feliz por voltar a participar da vida em sua simplicidade. Você, para mim, foi abençoado com as mudanças que o trouxeram à realidade.

        Amiguinho, através de seu profundo depoimento, vejo que é uma pessoa inteligente e verdadeira. E tenho a certeza de que sairá ainda mais forte e mais sábio desse contratempo. Aguente a mão agora na fase inicial do retorno ao tratamento. São dias difíceis mesmos. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Agradeço pela sua confiança, pelas palavras de apoio e pelo carinho transmitido a todos nós. Esperamos contar com a sua presença, sempre. Escreva sempre que quiser. Sua presença será benéfica para todos nós.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Guto

          Ola Lu, e todos nossos guerreiros do site! Uma boa tarde cheia de vibrações positivas.

          Gostaria de dizer, como desabafar faz bem não é? Mesmo quando estamos nos comunicando pela internet, falar o que se sente, o que se acha, aonde doí, o que dá medo. Soltar estas coisas desinflam a mente e a alma deixando o coração mais leve.
          Eu converso com minha mãe e meu padrasto sobre o que venho sentindo, mas é difícil de expressar os sentimentos de algo para pessoas que nunca vivenciaram nada parecido. Apesar deles serem amorosos e compreensivos, dá a impressão de que não estão conseguindo entender como funciona está equação maluca de sentimentos.

          Hoje eu estou bem melhor. Acredito que ter me aberto com vocês, além de ter me entregado de coração a Deus, me ajudou muito. Passei a noite em claro, não consegui dormir principalmente, porque ontem tirei uns cochilos durante o dia, que, diga-se de passagem, foram péssimos, cheio de sudorese e pesadelos. Passei a noite em claro e tendo alguns ataques de ansiedade, mas pela manhã eu estava me sentindo melhor. Saí da cama, depois de tantos dias deitado, e saí pra valer, fui na sala conversei com meus país, consegui rir e fazer piadas. Andei pela casa, e parece que boa parte das minhas tremedeiras sumiram. Por mais engraçado que pareça, eu estava há 6 dias sem tomar banho e escovar os dentes, o medo de sair da cama era tanto que eu não fiz isto todos estes dias, mas hoje fiz e isto me deixou mais leve.Estou morrendo de sono, mas pretendo me manter acordado até a hora do jantar. Aprendi nos vários vídeos que vi na internet sobre como lidar com estes transtornos e não ter recaídas, que a disciplina é fundamental para tudo dar certo. Então vou dormir na hora certa e me preparar de todas as formas para poder ter uma noite verdadeiramente revigorante. Em resumo, hoje tive alguns ataques de ansiedade, alguns picos de angústia, mas consegui lidar com eles de maneira muito melhor. A ideia é pensar sempre: está acabando, vai passar.. Vai passar… Estou realmente encarando esta fase como um renascimento, uma nova oportunidade de fazer tudo diferente, uma oportunidade de me questionar: O que eu quero da vida? O que eu sou? O que de fato me faz bem .

          Desde o início deste Transtorno Parte II, cheguei a algumas conclusões: Preciso de disciplina, preciso me apegar mais em encher meu coração de amor do que meu bolso de grana. Sendo eu um conhecedor da doutrina espírita, respeitando todas as religiões, e etc, eu deveria ter dado continuidade a busca pelo desapego material e o amor como combustível da alma, mas não fiz, e todas as vezes que mergulhei no mais profundo medo que causou as crises depressivas eu me questionei, e cheguei à conclusão que apenas o amor pode me curar destas dores. Algumas pessoas não têm esta sensibilidade, mas eu por sorte as tenho, descobri-as aos 28 anos, tenho a oportunidade de mudar a tempo de ser feliz daqui para frente. Tomei decisões radicais que quero compartilhar, claro que elas são baseadas no que eu penso sobre qualidade de vida, mas são coisas que eu venho querendo fazer há muito tempo, e não fazia por estar no meio do furacão que era minha vida.

          Quero fazer um trabalho voluntário contínuo e me tratar e frequentar o centro espírita, até poder ser mais um a ajudar as pessoas que, como eu, precisam de ajuda; quero fazer yoga, meditação, parar de fumar. Eu me tornei vegetariano, desde o inicio das crises eu optei por não comer mais carne. Quero mudar meu foco profissional, trabalhar em algo em que eu sirva as pessoas e contato direto com elas e a oportunidade de ajudar alguém, seja estudar psicologia ou fazer um curso de enfermagem. Quero poder tratar as pessoas e fazer disto meu ganha pão, sem ser ganancioso, e me aprofundar nos estudos da alma e do bem-estar, usar todas as ferramentas de conhecimento que eu possuo para ajudar pessoas como nós a sair de situações como as que vivemos. Ainda estou no comecinho da caminhada, mas creio que será difícil porém prazerosa!

          Obrigado a todos, continuarei acompanhando cada um de vocês, torcendo e vibrando para que todos nós tenhamos força de vontade e fé para vencer este nosso desafio. Em breve conto mais sobre minha evolução, estou confiante que daqui para frente tudo será bem melhor .

          Paz a todos, e força na caminhada!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Guto

          É emocionante ler sobre o seu retorno à vida pautada pelo equilíbrio. Aprendi, meu amiguinho, que na vida existem três caminhos paralelos, mas que devemos buscar sempre o do meio, como fazem os budistas, ao basearem sua caminhada no célebre Caminho do Meio, que nada mais é do que viver em busca do equilíbrio. Ali, ainda que vez ou outra nós nos resvalamos um pouco para a direita ou para a esquerda, pois somos humanos, é sempre mais fácil retomar o caminho do meio. Penso que todos os perigos da vida encontram-se nos extremos. Deles nascem os indivíduos mais perigosos, fanáticos cegados pelo extremismo.

          Alegra-me muito o fato de saber que hoje você botou a cara na vida, ou seja, tomou posse de si mesmo como pessoa. Nossa vida é um dom precioso e deve ser vivida com alegria. Nosso corpo, instrumento de trabalho neste planeta chamado Terra, deve ser carinhosamente cuidado. Cada parte dele é mais preciosa do que qualquer tesouro. Por isso, deve receber toda a nossa atenção e carinho. Amá-lo, sem se deixar levar pelo narcisismo, deve ser um dos nossos deveres. Não abra mão de seus cuidados, agora que a fase ruim está sumindo. Daqui para frente estará cada vez melhor. Mas lembre-se de que é fundamental o modo como olhamos a vida para a plenitude de nosso equilíbrio, como um todo.

          Guto, não sei se já descobriu, mas aqui no blog os leitores podem interagir entre si. Sempre que você ler um comentário e quiser participar com uma palavra de apoio e força, basta clicar abaixo do comentário da pessoa em “responder” e dirigir-se a ela. Certo? Será um prazer contar com a sua ajuda.

          Um grande abraço,

          Lu

  269. Hélio

    Boa noite Lu e pessoal!

    Bem, deixei meu relato que estava indo tudo bem com o uso do escitalopram. Completaram 30 dias na quinta-feira de uso contínuo. Porém, ocorreu uma coisa chata. Estava tudo bem comigo, porém fui inventar de fuçar o face do meu namorado, lá vi uns comentários de uns 3 anos atrás do ex dele, me chateei porque ele não apagou. Porém eu sei que é frescura minha, sem lógica. Mas fiquei pensativo na hora e chateado.Na madrugada de sexta para sábado tive um pesadelo, e mais ou menos umas 10 horas da manhã fui bombardeado por pensamentos ruins e ansiedade. Hoje acordei angustiado. Pensando e agora? “Vai voltar tudo de novo?”. Vieram pensamentos sobre doenças de novo, negativismo.Estou receoso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      O antidepressivo não tira as nossas emoções. Continuamos tendo alegrias, tristezas, instabilidades, etc. Não podemos jogar toda a nossa carga emotiva no remédio. Precisamos mudar a nossa maneira de olhar a vida, não nos deixando abater por qualquer asneira. Ou seja, nós precisamos fazer a nossa parte. Precisamos, sobretudo, de ter confiança em nós mesmos. O ciúme doentio é falta de amor-próprio, baixa autoestima. Na minha opinião, o amor verdadeiro não precisa de ser vigiado. É preciso acreditar em quem está ao nosso lado, ou então cair fora da relação. Procure na internet por poemas de Kalil Gibran e leia-os. Outra coisa, não fique esmiuçando o espaço do outro. Apenas acredite! Ponha a sua saúde em primeiro plano.

      Abraços,

      Lu

  270. Marcel

    Boa noite, Lu! Boa noite pessoal! Feliz natal atrasado!

    Venho deixar mais um depoimento sobre o decorrer do meu tratamento com exodus, que talvez possa servir como incentivo para quem está começando ou já começou. Hoje tomei o comprimido de numero 41 e já faz 4 dias consecutivos que estou muito bem. Os pensamentos ruins às vezes vem, mas com uma diferença agora, eu mando-os embora quando quero, não ficam mais me perseguindo como antes. O peito às vezes aperta, mais a melhora contínua é absolutamente notável até mesmo pelas pessoas que convivem comigo. Sinto que a cada dia melhoro um pouco e aprendi que paciência é a palavra chave nesse processo complicado.

    No começo tudo é difícil e desesperador pela angústia de ficar bom logo, e por isso para quem está começando, tenha paciência, busque forças em Deus, na família, em coisas que lhes fazem bem. A partir de 30 dias tudo começa a mudar! Os primeiros 15 dias são difíceis, mas são necessários pois é um período de adaptação. Tive bastante efeitos colaterais e depois que comecei a tomar bupropiona tudo mudou, as coisas entraram nos eixos e só melhoram a cada dia. Dias atrás eu acordava angustiado, já condenando o meu dia, agora acordo tranquilo, vou trabalhar e me distraio muito realizando minhas atividades diárias, dou risada, brinco com os colegas, enfim….voltando ao normal vagarosamente.

    Tenha força pessoal! Imagine um futuro de felicidade, pois ela está logo ali, só basta termos forças para lutar. Tudo que nós todos aqui estamos passando só serve como forma de aprendizado, um aprendizado doloroso, mais muito proveitoso para no futuro olharmos para trás de cabeça erguida, pois vencemos e poderemos ajudar outras pessoas, que estejam passando por isso, compartilhando nossas histórias e vitórias.

    Um grande abraço a todos! Fiquem com Deus! Até breve!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcel

      Suas palavras estão corretas. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Os quinze dias passados com os efeitos adversos compensam os que virão, quando passamos a viver com qualidade. Espero que muitos se mirem no seu exemplo.

      Um grande abraço,

      Lu

  271. Hélio

    Olá, Lu e amigos!

    Vim aqui como forma de diário, dizer como foi meu início de tratamento com o escitalopram.

    Tudo começou na minha infância, fui abusado sexualmente por um “tio”, esposo de uma prima de 3° grau, a qual considero como tia. Os abusos sexuais duraram dos 6 aos meus 8 anos (mais ou menos). No início era um mix de “prazer”, via naqueles atos um carinho de um pai que nunca tive, porém aos poucos fui criando medo do pedófilo, daí a ansiedade foi surgindo e a cada dia pior.

    Tive minha primeira crise de pânico aos 8 anos, junto com a ansiedade apareceu o TOC e os pensamentos obsessivos. Inventei pra minha mãe que o “tio” só passava a mão no meu bumbum e com isso ela não permitiu mais que eu fosse pra lá. Minha mãe sempre foi tapada pra perceber as coisas e até hoje culpo-a por muitas coisas que me acontecem no meu presente, mesmo sabendo que o único culpado foi aquele monstro que abusou de mim.

    Bem, chegou a minha adolescência e com ela a ansiedade, crises de pânico e depressão, quase perdia o ano na escola, pois tinha medo de sair de casa e passar mal, devido ao pânico. Finalmente, fui a um psicólogo, mais ou menos aos 16 anos, e o mesmo me encaminhou para um psiquiatra. Iniciei meu tratamento com sertralina, foi uma bênção, pois saía de casa e as crises sumiram, mas a minha antiga psiquiatra percebeu que eu estava muito agressivo. Ela então prescreveu a paroxetina e dela fiz uso durante uns 10 anos. Devido à perda de libido deixei de tomar por conta própria em julho deste ano, passei 2 meses relativamente bem, porém o medo foi voltando e simplesmente minha vida parou novamente.

    A psiquiatra voltou com a paroxetina, melhorei, mas meu sono já estava comprometido, acordava todos os dias angustiado e ansioso. Passei 3 meses mais ou menos sentindo isso, e já estava desesperado, pensando que eu tinha algo grave. Minha psiquiatra e eu chegamos à conclusão de trocar de antidepressivo, foi aí que ela me deu uma caixinha de ESC (escitalopram). Parei com a paroxetina de uma vez e no outro dia iniciei o escitalopram com meio comprimido e buspirona, uma semana mais tarde aumenteda pra 20mg. Nos primeiros 20 dias quase que eu desistia, pois minha mente estava sendo bombardeada por pensamentos ruins e esses pensamentos estavam me deixando angustiado, deprimido e ansioso.

    Bem, hoje completo 29 dias de uso do escitalopram, os pensamentos sumiram e estou mais ativo e otimista. Não estou 100% bem, mas estou uns 70%. Voltei a malhar pesado na academia e em janeiro volto a trabalhar. Uma coisa que está me deixando satisfeito é que minha libido não esta sendo afetada. Namoro com outro rapaz, e sou muito feliz com ele e minha sexualidade (minha escolha não teve influência do pedófilo), faço acompanhamento psicológico também.

    Estou satisfeito com o progresso que tive, pois eu estava no fundo do poço e pela honra e glória de Deus estou ficando bem. Minha família tem um histórico nada agradável de problemas psicológicos, meu pai tem depressão (tratado com escitalopram), tia com síndrome do pânico, tio alcoólatra, mãe ansiosa… Enfim, um histórico propício. Foco no tratamento, e este é meu testemunho. Fé, força e determinação… Sejam POP’s! Hehehehe!

    Desculpe o texto, mas é para ficar esclarecido o que passei, e também alertar as mães quanto ao contato dos filhos pequenos com adultos.

    Beijos a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer a sua confiança neste blog, o que dá ao nosso trabalho um atestado de seriedade. Se aqui você se abriu, de uma maneira tão corajosa, é porque confia em quem dirige este espaço e naqueles que o visitam. Obrigada! Em segundo lugar quero dizer que o seu comentário é realmente um alerta para todas as mães, em relação a seus filhos pequenos, no contato, principalmente, com parentes próximos. Ninguém nunca sabe onde se esconde um pedófilo. Muitas crianças já passaram (ou ainda passam) por aquilo que você viveu em sua infância. Não tenho palavras para falar da repugnância que sinto por esses seres bestiais, que merecem ser marcados a ferro, na testa, pois deixam marcas profundas na vida dos molestados. Mas, ao mesmo tempo, sei também que são pessoas doentes, com desvios mentais gravíssimos, pois sabemos que até os próprios pais cometem atos insanos como esses.

      Quanto à sua mãe, não há porque culpá-la. Não sei se você é do interior, mas em muitos lugares não se tinha notícias como essas, sobre pedófilos. As pessoas eram mais ingênuas. De uns anos para cá é que a mídia tem falado abertamente sobre o problema. Como tantas outras mães, a sua era também muito inocente. Talvez nunca tivesse tido conhecimento de um fato assim. Muitas vezes erramos pela nossa ingenuidade, pois nossa cabeça não dá conta de achar que o mundo tenha seres tão bizarros, até que um dia a verdade bate à nossa porta e mostra-nos que o ser humano é o pior, o mais abominável, o mais nefasto de todos os seres, se comparado aos demais. É o único animal que premedita a maldade. Portanto, tire de seu coração qualquer mágoa relativa a ela. Não a sobrecarregue de culpa, pois basta-lhe a que jaz em seu peito e irá acompanha-la pela vida inteira. A sua ansiedade tem uma pé na culpa que carrega, coitadinha. Absolva-a!

      Quanto à sua opção sexual, a vida é sua e somente diz respeito a você. O importante é que tenha escolhido um bom companheiro, uma pessoa capaz de amá-lo e compreendê-lo. Ou seja, alguém que completa a sua vida o transforma sempre numa pessoa melhor. Também é sua obrigação fazer o mesmo por ele. Em relação a malhar muito, cuidado! Segundo um médico que escreve no blog, o excesso é tão prejudicial quanto a falta. Olhe o equilíbrio.

      Minha família materna tem o mesmo histórico que a sua. Mas hoje, com os maravilhosos antidepressivos do mercado, vivemos todos sob controle… risos. Mas neste mundo aloprado, quem não tem um desvio mental? Estamos todos no mesmo barco. A depressão é a doença que mais cresce no mundo.

      Amiguinho, obrigada pelo seu relato corajoso, que é também uma forma de libertação. Você é mesmo um guerreiro POP! Estará sempre presente no meu coração.

      Abraços,

      Lu

    2. Bento

      Lu , pela sua experiência , você conhece alguém que sofre da sindrome das pernas inquietas e como convivem com isso?
      Grato,
      Bento

    3. Claudia

      Olá, Lu!

      Parabéns pelo blog, é muito bom ter um espaço onde possamos dividir as nossas “loucuras”.

      Eu sempre tive crises de pânico, esporadicamente, pois às vezes passo anos sem tê-las. Nunca tinha sido medicado até então. No último dia 04, tive uma crise muito forte, que desencadeou tremor por todo o corpo, suores, fade formigadas, taquicardia e os medos acumulados. Consultei o psiquiatra e ele me receitou paroxetina 10 mg, mas com 5 dias tomando e muito ruim, porque as reações do remédio acabavam culminando na crise de pânico, meu psiquiatra suspendeu o uso, e hoje só estou com o o trio sublingual em momento de crises. Hoje, já sem a medicação, eu me senti melhor, a única coisa que ainda me incomoda é o formigamento ao redor da minha boca e face, que vem e desaparece.

      Sei que tudo isso é fonte total da minha mente, gostaria muito de poder controlar toda essa ansiedade sem medicamento. Queria ter o equilíbrio para não me sentir assim angustiada e prisioneira dos meus medos.

      Obrigada por esse espaço, Lu, e se puder me responder, ficarei mt feliz.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Claudia

        Seja bem-vinda ao blog. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, todos os antidepressivos, no início do tratamento mostram os seus efeitos adversos. A pessoa, muitas vezes, fica pior do que antes de tomar o medicamento. Mas depois de um período de mais ou menos 15 dias (variando de um organismo para outro), os efeitos ruins vão passando e aparecendo os bons. Com o tempo, eles desaparecem por completo. Por isso sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Portanto, os cinco dias em que você tomou o remédio correspondiam à fase ruim. Penso que deveria ter esperado os 15 dias. Imagino que tenha que voltar a tomar um antidepressivo, que lhe possibilitará uma melhor qualidade de vida, sem a ansiedade que tanto afeta sua saúde. É possível que seu médico mude para outro, começando com uma dose bem baixa, para que seu organismo vá acostumando aos poucos. A SP (síndrome do pânico) exige tratamento químico. A minha é mantida no cabresto, com o antidepressivo que tomo (oxalato de escitalopram).

        Lud, acompanhe os seus sintomas. Se a SP voltar, procure o seu psiquiatra. Certo? Gostaria que lesse os comentários aqui no blog, para se inteirasse de que muitas pessoas passam mal nas primeiras semanas em que tomam o remédio e depois ficam ótimas. Não desanime.

        Abraços,

        Lu

  272. Priscila

    Vou contar um pouco da minha história, talvez alguém tenha passado por algo parecido. Há dez anos fui acometida de uma alergia no rosto, que me incomodava, mas não me abalava emocionalmente. De um ano para cá aconteceram fatos ruins que abalaram minha vida e comecei a me incomodar com o problema na pele, e buscar vários especialistas. Cada um vinha com um diagnóstico diferente e nada de sentir melhoras: corticoides, roacutan, só pioraram. A única coisa que diziam era que se tratava de doença autoimune, que não tinha cura. Fui ficando desesperada e comecei a ficar muito na pele, e ela piorou 100 por cento. Além dos sintomas que já tinha, ela começou a queimar como fogo. Sem expectativa de cura fui me entristecendo, trabalhando mal, me fechando. As pessoas não compreendiam e diziam que era só um problema de pele. Eu me cobrava por isso também. O desconforto não me deixava esquecer, de repente começou a queimar a cabeça também. Então decidi ir a uma psiquiatra que me passou escitalopram, Rivotril e valeriana. Faz nove dias e a cabeça graças a Deus parou de queimar. Ainda arde bastante o rosto pela dermatite, mas sei que o emocional piora muito. Espero que o remédio faça logo o efeito esperado. Tenho um filho lindo e um namorado maravilho, cheio de amor, não quero perder isso, que Deus me ajude a superar tudo isso mais rápido o possível .

    1. LuDiasBH Autor do post

      Priscila

      Existem muitas alergias de fundo emocional. Seus portadores necessitam de equilíbrio emocional para erradicá-las ou diminuí-las. Conheço pessoas com esse problema. O seu caso não foi diagnosticado como psoríase? Procurar uma psiquiatra, depois de ter passado por dermatologistas foi uma boa opção. Os remédios passados irãi deixá-la mais tranquila e, consequentemente o seu organismo terá um equilíbrio maior. O uso continuado de corticoides é muito perigoso. Se usá-lo, peça ao médico informações de como deve ser passado nas regiões com problemas.

      Tenho a certeza de que não perderá o seu namorado por isso. Quem ama fica sempre junto nos momentos difíceis da vida. Procure também fazer uma alimentação rica em frutas, verduras e folhas verdes. Use sabonetes neutros (de bebê), se não tiver um específico para seu caso. E, sobretudo, beba muita água (líquido de uma maneira geral, mas exclua refrigerantes e bebidas alcoólicas).

      Obrigada pela visita e comentário. Volte para nos contar como anda sua saúde.

      Abraços,

      Lu

      1. Priscila

        Oi, Lu!
        Muito obrigada pela atenção! Os dermatologistas se contradizem no diagnóstico, alguns dizer ser alergia, outros dizem ser dermatite seborreica ou rosácea.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          Assim fica difícil o tratamento, não é mesmo? Mas espero que, com os novos remédios, você encontre uma solução para seu problema. Tenha calma e não desanime. Não se esqueça de me escrever dizendo como vai.

          Abraços,

          Lu

      2. Priscila

        Oi Lu!
        Hoje faz 20 dias que tomo o remédio, já consegui ficar um pouco melhor ontem, mais hoje senti meu rosto esquentando e minha cabeça e testa queimando. Todo mundo diz que o rosto está só um pouco vermelho. Na minha mente, a dermatite está tomando toda cabeça e rosto. A minha razão diz que preciso de controle e a emoção não me permite! Olho para todos tão alegres, meu filho um adolescente tão maravilhoso, meu namorado procurando lugar pra viajarmos para o Ano Novo, e minha vontade é ficar deitada, ou olhando no espelho pra ver como está a dermatite no rosto. Eu era tão alegre, não me reconheço, deixei uma dermatite tomar conta de mim. E o pior que vejo as pessoas sem saber o que fazer, não quero ser vítima, quero ser forte, já passei por tanta coisa e fui forte, não consigo entender… Espero que o remédio comece a me ajudar a buscar um equilíbrio. Se eu controlasse minha emoção a dermatite reduziria, eu acredito que sim…
        Obrigada!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          É importante o seu controle emocional, sim, pois várias dermatites são de origem nervosa. E quanto mais tranquila ficar, mais o seu organismo melhorará a sua imunidade. Mas não se preocupe, pois essa é a função do antidepressivo. Assim que começar a fazer efeito, ele lhe dará o equilíbrio de que tanto precisa. Procure não ficar se olhando no espelho, para não criar um comportamento obsessivo que a torna mais ansiosa ainda. Procure se alimentar bem, e beba bastante água. Tudo irá dar certo. Tenha paciência. Não vai ser uma dermatite que irão derrubar uma guerreira POP.

          Abraços,

          Lu

    2. Sonia Branco

      Não sei se alguém me poderá ajudar. De qualquer forma, vou contar o que me aflige de momento.

      Tenho SII e sofro de problemas intestinais com muitos gases, obstipações, etc. Eu tomava como medicação fluoxtina, xanax xr 2mg e mais nada.
      Eu já passava mal de vez em quando, e as queixas eram sempre a mesmas: parava digestão, vinha calores dos intestinos, com gases, e tinha sensação de que o corpo todo ficava dormente e o coração acelerava. Eu tive assim tempos e tempos e corria para hospital, pensava que era algo mau que me estava a dar, porque sempre dancei e era divertida, e do nada acontecia isto. Todos diziam que era ansiedade. Eu entrei em estresse, porque estava bem e do nada ficava em casa à espera que o coração parasse, ficava louca sem ajuda.

      Foram médicos e médicos percorridos e cada um dava um medicamento e retirava no dia a seguir e metia outro. O meu intestino e cérebro estavam descontrolados e os sintomas agravavam. Eu pensava que ia morrer. Com tempo fui apercebendo do SII e comecei a cortar coisas na alimentação, mas nessas alturas eu já mal comia, como agora. Fiquei com a medicação a que referi antes, durante algum tempo, até que um dia me senti melhor e fiz o desmame da fluoxtina, durante 4 meses, e pensava que era ela que me fazia mal, pois havia dias, agitada, e outros em que estava sem forças e a sentir mal.

      Este ano fui à médica a chorar, porque não aguentava mais cair no abismo de novo, e farta de ouvir médicos dizerem para tratar a cabeça primeiro. Ninguém ligou para o SII, e eu tenho pânico a antidepressivos, pois comecei a tomar sem querer há 17 anos atrás, depois do parto da minha filha, e passei por muitos médicos e mudanças, pois nunca me adaptei a eles. Depois disto receitaram a sertalina e eu não aguentei, parecia que ia morrer com os sintomas, em casa. Eu tenho pavor a taquicardias.

      Veio o Cipralex 10 mg,sempre com o xanax rx 2 mg às 6 da tarde, e descontrolei o sono, que tive tanto tempo feliz, porque já não tomava nada de noite. Voltei a tomar zolpidem e correu mal. Tive uma semana bem depois de sofrer os efeitos todos iniciais. Do nada apareceram efeitos colaterais de novo e receitaram no hospital, visto que só tenho médico de urgências em psiquiatria, o cipralex 25 e à noite o lorazpan (lorenin).

      Estou há 1 mês com este aumento, se tive 3 dias mais ou mesmo foi o máximo, pois passava a dormir de tarde. Agora voltei a sentir enjoos, não consigo comer, parece que a digestão está embrulhada e o intestino descontrolado, uma certa agitação e dor de cabeça. Estou triste porque acreditava que ele ia fazer efeito:(Mas já passou algum tempo e estou sem vontade de fazer as minhas coisa em casa, com dores de corpo e fraqueza mesmo, estou exausta, e de noite, com metade do lorazpan, tenho sonhos e acordo agitada a tremer e da logo piora os intestinos. Que saudades de acordar com vontade de fazer minha vida.

      Estou sem saber o que fazer. Peço ajuda, gostaria de saber se é normal o que passo com cipralex. Se vou ter de mudar ainda de novo e passar tudo outra vez? Só volto ao médico dia 22 janeiro, até lá estou a sofrer em casa, pois quando saio pareço um zumbi, com cara de doente, sem força e cansada. Tenho um médico que me seguiu há muitos anos, muito bruto, que me disse que cipralex nem antidepressivo é 🙁
      Eu não volto a ele, não vou pagar para passar receitas e mudar assim tudo.

      Estou cansada, só queria algo que ajudasse, já que aceitei e sei que preciso, mas seria para melhorar e não passar por isto. Sou casada, meu marido é mais novo que eu. Eu era divertida e não consigo mais ser assim. Fico triste, porque já corremos tudo pelo meu estado físico e ninguém ajuda no meu problema, nem acerto com medicação, que podia dar uma melhoria nos meu estado, pois ao fim de 3 anos a sofrer, é óbvio que ninguém aguenta. Obrigada! Amaria ter o vosso apoio e ajuda.

      Deus abençoe a todos!
      Sonia Branco

      1. LuDiasBH Autor do post

        Sônia Branco

        Percebo que é uma portuguesinha ou alguém de um dos países nossos irmãos. Seja bem-vinda e sinta-se em casa.

        Amiguinha, sei que não é fácil conviver com a Síndrome do Intestino Irritável (SII), distúrbio gastrointestinal caracterizado por dor abdominal e alterações do trânsito intestinal, sem que haja qualquer causa orgânica identificável. A ciência ainda trabalha para chegar à causa. Por si só, tal síndrome já aumenta o estado nervoso da pessoa. E vira um ciclo vicioso, em que um interfere sobre o outro.

        Penso que o uso de um antidepressivo seja importante para equilibrar o seu estado emocional, caso seja acometida facilmente pelo estresse, um dos fatores que agravam os sintomas da SII. O bom é que, conforme pesquisas médicas, tal síndrome não causa inflamações ou lesões no intestino, nem aumenta o risco de câncer intestinal. O que se sabe é que grande parte das pessoas vitimadas pela SII consegue controlar os seus sintomas através de mudanças na dieta, no estilo de vida e no controle do estresse.

        A pessoa acometida pela SII deve ter uma especial atenção, em relação ao que come, pois alguns alimentos deflagram a crise. Mas o que faz mal a uma pessoa, pode não fazer a outra, daí a necessidade de cada uma fazer a sua observação. Dentre os alimentos que podem provocar a crise estão: refrigerantes, repolho, brócolis, couve-flor, feijão, derivados de leite, cebola, trigo, cevada, centeio, alho-poró, alho, cebolinha, alcachofras, beterraba, erva-doce, ervilhas, chicória, pistache, castanha de caju, lentilhas, grão de bico, maçã, pera, manga, cereja, melancia, aspargos, mel, xarope de milho, damasco, nectarina, pêssego, ameixa, cogumelos, goma de mascar, glúten, etc. Observe quais deles não lhe fazem bem. Faça exercícios físicos regulares (caminhada, por exemplo) e beba água frequentemente, pois são muito importantes no controle da SII. Saiba também que a SII afeta um grande número de pessoas em todo o mundo.

        Sônia, o Cipralex é um antidepressivo, sim. Sua substância principal é o oxalato de escitalopram, hoje muito usada. É um dos remédios mais receitados pelos médicos. Eu mesma faço uso de tal substância ativa. No início, ele apresenta efeitos adversos que costumam passar, normalmente depois da segunda ou terceira semana de uso, mas há casos de pessoas que só sentem os bons efeitos depois de um mês ou mais. Por isso, é preciso ter paciência, pois alguns organismos demoram mais a reagir. E a sua volta ao médico no dia 22 de janeiro dá-lhe mais tempo para analisar a reação do antidepressivo em seu organismo. E não se sinta um zumbi, levante sua autoestima. Cuide de si com muito carinho. Você é a pessoa mais importante do mundo, pois é única. Avante, amiguinha de além-mar! Gostaria que lesse o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

        Amiguinha, não se sinta assim tão desalentada. Tenha paciência. O modo positivo com que encaramos os nossos problemas ajudam no nosso tratamento. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas saram com mais facilidade. A amargura causa-nos um grande mal. Acredite que tudo isso irá passar. Observe com carinho a sua alimentação. Procure viver com mais leveza, para evitar o estresse, aceite o tratamento como algo que irá melhorar a sua qualidade de vida. E se não gostar de um médico, mude para outro. Lembre-se de que a empatia entre paciente e médico é fundamental. Saiba também que voltará a dançar e ser divertida como era antes.

        Gostaria que voltasse a escrever-me, pois quero acompanhar o seu caso.

        Um grande beijo em seu coração,

        Lu

        1. Sonia Branco

          Muito Obrigada pelas palavras de alento, carinho e força.

          É a primeira vez que alguém me ouve e responde, ao final de 2 anos e tal de desespero.
          Quando digo que passo mal é verdade, dias sem conseguir meter pé na rua, completamente desorientada com dores e sintomas terríveis. Eu quero e tenho muita força para enfrentar, mas aqui a ajuda é muito negativa com médicos. Só queria que o antidepressivo ajudasse mesmo, porque estou farta de ter de mudar, e acho que isso me fez muito mal.

          Até janeiro, vou pedir a Deus que ele me dê animo, pois só tenho sentido sintomas contrários até agora, fiquei sem vontade para nada e muito muito mais triste. Eu acredito nele ainda e tenho fé que é com ele que vou ficar. Queria muito não ter de mudar de novo.

          Um Santo Natal, obrigada por estas palavras que me souberam a mel, e eu vou dar sempre notícias do meu caso, que tem sido complicado e ninguém até agora me conseguiu ajudar em momentos de muita angústia, mesmo.

          Muito muito obrigada pelas palavras 🙂

          Sonia

        2. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Fiquei muito feliz ao sentir um pouco de otimismo em suas palavras. Muitas vezes passamos por um longo deserto até encontrarmos um oásis. Enquanto há vida, há esperança. Saiba que os antidepressivos precisam de um tempo para adequarem-se ao organismo das pessoas. Para algumas demora menos, para outras demora mais. Há casos em que mudanças na dosagem são necessárias, assim com há casos em que faz-se necessária a mudança de substância. O psiquiatra não tem como saber qual é o antidepressivo que se adaptará a nosso organismo. Daí essa busca através de erros e acertos. Portanto, não se preocupe com isso, pois se trata de um comportamento normal, e não causa prejuízo algum à saúde.

          Sonequinha, em razão de sua SII, procure se manter o mais calma possível, uma vez que o estresse amplia os sintomas dessa síndrome. Como é que se faz isso? Procurando viver com mais leveza, não dando importância às coisas insignificantes, não cobrando muito de si e nem dos outros. Saiba que todos nós somos falhos, assim sendo, use o perdão em seu próprio benefício. Existem tantas doenças piores, que jogam as pessoas numa cama, até se definharem por completo. A gente precisa racionalizar, para não ficar achando que somos as pessoas mais infelizes do mundo. Nossa saúde depende do modo como encaramos a vida. Otimismo sempre! E se tiver que mudar de remédio novamente, aceite o fato com normalidade. Pense sempre que será para o seu bem. É muito melhor trocar o antidepressivo do que ficar jogando dinheiro fora. Esse tipo de remédio tem a função de trazer-nos equilíbrio. Se isso não estiver acontecendo, significa que o nosso organismo não aceita a substância. Todos nós passamos por isso. Veja os comentários.

          Obrigada pelos votos de Feliz Natal. Desejo o mesmo para você, seu esposo e filhinha. E não demore em trazer notícias para mim. Saiba que, mesmo de longe, estarei aqui torcendo por você.

          Abraços,

          Lu

        3. Sonia Branco

          Obrigada, querida.
          surgiu algo de novo que não sei se me pode ajudar.

          Eu já me queixo há tempos da bexiga e passou, mas fiz exames e deu uma bateria Klabsiella pneumunae: (Pior é que a colheita deu 1 milhão de baterias. A minha médica não mandou eu tomar remédio por causa do intestino e dos enjoos e mal-estar. Penso ser do cipralex que já tomo há 1 mês e dias em 20 mg como disse, porque o 10 mg já tomava e não resultou durante 2 mesitos. Agora receitaram, depois de novo exame, e ainda com mesmos valores antibiótico e eu passo mal com ele 🙂 Será que isto é normal? Pelo que li é uma infeção grave e eu estou a queixar hã tempos com reações físicas. Poderá ser estes efeitos que tenho da infeção e não só do cipralex?

          Bem, já viu como vai ser o meu Natal!? Força eu tenho muita, mas vem sempre algo que me deixa tristinha, amiga.
          Um beijo a todos do blog e que tudo corra bem. Votos de muita saúde e que o sorriso volte aos nossos rostos brevemente, a quem ainda não consegue sorrir, tenho certeza que um dia vamos estar aqui a escrever de outra forma.
          Obrigada, Lu Dias, pela boa vontade 🙂

        4. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          A implicação da bactéria à qual se refere é muito comum em infecções hospitalares (aparelho urinário e feridas), ou quando a pessoa encontra-se com a imunidade muito baixa, como deve ser o seu caso. Penso que deveria olhar com mais atenção o assunto, indo a um segundo médico. Toda infecção é grave, se não tratada, pois tende a espalhar-se pelo organismo. E, em se tratando das vias urinárias, a propagação é mais rápida ainda. Portanto, aconselho-a a procurar um hospital o mais rápido possível. Diga que está sentindo muitas dores. Não deixe de ver isso!

          Sônia, você não me disse se é de Portugal ou de outro país nosso irmão (Angola, Moçambique, Porto Príncipe, etc). Aguardo notícias quanto ao problema da bactéria.

          Abraços,

          Lu

          Pode causar pneumonia embora seja mais comum a sua implicação em infecções hospitalares (aparelho urinário e feridas), em particular em doente imunologicamente deprimidos como portadores do vírus HIV/AIDS.

        5. Sonia Branco

          Olá, minha querida. Sou de Portugal sim.
          Quanto a esta bactéria, tenho medicação antibiótica para tomar e um protetor gástrico, visto que ando com enjoos e isso. A médica mandou iniciar. Eu não sei porque aconteceu e já lá vai algum tempo, porque demoraram a passar a colheita. Vou iniciar mesmo o antibiótico em casa, pois se vou hospital também me receitam o mesmo.

          Isto aqui é um caos, e eu só espero, para além de ter de aguentar com o incômodo intestinal, que não suporto antibiótico, conseguir combater a bactéria. Não sei mesmo como isto aconteceu, mas eu tinha queixas de útero e pode ser algo ligado ou até mesmo ao intestino. Desde que tomo o mirena, há mais de 5 anos, começou a piorar porque tenho quistos. Agora a questão é: tomo antibiótico em casa que mandaram ou não? É que todos mandaram eu tomar:(. Tenho receio porque reajo mal do intestino e estômago , mas vou ter que tomar o tal protetor que também tem efeitos secundários. Vou ter de tomar uma semana e ver ao repetir análises se consegui combater. O que achas?

          Eu estou triste por isto acontecer eu me queixar e levar tempo amiga. Aqui no hospital e nesta fase do ano fazem-me o mesmo. Sou sincera, estou com medo, muito. Mas farmacêuticos dizem ser comum. Enfim… obrigada mais uma vez. Vou dando notícias. Inicio hoje de noite sem falta.

        6. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Elimine a palavra “medo” de sua vida, pois ela somente atrasa nossa caminhada. Portanto, faça o possível para não usá-la. Diz um filósofo, do qual não me lembro o nome, que nós somos aquilo que pensamos ser, ou seja, devemos cultivar pensamentos bons, mesmo diante das adversidades.

          O tratamento com antibiótico é muito simples. Ele é feito em casa, a menos que a pessoa encontre-se hospitalizada. Uso o protetor gástrico, conforme indicado pelo médico. Procure fazer uma alimentação saudável, bebendo muita água. Não há o que temer. Não tome com o estômago vazio.
          Irá dar tudo certo. E você estará firme para comemorar o Ano Novo. Nada de ficar triste. Viva apenas o momento presente.

          Abraços,

          Lu

        7. Sonia Branco

          Obrigada, querida.
          Eu vou eliminar a palavra sim, mas a tal só veio, porque o nome da bactéria e a minha pesquisa sobre ela me assusta.
          Mandaram eu tomar antibiótico sim, mas como me sinto mal com vômitos, já sem nada, com antibiótico não vai ser fácil aguentar, eu não aguento medicação forte e estou fraca, entende?

          Só queria saber como é possível ter isto em tão alta quantidade, e se resulta e não é grave o tratamento em casa? Minguem me disse nada, apenas para tomar o remédio.

          Enfim… Eu tenho força e muita, como já referi, mas são anos de desgaste físico e eu detesto me sentir doente… bahh. Obrigada mais uma vez, por saber que tenho com quem contar.
          A LU faz o quê posso perguntar? É médica? É um ser muito especial. Deus abençoe.
          Um santo Natal

          Sonia

        8. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Você pode tomar o antibiótico em casa, sem problema algum. É fato que possui a SII, mas tomando o protetor gástrico, irá ajudar muito nos desconfortos sentidos. A colheita deu alta, porque as bactérias multiplicam-se com muita facilidade. Daí a necessidade do antibiótico para combatê-las. E quanto mais frágil estiver o organismo, mais poderosas sentem-se as tais. Não deixe de medicar-se.

          Eu sou revisora de livros, blogueira, escritora e voluntária de órgãos que trabalham com serviços sociais… risos. Meu mundo é o das palavras. Quando criei este blog, meu intuito era apenas escrever sobre as mais diferentes formas de arte. Mas, ao escrever um artigo sobre depressão, o número de comentários foi tão grande (e eu respondo todos), que o blog passou a ter um fórum sobre o assunto. Vi que muitas pessoas precisavam de ajuda, de desabafar e, sobretudo, de alguém que as ouvisse de igual para igual. E é o que vem acontecendo. Mas se não sou médica, como falo sobre o assunto? São anos e anos de experiências vividas na própria pele e na de meus familiares pelo lado materno. Minha bisavó era depressiva, minha avó, minha mãe, umas seis tias e tios, uma enxurrada de primos… E eu, como tal, não poderia ficar fora dessa rica herança… risos. Mas com os antidepressivos maravilhosos que a medicina vem colocando no mercado, vivo muito bem. Também aprendi a olhar a vida com olhos indulgentes. Não posso querer ser a única humana a passar ilesa por este planeta Terra. Seria muita pretensão. O fato é que a minha querida “deprê” (nome carinhoso da minha amiga) e eu nos damos muito bem. Já passei por grande número de antidepressivos, pois com o tempo eles vão ficando fraco para o meu organismo. Agora estou nos braços do meu amado oxalato de escitalopram. Somos carne com unha. Fico sem o maridão, mas sem esse meu amante, jamais… risos.

          Lindinha, desejo-lhe também um feliz Natal e uma ótima semana de tratamento. Não se esqueça de conhecer outros assuntos do blog e recomendá-lo para seus amigos. Tenho vários leitores em Portugal.

          Abraços,

          Lu

        9. Sonia Branco

          Logo vi que só podia ser alguém que já passou na pele por muita coisa. Que força de vontade! Maravilha da natureza.
          Eu vou rezar para que aguente os sintomas que são terríveis, pois estou a perder peso e não consigo comer bem. Só apanhei medo pelo que li sobre assunto, e pensei logo que teria de ser internada, ou mesmo ter algo mais grave. Detesto medicação! Vou sem dúvida dar o site a conhecer, porque foi o primeiro em que escrevi e fui acolhida. Quanto à historia de vida,a minha não é diferente. Família já foi quase toda, a palavra cancro para mim é vulgar. Minha mãe escapou e avo também, o resto foi tudo, tios, etc.Espero que eu escape, tenho miomas e não vejo grande solução, já com a minha idade (42) e isso mexe comigo. Casei pela segunda vez depois de sofrer nesta vida, mas sempre com o maior sorriso do mundo. Quando estou bem, tudo está bem do meu lado, mas sinceramente não lembro mais disso. Por isso luto e já muito cansada de não entender o que me tirou o sorriso e a vontade de tudo. O meu corpo dá sinais e eu entendo que não está bem, só não aceito médicos que falam para o ar, e não respeitam o que pensamos. Eu ganhei fobia a medicação, porque já passei muito mal com ela, inclusive o meu intestino é fruto de uso mal feito de medicação ao longo dos anos. Por isso ter dito que queria ficar com o cipralex 25, e estou muito em baixo, por ele não me estar a dar essa alegria. Passar para outro depois de tanta mudança é duro e sacrifica o meu físico. Eu estou sem ponta de força no corpo, estômago dói, não há dia que passe bem, e não sou eu que estou neste corpo. A minha mente é forte, sou psicóloga de profissão, não exerço, mas dou de mim a todos os que posso. Menos a mim. Piora quando sabemos as coisas e não conseguimos ajudar e mesmo contrariar opiniões médicas.Em primeiro lugar está o que sentimos, ser levado em conta é meio caminho andado para a cura, e não vejo isso no atendimento médico.

          Amiga, se é que posso tratar-te assim, um artigo sobre isto seria uma mais valia. Eu não escrevo bem de todo e agora muito menos, mas tenho muita vontade de escrever um artigo um dia, só com tudo que passei e validar o mesmo. De certo que a amostra seria grande. Vejo pessoas em grupos de SII e de fibromialgia a sofrer horrores e a resposta é sempre mesma: desespero de não ter apoio. Vou sugerir o blog a esses grupos.

          Espero que não seja nada grave comigo, e que eu me aguente firme com mais medicação. Ate lá temos um cipralec que teima em não se dar bem comigo. Vou deixar para depois isso, e ver o que posso fazer. Tomei antes fluoxtina durante anos e já estava mal com ela, não entendo porque. Não queria antidepressivos fortes. Uma coisa de cada vez, agora vou aguentar na sanita(LOL) porque lá vem as minhas crises que são diárias, e sei que vem aí uma tempestade.

          Beijinho

        10. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Tenho a certeza de que irá dar tudo certo com o seu tratamento, sem tempestade alguma. Não se aflija. Quanto mais tranquila estiver, mais eficaz ele será e menos sofridos serão os efeitos colaterais. Relaxe seu corpo e pense positivamente. Sei que você tem sofrido muito ao longo dos anos com a SII. Imagino o que é vivenciar isso dia após dia. Mas não desanime. Procure levar a vida o mais tranquilamente possível. Não sofra por antecipação. Também tomei fluoxetina por muitos anos. Parei de usá-la quando passou a não fazer mais efeito. Os antidepressivos de hoje não são tão fortes como os de antigamente. A medicina está evoluindo cada vez mais nesse campo. E chegará o dia em que eles estarão ainda mais completos, com menos efeitos adversos. Quanto aos miomas, eles são muito comuns em mulheres, após o término do ciclo menstrual. Penso que seja difícil encontrar quem não os tenha. Que isso não seja motivo de preocupação para você. Já lhe bastam as que carrega. Faça apenas exames anuais de ultrassom endovaginal e tudo estará bem. Você falou sobre pessoas com problemas de fibromialgia, peça-lhes para tomar três a quatro Yakults (lactobacilos) diários. É uma maravilha!

          Pode me chamar de amiga, sim. Todas essas pessoas maravilhosas que vêm ao blog são mais do que amigas, são minhas irmãs de coração, estejam onde estiverem.

          Amiguinha, receba um grande abraço pela passagem do Natal. Estenda-o aos seus,

          Lu

      2. Sonia Branco

        Olá, Lu!
        Iniciei hoje o pantoprazol 20 mg em jejum e às 11 da manhã o antibiotico. Durante o dia até passou, mas agora… Já deu para ver que está tudo a correr mal, né? O meu problema são intestinos, e já começo a passar mal com barulhos imensos e parece que tenho um bebê a mexer, de tanto gás. Para digestão, mesmo comendo pouco, sinto dor forte e calores, e às vezes taquicardias e a cabeça toda rebentada, sem força no corpo. Casa de banho já não fui hoje, alterou logo tudo. Tomo pankreoflat para ajudar nos gases, mas acho que é medicação a mais. Às vezes acho que, de tão habituada estar, já fico aqui e por isso as coisas vão tão longe. De qualquer forma hospital não vale pena, só pioram e nos enervamos mais, por isso e aguentar e ver.

        Passei o meu primeiro Natal indisposta, mas há muitos que estão piores, por isso já só quero que isto passe e lutar pelo resto. Afeta-me o estar a perder peso demais amiga. Quanto ao útero, acaba por ser um problema grande, que já venho arrastando com médico, pois não quero ficar sem ele, e aqui não há outra solução no meu caso e idade. Em fevereiro terei de resolver, pois penso haver uma ligação dos quistos que tenho num ovário e pelo fato do meu mirena já estar a 6 anos no corpo, estar afetar o intestino e mesmo a parte psicológica, pois eu não tinha problemas desta forma. Caso o meu cipralex continuar a não funcionar, penso voltar a fluoxtina, não deve ser melhor no meu caso 🙁 Gostava de levar já alternativas a minha médica, em janeiro, que é nova e vai começar do zero comigo.

        Bem, vou estando por aqui amiga, e vou dando notícias. Espero que todos fiquem bem e sintam muita paz que é o que mais precisamos nestas e em todas as situações.

        Um beijinho de Portugal(Figueira da Foz). Quem sabe um dia nos possamos ver. Eu amo o Brasil. Não entendi que disseste para tomar. Eu estou a tomar o que aqui há e tenho bio kult probiótico apenas, pois não aconselham a tomar probiótico junto.
        🙂
        Beijo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Sonequinha

          Parabéns pela garra ao dar continuidade a seu tratamento, apesar de passar pelos contratempos da SII. Percebo que você é uma grande guerreira, que não se deixa abater, levando a vida adiante. Gosto de pessoas corajosas como você, que ainda se preocupam com os outros, e que fazem toda a diferença neste nosso planeta Terra.

          O fato de estar emagrecendo deve-se ao fato de comer muito pouco, aquém de sua necessidades. Peça a seu médico para lhe receitar uma alimentação leve, mas mais energética. Se puder comer (ou tomar) chocolate, com o máximo de cacau possível (80% por exemplo), seria uma boa saída. Ele é muito energético e bom para a saúde. Não me refiro aos achocolatados. Compre-o em casas de produtos naturais.

          Eu lhe havia dito que o uso de “Yakult” (alimento à base de leite desnatado, fermentado por lactobacilos selecionados, os exclusivos probióticos Lactobacillus casei Shirota, que resistem como nenhum outro à acidez do estômago e chegam vivos em maior quantidade ao intestino, para auxiliar na regularização das funções intestinais e na proteção do sistema digestório. A ingestão regular desse lactobacilo, juntamente com uma alimentação correta, contribui para uma vida muito mais saudável) é muito bom para quem tem fibromialgia. Deve tomar cerca de três a quatro pequenos frascos diários. Quanto ao Natal menos feliz, não se preocupe, pois muitos outros ainda virão.

          Alegra-me o fato de gostar do meu país. Um grande abraço a todos de Figueira da Foz. E coragem no seu tratamento!

          Abraços,

          Lu

        2. Ludmila Souza

          Boa tarde!

          Como havia comentado, meu médico trocou o escitalopram pela fluoxetina, porque quero engravidar novamente. Porém hoje faz 12 dias que estou tomando a fluoxetina e estou um pouco desanimada e com muitas náuseas. Será que é normal? E quanto tempo para o corpo acostumar?
          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ludmila

          Todos os antidepressivos possuem um período de efeitos adversos que dura, mais ou menos, duas semanas, variando de organismo para organismo. Portanto, você ainda se encontra no período de turbulência. Quando sair dele, todos os efeitos ruins também desaparecerão. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Coragem, amiga. Leia os comentários abaixo.

          Abraços,

          Lu

        4. Sonia Branco

          Olá, LU!
          Hoje venho aqui triste :(. Continuo com a toma diária do antibiótico que acaba só no dia 1 e sabe Deus o que me tenho aguentado com a síndrome. Passei na medica de urgência, porque ando muito fraca, sem força para nada, comecei a emagrecer muito, já não me olho ao espelho porque assusto a família 🙁 Nunca na vida pesei tão pouco, alimentação melhorou, controlada sempre, óbvio, com o pantoprazol, mas penso que me esta a camuflar os enjoos que sinto do cipralex.

          Eu tenho pânico em tirar e meter medicação, passo mal sempre com taquicardias e efeitos colaterais, e já não aguento estas, há tanto tempo num estado horrível por causa de mudanças de medicações, que me descontrolaram mais e mais a síndrome. Não posso estar no estado em que me encontro Lu, não sou eu, e tudo indica que é do medicamento, e eu a pensar que ia engordar muito, e já andava com receio de ler o que diziam sobre isso. Aguentei até agora, já vai mais de 1 mês com o aumento e mais 2 meses com a dose mínima. Tenho médico só em janeiro dia 22 e não sei quem é. Só indo urgências e aí cada um diz e faz uma coisa diferente.

          O que faço? Estou com 53 quilos, eu pesava 58, 59 e era pouco para mim. Tenho de acabar com o antibiótico, já não aguento mais. Não tenho vontade para nada, apesar de ser uma guerreira. Que vou fazer eu agora? Mudar medicação de novo? Não tenho forças para mais uma vez passar por isso. A minha cabeça é que sofre, e eu não entendo como rego tão mal a estes desajustes. Acreditava na medicação e deu nisto comigo… 🙁
          Ajuda-me a pensar, por favor.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          É claro que no seu caso, por ser portadora da SII, exige cuidados maiores. Quanto ao dia 1º, para dar fim no antibiótico, já está aí. Aguente mais um pouquinho e chegará lá. Imagino como deva estar sofrendo, mas irá conseguir vencer esta etapa. Coragem! Quanto ao peso, é muito mais fácil engordar do que emagrecer. Assim que passar a fase do antibiótico, você deverá preocupar-se com a sua alimentação, de modo a ganhar peso, uma vez que se acha muito magra.

          Amiguinha, o médico só mudará o seu antidepressivo, se for realmente necessário. Muitas vezes basta apenas um ajuste na dosagem. Fique calma e pense apenas no melhor. Nada de sofrer por antecipação. Lembre-se de que o modo como aceitamos os problemas é fundamental para ajudar no equilíbrio de nossa saúde.

          Acalme-se! Quanto maior o desespero, mais difíceis são as saídas. Manter a tranquilidade, trabalhar com o otimismo e a coragem são os melhores caminhos a serem seguidos. Nunca se esqueça disto. Trabalhe melhor essa sua cabecinha, para aceitar com otimismo todas as mudanças. Não permita que os pensamentos negativos direcionem sua vida. Tenho a certeza de que tudo dará certo. Logo estará querendo emagrecer… risos.

          Um grande abraço,

          Lu

        6. Sonia Branco

          Olá, Lu

          Durante este tempo como falei aqui tomei antibiótico e matei o bichinho graças a Deus :). Só os intestinos ficaram a sofrer. O cipralex teimava em não fazer efeito positivo, mas nessa semana a minha vontade de comer voltou com ajuda de protetor gástrico. Perdi muito peso.
          Depois veio o que mais me causava ansiedade, a ida ao ginecologista. Com miomas e 2 quistos num ovário, o médico resolveu retirar o mirena que já tinha 6 anos. Tirei e saí de lá com um sorriso e leveza que nem imagina. Não posso tomar pílula, e foi-me receitada a Alzalia, que não tem estrogênios e será a melhor forma de eu não ter grandes perdas de sangue e estabilizar a parte hormonal, se correr bem. No dia seguinte, eu a tomei logo no mesmo dia de noite, e passei o dia muito mal, só dormia com dores de cabeça e mais enjoos ainda. Sinto muita dor no corpo. Agora não sei no que vai dar, já vou no 3 dia e estou com pressão muito baixinha. Só espero que funcione, pois a outra alternativa será meter outro mirena e eu não queria. Ate lá sinto dor e não consigo ainda ter relações sexuais, o que me atormenta também.

          Quanto ao cipralex 20 mg, a consulta é este mês e não sei o que dizer à médica que não conheço. Sinto que ajudou na ansiedade, mas fico muito para baixo, e retirou-me vontade eu ser mais ativa; os enjoos e falta de apetite e perda de peso também influenciam, nunca sei como vou ter o dia seguinte, condicionam-me muito nas dores corporais.

          Outro problema é o meu intestino que, com tudo isto, já está a dar problemas, mesmo com probiótico. Fico a pensar então, o que me causa isto, porque assim tudo volta ao mesmo. Será do cipralex? O que digo eu à médica, visto que não queria mudanças? Será a entrada da pílula que é considerada mini pílula para pessoas com problemas, mas contem lactose, que pode causar problemas intestinais. Senti-me mal de novo no dia seguinte a toma, foi horrível.

          Aqui estou eu na minha luta e na procura de soluções para andar pelo meu pé, sem me refugiar em casa, porque parte dos dias eu saio à rua e vejo tudo a rodar e passo mal 🙁 Gostaria da sua opinião, LU. Aproveito para desejar a todos um ano feliz com muita saúde.
          Beijinho de Portugal e desta Portuguesa que já a tem no coração.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Estou feliz ao saber que você conseguiu tomar o antibiótico até o final, parabéns, grande guerreira. Imagino que não tenha sido fácil, mas você, com a coragem que lhe é peculiar deu conta do recado. Essa batalha você já venceu! O Cipralex (escitalopram) já começou a fazer efeito e isso é também muito bom. Esse remédio tanto pode causar aumento de peso como perda, assim como eu, você se encontra no grupo que perde. Mas cuidando bem de sua alimentação, isso não será um problema. Com o tempo, o organismo também volta a equilibrar-se. E que bom que tenha tirado o mirema, já que não estava a fazer-lhe bem, e já havia muito tempo que estava com ele. A pílula, com certeza, irá fazer-lhe bem. No início deve ser mesmo mais difícil, até que o organismo acostume-se, acabando também com o desconforto na hora de ter relações sexuais.

          Na consulta com a médica psiquiatra, fale-lhe como está se sentindo com o Cipralex. Escreva os sintomas para não se esquecer. É importante dizer há quanto tempo está tomando o remédio, pois alguns sintomas ruins só aparecem nas primeiras semanas, desaparecendo depois. Ela irá avaliá-la, através do que disser estar sentindo. Fale-lhe também sobre a nova pílula que está tomando.

          Sônia, o fato de estar saindo de casa é muito importante. A tontura irá passando com o tempo. Nosso corpo não pode ficar parado, inerte. Ele precisa de exercícios para torná-lo cada vez mais ativo e forte. Não abra mão dessas caminhadas, ainda que se sinta mal no início. Quando retornar da médica, conte-me como foi.

          Também lhe desejo um ano de 2016 repleto de coisas boas, sobretudo saúde, pois com o resto a gente ajeita-se.

          Abraços,

          Lu

        8. Sonia Branco

          Olá LU!
          Não tenho dito nada porque a coisa piorou para meu lado. O cipralex deve estar ainda a conversar com os meus neurônios: passo dia sem vontade de nada, cansada o que é estranho mesmo, mas eu resisti e continuo até a consulta. O DUI mirena foi retirado semana passada e o médico passou Alzalia, que devo tomar sem pausas. Vim de lá feliz, porque ele me disse que eu não ia tirar útero, o mais que podia acontecer era operar ovário com quistos. Passaram uns dias e estou mal em casa, com dores nas pernas, na cabeça, deixei de dormir de noite, e pior, com irritabilidade e uma choradeira sem fim. Eu tentei entrar em contato com ele e não respondeu. Procurei ajuda de um conhecido psiquiatra, e disse para resolver isso, porque era melhor não mexer na medicação, visto que estou assim desde a pílula. No entendo o que me aconteceu de pior, pois desde o cipralex eu emagreci muito, cheguei aos 53 quilos sem força alguma, e ando fazer vários exames e nada, só que me sinto sem forças. Agora tenho 2 problemas: o que faço com a pílula no meu caso que não tenho alternativas e o que faço com medicação que medico não queria andar a mexer nela, mas já disse que não tarda, acabo por ser medicada neste ponto de situação em que estou.

          Grande beijinho e espero pela resposta

        9. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Você precisa voltar ao médico que lhe receitou a pílula, pois somente ele poderá avaliar o que está acontecendo consigo. Pode ser que seu organismo não esteja adaptando a ela, tendo que mudar. O psiquiatra teve toda a razão em não mudar o antidepressivo, pois cada mudança gera novos problemas de adaptação. Marque um retorno para conversar com o dito. Você não poderia parar de tomar a pílula até uma nova consulta?

          Abraços,

          Lu

        10. Sonia Branco

          Olá Luzinha 🙂

          Eu não posso parar a pílula alzalia visto que tenho miomas, que fazem com que tenha muita mestruação, por isso tinha o mirena, mas ja estava fora de prazo e começou a causar muito efeito também a nivel intestinal. Tenho 2 quistos as custas do DIU que não sei se terei ainda de operar, vou fazer análises. Entretanto estou no fim da primeira carteira. A uma semana atrás até estava relativamente bem com fome, e isso e do nada deram-me cólicas de morrer de noite, com gases presos e barriga distendida, como tenho SII agravou talvez pela pílula. Neste momento não devo ter grandes alternativas sem ser esperar e falar com o médico, mas ainda não parei de sangrar aos poucos. ;( Está a ser complicado, nem imaginas, eu que pensava já estar a melhorar dos intestinos acontece isto que é horrivel. Dores de pernas, cabeça enjoos enfim… mas agora colicas e demais. Mais uma etapa, minha querida. Não sei onde vou buscar tanta força a sofrer, sem nada tomar para dor.
          Beijo bem grande e muita paz.

        11. LuDiasBH Autor do post

          Sônia

          Se a pílula é importante, não há mesmo como parar. É uma pena que não tenha dado certo com o DIU. Será que não existe algo mais novo no mercado, que não lhe traga efeitos colaterais? Converse com seu ginecologista. Eu imagino como deve ser difícil a vida de que tem SII, cheia de sacrifícios quanto à alimentação, sem falar nos efeitos ruins dos remédios. Com certeza seu médico haverá de lhe indicar um remédio que diminua suas dores. Mas não desanime, devagar irá conseguindo superar tais percalços. Vejo que é realmente uma mulher guerreira.

          Um grande abraço,

          Lu

  273. Marcel

    Oi Lu! Oi pessoal!

    Há 3 dias atrás descobri esse espaço transformador, cheio de depoimentos, cheio de histórias de vida. Hoje algo mágico aconteceu na minha vida! Estou no trigésimo quarto dia de exodus e o meu dia foi simplesmente incrível! Pela primeira vez senti a cabeça totalmente leve, sem quase nada de pensamentos ruins, quase nada mesmo e estou me sentindo muito bem! Meu organismo parece que está voltando ao normal e minha libido também, tudo em um dia só!

    Lu, meu coração está voltando a ter amor pelas pessoas importantes da minha vida! Não sei como algo tão repentino aconteceu de ontem para hoje, e inclusive ontem chorei muito no intervalo de lanche do trabalho, e rezei como nunca, e Deus me ouviu!

    Não sei como vou estar amanhã, mas só sei que o dia de hoje foi muito bom, o melhor dos dias até agora, e peço para todo mundo que está no começo do tratamento não desistir. Não desista gente! Tenha força que as coisas começam a acontecer apesar de ser uma luta difícil, a esperança por dias melhores tem que estar sempre em nossas orações, pois uma hora ou outra esses dias vão chegar, e hoje foi o meu primeiro!

    Lu, você mudou a minha vida desde o dia 16/12! Obrigado! Fiquem todos com Deus! Grande abraço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcel

      Que notícia maravilhosa, meu querido guerreiro POP! Você nem imagina como fico feliz!

      Você diz uma coisa certíssima: “Não sei como vou estar amanhã, mas só sei que o dia de hoje foi muito bom, o melhor dos dias até agora…”. É assim que é preciso viver: um dia de cada vez. Nada de botar nos ombros o fardo do passado ou do futuro. Quando vivemos bem o presente, já estamos preparando o futuro, portanto, não há porque se preocupar com ele. Nossa vida é o agora, pois é o nosso momento mais precioso.

      Amiguinho, o seu organismo e o remédio estão entrando nos eixos. Houve a aceitação esperada. Você diz: “Lu, meu coração está voltando a ter amor pelas pessoas importantes da minha vida!”. Esse amor nunca saiu de seu coração. Sempre esteve ali. Apenas estava tendo dificuldades em demonstrá-lo e em receber o amor dos que lhe são caros. O antidepressivo está equilibrando suas emoções, melhorando sua qualidade de vida.

      Marcel, tenho a certeza de que todos que lerem seu comentário irão ficar ainda mais otimistas. Quanto a mim, meu amiguinho, sou apenas uma imperceptível alavanca, diante de sua garra, coragem, otimismo, perseverança e amor a si, aos outros e ao mundo. Esse coração generoso merece toda a felicidade do mundo.

      Abraços,

      Lu

  274. Hélio

    Bom dia pessoal!

    Estou há 26 dias tomando o escitalopram, confesso que com uns 15 dias pensei em desistir e voltar à paroxítona, pois estava com muitos pensamentos acelerados e ruins. Alguns fatos importantes e agradáveis estão dando sinais, meu sono está voltando ao normal, os pensamentos ruins deram uma trégua. Estou satisfeito com o tratamento, espero que eu melhore cada dia mais.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      É isso mesmo, menino de ouro, é preciso esperar que o remédio e o corpo entrem num acordo. É o que começa a acontecer consigo. Algumas pessoas precisam de mais tempo para receber os bons resultados. Daqui para a frente as melhoras virão cada vez mais. Parabéns por continuar guerreiro, dando um exemplo maravilhoso para todos nós.

      Abraços,

      Lu

  275. Érica

    Olá, Lu!
    Minha mãe foi diagnosticada com depressão e com isso também veio o pânico, enfim, hoje ela está tomando o Escitalopram 10 mg de manhã, e à noite toma Queropax 25 mg. Faz 8 dias que ela está tomando e só piora. Hoje mesmo ela está como dopada, não levanta da cama, não come, nem bebe água. Não sei como vou fazer para tomar o remédio da noite, isso é normal? Ficar meio que dopada com o uso desses medicamentos?
    Aguardo uma resposta, pois estou desesperada, não quero que minha mãe vire um vegetal ou morra.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Érica

      Acalme-se, amiguinha. O início do tratamento é realmente ruim, com alguns ficando piores do que outros. Você já sabe que os efeitos adversos duram cerca de duas semanas, portanto, não há com que ficar preocupada. Depois eles irão desaparecendo e os bons vão chegando. No início, os sintomas pioram, mesmo. É preciso ter paciência para aguentar passar por isso. Gostaria que entrasse em contato com o médico de sua mãe e disse para ele como ela se encontra. Pode ser que a dosagem esteja alta para o organismo dela. Basta modificá-la para que ela fique bem. Acontece, sim, de algumas pessoas ficarem dopadas, quando isso acontece, é importante avisar o médico e ver o que ele diz.

      Érica, lembre-se de que o estado de equilíbrio ajuda a resolver os problemas, enquanto o desespero somente aumenta-os. Fique tranquila e entre em contato com o médico. Depois me escreva dizendo o que foi resolvido. Quando estiver mais tranquila, leia o artigo aqui no blog: INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Tudo vai dar certo! Fique tranquila!

      Abraços,

      Lu

      1. Érica

        Olá, Lu!
        Só vi seu comentário agora a noite. Ontem mesmo havia entrado em contato com a psiquiatra dela, que mandou tirar o Queropax dado à noite e somente deixar o Espran ( ESCITALOPRAM) pela manhã, e somente meio comprimido, ou seja, era 10 mg e agora ficará 5 mg. Ela estava dopada na sexta, hoje, sábado, a médica disse que era pra deixar sem remédio. Acho que para passar esse efeito que deu, somente amanhã, domingo, que começarei a dar meio comprimido. Ela sente a garganta fechando e não come quase nada e bebe pouca água, damos sopa na boca. Graças a Deus minha família ajuda muito. Sem ela eu não saberia como fazer. Você sabe se esse sintoma de garganta fechada e também o fato de não estar indo ao banheiro fazer o número 2 é normal? E isso vai passando até que melhore com o remédio? Obrigada pela resposta da pergunta anterior, fico feliz por ver que existe gente do bem ajudando o próximo. Que Deus abençoe.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Érica
          Sua atitude em procurar a psiquiatra foi muito acertada. No início do tratamento, esse contado precisa ser frequente. Você me pergunta sobre o fato de sua mãe não estar indo ao banheiro. O escitalopram tanto pode causar diarreia como intestino preso. E como ela está tomando pouca água e comendo quase nada, pode ser isso também. O problema da garganta fechada precisa ser visto com mais atenção, pois pode se tratar de uma reação alérgica. Observe se há inchaço na pele, língua, lábios ou face, ou se ela apresenta dificuldades para respirar ou engolir. Se isso estiver acontecendo, contate a médica. E se sentir que está muito grave, vá diretamente para um hospital com serviço de emergência.

          Érica, avalie melhor o problema da garganta fechando. Converse, se possível, ainda hoje com a médica. Se não conseguir falar com ela, e o problema estiver se agravando, leva sua mãe ao hospital. Se ela estiver tranquila, leve-a amanhã. Pode ser uma reação alérgica. Se fosse eu, não voltaria a dar, amanhã, o escitalopram a ela, sem uma avaliação médica, primeiro. Certo?

          Estarei aguardando notícias suas.

          Abraços,

          Lu

      2. Érica

        Olá
        Realmente antes mesmo de iniciar esse tratamento com o Escitaloplam, ela havia tomado outros antidepressivos e já reclamava da garganta fechando e já não fazia o número 2. O que me passaram algumas pessoas é que o pânico tem esse sintoma de garganta fechando e dificuldade para engolir. Dei ontem somente meio comprimido pra ela de manhã e ela ficou dopada. Não temos contato com a médica diariamente, acho que terei que dar à noite, para durante o dia ela ficar consciente. Vamos levar ela ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para verem a garganta dela, espero que dê tudo certo, pois estou sem esperanças de nada, cada vez ela piora,já faz 10 dias de medicação e nada, não sei o que está acontecendo, pois já era pra dar uma melhora.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Não vá acreditando na conversa das “pessoas”. Você precisa acreditar em quem possui um mínimo de conhecimento na área. A Síndrome do Pânico, quando em ação, dura apenas alguns minutos. O organismo volta ao normal assim que ela passa. Nenhum dos sintomas permanecem. Portanto, o sintoma de garganta fechando e dificuldade para engolir não está ligado a ela, se permanece mesmo depois do ataque haver passado. Nada a ver. Pode estar ligado a uma alergia ao remédio. E deve ser visto o mais rápido possível.

          Quanto ao efeito do antidepressivo, você já sabe que sua mãe ainda se encontra no período dos sintomas adversos, devendo esses começarem a passar depois de duas semanas. Portanto, não há como ter desesperança. Ela ainda se encontra na fase de piora, uma vez que só tem 10 dias de medicação. Você sabe disso, pois já passou pelo mesmo caso. A minha preocupação é que ela esteja com uma reação alérgica ao remédio, e, se assim for, deverá mudar para outro. Não deixe de levá-la à UPA e falar ao médico de uma possível reação ao remédio. Volto a lhe pedir para ler o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM com bastante atenção.

          Abraços,

          Lu

        2. Érica

          Olá, Lu!
          Infelizmente não conseguimos levar minha mãe ao UPA ontem, mas marcamos uma consulta com um outro médico para ver a troca do remédio e olhar a garganta dela, já que isso não é normal. Espero que dê tudo certo, logo retorno com o resultado. Abraços e beijos.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Não dê o escitalopram para ela, enquanto não fizer a consulta com o médico. Fale para ele que o remédio pode levar a esse sintoma, que é muito sério. Aguardo notícias.

          Abraços,

          Lu

        4. Érica

          Como mencionei no comentário anterior, levamos minha mãe em um médico mais competente. O que a outra havia dito sobre o fato de minha mãe estar com depressão moderada, esse outro falou que está com depressão profunda e pediu o internamento dela no hospital, para ela tomar soro por 2 dias, porque ela está totalmente desidratada, e ainda pediu para continuarmos com o Escitaloplam meio comprimido. Quanto à garganta, ele examinou e disse que não tem nada e nem no intestino, pelo fato de não estar indo ao banheiro. Agora vamos esperar pra ver se ela sai do hospital mais animada.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Agora estou me sentindo aliviada. Sua mãe irá sair do hospital ótima, assim que se hidratar. Não precisa mais ficar preocupada. O problema da garganta, na verdade, era psicológico. Ainda bem. O fato de não ir ao banheiro está ligado a falta de alimento. Assim que ela voltar a comer, tudo se regulariza. Fique tranquila. Tudo vai dar certo.

          Um grande abraço,

          Lu

        6. Érica

          Lu
          Verdade, agora estou calma por saber que ela está sob cuidados médicos, e quanto ao Escitalopram me parece que é um dos melhores remédios, pelas pesquisas que fiz. Creio em Deus que tudo dará certo. Logo volto para contar o que aconteceu com o passar dos dias. Acredito que sejam ótimas notícias. Obrigado pela atenção e carinho que você dedica a esse Blog e aos seus leitores.
          Beijos e um Feliz Natal!

        7. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Sua mãe só tende a melhorar. Pode dormir tranquila. Também agradeço o seu carinho e atenção.

          Abraços,

          Lu

        8. Érica

          Lu
          Tomara que sim, pelo que dizem minhas tias que estão a se revezar com ela no hospital, ela continua na mesma, com medo de tudo e não quer fazer nada, é preocupante, está lúcida mas não quer ir ao banheiro, não quer comer, só insistindo muito, desse jeito fica cansativo pra todos. Estamos todos exaustos, penso que se ela sai do hospital assim e volta pra casa, continuará não querendo comer, dai fica difícil uma melhora. Está tensa a cada dia, tomara que o remédio faça logo um efeito bom e que ela retome a vontade de viver.

        9. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          É preciso paciência, deixar que o remédio comece a mostrar seus efeitos positivos. Ela ainda se encontra na fase dos efeitos adversos, que duram cerca de 15 dias para alguns e para outros um tempo maior. Quando o antidepressivo começa a agir favoravelmente, não há como a pessoa continuar a mesma, pois as transformações acontecem seu cérebro.

          Amiguinha, dê o remédio na boca de sua mãe e observe se ela o engoliu, pois nessa fase é comum não aceitá-lo, fingir que o tomou e depois jogá-lo fora. Não deixe por conta dela. Imagino o cansaço pelo qual estão passando. Não é fácil. Minha mãe também era depressiva. Aguarde com paciência o bom efeito do remédio. Mantenha o equilíbrio emocional, pois ela precisa de um ambiente de paz. Tudo irá dar certo, não se preocupe. Sempre que possível, relate ao médico o estado de saúde dela.

          Repasse-me sempre notícias.

          Beijos,

          Lu

        10. Érica

          Olá, Lu!
          Retorno para escrever aqui, mas diariamente venho acompanhando o blog. Quanto à situação da minha mãe, ela ficou no hospital internada por 9 dias, saiu dia 31 de dezembro, ainda com medo. Hoje faz 29 dias que ela está tomando o Espran (Escitalopram) 10 mg e também no hospital o médico adicionou o Zopix (Olanzapina) 10 mg, para esquizofrenia. Diz ele que seria para retirar o medo dela mais rapidamente, pois suspeitava que ela tivesse desenvolvido a esquizofrenia, mas ele é cardiologista, trata depressão, mas não é especialista. Pelo que vi, a esquizofrenia se desencadeia até os 30 anos e minha mãe já tem 56, e agora que começou com sintomas de depressão. Você Lu que já tem bastante experiência com esse escitalopran me disse o seguinte na última postagem: “Quando o antidepressivo começa a agir favoravelmente, não há como a pessoa continuar a mesma, pois as transformações acontecem seu cérebro”.

          Como hoje faz 29 dias que ela está tomando o remédio, não vejo assim muita melhora ainda. Se deixar, ela quer ficar na cama o dia inteiro, come pouco ainda, não quer tomar banho (mas toma porque insisto), tem tido esquecimentos do tipo hoje mesmo ela me perguntou quantos anos eu tinha, o que me deixou um pouco apavorada, como assim ela esqueceu quantos anos eu tenho, sendo que sou filha dela. Minha pergunta é: Sendo que hoje faz 29 dias de medicação, em quanto tempo o Escitalopram faz um efeito 100%? Ou seja, ela volte ao normal, sem medo de sair de casa, com disposição para retomar a vida, Sei que tem pessoas que variam de 15 dias ou mais, mas qual será esse tempo para que o cérebro reaja? Obrigado e Beijos.

        11. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Que bom saber que a sua mãe já voltou para casa! Agora é ter muita paciência com ela. Não acredito que seu problema seja esquizofrenia, pois essa doença apresenta-se bem mais cedo. O ideal é que ela passe por um psiquiatra, para uma avaliação mais profunda. Ainda assim pode haver enganos, uma vez que não existem exames que comprovem a existência da esquizofrenia. Penso eu que ela teve uma depressão profunda, o que demanda um tempo maior de tratamento e acompanhamento médico.

          Quando uma pessoa toma um antidepressivo, ela tem que passar por alguma mudança significativa. Se isso não acontece, existe alguma falha: ou a dosagem não está de acordo ou o remédio não está agindo em seu organismo. Veja com o médico, se não é algum outro remédio que está deixando-a prostrada assim. Quanto ao apetite, o oxalato de escitalopram retira-o em algumas pessoas, enquanto em outras faz comer muito, mas com o tempo, o apetite irá voltando. O tempo normal de um antidepressivo começar a mostrar bons resultados é entre duas a três semanas, mas alguns organismos costumam levar mais tempo para reagir, principalmente quando a pessoa vem de um quadro depressivo muito agudo. E não existe efeito 100%, como explico no texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Não deixe de ler! Contudo, se notar que não está havendo mudanças na saúde sua mãe, converse com o psiquiatra que, provavelmente, irá mudar o remédio. O fato de não querer tomar banho ou sair de casa é muito comum em pessoas depressivas. Antes dessa crise, ela já havia tido alguma?

          Amiguinha, você deveria levar sua mãe a um psiquiatra, para ficar mais tranquila, e também para obter uma avaliação mais exata. Anote tudo sobre ela, seu comportamento, remédios que está tomando, etc, para ajudar o médico a formar um diagnóstico.

          Continuo aguardando notícias.

          Abraços,

          Lu

        12. Érica

          Lu
          No começo havíamos levado minha mãe a uma psiquiatra, que identificou como uma depressão moderada e receitou o escitalopram, mas como essa médica não havia muito suporte, ou seja, não atendia todos os dias e, quando ligávamos para perguntar algo a secretária dela não gostava, ai mudamos para um médico mais próximo que é cardiologista, mas trata depressão, várias pessoas se tratam com ele. Temos sim que procurar um outro psiquiatra e também um neurologista para fazer um eletro e uma tomografia, pois pode ser algo neurológico também e não sabemos. Sei que 100% não há melhora porque aliás nem quem não é depressivo é 100% feliz, pois todos têm altos e baixos. Essa é a primeira crise dela, antes disso era normal, cheia de disposição e vida. Quanto ao Zopix (Olanzapina) é para esquizofrenia e ela está tomando, diz o médico que é para tirar o medo dela mais rápido. É complicado ver uma pessoa assim, mas vejo alguns passos que deu uma pequena melhora, já se preocupa mais com meu filho, pergunta se ele mamou, e quando vou cozinhar feijão ela vai e me ajudar porque tem medo da panela explodir na minha cabeça kkkkkkkkkk. Tem tido uma pequena melhora ou média. Sei lá Lu, nem consigo mais avaliar, acho que por estar dentro da situação. E quanto esquecer de algo como minha idade, será normal?

        13. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Você tem razão ao ter deixado a psiquiatra. Se não sentimos empatia com um profissional, temos mesmo é que procurar outro. Um médico psiquiatra precisa dar suporte ao paciente até que ele se sinta bem com o remédio e caminhe sozinho. Ainda que o cardiologista trate depressão, aconselho-a a buscar um psiquiatra, que estuda exatamente os problemas do cérebro. Poderá buscar primeiro o neurologista, pois esse, não encontrando problema algum relativo à sua área, irá enviá-la para o psiquiatra. Costumam também medicar.

          Sei que não é fácil ver a mãe assim, quando antes era tão disposta. Mas isso irá passar, contudo é preciso que a família tenha bastante paciência e trate-a com muito carinho. Jamais mostre que ela está sendo um fardo. Veja que ela continua com as preocupações relativas à família, por isso, imagino que ao perguntar a sua idade, em razão de sua fraqueza, pode ter tido um lapso de esquecimento. Isso acontece com todo mundo, esquecer uma coisa ou outra. Não se preocupe, mas fique atenta para ver se isso se repete. Vá anotando tudo para dizer ao médico. Realmente, quando estamos convivendo com uma pessoa querida que se encontra doente, nosso estado emocional nem sempre nos permite avaliar com clareza. É normal! Quanto ao fato de ela estar se alimentando pouco, dê-lhe sucos, vitaminas, etc. Vou lhe passar por e-mail alguns artigos importantes.

          Veja também: http://www.saudemental.net/o_que_e_esquizofrenia.htm

          Abraços,

          Lu

    2. Érica

      Sim, vamos levá-la ao neurologista para pedir exames, mas eu acho que esquizofrenia não é, deve ser uma depressão profunda mesmo e enquanto isso ela continua tomando os remédios receitados. Acho que quem sofre mais nessa história sou eu, por ser filha sofro com mais intensidade, espero em Deus que tudo passe logo, e sei que Ele irá me atender. As irmãs dela pensam até que seria caso de internamento em uma clínica psiquiátrica, pois trabalho e ela fica sozinha em casa. A irmã dela vai lá umas duas vezes por dia ver como está. Na clínica iria ser a mesma coisa, continuar com os medicamentos, penso que seria caso de clínica se ela quisesse se matar, o que não é. Ela fala que quer melhorar, apesar de ficar sozinha enquanto trabalho. Minha tia até cogitou a possibilidade de eu sair do emprego, mas não posso, pois agora que ela esta doente só eu que trabalho, tenho um filho de 5 anos e tenho que comprar os remédios que precisa, aliás esse Zopix (Olanzapina) custa quase 200,00. Não tem como eu deixar de trabalhar, tenho vontade de ficar ao lado dela o tempo todo, mas não posso.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Érica

        Você está vivendo um momento delicado, mas tudo isso irá passar. Cultive a paciência e a fé. Quanto ao fato de ela ir para uma clínica, isso só seria possível com um parecer médico. Acredito que em casa ela irá se sentir muito melhor. O ambiente de uma clínica ou hospital é muito impessoal, e pode deixar a pessoa ainda mais para baixo. Somente em casos extremos é que se interna o doente com problemas psiquiátricos. Se você não pode conseguir uma licença do trabalho, precisa ficar trabalhando. Ao que me parece você é filha única. Deixe o telefone bem perto dela, para usá-lo em caso de necessidade. Ligue sempre para casa, mantendo contato. A ida da irmã duas vezes ao dia também ajuda muito. Peça também a uma vizinha para sempre dar uma olhada nela. Será que não consegue o Zopix num Posto de Saúde?

        Amiguinha, procure ficar o mais tranquila possível. Quando menos esperar, essa fase ruim já ficou no passado.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Érica

          É sim Lu, quando menos esperar essa fase ruim vai passar, se Deus quiser. Não agradeço por essa doença, mas vejo também as coisas positivas que trouxe, muitas coisas boas também aconteceram, e foi uma lição de vida para nós. Penso: que bom que eu pude retirar coisas boas de toda essa situação, pois isso mostra o quanto eu cresci, e posso continuar ajudando os outros que precisam. De uma coisa tenho a certeza, que Deus está conosco, nos guiando e protegendo. Logo volto a escrever para dar notícias.
          Obrigado, beijos e fique com Deus.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Parabéns por pensar assim. Você está sendo generosa consigo e com a vida. Sábios são aqueles que conseguem retirar ensinamentos mesmo na dor vivida.

          Abraços,

          Lu

        3. Érica

          Olá Lu!
          Ontem minha mãe teve retorno no cardiologista, que está a tratar da depressão dela. Ele falou que houve uma melhora de uns 50%, já que faz a comida, lava a louça, esta cuidando do meu filho de 5 anos (mas ainda ela fala que não sabe fazer as coisas direito e tudo vira um fardo), só que ele aumentou a dose do Escitalopram de 10 mg para 20 mg. Já fez 36 dias que ela esta tomando o Espran que é só 10 mg, ou seja, agora hoje comecei a dar 2 comprimidos de manhã pra para completar os 20 mg. Minha dúvida é: tem algum Escitalopram que eu possa comprar da próxima vez que já seja os 20 mg em um só comprimido? Pois me parece que esse Espran só tem com 10 mg mesmo, não sei direito, ainda não me informei.

        4. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Estou feliz com as boas notícias de sua mãe. Se já está fazendo tudo isso, significa que melhorou muito. Com o aumento da dosagem, ela, com certeza, ficará melhor. Como vê, as coisas, aos poucos, vão voltando à sua normalidade. Existe sim, o Escitalopram de 20 mg, num único comprimido. Fique tranquila quanto a isso. Continue me dando notícias.

          Abraços,

          Lu

        5. Érica

          É verdade, Lu, eu também estou feliz com a melhora que estou vendo em minha mãe (apesar que ela fala que não está melhorando), eu vejo que sim, só o fato de ela levantar da cama já é algo maravilhoso. O médico deu uma carta pra ela ir se tratar no CAPS que é um centro de Psiquiatria pelo SUS, pois não temos condições de ficar pagando sempre. Vamos ver se conseguimos pelo SUS. Por enquanto, eu ainda estou dando 2 comprimidos de 10 mg para fazer a dosagem certa de 20 mg, pois não posso perder esses comprimidos que tenho de 10 mg, depois que acabar vou comprar então um Escitalopram que seja já os 20 mg em um só comprimido. Vou dando notícias. Obrigado, beijos e até mais.

        6. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          A pessoa que está em tratamento, depois de uma crise tão aguda, demora a reconhecer que está melhorando, portanto, é normal que sua mãe sinta-se assim. Tenho a certeza de que ela conseguirá o tratamento pelo SUS, pois muita gente trata lá, desse mesmo problema. Ela poderá usar os dois comprimidos de 10 mg, sem problema algum. Depois, quando comprar, opte sempre pelo que estiver com o preço mais em conta.

          Beijos,

          Lu

        7. Érica

          Olá, Lu.

          Tenho uma dúvida e queria lhe perguntar a sua opinião. No começo da piora da depressão da minha mãe, eu na condição de filha desesperada fiquei muito nervosa, ao ponto de ter tido uma crise de nervos. Estava deitada no sofá de casa vendo TV e meu filho de 5 anos no outro sofá, a brincar com o Tablet dele, e minha mãe deitada na cama. Fiquei pensando em todo sofrimento e me deu muito medo dela morrer. Senti uma coisa muito ruim que desceu pro meu coração. Comecei a chorar muito com a mão no peito, daí meu filho começou a chorar (foi terrível, ficou assustado, imagina uma criança de 5 anos passar por tais situações). Minha mãe se levantou da cama para me acudir, mas ela não sabia o que fazer, pois eu segurava na mão dela e falava que tava tendo um treco, que ia morrer. Ela pegou meu celular e ia ligar para o pai do meu filho (somos namorados por 7 anos, temos um filho, mas ainda não moramos juntos), só que também ela não conseguia ligar, eu estava totalmente consciente da situação e pensava que até poderia ser bom essa crise de nervos, pois assim ela veria que eu poderia morrer se ela não melhorasse (pois achava que se ela quisesse melhorar ela poderia). Como estava consciente de tudo, eu mesma peguei o telefone e liguei pro meu namorado e ele veio em casa me socorrer. Quando senti que estava melhor, dei risada da situação, fiquei com dó do meu filho, pois ele com 5 anos teve uma atitude de gente grande de falar assim: “Ai meu Deus do céu o que eu faço agora”? Ele nem deveria estar passando.

          Lu, minha dúvida é: Será que por ver minha mãe naquela situação, e eu sou um pouco imatura às vezes, tendo medo dela morrer, pois tinha colocado na minha cabeça que ela iria morrer e não tinha mais jeito, o que eu tive foi um ataque de pânico ou só uma crise nervosa mesmo? Nem eu entendo até hoje o que tive. Sou muito nervosa, qualquer coisa me preocupa e me irrita, sou pavio curto e também fiquei com as pernas meio mole uma semana. Agora não sei se isso foi um ataque de pânico ou uma crise nervosa, o que você acha?

        8. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Quando nos encontramos extremamente preocupados, tendemos a perder o nosso equilíbrio. De repente, o fantasma de nosso medo transforma-se em algo real, a ponto de fazer com que percamos toda a nossa racionalidade. Aqueles pensamentos ruins foram se avolumando em sua cabeça até que explodiram. O ataque de pânico vem quando nem mesmo estamos pensando em algo ruim. Podemos estar numa festa e pum… Lá vem o danado acabar com a nossa paz. O que você teve, na minha modesta opinião, foi uma crise nervosa, advinda de seu sofrimento interior, de suas preocupações e de seus pensamentos obsessivos. Tanto é que, ao passar, tendo botado para fora toda a sua tensão, foi capaz de rir. Por isso, não podemos cultivar pensamentos ruins, pois nos fazem muito mal. Procure sempre o equilíbrio, pois é nele que mora a nossa felicidade.

          Um grande beijo,

          Lu

        9. Érica

          Olá, Lu.

          Verdade, era mesmo o que eu também pensava, pois o ataque de pânico vem do nada, e meu ataque foi uma crise nervosa mesmo. O que mais me preocupa nem é tanto a depressão, é o fato da minha mãe não conseguir ir ao banheiro fazer o número 2. Ela ficou um mês ou mais sem ir ao banheiro, fez lavagem intestinal no hospital daqui (eles colocam um supositório e injetam um líquido e a pessoa tem que ficar pelo menos uns 40 minutos sem soltar o líquido), mas não saiu nada depois. O médico disse que não tinha nada e ela também não sentia dor. Quando ela ficou internada em outra cidade fizeram Raio-X da barriga e o médico do hospital falou que tinha fezes no intestino. Foi feita outra lavagem diferente (uma mangueirinha injetava um remédio), ai sim depois ela fez um pouco. Depois de uns 4 ou 5 dias, ela fez mais um pouquinho, mas já se passaram uns 20 dias e nada de novo. O médico passou um laxante chamado Diltin, mas também não adiantou, só deu cólica e nada. Não sei o que pensar mais, porque antes ela não estava comendo direito, mas agora ela come mais verduras, carne, e bem pouca comida. Acho estranho tomar laxante e não sair nada, porque dissolve as fezes. O médico falou que, se tomasse o laxante e não resolvesse, tinha que fazer lavagem de novo, mas na vez que fizemos no hospital daqui não saiu nada, só machucaram ela e não obteve resultado. Não sei mais o que fazer, ela fala que sente vontade mas não sai, porque o ânus esta fechado. Minha tia falou que ela colocou isso na cabeça, que deve ser da depressão e do medo que ela sente, pois o ânus não tampa. Minha Mãe fala que está sim. Já tentamos de tudo, alimentação com frutas que soltam, e até laxante e nada adianta. Tenho medo agora dela morrer se não for ao banheiro, tenho medo constante de algo ruim acontecer.

        10. LuDiasBH Autor do post

          Menininhia Érica

          Nós já combinamos que a palavra “medo” iria sair de sua vida, pois ela é feia e chata.

          Há pessoas que possuem uma dificuldade imensa para defecar. Meu pai também era sim. Ele tomava colheres de óleo de rícino e usava supusitórios. E muitas vezes era preciso ir ao hospital fazer lavagem. O médico aconselhou-o, sobretudo, a tomar muito líquido (água, chá, sucos…), para amolecer as fezes. Lembro-me que devia colocar três ameixas num copo com água e, no dia seguinte, tomar a água e comê-las. Ele (o médico) era contra os laxantes, pois destroem a flora intestinal. Além disso, meu pai comia muito mamão e a bucha da laranja, e evitava banana prata e goiaba. Ele teve esse problema por anos a fio.

          Amiguinha, o antidepressivo também pode ocasionar prisão de ventre (dificuldade de evacuar, produzida por alteração do trânsito intestinal, e que gera retenção de fezes). Eu a aconselho a procurar um proctologista. Quando as fezes estão muito duras, elas formam uma barreira na saída do reto impedindo a saída de qualquer matéria fecal, ainda que tome laxante, deve ser por isso que ela diz que o ânus encontra-se fechado. Muitas vezes precisam ser retiradas. Portanto, não fique apavorada. Logo isso se resolverá. Faça com que ela tome bastante líquido.

          Leia a reportagem do link abaixo:

          http://br.innatia.com/c-doencas-frequentes-pt/a-como-combater-a-prisao-de-ventre-com-oleo-de-ricino-6773.html

          Beijos,

          Lu

        11. Érica

          Lu, eu sou meio medrosa mesmo!
          Minha mãe estava a comer bastante mamão, iogurte de ameixa, só água que acho que ela ainda toma pouco, mas enfim, ela só sente vontade de evacuar quando toma o laxante e mesmo assim não faz. Penso isso não ser normal ou será que por ela comer pouco não está juntando o suficiente para produzir fezes? Será isso possível? Já pesquisei muito sobre o assunto, mas não acho uma resposta satisfatória, só não vou levá-la fazer lavagem de novo porque só machucam ela, e também não sai nada. Era pra sair com a lavagem, não era? Será que não tem o suficiente, mesmo? Não sei o que fazer para a solução desse problema. Vale lembrar também que antes de setembro, quando começou a desencadear a depressão ela tinha o intestino normal.

        12. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Como lhe disse, o antidepressivo pode causar tal problema. E o fato de ela tomar pouco líquido ainda o agrava. Depois de tantos dias sem evacuar, faz-se necessário uma lavagem, para que as fezes não fiquem retidas muito tempo no organismo, trazendo outras consequências. Achei interessante o artigo sobre o qual eu lhe passo o link:

          http://pt.wikihow.com/Fazer-um-Enema-em-Casa

          Abraços,

          Lu

        13. Érica

          Lu, o problema é que ja fiz uma lavagem em casa antes dela ser internada, com Fleet Enema, mas não sabíamos fazer direito e ela soltou o líquido no vaso sanitário. Fomos ao hospital, repetiram o procedimento e ela ficou com o líquido uns 50 minutos, e não resolveu nada.
          Só deu resultado quando ficou internada e foi uma lavagem diferente com o remédio sendo introduzido pouco a pouco. Penso que eu se fizer em casa não dará resultado de novo,e ir ao hospital não, pois a cidade é pequena e não tem um atendimento bom. Quando ela ficou internada foi em outra cidade. Mas do que adianta fazer a lavagem sendo o intestino não voltou ao normal. É fazer e voltar pra casa e começar tudo de novo. Ela também diz que não vai ao hospital, pois sabe que não adianta e só a machucam. Sinceramente não sei mais o que fazer. Ela come pouco, mas deve ter alguma coisa pra fazer. Fico angustiada com tudo isso, ela não sente dor nem nada, mas acho estranho, pois uma hora ou outra a pessoa tem que fazer, tenho medo (como disse sou medrosa, rsrsrs) de dar um câncer no intestino ou perfurar o intestino.

        14. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Quando se fala em tratamento, não tem essa de “já fez e não deu certo”. É preciso trabalhar com paciência e fazer as coisas quantas vezes forem necessárias. O que não deu certo de uma vez pode dar de outra. Se vocês não sabiam fazer direito, agora já sabem. Não tem essa de “Penso que eu se fizer em casa não dará resultado de novo, e ir ao hospital não, pois a cidade é pequena e não tem um atendimento bom.”. Temos que trabalhar dentro de nossas possibilidades, com o que temos à mão, e não entregar o caso para o “destino” resolver. Nada disso! Não adianta lamentar dizendo que “Mas do que adianta fazer a lavagem sendo o intestino não voltou ao normal. É fazer e voltar pra casa e começar tudo de novo.”. Não é bem assim, pois a ação deve estar sempre no lugar da preocupação. Ainda que ela coma pouco, o intestino tem que trabalhar. Vou lhe dar mais umas dicas (e não vem dizer que não adianta e, por isso, não vai fazer):

          1- faça com que ela tome bastante água (caldo de feijão, suco, chá, vitamina, água pura…) durante o dia, cerca de dois litros;
          2- faça caminhada com ela para que estimular o intestino;
          3- dê-lhe frutas como laranja, mamão, banana caturra, ameixa seca, passas, etc;
          4- use supusitório de glicerina (ver a prescrição com o farmacêutico);
          5- faça o enema como ensina o link que lhe enviei;
          6- evite ficar falando com ela sobre o assunto, para não deixá-la psicologicamente perturbada;
          7- e se isso não resolver, procure um médico.

          Dê-me notícias!

          Abraços,

          Lu

        15. Érica

          Olá Lu.
          Bem que eu queria ficar em casa para poder fazer minha mãe tomar bastante líquidos, mas trabalho e ela fica com meu filho de 5 anos. Quanto à caminhada, nem sair no portão de casa quer, e ja foram 36 dias de Escitalopram, 10 mg mais 13 dias de Escitalopram na dosagem de 20 mg, no total de 49 dias. Se eu não mandar tomar banho ela não toma, fala que é difícil fazer tudo (minha tia diz que se ela não melhorar, tem que aprender a conviver assim), mas eu não acho, ela tem que voltar ao normal, afinal o remédio é pra isso? Dar qualidade de vida. Ela deve estar a melhorar muito. O Cardiologista falou que está com uns 50%.

          Em fevereiro vou levá-la ao psiquiatra, para ver como está com relação ao remédio e o que ele fala sobre a esquizofrenia. Ela está tomando o Olanzapina que o cardiologista passou, pois ele suspeitava que estivesse com esquizofrenia, mas como não é especialista em doenças da mente, vamos ter que procurar um psiquiatra, até mesmo para acompanhar o caso.

          Quanto ao intestino está difícil, porque ela é teimosa e fala que não adianta fazer nada, que nem remédios adiantará, nem lavagem, se queixa de estar tampado ou estreito o ânus, e por isso não passa nada. Marquei pra ela um gastro que é também proctologista, apesar que creio eu que irá falar sobre a alimentação. Não adianta ir no médico e chegar em casa e beber pouca água. Diz que não aguenta tomar muito. Ela tentou usar o supositório de glicerina no hospital, quando estava internada, e nem a enfermeira conseguiu colocar, pois não entrava. A própria enfermeira disse que não ia forçar, pois ia machucá-la (eu tinha tentado colocar primeiro, não conseguindo chamei a enfermeira, que também não teve sucesso). Havia algo que empurrava-o pra fora, podiam ser fezes endurecidas. Já faz um mês que ela saiu do hospital evacuou só um pouco, 5 dias depois que saiu, ou seja, faz quase um mês que não faz nada de novo. Resolvi marcar o gastro, vou ver o que ele fala, afinal não entendo muito sobre o assunto, e é preciso de um especialista para fazer um diagnóstico e indicar um tratamento. Logo dou notícias, espero que boas, abraços.

        16. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Percebo como tem sido difícil para você, trabalhar e ainda cuidar de sua mãe e do filho. É preciso ser uma grande mulher, nessas horas. Parabéns pela sua coragem e, com certeza, alcançará sucesso.

          Sua mãe é meio difícil, o que torna o tratamento mais demorado. Quando o paciente não se ajuda, o sofrimento é maior. Mas ela não tem culpa. Pode ser que o antidepressivo que está tomando não seja o apropriado para ela. Mas se já melhorou 50%, está notícia é ótima. O ideal mesmo é um psiquiatra, que fará uma avaliação de seu quadro com mais conhecimento. Conte para ele todo o histórico dela, dizendo-lhe o que já tomou (leve por escrito).

          Achei ótimo você ter marcado o gastroenterologista que também é proctologista. Conte-lhe toda a sua luta para que ela evacue. Diga-lhe que precisa saber o que realmente está acontecendo, uma vez que ela alega que o ânus está fechado, não podendo entrar e nem sair nada. Fale-lhe que até o supusitório de glicerina não entra. Isso será bom para ela, pois irá ouvir o que ele disser, e passará a fazer as coisas direitinho. Fale também que ela não gosta de tomar água.

          Minha querida, estou aguardando com ansiedade o parecer do gastro. Fique tranquila, tudo irá dar certo.

          Beijos,

          Lu

        17. Érica

          Olá, Lu.
          Sim, é muito difícil ter que trabalhar fora, trabalhar em casa e ainda cuidar de minha mãe que está doente e do meu filho de 5 anos, mas penso que o pior já passou e eu vou conseguir, se Deus quiser.

          Não sei como é a depressão de outras pessoas, mas ela sente muito as pernas moles, falta de força nas mãos, que ficam dormentes sempre. Você falou para eu levá-la fazer caminhada, mas não dá, ela não aguenta, se sente fraca. Ontem mesmo saé de casa um pouco com meu filho. E ela disse que foi levantar e sentiu tontura, só se lembra de quando estava a levantar do chão, não sabe se desmaiou ou se já caiu e levantou. É muito complicado mesmo. Algumas pessoas pensam que ela não faz as coisas porque não quer. Sei que isso não é verdade, pois sempre foi muito ativa, capinava o quintal, cortava pé de árvore, tudo o que você pode imaginar ela sabe fazer. Ela não faz é porque se sente fraca. Não sei como é a depressão de outras pessoas, mas a dela é assim. E ela sofre com isso, fala que era tão sadia e agora não pode fazer mais nada, nem limpar uma casa, nem dirigir que ela gostava tanto. Espero que logo consiga ter uma vida com qualidade.

          Beijos, até mais.

        18. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          O que a sua mãe relata é o que os depressivos sentem antes de fazer o tratamento. Só não consigo entender o poquê de ela ainda continuar assim, mesmo está tomando o antidepressivo. Penso que o remédio está fazendo pouco efeito. A ida ao psiquiatra será muito importante, pois ela terá uma avaliação mais profunda de seu caso. Talvez a mudança para outro remédio faça toda a diferença. O corpo da pessoa depressiva não pede para movimentar-se, como se tivesse perdido todo o seu tônus muscular. Ela só quer ficar quientinha, quietinha. E não se preocupe com o que as pessoas falam, pois muita gente não tem a menor ideia do que é a depressão, por isso falam pelos cotovelos.

          Érica, parabéns pela sua garra. Tenho a plena certeza de que dará conta do recado e verá sua mãe melhorar mais e mais. Coragem, amiguinha!

          Grande beijo,

          Lu

        19. Érica

          Olá Lu, tudo bem?

          Minha tia levou minha mãe ao gastro, que examinou a barriga dela e disse que nem parecia que era barriga de um mês sem evacuar. Fez exame de toque também e disse que ela não tem nada, nem tumor, nem câncer. Minha tia perguntou se não iria passar um exame, e ele disse que não era necessário, mas se ela quisesse ele passaria uma colonoscopia. Minha tia quis e ele passou. Disse que o problema dela é que os antidepressivos em si já ressecam, e ela come pouco e bebe pouca água, e que estava um pouco desidratada. Falou que as fezes que têm, ao que parece, não estão muito endurecidas, já que no exame de toque sujou a luva. Não passou nenhum remédio, porque disse que não irá adiantar, passou o exame.

          O problema é que minha mãe não quer fazer o exame, por um convênio, ele custa 290,00 reais, mas ele é bem mais caro uns 600,00 reais ou mais. Ela tem medo de fazer. Só com médicos e exames esse mês de fevereiro vou gastar uns 900,00 reais fora os remédios. Marquei a psiquiatra pra comecinho de março, (pena que tive que marcar a mesma que ela foi no começo, pois onde moro não tem nada, e tenho que ir em outra cidade). Não é que não gostei da psiquiatra, era a recepcionista dela que não dava muito suporte. Já vão fazer 56 dias hoje que ela toma o Escitalopram e o cardiologista aumentou a dose, mas ela não está a melhorar, está do mesmo jeito de quando foi na primeira vez ao psiquiatra. Começou a tomar o remédio, deu a piora, saiu da piora inicial e voltou a ficar como estava antes, mas agora dorme, antes não dormia. Sera que é o período de 56 dias do remédio que está ainda recente e não consegue ter uma boa melhora? Pois penso que já era pra estar bem. Ou será que não está a fazer efeito?

        20. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          A ida ao gastroenterologista foi ótima, pois retirou suas preocupações. E, se ele disse que não há necessidade de fazer o exame, não há com que se preocupar. O importante agora é fazer com que sua mãe tome bastante líquido. Há pessoas que têm uma tendência normal à constipação intestinal, sendo que o antidepressivo também contribui para isso, em certos organismo. Faça o seguinte acordo com ela: se tomar bastante líquido (água, suco, chá, água de coco…) você abrirá mão do exame de colonoscopia (que o gastro acha desnecessário). Tenho certeza de que ela acatará. Quanto ao antidepressivo, depois de 56 dias já era para sua mãe ter melhorado pelo menos um pouco. Portanto, é ótimo o seu reterno à psiquiatra para fazer uma reavaliação. Ela irá ver se é a dosagem tomada ou o remédio. Se for necessário, poderá mudar para outro. Relate-lhe também a dificuldade que sua mãe tem para evacuar.

          Amiguinha, sei que a barra tem sido difícil para você. Os gastos são altíssimos. Mas com a melhora de sua mãe, as coisas irão se equilibrando. Tenha paciência, pois este período bravo irá passar.

          Um grande abraço,

          Lu

        21. Érica

          Sim, Lu, acho que vou fazer esse acordo com ela: se ela beber bastante líquidos, não precisa fazer o exame. Mas o que me preocupa é o fato de não evacuar há mais de 30 dias. Acho estranho o fato de que o médico não passou nada, nem remédios, nem lavagem. Por isso minha tia me disse ser melhor fazer o exame para tirar a dúvida, mas mesmo assim, voltando no gastro para ele ver o exame, ele irá falar que não tem nada e não irá passar nada, será uma perca de dinheiro e tempo.

          Quanto ao Escitalopram, já esta na dosagem de 20 mg, creio eu que está na dosagem máxima, se não está a fazer efeito, a psiquiatra irá trocar. E vem outra piora. Espero que ela não fique de cama de novo para ter que ficar desidratada. Mas, se esse medicamento não funciona, é melhor trocar do que ficar com esse sem os efeitos esperados e desejados pela família. Então você acha que pelo médico não ter visto necessidade desse exame? Só passou porque minha tia insistiu muito mesmo, devo não levá-la para fazer? E o fato dela não evacuar e ele não passou nada para tomar ou fazer?

        22. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Em qualquer tratamento é fundamental trabalharmos com otimismo. Pelo descrito por você, senti que o gastro fez um exame bem feito, inclusive com toque. E, se ele notou que sua mãe está desidratada, é mais uma comprovação de que o organismo dela não está recebendo a quantidade de líquido devida. Se o antidepressivo já causa constipação intestinal, a falta de liquído aumenta ainda mais o problema. No seu lugar, eu não faria o exame agora, mas intensificaria a quantidade de líquido ingerida por ela. Esperaria mais um mês para ver como o organismo dela reagiria. Não há porque ficar gastando dinheiro à toa.

          Amiguinha, você está preocupada pelo fato de o gastro não ter passado remédio para sua mãe. Isso comprova o quanto ele se sentiu tranquilo em relação a ela, julgando que nem precisa de medicação. Sem falar que os gastros, de maneira geral, são contrários aos laxantes, pois esses acabam com a flora intestinal, abaixando a imunidade da pessoa. Continue fazendo com que ela tome bastante líquido e coma alimentos com fibra, e poderá fazer com que use o supusitório de glicerina para lubrificar a passagem das fezes. Quanto ao Escitalopram, se ele não estiver dando certo, o melhor é mudar para outro, em vez de ficar jogando fora. Procure sempre pensar positivamente.

          Érica, você me disse que sua mãe fica em casa somente com seu filho de cinco anos. Você já pensou na possibilidade de ela estar evacuando nesse meio tempo, mas diz que não, ou porque quer chamar a atenção da família para si ou, por que não se lembra? Esse tipo de comportamento é possível de acontecer, em se tratando de pessoas com problemas mentais. Se ela não estivesse evacuando, estaria com as feses duras (parecidas com as de cabrito) e não moles, como constatou o gastro. Não há a mínima possibilidade de uma pessoa não evacuar há 30 dias e estar com os intestinos limpos. Você deveria ver isso com mais atenção, mas sem falar nada com ela, ou dizer que está mentindo. Embora seja criança, dê um jeito de conversar com seu filho, para ver se a vovó vai ao banheiro, etc. Diga a ele que é um segredo entre vocês dois.

          Um grande abraço,

          Lu

        23. Érica

          Lu, eu também acho estranho isso, como o gastro disse, tem fezes moles e na própria calcinha às vezes fica com uma sujeirinha. Meu filho fica de olho nela, é muito esperto e se ela vai ao banheiro, ele vai atrás. Sabe como é criança né, até comigo faz isso, mas vou reforçar com ele para ficar mais de olho ainda.

          Quanto ao fato dela esquecer ou querer chamar a atenção acho que não, porque tem medo de ir aos médicos. Ontem até me implorou para não levá-la mais. Então creio eu que se ela estivesse evacuando, ela falaria para se livrar principalmente do exame. Mesmo os médicos falando que ela não tem nada, ela não acredita, fala que ninguém descobre o que tem. Ela não consegue chorar e nem sorrir. Mas realmente, a barriga dela não dói nem nada, por isso minha tia insiste em fazer o exame para ver, porque é estranho, pra onde está indo a comida que come? É um mistério.

        24. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          As pessoas que se encontram no estado de sua mãe, muitas vezes não dão conta do que fazem. Elas são acometidas por uma cisma desmedida. O pavor é tanto, que põem na cabeça uma coisa e acham que é verdade. Portanto, não é que sua mãe esteja mentindo, mas o medo de estar com alguma doença impede-a de perceber com clareza os fatos. E o “ter medo de ir ao médico” é o horror que tem de que ele descubra algo. E quando esse diz que está sem problema algum, não acredita, pois acha que está realmente com alguma doença. A calcinha suja é indicativo de que ela está evacuando. Como lhe disse, dê um tempo e observe, mas antes combine com ela para beber líquido. Não faça o exame agora, até pelo estado emocional dela. Espere que melhore.

          Amiguinha, com que doença sua mãe foi realmente diagnosticada?

          Abraços,

          Lu

        25. Érica

          Lu, eu não queria forçar minha mãe a fazer esse exame, pois já está com medo de tudo, coitada.

          No início, a psquiatra falou que ela estava com uma depressão moderada, e por isso ja não dormia há 3 meses, e também não evacuava. Passou o Escitalopram e um que se chama Hemifumarato de Quetiapina, mas ela começou a tomar e ficou grogue. A médica pediu para dar só o Escitalopram, ainda assim ela só ficava na cama. Levamos ao cardiologista que deixou o Escitalopram e pediu internamento, pois, segundo ele, ela ia morrer se ficasse mais um pouco em casa, pois estava sem comer, sem beber, ou seja, desidratada. Em alguns dias ele passou mais dois medicamentos para ela tomar, o Olanzapina, que segundo ele era pra tirar o medo. Ela tinha medo de tudo, falava que não ia tomar banho porque não tinha roupa, não queria sair nem pra fora. Ele falou que ela estava com Esquizofrenia e por isso receitou o Olanzapina e também um que se chama Prometazina, que é para não ficar com o corpo rígido, pois o Olanzapina pode dar esse efeito, mas esse prometazina é um antialérgico forte que dá sono.

          Agora ela toma tudo isso, e não ei se ela tem esquizofrenia, por isso vou levá-la à psiquiatra para ver se tira ou não esse Olanzapina. Ela tem medo ainda, mas não igual quando deu a piora. Não sei se o medo era da piora, ou, como diz o cardiologista, se ela está com esquizofrenia. E ainda esse Olanzapina é caro quase 200,00 reais e só com 28 comprimidos.

        26. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Os dois diagnósticos, totalmente diferentes, dão para deixar a família sem saber o que fazer. Ao retornar à psiquiatra, fale-lhe sobre o diagnóstico do cardiologista. Leve também a lista dos remédios que ela tomou e os que ainda toma. É bom escrever para não se esquecer de nada. Peça-lhe também um diagnóstico. Veja se ela confirma a esquizofrenia. Eu acho que a psiquiatra é a pessoa mais indicada para saber o que sua mãe realmente tem. Procure ver também se consegue os remédios em postos de saúde ou pelo menos com desconto, pois o tratamento é realmente muito caro. Estou torcendo para que cheguem a uma conclusão sobre a saúde dela, de modo que você possa ter mais tranquilidade.

          Abraços,

          Lu

        27. Érica

          Olá Lu.
          Uma vez eu consegui esse Olanzapina que custa quase 200,00 reais com a assistente social da minha cidade, mas dessa vez ela estava quase liberando de novo, mas uma mulher de lá disse que não poderia liberar mais, porque já tinha liberado uma vez. Perdoe-me o palavreado, mas a cidade em que moro tudo é uma porcaria, decidi largar mão de procurar ajuda pelo SUS, e pagar tudo particular mesmo. Se for por eles as pessoas morrem, então melhor eu gastar, nem que fico meio apertada com as contas, do que deixar minha mãe morrer na mão desses incompetentes daqui dessa cidade. Fico muito preocupada mesmo com a situação, mas tenho fé que tudo irá passar e ela irá voltar ao normal, todos falam que é só uma fase, que logo irá passar. Sinceramente, eu não sei, mas prefiro acreditar nisso, eu sempre falo que eu só quero minha mãe de volta como antes.

        28. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Entendo perfeitamente a sua revolta, mas o SUS hoje em dia é muito melhor do que antes. Sem falar que a Farmácia Popular vem ajudando muita gente. Minha prima, que é viúva e tem só um salário de aposentadoria, pega todos os seus medicamentos no SUS daqui, já é fichada. Mas lá não existe variedade de remédios para doenças mentais. Mas sei que na capital as coisas são bem diferentes do que no interior.

          Amiguinha, é preciso ter paciência, acreditar que tudo irá mudar para melhor. Tive a minha avó e depois minha mãe com depressão crônica, a vida inteira, e agora eu. E há milhares de pessoas assim em todas as partes do mundo. A aceitação dos fatos faz com que paciente e pessoas em derredor sofram menos. A revolta só aumenta a nossa dor. Faça o que tem de fazer, dê de si o máximo possível e sinta-se em paz com a sua consciência. Infelizmente, a Ciência ainda tem muito a descobrir. Jamais deixe sua mãe pensar que ela tem sido um “peso”. No caso dela, o amor, a compreensão e o carinho fazem toda a diferença. E eu sei que você é uma filha magnífica. Parabéns por tamanha dedicação. Você é filha única?

          Érica, estou aguardando com ansiedade o novo parecer da psiquiatra, para que ela possa botar mais clareza no problema de saúde de sua mãe. Assim fica mais fácil o tratamento. Aproveite o Carnaval para fazer com que ela beba bastante líquido. E procure ficar o mais possível tranquila. Acreditar sempre, este é o caminho da fé.

          Abrços,

          Lu

        29. Érica

          Lu
          Infelizmente aqui na minha cidade não tem acompanhamento psiquiátrico e nem psicológico, nem o remédio querem mais fornecer. Resolvi largar mão disso que só me causa mais sofrimento, ficar mendigando nossos direitos, sendo que era dever do governo dar o suporte necessário. O que mais me preocupa no momento é o fato de ela não estar indo ao banheiro como disse, combinei com ela se ela tomasse bastante água não precisaria fazer o exame de colonoscopia, e não vou levá-la porque está assustada. Mas fico pensando se seria bom ela fazer. Semana passada dei-lhe 2 lacto purgas de uma vez e também não resolveu. Ontem dei-lhe bastante líquido, 2 litros de água ela bebeu, hoje ela sentiu vontade de fazer, foi ao banheiro e não evacuou, só sangrou, ela tem hemorroidas, mas o médico falou que isso não está impedindo nada. Fico sem saber ao certo, agoniada, não durmo direito pensando em tudo isso, acordo angustiada, como me dizem, daqui a pouco eu é que estou doente de tanto pensar nisso.

          Suplico diariamente a Deus para tudo isso passar, se pelo menos ela conseguisse ir ao banheiro já era uma agonia a menos, por que a depressão é assustadora, mas sei que se tratada não mata. Sou medrosa e fico a pensar que minha mãe irá morrer a qualquer momento por causa de não estar indo ao banheiro. Desculpe escrever tanto a você, é que suas palavras me passam muita confiança, estou perdida, não vejo luz no fim do túnel, não vejo futuro, não desejo isso nem ao meu pior inimigo.

        30. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Minha doce amiguinha, tenha paciência. Não permita que emoções descontroladas tomem conta de sua vida. Vá com calma. Lembre-se de que é preciso que esteja bem para ajudar sua mãe. Desespero não leva a lugar algum. A razão tem que sobrepujar as emoções. Você tem buscado todos os caminhos e não tardará em obter retorno. Siga sempre em frente, mas não abra mão da fé e da paciência.

          Apesar de ter ido ao gastroenterologista e ele dizer que está tudo bem, você alega se sentir preocupada com o fato de sua mãe não evacuar. Assim sendo, para que fique tranquila, leve-a para fazer a colonoscopia. Assim tirará suas dúvidas de uma vez por todas e se sentirá aliviada. Nâo é preciso dizer-lhe irá fazer o exame. Diga-lhe que se trata de uma consulta rotineira. Chegando lá, elá será sedada e nem perceberá que fez o exame. Minha mãe fazia-o todo ano.

          Você diz: “Fico sem saber ao certo, agoniada, não durmo direito pensando em tudo isso, acordo angustiada, como me dizem, daqui a pouco eu é que estou doente de tanto pensar nisso.” As pessoas que lhe dizem que poderá adoecer têm toda a razão. É natural a preocupação com sua mãe, mas adoecer seria a última coisa que iria ajudá-la. Pense nisso com firmeza. Agora vejo a colonoscopia como um jeito de você se sentir mais tranquila do que para sua mãe. Portanto, a minha opinião passa a ser a mesma da sua tia: exija que ela a faça. Assim tirará esse peso de sua cabeça. Ficará tranquila e poderá dormir com tranquilidade. Marque-a assim que puder.

          Amiguinha, evite ficar dando laxantes a sua mãe, pois eles destroem a flora intestinal. Opte por supositórios de glicerina. E pode me escrever o tanto que quiser. Já gosto de você como se fosse uma irmã. Gostaria de saber se você tem mais irmãos, se sua família é grande e quantos mil habitantes tem na cidade onde mora. Escreva-me o tanto que sentir vontade. Lembre-se de que o futuro é a maneira como vivemos o presente. E, por mais difícil que sejam certos pedaços da vida, haverá sempre luz no fim do túnel.

          Beijos,

          Lu

        31. Érica

          Lu
          Sou filha única, minha cidade tem por volta de 13 mil habitantes, tenho tias, irmãs de minha mãe, que me ajudam, graças a Deus, pois sem elas eu não saberia como fazer as coisas.

          Penso que se ela fizer a colonoscopia e não der nada, levo no retorno ao gastro, para ele ver e falar as mesmas coisas que disse, nem assim vou ficar em paz, acho que o medo já se enraizou em mim, porque se ela não tem nada por que não vai ao banheiro? Eu sei que come pouca comida, mais era pro intestino ja ter se acostumado a esse ritmo.

          Ai Lu, sabe é tão sofrido ver quem amamos assim, quanto sofrimento nas nossas vidas, só Deus sabe o que estou passando, parece que esse pesadelo nunca vai ter fim, que nunca vou acordar disso. Minha tia me falou hoje que eu estou começand a ficar doente por pensar no problema demais. Não posso ficar doente, se não o que vai ser do meu filho, coitado, ele não tem culpa, nem eu, nem minha mãe, nem ninguém. Não sei por que isso está acontecendo nas nossas vidas. Eu só ficaria mais em paz, se ela conseguisse ir ao banheiro igual antes disso. Não sei o que está acontecendo com a mente dela, ela diz que não é culpa dela e eu sei disso. Só queria que ela se curasse e ter minha mãezinha de volta com toda a saúde que sempre teve.

        32. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Não fique brava comigo, mas agora vou ter que puxar a sua orelha. Não leve a mal o que eu lhe disser, pois só quero que acorde para a realidade. Não quero mais vê-la sofrer assim.

          Ao meu ver, na altura dos acontecimentos, você está precisando mais de tratamento do que sua mãe. E com urgência. Diz que não pode adoecer porque tem que cuidar dela e do filho, mas elimina todas as possibilidades de ajuda. Se não acredita em médicos, em exames, como é que quer ser ajudada? Eu prefiro trabalhar com com opções viáveis do que ficar “esperando milagres”. Você tem sido muito negativa, combate todas as possibilidades de ser ajudada, como se sentisse melhor no papel de vítima. A todas as sugestões oferecidas, você simplesmente diz que “não adianta”. Tomar bastante líquido não adianta, comer alimentos fibrosos não adianta, usar supositórios de glicerina também não, “não acreditei no que o gastroenterologista falou”, e diz: “mesmo se fizer a colonoscopia e não der nada, eu vou continuar achando que ela tem alguma coisa”. Acorde, menina! Não é assim que se age. Se é a força motriz de sua casa, ponha diesel (pensamentos) de boa qualidade na sua máquina (cérebro). Imagine o quanto você também vem dando trabalho para as suas tias, em vez de ajudá-las. Não há nada pior do que lidar com pessoas que só enxergam problemas, são negativas e acham que a vida só trouxe sofrimento para elas e que todo o resto do mundo navega na maior felicidade.

          Você diz no seu comentário: “Não sei por que isso está acontecendo nas nossas vidas.”. Amiguinha, o que acontece em sua vida acontece também na de todos nós. Não há quem não passe pelo sofrimento. Isso acontece em nossas vidas porque somos seres humanos. E porque somos todos iguais. Olhe em seu derredor, vá a um asilo, a uma casa de crianças com CA, a um presídio… Olhe para as pessoas morando nas calçadas das ruas, para os miseráveis a pedir esmolas… Abra os olhos para o mundo ao seu redor. E nem precisa ir à Síria ou aos países miseráveis da África, onde morrem de fome. Acorde, minha irmãzinha! Em que mundo você vive? Estou com uma jovem amiga com CA no fígado, pulmão e cérebro, ainda assim está lutando para viver. Mas você diz que não acredita no resultado do exame, se o médico disser que não há nada. Aí fica difícil!

          Você fecha o seu comentário: “Não sei o que está acontecendo com a mente dela, ela diz que não é culpa dela e eu sei disso. Só queria que ela se curasse e ter minha mãezinha de volta com toda a saúde que sempre teve.’

          É claro que não é culpa dela, mas, por favor, não permita que ela se sinta como um fardo. Tente levantar a sua autoestima, mostrar que é amada e que todos estão cuidando para que ela fique boa. Não choramingue perto dela. Você quer que ela se cure, então aja como “gente grande”. Se sentir que é preciso, busque ajuda médica para você. Mas assim não pode continuar, pois está se martirizando, como se fosse responsável pela doença de sua mãe. Érika, todas as mães adoecem. Eu, por exemplo, perdi a minha depois de ela ficar quatro meses no CTI com um AVC intestinal. E a sua está relativamente bem. Não há porque ficar nesse desespero que faz a ela, às tias e a você. Levante a cabeça e caminhe…

          Querida, não fique magoada comigo, pois a tenho como uma irmã e quero que mude seu foco para não sofrer assim, sem resultado algum. Quero apenas que olhe a vida com outros olhos. Caminhe… Prossiga… Acredite!

          Beijos,

          Lu

        33. Érica

          Bom dia, Lu!

          É verdade, eu tenho sido muito negativa desde que tudo isso aconteceu, algumas pessoas me falaram isso mesmo, mas é que são tantos problemas que não consigo tirar o foco e viver mais tranquila. Não fiquei brava, nem magoada com você, afinal é a verdade. A minha família, como dizem são todos loucos (risos), e acho que todos precisam de um tratamento, sim, inclusive eu, que sou agoniada e nervosa com tudo.

          Tenho uma grande novidade, ontem minha tia nos levou um mini supositório minilax e pediu para eu usá-lo nela, fiz isso a tarde e deu certo. Ela conseguiu evacuar, agora já que o médico disse que não tinha necessidade do exame de colonoscopia, e ela conseguiu, mesmo com a ajuda desse minilax, acho que não vou levá-la ao exame, que até estava marcado. Minha tia disse que é para eu observar se o intestino dela volta ao normal e, se eu quiser levá-la pra fazer o exame tudo bem, mas como ela tem medo, acho que vou desistir, até porque o médico não viu necessidade de fazê-lo. Também tive um sonho lindo, sonhei que minha Mmãe estava curada e bem, por coincidência ela também sonhou que estava curada da depressão. Quem sabe é Deus nos dando um sinal de que tudo vai dar certo.

          Hoje minha tia irá levá-la no neurologista para explicar a situação e pedir algum exame, pois pode se tratar também de outra coisa no cérebro, assim descartando essa hipótese, em março levo-a na psiquiatra novamente para avaliar seu caso. Estou achando o rosto dela melhor, antes ficava com uma expressão estranha, bem triste, de uns 2 dias para cá está com uma expressão amena, acho que isso é um sinal de melhora, não é? Ontem consegui dormir mais tranquila, conversei bastante com Deus e tive a confiança de que tudo irá dar certo sim.

          Abraços.

        34. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Essa é a irmãzinha que quero, cheia de otimismo e certa de que melhores dias virão. E a notícia de que ela conseguiu evacuar é ótima. Quanto mais relaxada ela se sentir, melhor os seus intestinos trabalharão. Prefira sempre os supositórios aos laxantes, pois esses destroem a flora intestinal. A ida ao neurologista será ótima. Você terá uma avaliação certa sobre o estado de saúde de sua mãe. E poderá ficar cada vez mais tranquila. Como vê, a partir do momento em que se tranquilizou, pode perceber que muitos caminhos vão se abrindo. E sempre repasse otimismo para ela.

          Que maravilha de sonhos! Você relaxou, dormiu bem e sonhou com coisas agradáveis. Ela também está mais bem relaxada, já acreditando na sua melhora. É assim que deve ser. Desespero não resolve nada, ao contrário, só atrapalha. Também não vejo necessidade do exame. Continue fazendo com que ela tome bastante líquido, coma alimentos com fibra e movimente-se. Observe-a, mas sem ser obsessiva. Se em algum tempo achar que seja necessário, faça-o, apenas para tranquilizar vocês.

          Eu sei que você é uma grande guerreira e uma filha dedicada. Venho acompanhando consigo toda a história. Confesso que estava muito preocupada com a sua saúde. Receei que não mais me procurasse. Fiquei muito feliz com o seu retorno, coraçãozinho de ouro. Quero saber o que o neurologista disse. Estarei aguardando.

          Um grande abraço,

          Lu

        35. Érica

          Oi Lu, tudo bem?
          Quanto tempo não, ja faz quase dois meses que não posto nada, mas sempre estou acompanhando o blog.
          Resolvi que minha mãe iria fazer a colonoscopia e marquei em uma clínica que pediu que ela tomasse em casa um litro de manitol puro, dei a ela tudo certo e lógico deu uma diarreia, que era pra dar mesmo pra limpar todo o intestino. Só que, como demorou um pouco o manitol para fazer efeito, liguei na clínica informando tudo e falaram que pela demora não daria mais para fazer o procedimento, então ela não fez o exame. Ficou mais de 7 dias com diarreia, usando até fralda, porque ela fazia sem perceber. Levei-a ao gastro que pediu o exame e disse que ela não poderia ter tomado manitol puro (e ainda eu perguntei na clínica se não tinha problema por ela estar desidratada, falaram que não) mais deu problema.

          O gastro examinou-a e disse que a barriga dela tinha uma massa, não sabendo ao certo o que era,chamou outro gastro para ver. Falaram que ela estava com um fecaloma na barriga (fezes endurecidas) e pediram o internamento dela no hospital. Internamos e no hospital, o médico e enfermeiras descobriram que a massa que estava na barriga era urina que a bexiga estava retendo. Minha mãe ficou internada 3 dias com sonda e o médico liberou para casa e pediu para levar ao urologista, levamos ele passou antibiótico, pediu exame de urina e deu infecção, tomou os antibióticos. Fez outro exame de urina e tinha acabado a infecção, retirou a sonda, mas depois de 2 dias a bexiga começou a reter urina de novo e colocaram sonda de novo. O urologista pediu para tomar um remédio para relaxar a bexiga. Passados 3 dias, retirou a sonda e não fez xixi de novo, colocou a sonda agora de novo, o médico pediu para tomar o remédio mais vezes ao dia. A psiquiatra antes dela tomar o manitol tinha mudado o antidepressivo dela de Oxalato de Escitalopram para Velanfaxina junto com Mirtazapina. Só comecei a dar depois que ela tomou o manitol.

          O urologista me disse que, como ela estava fraca, o manitol bagunçou. Conversei com ele que li na bula do Velanfaxina que dá retenção urinária. Ele me pediu pra voltar à psiquiatra e expor a situação. Fizemos isso e ela disse que não tem nenhum medicamento que ela possa passar que não retenha a urina, todos retem, a não ser o Oxalato de Escitalopram. Aí retornou com ele mas também deixou a Mirtazapina. E agora ainda pra piorar, está saindo soltando fezes sem sentir. Ontem coloquei um minilax pra sair tudo de uma vez e limpar o intestino.

          Resumindo, minha mãe está de sonda ainda por conta da urina que fica retida na bexiga, e voltou com o Oxalato de Escitalopram que não faz efeito para ela. Vou esperar e no começo de maio vou levá-la a outro psiquiatra para ver o caso, pois não sei se essa em que estamos levando está ajudando muito. E o exame de tomografia deu normal, o neurologista disse que da parte neurológica ela não tem nada. O que você acha Lu? Devo trocar de psquiatra? Desculpe o texto enorme é que fiquei muito tempo sem postar e juntou tudo.

        36. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Minha querida, a vida às vezes brinda-nos com muito sofrimento. Sei que não tem sido fácil para você passar por tudo isso. Mas, nesses contratempos, apareceu uma notícia ótima: ela não tem nada neurológico, como se pensava antes. Assim que forem resolvidos os outros problemas, ela ficará boa. Foi ótimo ter pedido a tomografia. Foi muito bom também descobrir o problema urinário e tratá-lo. Pense apenas nisso e siga em frente com coragem. Acho também que deveria levá-la a outro psiquiatra. Num caso tão complexo como esse, é sempre bom ouvir a opinião de outros profissionais. Se as informações forem a mesma da psiquiatra, volte depois para ela. Acredito que possa haver outro antidepressivo para ela usar, sem lhe trazer problemas urinários, que não seja o oxalato de escitalopram, pois no mercado há uma vasta gama de substâncias para tal fim.

          Érica, fiquei muito preocupada com seu sumiço. Obrigada por ter aparecido e dado-me notícias. Tudo irá ficar bem, agora que se descobriu as causas dos problemas de sua mãe. Forças, minha amiguinha.

          Beijos,

          Lu

        37. Érica

          Lu
          Eu estava até gostando do antidepressivo que a psiquiatra passou – o velanfaxina, pois percebi que minha mãe se alimentava um pouquinho melhor, mas a médica diz que o que dá fome é o outro antidepressivo que ela está tomando a mirtazapina. Vou levá-la em outro psiquiatra para ter uma segunda opinião do caso, pois me aconselharam a fazer isso e resolvi tentar, pois o oxalato de escitalopram não fez efeito nenhum para ela, que o usou por 3 meses seguidos e nada de melhora. A médica disse que pelo fato de a velanfaxina ser da mesma classe que outros, que na bula diz reter urina, ela não pode passar qualquer um, a não ser o escitalopram. A questão também que é um antidepressivo caro como todos sabem, se pelo menos desse algum resultado eu compraria com prazer. Ela continua apática como a própria médica disse, então vou tentar outro profissional e ver o que ele diz. Pode até ser uma coisa mais simples e essa outra médica não conseguiu identificar, quem sabe esse outro consegue achar a solução. Enquanto isso ela está a tomar o escitalopram de novo, só mês que vem vou ao outro psiquiatra.

          Lu, sumi porque está muito corrido pra mim, como você deve imaginar, fica tudo para eu fazer, mas sempre continuo acompanhando o blog e logo que puder darei notícias e espero que boas.

          Beijos e fique com Deus.

        38. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Você tem toda a razão, pois usar um antidepressivo que não faz efeito não vale a pena. Seria jogar dinheiro fora. Buscar a opinião de outro especialista será muito importante. Concordo plenamente com você. Tudo irá dar certo, seja sempre otimista.

          Querida, eu imagino como deve estar sendo a sua vida. Espero que logo logo possa levar uma vida com mais tranquilidade. Vou ficar torcendo para que encontre um profissional que ajude você a encontrar uma solução quanto ao remédio que deve ser usado por sua mãe. Muita força!

          Beijos,

          Lu

        39. Érica

          Oi, Lu
          Voltei com boas notícias, levei minha Mãe a um outro psiquiatra que me pareceu bem calmo, e nos explicou sobre a depressão e a serotonina. A outra psiquiatra só falava que tinha algo errado, mas não explicava direito, além disso o valor da consulta dela subiu muito.

          Ele nos disse que ia continuar com a medicação que minha mãe ja estava usando (escitalopram e a mirtazapina), mas pediu para aumentar a mirtazapina, que tem mais efeito sobre o sono e, segundo ele, dando um comprimido inteiro pode ser que ela não consiga dormir direito mas tenha maior eficácia na melhora da depressão, juntamente com o escitalopram que já está na dose máxima de 20 mg. Já dei a ela essa nova dosagem da mirtazapina e ela vem dormindo muito bem. Está ainda tomando remédio para conseguir urinar o que está fazendo normal. O urologista passou para ela tomar um suco de cranberry que custa 30 reais 2 litros e também comer as frutinhas. Como não tínhamos condições de comprar o suco, compramos apenas as frutinhas, segundo o médico, essa fruta para combate infecções e restabelece a bexiga dela.

          Liguei pro urologista e disse que o suco é muito caro, que não tenho condições de comprá-lo, e ele disse que não pode fazer nada, que era pra eu rezar. Achei estranha a atitude dele, que falou para comprar o suco somente em um lugar que indicou, pois nos outros não era bom. Descobri que o lugar indicado era a loja da mulher dele. Não comprei, minha mãe só vai comer a fruta. Percebo alguns sinais de melhora, de um mês pra cá venho notando sinais bons. Chego do serviço e ela já está fazendo o jantar, come normal, não reclama mais, não tem medo mais das coisas, até costurou a calça do meu filho que tinha descosturado, e sem eu pedir, e está evacuando normal também. Graças a Deus venho notando essas pequenas coisas, mas que para mim são grandes avanços. E quem sabe agora ela melhore mais. Quanto ao escitalopram o psiquiatra me disse que eu podia mandar manipular, que talvez sairia mais barato e realmente pago mais de 100 reais em uma caixa que dá pra um mês e no manipulado paguei 81 em 60 cápsulas que dão pra dois meses. O médico falou que não tem diferença dos de farmácia, encomendei mais agora esto na dúvida. O que você acha Lu? Os manipulados será que tem o mesmo efeito dos de farmácia?

        40. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Que bom encontrá-la por aqui e com tantas notícias boas. Sei como a vida tem sido difícil para você, mas guerreira como é, jamais desistirá.

          A mudança de médico foi ótima, ainda mais por um que tem o preço mais em conta. Eu sempre faço isso, pois o mercado é vasto. E muitos deles tentam manter o paciente o tempo todo pagando por receitas, sem jamais indagar sobre suas posses. O tal urologista é um tipinho bem medíocre e usurário. Às frutinhas você poderá juntar outros tipos de chás (chá verde, camomila, erva-doce, erva-cidreira,etc) pois eles são também diuréticos. Vá numa lojinha de produtos naturais e lá eles lhe informarão qual é o melhor chá para infecção urinária.

          Quanto aos remédios manipulados, já tomei muitos. Inclusive o meu marido toma um manipulado. Não se preocupe, e ainda saem bem mais baratos. O médico tem toda a razão. Escolha um laboratório que tenha um bom nome na cidade. Mesmo quando comprar o escitalopram em farmácia, escolha sempre o genérico que tiver com o melhor preço. Os manipulados possuem o mesmo efeito.

          Amiguinha, estou feliz com as melhoras de sua mãe. O progresso tem sido muito grande. Maravilha! Dê-lhe o meu abraço.

          Beijos,

          Lu

      2. Érica

        O betanecol que é para urina é manipulado também, ela o toma há dois meses já. A farmácia que faz esses manipulados é de confiança, por isso pedi também o escitalopram, e vou começar a dar o manipulado. Perguntei a você se era a mesma coisa, porque já ouvi falar que antidepressivos manipulados não têm o mesmo efeito. Estou muito feliz que ela está a melhorar, oro e agradeço a Deus por tudo, espero que logo ela se sinta bem melhor e volte a ser como antes.

        Beijos e que Deus lhe abençoe.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Essa conversa contra os manipulados muitas vezes parte de médicos que ganham dos laboratórios de remédios para indicá-los. Quanto tomava fluoxetina, só tomava manipulada. Se o laboratório de manipulação é bom, não tem com que se preocupar. Também fico feliz com a melhora apresentada por sua mãe. Estou torcendo por ela.

          Beijos,

          Lu

        2. Érica

          Olá, Lu!
          Faz 5 dias que minha Mãe está a comer 10 frutinhas de cranberry de manhã e 10 à tarde. Ela já não sente mais dor ao urinar. Me parece que essa frutinha é milagrosa mesmo. Dizem ser muito boa para infecção urinária, resolvi postar aqui, pois se alguém ou algum familiar estiver com problemas de infecção urinária podem comer sem problemas, tem também a opção de cápsulas, o suco (que é caro para se tomar direto) e as frutinhas secas. Optamos pelas frutinhas secas e já estou a dar o escitalopram manipulado pra ela. Em junho temos nova consulta com o psiquiatra, vamos ver o que ele fala.
          Beijos.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Que maravilha! Essa frutinha é mesmo maravilhosa! Há muitos artigos sobre ela na internet. Não se esqueça de dar muito líquido para sua mãe. Essa infecção que ela pegou foi em decorrência da época em que não queria comer ou beber líquido. Não se esqueça dos chás de camomila, erva-doce, hortelã, etc. Você se esqueceu da dar o nome da frutinha. Eu também não me lembro agora.

          Beijos,

          Lu

        4. Érica

          Lu
          Essa infecção pode ter sido sim, por ela ter ficado sem comer e beber, mas foi mais pelo uso da sonda urinária por um mês. Dizem que não é muito bom usar sonda por muito tempo. A frutinha milagrosa é “cranberry” e é encontrada em casas de produtos naturais na versão seca, e é uma delícia. Quando voltar ao urologista vou lhe falar que ela está a usar só a fruta. Alguns médicos pensam que somos ricos pra passar um suco caro que não podemos comprar, ele poderia ter dado também a opção de cápsulas, mais preferiu querer dar lucro pra mulher dele que vende o suco. Só Deus pra ter piedade de nós. Breve darei notícias.

          Beijos

        5. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Não resta dúvida de que a sonda também contribuiu para isso. Mas é mesmo um absurdo um médico prescrever um produto e dizer para só comprar num determinado lugar, pois é o “melhor”. Haja ganância. Trata-se de um fato realmente vergonhoso. Em nenhum momento ele pensa na situação financeira de seu cliente. O que lhe importa é o lucro. Poderia até ser denunciado por isso. Como já lhe disse, faça uso diário de outros chás.

          Um grande abraço,

          Lu

        6. Érica

          É verdade Lu, esse urologista não pensa na situação financeira dos pacientes, pois quando lhe falei que não tinha condições de comprar o suco e o que eu poderia fazer no caso, ele me disse: “Reze, eu não posso fazer nada, se você não comprar o suco, ela vai continuar tendo infecções”.
          Ele nem passou antibiótico, passou o suco para prevenir, e me falaram que ele é um dos melhores urologistas da cidade. Vou continuar com ele mesmo, porque creio eu que mais dois meses acaba o tratamento, mas minha vontade era de trocar de médico, não suporto esse povo ganancioso, que faz de tudo para ganhar dinheiro sem pensar nos outros. Existem bons médicos, mas para se achar um que tenha ética, compaixão dos pacientes e Deus no coração está difícil, Lu. A maioria só quer saber de ganhar cada vez mais.
          Só posso te dizer uma coisa, Deus está no controle e é bom saber disso.

          Beijos

        7. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Há gente sem ética em todas as profissões, mas encontrar alguém assim na medicina é muito triste. Quando a pessoa procura um médico, ela se encontra muito fragilizada, e é quando precisa de mais atenção e carinho. É por isso que hoje, erroneamente, as pessoas vêm buscando o Dr. Google, além dos preços escandalosos das consultas. Eles se acham deuses. Quanto à sua mãe, não se esqueça de fazer com que ela tome bastante líquido. Deixe sempre uma vasilha com água próxima à cama dela, à noite.

          Abraços,

          Lu

        8. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          É isso mesmo! A água limpa e hidrata o corpo.

          Beijos,

          Lu

        9. Érica

          Olá Lu.
          Estou muito triste, pois ontem fui demitida do meu emprego, tive que pedir pra ficar, quase implorar, pois, como você sabe, sou eu que sustento a casa, e se eu perdesse esse emprego, falei que iríamos passar até fome, pois dependo dele para sobreviver. Só por mês com minha mãe gasto uns 500 reais só de remédios e consultas. Meu patrão ficou com pena de mim, pois até chorei. Pensei na minha mãe e na situação toda e não me contive, mas todo mundo achou que fiz errado, minhas tias e meu noivo falaram que agora que eu implorei para ficar eles vão aproveitar me humilhar. Não sei se o que fiz foi o certo mesmo, pois agora estou me sentindo mal no ambiente de trabalho, pois não me querem aqui, estou aqui por pena. Faz 9 meses que estou aqui e não teria nem seguro desemprego, me sinto uma inútil, um lixo de pessoa. Quero te pedir um conselho como pessoa sábia e experiente que você é, você acha que o que eu fiz foi errado? Fiz isso por amor a minha mãe, pois pensei nela e tive medo de passarmos fome e ela ficar sem tratamento.

        10. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Parabéns pelo seu ato de humildade, desprovido de egoísmo, pensando mais em sua família do que em você. O livro dos cristãos (a Bíblia) fala muito sobre essa humildade brotada do fundo do coração. Se eu tinha respeito por você, na luta que travava para ajudar sua mãe, agora este respeito dobrou. Somente quem precisa sabe onde dói o calo. Há momentos em que é preciso passar por cima de nosso amor próprio, e ter a humildade de dizer aquilo que passa em nosso coração e na nossa vida. Você agiu corretamente ao mostrar a seu patrão o momento que vivia. Não tenha vergonha disso, pois só fez elevar a sua dignidade. Já tive muitos amigos que tiveram que passar por isso. Não se sinta pequena, mas um ser de enorme grandeza moral. Você foi simplesmente maravilhosa, guerreira, batalhadora e cheia de caráter. Ao contrário do que outros possam imaginar, a humildade é uma das mais belas virtudes. Só engrandece quem dela faz uso. Se deixasse o emprego, seu noivo e suas tias poderiam sustentá-las? E você gostaria de estar sendo um fardo para eles? Você não está no seu ambiente de trabalho por pena, mas pela coragem e humildade que demonstrou. Se era uma boa funcionária, seja agora ainda mais. Seu patrão foi um bom homem. Deve ser muito humano. Continue feliz no seu trabalho. Demonstre sua alegria por estar ali. Sinta-se digna por ter coragem de contar como tem sido sua vida. Não seja como aqueles que comem sardinha e rotam caviar.

          Eu quero lhe dar um abraço bem forte, minha amiguinha. Estou orgulhosa de você. Mas muitor orgulhosa, mesmo.

          Um beijo no seu coração,

          Lu

          Menina, eu a admiro muito. É uma pessoa extremamente humana e sincera! Gostaria de ter amigas como você, que sempre enobrecem a vida da gente.

        11. Érica

          Lu
          Ontem a noite me deu outra crise nervosa e chorei muito. Meu filho sofre junto. Decidi que iria pedir para me darem a conta, visto que já tinham dado, e eu pedi para ficar, e não estava mais me sentindo bem. Do que adianta eu ficar aqui desse jeito e também acabar com uma depressão? Cheguei hoje no emprego e falei para meu patrão, que estava me sentindo mal e não queria mais continuar no emprego, não queria ficar em um lugar que eu não era desejada. Ele me falou que não tinha nada a ver, que eu não precisava fazer isso, que essa decisão de me mandar embora foi pelo fato de eu ter saído muito para o médico com minha mãe. Como ela estava com sonda, teve semana que tive que faltar duas vezes. Eu concordo que a empresa precisa de mim dentro do horário e tudo, enfim ele ficou conversando comigo desde as 08;30 da manhã ate às 12:30, e me falou que não estava comigo por pena de mim, que patrão não tem pena de ninguém. Por duas vezes eu pedi pra ele me dar a conta, mas ele conversou muito comigo e me convenceu de ficar. Então resolvi ficar, estou um pouco magoada, é claro, mas não como ontem, eu tinha plano de sair mesmo e entendi que ele queria que agora eu ficasse. Então penso que se Deus quis assim Ele sabe o que faz. Acredito que tudo é por Deus.

          Obrigada pelos elogios que você me fez, nem mereço tudo isso, arrancou lágrimas de mim, mas de felicidade.

          Beijos

        12. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Sinto-me feliz ao saber que as coisas estão entrando nos eixos para você. Há momentos na vida em que é preciso ter muita paciência. Mas tudo se arruma. Todos nós passamos por isso. É o nosso equilíbrio que vai nos fazer sofrer mais ou menos. Depois dessa conversa com seu patrão, você só tem que ficar feliz. Mostrou que é uma excelente funcionária, pois se não o fosse, ele teria deixado que fosse embora. Sei que anda muito sensível em razão dos momentos difíceis que passou com sua mãe. Mas agora está tudo dando certo. Procure ser feliz junto de seu filho, sua mãe, noivo e familiares. Também seja alegre com seu patrão e colegas na empresa em que trabalha. Precisamos cultivar esse dom maravilhoso que Deus nos deu que é a alegria. Existe um provérbio que diz que “Alegria atrai alegria e tristeza atrai tristeza.”. Portanto, busquemos ser alegres, mesmo nos momentos de dificuldade.

          Você merece todos os elogios que lhe fiz. É uma pessoa generosa e pura. Vida nova, minha amiguinha. E não suma. Leia também o texto no blog: NA VIDA TUDO PASSA! TUDO MUDA! (procure em pesquisar ou no Google)

          Abraços,

          Lu

        13. Érica

          Lu
          Li o texto recomendado e adorei, serviu muito para mim. Você, como sempre, acerta nas recomendações de leitura. Sou muito abençoada por ter achado este blog e poder compartilhar minhas experiências e receber todo o carinho que você proporciona. Tem um ditado que diz: “Por que as pessoas mais legais moram longe?” Você poderia morar pertinho de mim, eu ia adorar conversar com você pessoalmente. E pode deixar que eu não vou sumir. Que Deus abençoe a todos nós.

          Beijos.

        14. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Existe no blog uma categoria que se chama ARTE DE VIVER. Nela estão os textos do tipo que leu e gostou. Clique no ÍNDICE, depois em ARTE DE VIVER. Encontrará leituras maravilhosas. Tenho a certeza de que irá gostar muito.

          A gente mora longe, mas o nosso coração está bem próximo. Continue lendo coisas boas para dar-lhe bastante força. Faça de cada dia, um novo dia.

          Beijos,

          Lu

        15. Érica

          Olá Lu, tudo bem?
          Levei minha mãe à consulta com o psiquiatra dia 10 de junho e ele pediu para agora voltar só de 3 em 3 meses, porque lhe falei que ir lá todo mês às vezes não tem muitas mudanças. Ele me passou as receitas dos remédios para os 3 meses. Ao meu ver, ela está ficando boa, pois já até está limpando e arrumando a casa, já briga com meu filho quando ele faz arte, está comendo muito bem, só ainda não engordou, pois com a depressão perdeu 20 quilos, era um pouco gordinha e agora está magra. O médico disse que, com o passar do tempo, o peso pode voltar ao normal, o cabelo também percebo que está a cair menos, ou seja, vejo melhoras nela, até pizza ela fez para nós esses dias. Estou feliz e espero que ela continue a melhorar e que ela volte a ser como antes.

          Beijos.

        16. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Que maravilha! Quantas mudanças boas! Daqui para frente só haverão melhoras. Pode ficar tranquila e tocar sua vida com alegria. Os quilos que perdeu, ela irá recuperando aos poucos. Se já está brigando com o neto é sinal de que está ótima. Continue me dando notícias.

          Beijos,

          Lu

        17. Érica

          Oi, Lu!

          Estou meio sumida mas nunca me esqueço de você e do blog. Minha mãe está ótima, o cabelo parou de cair, já engordou, o problema de bexiga também se resolveu com um medicamento e acompanhamento. Ela já limpa a casa, faz comida e cuida do meu filho. Ontem levei-a ao psiquiatra que me disse que ela teve uma melhora bem significativa, mas que terá que tomar o remédio por dois anos e meio ou mais, e eu teria que resolver se ela teria que parar para avaliar. Acho que quem deve resolver é ele que é o médico. Disse também que quem tem uma crise de depressão tem 50% de chances de ter outra. O que penso é que se for para retornar àquele estado crítico é melhor tomar remédio para o resto da vida.

          Saudades de você, sempre acompanho o blog. Feliz Natal e um 2017 cheio de coisas boas para todos nós.

          Beijos

        18. LuDiasBH Autor do post

          Érica

          Foi muito bom receber o seu comentário, pois sempre me perguntava como estaria sua mãe, você e seu filhinho. Sei que foram tempos muitos difíceis e sofridos os que passou, estando diariamente aqui conosco para conversar e diminuir sua ansiedade. Quanto ao fato de sua mãe parar ou não de tomar o medicamento daqui a dois anos e meio, não se preocupe com isso agora. Deixe as coisas acontecerem. Viva apenas um dia de cada vez. No tempo certo quem fará a avaliação é o médico e não você. E é verdade que quem já teve uma crise de depressão tem grandes probabilidades de ter outra. Mas isso não é coisa para encucar, pois também pode ser que tal crise nunca mais se repita. O importante é viver o dia de hoje o melhor possível. Certo?

          Também senti saudades suas. Agradeço os votos a mim dirigidos. Desejo o mesmo para você e família.

          Abraços,

          Lu

  276. Maria Costa

    Olá!

    Menina, minha história é longa, por isto nem vou começar a contar. Vou iniciar em julho, quando cismei em parar de tomar os remédios, pois os danados não faziam mais o efeito que eu precisava. Então pensei: Vou parar com tudo, de repente estou curada, né?

    Balela menina, passada uma semana sem a medicação, comecei a chorar à toa. Estava conversando num restaurante e aparecia aquele nó na garganta que vinha do peito. Minha família ficava assustada, e logo eu ria dizendo que não era nada, e não era mesmo, aquilo passava logo. Depois comecei a ficar muito aborrecida, irritada e triste com certas coisas, que antes nem ligava, a maioria delas me doíam o coração, me emocionavam. Eu estava sensível demais. Os remédios, que estava tomando anteriormente, haviam me tornado uma pedra bruta sem sentimentos, uma rocha que não sofria por nada. Pra você ter ideia, perdi uma irmã de forma repentina em 2010, e não chorei; perdi minha mãe depois de 100 dias no CTI, em dezembro de 2014 e meu irmão em abril de 2015, e não chorei. Pra ser sincera, quase não senti nada. Eu, então, me assustei com aquilo de por qualquer coisa começar a chorar como se fosse um bebezão.

    Voltei pro psiquiatra, oras bolas. Já de cara não gostei dela. É da Clinica de Família. Mostrei uma medicação que me fazia bem, que uma neurologista me receitara e ela nem tchum. Ficou impávida, e eu chorava as bicas, contando tudo que estava sentindo e ela só falava “calma, calma”. Receitou-me fluoxetina 20 mg, nortriptilina 25 mg e clorpromazina 25 mg. Tomo todos, juntamente com 0,50 mg de clonazepam à noite, o que foi uma beleza pra minha insônia maldita, e também parei de chorar à toa. Mas o sono que tenho à noite e durante o dia é um horror. Estou me sentindo exatamente igual a antes, sem graça, sem tesão, sem vontade fazer nada, acordando tarde, depois de “dormir 12 horas”, quer dizer durmo, acordo, durmo, acordo, acho que isso acontece umas 5 vezes durante as 12 horas que fico na cama, quando resolvo levantar, estou “trêbada” de sono ainda.

    Pior de tudo ver a casa de perna pro ar, precisar fazer e não aguentar nem pensar em me mover, imagina fazer alguma coisa. Só consigo preparar o almoço que fica pro jantar, porque acabo às 17 horas, sento em frente ao laptop e só levanto pra deitar. Que horror ler isso, me sinto uma múmia paralítica. Estou de saco cheio disso tudo, viu? Queria tanto ser feliz, ficar esperta, ter vontade sair de casa, cuidar dos meus afazeres domésticos, cuidar de mim mesma, mas nada disso acontece. Um enorme desânimo toma conta de mim, como se estivesse carregando 900 kg. Parece que estou só esperando os dias passarem, pra morrer. E já tenho 60 anos, mas com cabeça de 20/30 anos, está difícil viu?

    Ainda não consegui marcar uma volta à psiquiatra, o q acho vai demorar, sabe como é posto de saúde né? Tem que haver algo no mundo que possa me ajudar a melhorar, desde 2002 que sofro assim. Não suporto falar mais nisso. Chega de falar de tristeza, odeio dramas.

    Beijinhos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria

      Você pode não acreditar, mas dentro de si mora uma pessoa extremamente divertida, que, apesar das angústias passadas, consegue botar a cabeça para fora e rir de si mesma e do mundo. Perdoe-me, mas ao ler o seu comentário dei umas boas risadas pelo humor (às vezes negro), com que narra essa sua epopeia. Menina, você é maravilhosa e nem dá conta disso. Mas não irá ficar assim, pois vamos tirar essa garota fantástica, que se esconde dentro de si, e que se encontra doidinha para curtir a vida. Você não perde por esperar… risos.

      Quer dizer que a mocinha deu uma de psiquiatra e retirou os remédios por conta própria. Merecia umas boas palmadas. Mas dessa vez passa. Está perdoada! Mas que diabo de remédios eram esses que lhe tiravam toda a sensibilidade? Isso não pode acontecer. Os antidepressivos são para nos dar qualidade de vida e não para transformar-nos em robôs ou zumbis. Jamais podemos perder a nossa humanidade. O equilíbrio de nossas emoções é importante, até para trabalharmos com a razão, mas ficar embrutecida, isso não! Havia algo errado com os medicamentos, tendo você que comunicar o fato a seu médico. Durante seu tratamento mental é importante que o paciente repasse para seu psiquiatra tudo o que sente. De certa forma, essa sua parada foi importante, para que recuperasse as suas emoções. Tudo na nossa vida deve estar amparado pelo equilíbrio, o célebre Caminho do Meio tão buscado pelo Budismo. O fato de voltar a chorar foi muito importante, para que seu tratamento viesse a tomar um novo rumo. O “bebezão” passou a chorar por tudo que não tinha chorado antes. Havia muitas lágrimas estagnadas. A sensibilidade ficou a mil. E de novo houve a procura por medicamentos, como já era de esperar.

      A minha amiguinha não gostou do “nem tchum” da psiquiatra da Clínica da Família! E se a gente não sente empatia, já começa tudo errado, “ora bolas”… risos. Você derramando o mar pelos olhos e ela só pedindo “calma, calma”. Ainda bem que não lhe receitou aqueles remédios que estavam a transformá-la em pedra. Esses nunca mais! É fato que ela resolveu algumas coisinhas: fê-la parar de chorar à toa e acabou com a sua insônia. Mas não precisava jogá-la por tanto tempo nos braços de Morfeu. Sono em demasia é desequilíbrio. Nem excesso e nem falta, essa é a medida certa. Portanto, fofinha, se você está dormindo tanto assim, algo se encontra errado, novamente. Você se explica: “Estou me sentindo exatamente igual a antes, sem graça, sem tesão, sem vontade fazer nada, acordando tarde, depois de “dormir 12 horas”, quer dizer durmo, acordo, durmo, acordo, acho que isso acontece umas 5 vezes durante as 12 horas que fico na cama, quando resolvo levantar, estou “trêbada” de sono ainda.”. Com tanto sono assim, linda Maria, não sobra tempo para a graça, para a vontade de fazer alguma coisa e muito menos para a tesão. Essa é a primeira a tirar o time. Tesão nunca rimou com sono. Portanto, é preciso dar um jeito nisso. Nem que tenhamos de procurar o AAA, você não ficará mais “trêbada” de sono.

      Menina Maria, com tanto sono assim, nada mais normal do que deixar a casa de pernas pro ar. Não se sinta culpada. É preciso buscar a causa do problema. Depois a gente dá um jeito na casa. Você só não me contou como é que sai o almoço. Salgado? Insosso? Açúcar no lugar do sal? Alguém sobrevive depois de ingeri-lo? Brincadeira, minha amiguinha!

      “Que horror ler isso, me sinto uma múmia paralítica.”. Poxa, Mary, além de múmia ainda tem que ser paralítica? (Hahahahahahaha). Não consegui conter o riso. Você é simplesmente fantástica. Você também diz: “Estou de saco cheio disso tudo, viu? Queria tanto ser feliz, ficar esperta, ter vontade sair de casa, cuidar dos meus afazeres domésticos, cuidar de mim mesma, mas nada disso acontece.”. Minha amada, os desejos aqui expressos já são meio caminho andado para a sua volta à vida plena. Você quer mudar, ser feliz, ficar de bem com a vida. Agora, só faltam os remédios corretos. O peso que sente é do descontentamento com o modo que está a viver. E isso é bom, pois significa que não se entregou ao desânimo, que há vida pulsante dentro de si, querendo se libertar desse marasmo. A menina bem humorada que pôs a cabecinha de fora que viver plenamente. Ela está aguardando esse momento. Fico mais feliz com as pessoas que se recusam a continuar para baixo. Estou orgulhosa de você. É isso aí, vida para frente!

      Maria, você irá voltar à sua psiquiatra (gostaria que fosse um psiquiatra diferente, já que não teve empatia com essa) e contar-lhe tintim por tintim sobre o estado em que se encontra. Anote tudo, para não se esquecer. Tenho a certeza de que algum dos remédios será suspenso, retirando-a dessa indolência e soneira. Pode ser também que as doses sejam reduzidas. Quando a dose está muito alta, pode acontecer isso. Mas, por favor, não pare sem o consentimento médico. Aguente mão. Tenha a certeza de que irá ficar ótima. Acredite. Quero convidá-la para ser uma garota POP (paciente, otimista e persistente). O nosso lema aqui é esse!

      Minha amiga, adorei receber o seu comentário. Quero que volte muitas vezes aqui. Não se sinta só. Todos nós continuamos na busca por qualidade de vida. A medicina está cada vez mais adiantada, com novos remédios no mercado. Muitas vezes sofremos muito, até acertar “naquele” especial. Também tomei fluoxetina por muito tempo, até que passou a não fazer mais efeito. Hoje uso oxalato de escitalopram e estou me sentindo ótima. Minha genética não é fácil, somos muitos depressivos na família. Mas sigo remando. Lembre-se de que é preciso acreditar. Leia os comentários aqui e verá que estamos todos cheios de esperança.

      Menina POP, receba o meu grande abraço,

      Lu

      1. Maria Costa

        Querida Lu,
        Que bom que fiz alguém rir, eu mesma não rio facilmente, quer dizer, tem dia que estou “camacaca” e acabo me divertindo e divertindo quem está ao meu lado, mas tenho mais contras que pros pra ficar alegre, e é tão difícil acontecer que nem tem graça. Tenho muitos problemas de saúde e familiares, vou relacionar só os de saúde pra me livrar um pouco deles…rsss…psoríase, tive otite desde criança durante muitos anos acarretando perda de audição (uso aparelho), preciso operar catarata desde 2010 que está incomodando, glaucoma, renite com desvio de septo e carne no nariz, coisa boba… kkkk, pressão alta, e depressão que o médico disse uma vez que será pra vida toda.. Tá bom procê? rsssss, acho que não vou morrer de nada disso.

        Fiz uns planos de vida, espero viver 90 anos já vivi, 2/3, estou vivendo o 3º do 60, que fiz em outubro, aos 90. Muita pretensão a minha, né? Mas vou vivendo, quem sabe dá certo? Os últimos remédios que tomei foram paroxetina, velija 30 mg de 12/12 hrs e 0,05 de clonazepam, mas com a morte de mamãe, a insônia ficou doida, então a neuro me receitava zolpdem de 10, só dormia assim. O velija me fez muito bem porque as dores sumiram e não voltaram, quando parei de tomá-lo, felizmente. O que me tira do sério é a insônia, mas com a nova medicação estou conseguindo dormir, porem fico lerda no pouco do dia que sobra. Segunda-feira tenho consulta com a clínica geral, veremos se ela muda essas drogas e me dá algo pra eu ter ânimo, alegria e vontade viver até os 90 anos..rsss.

        Tive que procurar um psiquiatra porque a neuro que me atendia era uma estúpida, que não me receitava mais nenhum remédio além daqueles citados acima, e brigava muito comigo. Eu saía de lá arrasada. Me sentia culpada de ser doente. Por isso parei de tomar os remédios, ela dava a entender que eu não estava mais doente, apenas me fazendo de vítima pra pegar receita. Ah sei lá, acho q era mais doida que eu..rss

        Quero lhe pedir a permissão para de vez em quando vir aqui contar meu dia, meus problemas, minhas alegrias, como se fosse uma terapia, amei a acolhida que tive, e acho que vamos nos dar bem, não me envergonho de contar-lhe minhas agruras. Amanhã tenho que ir num lugar resolver uma coisa, a noite eu te conto se deu certo ou não.

        Beijinhos
        Maria

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Que bom tê-la de volta. Venha quantas vezes quiser, escreva sempre e se sinta em casa. Aqui não existe qualquer tipo de cerimônia. Pode ir entrando e acomodando-se.

          Menina, de vez em quando a vida escolhe alguns para levar uma carga maior. Dizem os sábios que somente aos fortes são dadas as cargas mais pesadas. Então, minha querida amiga, você é um deles. Curvo-me diante de seu escudo de guerreira. A minha depressão é genética. Herdei este precioso tesouro de minha família materna. Essa herança maravilhosa vem passando de geração a geração de minha família. E para que não nos esqueçamos dessa fortuna, temos que tomar antidepressivo “forever”… risos. Como disse num comentário aqui no blog, a gente até já se tornou amigas. Não a chamo mais de “depressão”, mas de “deprê”. É um tratamento mais carinhoso para com uma amiga e companheira de adolescência. Viramos carne com unha. Mas há muito tempo que ela não me visita. Penso que seja o grande número de amigos que faz a cada dia, mundo afora.

          Com esse seu espírito guerreiro, irá ultrapassar os cem, minha amiga. Não tenha dúvida disso. Tenho uma tia que fez 105 anos em agosto. E ainda faz crochê. Ela é muito fofa. Foi muito sofrida, perdeu o marido ainda muito nova, criou um monte de gente, e está aí, firme e forte.

          Existem alguns profissionais da área médica que deveriam estar numa estrebaria, tamanho é o descaso com o paciente e a arrogância. Assim como há gente maravilhosa. Temos que dar sorte. Eu, se não gosto, procuro outro. Imagine, alguém fazer chilique para pegar uma receita! Deveria ser abilolada, mesmo!

          Poderá vir aqui o quanto quiser. Dividindo nossos problemas, ou até mesmo falando sobre eles, aliviamos nossa carga. E este cantinho é para isso. Já estou curiosa com o resultado de sua visita… risos. Não tarde em me contar.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Maria Costa

        Querida,
        A vida parece um mar com ondas crespas e gigantescas, nas quais nós caímos e muitas vezes não conseguimos emergir, ou quem sabe a vida seja comparada a areia movediça na qual quanto mais nos mexemos mais afundamo-nos. Estou assim hoje, neste dilema, nesta vida cheia de pessoas que ficam tão zangadas com a gente, que parecem ondas encrespadas, e toda vez acontece a mesma coisa, tento sair mas acabo me afundando mais ainda, porque não sou fácil de lidar. Dizem que sou estúpida e burra. Devo ser mesmo, tenho que parar de dar trela, parar de discutir com pessoas que parecem sãs, mas que são mais doentes que eu.Tenho que me calar para não sofrer mais. Tenho que me abster de dar opinião, onde não sou chamada, para evitar ser calada na marra, humilhada, ferida, magoada.

        Quando penso, que isso tudo refere-se a uma discussão besta, que tive com um filho, a onda encrespada, a areia movediça que sorrateiramente me chama pro colóquio, e depois arrasta-me pro fundo do pântano movediço, porque não concordei com seu ponto de vista e fiz pior, contestei-o.
        Ah, mas preciso mesmo apanhar, levar umas lambadas de vara de goiaba, quem sabe assim crio vergonha e me calo pra sempre perante o onipotente filho. Todos já me aconselharam agir assim, porque não consigo? A saber, filho também doente mental como a mãe, ou melhor, pior que eu, pelo menos na minha dor doentia não machuco ninguém, somente eu sofro.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria, Maria é uma certa magia…

          Minha amiga, percebo que você ficou deveras machucada. É assim mesmo, nós depressivos, temos a nervura à flor da pele. Tudo dói muito. Coisas a que outros não dariam a mínima, em nós encrespam, agigantam-se e consome-nos. Sabe o que somos? Umas tolas!. Mas não temos culpa de ser assim, com a sensibilidade saindo pelo ladrão. Nós vemos o mundo de uma forma diferente. Dificilmente alcançamos o meio termo, o caminho do meio. Somos extremamente intensas no que fazemos, e pior, queremos que os outros também sejam assim. Ledo engano!

          Quem disse que é “estúpida e burra” não tem noção do que fala. Você é uma mulher extremamente inteligente, apenas tolhida pelos revezes da vida. Não acredite nisso. Quando faltam argumentos, é mais fácil atingir o outro no âmago, para que a conversa não prossiga. Reduzir uma pessoa à insignificância significa crescer em cima dela, mas no fundo não passa de uma estratégia para esconder a própria pequenez do sujeito. Portanto, não caia nessa. Conheça o seu valor e dele não abra mão. Todos somos fáceis de lidar, se encontramos, em contrapartida, pessoas amorosas. A intolerância para com as pessoas mais velhas, principalmente no mundo ocidental, trabalha para a decadência moral de nossa espécie. Eu invejo os japoneses pelo amor aos mais velhos e às crianças.

          Sabe Maria, os filhos, em sua maioria, não respeitam os pais. Contestam-nos com agressividade. Não sei o que será das gerações de adultos que estão a caminho. Veja crianças gritando com os pais, como se fossem reizinhos. No nosso país, a coisa está ficando séria. Mas não se deixe abater por isso. Apenas dê a seu filho um bom castigo: indiferença. E não demorará para que ele volte a pedir-lhe desculpas. Não sofra! Os filhos andam assim, de modo geral. E se vê que não adianta o colóquio, abstraia-se dele. Você necessita de um ambiente de paz para recuperar a sua saúde. Faça como os três sábios macaquinhos: não vejo, não escuto e não falo. Nesses momentos, inverne dentro de si mesma. Conhece a água santa de Chico Xavier? Em tais momentos, encha a boca de água, até que tudo se acalme. Levante a cabeça e sinta-se alegre, nem que seja de pirraça… risos.

          Um grande abraço,

          Lu

  277. Saga

    Oi Lu, linda! Oi, gente!

    Lu, li seus comentários e amei, fiquei muito feliz com o carinho de sempre! Vou marcar presença aqui! Rsrsrs

    Estou aqui na minha “Saga” da recém descoberta TDAH. Ontem vi o primeiro filme da minha vida onde só parei de ver por umas 5x e entendi tudinho, foi maravilhoso! É incrível como a vida começa a ficar diferente, as coisas, as pessoas. Acreditam que minha postura mudou? Agora parece que consigo andar mais ereto, isso me causou até uma dor na lombar. O único contra é que, como estou tomando dose mínima (10 mg) e da Ritalina normal, o efeito passa depois de algumas horas e volto ao “meu normal que não é normal”. É angustiante sentir isso…

    Confesso que chorei muito, muito mesmo, contei pra minha mãe e ela também chorou demais, tadinha. Comecei a analisar e entendi o motivo de eu não ter descoberto o TDAH antes: Minha mãe é TDAH e minha avó também é! Ou seja, vivi com elas minha vida inteira, só com as duas! Então, nosso mundo era igual, nunca notei, justamente porque convivia com duas pessoas que eram iguais a mim. Incrível! Estou muito feliz com a vida nova, amanhã levarei minha mãe ao médico e vou aproveitar pra (lasquem-se as regras) dar um baita de um abraço no meu médico! Agradecer por ele ter tido essa sacada “incrível” que transformou minha vida INTEIRA daqui pra frente. Pedirei também pra ele ajustar a dose agora pro tratamento correto, pra que eu possa viver “normalmente”, não consigo nem acreditar nisso!

    Pesquisei muito sobre o tema, li relatos e vi vídeos sobre outras pessoas TDAH e me sentia em cada história, dava risada porque parecia que falavam de mim. Hoje escrevi o texto meio picado, me distraí algumas vezes, mas a meia vida já passou também, não vejo a hora de ajustar tudo. Como será bom viver normalzinho normalzinho!

    Sabe, comprei um livro sobre o transtorno ontem, chamado “Mentes Inquietas” e fiquei muito feliz com isso, porque agora sei que o livro vai chegar e eu vou ler! Não vai ficar mais empilhado como os outros. Eu juro que daqui em diante farei de tudo pra conscientizar as pessoas sobre o quanto o autoconhecimento e um bom diagnóstico são importantes. Li inúmeros relatos de pessoas iguais a mim, que foram tratadas pra ansiedade, depressão, pânico, e era TDAH! Tomara que agora eu consiga logo também parar de usar a Clomipramina! Confesso que mesmo tendo me dado bem, é um antidepressivo muito antigo, triciclo e tenho medo dos efeitos colaterais a longo prazo. Tempo ao tempo! Heheheh!

    Pra finalizar, quanta diferença e estranheza de escrever agora comparado ao do outro dia… Putz! Quantas viajadas, quantas vezes esqueci ou parei de entender o ponto em que estava e tive que reler tudo… Quero ficar normal sempre, tenho direito, poxa!

    Beijos, gente, beijos Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      É realmente maravilhoso quando fazemos uma descoberta que envolve toda a nossa vida, para melhor. É como se um novo mundo abrisse diante de nós, tornando claros e acessíveis os nossos caminhos, até então incertos. Não há nada que possa pagar essa sensação de felicidade e de ser um novo indivíduo. Você tem mais é que comemora, mesmo. Permita-me comemorar junto consigo. Estou muito feliz, também! E não deixe de dar um grande abraço nesse médico maravilhoso, que lhe deu vida nova.

      Amiguinho, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância, mas na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida, e caracteriza-se pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade. É muita coisa para um cristão só… risos. Agora, imagine quantas crianças e adultos passam por isso, num sofrimento atroz, porque os médicos não foram capazes de um diagnóstico eficaz. De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) 4% da população mundial, adulta, sofre de TDAH, sendo o sexo masculino o de maior prevalência. Veja que é uma porcentagem bem expressiva. E novos estudos vêm chegando a cada dia.

      É muito interessante a conclusão a que chegou, merecendo até um estudo médico: sua avó e sua mãe possuem o mesmo transtorno, o que impossibilitou que vissem que havia algo errado com você, na infância. Sabiamente você diz: “Minha mãe é TDAH e minha avó também é! Ou seja, vivi com elas minha vida inteira, só com as duas! Então, nosso mundo era igual, nunca notei, justamente porque convivia com duas pessoas que eram iguais a mim.”. Seu pensamento é de uma lógica maravilhosa.

      Nada melhor para resumir o seu desejo de uma vida com qualidade do que sua frase: “Quero ficar normal sempre, tenho direito, poxa!”. Você tem direito, sim, meu amiguinho, e é assim que será daqui para a frente. Vamos ajudar outras pessoas a fazerem tal descoberta.

      Abraços,

      Lu

  278. Marcel

    Boa noite Lu, boa noite pessoal!

    Tomo Exodus há 30 dias e a 7 dias comecei a tomar Bupropriona, por indicação do médico para os efeitos colaterais do Exodus. Todos os dias tem sido uma luta pois não me reconheço mais, todos os dias rezo para voltar a ser a pessoa que eu era antes.

    Com o Exodus senti a cabeça mais aliviada, pois tinha pensamentos perturbadores que surgiram do nada, ansiedade, tristeza. Atualmente tem dias que pensamentos vêm e vão, e hoje por exemplo estou angustiado, pensando coisas que não quero, e só pedindo a Deus que isso passe logo. Com o remédio a parte sexual foi totalmente afetada, pois não sinto mais fantasias, mais vontade de me relacionar e isso causa um certo desespero e foi por isso que retornei ao médico, e ele receitou o bup para combater esse efeito, só não sei quanto tempo ele vai levar.

    Meu coração está vazio, parece que não tenho mais sentimento pelas pessoas, nem por aquelas que eu amo muito e isso me entristece muito, e cada dia tem sido uma luta. Espero que esse remédio me ajude, e espero vencer para poder compartilhar aqui com vocês minha vitória.
    Deus abençoe a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcel

      Seja bem-vindo a este cantinho, sinta-se em casa e seja um dos nossos amigos.

      Meu querido, você se encontra no início do tratamento. Portanto, é normal que ainda esteja passando por esse período tão conturbado. Alguns organismos são mais resistentes, precisam de mais tempo para que o antidepressivo faça efeito. Por isso, não se desespere. Depois desses dias ruins virá a bonança. O importante é ser POP (paciente, otimista e persistente). Tenha a certeza de que se trata apenas de momentos de sua vida. Logo tudo passará e voltará a ser melhor do que antes. Os efeitos colaterais judiam muito com algumas pessoas, mas eles passam. Os antidepressivos existem para oferecer-nos boa qualidade de vida. Mas no início precisamos de muita paciência. É preciso deixar que o temporal caia para ver o sol voltar a brilhar.

      Os pensamentos perturbadores são consequências do tratamento inicial com antidepressivos. Com o tempo eles vão passando, até sumirem por completo. Se ler os comentários, verá que são muitas as pessoas que passaram e ainda passam por isso. Quando os pensamentos ruins estiverem perseguindo-o, busque ver um filme, ouvir uma música, ler um livro, fazer caminhada, falar ao telefone, fazer qualquer atividade que o distraia. Não permita que eles comandem a sua vida. Quanto à parte sexual, isso acontece mesmo, mas com o tempo o organismo equilibra-se e a libido vai voltando. Não se preocupe com o tempo que irá levar, o mais importante é que comece a sentir os bons efeitos do remédio. Viva um dia de cada vez. Veja aqui quantos passam por isso. A palavra chave é “paciência”.

      Amiguinho, diga para seu coração vazio que tudo é questão de tempo, e que logo estará bem, podendo dar e receber amor. As pessoas ao seu lado sabem disso e compreendem-no. Não há porque se entristecer. Trata-se apenas de uma fase de sua vida. Essa luta terá uma grande vitória. Mas também procure se ajudar. O modo como olhamos a vida é fundamental para o nosso tratamento. Não seja muito severo consigo e nem com os outros. Cuide bem de você, pois é a pessoa mais importante do mundo, uma vez que é único.

      Marcel, quando estiver tristinho, venha aqui conversar conosco. E quando estiver maravilhosamente bem, não suma. Certo? Percebo que você é uma pessoa muito especial, ao demonstrar a sua preocupação no trato com as pessoas que lhe são caras. Saiba que nós também o amamos e estamos prontos a ouvi-lo, sempre.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Marcel

        Lu,
        Não imagina minha felicidade ao ler suas palavras. Em todos os comentários que li, vejo seu carinho com as pessoas e posso ver que você é uma pessoa muito iluminada. Em nenhum outro blog tive resposta sobre meu depoimento, mas aqui foi diferente e suas palavras me fizeram sentir melhor nesse momento.
        As vezes tudo o que precisamos é expor os sentimentos com outras pessoas que estejam passando pelo mesmo, pois muitos não entendem, só quem passa por isso sabe o quanto é difícil.
        Muito, muito, muito obrigado pelo carinho!
        Grande abraço e fique com Deus!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marcel

          Eu tenho uma longa história de vida com a deprê (nome carinhoso da danadinha). Nós já nos tornamos grandes amigas. Há dias em que ela cisma em visitar-me mas eu lhe digo: “Hoje, não, amiga!”. E ela sai caladinha… risos. Desde o momento em que aprendi a respeitá-la, sem jamais odiá-la, estabelecemos um contato amigável.

          Marcel, você deve estar achando que fiquei “lelé da cuca”… risos. Mas vou usar uma linguagem diferente. Em vez de amaldiçoar a minha depressão, da qual é portadora minha família materna, a começar pela minha avó, eu estabeleci uma relação de compreensão para com ela. Não lastimo, não blasfemo, não fico remoendo… Eu apenas a aceito e procuro me tratar. E assim vamos remando por essa vida maravilhosa que nos foi dada por um breve tempo neste planeta chamado Terra. O meu aceitar não significa inércia ou pessimismo, mas a compreensão de que preciso de tratamento para botar a casa em ordem (neurônios).

          Amiguinho, não há o que agradecer. Faço questão de responder a todos os comentários a mim dirigidos. E faço-o com muito amor. Não suma!

          Abraços,

          Lu

    2. Saga

      Só dando meu “pitaco”: Passei por tudo isso, os primeiros 14-15 dias foram piores do que pré remédio, depois tudo foi se ajeitando. Como diz a Lu, é preciso ser POP! rsrsrsrs

      1. LuDiasBH Autor do post

        Saga

        É isso mesmo! Para sempre POP! Gosto deste seu otimismo. Nada melhor do que viver de bem com a vida.

        Abraços,

        Lu

  279. Bento

    Passei por aqui e gostei!
    Sertralina é melhor tomar de manhã ou à noite? Eu sempre tomei à noite, mas me disseram que o correto é de manhã.
    Grato

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bento

      O horário é muito relativo. É o médico que decide qual é o melhor momento, baseado no estilo de vida do paciente. Algumas pessoas, por exemplo, sentem muito sono com o antidepressivo, por isso devem tomar à noite, enquanto com outras isso não acontece. Veja com o seu médico qual é o horário mais adequado para você. Não faça nada sem consultá-lo.

      Muito obrigada por sua visita e pelo comentário. Volte sempre!

      Nota: Seu e-mail está incorreto. Conserte-o!

      Abraços,

      Lu

      1. Bento

        Lu, muito obrigado pela resposta.
        Vou experimentar tomar pela manhã, pois à noite parece que me causa um pouco de insônia.
        Não custa tentar né? Há 23 anos eu tive PÂNICO COM AGORAFOBIA, tratei na época com Anafranil 50 mg e lexotan, os 2 remedios à noite. Em 1995, fui o outro médico, pois mudei de cidade, e ele substituiu o Anfranil pelo zoloft 50 mg diárias e como eu tomava o Anfranil à noite continuei o zoloft tambem à noite. Estou bem, mas ainda faço uso do zoloft 25 mg à noite, acho que tenho receio de parar. Mas percebo que não durmo bem, por isso minha pergunta sobre o melhor horário para tomar. A maioria das pessoas que conheço e fazem uso de antidepressivo tomam pela manhã. O que você acha?
        PS: acertei meu e-mail.

        Agradeço

        1. LuDiasBH Autor do post

          Bento

          Engraçado que também tive na minha adolescência a SP (Síndrome do Pânico), tanto com agorafobia como com claustrofobia… risos. Não tinha escapatória, o bicho pegava de qualquer jeito. O meu primeiro tratamento foi exatamente com anafranil e lexotan. Tomei durante muito tempo. Mas com o tempo, o anafranil foi perdendo a sua eficácia e o meu psiquiatra mudou para… (nem me lembro mais), depois fui para a fluoxetina com a qual fiquei muito tempo, e agora estou com o oxalato de escitalopram. O mais engraçado é que nunca abri mão do lexotan. Sempre que necessário é a ele que recorro.

          Realmente a maioria das pessoas tomam o antidepressivo de manhã, quando o metabolismo de nosso corpo encontra-se em baixa, mas como algumas sentem muito sono durante o dia e precisam trabalhar, nesse caso, os médicos recomendam tomar à noite, não havendo o “correto” ou “incorreto”. Mas como não é o seu problema, pode, sim, tomar de manhã. Contudo, para que não fique uma dosagem muito próxima da outra, penso eu que o ideal seria deixar de tomar um dia e recomeçar no outro, de manhã. Não pare de tomar nenhum remédio sem o parecer médico. Certo?

          Quanto ao e-mail, sempre comunico ao comentarista quando dou a minha primeira resposta, ou, quando há necessidade de uma resposta mais urgente, pois muitos não sabem que respondo a todos os comentários, ou precisam de uma resposta imediata. Ao usar seu e-mail para isso, ele voltou. Obrigada por consertá-lo.

          Abraços,

          Lu

        2. Bento

          Lu , em sua resposta, você disse achar engraçado que ainda recorre ao lexotan, dando entender que eu tinha parado por não precisar mais. Na verdade, hoje eu recorro ao Frontal quando necessário, ou seja, com bastante frequência. rs. Tenho o frontal em todos os lugares, carro,
          Abraços

        3. LuDiasBH Autor do post

          Bento

          Menino, que coisa é essa de precisarmos de uma cartela com umas coisinhas de nada, para sentirmo-nos seguros! Acredite, se eu souber que não tenho uma cartela de Lexotan ao meus alcance, caso venha dele precisar, os meus “faniquitos” começam a dar as caras. Posso ficar dias e dias sem pensar no meu rosinha, mas desde que ele esteja ali quietinho, ao meu alcance. Também não viajo sem ele. É o meu fiel guarda-costas. Mesmo que não o tome um só dia. Certa vez eu o desprezei, tomando Rivotril. Como castigo, tive pesadelo a noite toda. No outro dia, lá estava eu em seus braços… risos. Como nós somos complexos!

          Perdi parte de seu comentário, ao tirá-lo da pasta de Spam, onde caiu. Mas quero agradecer suas palavras carinhosas, inclusive dizendo que tenho ajudado as pessoas. Este é o meu desejo, e o faço com muito amor.

          Abraços,

          Lu

  280. Margarida

    Hoje faz três semanas que recomecei um tratamento para depressão e transtorno de ansiedade. Eu tenho 20 anos, e há dois e meio luto contra esse conjunto de sintomas que demorei muito para admitir ser portadora. Não passei por nenhum grande trauma, até hoje não encontrei precisamente um fator desencadeador da doença, acredito que tenha sido acúmulo de situações cotidianas aliado a alguma predisposição genética. Já tomei paroxetina e depois desvenlafaxina, interrompi os dois tratamentos, que duraram uns sete meses cada, não valorizei os pequenos avanços, esperava uma mudança milagrosa e foi com essa crença que eu afundei. Entre um acompanhamento e outro passei muito tempo sem antidepressivos. Tomava chás, lia artigos de pessoas que criticavam a necessidade e a eficácia desses remédios. Nos dias em que isso não era suficiente, tomava rivotril para fugir da realidade. Quando o efeito passava, me sentia uma inútil, uma irresponsável, uma ingrata, acima de qualquer coisa, uma fraude.

    Quem me vê de fora diz: “Como assim você não consegue trabalhar? Você é jovem, já fez isso, já fez aquilo, agora basta sentar na frente do computador e cumprir sua obrigação. Se fosse eu, já estaria pronto.” Mas só eu sei o que significa passar semanas tentando ler dez páginas ou escrever algumas laudas. É como se algo destruísse as ideias bem na fonte, é como se todos fossem capazes de organizar seus pensamentos, menos eu; como se eu não fosse capaz de raciocinar. Minei minha autonomia e fui ao fundo do posso, as coisas pelas quais tanto lutei perderam completamente o significado. Tirei a paz de minha mãe e de algumas pessoas próximas. Decidi desistir de tudo: vida profissional, vida afetiva, vida familiar, relação comigo mesma. Decidi que me daria o direito de passar um tempo, um ano talvez, vegetando, não me importando com os prejuízos financeiros, legais e psicológicos disso. Sentia que não havia mais nada a fazer por mim, continuaria respirando até quando desse. As ideações suicidas vinham como ondas, me amedrontavam no início, mas em seguida comecei a não temê-las.

    Voltei ao psiquiatra por insistência de uma amiga e para que minha mãe se preocupasse menos até que eu desse um ‘jeito’ na minha vida. Na consulta, contei tudo para o médico, cada detalhe do que me acontecia. Ele prescreveu o escitalopram e um antipsicótico por conta de alguns sintomas psicóticos que apresentei. Estou no 22º dia do tratamento aliado à terapia cognitiva. Nos primeiros dias tive uma piora, que reconheço ser normal por já ter tomado outros antidepressivos. Cada dia está sendo uma batalha, como sempre, como a vida de qualquer pessoa. Mas posso dizer que gradativamente estou passando de soldado traidor para combatente de honra do meu exército interior. Nesta frase que agora escrevo, ultrapasso uma lauda, algo que não me acontecia há muito tempo. Ver quase 3.000 caracteres em uma folha é uma vitória muito grande para mim, mesmo que nenhuma dessas palavras possa ser acrescentada ao meu trabalho, a força que me move é o que importa. Vou continuar tomando os remédios e essa luta será vencida. Serei aquilo que até agora, pelo tempo que me acompanha, a doença não me permitiu ser, uma mulher consciente de sua vida.

    Desculpem-me por ter me alongado tanto. Eu gostaria de expressar minha gratidão a Lu e aos leitores que comentam, principalmente ao Hélio, os relatos dele têm me ajudado a lidar com os altos e baixos do começo do tratamento. Serei eternamente grata a vocês.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Margarida

      Ainda que se mostre endurecida pelos reveses da vida, dentro de você há uma flor ansiosa para se abrir para o azul CELESTE do céu. E isso irá acontecer, mais cedo do que imagina. Acredite!

      Amiguinha, eu tive a minha primeira crise de depressão ainda na adolescência, e sei bem o que é passar por isso quando se é tão jovem, como você é agora. Contudo, graças às pesquisas da Ciência, poderá sofrer muito menos do que quem passou por isso há muitos anos atrás. Com o aumento da depressão em todo o mundo (30% da população), os laboratórios aprofundam-se cada vez mais em pesquisas, lançando novos remédios no mercado. A maior dificuldade está na aceitação das pessoas, em relação à doença. Quanto mais isso demora, maior é o sofrimento. Ainda bem que você está ciente de que é necessário tratar-se. Essa tomada de consciência já é meio caminho andado. Parabéns!

      Você disse que interrompeu os tratamentos iniciados, o que é uma pena. Cada interrupção dá vez a um recomeço ainda mais sofrido, pois as crises tendem a ficar mais agudas. Mas isso é coisa do passado, o importante é que recomeçou e está firme em ir até o fim. É importante saber que há vários tipos de depressão. Para aquela que tem como causa a genética (como a minha) é imprescindível o tratamento com antidepressivos. Alguns outros tratamentos paralelos podem acontecer (ioga, acupuntura, florais…), mas não se pode abrir mão da medicina alopática. Portanto, não se pode dar ouvido a certas pessoas, totalmente sem elo com a realidade dos depressivos e dos portadores de transtornos mentais.

      Eu sei o que é se sentir como você diz “Mas só eu sei o que significa passar semanas tentando ler dez páginas ou escrever algumas laudas. É como se algo destruísse as ideias bem na fonte, é como se todos fossem capazes de organizar seus pensamentos, menos eu; como se eu não fosse capaz de raciocinar.”. Já passei por isso. Sentava-me em frente ao computador e não conseguia escrever um pequeno texto. As palavras pareciam fugir assustadas. Como trabalho com pesquisas, lia e relia, mas não apreendia nada. Estava oca. E relutava em buscar tratamento, tornando também infelizes as pessoas em torno de mim. Era como se eu fosse um objeto alheio ao mundo. Tempos difíceis aqueles!

      Você diz que “Quando o efeito passava, me sentia uma inútil, uma irresponsável, uma ingrata, acima de qualquer coisa, uma fraude.”. Significa que, apesar de sua pouca idade, sabia que estava incorrendo num erro, ao parar o tratamento, que estava sabotando sua própria saúde. Era daí que vinha o sentimento de culpa. Mas isso ficou no passado. Esqueça tudo isso!

      Margarida, não podemos dar muita atenção ao que as pessoas dizem sobre nós. O importante é a opinião que temos acerca do nosso caráter, das nossas fraquezas e de nossa saúde. Cada um de nós é um ser único. Somos a pessoa mais importante do mundo, portanto, não devemos andar conforme o figurino de quem só nos conhece superficialmente. E nós, depressivos, temos uma sensibilidade à flor da pele, que precisa ser trabalhada diariamente, para que não nos machuquemos tanto. Nós nos importamos com o que as pessoas dizem, como se pudéssemos ter algum poder sobre o comportamento ofensivo delas. O melhor é darmos as costas como resposta. É o que tenho feito… risos.

      Vê-se que a sua depressão havia atingido o ápice: “Decidi desistir de tudo: vida profissional, vida afetiva, vida familiar, relação comigo mesma. Decidi que me daria o direito de passar um tempo, um ano talvez, vegetando, não me importando com os prejuízos financeiros, legais e psicológicos disso. Sentia que não havia mais nada a fazer por mim, continuaria respirando até quando desse. As ideações suicidas vinham como ondas, me amedrontavam no início, mas em seguida comecei a não temê-las.”. Isso acontece quando desistimos de nós mesmos e negamos receber ajuda. É quando se está no fundo do poço. Não há mais espaço para cair, a não ser retroceder e buscar a luz do dia. Já passou!

      A parte mais bela de seu comentário foi a volta ao psiquiatra. Bendita seja essa sua amiga! Adorei a frase: “Mas posso dizer que gradativamente estou passando de soldado traidor para combatente de honra do meu exército interior.”. E que bela guerreira você é! Doravante será uma guerreira POP (paciente, otimista e persistente). Fará parte de nosso exército.

      Lindinha, mais do que ninguém eu a entendo perfeitamente por tudo que tem passado. Mas isso está chegando ao fim. Os efeitos nocivos do antidepressivo já estão acabando. E você voltará a ter uma vida de qualidade, pois esse o objetivo de nosso tratamento. Ainda é um bebê que tem uma imensa vida pela frente. Cuide bem de si e, consequentemente, de seu corpo! A vida é maravilhosa e merece ser plenamente vivida. Brigue por ela. Nunca entregue os pontos. Não exija muito de si e nem dos outros, pois cada um está num estágio x de vida. Acredite na sua potencialidade e saiba que ainda tem muito a fazer neste planeta chamado Terra. Ele precisa de você!

      Gostaria de fechar esta nossa conversa, dizendo-lhe que você é uma pessoa inteligente e brilhante para os seus 20 aninhos. Escreve maravilhosamente bem. Expressa-se com uma facilidade encantadora. Traz uma grande bagagem de vida, dolorida, muitas vezes, mas muito conhecimento e cultura. É extremamente sincera e verdadeira, mas há vezes em que é preciso equilibrar suas verdades, para não sofrer e nem fazer os outros sofrerem. Seja mais leve em sua vida. Cobre menos de si e das pessoas à sua volta. Sobretudo, busque ser feliz com as pequenas coisas que a rodeiam. Procure evitar, pelo menos nesse período, coisas que a estressam. Eu, por exemplo, não vejo noticiário.

      Amiguinha, desculpe-me pela demora em responder a seu comentário, mas adorei fazê-lo. Você é muito fofa! Quero ter notícias suas, sempre. Menina, você tem um grande futuro pela frente. E eu quero participar dele, recebendo suas boas notícias. Saiba porém, que os antidepressivos não nos transformam em robôs. Continuamos tendo alegrias e tristezas. Eles nos ajudam a equilibrar o nosso humor, a ser menos suscetíveis e a compreender melhor os outros.

      Um beijo no seu coração,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Burton

      Pode colocar em seu blog sem nenhum problema. Gostaria apenas que colocasse a fonte.
      Obrigada por sua visita e por seu comentário.

      Abraços,

      Lu Dias

  281. Saga

    Hey, Lu!
    Consegui ler e responder uns comentários, antes até tentava mas não conseguia me concentrar pra fazer, perdia o foco e acabava desistindo. Desculpe comentar de novo, mas tinha que partilhar, essa sensação de “viver” é muito boa, me parece que tudo o que eu tinha feito até ontem era vegetar… Minha vida está mudando!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga
      Você tem mais é que comemorar. Além do mais possui um coração maravilhoso, cheio de generosidade. Logo que se viu melhor, veio aqui para falar de seu tratamento e ajudar outras pessoas. Uma pessoa boa assim precisa mais é ser feliz! Eu o quero sempre aqui, ajudando outras pessoas a irem em busca de tratamento. É claro que todos temos dias melhores e piores, pois somos humanos, mas os positivos têm de prevalecer sobre os não tão bons. E essa sua garra de viver faz toda a diferença. Você me inundou de alegria!

      Outro abraço bem forte,

      Lu

  282. Saga

    Oi, Tudo bem?
    Algum tempo atrás relatei aqui minha busca para tratamento. Hoje gostaria de passar as atualizações pra ajudar quem está nessa mesma busca.

    Com muita resistência da minha parte, busquei alguns meses atrás o tratamento pra ansiedade/stresse, negando pra mim mesmo que também estava em depressão ou até algo mais. Comecei o tratamento com Bupropiona, 150 mg e graças aos primeiros tempos com o remédio, eu me aceitei como portador desses transtornos, e me abri pra tratar também a depressão. O tratamento mudou pra Bupropiona 150mg + 10mg de Escitalopram, que por não ter o efeito esperado foi aumentado pra 20m g, e graças a um problema com insônia que tive por causa dos medicamentos, foi acrescentado também 50 mg de Trazodona(Donaren) à noite.

    Em relação ao que era no início do tratamento, eu me transformei em outra pessoa! Hoje não consigo nem acreditar em quem eu era, em como eu estava. Só hoje consigo enxergar o quanto sofria e o quanto estava limitado por causa desses problemas. O tratamento estava ótimo, eu estava melhorando, mas do nada comecei a regredir, um desânimo intenso, muito e muito sono, ansiedade, estava mal! Não tanto quanto antes, não voltei pro fundo do posso, mas já estava no meio do caminho… rsrs. Acabei sendo pego de surpresa por um ataque de pânico que me obrigou a acalmar e “fugir” direto pro consultório médico. Felizmente meu médico é um excelente profissional e uma ótima pessoa, e me recebeu mesmo estando lotado e já passando do seu horário. Foi adicionado o medicamento Clomipramina ao tratamento, do qual usaria por 20 dias e voltaria pra vermos como me encontrava.

    Os primeiros dias foram tão ruins quanto com o escitalopram, tudo piorou, crise de pânico de novo, desespero, medo, tristeza, desânimo, cansaço, sono, aquela pancada violenta que alguns de nós têm no início da medicação. Felizmente, eu já sabia disso, pois quando comecei o escitalopram, foi a mesma coisa! Felizmente com a Clomipramina tudo foi mais rápido, em uns 3 ou 4 dias já estava voltando pro lugar. Com 20 dias de tratamento, posso dizer que só com a clomipramina em dose mínima de 30mg ao dia, tive uma evolução muito maior do que com todo o restante! Voltei ao médico e pedi pra que, se fosse possível, removermos as outras medicações, ele concordou e achou necessário. Mas eu ainda fique com o Escitalopram, porque estou tendo insônia sem ele, nem o Donaren que era pra isso tem resolvido.

    Quando voltei ao médico, reclamei do que ainda me perturbava, o desânimo e uma dificuldade em ter atenção, essa dificuldade me acompanha desde a infância, mas estava me incomodando mais agora. Ele então me passou Ritalina 10 mg pra tomar por 1 mês e experimentar. Antes de tomar, comecei a pesquisar, raciocinar e percebi que sou um provável portador de TDAH realmente desde criança! Com tantas outras coisas envolvidas, o TDAH acabou passando batido, ficando oculto. Ouso dizer que a própria ansiedade e depressão são resultados da falta de tratamento do TDAH!

    Hoje tomei o primeiro comprimido de Ritalina e, meus amigos, posso dizer que foi a MAIOR transformação da minha vida. Cheguei a chorar ao perceber que eu estava conseguindo prestar atenção focadamente em algo, sem viajar pra outras coisas, perder a linha de raciocínio. Olhem, estou com os olhos marejados neste momento! Sinceramente, eu não sei como consegui viver até hoje da maneira que eu estava. Agora o mundo parece até mais nítido pra mim! Não tenho aquela sensação de estar meio fora, de me distrair com qualquer coisa. Sinceramente, não sei nem mais o que dizer, vocês não imaginam como estou feliz e grato por isso. Sabem como eu me sinto? Como se antes eu estivesse vivendo em um mundo completamente escuro e de repente alguém acendesse a luz… É exatamente como me sinto.

    Meu, eu consegui escrever esse texto inteiro sem me distrair! Caramba! Agora eu tenho vontade de ler as dezenas de livros que tenho e nunca consegui, porque sempre me distraia, tenho vontade de voltar a ver filmes e séries que eu por fim nem entendia direito, porque não conseguia prestar atenção. Estou muito, muito feliz!

    Digo pra vocês seguirem no tratamento, tenham um médico de confiança, relatem o que acontece DE VERDADE com vocês! Eu por muitas vezes por orgulho, medo e vergonha deixei de dizer coisass e vejo que se tivesse dito, já teria me tratado corretamente desde o início! Não desistam de vocês, não desistam do tratamento e nem da vida, ela é linda!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Eu também eu estou com os olhos cheios de água, ao ler seu depoimento tão verdadeiro, como se tivesse sido escrito com as cordas de seu coração. Ao final, quando você descobre que possui um certo tipo de transtorno, e diz: “Eu por muitas vezes por orgulho, medo e vergonha deixei de dizer coisas, e vejo que se tivesse dito, já teria me tratado corretamente desde o início!”, é um alerta para tanta gente que sofre desmedidamente, sem procurar ajuda. Há pessoas que ainda receiam procurar um psiquiatra. Tenho certeza de que você estará ajudando muito gente, ao expor aqui suas verdades.

      Fiquei muito feliz, sobretudo, quando diz: “Meu, eu consegui escrever esse texto inteiro sem me distrair! Caramba! Agora eu tenho vontade de ler as dezenas de livros que tenho e nunca consegui, porque sempre me distraia, tenho vontade de voltar a ver filmes e séries que eu por fim nem entendia direito, porque não conseguia prestar atenção. Estou muito, muito feliz!”. Sinto-me profundamente comovida. E muito, muito, muito feliz com o seu sucesso, grande guerreiro. Valeu a luta! Continue POP!

      Um grande abraço,

      Lu

  283. Hélio

    Boa tarde Lu e pessoal!

    Depois de 22 dias com o escitalopram estou notando uma sutil melhora. Hoje fui à psiquiatra, e ela me disse para permanecer com o ESC e a buspirona, que estou tomando há 2 semanas, 3 vezes ao dia, num total de 30,mg diárias. Ela pediu que eu parasse de ler sobre doenças na internet, porque toda vez eu chego com algo diferente no consultório, e que isso só me prejudica, já que tou com o psicológico abalado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Maravilha! Estou feliz pela “sutil” melhora, pois trata-se apenas do início. Sua psiquiatra tem razão, pois está fragilizado para ficar lendo sobre artigos pesados sobre doença. Aposto que ainda não leu as coisas interessantes que há aqui no blog, como seus CAUSOS.

      Um grande abraço,

      Lu

  284. Hélio

    Boa tarde!
    Estou no meu 20° dia com o escitalopram. Ainda não estou sentindo efeitos positivos. Continuo ansioso, pensamentos acelerados e ruins. Estou ficando preocupado, acredito que já era para eu estar sentindo uma diferença, mesmo que mínima.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Se tiver certeza de que o escitalopram não está melhorando em nada o seu estado emocional, deverá marcar um retorno ao seu médico. Talvez seja necessário aumentar a dosagem ou mudar de antidepressivo. No início é assim mesmo, a gente testa um e outro até acertar naquele especial. Aguardo notícias, após seu retorno.

      Abraços,

      Lu

      1. Ludmila Souza

        Boa tarde, Lu!
        Faz 15 dias que deixei o meu comentário, e hoje faz 30 dias que estou tomando o escitalopram. Estou me sentindo ótima. Fui ao meu médico e, como quero engravidar novamente, ele trocou para fluoxetina. Alguém já tomou a fluoxetina, grávida?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lud

          Que notícia maravilhosa! Como lhe disse, assim que passam os efeitos adversos, os bons vão chegando. Não se preocupe, se o seu médico trocou o seu antidepressivo para a fluoxetina, significa que pode engravidar sem nenhum problema.

          Abraços,

          Lu

    2. Elke

      Boa noite, meu nome é Elke!
      Tomo escitalopram ha 4 meses, preciso fazer um tratamento dentário urgente, mas estou com medo devido uso de anestésico dentário. Será que tem algum problema? Os medicamentos podem interagir? Devo consultar o psiquiatra antes de iniciar o tratamento? Me ajude!!! Obrigada e aguardo retorno!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Elke

        E um grande prazer receber a sua visita. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, você é a segunda a trazer esta dúvida aqui (veja nos comentários de algum dos textos relativos ao tratamento antidepressivo). Não há problema algum. Pode fazer seu tratamento dentário tranquilamente. Além do fato de a anestesia ser apenas local, não há interferência alguma. As pessoas que tomam antidepressivos podem fazer qualquer tipo de cirurgia. O essencial é que sempre comuniquem ao médico os remédios que tomam, independente de serem antidepressivos ou não. Eu mesma faço tratamento dentário todos os anos, e sou usuária de escitalopram. Portanto, não há necessidade de ir ao psiquiatra. Deixe seus dentes bem lindos, pois eles são muito preciosos. Depois volte para nos contar como ficaram lindos.

        Um grande abraço,

        Lu

  285. Marlúcia

    Lu
    Tomo Clomipramina 75mg há anos. Mas infelizmente entrei novamente na depressão. Meu médico passou um novo remédio chamado Donaren 50mg para tomar juntamente com meu antidepressivo. Já tem 11 dias que iniciei o uso do Donaren e estou sentindo muitos efeitos colaterais como ansiedade e inquietude. É normal esses efeitos surgirem no início do tratamento? Com o tempo esses efeitos desaparecerão? Por quanto tempo?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marlúcia

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, os antidepressivos, com o tempo, vão se acostumando com o organismo e perdendo a sua eficácia. Por isso, é necessário aumentar a dosagem ou mudar para outro. Isso acontece com todo mundo. Antes do escitalopram, eu tomava fluoxetina, mas nos tornamos tão íntimas, que o efeito foi pro beleléu. Tive que mudar para o escitalopram, com o qual estou me sentindo ótima.

      Todo antidepressivo, no início do tratamento, apresenta efeitos colaterais, inclusive reforçando os sintomas da doença. Isso dura, normalmente, entre duas a três semanas, variando de um organismo para outro. A partir desse tempo, os bons efeitos começam a surgir. Portanto, não há motivo para ficar preocupada. Eu sempre digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Por enquanto, você se encontra na zona de turbulência, mas logo sairá e se sentirá ótima. Alie ao remédio uma alimentação saudável e exercícios físicos, como caminhada. É importante avisar seu médico sobre sintomas adversos severos, se houve. Certo?

      Grande abraço,

      Lu

    2. Saga

      Posso dar pitaco, Lu?

      Talvez a Clomipramina que não esteja mais sendo eficiente, pode ser a hora de trocar. Usei o Donaren junto a outras medicações (Escitalopram 20 mg e Bupropiona 150 mg) e ele não foi muito eficiente pra mim. Pelo que conversei com o médico e li, ele é mais levinho mesmo, foi passado pra mim justamente porque um dos efeitos colaterais dele ser o sono, de que eu precisava. Foi uma medida melhor que o uso de ansiolíticos.

      Se o médico é de confiança, a pessoa deve tentar conversar com ele sobre novas possibilidades, relatar os efeitos colaterais, fazer uma listinha, se for preciso. Se for o caso, busque também uma segunda opinião com outro médico de confiança.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Saga

        Este espaço é nosso, você pode dar quantos pitacos quiser… risos.
        Realmente, é muito importante uma conversa franca com o médico. Relatar-lhe com sinceridade os sintomas ruins pelos quais está passando. A listinha ajuda muito. O paciente deve sempre se lembrar de que os médicos trabalham com as suas descrições, principalmente os que tratam a mente.

        Abraço,

        Lu

  286. Rosemeire Stevanatto

    Lu

    Faço uso do clomipratima 25 mg e alpraz 0,5 mg, há 17 anos, para síndrome do pânico. Estou com muitas duvidas: tentei mudar de médico e trocar de remédios, porém não foi positivo. De alguns tempos pra cá estou com a visão muito ruim e o especialista neurooftalmo me disse que é devido ao uso muito longo do clomipramina e apraz.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rosemeire

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, não vejo outra saída que não seja a mudança dos medicamentos, uma vez diagnosticado o problema. Se o segundo psiquiatra não foi a contento, parta para um terceiro. O que não pode é ver sua visão ficar cada vez pior. Você toma clomipratima há 17 anos, acontece que nesse tempo, muitos antidepressivos bem mais modernos e eficazes, com poucos efeitos colaterais, chegaram ao mercado. O oxalato de escitalopram, por exemplo, tem sido um dos mais receitados pelos psiquiatras.

      Rose, aconselho-a a buscar um terceiro psiquiatra, contar-lhe o que vem lhe ocorrendo. Com certeza ele irá mudar a sua medicação. Você não me disse o porquê de não ter dado certo com as mudanças, de não ter sido positivo. Foram os efeitos adversos do novo remédio?

      Aguardo sua resposta.

      Abraços,

      Lu

  287. Hélio

    Boa noite, pessoal!
    Bem, pensei muito em suspender o escitalopram e voltar a paroxetina. Pois bem, decidi que irei dar mais uma chance ao escitalopram, vou esperar mais um pouco pra que o escitalopram aja melhor. Espero que de tudo certo com ele, porque não quero voltar à paroxetina. Estou me sentindo melhor agora à noite.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      É muito importante manter a calma, sempre. Não pode tomar decisões precipitadas que não passem por seu médico. Parabéns!

      Abraços,

      Lu

  288. Alessandro

    Olá Lu!
    É a terceira vez que entro neste blog e só hoje decidi escrever. Estou indo para o terceiro mês com o Escitalopram, e esta semana estou me sentindo um pouco mal. Parece que as coisas que sentia no começo do tratamento estão voltando. Tomo ele de dia, e à noite o Enalapril, pois a pressão estava subindo muito. Ambos são de 10 mg. É normal sentir isso mesmo com esse tempo em tratamento?
    Há dias em que me coração está muito acelerado, queimação no peito e nas costas, formigamento no rosto, e a garganta muito inflamada. Estou tenso! No começo do tratamento, eu fui ao cardiologista, clínico, neuro e até criar coragem para ir ao psiquiatra.

    Aguardo retorno, espero continuar o tratamento e me sentir bem melhor. Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alessandro

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa. Pode escrever aqui quantas vezes sentir vontade. Certo?

      Amiguinho, com três meses de medicação não era mais para estar sentindo tais sintomas. E, ao que parece, tudo começou nesta semana. Será que não se trata de uma virose que está a derrubá-lo? Nesta época do ano, com o tempo irregular, ora muita chuva ora sol, as viroses são mais constantes. Eu mesma tive problemas de garganta. Pode ser que ficou ansioso com isso e passou a sentir outras sensações, como coração acelerado, queimação no peito e nas costas, formigamento, etc. O estado de tensão pode criar coisas que não existem, colocando a imaginação para trabalhar mais do que deve. Pode ser também que a dosagem precise ser ajustada para mais ou menos, ou, que tenha que mudar de antidepressivo. Em razão disso, aconselho-o a retornar a seu psiquiatra, repassar para ele tudo o que está sentindo e ver a sua posição. Repare também se não foi acometido por alguma virose. Procure ficar calmo, para observar tudo direitinho. Fique calmo e não se deixe levar pela ansiedade. Leia o texto sobre INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM para que tenha mais informações e veja quando é preciso procurar o médico com mais rapidez.

      Aguardo seu retorno para me contar como se encontra.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Hélio

        Além de poder ser uma virose, até mesmo com esse surto de Zica no país. Caso não seja alguma outra patologia, pode ser a hora de aumentar a dosagem.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Hélio

          Não faça nada por conta própria. Tenha juízo. Quem prescreve é o médico.

          Abraços,

          Lu

      2. Alessandro

        Obrigado. Seguirei seu conselho. Eu lhe informo sim, Deus a abençoe sempre, querida 😉

        1. LuDiasBH Autor do post

          Alessandro

          Obrigada pelo carinho. Aguardarei notícias suas.

          Beijos,

          Lu

    2. Saga

      Alessandro

      Passei pelo mesmo! Melhorei e depois caí de novo. Com minha mãe que também o toma foi assim. Pelo que o médico me explicou, alguns medicamentos não se “dão” com algumas pessoas, às vezes o efeito diminui e às vezes não chega nem a fazer efeito… No meu caso, outras coisas aconteceram e hoje uso a Clomipramina que fez uma mudança muito boa na minha vida! Busque o médico ou uma segunda opinião, relate isso, diga que está insatisfeito e quer mudar, tenho certeza que ele vai entender e te auxiliar a encontrar algo mais adequado.

      Comigo também aconteceu isso da pressão, palpitações e um mal-estar no peito, hoje há a possibilidade de manter o escitalopram com o Clo pra me ajudar a dormir melhor, mas estou tentando de tudo pra que não aconteça, infelizmente não me dei bem com ele. Ah, devo dizer que minha avó toma o Escitalopram e pra ela é uma maravilha! Incrível! Incrível mesmo! Nós é que não nos “demos” com o bixão… hehehehe.

  289. Hélio

    Olá, boa tarde Lu e pessoal!

    Bem, estou no meu 16º dia tomando o escitalopram e a 17 dias sem a paroxetina, porém estou com problemas com a depressão. Estou sentindo um baixoastral e também uma falta de energia, junto ainda com uma ansiedade e pensamentos acelerados por demais. Estou pensando seriamente em voltar a tomar a paroxetina. Com 16 dias acredito que já era pra sentir ao menos uma melhoradinha, mesmo que mínima e não estou sentindo. Estou começando a ficar preocupado. Hoje acordei tremendo e passei o dia meio pra baixo e com muitos pensamentos. Ainda tenho as caixas da paroxetina aqui, estou pensando em tomar amanhã.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Muitos organismos exigem mais tempo para que o antidepressivo faça efeito. Tratam-se dos mais resistentes a remédios. Já li que alguns necessitam até de um mês. Portanto, não há motivo para ficar desanimado. Você também tem que fazer força para levantar o seu astral. Não deixe que ele dependa apenas de remédio. Procure sentir a beleza das pequenas coisas. Alegre-se com um bom banho, com o cheiro de uma colônia, com o perfume de terra molhada (ou asfalto), com a comidinha gostosa da mamãe, com um bom filme, etc. Também tempos que fazer a nossa parte, procurando ficar de bem com a vida. Há dias em que me levanto assim também, mas digo: “Xô baixo-astral, quem manda na minha vida sou eu!”.

      Menininho, em hipótese alguma misture antidepressivos, pois poderá ter um choque serotoninérgico de uma proporção desconhecida, podendo até mesmo ser fatal. Substâncias diferentes não podem ser misturadas. Muitas delas necessitam de uma espera até de 15 dias, após ter tomado outra, para serem ingeridas. Não incorra nesse erro. Nunca tome um antidepressivo sem o conhecimento do psiquiatra. O problema é muito mais sério do que você imagina. Conto com a sua sensatez.

      Abraços,

      Lu

  290. Maria Souza Autor do post

    Olá, Lu!
    Estou há 3 meses tomando reconter em gotas, e estou começando a colher os frutos doces, pois os amargos irão passar. Acontece que eu lhe enviei um comentário sobre remédios homeopáticos e não obtive resposta. É que meu filho é da linha zen e a sua namorada também, e resolveram me encher de coisas: tipo homeopatia vai me curar porém demoraria mais tempo, que eu faria o desmame com o psiquiatra já que médicos homeopatas não tiram as medicações, então fui pagar pra ver, 400 reais a consulta com direito a 2:20 de conversa, e a médica muita sabia, me falou que eu só poderia trocar os medicamentos com autorização do meu médico, e me falou que eu era muito sensível e também muito vaidosa, e que parecia uma águia. Eu respondi que a águia era a ave que mas admirava pela sua coragem e beleza. Ela me passou um remédio manipulado, cheguei e dei um piti, e disse que não tomaria. Mandei uma mensagem a ela que me respondeu com a maior sinceridade, dizendo que eu estava com medo e que este fazia parte do processo. Fui no meu médico e ele foi totalmente contra, disse que não acreditava em homeopatia. Fiquei à deriva, hoje penso que pode ser útil, mas desde que esteja forte e preparada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria

      Tenha a certeza de que não recebi o seu comentário, pois nunca deixo de responder a nenhum. Pode ter acontecido de cair na caixa de spam e ter sido jogado fora. Quando acontecer de eu não responder a um comentário, faça outro, cobrando-me, ou o mande novamente. Recebo mais de 1.500 spams por semana e os excluo de uma só vez.

      Amiga, vou lhe dar a minha opinião sincera em relação à homeopatia, tenha a certeza disso. O tratamento homeopático é extremamente demorado, muitas vezes não trazendo os resultados esperados. Eu acho que deva ser usado para doenças passageiras, como viroses. Quando se trata de uma doença mais séria, que necessita de um tempo imediato para seu tratamento, é necessário recorrer à alopatia. Na maioria das vezes, o paciente não pode esperar por um tempo indefinido, sem saber se aquele remédio homeopático irá dar certo ou não. A homeopatia é como aqueles chazinhos dados por nossos avós, antigamente, para combater uma gripe, dor de garganta, etc, sendo que muitas vezes era necessário correr em busca da farmácia, quando a coisa tomava um rumo mais sério. Os médicos homeopatas dizem que os remédios alopáticos (oriundos da medicina convencional) são feitos de planta, o que é verdade. Mas além da substância principal, entram muitas outras na composição. Os antidepressivos, por exemplo, vêm passando por anos e anos de estudos, em busca de substâncias efetivas e com menos efeito colateral. Não existe esse campo de pesquisas entre os homeopáticos. Portanto, fico com seu médico psiquiatra, caso a sua doença requeira um tratamento imediato. Se não exigir, você poderá fazer experiências com os remédios homeopáticos, podendo dar certo ou não. Há também casos em que medicamentos alopáticos e homeopáticos podem ser tomados conjuntamente, mas seu médico teria que ver a composição dos últimos.

      Quanto ao fato de você ser vaidosa, isso é muito importante, pois não deixa de ser um jeito de lutar contra a depressão ou ansiedade. Os depressivos tendem a abandonar os cuidados consigo, abrindo mão da beleza do corpo. Continue assim, pois faz muito bem para a sua saúde corporal e mental (desde que não se torne uma obsessão, uma busca pela beleza eterna). E que maravilha ser uma águia, um dos animais mais belos da natureza, que voa muito alto e possui uma visão aguçada. A águia encontra-se como símbolo de muitos países.

      Maria, o meu conselho é o de que siga as recomendações de seu médico psiquiatra. Quando for liberada do tratamento dele, poderá fazer o homeopático. Confesso que já fiz tratamentos homeopáticos, que não redundaram em efeitos positivos.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Maria Autor do post

        Lu, suas palavras foram de grande utilidade, seguirei com o meu psiquiatra que é tão atencioso, e quanto aos remédios homeopáticos e florais ficam para os doentes menos complicados, agradeço pelas palavras de carinho.

        Um abraço

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Minha querida, é sempre um prazer poder ajudar. Volte sempre para nos contar como anda sua saúde. Conheça também outras partes do blog.

          Beijos,

          Lu

        2. Saga

          Oi, Maria!
          Eu vejo esses tratamentos “alternativos” como um apoio para o tratamento médico que é o principal. Florais, homeopatia, psicanálise, hipnose, reiki e essas coisas tem ótimos resultados em algumas pessoas, mas acho que jamais se deve pensar em abandonar o tratamento médico pra ficar só com elas… devem ser algo extra. Eu mesmo tomo florais e recebo reiki, mas sigo no tratamento médico.

    2. Edilaine

      São semelhantes os efeitos do Citalopram com o escitalopran? Passei da sertralina para o Citalopram, porém o sono diurno é muito grande, me sinto improdutiva. Meu médico disse que se não me desse bem, tentaria o Escitalopram pois a sedação é menor. Me senti bem com o Citalopram exceto pela sonolência demasiada.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Edilaine

        Os efeitos são similares, sim. Imagino que esteja tomando o antidepressivo na parte da manhã. Pergunte a seu médico se não poderia passar a tomá-lo à noite. Quem sabe se, mudando para a noite, diminuiria a sonolência diurna.

        Um grande abraço,

        Lu

      2. Adriana

        Boa noite!
        Tenho depressão gravíssima há 15 anos. Já tive momentos bons! Agora faz 7 meses que não consigo mais melhorar. Já tomei vários antidepressivos, alguns me fizeram bem, e alguns quase me levaram à morte. Agora estou tomando dulorgam há 25 dias. Fiquei melhor por 23 dias, mas agora estou 1000 vezes pior! Será que meu organismo está rejeitando, ou vai fazer efeito? Tenho 46 anos e não suporto mais viver assim. Tenho 3 filhos e minha pequena de 7 anos está sofrendo por conviver comigo assim.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

          Amiguinha, realmente existem organismos que são bem resistentes aos antidepressivos. A pessoa sofre muito até acertar em um remédio específico. O bom é que estão sendo lançados no mercado, cada vez mais, excelentes antidepressivos. Tenho a certeza de que encontrará um que lhe fará bem. O que não pode é desanimar. Você tem depressão crônica, assim como eu. Já tomou oxalato de escitalopram? Esse remédio tem sido muito bem aceito para a maioria das pessoas. Quanto ao novo remédio, terá que esperar um tempo para avaliar como ele está interagindo com o seu organismo. Seja paciente.

          Realmente, os filhos sofrem muito ao ver a mãe ou o pai passando por isso. Desde pequena convivi com a minha mãe passando por isso. Eu não conseguia entender o porquê dela não reagir. Até que a dona deprê também passou a fazer parte de minha vida. Também já passei por inúmeros remédios. Hoje tomo oxalato de escitalopram. Gostaria que você lesse o texto que publiquei ontem, chamado OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSO ORGANISMO. Acho que irá ajudá-la.

          Amiguinha, obrigada por sua visita e comentário. Venha sempre aqui conversar conosco.

          Um grande abraço,

          Lu

  291. Hélio

    Boa tarde, pessoal!

    Estou há 14 dias exatos tomando escitalopram. Desde ontem, aliás, desde semana passada que estou meio pensativo. Ontem e hoje estou muito para baixo. Saí ontem, mas me senti sem energia, a mesma coisa hoje. Vontade de só estar em casa. Estou triste!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      É assim mesmo, há dias em que nos sentimos para baixo. E não apenas pelo fato de tomarmos antidepressivos, mas por sermos humanos. Não existe ninguém que não passe por essa mudança de humor. Sabe por quê? Nós somos gente e não robôs. Eu também me sinto assim, muitas vezes, querendo só ficar em casa, bem distante dos problemas do mundo.E vem uma angústia, uma tristeza danada, porque as coisas não são como desejo. Mas quem sou eu para mudar o mundo? Levanto a cabeça e continuo a vida, buscando ser feliz com as pequenas coisas.

      Amiguinho, você é um dos guerreiros deste espaço. Suas palavras têm trazido muito incentivo para todos nós. Até mesmo agora, quando demonstra a sua tristeza, ensina-nos que é normal passarmos por isso. Não fique tristinho, meu doce POP. Pense no monte de pessoas à sua volta que o ama muito. Eu também amo a sua presença aqui. Você é uma pessoa muito fofa e muito querida!

      Um beijo bem forte no seu coração.

      Lu

  292. Anelise Borges

    Lu,
    Estou precisando mais uma vez de seus conhecimentos. Encontro-me no quinto dia de uso do Pondera, porém, tenho a sensação que piorei da SP. Estou tendo crise diariamente. É normal? Será que até a droga começar a agir será assim? E sou obrigada a recorrer ao alprazolan. Mas quando tomo me sinto fraca, a ponto de não conseguir segurar a crise.

    Beijão

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Você se encontra no início do tratamento com o Pondera, logo, essas crises são normais, pois os antidepressivos pioram o quadro da pessoa, quando no início do tratamento. Após duas semanas, ou até antes, esses sintomas ruins irão desaparecendo. Portanto, não se preocupe. Precisa ser POP e não desistir do tratamento, pois cada retorno é pior ainda. Procure ficar tranquila, lembrando-se de que tudo isso é normal. Continue em contato com seu médico, pois ele deve sempre estar a par dos efeitos do remédio no paciente. Coragem e paciência, amiguinha.

      Abraços,

      Lu

      1. Carla

        Olá, Lu!
        Estou com uma dúvida enorme. Tenho transtorno de ansiedade, mas o médico não me passou confiança no que disse. Ele me indicou dois remédios que foi o scitalax, um todo dia às 20h, e outro apraz 1mg pra eu tomar junto com esse as 20h. Estou muito receosa pois a bula do scitalax fala de aceleramento cardíaco e eu tive devido as crises. Realmente estou com medo de tomar porque ele não me explicou nada. Ajude-me, por favor.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Carla

          Quando não sentir confiança num médico, busque outro. Não tome remédio, enquanto não se sentir confiante. Portanto, aconselho-a a marcar outra consulta, pois a empatia entre médico e paciente é fundamental em qualquer tipo de tratamento. Quanto às bulas dos remédios, a lei obriga que nelas sejam registradas todas as possibilidade de efeitos adversos. Ainda que só tenha acontecido uma única vez. Não se preocupe muito com isso. O seu aceleramento só teve a ver com a sua ansiedade, não sendo na verdade um problema cardíaco. Ainda assim, marque uma nova consulta. Depois me conte o que resolveu.

          Abraços,

          Lu

  293. Hélio

    Olá pessoal, boa tarde!

    Estou no meu 11° dia com o escitalopram e 12 sem a paroxetina. Sinto uma diferença, principalmente no meu sono, já que estava muito conturbado, com despertares antecipados e princípios de crises ansiosas. Estou começando a dormir melhor. Ontem dormi a noite toda. Acordando às 8 da manhã, pois estou afastado do trabalho. Esta semana fiquei muito ansioso, apreensivo devido a leituras no Dr. Google. Ainda me sinto ansioso, mas em menor intensidade. Sugiro a todos que não leiam sobre doenças na internet, pois fica parecendo que temos todas doenças cabíveis do universo. O que me incomoda muito ainda são os pensamentos acelerados e muitas vezes ruins, isso gera ansiedade e um medo. Mas, estou firme! Que Deus abençoe a todos nós!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Que bom! Você já está saindo da zona de desconforto. É normal que ainda sinta certos sintomas, pois ainda se encontra no início do tratamento. Resta-lhe ser um garoto POP (paciente, otimista e persistente). Gostei da informação que passou para as pessoas, sobre o fato de ficar consultando artigos sobre doenças no Google, os quais muitas vezes são difíceis para um leigo entender, e acabam lhe trazendo uma impressão errada sobre sua saúde. Os pensamentos acelerados irão passar. Aguente mais um pouquinho.

      Um grande abraço,

      Lu

  294. More Help

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  295. Hélio

    Olá, pessoal!

    Estou há 9 dias tomando o escitalopram. No início senti uma melhora, e até pensei que seria uma virada maníaca. Não sou diagnosticado como sendo bipolar, mas fiquei apreensivo. Estou meio ansioso, como disse em outro comentário, caí na ideia de ir ao Dr. Google, e pesquisei sobre um transtorno de personalidade, fiquei com isso na mente. Acredito que a mente de um ansioso vai além do que podemos imaginar.
    A dose foi aumentada na segunda, no total estou tomando 20 mg diárias. Estou meio que nervoso e pensativo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio
      É natural que se encontre assim, pois ainda se encontra na zona de turbulência. A partir de 15 dias, você irá sentir melhoras cada vez mais acentuadas. Esqueça o Dr. Google. Acredite no seu médico físico e ponto final. A mente de um ansioso é por demais criativa. A maioria dos gênios são ansiosos. Foque apenas um dia de cada vez. Quando os pensamentos negativos estiverem tomando a rédea, comece a ler, estudar, ouvir música, ver um filme ou leu o Vírus da Arte, nosso blog.

      Um grande abraço,

      Lu

  296. Davi

    Olá, boa noite!

    Procurando por informações sobre o escitalopram no Google, eu encontrei este espaço. Desde a adolescência sofria “bullying”, e sempre fui muito retraído e tinha muita dificuldade em paquerar, namorar, estar em uma roda de amigos, sair para festas, etc. Além disso, sempre tinha um pensamento suicida e um negativismo muito forte sobre mim, de que “eu vou morrer sozinho”, “sou o homem mais feio do mundo”, “ninguém me quer”, “eu não sirvo para nada”, etc. Isso já parecia fazer “parte” da minha personalidade, e aceitava minha condição. Até que há três meses, eu passei em um concurso público e me mudei para outra cidade. Ou seja, cidade nova, pessoas novas, emprego novo, novos amigos, morar sozinho (23 anos e morava na casa dos pais), cuidar de casa e da própria vida.

    Essa nova realidade acabou acentuando ainda mais esses pensamentos. Comecei a sair e beber (coisa que não fazia), mas sempre me sinto muito retraído nessas festas. Teve um dia em que eu cheguei a fugir de uma festa de madrugada com o “simples medo” de dançar com uma garota. Esse dia foi o estopim, pensei em me matar, senti o pior dos homens, o pior dos mortais, não conseguia sequer me divertir ou paquerar uma garota. Estava decido a realizar tal ato, até que pesquisei por “suicídio” na internet e me veio o CVV (Centro de Valorização da Vida). Liguei e desabafei às 3h. da madrugada de um domingo. A voluntária, muito atenciosa, me escutou e me recomendou procurar uma ajuda profissional. Essa retração já tá influenciando em todos os aspectos da minha vida: acadêmico, profissional, relação com amigos e família, falta de concentração, sem ânimo, energia.

    Procurei a ajuda de um psicólogo, que me recomendou a consulta com um psiquiatra. Ele fez um diagnóstico inicial de distimia, fobia social e ansiedade generalizada. E é aí que chegamos ao escitalopram. Faz 04 dias que estou tomando este remédio, 01 vez ao dia. Não sei se é efeito placebo, mas depois que comecei a tomar, meu humor começou a variar um pouco, de muito alegre (risos, gargalhadas) a mais contido. Além disso, minhas mãos estão suando mais do que o normal. Isso é normal no começo? Vou iniciar uma terapia cognitivo-comportamental. Estou muito animado com o tratamento, quero avançar, evoluir e espero poder dar outro depoimento deste mais à frente acerca da minha evolução.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Davi

      Seja bem-vindo a este cantinho, onde formamos uma grande família, em que uns ajudam os outros. Sinta-se em casa!

      Amiguinho, por quanto sofrimento você, passou sem necessidade. Bastava apenas uma consulta com o psiquiatra para ter dado um basta nesta sua aflição. Eu sei como são as coisas. Nem sempre temos acesso a informações que podem mudar totalmente a nossa vida. Mas o importante é que já se encontra em tratamento. Tudo o que lhe aconteceu faz parte de um passado que não mais se repetirá. Acontece, Davi, que nós (eu também sou), introvertidos, sofremos muito com a nossa inclusão no mundo, pois carregamos uma sensibilidade à flor da pele. Sofremos por muita coisa, assim como por uma bobagem à toa. Brigamos com tudo que nos rodeia e com o mundo, por achar que não pertencemos a ele. Mas não é bem assim. Somos introspectivos porque recarregamos nossas baterias dentro de nós mesmos, e não no contato com o mundo exterior, como acontece com os extrospectivos. Carregamos muitas qualidades, que a nós acabam passando desapercebidas, na ânsia de mudar o mundo e o que vai dentro de nós. Penso que o primeiro passo é nos conhecermos e aceitarmo-nos como somos, procurando nos adequar à vida a nossa volta, mas sem sofrimento algum. Há espaço para todos. Só para ter ideia, vi uma pesquisa em que a preferência das mulheres é por homens tímidos… risos.

      Davi, o seu sofrimento foi aumentando à medida em que você não se aceitava. Achava que tinha que ser igual a todos. E essa “não aceitação” passou a inflar a sua ansiedade, abaixando sua autoestima mais e mais, até resvalar para o negativismo e, consequentemente, para os pensamentos suicidas. Você disse: “Até que há três meses, eu passei em um concurso público e me mudei para outra cidade. Ou seja, cidade nova, pessoas novas, emprego novo, novos amigos, morar sozinho (23 anos e morava na casa dos pais), cuidar de casa e da própria vida.”. Que maravilha! Tudo novo, inclusive a maneira de olhar a própria vida, dando-lhe o valor que merece. Outra coisa, saiba que morar com os pais na idade adulta é coisa que vem acontecendo cada vez mais. Tenho um monte de amigos que moram com seus pais. Quanto ao uso de bebida, não passava de uma tentativa de querer ser como os outros, de buscar forças para ser diferente. Não se recrimine por isso. Já passou!

      Sinto-me tranquila, ao saber que já está sendo medicado, após os diagnósticos recebidos. Há muitos aqui com diagnósticos semelhantes. O oxalato de escitalopram não tem nada de placebo. Trata-se de um dos antidepressivos mais modernos e efetivos. Eu o tomo há muitos anos, tendo ele mudado substancialmente minha vida. Você se encontra no início do tratamento, quando são sentidos os efeitos adversos, mas, após duas semanas de uso, eles vão desaparecendo e os bons vão chegando. Seja forte. Não desanime. Você irá sair dessa zona de turbulência. Não tenha medo. Tudo é questão de tempo. Digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Após a tempestade surgirá a bonança e você terá uma vida com qualidade.

      Amiguinho, aliado ao remédio, procure ter uma alimentação saudável (ainda que longe da comidinha da mamãe), fazer exercícios (caminhada, por exemplo) e preencher sua vida com coisas boas. Não cobre muito de si e nem dos outros. Seja maleável com o bambu na tempestade. Alegre-se com as pequenas coisas e não se importe com a opinião que outros possam ter sobre você. Acredite em mudanças progressivas, mas duradouras. Viva apenas um dia de cada vez.

      Quantos aos efeitos adversos do remédio, gostaria que lesse o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, aqui no blog. Venha sempre nos visitar e trazer notícias. Não suma, senão irei buscá-lo. E não queime as panelas… risos.

      Um beijo no seu coração,

      Lu

  297. Poliana

    Bom dia!

    Estou no 18º dia dia de Esc e Donarem. Vinha notando grande melhora, até mesmo achei que tudo estivesse 100%, pois mesmo ainda um pouco aérea, não sentia mais ansiedade e conseguia me divertir. Só que ontem tive uma sensação ruim, daí já imaginei que poderia piorar. Isso gerou medo e a ansiedade voltou. Voltei a ficar inquieta, um pouco angustiada e com queimação nas costas e peito. A melhora foi nítida, pois antes não conseguia organizar minhas ideias, mas esse pequeno retrocesso me deixou com medo e apreensiva. Mas não irei desistir, jamais! Continuarei sendo POP!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Poliana

      Você ainda se encontra na fase inicial do tratamento. Seu organismo encontra-se em adaptação. É normal ainda sentir tais efeitos adversos. Mas não se preocupe, pois isso é passageiro. O que não pode é ficar amedrontada, dando espaço para a ansiedade. É bom que saiba, também, que mesmo tomando antidepressivo, terá uns dias bons e outros nem tanto, como qualquer mortal, pois o remédio não tira as nossas emoções. Continuamos sendo humanos. Meu psiquiatra sempre brinca, dizendo que ainda não foi fabricada a pílula da felicidade. Portanto, vida para frente, e continue sendo uma garota POP.

      Grande beijo,

      Lu

  298. Hélio

    Boa noite pessoal!
    Estou no meu sexto dia tomando o escitalopram e sem a paroxetina. Não estou sentindo efeitos colaterais até o momento, a não ser que estou me irritando mais facilmente, principalmente com bobagens. Amanhã é pra aumentar a dosagem pra 20mg. Vamos lá!
    Fé e foco.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Eu também, quando comecei a tomar o oxalato de escitalopram, não senti nenhum efeito adverso. Penso que meu organismo já está cevado com os antidepressivos… risos. Procure não se irritar facilmente. Viva com mais leveza e não se apoquente com qualquer coisa. Muito sucesso!

      Abraços,

      Lu

  299. Katia Aparecida

    Tenho depressão e síndrome do pânico e há 1 ano tomo alprazolan 2 mg, à noite e 2 fluoxetina pela manhã. Às vezes estou bem, mas há dias em que sinto uma angustia enorme e uma vontade imensa de sumir. Isso é normal, mesmo tomando remédio e fazendo terapia?

    Muito obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Katia

      Isso é mais do que normal, pois o antidepressivo não retira nossas emoções. Continuamos humanos do mesmo jeito, lidando com os altos e baixos de nossos humores. Há dias em que estamos bem e há outros em que nem tanto. Sem falar que as pessoas mais sensíveis sofrem mais com a angústia, insatisfeitas com o mundo à sua volta. O que é preciso é mudar a maneira de olhar a vida, não dando muita importância a tudo, tentando viver com mais leveza. Lembre-se que é humana, assim como os outros que a rodeiam. Não leve sua vida a ferro e fogo. Certo?

      Amiguinha, foi um prazer recebê-la neste espaço. Volte sempre.

      Abraços,

      Lu

      1. Wilton

        Oi, gente!

        Eu estou em um tratamento para ansiedade com donaren, 50 miligramas, e estou há 22 dias depois dos sintomas de adaptação, melhorando. Tomo à noite, pois me livrei dos ansiolíticos, e queria saber se a desrealização é normal acontecer? Estou confuso com isso, esses sintomas vão acabar? Pois nunca senti isso na minha vida.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wilton

          Seja bem-vindo a este espaço, sinta-se em casa.

          Amiguinho, você já está se livrando da zona de turbulência, quando os efeitos adversos deixam-nos piores do que antes de iniciar o tratamento. Os antidepressivos, todos eles, trazem diferentes efeitos nefastos nas primeiras semanas de uso, que variam de um organismo para outro. A “desrealização” é um deles. É comum, sim, de acontecer. Não se preocupe, todos esses sintomas irão passar. Basta só mais um pouquinho de paciência. E, caso não passem, o psiquiatra deverá avaliar o tratamento, podendo, inclusive, diminuir ou aumentar a dosagem do remédio, ou até mesmo mudar para outro. De qualquer forma, você se verá livre desse sofrimento, pois a finalidade de todo antidepressivo é proporcionar qualidade de vida ao paciente.

          Wilton, mantenha contato com seu médico, repassando-lhe tudo que está sentindo. No início, esse contato é primordial. E procure ficar o mais tranquilo possível. Leia também os comentários, para ver que todos passam por esses problemas, no início.

          Volte sempre!

          Abraços,

          Lu

  300. Hélio

    Boa noite, pessoal!

    Hoje estou no meu quarto dia de tratamento, tomando escitalopram, sentindo uma melhora que se mescla com uma ansiedade e talvez uma depressãozinha. Esta é a semana do meu curso de pós graduação. Sou dentista formado há 2 anos e meio e faço há 1 ano pós graduação. Atendi um pouquinho ansioso, hoje. Enfrentei a ansiedade. Percebo que também meu sono está aos poucos melhorando, graças a Deus, pois já estava ficando receoso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Parabéns por acreditar na eficácia de seu tratamento. É muito importante manter o otimismo e a confiança. Tudo vai, aos poucos, caindo no eixo. Não há o que recear, se continuar fazendo tudo direitinho.

      Abraços,

      Lu

  301. Allan

    Boa tarde, pessoal!

    Encontrei este site através do google, pesquisando sobre o escitalopram, medicamento do qual ando fazendo uso, com indicação do psiquiatra. Estou aqui para tirar algumas dúvidas sobre o medicamento, e principalmente sobre os efeitos colaterais que ele tem me ocasionado. Já tomo o medicamento há cerca de 5 semanas,nas 3 primeiras semanas eu parecia estar no céu, me sentindo ótimo, com uma cara boa, com disposição pra tudo, mas de 2 semanas pra cá, tenho percebido que minha ansiedade voltou, e voltou muito mais forte que antes, não consigo parar quieto, sempre “mascando” ou batendo o pé. Não sei se tem algo a ver, mas eu tomo muito café, é possível o café junto com o medicamento estar me deixando mais ansioso?

    Dentre outros efeitos colaterais estão: perda do apetite, falta de sono (tenho tomado zolpidem receitado pela psiquiatra),sonhos anormais, etc…

    Desde já agradeço,

    Allan

    1. LuDiasBH Autor do post

      Allan

      Fico feliz que tenha encontrado este cantinho, onde nos ajudamos mutuamente. Sinta-se como parte da família.

      Amiguinho, estou surpresa com o efeito adverso tardio do antidepressivo em seu organismo. O que diz estar sentindo agora, normalmente acontece nas semanas iniciais do tratamento. Na terceira semana, os efeitos ruins já começam a desaparecer, até sumirem por completo. Não entendi o porquê de ter se dado tão bem no princípio, e somente agora estar sentindo os efeitos ruins, quando o que sentimos realmente dobra deintensidade. Isso comprova o quanto nosso corpo pode ter uma reação totalmente diferente, em relação aos demais.

      Vamos trabalhar com probabilidades:
      1- O efeito inicial pode ter sido apenas psicológico.
      2- O remédio só está começando a fazer efeito agora.
      3- Após as duas semanas ruins, terão início os efeitos bons.
      4- Seu organismo foge do padrão (nunca li sobre um caso assim).
      5- Há necessidade de rever a dosagem.

      Tudo o que você sente (falta de sono e apetite, sonhos anormais, etc) está relacionado com os efeitos adversos comuns ao antidepressivo. Não acho que tenha algo a ver com o café, embora a cafeína seja um estimulante. Como anda ansioso, seria bom que o diminuísse. A minha sugestão é a de que volte a seu médico e explique-lhe o que anda sentindo. Alguns sintomas devem ser comunicados ao médico, como a tremura. Por isso, gostaria que lesse aqui no site, o texto denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Poderá ver quais sintomas necessitam de ser comunicados ao especialista com mais urgência. Seria bom também ler os comentários dos colegas. Tenha uma alimentação saudável e faça exercícios (caminhada, por exemplo).

      Allan, volte para contar-me como anda o seu tratamento, se melhorou ou retornou ao médico. Mantenha contato.

      Abraços,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tânia

          Que coisa está acontecendo com você? Conte-nos.

          Abraços,

          Lu

  302. Hélio

    Boa tarde, pessoal!

    Passei uma madrugada não muito agradável com pesadelos. Não atribuo ao interrompimento da paroxetina nem pelo início do escitalopram. Acredito que minha mente anda sobrecarregada com pensamentos acelerados, típicos da ansiedade generalizada, daí os efeitos no sono. Ontem mesmo pensei demais sobre problemas inimagináveis que eu pudesse ter, sabendo que faço tratamento psiquiátrico há mais de 10 anos, pra controle da depressão e da síndrome do pânico. Passei 10 anos tomando a paroxetina, entre 20 a 40mg. Quando parei o tratamento em junho, mais ou menos, as coisas pioraram. Foi quando iniciei o tratamento, e depois de quase 4 meses não estava vendo efeitos, e então comecei o escitalopram. Um dos principais motivos por ter largado a paroxetina foi a queda absurda de libido, o que estava me deixando muito angustiado.

    Vou seguir firme na dosagem do escitalopram, estou tomando 10 miligramas e na próxima segunda aumento pra 20. Por incrível que pareça, a agonia que estava sentindo nas pernas não senti hoje. Que a ansiedade matinal, coisa que está me deixando apreensivo, passe em breve com o uso do escitalopram. Estou no momento na pós graduação, vim apreensivo, com receio de ficar ansioso no curso, mas, graças a Deus, está tudo saindo tudo bem.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      A tendência é que você fique cada vez melhor, se seguir direitinho o tratamento. Procure pensar em coisas diferentes, para não sobrecarregar a mente. Quanto mais tranquilo ficar, mais rápido sentirá os efeitos do remédio. Desanuvie seus pensamentos. Essa ansiedade matinal é comum. Não se aflija. Procure ver tudo com normalidade. Quando menos esperar, estará ótimo.

      Um grande abraço,

      Lu

  303. Jeh Melo

    Oi, Lu!

    Estou voltando aqui pra compartilhar com vocês como estou me sentindo. Faz 4 meses que faço o tratamento com ESC/10g. No primeiro mês foi muito complicado, todos os sintomas ficaram muito fortes, eu não queria sair de casa, sentia falta de ar, medo de morrer a qualquer momento. A partir do 2º mês e meio, eu já me sentia bem, saía sozinha, sentia vontade de cozinhar, mais segura….e completa novamente. Então resolvi fazer coisas que me ajudassem a não pensar em doenças, mal-estar, ataque do coração, etc. Meu esposo me ajudou muito, apesar de muitas vezes rir de mim, ao achar que ao sentir algo diferente estou morrendo de câncer ou em fase terminal. Aos poucos esses sentimentos foram sumindo,comecei a fazer jardinagem, e hoje tenho uma horta em casa. Peguei outro filhotinho de cachorro, que enche a casa de vida, aperreio e alegria. Tem dias que às vezes tenho pequenas recaídas, e começo a sentir falta de ar, mas ai eu faço algo pra me distrair e passa. E assim tem sido os meus dias. Em janeiro vou voltar ao ramo de trabalho, mas estou investindo em algo que gosto de fazer que no meu caso é a fotografia.

    Gente, ter o depoimento de vocês tem me ajudado muito! Obrigada por compartilhar!

    Beijos,

    Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jeh

      Que notícias maravilhosas! Minhas pupilas são realmente mulheres guerreiras. Estou orgulhosa!

      Amiguinha, levando o tratamento com seriedade e afinco, não há como não dar certo. No início, achamos que a vida irá continuar insuportável, cheia de sofrimento, e que nunca mais seremos os mesmos. Mas à medida que o remédio passa a fazer efeito e saímos da fase de turbulência, quando os efeitos adversos intensificam, nossos olhos passam a ver o colorido da vida em torno de nós. E vamos dando conta de que viver vale a pena.

      E você vem botando vida nova na sua: um filhotinho de cachorro (amo animais), um monte de plantinhas nascendo (horta) e fotografando. E por falar em fotografia, há no blog uma categoria onde trabalho só com FOTOGRAFIA. Quando quiser, poderá me enviar uma para ser postada. Certo? Veja as que já foram publicadas. Quanto às emoções, nós continuamos a senti-las, tendo dias bons e outros nem tanto, pois continuamos seres humanos. A falta de ar, que logo passa, é reflexo do que lhe acontecia. Se fosse real, não passaria logo assim.

      Beijos,

      Lu

  304. Hélio

    Olá pessoal, olá Lu e Alex!
    Segundo dia com escitalopram e sem a paroxetina.

    Minha médica substituiu a paroxetina pelo ESC. Fiz a imbecilidade de há uns 5 meses parar de vez com a paroxetina, passei 2 meses relativamente bem, quando surgiram novamente um medo e consequentemente a ansiedade. Saí do trabalho em decorrência do fato. Voltei à psiquiatra informando que minha vida havia parado. Iniciei a paroxetina e o frontal. Depois de um mês de tratamento comecei a ter crises frequentes de pânico, chegando a tê-las diariamente, porém, suspendi o frontal, e, por incrível que pareça, elas sumiram. Porém iniciei com o bromazepam, mas parei há 7 dias, com medo da dependência.

    Estou usando só o escitalopram e a buspirona que é um ansiolitico que não é tarja preta. Hoje acordei um pouco apreensivo, com uma sensação de desrrealizaçao, comum no pânico. Fiquei angustiado e fui para o Dr. Google. Há dias que pesquiso sobre alguns transtornos e minha mente parece procurar sobre isso. Mas já decidi que não irei mais procurar sobre doenças. Vou parar um pouco com o uso do celular para não cair em tentação. Estou usando um floral chamado Rescue remedy que uma homeopata passou e mais 2 medicamentos homeopáticos. Estou fazendo acupuntura, tendo em vista que procuro algumas coisas alternativas.
    Tenho a predisposição genética, mas tive um trauma muito forte na infância, que me acarretou a ansiedade.

    Boa noite a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Parabéns pela garra com que está levando o seu tratamento. As alternativas (florais, acupuntura, remédios homeopáticos…), que você alia a ele, são excelentes para o corpo como um todo. Aconselho-o, porém, a não ficar procurando por doenças no Google, uma vez que a linguagem técnica pode acabar fazendo confusão em sua cabecinha, além de cansá-lo. O melhor é procurar seu médico, sempre que tiver dúvidas. Ele é a pessoa mais gabaritada para responder a seus questionamentos, até porque o conhece pessoalmente.

      Você fala sobre o trauma de sua infância, mas, quando se tem conhecimento daquilo que nos perturbou em certo período de nossa vida, o tratamento é muito mais fácil. Nesse caso, é preciso trabalhar com a racionalização, transformando o bicho-de-sete-cabeças num mosquitinho. Tudo na vida depende do ângulo em que olhamos. Procure ver seu trauma como um mero acontecimento que ficou no passado. Certo?

      Estou gostando de acompanhar o seu diário, e ansiosa para chegar à página que diz: “Tudo em perfeito funcionamento!”… risos.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Alex

      Amigo, você está no caminho certo. Foi uma boa escolha de seu médico associar a buspirona, um medicamento que tem uma ação interessantíssima. Sugiro fazer psicoterapia, para tratar seus traumas, pois não se pode jogar “sujeira para debaixo do tapete”. Por mais que você não veja a “sujeira”, ela ainda continua ali. Problema bom é problema resolvido, trabalhando isso você tirará um peso grande de sua alma.

      Evite a procura por explicações na internet, pois o que há nos sites são apenas teorias, e mesmo que sejam fundamentadas, muitas vezes a pessoa não tem maturidade e conhecimento para assimilá-las. E pode acabar se assustando e agravando o seu problema.

      Um abraço

    3. José Roberto

      Nós temos que nos tratar, não para sermos perfeito, e sim buscar a saúde. Com isso teremos que passar por diversas situações difíceis, que nos fazem arrepender e observar nossos erros. É assim que encontramos um tratamento adequado, sabendo que toda dificuldade, seja por nossa culpa ou dos outros, faz com que paremos e pensemos num caminho melhor. E se errarmos esse caminho, podemos buscar outro. Não devemos ficar remoendo, porque agimos errado. Somos errantes e podemos ser melhores, é só uma questão de tempo.

      1. LuDiasBH Autor do post

        José Roberto

        Concordo com você, pois viver com sabedoria é saber que há possibilidades de mudança, e estar sempre aberto a elas. Tenho muito medo das pessoas que dizem não errar.

        Agradeço a sua visita e comentário.

        Abraços,

        Lu

        1. José Roberto

          Valeu, Lu, e que você possa continuar ajudando muitas pessoas que precisam de bons conselhos pra se encontrarem e se equilibrarem nesta vida. Todos nós precisamos olhar para dentro de nós mesmos pra viver melhor. Parabéns pelo seu propósito que é muito importante. Até mais!

        2. LuDiasBH Autor do post

          José Roberto

          Muito obrigada pelo seu incentivo. Pessoas como você fazem toda a diferença. Será sempre um prazer recebê-lo aqui.

          Abraços,

          Lu

  305. Poliana

    Boa noite, Lu!

    Inicialmente gostaria de agradecer pela iniciativa do post e cada comentário encorajador! Estão sendo essenciais para meu início de tratamento.

    Tenho 27 anos e desde criança tenho uma ansiedade absurda, seja antecedendo momentos bons, seja no medo de uma simples dor de barriga ser uma câncer de intestino em estágio final. Lembro-me de como tudo me tirava dos eixos desde sempre, mas tudo piorou depois do término de meu noivado (após traição e falta de confiança) e de outro namoro subsequente, no qual a pessoa era envolvida com coisas muito violentas, e discutia diariamente, colocando sempre minha autoestima para baixo. Nessas duas épocas TCC, eu dizia o que sentia, os sintomas físicos, a ansiedade constante, queimação nas costas e braços, sudorese excessiva, a inquietude, mas me diziam que era ansiedade normal, e, que eu teria que me controlar, mas sabia que o que eu sentia não passaria ali, já que tudo era alheio a minha vontade.

    Comecei a sentir um medo terrível de conhecer alguém, evitando qualquer tipo de relacionamento, até que conheci meu então namorado, e comecei a sentir muito medo. Mas dessa vez era diferente, porque eu sentia que ele me fazia bem, mas não conseguia controlar as sensações. Procurei então na internet e fiz algo muito errado, um autodiagnóstico. Encontrei paroxetina em casa e tomei 10mg por 40 dias e tudo melhorou. Nunca fui tão feliz em toda minha vida em um período de 5 meses, no entanto tive uma pequena discussão com meu namorado (nós passamos 7 meses sem nunca discutir). E tudo começou novamente, aos poucos, com pensamentos ruins. No momento da discussão me veio a lembrança do meu ex violento e aí iniciou uma cascata de sentimentos (como deja-vùs).

    Passei um mês até procurar o médico, que me diagnosticou com TAG. Comecei a tomar há 13 dias o escitalopram (10mg/dia) e o donarem (1/2 comprimido/noite). Noto que a taquicardia melhorou, alguns dias achei até que estava 100%, mas a queimação no peito e costas pioraram muito, e a sensação de medo também, tudo se intensificou, e com isso o sentimento de angústia e descontrole sobre meus pensamentos. Estou com meu namorado e de repente vem um ataque de pânico terrível, que passa com o tempo que estou com ele, pois ele me acalma. Espero que os 15 dias passem logo e esses sentimentos de insegurança vão para bem longe, e eu possa viver dias de paz e tranquilidade como antes. Sempre repito para mim: Preciso ser POP!

    Obrigada pelo espaço!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Poliana

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa. E muito obrigada pela confiança.

      Amiguinha, aos 27 anos ainda estamos nos adaptando à vida. Cobramos muito do mundo e de nós mesmos. E, consequentemente, acabamos sofrendo mais, principalmente quando passamos por experiências negativas, como o término de um noivado, que na prática leva consigo muitos sonhos guardados. Mas existe um caminho que nos permite dar a volta por cima, que é o de acreditar que o último relacionamento é sempre o melhor. Apliquei tal técnica em minha vida e tenho consciência de que ela é verdadeira. Quanto mais maturidade tivermos para fazer nossas escolhas, melhores serão elas. Tenho a certeza de que seu namorado atual supera todos em qualidade. O importante é o agora, pois é o momento que vivemos. O resto ficou atrás.

      Poliana, neste mundo conturbado em que vivemos, é mesmo difícil diagnosticar um problema mental, pois as pessoas vivem apressadas e estressadas. Talvez por isso o seu diagnóstico tenha sido tardio. Mas o importante é que está sendo medicada. Quanto ao medo de conhecer alguém, isso foi produto de suas decepções. Quando se é muito sensível, as marcas ficam mais profundas. Mas, agora, mande esse medo para as cucuias, pois não mais precisa dele, com alguém tão especial a seu lado. E brigar com o namorado faz parte do preparo para a vida a dois. Não deve ser motivo de ansiedade ou tristeza.

      Realmente foi um grande erro a sua automedicação, pois os antidepressivos atuam sobre campos específicos, de acordo com o diagnóstico médico. E somente ele saberá qual é o melhor para cada pessoa. Sem falar que o tratamento exige a duração de um tempo x, que somente o profissional poderá estipular, e sem falar que as crises de recaída são terríveis. E foi isso que lhe aconteceu. Agora faça tudo direitinho e verá que os resultados serão outros, sem recaídas.

      Amiguinha, você ainda se encontra no início do tratamento, no seu período de turbulência. Precisa ser POP, mesmo! Após a segunda semana, as coisas vão caindo nos eixos e tudo se normalizará. Contudo, caso ainda persistam os sintomas adversos, num grau insuportável, contate seu médico. Essa interação é muito importante no início da medicação, quando os sintomas ruins intensificam de verdade. Há um artigo no blog que gostaria que lesse: INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Volte para contar-me como anda o tratamento. E continue POP!

      Beijos,

      Lu

      1. Poliana

        Lu

        Não tenho nem como agradecer palavras tão doces em uma momento tão delicado! Só MUITO obrigada, mesmo! Deus te abençoe cada dia mais! Voltarei com atualizações do tratamento! E é isso, um dia de cada vez! O que passou, passou.

        Beijos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Poliana

          O passado deve ser visto apenas como aprendizado para a nossa vida. O importante é o agora. Obrigada pelo comentário carinhoso, mas você não tem nada a agradecer-me. Conte com essa amiga.

          Beijos,

          Lu

  306. Elio Neto

    Tomo reconter há 5 semanas, as crises iniciaias passaram, mas no trabalho tenho muita sensação de que vou desmaiar, nao quero estar ali, parece que está tudo embaçado, sem paciência para cliente e filho. Antes, sem remédio, nao tinha isso. Só início de falta de ar, quando ia dormir ou acordava. Hoje vivo isso, nao aguento mais, preciso do meu trabalho, e meu rendimento caiu muito, tenho medo de remédios, depois disso tive placa bacteriaa, refluxo no estômago.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Élio

      Seja bem-vindo a este espaço. Sinta-se em casa.

      O iniciar de um tratamento com antidepressivo é sempre difícil, em razão dos efeitos adversos, juntamente com a nossa preocupação em saber se o remédio irá dar certo ou não com o nosso organismo. Essa fase demanda muita paciência. Costumo brincar, dizendo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Apesar de já ter um mês que toma o Reconter, o período ainda é muito pequeno, pois alguns organismos demandam mais tempo para se adaptarem totalmente ao antidepressivo, de modo a sentir todos os efeitos positivos. Mas fique tranquilo, pois tudo se resolverá. Volte a seu médico, fale-lhe do que está sentindo. Ele poderá aumentar a dosagem ou diminuí-la. E, se isso não resolver, poderá mudar para outro antidepressivo.

      Amiguinho, no início do tratamento, é necessário que voltemos ao médico mais cedo, para que ele avalie a ação do remédio em nosso organismo. Ele precisa saber que você está com a visão embaçada e impaciente, pois a função do antidepressivo é justamente para equilibrar seu humor, aumentar seu rendimento e proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida. Se isso não está acontecendo, seu médico precisará saber, para fazer os devidos ajustes. Não tenha medo de remédios, pois eles vieram para melhorar a nossa vida. Pense em como viviam as pessoas na época em que eles não existiam. Somos hoje privilegiados pelo avanço da Ciência. Tudo irá chegar nos eixos, não se preocupe.

      Volte para me contar o que foi decidido na visita a seu médico.

      Um grande abraço,

      Lu

  307. Hélio

    Boa noite, pessoal!
    Hoje foi meu primeiro dia com o escitalopram. Deixei a paroxetina de lado. Eu não estava mais satisfeito com ela, tendo em vista que continuava a ter sintomas persistentes de ansiedade generalizada e depressão. Meu quadro parece ter uma ajuda genética, tendo em vista que meu pai possui depressão também. Ele fez tratamento com o escitalopram e hoje não usa mais nada, a não ser em ocasiões que realmente necessita. Tenho uma tia, irmã da minha mãe que teve o transtorno do pânico e foi medicada com a paroxetina, um tio que foi alcoólatra, primos com depressão também. Enfim, uma genética propícia pra o surgimento de algumas “coisinhas” do humor e psicológicas.

    Trabalhei hoje, mesmo com um certo receio. Fui a minha consulta com o psicólogo, terapia cognitivo comportamental, estava na psicanálise mas é muito demorado, tendo em vista que sou um ansioso nato.
    Que o senhor Jesus nos mantenha firmes e fortes.Farei meu diário de adaptação aqui.
    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Você não irá sentir a metade do que imagina, na sua adaptação ao oxalato de escitalopram. Pelo descrito, tem a ver, sim, com a genética. O que é também o meu caso. Mas o uso do antidepressivo devolve-nos uma vida com qualidade. Assim tem sido a minha.

      Vejo que está fazendo progresso, pois não mais falou aquela palavra feia… risos. Seu diário será cada vez mais tranquilo. Repasse para sua tia e primos o endereço de nosso blog.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Alex

      Como você mesmo disse, sua família é portadora desse desequilíbrio na bioquímica cerebral, ou seja, talvez os transtornos que enfrenta podem estar mais associados com a parte fisiológica do que com a emocional.Terá que ter paciência, pois é provável que tenha que tomar remédio por um bom tempo, e mais um tempo de manutenção para evitar recaídas, pois para todo efeito existe uma causa. Seu médico já deve ter falado sobre isso. O escitalopram tem menos efeitos colaterais que a paroxetina, inclusive na esfera sexual, o que para nós homens é fundamental (risos).

      Abraço

  308. Hélio

    Olá, Lu e pessoal!
    Hoje comecei o tratamento com o escitalopram. Acordei muito apreensivo, já que é a minha primeira dose. Vim para o trabalho e assim que cheguei na porta de casa me deu dor de barriga, mas como eu sei que é por causa da ansiedade e da apreensão não dei bola, peguei o ônibus e suava com medo. Aliás, ainda estou com medo, mas, sei que serei forte na adaptação. Que Deus me ajude!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      É isso mesmo, pois você é um garoto POP (paciente, otimista e persistente). Não será qualquer remedinho a tirá-lo do sério. Não permita que suas emoções interfiram no seu tratamento. Outra coisa, retire essa palavra feia (medo) de sua vida, pois ela só atrapalha. Só neste pequeno comentário, você a usou duas vezes. Afinal de conta você é um dos nossos guerreiros.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Lúcia

        Gostaria de saber o seguinte:Já tomei vários antidepressivos e o que deu certo foi a Sertralina. Só que com ela começaram a sair muitas feridas na boca.Tive que suspender. Já tomei vários e nenhum deu certo. Estou tomando Donaren e faz 10 dias que aumentei a dose para 100 mg. Ainda não vi resultado. Contínuo a sentir muita tristeza a e desânimo. Será que tenho que esperar ainda uns 30 dias para melhorar?
        Gostaria da opinião da Lu.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lúcia

          Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

          Alguns organismos são realmente muito resistentes aos antidepressivos, o que obriga a pessoa a passar por uma infinidade deles, testando-os. É uma via-sacra! Você não me disse há quanto tempo está tomando o Donaren, mas se já faz 10 dias que aumentou para a dosagem máxima de 100 mg, já era para estar surtindo efeito. Normalmente, a melhora já é sentida após a segunda semana de uso. O ideal é que volte a seu psiquiatra e converse com ele sobre a sua tristeza e desânimo que continuam. Gostaria de saber se já passou pelo oxalato de escitalopram? Trata-se de um dos melhores remédios do mercado, possivelmente um dos mais receitados atualmente.

          Amiguinha, a minha sugestão é a de que volte a seu médico e relate-lhe o que está ocorrendo. Volte para me contar quais foram as medidas tomadas.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Alex

          Boa tarde!

          Só para complementar o que a Lu sugeriu, se seu problema for depressão, talvez não seja só a serotonina que está fora de equilíbrio, outros neurotransmissores podem estar também, principalmente pelo sintoma de fadiga. Existe uma classe de antidepressivos de ação “dual” sobre o sistema nervoso, como: venlafaxina, duloxetina, desvenlafaxina, são de última geração, mais avançados, que são tão famosos como o escitalopram. Esses antidepressivos dão um efeito mais rápido do que os outros pela sua ação dual. Há também a mirtazapina que também atua sobre a serotonina e a noradrenalina. Enfim converse com seu médico, a solução pode estar aí.

          Melhoras!

  309. Anelise

    Oi Lu e amigos!

    Venho contar sobre meu tratamento com Luvox. Eu me adaptei depois de muitos enjoos e mal-estar, comecei com 100 mg e tivemos que aumentar para 150mg. Já voltei a trabalhar, me alimento bem, não tive mais crises nem tristezas, graças a Deus. Senti necessidade de fazer uma página para contar minha história e tentar ajudar alguns com palavra de otimismo e dicas do que fiz.

    Lu, sou grata a você, pois muitas vezes, na hora do desespero, vinha aqui para ler os comentários para me senti melhor, e sentir que o que eu sentia era “normal” fazia parte da doença. Eu aprendi aqui a ser POP.

    Esta é minha página, estou começando:
    https://www.facebook.com/Depress%C3%A3o-e-S%C3%ACndrome-do-P%C3%A2nico-1066838686684260/

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Minha garota POP, você está demais! Confesso que estou muito orgulhosa de você. Depois da tempestade vem sempre a bonança. Parabéns pela criação de sua página. Irei visitá-la agora.

      ————————–
      Já estive lá. Muito legal! Não se esqueça de dizer uma palavrinha sobre o nosso blog virusdaarte.net.

      Beijos,

      Lu

  310. Hélio

    Olá,Lu!

    Eu deixei um comentário no outro post, sobre a troca de medicamentos.
    Eu estava me sentindo meio desanimado com o uso da paroxetina, mas fui hoje ao psiquiatra, e contei tudo sobre a ansiedade persistente e a depressão. Ela e eu decidimos trocar a paroxetina pelo escitalopram. Confesso que estou meio apreensivo pelos efeitos do início do tratamento, como a piora inicial, porém confiante. Ela me deu uma caixa de ESC da aerograma, com 20 comprimidos de 20mg. Iniciarei amanhã com 10 mg, durante uma semana e aumentarei pra 20. Parei também de tomar o bromazepam, estou com uns efeitos da retirada, mas ela não quis que eu voltasse a tomar. Passou um pra eu dormir, zolpidem.
    Vamos lá então!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Seja bem-vindo ao nosso cantinho. Quanto ao outro comentário, eu ainda não o recebi.

      Amiguinho, você fez uma troca muito boa, pois o oxalato de escitalopram é uma das boas substâncias antidepressivas encontradas no mercado. Seus efeitos adversos são mais fracos e ela cobre uma gama maior de problemas mentais. Não é preciso ficar apreensivo, pois com duas semanas após iniciar o escitalopram já estará sentindo os efeitos positivos. Começar com uma dose menor é sempre bom, pois diminui a intensidade dos efeitos ruins. Não há problemas em retirar o bromazepam, pois ela lhe passou outro. O ideal é não tomar nenhum.

      Hélio, para obter maiores informações sobre o remédio, procure no blog por ÍNDICE GERAL e depois por SAÚDE MENTAL. Escreva-me para dizer como está indo.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Alex

      Bom dia, Hélio

      Você está tratando depressão ou ansiedade?
      A paroxetina é referência para ansiedade, tem um bom efeito ansiolítico, por isso toma-se antes de dormir, estranho não ter dado certo para você, porém isso pode acontecer mesmo.
      Abraço e melhoras!

  311. Bruna

    Lu e Alex
    Muito obrigada pelas respostas, vou seguir firme e forte o tratamento, graças a Deus os efeitos de início estão passando, não vejo a hora de voltar a ter uma vida mais tranquila 😀
    Lu, o teu site é o melhor da internet sobre esses assuntos, amei!

    Beijos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruna

      Sinto-me feliz ao tomar conhecimento de sua melhora, que será cada vez maior. Obrigada pelos elogios ao site. Volte sempre para contar-nos como anda, e para dar forças a outras pessoas.

      Beijocas,

      Lu

  312. Denise de Sá

    Oi Lu tomo o ecitalopran a 2 meses .na primeira vez que fiz o tratamento tomei por 8 meses de 15mg fiz tudo certinho até o desmame tudo com acopanhamento médico só que ai se passaram dois meses e tive uma recaída e precisei retomar o tratamento vão fazer três meses e me sinto bem novamente com 10 mg , mais ai surgiu um problema agora que me deixa acordada de tão preocupada vou precisar fazer um canal no dente e to morrendo de medo de ter alguma reação com.a anestesia por causa do antidepressivo. Sempre que penso nisso me dá um pânico, alguém aqui já fez tratamento dentário com uso de anestesia mesmo fazendo uso do ecitalopran? Por favor me ajudem, estou desesperada, com muito medo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Denise

      Seja bem vinda a nosso blog. Agora você irá se sentir muito tranquila… risos.

      Minha amiguinha, você não apenas pode tomar anestesia para o dente, como para qualquer outro tipo de cirurgia. Estou rindo, porque faço tratamento dentário anualmente, com anestesia e tudo a que tenho direito. E sou usuária do oxalato de escitalopram há vários anos. Não será por isso que você irá morrer de ataque cardíaco, meu anjo… risos. Imagine, perder o sono por uma preocupação infundada. Bastava vir aqui conversar conosco. Faça o seu canal tranquilamente, para ficar com a boca sadia e linda. Espero que hoje você durma muito bem!

      Denise, mais de 1/4 da população mundial toma antidepressivo. Imagine como séria uma loucura, se essas pessoas não pudessem fazer cirurgias? Quando tiver dúvidas, venha sempre aqui para conversarmos, para você fique tranquila. Portanto, jogue esse seu desespero na lata de lixo… risos. Não gaste sua preciosa energia com impressões tolas. Volte para me contar como ficou o tratamento dentário.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Denise de Sá

        Lu
        Muito obrigada por ter me respondido, pois eu me senti mais tranquila agora rsrs. .Morro de medo de passar mal e morrer, principalmente de problemas cardíacos. Fiquei assim desde de que meu pai faleceu de infarto, Há um ano atrás. Depois de três meses tive minha primeira crise de pânico, que só descobri depois de várias idas a emergências, e exames que não davam nada. No começo foi difícil aceitar, mas depois que comecei o tratamento e passaram os efeitos ruins do medicamento, fiquei tranquila, pois vi que realmente é uma doença como outra qualquer, e dá pra ter controle fazendo tudo direitinho. Vou fazer meu tratamento dentário tranquila depois da sua resposta, e volto pra contar rsrs. Antes eu não era tão medrosa assim, agora morro de medo de tudo que envolva saúde, mas vou enfrentar.
        Adoro este blog. Adoro o jeito como você esclarece as coisas, Lu, deixando-nos muito tranquilos.

        Beijos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Denise

          O trauma com o qual você ficou, após a morte de seu pai por infarto, é mais do que natural. Não resta dúvida de que redundaria numa crise de pânico. O importante é que agora está sendo medicada, ficando cada dia melhor. Quanto à perda, essa faz parte de nossa vida. Não temos o que fazer contra isso, senão aceitar. Já perdi meu pai e minha mãe. Também entrei numa depressão profunda. Só consegui me levantar com o uso de antidepressivos. Ainda bem que eles existem.

          Vejo que você ficou mesmo muito traumatizada com doença. Mas é preciso racionalizar, lembrando-se de que é humana e elas existem. O importante é sempre cuidar da saúde, fazendo exames periódicos, buscando uma alimentação saudável e fazendo exercícios. O medo impede-nos de viver com qualidade. É preciso domá-lo. Leia os artigos que se encontram em MENTE SAUDÁVEL (procure no blog, clicando em ÍNDICE GERAL), pois irão ajudá-la muito.

          Aguardo notícias sobre o tratamento dentário… risos. Espero que fique lindona! Aproveite e faça uma limpeza geral na mobília da boca, para receber os convidados… risos. Obrigada por gostar do blog. Venha sempre nos visitar.

          Beijos,

          Lu

      2. Ludmila

        Bom dia a todos!
        Muito legal este espaço. Em julho deste ano tive um aborto espontâneo, o que me deixou muito depressiva e com transtornos de pânico e ansiedade. Faz dez dias que comecei a tomar o escitalopram, porém faz dois dias que estou com diarreia. Alguém sabe me informar se essa reação é normal? Alguém já teve essa reação por causa do medicamento?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ludmila

          Seja bem-vinda a este cantinho, onde nos ajudamos mutuamente.

          Amiguinha, a diarreia é um sintoma inerente ao remédio, sim. Muitas pessoas aqui já passaram por isso (ver comentários). Ainda assim é bom comunicar a seu médico. No painel do blog há uma categoria com o nome SAÚDE MENTAL. Clique nela e leia os artigos sobre o assunto. Gostaria que lesse, sobretudo, o texto denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, que lhe fornecerá dados precisos, sobre quando deverá contatar seu médico, em razão dos efeitos colaterais.

          Lud, sinto muito pela perda de seu bebê. Mas isso acontece. Há um caso semelhante relatado aqui. Novos bebês virão e você será muito feliz. Não deixe de vir aqui falar como anda sua saúde.

          Beijos,

          Lu

    2. Cristiane Andrade

      Olá, bom dia!
      Eu estou tomando o escitalopran há quase dois anos. Tive um problema com o meu dente e tive que fazer um canal. Não teve problema algum, fique em paz. Qualquer dúvida pergunte ao dentista e ele vai te orientar, também.

      abraço

      1. LuDiasBH Autor do post

        Cristiane

        O seu comentário é muito importante, pois irá acalmar uma das nossas amiguinhas que irá passar por isso. Agradeço a sua visita e a sua generosidade.

        Abraços,

        Lu

  313. Johnb885

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  314. Johnd956

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  315. Bruna

    Oi, Lu!

    Hoje faz 6 dias que eu comecei a tomar reconter 10mg. Alguém que toma esse remédio sabe me dizer se no início é normal ter pensamentos negativos mais forte?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bruna

      Seja bem-vinda a nosso blog. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, é muito comum, sim. Logo no início do tratamento, o antidepressivo aumenta os sintomas ruins, que vão passando depois do período de duas semanas, normalmente. Não se assuste. Se sentir que eles estão difíceis de suportar, entre em contato com seu médico. Leia também o texto postado aqui no blog com o nome de INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Veja também os comentários.

      Abraços,

      Lu

    2. Alex

      Boa noite, Bruna

      Sim, os pensamentos ruins são inerentes à depressão e/ou a ansiedade, como há um desequilíbrio emocional devido ao processo, eles surgem como impulso do inconsciente, por exemplo, surge um pensamento ruim, o mesmo gera uma tensão no sistema nervoso, que gera um estresse fisiológico, que por consequência aumenta a ansiedade, que libera mais adrenalina e depois aumenta mais ainda os pensamentos, e assim vai, é um ciclo vicioso.

      Os antidepressivos aumentam a energia psíquica das células, o que excita o sistema nervoso, por isso, no início do tratamento a pessoa tende a piorar, mas após duas semanas ele “quebra” esse ciclo, e você se reequilibra fisiologicamente e psicologicamente.

      1. Rebeca

        Oi, galera do bem! Oi, Lu, espero q estejam bem!

        Surgiu uma dúvida e eu gosto de desabafar aqui.Estou no sétimo mês de exodus e até o momento estava segurando legal, nunca 100%, mas tudo bem. Porém este mês está meio difícil, estou sentindo muita sensação de irrealidade, que faz com que eu tenha a sensação de pânico. Como já sei do que se trata, eu tento reverter, mas não queria ter que sentir isso TODOS os dias. Acontece mais dirigindo e no trabalho. Relatei para minha médica, ela me encaminhou pra psicoterapia e, se não melhorar, vai aumentar a dose para 2 mg. Eis a dúvida: é, digamos, normal que isso aconteça mesmo depois de 7 meses com o remédio?

        Obrigada por me ouvirem. Lu, mais uma vez parabéns pelo blog.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Oi, dona Rebeca!

          Desabafe, minha lindinha, estamos sempre prontos para ouvir nossos companheiros e companheiras de caminhada. É para isso que existe este cantinho.

          Como disse num comentário anterior, não existe ninguém que fique 100%, mesmo aquelas pessoas que não têm problemas mentais, pois as nossas emoções continuam conosco. Assim, existirão, sempre, dias melhores e dias piores. Ainda bem, pois o antidepressivo não nos transforma em robôs.

          Amiguinha, também acho que a sua dosagem pode estar baixa. E é mais do que normal isso acontecer. Quando a dosagem é insuficiente, o organismo dá o alerta, gerando efeitos ruins. Basta, muitas vezes, o aumento da dose, para que tudo volte ao normal. Mas lembre-se de que nenhum remédio irá nos impedir de sentir tristezas ou alegrias, pois afinal de contas somos humanos. Ainda não foi criada a pílula da felicidade. Portanto, temos que navegar em mares revoltos e em mares tranquilos.

          Quando estiver dirigindo, procure ouvir músicas, de modo a distrair seus pensamentos. Tente adivinhar quem canta, onde mora, o nome da música, etc. Este tipo de exercício impede-nos de deixar a mente vagando. Quanto ao serviço, parece-me que você faz um tipo de trabalho solitário. Ainda assim, procure interagir com seus colegas, não deixando tempo para os devaneios.

          Será sempre um prazer responder a seus comentários.

          Beijo no coração,

          Lu

        2. Alex

          Boa noite, Rebeca

          A desrealização e a despersonalização são sintomas muito comuns da síndrome do pânico ou da depressão, pois o sistema nervoso se encontra em um estado de estresse agudo no qual faz surgir esses fenômenos. Porém há um fato curioso, estima-se que 70% da população em geral já tiveram esses sintomas, e detalhe, mesmo não tendo nenhum transtorno mental, ou seja, esse sintoma se assemelha ao “Dejá-Vú” que você com certeza já sentiu, aquela sensação de que algo já aconteceu.

          Pois bem o “Dejá-Vú” se manifesta espontaneamente, já a despersonalização e desrealização são consequências do estresse, mesmo não sendo caracterizado nenhum transtorno mental. Você consegue me descrever essa sensação, assim poderei dizer se o acontecido se trata de despersonalização/desrealização. Você toma quantos miligramas de escitalopram? Aconteceu alguma coisa recentemente ou há dois meses, que tenha a afetado emocionalmente?

          Abraço e melhoras!

        3. Rebeca

          Oi, Alex!
          Obrigada pelo auxílio, vou tentar explicar, mas é tão complicado. Estou tomando o Exodus de 15 mg, estava tudo bem até que este mês, estão bem chatinho os sentimentos. Parece um “déjà vu” só que muito frequente. Toda vez que estou dirigindo, indo pro trabalho eu sinto isso. É uma sensação de não estar vivendo aquilo, de confusão mental mesmo. Esse foi o primeiro sintoma que me despertou o pânico e desencadeou tudo isso. A primeira vez foi dentro do shopping e a outra no ônibus. Meu irmão sente tudo isso, trocamos ideia. Ele é uma das pessoas com quem me sinto bem, porque sabe exatamente o que se passa. Como tem médico que não explica nada, vou tentar terapia este mês. Obrigada por me ouvir e ajudar. Estou sempre confiante!
          Abraço e melhoras a todos!

        4. Alex

          Boa Noite Rebeca

          De fato é sintoma de “desrealização”, uma sensação ruim de confusão, parece que está vivendo uma irrealidade, que você está desfocada, parece que o mundo a sua volta está estranho, bom resumindo, entre outras sensações. Essa sensação é um “subproduto” da ansiedade, fruto do estresse fisiológico, apesar de ser uma sensação ruim, é normal. Várias pessoas já tiveram essa experiência, talvez não se lembrem por ter sido tão rápido como um reflexo, pelo fato de você ter um transtorno de ansiedade essas sensações podem ser mais recorrentes e duradouras, isso vai depender da forma como você reage a elas e do seu nível de estresse/ansiedade. Basta aprender a lidar com isso. Eu te incentivo a fazer psicoterapia. Se puder, procure por um profissional “gabaritado”, pois tem muitos que não estão devidamente preparados e não poderão te ajudar, gerando frustração. Em pouco tempo já estará bem, aproveite a psicoterapia para trabalhar também tudo aquilo que acha necessário, que traz consigo desde a infância.

          No comentário anterior citei o “Déjà-Vu” só para exemplificar a naturalidade dos sintomas, mas não há cientificamente relação entre o mesmo e a desrealização, o que se sabe é que tanto um como o outro desaparecem espontaneamente e que a desrealização/despersonalização são apenas manifestações dissociativas do inconsciente.

          Abraço e melhoras!

  316. Alex

    Boa, tarde!

    Ao ver os esforços de todos aqui e a solidariedade da companheira “LuhDiasBH” que está sendo como uma irmã/mãe de todos aqui, quero poder cooperar de alguma forma com este processo. Por isso, quero poder esclarecer algumas coisas sobre transtornos mentais mediante informações mais “técnicas”.

    Existem doenças hereditárias, genéticas e constitucionais. As hereditárias são enfermidades que os pais ou avós possuem ou possuíram, e, que o filhos e os netos terão, digamos que para cada dois filhos um terá. As genéticas, são as que potencialmente os filhos terão, ou seja o indivíduo já nasce com predisposição a desenvolvê-las, mas pode ser, que por circunstâncias (bons hábitos), não a desenvolvam. As constitucionais se instalam por meio de fatores comportamentais, ambientais (Ex: Não há casos de câncer de pulmão em uma família, porém o indivíduo fumante acaba desenvolvendo-o).

    Os transtornos mentais, lembrando que ansiedade generalizada, pânico, TOC, depressão, enfim não são doenças mentais, mas “transtornos mentais”, chamados de neuroses. As doenças são chamadas de “psicose”, como por exemplo a esquizofrenia. Ninguém aqui está ou ficará “louco”, pois o “louco” não tem senso crítico de sua condição, se você tem medo ou pensa que pode estar/ficar, fique tranquilo não existe a menor possibilidade desse fato acontecer, pois não tem a mínima relação entre uma coisa ou outra, ok?

    A ansiedade se manifesta pelo níveis desajustados de serotonina, a depressão pode estar relacionada a outros neurotransmissores como dopamina, noradrenalina e o gaba.Quando passamos por episódios estressantes (traumas, medos, sofrimento, excesso de trabalho, aborrecimento, luto, insegurança, conflitos psicológicos e emocionais, etc), liberamos um hormônio chamado cortisol, esse hormônio tem suas funções vitais, mas o seu excesso ou acúmulo no organismo nos leva a sermos acometidos por esses transtornos mentais, ou seja quanto mais tempo ficarmos expostos às condições estressantes, mais cedo ou mais tarde iremos precisar de ajuda psiquiátrica.

    Os psicofármacos, que tratam especialmente a ansiedade, fobia, pânico, toc, são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, são eles: Citalopram, Escitalopram, Fluvoxamina, Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina. A sertralina é referência para depressão maior, a paroxetina (pelo seu efeito ansiolítico) é primeira escolha para pânico, a fluoxetina para o TOC e obesidade, bom o certo é que todos funcionam para “tudo” e cada organismo reage de formas diferentes a cada medicação, ou seja, o que é bom para um pode não ser pra outro. O escitalopram foi desenvolvido para ser a forma aprimorada do citalopram, a Lundbeck (laboratório) quando estava desenvolvendo o escitalopram carregava consigo o conceito de fazer “mais com menos”, ou seja diminuir as miligramas, por consequência diminuir os efeitos colaterais, porém aumentar a eficácia, bom até o momento está sendo um sucesso, de fato a tecnologia empregada está dando bons resultados, dos medicamentos existentes, pra mim esse é o melhor (mas lembre-se de que cada caso é uma caso).

    Sobre efeitos colaterais, não tem jeito, vão acontecer, você vai ter que esperar ao menos 15 dias. Os mais comuns são náusea, aumento significativo da ansiedade no começo, ejaculação retardada, baixa libido, dor de cabeça, sonolência, bom quando eu digo que são comuns é porque são mesmo. Algumas dicas:

    1ºNão use regularmente ansiolíticos, pois a longo prazo causam dependência, tolerância. Converse com seu médico e use-os com cautela, no início do tratamento e em crises de pânico, aquelas que você não consegue controlar. Ao invés de ir para o pronto socorro você o toma. Procure por aqueles que são sublinguais, foram criados para isso.

    2º Se está tomando uma medicação com mais de 4 semanas e não sente efeitos colaterais, mas também ainda não se sente bem, converse com o seu médico para aumentar a dose, pois a medicação só se troca quando os efeitos colaterais não passam ou a dose máxima não está surtindo efeito, tenham paciência e frieza para analisar a situação.

    Abraço a todos e melhoras!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alex

      Será um grande prazer tê-lo em nossa companhia. Como você mesmo sabe, está cada vez mais difícil encontrar pessoas que se dispõem a ouvir o outro, a lhe mostrar caminhos, ou até mesmo dar-lhe coragem para prosseguir no tratamento. Os médicos mostram-se cada vez mais sintéticos, com consultas rapidíssimas, deixando o paciente cheio de dúvidas.

      Amiguinho, quando fiz o meu primeiro texto sobre o assunto, jamais imaginei que estaria iniciando um fórum de grande importância para os que nos visitam. As visitas foram se avolumando, assim como os comentários, e hoje formamos uma família maravilhosa, em que os membros ajudam-se mutuamente.

      Alex, obrigada pela sua visita, explicações e advertências. Você será muito útil neste cantinho. Portanto, conto com o seu apoio.

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Cristiane Costa

        Lu
        Estou ótima, voltei a trabalhar, a ansiedade passou, só tenho um pouco de medo, quando estou em lugares em que tem muita gente. Estou me dando muito bem com a melatonina. Hoje tomo só 2 gotas de Rivotril. Lemb-se que eu estava viciada, já com 20 gotas? Não estou com mania de doença, graças a Deus. Estou bem!

        Beijo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Que notícia maravilhosa! Eu não lhe disse que tudo era questão de tempo, desde que continuasse o tratamento? Você é realmente uma garota POP. Sinto-me orgulhosa consigo, amiguinha. Parabéns!

          Abraços,

          Lu

    2. Taty

      Parabéns, Alex, é muito esclarecedor o seu texto. De grande valia para nós, portadores desses transtornos.
      Obrigada e nos visite sempre.
      Abraço.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Taty

        Ele já me disse que irá continuar nos dando apoio.

        Abraços,

        Lu

        1. Thiago

          Ajudem-me, pois sinto palpitações, às vezes passo mal. Meu cardiologista me encaminhou pro psiquiatra neuro, que me passou fluoxetina de 20 mg. Estou tomando há dois dias, mas parece que estão piorando as palpitações, que vêm do nada. Fico fraco e tremendo, acordei com sensação de desmaio. Alguém conhece sobre o assunto? Obrigado!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Thiago

          Seja bem-vindo a nosso grupo, onde todos já passamos por isso. Portanto, fique tranquilo, logo você estará bom. Mas é preciso ter paciência.

          Amiguinho, quando começamos a tomar um antidepressivo, o nosso organismo reage, pois não quer aquele medicamento. É por isso que nos sentimos ainda pior, no início do tratamento. Mas, depois de duas semanas, o nosso corpo vai se acostumando e as reações boas vão aparecendo e as ruins desaparecendo. Infelizmente, alguns médicos não avisam os seus pacientes sobre isso, que acontece com quase todo mundo. O que leva a pessoa a achar que deve parar, pois está se sentindo ainda pior.

          Thiago, seja persistente. Aguente firme essa fase inicial. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Esse é apenas uma fase passageira, que logo irá passar, de modo que você terá, a seguir, uma vida de qualidade. As palpitações, tremuras e sensação de desmaios estão dentro dos sintomas de reação inicial. Logo passarão! Continue firme em seu tratamento e não pare em hipótese alguma. Contate seu médico sempre que desejar. É importante que ele saiba como você está passando. Todos nós aqui conhecemos sobre este assunto. Leia os comentários e verá que todos passam por essa fase ruim. Sempre que tiver uma dúvida, venha conversar conosco. Não se acanhe!

          Seu médico passou-lhe algum ansiolítico? Se achar que não está aguentando passar por isso, peça-lhe um, para tomar só no início do tratamento. Tenho a certeza de que logo virá nos contar que está se sentindo bem, e que tais sintomas adversos desapareceram. Seja forte! Depois da tempestade vem a bonança. Acredite no seu tratamento. Aguardo mais notícias suas.

          Um grande abraço,

          Lu

    3. Thiago

      Estou precisando de ajuda. Eu fiz exames cardiológicos e não constou nada. Sinto palpitações, já passei mal, tremia, mãos geladas, e chego no pronto socorro e não consta nada. Fui encaminhado pro neuro ele me passou fluoxetina, que estou tomando faz dois dias, mas sinto tremedeiras e palpitações repentinas. Estou com medo!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Thiago

        Respire fundo e pense que tudo é coisa de sua mente que está precisando de tratamento. Você está tendo crises de pânico (SP). Saiba que, embora pensemos que vamos morrer, isso não acontecerá. As crises são realmente terríveis, pois nos trazem o sentimento de morte iminente, que vamos morrer do coração, mas é só impressão. É por isso que, ao chegar no Pronto Socorro, a você não apresenta nada. Essas crises são ocasionadas pelo intenso estado de ansiedade. Elas logo passarão com o uso do medicamento. Agora é ter paciência para esperar pelo efeito desse. A maioria de nós aqui já passou por isso. Sabemos como é difícil. O remédio intensifica as crises no início do tratamento, mas em torno de duas semanas elas irão desaparecendo.

        Amiguinho, não é preciso ter medo. Lembre-se de que essas crises não matam. Você não tem nada do coração, foi por isso que o cardiologista encaminhou-o para o psiquiatra. Quando elas vierem, não ofereça resistência. Deite-se e respire fundo. Quanto mais calmo você procurar ficar, mais fracas elas serão. Veja se o seu médico passa-lhe um ansiolítico. Tome também chá de camomila. Acredite em mim, pois também já passei por isso. Sei como é. Hoje não mais as sinto, pois faço tratamento.

        Quando estiver achando que vai ter uma crise, venha aqui e escreva o que está sentindo. Faça quantos comentários quiser. Todos serão respondidos. Leia também os comentários dos colegas. Seja guerreiro! Sei que é difícil, mas ao final o tratamento compensa tudo.

        Mais outro abraço,

        Lu

        1. Thiago

          Oi Lu e amigos!

          Hoje completam 04 dias de medicação, não me deixo me abater e sigo minha rotina de trabalho. Os problemas são só os pensamentos ruins e repetitivos, mas sou maior do que eles. Queria saber se um dia, claro seguindo as orientações médicas, eu poderei encerrar essas medicações da minha vida? Tomo cloridrato de fluoxetina de 20 mg e o médico não me deu a oportunidade de dizer que sou hipertenso, que uso losartana de 50 mg e atenolol de 25.
          Obs: vocês são demais, muito obrigado!

        2. LuDiasBH Autor do post

          Thiago

          Parabéns, meu amiguinho. É isso, mesmo, sempre caminhando em frente. Como já lhe disse, você ainda está no início do tratamento. Logo estará ótimo. Os pensamentos ruins irão desaparecendo. É preciso ser POP (persistente, otimista e paciente). Quanto ao médico, se ele nem o deixou falar, mude para outro. É fundamental a empatia entre paciente e médico. Só fique com quem o deixa seguro.

          Você pergunta sobre a duração do tratamento. Isso varia muito, dependendo do estado de cada um. Mas não se preocupe com isso agora. O importante é que fique bom. O resto será resolvido com o tempo. Cada coisa na sua vez.

          Thiago, estou feliz com as notícias que acaba de repassar, pois estava muito preocupada com você, aguardando seu contato. Volte sempre para dizer-nos como vai.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Delcio Vasconcelos

        Thiago

        Tudo o que você está sentindo, eu já senti há uns 8 meses atrás. Fui durante várias vezes parar em um hospital com muito medo de morrer, taquicardia uma atrás da outra, pressão nas alturas. E eu não sabia o que estava acontecendo, fiquei muito desesperado.

        O que eu tenho a lhe dizer é você está tendo umas possível síndrome do pânico ou transtorno de ansiedade, seja firme tenha paciência. Quando as crise vierem, respire fundo, controle a respiração. Uma crise dura de 5 a 30 minutos, tente controlar a mente, não tenha medo, pois daí a duas semanas, quando o remédio começar a fazer seu devido efeito, você vai ficar mais tranquilo. E, se puder, procure um psicólogo e faça algumas seção de psicoterapia, algumas aulas de yoga é muito bom, pois ensinam a controlar a respiração e respirar de forma correta. No youtube tem alguns vídeos ensinando a respirar de forma correta, e o principal tenha fé em Deus …

        1. LuDiasBH Autor do post

          Délcio

          É um grande prazer recebê-lo aqui neste espaço. Suas palavras de incentivo são necessárias a todos que passam pela SP. Em nome do Thiago eu lhe agradeço. Tenha a certeza de que ele lerá seu comentário.

          Gostaria de dizer-lhe, para que fique mais tranquilo, que o Thiago já se encontra em tratamento (veja outros comentários dele). Suas crises foram aumentadas com o início desse. Mas no seu último comentário ele já dizia estar melhor. A gente fica sempre intranquila, ao ver um pedido de socorro tão contundente como o dele, não é mesmo?

          Amiguinho, mais uma vez obrigada. Volte sempre com suas palavras reconfortadoras.

          Abraços,

          Lu

  317. Anelise

    Olá amigos e querida Lu!

    Hoje, depois do 12° comprimido de luvox, eu me sinto bem melhor, graças a Deus. Comecei a trabalhar hoje e enfrentando o medo de ter as recaídas, estava ainda sem fome, emagreci bastante, mas agora forço comer e tudo certo, não passo mal.

    Li ontem que medicação é importantíssima, mas a força de vontade e o pensamento positivo são maravilhosos para a melhora, sei que é difícil, mas vale a pena. Saibam que rezo por todos diariamente, minha fé é enorme. Oro sempre e peço a São Gildásio pela nossa melhora e cura. Este blog me ajudou muito. Vamos continuar sendo POP.

    Beijos cheios de otimismo a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Aproveito o seu comentário para pedir desculpas aos leitores, pois o setor de comentários esteve quatro dias com problemas, só sendo arrumado hoje. Coisa de máquinas!

      Amiguinha, fico feliz com a sua melhora e, sobretudo, com o seu otimismo. Não pense em recaídas, se está fazendo tudo direitinho. Daqui para a frente estará cada vez melhor.

      Abraços,

      Lu

      1. Maria Costa

        Tomo escitalopam, será que ele tira tristeza? A minha depressão é acompanhada de uma tristeza profunda, será que vou ter cura?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maria Costa
          Você não me disse há quanto tempo toma o antidepressivo e qual é a dosagem.

          Amiguinha, a depressão é uma doença que vem sempre acompanhada de muita tristeza. É assim com todo mundo. Porém, os antidepressivos estão cada vez mais eficientes no sentido de ajudar-nos a sair desse estado, despertando em nós o prazer pela vida. É preciso tomar o remédio direitinho e, sempre que sentir que não está fazendo mais efeito, retornar ao médico. Não sei qual é o tipo de sua depressão, mas qualquer que seja ele, o antidepressivo melhorará significativamente a sua qualidade de vida. Faça também algum tipo de exercício físico, como caminhada, ioga, etc. Lembre-se de que é muito importante a nossa relação com o mundo, procurando ser otimista, sempre.

          Obrigada pela sua visita e comentário. Volte sempre!

          Abraços,

          Lu

        2. Maria Costa

          Estou tomando exodus de 15 mg e eclomazepam de 05 mg, há 12 dias, mas acordo com uma ansiedade terrível, e tenho muita ansiedades o dia todo. Será que o remédio não está fazendo efeito? Alguém já se sentiu assim, com esse remédio? Está horrível aguentar. Tomo os 2 à noite. Abraços.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Maria

          Você ainda se encontra no início do tratamento, quando os efeitos adversos do remédio são realmente horríveis. Mas, normalmente, depois da segunda semana, eles começam a desaparecer, vindo os efeitos bons. É preciso ter paciência para aguentar essa fase. Se ler os comentários, verá que todos passam por isso. Portanto, seja POP (paciente, otimista e persistente). Logo estará se sentindo bem melhor.

          Muito obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre.

          Abraços,

          Lu

  318. Celia Lucia

    Oi, pessoal!

    Eu também estou fazendo uso de escitalopram. Comecei a ter sintomas de angústia e depressão, depois de parar de fumar. Logo depois perdi meu irmão, aí as coisas pioraram e muito. Às vezes melhoro um pouco, outras vezes tenho a sensação de que vai durar pra sempre. Tem 15 dias que estou tomando o remédio.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Célia Lúcia

      Seja bem-vinda a este cantinho, onde formamos uma grande família. Sinta-se à vontade!

      Amiguinha, você está sentindo falta da nicotina e do alcatrão, provocada pela abstinência. Deveria ter procurado um médico para ajudá-la nessa fase, dado-lhe um ansiolítico. Lamento a perda de seu irmão, mas nada podemos fazer contra os revezes da vida, senão aceitar. Tal fato aumentou ainda mais a sua angústia. Mais do que normal sentir-se assim.

      Célia, você está tomando um excelente antidepressivo, um dos mais receitados atualmente. Saiba, porém, que nas primeiras semanas, as coisas pioram mesmo, mas depois elas vão entrando nos eixos, com o remédio começando a mostrar os efeitos positivos, eliminando os negativos. Por isso digo que é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Em hipótese alguma pare o tratamento sem o consentimento médico, pois o retorno das crises serão ainda piores. Gostaria que lesse o artigo INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAN, para saber quais sintomas poderá ter e em quais deverá procurar ajuda. Certo? O texto encontra-se aqui no blog.

      Venha sempre nos contar como anda a sua saúde. Muita força, minha querida!

      Abraços,

      Lu

  319. Anelise

    Oi, gente, Oi, Lu,

    Bom, hoje estou no sétimo dia de Luvox, venho sentindo melhora dia dia, a alimentação ainda está complicada, não tenho apetite, mas tenho forçado. Eu estava tomando até hoje 1/2 comprimido à noite, hoje comecei a tomar 1/2 à noite e 1/2 pela manhã. Dia 18/11 tenho médico, espero até lá, estar melhorando mais e mais.

    Lu, vou perguntar pra ele, mas você sabe por que 1/2 à noite e meio de 1/2 dia? Nunca tinha tomado assim, sempre era inteiro.

    Beijos e uma ótima noite mega abençoada a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      Você é realmente uma garota POP, pois depois de uma barra pesada, aqui está cheia de entusiasmo. Parabéns! Quanto a tomar o remédio partido, duas vezes ao dia, pode ser que ele dê muito sono. Mas realmente eu não conheço a substância denominada maleato de fluvoxamina. Depois que perguntar a seu médico, conte-me. Mas não se preocupe com isso, o seu psiquiatra sabe o que está fazendo.

      Beijos,

      Lu

  320. Fatima

    Oi, Lu!

    Estou tomando Pristiq, mas ele só serve para depressão. Como tenho pânico, TAG e TOC, meu médico me receitou o Pondera. Posso automaticamente parar de tomar um e começar com o outro?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fátima

      Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa.

      O Pondera tem como principal componente o cloridrato de paroxetina. Não sei qual é a sua interação com o componente principal do Pristiq (desvenlafaxine). O ideal é que você converse com seu médico e tire suas dúvidas. Algumas substâncias podem ser tomadas junto a outras, sem problema, enquanto outras, não. Portanto, para se sentir mais segura, pergunte-lhe. Se ele não lhe disse nada, mesmo sabendo que tomava outro antidepressivo, imagino que possa tomar iniciar a mudança. Mesmo assim, não custa nada perguntar-lhe.

      Grande abraço,

      Lu

  321. Daiane Reis

    Olá, Lu!

    Que bom que li sua matéria, pois mudei de neurologista, porque o outro saiu da clínica onde eu fazia tratamento para síndrome do pânico e depressão. Até ontem eu tomava fluoxetina de 10 mg, cloxazolam de 1mg e Litriptofano de 100 mg. O novo médico passou cloxazolam de 2 mg, sendo que de farmácia, e o escitalopram de 10 mg manipulado, mas também não informou que eu tinha que ficar 15 dias sem tomar o novo medicamento. Ainda bem que achei sua matéria.

    Obrigada

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, Daiane!

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde formamos uma família cada vez maior. Sinta-se em casa.

      Também sou portadora da SP (síndrome do pânico) e da depressão, tendo que tomar remédio a vida toda. Já passei por muitos remédios, que, como o tempo, vão deixando de fazer efeito. O penúltimo foi a fluoxetina. Agora estou usando o oxalato de escitalopram, com o qual tenho me dado muito bem. Faz anos que não sei o que é uma crise de pânico. Você irá gostar do resultado.

      Realmente existem substâncias que necessitam de um período de duas semanas, entre o uso de uma e outra, para que não haja choque, pois o antidepressivo possui efeito acumulativo, ficando no organismo (mesmo quando paramos de tomá-lo) por um período x. Enquanto aguarda o início do oxalato, faça uso de um ansiolítico. Também sugiro que leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para ficar a par dos efeitos adversos que poderá sentir nos primeiros dias. E continue nos informando como anda seu tratamento.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Tiago

        Meus caros, quanto efeito colateral tenho com apenas quatro dias de uso do escitalopram. O lado bom é que tenho dormido à noite, mas o dia todo também e a depressão aumentou. Isso não me assusta mais, pois é sinal que o fármaco está fazendo efeito. Espero que os efeitos benéficos também venham.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Tiago

          Eles estão a caminho. Basta ter paciência para esperar que aconteçam. Leia o artigo INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, para saber quais os sintomas são normais e quais exigem que se procure o médico, ou entre em contato com ele. O artigo encontra-se aqui no blog.

          Abraços,

          Lu

  322. Carolini

    Boa noite, Lu!

    Fui ao neurologista, ele me passou um exame pra fazer, marquei para o fim do mês, mas acho que é mais um das minhas psicoses, porque não tenho sentido mais dor de cabeça. Quanto ao remédio que venho tomando, o scitalax, estou melhorando cada vez. Hoje, se eu pudesse falar o que mudou, diria que estou curada, mas sei que não é assim, quando menos se espera é que surge a recaída. Estou ótima, hoje não tomei o remédio, pois estou na região dos lagos, o meu acabou e não achei em nenhum lugar por aqui, só o genérico dele que é o oxalato de citalopram, mas não sei se posso mudar para o genérico, é bem mais barato, a metade do outro que comprei, mas tenho medo de causar efeitos colaterais, aí estou nesta dúvida: se fico sem tomar hoje ou se compro o remédio.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Como é bom saber que você se encontra cada vez melhor. Não lhe disse que tudo era questão de tempo? Quanto ao genérico, não há problema algum em tomá-lo. Eu sempre compro o que estiver mais barato. O oxalato de escitalopram é o nome da substância principal contida no antidepressivo. Eu, quando vou ao médico, peço a receita apenas com o nome de oxalato de escitalopram, que me permite comprar o mais em conta. Se o médico não coloca só o nome da substância, a farmácia só pode vender o indicado por ele.

      Pode tomar sem medo. Trata-se do mesmo remédio, mudando apenas de laboratório. Ficar um dia sem tomar também não faz diferença, pois o efeito do antidepressivo é acumulativo.

      Um beijo,

      Lu

  323. Anelise

    Oi, Lu,
    realmente não me dei bem com lexapro, sentindo-me muito mal, o psiquiatra me passou Luvox.
    Vocês conhecem?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Anelise

      É muito normal o nosso organismo não dar bem com um determinado antidepressivo. Por isso, o início do tratamento é tão difícil. Mas existem excelentes remédios no mercado para esse fim. Já ouvi falar que se trata de um remédio muito bom. Espero que com esse você se sinta bem. Gostaria que nos dissesse depois, até mesmo para trazer informações para os que estão (ou irão) tomá-lo.

      Abraços,

      Lu

      1. Anelise

        Pode deixar, depois de eu tomar alguns dias, volto aqui para dizer como foi….mas estou com muita fé que vou me dar bem com este…e não esquecendo de ser POP… 😉
        Beijão e um ótimo final de semana a todos.

    2. Tiago

      Olá, Anelise!

      Meu psiquiatra me passou Luvox e já me deu amostras grátis para 14 dias, de 50mg. Mas o remédio é caro, além da dosagem ser dobrada até o ajuste esperado, o que encarece mais. O luvox é um excelente antidepressivo, com poucos efeitos colaterais (como perda de libido e ganho de peso). Infelizmente pra mim, o custo/benefício me fez mudar pro excitalopram, o qual ainda iniciarei.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Tiago

        Acho que você irá gostar do oxalato de escitalopram, que tem sido muito indicado pelos psiquiatras. Já teve o seu preço bem alto, mas vem caindo no mercado, com a entrada de várias indústrias farmacêuticas.

        Abraços,

        Lu

        1. Anelise

          Gente, estou só no segundo dia de Luvox, mas já me sinto melhor, cheia de fé que vou me dar bem. Meu médico tinha me dado receita de duas caixas de lexapro, caro pra caramba, como não me dei bem, fiquei com uma caixa fechada e outra aberta :/, tentei trocar na farmácia e eles não trocam. Mas sem estresse, só de estar me sentindo melhor já é uma bênção.
          Galera, força para todos e muita fé. Lu, embora seguindo como POP. Deus abençoe a nós todos.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Anelise

          Há um comentário direcionado a você. Veja abaixo. Quanto às caixas de Lexapro, dê-as para um asilo ou um posto de saúde. Não as deixe perder a validade.

          Abraços,

          Lu

  324. Armelinda

    Oi Lu, oi guerreiros e guerreiras deste blog tão especial!

    Gostei muito de cada depoimento que li, pois mostra que o que sentimos não é invenção da nossa cabeça, muitas outras pessoas passam pela mesma dor. Eu estou no meu 2° dia de escitalopram, pois já tomei muitos outros tipos de antidepressivos. Nos primeiros dias os sintomas adverso são mais, mesmo, ou será que vou ter sorte em ter poucos sintomas? Estou tomando junto com diazepam de 5mg. E para completar minha situação, estou com gastrite e duodenite, já hà alguns meses em tratamento, comendo só sopinha de macarrão com legumes e feijão. Já emagreci mais de 10 kg. Se o escitalopram como você disse Lu, pode fazer emagrecer, e isso acontecer comigo aí sim, vou voar. Mas, pretendo ser POP como vocês. Pretendo alcançar a vitória também.

    Grande abraço a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Oi, Armelinda!

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Junte-se à nossa família. A casa é sua!

      Amiguinha, por muito tempo as pessoas não compreendiam a real extensão das doenças mentais. Achavam que não passavam de fricotes. Mas hoje as coisas vêm mudando, pois é a enfermidade que mais cresce em todo o mundo. Contudo, ainda existem certas “igrejas”, por exemplo, que pregam que as pessoas estão “possuídas”, para angariar seguidores. Casos assim merecem ser denunciados. Não há mais como negar o fato de que nosso cérebro também adoece, como qualquer outra parte de nosso corpo. Ainda bem que o mercado tem trazido antidepressivos de primeira linha, que nos permitem ter uma vida com qualidade. Eu digo isso, porque sou uma dessas pessoas.

      Você me disse que está com gastrite e duodonite. Acontece que o nosso sistema digestivo é a maior vítima de nosso estado emocional. Portanto, penso que alcançará uma grande melhora, ao tomar o oxalato de escitalopram, podendo até ficar livre das inflamações citadas, uma vez que melhorará seu equilíbrio emocional. Quanto a emagrecer, existem pessoas que engordam com o oxalato de escitalopram. Em algumas, o apetite é aumentado. Vamos aguardar para ver em que grupo você se encaixa. Espero que sofra pouco com os sintomas adversos, garota POP.

      Lindinha, obrigada por sua presença no blog e pelos elogios a ele dirigidos. Não suma!

      Abraços,

      Lu

  325. Fernando

    Prezada Lu,
    estou preocupado. Sinto ansiedade, medo, aflição, tristeza. Fui ao psiquiatra. Eu tenho essas coisas recorrentementes e estava me sentindo bem. Após mais de 1 ano com lexapro 10 mg e rivotril parei tudo por conta própria e tudo voltou. O psiquiatra me passou êxodos 10 mg, tomei por 19 dias, não melhorei e ele aumentou a dose para 20 mg. Tomei essa dose por 28 dias. Não melhorei. O m´rdico resolveu mudar o remédio. Passou efexor( venlafaxina) xr 75 mg, que estou tomando há 14 dias. Estou me sentindo pior ainda. Será que este médico não deveria ter esperado mais tempo, antes de trocar de remédio ? O que eu faço? Tenho consulta com ele dia 12 de novembro. Acho que deveríamos ter esperado mais antes de trocar de remédio. Estou ansioso, aflito, com medo, pensamentos que me dominam. Essa coisa não passa e com o remédio novo ficou pior. Eu ligo pro médico e ele me manda ir numa emergência, se eu não aguentar. Pior que se eu trocar de médico agora, acho que vai complicar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Meu querido Nando

      A primeira coisa a fazer é acalmar-se. Para tudo há um jeito. E o modo como encaramos as coisas ajuda-nos a encontrar o melhor caminho. Quanto mais ansioso ficar, mais nublada será sua visão. Portanto, respire fundo, e acredite que irá encontrar a melhor saída. Também devo lhe dizer que estou com uma vontade danada de puxar sua orelha. Menino levado, você não sabia que não deveria parar o tratamento sem consentimento médico? Não leu a informação aqui no blog? Ainda bem que não somos vizinhos, senão iria aí lhe dar umas palmadas.

      Amiguinho, o importante é que você voltou a procurar tratamento. Como tenho dito aqui, o retorno das crises traz ainda mais sofrimento, pois elas se tornam mais agudas, como a nos punir pelo nosso erro. Mas não se apavore, elas serão domadas. Racionalize seu medo, angústia, aflição, ansiedade e tristeza. Saiba que tudo é questão de tempo, para que volte ao equilíbrio de antes. Tudo isso irá passar, assim que acertar no antidepressivo correto. Procure ser POP (persistente, otimista e paciente). Não permita que a mente fantasiosa dirija sua vida. Resista!

      Nando, é fundamental ter como médico alguém em quem você confie. A empatia entre médico e paciente é de suma importância, principalmente para nós, portadores de doenças mentais. Se não houver, busque outro. Se achar que seu médico não é legal, não tenha receio em procurar outro, e não haverá complicação nenhuma nisso. Os psiquiatras possuem a mesma formação. Eu nunca volto a um médico que não me passa confiança e empatia. Não tenha medo de procurar outro, ainda que vá na consulta do dia 12. Procure também olhar a vida com mais otimismo.

      Existem pessoas que necessitam de um tempo maior para que o remédio mostre todos os seus bons efeitos. Mas somente o profissional poderá lhe dizer se deveria esperar mais tempo ou não. Converse com ele, abra-se à vontade, fale sobre o que está pensando, etc. Ele é obrigado a ouvi-lo. Você não me disse se está tomando algum ansiolítico. Gostaria de saber.

      Amiguinho, sempre que quiser, venha aqui conversar conosco. Quero notícias suas, se possível, diariamente. Leia também o artigo que postei sobre INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Um grande abraço,

      Lu

  326. Ana Paula

    Olá, Lu!

    Meu nome é Ana Paula e tenho 25 anos. Sempre tive uns probleminhas com ansiedade, mas nada fora do normal. Ano passado tive minha primeira crise de pânico e muitos pensamentos repetitivos que me travavam. Foram dias terríveis. Tinha certeza que estava com uma doença que nenhum médico conseguia descobrir, que iria morrer e pensamentos melancólicos sobre a vida. Comecei meu tratamento com o Reconter e os primeiros quinze dias foram horriveis, mas quase que magicamente fui melhorando e me cuidando juntamente com a terapia.

    Fiz oito meses de tratament, e achava que estava ótima para parar, mas minha médica não quis que eu parasse. Fui teimosa e fui diminuindo a dosagem por conta própria ate que parei de tomar. Fiquei meses sem sentir nada, mas uma parente descobriu uma doença e passei a sentir ansiedade e muito medo, outra vez. Tenho conseguido me controlar para não ter mais uma crise, mas sinto que não vou aguentar muito tempo, porque já estou achando que estou doente de novo. Meu apetite esta indo embora e não me concentro em mais nada. Sinto dores, que muitas vezes sei que é meu psicológico. Vou na psiquiatra amanhã e gostaria de saber se ela poderá me receitar o mesmo remédio, pois me adaptei super bem a ele.

    Tem outro detalhe, em fevereiro farei um intercâmbio e esses sentimentos estão me travando, não quero ir, correndo o risco de ter algo em outro país, longe das pessoas que podem me socorrer.
    O que você acha Lu?

    Muito obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Paula

      Minha querida, seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Sua médica tinha toda a razão, quando lhe disse que não deveria parar, pois a maioria das pessoas necessitam de um tratamento mais longo. O fato de o antidepressivo estar fazendo efeito engana a muitos, que pensam não mais estar necessitando dele. Como o remédio é acumulativo, enquanto a substância estiver no organismo, a pessoa está se sentindo bem. Assim que acaba, o corpo começa a sentir a sua falta.

      Pelo que observei, sua doença mental necessita de um tratamento mais prolongada. E quanto mais cedo retornar a ele, melhor. Se deu bem com o Reconter, imagino que a médica irá passar um antidepressivo com a mesma substância ativa. Mas saiba que poderá passar pelos mesmos sintomas adversos de antes, pois seu organismo receberá o remédio como se fosse a primeira vez que estivesse tomando. Mas tais sintomas ruins duram pouco tempo, como já sabe.

      Amiguinha, nós, vítimas das doenças de pânico (SE) tornamo-nos pessoas inseguras, medrosas, pois as crises machucam muito. Saiba portanto que, medicada, elas não voltam. Podendo viajar tranquilamente. Eu, por exemplo, também tenho SP, mas há anos que nunca mais a senti, pois tomo diariamente o oxalato de escitalopram. Para acalmá-la quanto a isso, peça à psiquiatra para receitar-lhe, também, um ansiolítico, que tomará somente quando achar que está necessitando.

      E crie juízo nessa cabecinha e jamais pare o tratamento sem consentimento médico. Espero que me conte como está se sentindo, após recomeçar o tratamento. E sempre que precisar, venha aqui conversar conosco.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Ana Paula

        Oi Lu!
        Voltei para dizer que a médica decidiu recomeçar o tratamento com o Reconter mesmo, já que me adaptei bem a ele. Os 15 dias que virão serão desagradáveis, mas para não ter mais crise, eu faço qualquer coisa. Conforme o tratamento for acontecendo, volto para contar.

        Parabéns pelo blog! Ontem cheguei até você no meio do desespero. Ter contado um pouco da minha historia me aliviou um pouco e me acalmei. É bom saber que existem pessoas que entendem o nosso problema e nos ap força para seguir em frente.
        Muito obrigada!
        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana Paula

          Que bom saber que tudo acabou dando certo. É isso aí, amiguinha, não podemos desistir, mas seguir sempre em frente. Você não me disse se ela lhe passou um ansiolítico, para aguentar as primeiras semanas. Irá dar tudo bem. Não podemos nos deixar guiar pelos nossos medos, sob o perigo de nos tornarmos prisioneiras deles.

          Venha sempre nos visitar e contar como anda o seu tratamento. Será sempre um prazer.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Ana Paula

          Lu

          No quarto dia de tratamento resolvi voltar para contar as reações que tive e continuo tendo.

          Minha ansiedade aumentou muito e acordo no meio da noite com pensamentos terríveis de doenças e fico horas rolando na cama. Estou tomando o Rivitril 0,25 nesses casos, mas não senti melhora significativa. Amanhã vou ao gastroenterologista investigar um incômodo abdominal que tenho há uns meses, que meu próprio ginecologista disse que é postural (sou cabeleireira, fico muito tempo na mesma posição), mas eu vou porque acho que estou com uma doença gravíssima. Enfim, tive crises de choro com o meu namorado (que aliás é um santo, me ajuda sempre) e desânimo. Tremedeiras, calores e suores, falta de apetite e diarreia foram as reações físicas.

          Falo por mim, que já vivi essa experiência antes, não desistam do tratamento. Relatei as minhas reações para que vocês vejam que não são anormais, pode acontecer mesmo. Outra coisa, façam acompanhamento com psicólogo ou psicanalista. Eles são guias de como podemos mudar e melhorar nossa mente. Força para todos e vamos nos curar!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Ana Paula

          Minha amiguinha, como reconhece, essas reações são normais no início do tratamento. E como toma o antidepressivo a apenas quatro dias, os sintomas tendem a aumentar, ficando a pessoa pior do que antes de iniciar o tratamento. Mas depois de duas semanas, eles começam a ceder, até que surge o paraíso, e ela se vê bem. Quanto aos pensamentos ruins, eles tendem quase sempre para as doenças. A pessoa acha que está com isso e aquilo. É preciso racionalizar e não deixar a mente conturbada comandar a sua vida. Saiba que tudo isso é invenção dela. Não lhe dê ouvidos (risos). Crise de choro também é muito comum, e, nos braços do amado, elas ficam maiores ainda.

          Aninha, existem alguns sintomas que devem ser levados ao conhecimento de seu médico, como por exemplo, diarreia e pensamentos ruins. Gostaria que lesse o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM (que também serve para outros antidepressivos), para tomar conhecimento de quando deve informar suas reações ao psiquiatra. Quanto ao incômodo abdominal, pode ser relativo a sua postura ou às suas crises de ansiedade, pois é o aparelho digestivo a maior vítima dos problemas mentais. Tenho a certeza de que não se trata de nada grave. Fique tranquila.

          Como trato há muitos anos de depressão, posso afirmar que o especialista mais importante é o psiquiatra. Se quiser ter também um psicólogo ou psicanalista, tudo bem, mas não abra mão do psiquiatra, pois a doença mental é química e precisa ser tratada com remédio. Vejo a necessidade de um psicólogo apenas quando ela acontece em razão de um trauma. Mudar o nosso modo de ver a vida é também importante. Lembrando que toda mudança vem de dentro para fora.

          Obrigada pela visita.

          Um grande abraço, garota POP!

          Lu

        4. Ana Paula

          Oi Lu, oi amigos!

          Estou no sétimo dia de tratamento com o Reconter.

          Na terça fui ao gastroenterologista e ele me examinou. A conclusão foi que eu estou muito bem, mas ele perguntou se eu gostaria de fazer uma endoscopia para tirar a paranoia da cabeça. Claro que aceitei. Farei segunda feira.

          Ontem fui ao ginecologista (meu médico de confiança) conversar sobre alguns exames, e ele foi enfático em dizer que a ansiedade está tomando conta de novo da minha vida, e que eu estou bem e saudável. Voltei para casa muito aliviada, consegui comer, assisti a um filme e dormi bem.

          O problema foi quando eu acordei. Uma onda de medo me dizia que era para eu ir atrás de outros médicos, que esses não sabiam de nada. Comi um pouco e tomei o remédio, ai vem a náusea e a tremedeira.O que alivia muito é tomar um banho um pouco frio e respirar bem fundo algumas vezes.

          Apesar desses episódios, tenho sentido que estou conseguindo voltar a fazer algumas coisas normalmente. Estou rezando para esses quinze dias passarem rápido, porqye sei que pelo menos as reações físicas dão uma melhorada.

          Vir até aqui tem me ajudado muito. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

          Vamos continuar na luta.

          Beijos

        5. LuDiasBH Autor do post

          Aninha

          Passe-me seu endereço, pois quero ir aí dar-lhe umas palmadas (risos). Menina, como pode deixar sua mente ainda em desequilíbrio comandar sua vida? Chame essa senhora no cantão e diga-lhe que “quem manda no pedaço” é você. Não acredite naquilo que ela fica sussurrando em seu ouvido. Ela mente para danar! E pior, adora botar medo na gente. Eu já cortei o barato da minha. Só confio no resultado dos exames. E tampouco saio atrás de doenças… risos.

          Estou feliz com os bons resultados confirmados por seu médico. E com mais dias de Reconter ficará ainda melhor. Voltará a ser livre, como antes. E olhe que pelos meus anos de caminhada por estas vias, posso lhe dizer isso. Quanto aos sintomas ruins, você ainda os terá, pois se encontra no início do tratamento com esse antidepressivo. Segure a barra. Seja uma garota POP (paciente, otimista e persistente). E quando ficar excelente, não suma daqui, como fazem muitos dos que retomam a normalidade da saúde mental, deixando-me sozinha. É também bom vir aqui falar dos progressos, dando estímulos para os outros amigos.

          Menininha sapeca, lembre-se de que o modo como encaramos a vida é fundamental para o nosso tratamento. Portanto, não aceite pensamentos negativos, descarregue-os no lixo.

          Um grande abraço,

          Lu

        6. Ana Paula

          Boa tarde pessoal, boa tarde Lu!

          Estou no décimo quarto dia de tratamento com o Reconter, e com muitas mudanças no humor, acordo péssima, depois tomo o remédio e aos poucos vou melhorando. Estou tentando controlar minha mente ao máximo, para nao pensar em doenças e em médicos, mas às vezes eu fraquejo. Segunda fiz a endoscopia e estou com esofagite leve. O médico disse que isso é tranquilo, mas eu saí do consultório pior. Nao sei explicar, quero fazer mil exames para me tranquilizar, mesmo os médicos dizendo que eu não tenho nada.

          Tem sido difícil viver dentro do meu corpo, mas vamos tocando o barco. Será que o remédio vai começar a fazer efeito agora?
          Será que se eu tomar à noite não acordo melhor? Este espaço está me ajudando muito.
          Obrigada!

          Beijos

        7. LuDiasBH Autor do post

          Ana Paula.

          Você está saindo da zona de turbulência do remédio. Logo colherá somente os resultados positivos. Parabéns por ter chegado até aqui, apesar dos contratempos do voo. Eis uma garota POP, guerreira das boas. Nem imagina a grande passada que deu. Sinto-me orgulhosa de você, minha doce Aninha.

          Lindinha, é comum o fato de nossa mente, muitas vezes, fugir ao nosso controle. Quando isso me acontece, pego um livro para ler, ou vejo um filme ou me ponho a escrever aqui no blog. Sempre que sentir esse incômodo, venha dar um passeio pelo nosso blog, conhecendo outras páginas. Mas não se preocupe com esse tipo de coisa, comum a todos nós, até mesmo às pessoas que não têm problemas de saúde mental. São as chamadas pessimistas. E ninguém é otimista o tempo todo.

          Esofagite é um problema muito comum, até mesmo em bebês. Eu também a tenho. Não posso me deitar assim que como. Além disso, também tenho sinusite e faringite. E convivemos muito bem. Chega de médico! Aceite que seu problema é mental, minha querida. Quando tiver plena aceitação deste fato, será outra pessoa. Outra coisa, faça as pazes com seu corpo, e agradeça por tê-lo. Trata-se de sua ferramenta mais preciosa para viver. Ame-o. Trate bem dele. É sua cabecinha teimosa que não aceita saber que apenas a sua mente está em tratamento.

          Continue tomando seu remédio no horário recomendado. A maioria das pessoas tem problema ao levantar-se, quando a energia encontra mais em baixa, inclusive esta que lhe escreve. Com o passar das horas, o metabolismo vai aumentando. Portanto, nada com que se preocupar. Você não está tomando um ansiolítico?

          Beijos,

          Lu

        8. Ana Paula

          Boa noite, Lu!
          Estou quase no vigésimo dia de tratamento com o Reconter e estou muito bem. Não estou tomando nenhum ansiolítico.
          Voltei a me alimentar de maneira correta, a sair de casa, a trabalhar e planejar coisas novas. O enjoo e aquelas reações ruins passaram, só sobrou o sono matinal. Ainda me bate um pensamento ou outro, mas tenho afastado os pensamentos ruins com mais facilidade. A parte da manhã ainda é um pouco ruim, mas conforme o dia vai passando as coisas estão se equilibrando.
          Ainda sinto o incomodo abdominal perto das costelas, mas diante de todos os diagnósticos de que não existe nada de errado comigo, aceitei o fato de ser postural, e estou fazendo pilates e caminhadas para exercitar o corpo. Comecei um blog para passar o meu tempo, e tem sido divertido, estou ocupando minha mente.

          Voltarei sempre para contar como estão as coisas e se quiser, dê uma passadinha lá:
          http://www.avidaporana.wordpress.com

          Obrigada por tudo, Lu!
          Um grande beijo!

        9. LuDiasBH Autor do post

          Aninha

          Que notícia maravilhosa! A nossa garota POP está cada vez mais POP.
          Você nem imagina como notícias como a sua alegram-me. E também servem de estímulo para outras pessoas, que pensam que a fase ruim nunca irá passar.

          Eu também faço Pilates, que alio à caminhada. Acho ótimo! E que ideia maravilhosa é esta do blog. Parabéns! Temos sempre que ocupar a nossa mente. Mas não se preocupe se tiver, um dia ou outro, mais para baixo, pois isso faz parte de nossa normalidade.

          Agora mesmo estou indo visitar seu blog. Convido os leitores desta página a visitá-lo também.
          ———————————————————-

          Ana Paula, já estive lá. Achei uma fofura. Irá ajudar muita gente que quer fazer intercâmbio e viajar para fora do país. Adorei os bichinhos. Tentei comentar, mas não consegui. Uma dica: facilite o mais que puder para os comentaristas. Exija apenas o e-mail e o nome. Para evitar spam, ponha um bom antivírus. E mais uma vez parabéns pela maravilhosa ideia. Sempre irei lá visitá-la.

          Abraços,

          Lu

      2. Rebeca

        Oi Lu, oi guerreiros!

        Lu, sempre que tenho uma dúvida prefiro mil vezes falar com vocês, que desabafar pro médico, visto que em sua maioria estão mais a fim de passar remédio. Enfim. Esses dias presenciei um fato horrível. Minha amiga de trabalho há dias vem queixando que está muito estressada, com vários p problemas etc. E o pior estava tendo convulsões. No início não acreditei que seriam convulsões, porque ela diz que quando volta não se lembra de nada. Perguntei se havia um problema de saúde, ela afirmou que não, que já tinha investigado. Então passei-lhe o telefone da minha médica pra ela bater um papo e tal. Não deu tempo, quando foi ontem presenciei a crise dela exatamente do meu lado. Só posso dizer que foi uma das coisas mais horríveis e realmente era uma convulsão. Desde então a medrosa aqui não para de pensar, não esqueço aquela cena. Agora a indagação: será que uma pessoa que passa por problemas psicológicos pode acontecer algo tão grave? Se alguém tiver um relato gostaria imensamente de entender isso. Estou no meu sétimo mês de tratamento e no geral sinto-me bem, às vem a crise mas eu tento controlar. Ainda sou um pouco limitada, com medo de caminhar muito longe, medo de viajar pro exterior, dirigir.

        Obrigada amigos por me ouvir, e Lu mais uma vez parabéns pelo lindo trabalho!

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Rebeca

          Nós que temos problemas com a saúde mental, somos pessoas altamente sensíveis. O que não faz nenhuma diferença para outra pessoa, afeta-nos profundamente. Até a visão de uma imagem ruim, deixa-nos dias e dias com aquilo na cabeça. Transferimos o fato para nós e até sentimos a dor do outro. Também sou assim. Por um lado existe um ponto positivo, pois nossa sensibilidade desperta a nossa veia artística, por outro, sofremos muito. Mas somos assim, restando-nos trabalhar para buscar o equilíbrio. Certo? Portanto, nada mais que normal que tenha se sensibilizado com o problema de sua colega, ficando com a cena da convulsão na cabeça. Saiba, porém, que até bebês têm convulsão. Procure racionalizar.

          As pessoas que têm problemas psicológicos como os nossos não tem predisposição à convulsão, que pode ser originada por muitos fatores, inclusive pela epilepsia. Fique tranquila e não acrescente mais uma doença à que possui, que já é o bastante… risos.

          Quanto aos medos, eles irão passando com o tempo. Como disse anteriormente, é preciso enfrentá-los, de modo que não comandem nossa vida. A princípio saia ou viaje acompanhada, até não precisar mais de muletas… risos. Quando voltar a seu psiquiatra, fale-lhe sobre os medos que ainda continuam. Talvez a dose que está tomando ainda seja pequena. Em relação a ter uns dias melhores e outros piores, não se preocupe, isso faz parte da vida de todos nós, pobres mortais.

          Um grande beijo,

          Lu

  327. Junior

    Bom dia, a todos!
    infelizmente também passo por maus momentos devido a deficiências mentais, sinto diariamente tonturas, dores de cabeça, zumbido no ouvido e um pensamento fixo no meu estado de saúde, que me deixa extremamente ansioso.

    Por acaso vocês costumam compartilhar experiência, soluções ou sugestões em algum grupo no WhatsApp?
    Obrigado. Deus abençoe a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Júnior

      Eu não faço parte de nenhuma rede social e nem tenho WhatsApp, pois não teria tempo de responder às pessoas, uma vez que respondo a todos os comentários do blog e os e-mails. Mas tenho a certeza de que muitos aqui devem ter. Espero que consiga bons contatos.

      Abraços,

      Lu

  328. Carolini

    Boa tarde Lu! Boa tarde a todos!

    Já vou fazer 3 meses tomando o scitalax, e houve sim uma melhora muito grande em relação ao meu estado de antes. Houve momentos em que até pensei que já estivesse curada, de tão bem que estava me sentindo, só que de vez em quando bate uma recaída, e como eu sofro de depressão e síndrome do pânico, sei que o tratamento é mais demorado mesmo.

    Ultimamente estou me sentindo bem, só tenho sentido muitas dores de cabeça e na nuca umas fisgadas. Até marquei neurologista. Vou na terça, e como já tenho psicose, estou preocupada, achando que pode ser alguma coisa ruim. Acordo e durmo com dores e fisgadas leves na cabeça, não sei se é o nervoso e a preocupação, se é psicológico, mas estou mais uma vez com medo, espero que não seja nada.

    Beijos, Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Estou maravilhada com a sua recuperação. No seu caso, o tratamento é bem mais demorado. Não se impaciente. A recaída é normal, pois continuamos seres humanos com nossos problemas diários. O antidepressivo apenas nos equilibra, mas não tira nossas emoções diante da vida. Ainda bem! Como já lhe disse anteriormente, você é uma pessoa hipocondríaca. Está sempre a criar doenças. É bom que vá ao neurologista para ele lhe dizer essa mesma verdade. É preciso policiar os pensamentos. Não deixe a mente solta. Arrume ocupação para ela. Você está ótima. Quero que volte aqui para me contar como foi a visita ao neurologista.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Junior

      Olá, Caroline, meu nome é Junior.
      Você mencionou que está tomando scitalax há 3 meses e vem se sentindo melhor.
      Pergunto: Como foi o início do tratamento, você sentiu algum efeito colateral, dores, insônia aumentando ou falta de apetite?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Júnior

        Espero que a Caroline veja e responda a seu comentário.
        Gostaria de dizer-lhe, porém, que os efeitos adversos sentidos por você são normais, em relação ao oxalato de escitalopram. Sugiro-lhe a leitura do texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, aqui no blog.

        Abraços,

        Lu

  329. Eduarda

    Olá,Lu, meu nome é Eduarda.

    Estou tomando exodus( oxalato de escitalopram) há seis meses. Eu me sinto muito bem, mas o que tem me deixado deprimida e angustiada tem sido o aumento de peso que tive nesses seis meses. Nunca engordei tanto, nem na minha gestação. Já engordei cerca de 12 kg e meu endocrinologista, que foi quem passou o exodus, diz que não posso parar agora. Sinto-me inchada e pesada, retenho muito líquido. Também já fiz de tudo e não consigo perder peso. Inclusive, tentei desmamar a medicação e estava tudo bem, até que após três dias sem nenhum remédio, tive uma crise. Achei que fosse morrer de tanta dor de cabeça e tontura. Quero muito voltar ao meu peso de antes porque as pessoas são cruéis e fazem comentários que chateiam.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eduarda

      É um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho. Seja bem-vinda!

      O oxalato de escitalopram age diferentemente nos organismos. Em alguns, deixa as pessoas sem apetite nenhum, noutras, leva-as a comer exageradamente. Eu, por exemplo, no início, só passava com alimentos líquidos, tamanha era a minha falta de apetite. Mas, com o tempo, tende a haver um equilíbrio maior.

      Amiguinha, compreendo bem a sua situação, pois vem engordando cerca de dois quilos por mês. O que deve fazer não é parar o remédio por conta própria, pois, além dos terrores da abstinência, volta ainda pior, mas pedir a seu psiquiatra que lhe receite outro antidepressivo, que não tenha esse tipo de interferência em seu organismo. É muito comum as pessoas reclamarem de estarem engordando ou emagrecendo.

      Enquanto não acontece a mudança, opte por uma alimentação equilibrada, dando preferência às frutas, legumes e verduras. Não deixe de fazer caminhada, também. Quanto às pessoas serem cruéis, não resta dúvida que sim. Elas se preocupam muito mais com o que aparentamos do que com aquilo que somos. Jamais avaliam as nossas condições de saúde, antes de criticarem-nos. Mas não se preocupe com elas. A sua saúde mental é de grande importância para que tenha qualidade de vida. Conte-me depois o que foi resolvido com seu médico.

      Abraços,

      Lu

  330. Denise

    Boa tarde, Lu!

    Meu nome é Denise, tenho 27 anos. Adoro ler as publicações e comentários do seu blog, me ajudam muito.

    Eu tive minha primeira crise de depressão aos 12 anos, mas não tinha certeza se era isso mesmo, como estava no Japão com minha família, fui ao médico de lá que não soube me ajudar (embora o Japão tenha uma alta taxa da doença). Como não conseguiram me ajudar, minha família fez isso. Passamos por essa crise aos trancos e barrancos. Desde então, tenho algumas crises, mas nunca fui ao médico, por medo e preconceito da minha parte mesmo, mas isso sempre me atrapalhou, principalmente na minha relação com meu namorado.

    Na última crise resolvi ir ao psiquiatra que me receitou o escitalopram, estou tomando o remédio e acho que tem me ajudado muito, porque nesse intervalo meu namorado terminou comigo, mas consegui superar bem isso. Nós ainda conversamos, e sei que ele me ama, mas que precisa desse tempo para resolver alguns problemas que tem. E nesse tempo estou aproveitando para me cuidar, além de tomar o remédio, faço terapia. Bom, tudo estava começando a se ajeitar, estávamos nos reaproximando, mas hoje surtei, tive uma crise de ansiedade. Eu o ofendi e falei que o odeio, não sei se essa crise de ansiedade pode ter sido pelo fato de não ter tomado o remédio no domingo, mas tomei certinho ontem e hoje. Mas desde ontem que estou comendo sem parar, me sentindo muito ansiosa e até essa madrugada perdi o sono, fato que só me ocorreu na primeira semana da medicação (tomo o escitalopram há 40 dias) e também uma vontade de chorar, o que já fazia tempo que não tinha mais.

    Lu, acha que um dia sem o remédio pode ocasionar isso, ou acha que pode ter sido uma recaída, ou ainda o fato da ansiedade da volta, que parece que nunca vai ocorrer?

    Obrigada!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Denize

      Minha amiguinha, seja bem-vinda ao blog. Junte-se à nossa maravilhosa família.

      Em relação à saúde, estamos muito adiantados aqui no Brasil, onde temos preocupação com a medicina preventiva, fazendo check-up anualmente, coisa que não acontece nem mesmo na Europa, que trabalha mais com a curativa. Tenho conversado com pessoas de vários países europeus sobre este assunto. Não pensava que no Japão também fosse assim.

      Amiguinha, o mais importante é que agora você se encontra fazendo o tratamento correto, apesar de ter sofrido muito para chegar até aqui. Não resta a menor dúvida de que uma pessoa doente mental tem dificuldade de convivência com as que a cercam. Passam a ser mundos totalmente diferentes, embora vivam no mesmo meio. A doença, quando não medicada, fragiliza-nos, e traz dificuldades para quem convive conosco. Por isso é importante o tratamento.

      Denize, o nosso erro é achar que o antidepressivo vai nos curar de todas as nossas emoções. E não é bem assim, continuamos sendo seres humanos, com qualidades e defeitos, e não robôs. Temos nossas emoções, só que agora encaradas com mais equilíbrio. Não resta dúvida de que a sua crise de ansiedade está ligada ao relacionamento intempestivo que vem tendo com seu namorado, pois você continua humana, sujeita à dor da separação, como qualquer outra pessoa que não tenha problemas mentais. Um dia sem o remédio não faria isso, até porque seu efeito é acumulativo. Portanto, fique tranquila. Ligue para ele, peça desculpas, diga que falou o que lhe veio pela boca e que o ama muito e que não quer mais chorar. Tudo acabará bem. Muitas pessoas, quando nervosas, põem-se a comer, mas controle-se.

      Quarenta dias de medicação é ainda um tempo muito curto. Se com ele já está se sentindo bem, logo estará ótima. Seja uma garota POP (paciente, otimista e perseverante), e não pare sem o parecer médico.

      Estarei torcendo para que tudo fique bem com você e o amado. Depois me informe como estão. Será sempre prazeroso contar com a sua companhia.

      Um grande beijo,

      Lu

  331. Jessica Maria

    Lu

    Tive uma recaída depois de 6 meses sem crises. Voltei a tomar exodus há uma semana, mas tenho sentido todos os efeitos colaterais possíveis, como dor de cabeça, dificuldade para dormir, aumento da pressão arterial, etc.. É normal ter esses sintomas? Meu médico também me receitou diazepan 5mg, que vou começar a tomar hoje. Não vejo a hora desse tormento passar!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jéssica

      As recaídas são mesmo terríveis. Espero que você tenha parado o seu tratamento com consentimento e acompanhamento médico, o que muitos não fazem.

      Talvez não fosse o tempo certo para ter parado, tendo o tratamento apenas seis meses. Anteriormente você usava o oxalato de escitalopram? Os efeitos adversos são realmente terríveis, principalmente quando chegam todos ao mesmo tempo. Mas o uso do diazepam irá ajudá-la a aguentar a barra, pois ele é um ansiolítico.

      Tais efeitos são normais, sim, mas é necessário que seu médico saiba o que lhe está acontecendo. Portanto, informe-lhe sempre, pois alguns deles exigem maiores cuidados. Também gostaria que lesse o artigo presente aqui no blog, denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Através dele poderá ficar sabendo quando o efeito adverso necessita ser comunicado imediatamente ao psiquiatra.

      Jessica, muito obrigada pela sua visita e comentário. Volte para dizer como anda.

      Abraços,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jéssica

          O importante é aprender com nossos erros. Também atribuo a culpa a vários médicos, que são incapazes de explicar ao paciente sobre essa parte do tratamento. São poucos os que alertam sobre os problemas oriundos da paralisação do tratamento sem acompanhamento médico ou fora do tempo devido.

          Um grande abraço,

          Lu

  332. RENATO

    Bom dia!

    Hoje é o quinto dia do uso do Reconter 10mg, e nunca me senti tão mal em todos os sentidos. Todas as reações adversas que constam na bula estou tendo, como náuseas, falta de apetite, sudorese, calafrio na sola dos pés, tremores, perda de noção espacial, boca seca, etc. Não sou uma pessoa depressiva, mas tive um problema de doença na família, que me deixou exausto e profundamente abalado por longos três anos. Desde então desenvolvi (ou aflorou) a síndrome do pânico e muita ansiedade. Sempre tive fobia social, desde criança. Tive neste tempo uns episódios matinais de taquicardia e sudorese horríveis, sempre na madrugada, depois de um sono profundo.

    Pergunto Lu, se no meu caso, devo persistir no medicamento para ter uma vida melhor, mesmo com os efeitos adversos muito comentados no seu blog, já que esta situação está me deixando desesperado? Você acha que devo continuar com os terríveis efeitos colaterais por mais quantos dias? Boa semana.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Renato

      É um grande prazer receber a sua visita. Sinta-se em casa.

      Como já viu através dos comentários aqui, os efeitos adversos são mais fortes em certas pessoas do que em outras. E, pelo que me disse, você foi “premiado” com todos eles. Por se tratar da primeira semana, os sintomas ruins ficam piores ainda mais, mas não se assuste, pois a partir da segunda eles irão desaparecendo, até sumirem totalmente. Como sempre digo, é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Renato, pelo que pude deduzir através de seu comentário, seu problema deu-se em razão de doenças na família. Portanto, creio eu, que não precisará de tomar o remédio por muito tempo. A SP (síndrome do pânico) é terrível, mas com o oxalato de escitalopram ela desaparecerá, assim como a sua excessiva ansiedade, pois trata-se de um antidepressivo excelente, muito usado pelos profissionais da área, e que cobre uma gama de doenças mentais. Penso que seja o mais usado nos dias de hoje.

      Amiguinho, ninguém consegue aturar a SP e a ansiedade sem um antidepressivo, seria ideal que também lhe fosse passado um ansiolítico, para aguentar a barra das primeiras semanas (converse sobre isso com seu médico). Se parar agora, mais cedo ou mais tarde acabará retornando ao tratamento, com problemas mais sérios. Portanto, segure a onda e aguarde os sintomas ruins passarem. Pense na vida de qualidade que terá, assim que passar essa fase ruim. Deve continuar, sim. E só parar quando o médico mandar, passando pelo desmame. Outra coisa, não se esqueça de comunicar a seu psiquiatra todos os efeitos adversos que tem sentido. No início do tratamento isso é de fundamental importância. Lembre-se de que se trata apenas de um período, que logo passará. Coragem! Você é capaz! Gostaria que lesse o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Leia também os comentários, para ver quantas pessoas passaram pelo mesmo, que você ora está vivendo.

      Renato, aguardo notícias suas. Não suma! Venha me contar como anda seu tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. RENATO

        Lu, bom dia!

        Hoje é o sétimo dia de uso do Reconter 10 mg. Como tu havias dito em sua resposta, eu fui “premiado” com todos as reações adversas que o medicamento poderia causar, descritas na bula. Por certo, além de psicológico, acredito nunca ter feito uso de qualquer medicamento contínuo nestes meus quase meio século de vida. Mas, para minha surpresa e já me preparando para os próximos 10-15 dias de calvário, de ontem para hoje 90% dos sintomas indesejados desapareceram, inclusive a diarreia e a repulsa pelos alimentos. Continuo com um pouco de sono na parte da manhã, nuca rígida, dor no maxilar, um pouco aéreo, garganta seca e zero de libido e ereção (que é o que mais me preocupa). De resto, estou me sentindo muitíssimo melhor e aguardando para que o medicamento possa me devolver a serenidade na plenitude, sem reações adversas.

        Agradeço muito pelos seus sábios conselhos, não só a mim mas a todos os marinheiros de primeira viagem que aqui buscam um porto seguro, nesta viagem desconhecida pelo mundo dos psicotrópicos. Caso não tenhas, pense seriamente em fazer graduação em psicologia clínica, pois suas palavras são muito alentadoras e didaticamente objetivas e esclarecedoras. Diferente dos profissionais da medicina, que na maioria dos casos não se preocupam com a sequência do tratamento dos seus pacientes e suas estabilidades pós-consulta.

        Daqui uns dias retorno para informar a evolução do tratamento. Tomara ter que usar o OE por um período curto de tempo e ter a estabilidade física e emocional restabelecida.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Renato

          Muito me alegra o fato de estar se sentindo bem melhor. Pelo visto, o seu calvário não será tão longo. Mas não se esqueça de comunicar a seu médico a dor na nuca e a diarreia. Não sei se lhe pedi para ler o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM, que informa quais os sintomas que devem ser imediatamente comunicados ao médico. Se não o fiz, leia-o, por favor. O link encontra-se abaixo do texto acima. Não se esqueça também de pedir um ansiolítico, se achar que os sintomas estão insuportáveis.

          Realmente não tenho formação alguma na área. Tudo que sei foi aprendido na caminhada contra a depressão. Ganhei como herança esta doença, que até já se tornou minha amiga. Passamos a nos dar muito bem. Já na adolescência fui premiada com uma crise de SP e depois veio a minha querida deprê. Mas hoje, com o OXI, encontro-me muito bem. O meu mundo é o das letras. Sou uma apaixonada pela palavra (conheça outros artigos no blog, são 32 categorias). Posso dizer que a escrita salvou-me. No resto, tento apenas repassar o que aprendi com as cicatrizes de minha doença mental crônica, dando força às pessoas que me procuram, pois sei o quanto as informações médicas são insuficientes.

          Aguardo novas notícias suas, garoto POP. Continue singrando os mares…

          Abraços,

          Lu

        2. RENATO

          Lu, bom dia!

          Eu enchendo o saco novamente. Meu nono dia com OE. É que meu médico está em um congresso fora do Estado e a consulta está marcada só para o final da semana que vem. Quanto às reações adversas provocadas pelo medicamento tenho melhorado sensivelmente, estando quase no meu estado normal anterior, a não ser os vários bocejos até o meio-dia, já que tomo o comprimido diariamente às 07h. À tarde e à noite é o melhor momento do tratamento, período em que fico mais relaxado.

          O problema está sendo nas madrugadas, depois das 3h da manhã. Noto que estou tendo um sono profundo (durmo cedo) mas muito agitado e acordo sempre de sobressalto com a garganta seca, tremores, sudorese e em crise de pânico. Tenho que levantar rapidamente, respirar fundo, tomar um copo d’água e a situação vai se normalizando. É péssima a sensação, você deve saber.
          Essas crises que eram bem esporádicas antes do tratamento, agora estão sendo diárias, e sempre com horário marcado. Não tenho problemas em princípio, com depressão, durmo rápido e bem e essas crises acontecem sempre na madrugada, depois de uma 6-8 horas de sono profundo, nunca de dia. Como tu sabes, ele não me receitou um ansiolítico junto, somente o OE. Seria este o problema? Será que sozinho o OE, com o tempo, não vai terminar com estas crises de pânico na madrugada? Abração.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Renato

          Você nunca incomoda. É sempre um prazer recebê-lo. Sinto saudades dos meus amigos, quando somem.

          Fico feliz ao saber que já começa a sentir melhoras com o uso do OE. Como vê, tudo é uma questão de tempo. Como já lhe disse, a manhã é ruim para todos nós, porque é o momento em que nosso metabolismo corporal encontra-se em baixa. Também tomo o meu remédio de manhã. Não há como evitar os bocejos, mas assim que o dia vai adentrando, eles vão passando.

          Amiguinho, realmente você está necessitando de um ansiolítico para acalmar seu sono, embora 6-8 horas de sono tranquilo seja um período excelente. Como esses pesadelos possuem hora marcada, que tal colocar o despertador para chamar antes de eles acontecerem, até que seu médico volte? Qualquer clínico geral também pode lhe receitar um ansiolítico. Caso o procure, relate seu problema e fale que toma o OE. Eu tomo bromazepam (antigo Prozac) que é bem leve, quando necessário. E não resta a menor dúvida de que seu problema passará, pois esse é o objetivo do remédio. Fique tranquilo.

          Um grande abraço,

          Lu

  333. Telma Martins Autor do post

    Boa tarde, Lu!
    Fiquei um tempo tomando Exodus, 15 mg, e estava melhorando, mas ainda com alguns mal estar. A médica aumentou para 20 mg. Há 4 dias que estou tomando essa dose maior. É normal se sentir pior quando aumentamos a dosagem? Tenho muita tontura, e me sinto desorientada às vezes. Isso é normal?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Telma

      Seja bem-vinda, minha amiga. Sinta-se à vontade aqui.

      No início do tratamento, nós passamos, muitas vezes, por mudanças nas dosagens, pois trata-se de um período de adaptação. O médico mantém, aumenta ou diminui a dosagem de acordo com a resposta do organismo do paciente. Essa piora inicial, em razão do aumento da dosagem, é tida como normal, sim. Mas é bom que comunique à sua médica o fato de estar sentindo muita tontura e desorientação. Ela terá que acompanhar todos os efeitos adversos que está sentindo, principalmente a desorientação. Comunique-se com ela logo que puder. Leia também o texto postado aqui no blog, chamado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Aguardo notícias suas.

      Beijos,

      Lu

      1. Telma Martins

        Obrigada, Lu

        Você é uma pessoa maravilhosa, infelizmente mesmo tendo convênio médico, o atendimento é tão sutil, que ficamos cheias de dúvidas, mas graças a pessoas como você, conseguimos ficar informadas sobre os diversos jeitos que essa doença e sua cura se manifesta .

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Telma

          Minha querida, venha sempre aqui para conversarmos, ainda que virtualmente. Assim, nós nos ajudaremos mutuamente.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Adriana

        Lu, tudo bem?

        Estava há 1 ano tomando Cloridrato de sertralina e ia ser liberada, mas minha ansiedade voltou com tudo, e meu neuro receitou o Exodus 15mg. Tomei um ontem e não me senti bem, minha cabeça ficou lenta, e minhas pupilas dilataram. Será que é normal isso? Estou com medo de tomar de novo.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Adriana

          É um prazer recebê-la neste cantinho. Seja bem-vinda.

          Você chegou a parar de tomar a sertralina? Ou teve o retorno da ansiedade enquanto a estava tomando? O Exodus tem como principal substância o oxalato de escitalopram, sendo um dos antidepressivos mais receitados. Eu também o tomo e dou-me muito bem. Nas duas primeiras semanas os efeitos colaterais são muito comuns. Parece até que as crises pioram. Mas, em caso de pupilas dilatadas, informe a seu médico. Como só tomou um comprimido, converse com ele antes. Leia também o texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM para conhecer os efeitos adversos a que está sujeita, e quais são mais graves, necessitando informá-los ao psiquiatra.

          Um grande beijo,

          Lu

  334. Elena

    Boa tarde!
    Eu venho sofrendo de depressão há 10 anos e já fiz uso de várias medicações, tendo muitos sintomas, dores de cabeça, diarreia, sudorese, pressão descontrolada, mas passam. Estava tomando (Cloridrato de Paroxetina 20 mg). Passei por estudo de depressão na USP, e foi mudado para Escitalopram 10 mg, que tomo toda manhã. No início minha pressão ficou muito alta, depois de uma semana normalizou. Mas eu percebi que não tenho ânimo pra nada, e nem força para sair, isso não teve melhoras. Será que tem aumentar a dosagem?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Elena

      Minha querida, é um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho. Espero que goste de nossa família!

      Lindinha, eu lido com a depressão desde a minha adolescência. Venho de uma família cuja genética tem uma grande atração por essa danada. Se não posso ficar livre de uma inimiga, melhor é procurar conviver bem com ela. E foi isso que fiz com a minha deprê. Tornamo-nos amigas íntimas. Há dias em que a sinto aproximar-se de mim, mas logo digo “Querida, hoje não! Pode voltar amanhã?”. O que eu quis dizer com isso? Que o modo como lidamos com os revezes da vida é fundamental para o nosso tratamento. Também temos que pensar que existem muitas doenças piores. Ontem vi uma pessoa com elefantíase e quedei-me diante de tanto sofrimento. E pensei o quanto eu não poderia reclamar da vida. Você já viu bebês submetidos ao tratamento de CA? Se todas doenças fossem como a depressão… Eu só tenho a bendizer os maravilhosos remédios que chegam ao mercado, com o objetivo de trazer-nos melhor qualidade de vida. Sem falar que não mais vivemos na época dos sanatórios. Podemos ser pessoas normais, quando medicadas.

      O Oxalato de Escitalopram é um dos remédios mais usados pelos especialistas em depressão e outras doenças mentais. Antes dele, eu tomava fluoxetina. Há quatro a cinco anos que faço uso do mesmo e sinto-me muito bem. Levo uma vida normal, embora haja dias em que não tenho ânimo, também, mas toco o barco para frente. Aliado a ele, adotei uma maneira mais leve de lidar com o mundo que me cerca. Percebi que o meu humor é fundamental para que eu leve uma vida com qualidade. Não mais me irrito facilmente. Eu quero mais é ser feliz! Quanto à mudança da dosagem, vai depender de quanto tempo está fazendo uso desse remédio. Só depois de um tempo é que o psiquiatra reavalia o comportamento do paciente, podendo manter, aumentar ou diminuir a dosagem. Quando começou a tomá-lo? Mas não se preocupe, pois está tomando um antidepressivo muito bom. Tenho a certeza de que melhorará muito.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Edson Godoy

        Oi, Lu!

        Andei sumido. Estou desesperado, pois meu psiquiatra mudou o escitalopram, assim como havia comentado com você, para paroxetina, porém estou me sentindo cada dia pior. Fico deitado o dia todo, estou tomando 40 mg e não sei o que faço, tomo rivotril 1 mg pela manhã. Meu medo é que minha pressão ultimamente está 10/6 9/6, morro de medo de desmaiar com a pressão assim, e nem faço caminhada. O que faço?
        obrigado

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edson

          Acalme-se, meu amiguinho, pois não há sofrimento que nunca passe. Tudo é uma questão de tempo. O mais importante é que comunique a seu psiquiatra o que está sentindo, inclusive a queda de sua pressão. Ele terá que acompanhá-lo, enquanto você não se sentir equilibrado em relação ao antidepressivo. Muitas pessoas passam por inúmeras substâncias, até chegar naquela que se adequa a seu organismo. É preciso ter muita paciência, otimismo e persistência, em suma, ser POP.

          Aconselho-o a voltar a seu médico e expor para ele tudo o que está sentindo. Se não tiver confiança no seu psiquiatra, busque outro. É importante que haja empatia entre paciente e médico. A mim parece que você é também muito preocupado. Procure desligar-se um pouco do remédio e não fique medindo sua pressão a toda hora, e, quando o fizer, procure uma farmácia, pois esses aparelhos de pressão dão muito erro. Eu tenho um e sei como é. Faça caminhada acompanhado de alguém. Certo?

          Aguardo seu retorno aqui, para me falar se melhorou e se retornou ao psiquiatra.

          Abraços,

          Lu

  335. Marina

    Olá,Lu!

    Tomo 40mg de fluoxetina todos os dias pela manhã há aproximadamente 2 anos na mesma dose. Essa semana completo um mês tomando o genérico da Teuto e estou muito mal. Já tive abstinência de escitalopram há 4 anos atrás e estou achando meu humor bem parecido, pessimismo e baixa autoestima. Voltei a pensar que a única solução para nós portadores dessa doença, que tanta gente menospreza, é a morte, é começar de novo. Imagino que vim de fábrica com um defeito, como um boneco mal montado. É muito ruim…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marina

      Eu também tomei fluoxetina por vários anos, até que esta substância passou a não fazer mais efeito. Então tive que mudar para o oxalato de escitalopram. Depois de um tempo tomando o mesmo antidepressivo, nosso organismo vai se acostumando com ele e o efeito diminuindo. Por isso tempos que mudar para outro.

      Você disse que teve abstinência de escitalopram. Por que parou de tomá-lo, sendo esse um remédio tão bom? O pessimismo e a baixa autoestima são próprios da depressão. E, no seu caso, ao que me parece, já está na hora de mudar para outro. Portanto, volte ao psiquiatra e relate-lhe os sintomas que está sentindo. Há excelentes antidepressivos no mercado.

      Quanta a essa doença, penso que não seja pior de que muitas que existem por aí, como o CA, a pressão alta, diabetes, etc. O que é necessário é que façamos uso diário do medicamento. Eu sou depressiva desde a adolescência e minha família tem um histórico elevado de depressão. A minha é hereditária. Mas amo a vida e sinto-me feliz. Aceito a minha doença com humildade, pois sei que sou apenas uma das centenas de milhares de pessoas no mundo, que a carregam. É a enfermidade que mais cresce nos tempos atuais, tendendo a ocupar o primeiro lugar. Portanto, amiguinha, não se sinta assim. Pense nas muitas outras doenças que existem. Não há quem não sofra na vida. Todos nascemos com “defeito de fabricação”, seja nisso ou naquilo. O importante é como lidamos com esse defeito, sem nos deixar abater.

      Marina, venha sempre aqui conversar conosco. Temos fases ruins, sim. Mas quem não as tem? Sempre digo que temos que ser POPs (pacientes, otimistas e persisentes). Assim que mudar para outro remédio, verá que sua qualidade de vida melhorará. Veja os relatos das pessoas aqui no blog. Além disso, temos que nos ajudar, pois é muito importante o modo como vemos a vida e como aceitamos seus desafios. Uma boa dica são os exercícios físicos. Faça pelo menos uma caminhada 3x por semana. Eu faço Pilates e caminhada.

      Muito obrigada pela sua visita ao blog. Espero-a para me contar se foi ao médico e se já fez a mudança do remédio. E você é uma boneca muito linda e inteligente. Certo?

      Beijos,

      Lu

      1. Marina

        Oi Lu,
        Meu psiquiatra recomendou o exercicio físico, e eu corro 5km 3x por semana…mas nem isso melhorou.

        Fui demitida em março, e no começo foi muito bom, pois trabalhava em banco e tinha uma rotina muito estressante. De uns tempos pra cá, junto com a mudança para a teuto, meu estado teve uma reviravolta… Vou marcar o médico e volto para te contar.
        Obrigada pela ajuda… Escrever me faz bem, só a gente entende…

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marina

          Penso que mais estressante do que o trabalho de banco é só o de professor, que ainda leva tarefas para casa. Se estivesse lá, estaria pior. Tenho um amigo bancário que também faz tratamento para depressão, sendo essa motivada pelo estresse.

          Você irá ficar ótima, assim que iniciar uma nova medicação. E venha escrever aqui sempre que quiser. Será o maior prazer. Conheça também outras partes do blog e deixe seus comentários.

          Beijos,

          Lu

      2. Elena

        Verdade temos que viver e aprender lidar com essa coisa feia em nossa vida…exercícios ajuda muito, o problema e começar, depois que pega no tranco vai que vai…

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Elena

          Os exercícios físicos são realmente muito importantes para nós depressivos. Se a pessoa não se sente capaz de fazê-los, ainda assim não poderá abrir mão da caminhada, pelo menos 3x por semana, durante 30 minutos. E a coisa não é tão feia assim, já vi outras piores… risos. Gostei do “pega no tranco”. É isso mesmo!

          Beijos,

          Lu

  336. Marli

    Lu, adorei seu blog e você mais ainda, pois é muito prestativa.

    Minha dúvida é… Minha irmã levou seu marido ao psiquiatra porque ele tem problema com alcoolismo. O médico passou Reconter que é um antidepressivo. Porém a dúvida da minha irmã é muito medo que o marido tome o remédio e beba álcool, pois todos nós sabemos que esse tipo de remédio não pode com álcool.

    Ela está muito a fim que ele comece o tratamento, mas com medo dele beber escondido. Ela marcou psiquiatra para tirar a dúvida, mas conseguiu só pra daqui 40 dias, porque ele está fora do Brasil. O que ela faz, já inicia o tratamento que é o que ela quer, ou espera os 40 dias.

    Obrigado menina linda de coração, que tenta tirar as dúvidas de desconhecidos.

    Um abração

    Marli

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marli

      Sou eu quem adorou a sua presença aqui, lindinha. Obrigada pela visita!

      Sua irmã tem toda a razão, pois embora não haja a potencialização dos efeitos do álcool, recomenda-se não usá-lo durante o tratamento com o Reconter. Assim, é realmente preocupante, em se tratando de uma pessoa que tem problemas com o alcoolismo.

      Gostaria de saber se sua irmã conversou com o médico sobre o problema do marido com o álcool. Se não o fez, seria bom iniciar o tratamento somente após uma nova consulta, quando dirá a ele sobre esse detalhe. Mas se ela lhe contou sobre o problema e mesmo assim ele passou o antidepressivo, imagino que saiba o que está fazendo. Mas, se tendo contado, ela ainda continua em dúvida, sugiro consultar outro psiquiatra, o que lhe dará mais confiança. Na dúvida, nada como ter o parecer de um segundo profissional na área.

      Marli, as preocupações de sua irmã possuem razão de ser. Enquanto ela não tiver certeza absoluta, não deverá permitir que o marido inicie o tratamento. Portanto, a minha sugestão é a de que vá a um segundo psiquiatra, não se esquecendo de tirar suas dúvidas com ele.

      Depois me conte qual foi o resultado.

      Beijos,

      Lu

      1. Marli

        Obrigadíssimo, minha querida. Você tem razão, é melhor passar num outro psiquiatra caso o outro não tenha feito recomendações. Falarei com minha irmã e depois te dou um retorno.
        Obrigado pela dica

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marli

          Sua irmã vai se sentir muito mais segura, colhendo uma segunda informação. Aguardo notícias.

          Beijos,

          Lu

  337. Rafael

    Bom dia!
    Eu me chamo Rafael e tenho 24 anos, eu comecei o tratamento com o escitalopram há quatro dias, e tenho sentido uma piora nos sintomas pela manhã, me sinto mais ansioso, inquieto e parece que meu peito vai explodir, eu me sinto mais tranquilo no final da tarde e a noite. Queria saber se é normal essa piora dos sintomas nas primeiras semanas.

    Eu nunca fiz uso de nenhuma medicação.

    Obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, Rafael!

      Seja bem-vindo a este cantinho. Sinta-se em casa.

      Que bom que já tenha começado o seu tratamento, pois quanto mais cedo começar, melhor. E já iniciou com um excelente antidepressivo, o mais receitado pelos profissionais da área. Quanto aos sintomas, eles são normalíssimos. No início do tratamento, nosso organismo teima em não aceitar uma substância estranha, sendo por isso o aumento dos sintomas. Nos primeiros dias, a sensação é a de que estamos ficando pior. Contudo, a partir da segunda semana, os efeitos positivos começam a ser sentidos, e os adversos vão sumindo até não mais existirem. Portanto, é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente), aguentando a barra dos primeiros dias. Força, amiguinho. Não desanime.

      A parte da manhã é realmente a mais difícil, pois é quando o nosso metabolismo encontra-se em baixa. Ao cair da tarde e à noite, ele já está equilibrado e temos uma sensação melhor. Você não me disse se o seu psiquiatra receitou-lhe algum ansiolítico (rivotril, bromazepam…) para ajudá-lo a aguentar essa parada inicial. Caso não o tenha feito, procure-o e diga-lhe como está se sentindo nesses primeiros dias, necessitando de um calmante. Certo?

      Rafa, procure tomar também chá de camomila, 3x ao dia, como calmante. Fazer exercício físico também ajuda muito. Comece com caminhada. Outra coisa, para ficar com mais conhecimento sobre o assunto, leia os textos e os comentários sobre o assunto, aqui no blog. Para conhecer os efeitos adversos, leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Volte sempre aqui para me dizer como anda sua saúde.

      Abraços,

      Lu

  338. Pablo

    Boa tarde, Lu e sobreviventes..

    Eu ando ausente aqui como escritor, mas tenho acompanhado muitos depoimentos de vocês!

    Eu comecei fazendo o uso de Oxalato de Escitalopram 10mg (Scitalax). No início é bem complicado, mesmo para mim que já tratei anos atrás o mesmo problema com Lexapro. O problema foi a recaída, após deixar a medicação por uns 2 anos.

    Bom, meu principal sintoma é sobre a visão, passo com a visão turva o dia todo, mais pela parte da manhã. Após o almoço dá uma amenizada. Como trabalho muito no computador, às vezes tenho que buscar o foco para conseguir ler. Ainda um sintoma muito interessante é o efeito “alucinógico” que tenho, quando leio ou escrevo com o fundo de tela PRETO e letras amarelas, parece que vou PIRAR.

    Retornei ao Neurologista/Psicoterapeuta comentei sobre a minha visão ainda estar ruim, mas que os sintomas físicos do pânico não tenho sentido ultimamente. Ele aumentou a dose do remédio para 20mg, durante 60 dias, receitou o Eficentus 20mg da Medley. Iniciei a pouco o tratamento com essa nova dosagem, vamos ver o que ocorre.

    Gostaria muito de saber se algum de vocês tem o mesmo sintoma que eu: visão turva, mais forte na parte da manhã, antes do almoço e durante um pouco de tontura, e, quando estou em ambiente que tem muita gente falando, fico confuso e com desordem.

    Obs.: Fiz vários exames, EEG, Potencias, Sangue, etc.. NADA CONSTA de problemas!!

    Abraços e bom final de semana!

    Aqui em POA chove MUITO!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pablo

      Seja bem-vindo, meu querido amigo. Ainda que não escreva sempre, é sempre bom que se encontra pertinho de nós.

      Como já sabe, a recaída é braba, portanto, leve seu tratamento a sério desta vez. Já que se trata com um médico psiquiatra e neurologista, encontra-se em ótimas mãos. Portanto, não há o que reclamar. Seu papel é cumprir sua parte, seguindo estritamente as ordens dele e repassando-lhe tudo o que sentir.

      Pablo, eu fiz um texto denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. Poderá encontrar o link abaixo desse texto, ou buscar na pesquisa, à direita da página principal. Gostaria muito que o lesse, pois lá fala sobre a visão turva e sobre o efeito alucinógeno. Veja também um oftalmologista.

      Envie um pouco de chuva para nós, mineiros.

      Abraços,

      Lu

      1. Pablo

        Obrigado, Lu!
        Li seu post, sobre os efeitos! É que em mim, a questão de tontura e visão turva é bem acentuada! Abraço e que a chuva vá um pouco para aí então!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Amiguinho

          Passe também por um oftalmologista. Eu andava com uma tremenda dor de cabeça. Resultado: óculos fracos. E nós que trabalhamos muito com computador precisamos estar atentos a isso. Não podemos creditar tudo ao remédio. Uso sempre o colírio Lácrima para lubrificar os olhos.
          Depois me conte o resultado.

          Abraços,

          Lu

  339. Maria Lúcia Autor do post

    LU

    Sou Maria Lúcia, matemática, aposentada há 12 anos. Já usei lexotan e rivotril por muito tempo, parava quando estava bem. O erro é esse (ou este). Parei de tomar faz 2 anos, por conta própria. Qual não foi a surpresa há 2 meses atrás, quando minha pressão arterial, mesmo tomando o remédio para controle, começou a subir, ia ao Pronto Socorro todos os dias, davam-me Captoril, Diazepam e melhorava. Pedia Fluoxetina em tudo quanto era farmácia de bairro, mas lógico que ninguém vendia sem receita. Eu parecia uma drogada pedindo para todo mundo o tal remédio.Estava cada vez pior.

    Um geriatra mandou eu fazer hidroginástica ao invés de tomar Fluoxetina. Fui fazer a tal hidro e piorei ainda mais, pois não conseguia dormir. Fiquei esperando o dia marcado para ir ao Psiquiatra (onde moro é difícil conseguir um Psiquiatra) e o médico foi muito atencioso comigo. Me receitou o Scitalax 10 mg. Eu queria o Fluoxetina, lógico, só que o médico disse que o Scitalax era muito melhor.

    Ele me mandou fazer o exame de Lítio. Fui embora arrasada pois queria o Fluoxetina. Fiz o exame de no mesmo dia, antes de tomar o Scitalax. Passei em uma farmácia e comprei o SCITALAX (02 cxs) e tomei o primeiro na farmácia mesmo. Quando cheguei em casa, comecei a passar mal, fui à casa da vizinha, levei até dinheiro para o caixão pois estava muito mal, e pensei que ia morrer mesmo. A vizinha é uma gracinha (tem 84 anos), sentei no sofá da casa dela e encostei o rosto no seu colo. A vizinha, com sua sapiência da idade, começou a falar das coisinhas dela e eu ouvindo. Comecei a melhorar e logo fui para minha casa. No outro dia estava muito melhor. Dia a dia melhorava mais e mais.

    Qual não foi a minha surpresa quando recebi o exame do Lítio (deu 0,45, o normal é acima de 0,6) e vi que o médico era Endócrino e não Psiquiatra. O que fazer agora? Mas continuando, o médico que receitou o Scitalax 10 mg é Endócrino, eu pensei que era Psiquiatra, e quando ele viu o resultado do exame de Lítio ( deu 0,45) ele me mandou procurar um Psiquiatra e contou a verdade.

    Tenho me informado muito sobre o lítio e fiquei com medo de tomar o tal Sal para repor o mesmo, visto as reações adversas que dá e eu estou tão bem com Scitalax. Será que só o Scitalax já não resolve?

    Amei ler seu depoimento. Tudo o que falou parece que era minha Vida. Eu me identifiquei demais com você. O quadro do Monet me chamou atenção para o texto tão magnificamente explicado. A charge é uma identificação para todas (os) nós. É assim que me sinto hoje (22 dias). Obrigada por compartilhar os textos recebidos. Você não imagina o bem que me fez e com certeza a todos os outros que leram. Menina querida, tenha a idade que for, eu te amo muito.

    Beijos

    Maria Lucia

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Lucia

      Você não diz quando começou a tomar a Fluoxetina, mas presumo que foi junto com o rivotril ou com o lexotan. Também já tomei os três, mas não me dei bem com o rivotril, que me levava a um sono pesado e a muitos pesadelos. Acordava desnorteada. E pesadelos já nos bastam os da vida… risos. E a dona fluoxetina já não dava mais conta de mim, coitadinha.

      Pela via-cruz em busca da fluoxetina, presumo que tenha parado de tomá-la por conta própria, dona sapequinha. O rivotril e o lexotan não são de uso continuado, devem mesmo ser parados, para que o organismo não fique dependente deles, mas o antidepressivo só pode ser cortado com ordem médica. E ainda assim é preciso passar pelo desmame, com a redução da dosagem. Quando o paciente para, sem o parecer médico, a volta das crises podem ser ainda mais agudas, levando mais tempo para serem controladas. É importante, principalmente no início do tratamento, um contato maior entre paciente e psiquiatra. Ele o observará, e verá se é preciso aumentar ou diminuir a dose, ou até mesmo mudar de remédio.

      O Scitalax é um dos nomes fantasia da substância chamada oxalato de escitalopram. É o que há de melhor no mercado, sendo seu efeito muito bom, por cobrir uma gama de doenças mentais. Os psiquiatras em sua maioria, receitam-no, como poderá ver através dos comentários. Algumas pessoas sentem efeitos adversos nas primeiras semanas, mas à medida que o corpo vais se acostumando, os benefícios vão chegando. Portanto, danadinha, não pare desta vez. Se é difícil obter receita com um psiquiatra, basta levar a antiga a um médico clínico geral que ele lhe dará uma nova. E lembre-se de que antidepressivo não é vendido sem receita, pois cada doença requer uma dosagem ou até mesmo um remédio diferente.

      Maria Lúcia, pelo que sinto, você e o Scitalax estão carne com unha. O moçoilo já desbancou a coitadinha da fluoxetina, que anda cada vez mais solitária. Agora trate de seguir à risca o tratamento. E nada de fazer o que lhe manda essa cabecinha oca. Esqueça o lítio. Estou de olho em sua pessoa, dona apressadinha.

      Minha querida, o prazer foi meu, ao receber neste cantinho uma pessoa tão carinhosa como você. Sou eu quem agradece a presença desses leitores maravilhosos, aqui vêm falar de seus problemas, muitos deles ocultos até à própria família. Depositam em mim uma grande confiança, que muito me alegra. Sei que não posso ajudar muito, pois não tenho formação na área, mas sei que falta muito, nos dias de hoje, alguém que nos escute (ou nos leia) e que nos dê uma palavra de conforto. Aqui formamos uma família maravilhosa.

      Fiquei encantada com a senhorinha que a socorreu. Muito fofa! Dê-lhe o meu abraço. Queria uma assim, pois já perdi a minha mamãe. À medida que ela conversava, você foi relaxando, pois teve um ataque de pânico. É assim mesmo. Ri muito com o dinheiro do caixão… Também (há muito tempo atrás), fui para a casa da vizinha, só de pijama, pois meu marido estava viajando e eu tive uma crise de pânico… risos. Nós somos umas doces “maluquetes”.

      Ao falar do quadro do Monet, vi que gosta muito de arte. Espero que viaje pelo blog,conhecendo 31 categorias diferentes de arte e cultura. Tenho a certeza de que gostará muito.

      Maria Lúcia, você é uma pessoa muito carinhosa. Amei conhecê-la e não quero que vá embora. Venha sempre viajar um pouquinho aqui no blog, deixando suas palavras queridas. Também a amo muito. Obrigada por surgir em meu caminho.

      Beijo no coração,

      Lu

  340. Edson Godoy

    Ola Lu,tudo bem?

    Fui ao meu psiquiatra, que por sinal gosto muito dele, pois ouve bastante o paciente, e é psicoterapeuta também. Trata-se de um senhor que está há bastante tempo no ramo. Enfim,expliquei que o aumento do escitalopram para 20 mg não surtiu efeito, e ele me disse que minha síndrome do pânico vai passar se eu tiver paciência, e mudou a medicação. Disse que não pode tirar o escitalopram de uma vez, e me receitou o seguinte no desmame.

    Ele diminuiu o esitalopram para 10 mg, paroxetina 20 mg e rivotril 2 mg pela manhã. Em alguns dias vou tomar somente paroxetina 40 mg e rivotril. Tenho medo de síndrome serotoninérgica, mas ele disse que não vem ao caso eu me preocupar. O que você acha do desmame?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Édson

      Vejo que está nas mãos de um excelente profissional. Realmente no trato com os antidepressivos é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Tenha a certeza de que a sua SP irá passar, pois existem inúmeros remédios para inibi-la. Pode ficar tranquilo, amiguinho.

      Vejo que seu médico é muito responsável, ao se preocupar com o desmame, enquanto outros nem mesmo alertam o paciente. A retirada do remédio é paulatina, para que o organismo vá se acostumando com sua falta. O desmame está correto. Siga tudo direitinho.

      Não entendi por que você tem medo da síndrome serotoninérgica. Há substâncias que podem interagir com outras. Os médicos sabem quais. Não tenha receio. Você não me disse quando começará a tomar a paroxetina. Sabe me dizer quando?

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Edson Godoy

        Na verdade, já comecei. Ele recomendou que eu comesse tomando 20 mg de paroxetina junto com o desmame do escitalopram durante 10 dias,e depois de 10 dias só as 40 mg de paroxetina. Meu medo da síndrome serotoninérgica é por causa disso.

        Um grande abraço.

        Deus lhe abençoe.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edson

          Realmente não é bom tomarmos remédios quando somos assaltados pela dúvida. E o médico tem a obrigação de esclarecer o paciente, quaisquer que sejam elas. Mas acredito que o seu médico jamais faria algo que viesse a comprometê-lo, pois tem um nome a zelar. Muitos antidepressivos podem ser tomados juntos. Portanto, para mim, o seu medo não tem razão de ser. Poderá ver aqui, através dos comentários, que muitas pessoas tomam dois antidepressivos ao mesmo tempo, por um motivo ou outro.

          Você poderá tomar algumas decisões:
          1- Tomar a medicação, conforme ordem médica. Acompanhar com calma os sintomas adversos. E, se necessário, procurar o seu médico.
          2- Ir a outro psiquiatra para tirar a dúvida.
          3- Conversar com um farmacêutico (não disse vendedor). Toda farmácia é obrigada a ter um de plantão.

          Depois me escreva contando tudo.

          Abraços,

          Lu

  341. Ana Carolina

    Oi, Lu, tudo bem?
    Preciso de uma ajudinha. Você conhece alguém ou alguém nesse blog, que engravidou tomando o lexapro ou o escitalopran?
    Ha 5 anos tomo o lexapro 10 mg, me sinto muito bem e vivo a vida como deve ser vivida.Já tentei parar com a medicação 4 vezes, com orientação médica e não consegui. A ultima recaída, que foi agora em julho me deixou-me muito mal, a ponto de achar que nada me ajudaria nem o lexapro, mas passou!

    Tenho sonho de ser mãe e foi por esse motivo que tentei parar a medicação essas 4 vezes. Nessa última vez, estava tentando engravidar e não foi tão rápido como imaginei, e, quando a crise chegou, fiquei totalmente desesperada, pois logo pensei que não vou ser mãe.

    Eu sei que na bula diz que não pode engravidar, mas sei lá, vai se alguém tem uma experiência que possa me deixar mais sossegada.

    Ah…adorei seu blog e você.

    Bjos
    Ana

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Carolina

      Realmente nunca encontrei alguém aqui que tenha dito que estava grávida. Até pode ser, mas são tantos os comentários, que não é possível gravá-los de cor. Ainda que tenha acontecido, lembre-se de que cada organismo pode reagir de uma maneira diferente, sendo que a experiência de um, nem sempre corresponde a de outro.

      A bula deixa claro que:

      “Atenção

      • O médico deve ser informado se a mulher está grávida ou pretende ficar. E também quando estiver amamentando, para evitar problemas para o bebê.”

      Assim sendo, você deveria procurar o seu psiquiatra e conversar sobre o assunto. Diga-lhe sobre a sua vontade de engravidar e sobre o que diz a bula do remédio.

      Aninha, com o aumento da depressão em todo o mundo, e com tantas mulheres engravidando, pode ter a certeza que existe uma saída para as mulheres que querem ter filhos. E o seu médico é a pessoa mais bem informada sobre o assunto. Se achar que conversar com um não foi o suficiente, procure um segundo para ouvir uma opinião diferente. Se os dois divergem, procure um terceiro. Mas fique tranquila quanto à possibilidade de ter um bebê.

      Volte aqui sempre para nos falar das respostas obtidas.

      Abraços,

      Lu

      1. Ana

        Oi, Lu!
        Mito obrigada, vou conversar mais com meu psiquiatra e volto aqui.
        Muito obrigada, mesmo.

        Beijos
        Ana

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana

          Nada a agradecer, minha querida.
          Aguardamos seu retorno.

          Abraços,

          Lu

  342. Maria das Graças

    Olá, boa tarde!
    Gostaria de saber se posso tomar fluoxetina, sendo que estou fazendo uso do duloxeina hã mais ou menos 2 meses?
    Obrigada

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria das Graças

      É um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho. Sinta-se em casa.

      Amiguinha, eu não conheço a interação entre esses dois remédios, mas se seu médico indicou, ele tem certeza do que está fazendo, pois há remédios que possuem as substâncias interativas, ou seja, podem ser misturadas sem problemas. Não tenha medo de seguir a prescrição médica. Na dúvida, ligue para o profissional. Eu já tomei a fluoxetina por muitos anos e dei-me maravilhosamente bem, até que ela passou a não fazer mais efeito, acostumando-se com o meu organismo. Isto acontece com os antidepressivos, depois de usados durante um longo tempo.

      A duloxeina, a princípio, era usada para incontinência urinária, mas hoje é um antidepressivo. Faça o seu tratamento direitinho, conforme orientação médica, e nunca se sinta constrangida ao tirar suas dúvidas com o psiquiatra, principalmente no início do tratamento. Volte sempre aqui, para nos falar de como anda a sua saúde.

      Beijos,

      Lu

  343. Andrea

    Oi Lu, sou eu Andrea.
    Hoje está fazendo 30 dias que minha mãe se foi, está muito difícil ainda… Parece que não vou me recuperar nunca. Aquela sensação de fraqueza hoje melhorou, mas não tenho força pra nada, não consigo fazer nada, me sinto muito cansada. É duro demais, hoje só choro. Sinto muita taquicardia quando levanto e tenho medo de tudo. Medo da vida.

    Beijos, minha irmãzinha!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Dea

      Esse seu luto é mais do que normal. Mas não deixe que ele dure tanto tempo quanto foi o meu. Só depois tomei consciência de que a minha prostração não ajudava em nada, e, que minha mãe jamais gostaria de me ver sofrendo assim. Temos que aceitar a partida de nossos pais como um fato normal,assim como nossos filhos deverão aceitar a nossa, um dia. É a lei natural da vida e não podemos lutar contra ela. Nada que façamos mudará o curso natural de nossa finitude.

      Chore sempre que sentir vontade. Ninguém tem o direito de questionar a sua dor, desde que você não perca a relação com o mundo. Você irá recuperar, sim. Não é que você não tenha força para nada, mas sim que lhe falta ânim0, alento, sentido para fazer as coisas. Está numa fase nebulosa em que não tem a percepção real do mundo. E a depressão faz com que não sinta prazer em nada. Na falta desse, toda a nossa coragem de lutar desaparece. É um processo normal, mas que irá passar. Você irá se fortalecendo aos poucos.

      A taquicardia (com hora marcada) está ligada à depressão, à falta de coragem de enfrentar um novo dia. Além disso, na parte da manhã o nosso metabolismo encontra-se em baixa. É normal. Não tenha medo de viver, pois ele não nos ajuda em nada. Ao contrário, agradeça sempre por mais um dia. Abra a janela, encha os pulmões de vida nova. Lembre-se que há pessoas que dependem de você, maninha. Negligenciá-las é um ato de má vontade. Sua mãe não mais precisa de você, mas seu marido e filhos sim. Os mortos não nos pertencem. Devemos deixá-los em paz, devotando-lhes o nosso amor e a nossa saudade, apenas.

      Irmãzinha, receba o meu abraço carinhoso,

      Lu

  344. Maria

    Oi, querida!
    Estou aqui de novo. Acho que tenho de aumentar a dose do oxa pois está baixa. Parei 4 dias e fiquei em pânico, ao medir a pressão e dar 20 por 10, mas depois baixou.O que fazer nessas horas? pode ser medição errada do aparelho ou pelo fato de eu mesma estar medindo?

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria

      É sempre um prazer recebê-la aqui.
      Eu não entendi o porquê de você ter parado quatro dias. Espero que tenha sido por ordem médica. Caso contrário você incorreu numa falta de responsabilidade para consigo, pois sabe que ninguém pode parar o antidepressivo por conta própria, incorrendo numa série de problemas, sem falar que a doença volta ainda mais forte. Tenho falado insistentemente sobre isso aqui no blog. Não pare por contar própria, pois a doença voltará ainda mais aguda. Converse com seu médico antes.

      Quanto à medição d pressão, eu não confio nos medidores que temos em casa. E ainda mais quando é medido pela própria pessoa. Existem certas regras a serem observadas, como a posição do braço, o lugar onde se coloca o aparelho, a imobilidade, etc. O ideal é que você fosse a um posto de saúde ou mesmo à farmácia.

      Queridinha, eu sei que hoje existe uma escrita especifica para comunicar-se na internet. Como no blog entram pessoas que a desconhecem, estou pedindo a todos que não a usem, pois tenho que reescrever as palavras (escreva “aqui” e não “aki”, etc.)

      Abraços,

      Lu

  345. Edson Godoy

    Olá boa, noite Lu!

    Faz duas semanas que meu médico aumentou a dose de escitalopram para 20mg, e só sinto piora. Ontem, domingo, fui ao mercado com minha namorada. Antes de ir fiquei com medo de não conseguir entrar, e foi exatamente o que aconteceu. Fiquei no carro e ela entrou. Passando meia hora, e eu inseguro, peguei meu aparelho de pressão e bpm e a pressão tabaco 15×10. Larguei ela lá e fui pra casa. Tomei 10 mg de propalonol pra baixar a pressão e fiquei tranquilo em casa. Minha namorada disse que se eu não ficar bem, ela me larga. Gosto do meu psiquiatra, pois ele me atende há 3 anos e gosta De CONVERSAR. Será que se eu pedir pra voltar a tomar paroxetina 30mg que tomava antes, ele troca? Será que vou ter mais recaída no recomeço da paroxetina? Meu corpo sentirá falta do escitalopram. Tenho medo de intoxicação.

    Um abraço

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edson

      Amiguinho, peço-lhe desculpas por só estar lhe respondendo hoje, pois seu comentário caiu na caixa de spam. Agora que fui esvaziá-la é que o vi. Perdoe-me! Não se sinta deixado de lado… risos.

      O oxalato de escitalopram é o que há de mais novo no mercado no tratamento das doenças mentais. A maioria dos médicos estão a receitá-lo, pois além de ser muito efetivo, ainda cobre vários tipos de doenças mentais. A troca foi muito boa.Fique tranquilo. A imensa maioria dos comentaristas toma esse medicamento. Veja nos comentários. A paroxetina é um antidepressivo mais antigo.

      Você deverá aguardar mais tempo para ver os resultados com o novo antidepressivo. Normalmente,em torno da terceira semana, os bons efeitos já começam a ser sentidos e os ruins começam a regredir. Já que confia no seu psiquiatra, faça conforme o parecer dele, a pessoa mais indicada para acompanhar seu progresso. Não adianta voltar para a paroxetina e só ir aumentando a dosagem. Irá chegar o dia em que terá que mudar para outro, pois o organismo acaba se acostumando com o remédio. Seu médico é muito sério para permitir que haja intoxicação, além disso tem um nome a zelar. Continue reportando a ele tudo o que está sentindo. Nas primeiras semanas, terá a sensação de que está ficando pior, mas, com o tempo, à medida que o corpo aceita a nova substância, a melhora é visível.

      Quanto temos a Síndrome do Pânico, e ainda não foi totalmente tratada, ficamos amedrontados com certos lugares. A mim amedrontava os lugares fechados como cinema, supermercado, elevador, quarto com porta fechada, etc. Nem mesmo saía sozinha. Isso é normal. Não pense que esteja fugindo à regra. Isso acontece com todos. Depois que o medicamento fizer efeito, ficará ótimo.

      Quanto à sua namorada, ela deve ter dito isso por brincadeira. As pessoas que nos amam são aquelas que mais devem nos trazer calma, confiança, conforto e amor. É com elas que devemos contar nos momentos difíceis. Por isso, nós as chamamos de companheiras. Tenho a certeza de que dará de si o melhor por ela, em qualquer momento. Além disso, você se encontra doente mentalmente e já está em tratamento. A força de sua namorada é muito importante para você.

      Medir a pressão é algo muito sério, pois depende do modo como se usa o aparelho, inclusive onde é colocado no braço e a posição desse. Muitas vezes dá um resultado falso, por dificuldade de manejo, deixando a pessoa ainda mais ansiosa e amedrontada. Aconselho-o, nesses casos, a ir a uma farmácia ou a um posto de saúde. Evite ficar medindo sua pressão a toda hora.

      Amiguinho, seja POP (paciente, otimista e persistente) e logo estará livre de todas as mazelas. E sempre que se sentir só, venha para o blog conversar conosco.

      Grande abraço,

      Lu

  346. Andrea

    Oi Lu, sou eu Andrea… Hoje está fazendo 27 dias que minha mãezinha se foi… Já estou conseguindo levantar, mas sinto muita taquicardia quando levanto… Minha dor é grande demais e sinto que meus amigos já não tem mais paciência… Meu marido tenta fazer de tudo mas também não está sabendo lidar. Não tenho mais ninguém. Nem irmão, nem pai, nem avós, só tinha ela. Eu tenho medo de nunca mais conseguir ficar bem. Hoje estou muito mal, não sei mais o que fazer. É meu décimo primeiro dia do Lexapro. Mas ela morava comigo era meu porto seguro, sou filha única, não estou conseguindo, Lu. Dói muito, fora que fico com medo de morrer, pois perdi os dois. Pai com 53 anos de AVC e mãe com 69 de AVC, aí cismei que vou morrer assim também Estou com medo de tudo e me sinto sozinha.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Andrea

      Minha querida, eu já estava morrendo de saudades suas e indagando-me o que teria lhe acontecido. Não suma mais assim. Venha pelo menos duas vezes por semana dizer-me como anda.

      Irmãzinha, compreendo muito bem a sua dor. De certa forma temos histórias semelhantes. Perdi meu pai com AVC e minha mãe com AVI, ou seja, de causas semelhantes. Meu pai morreu primeiro e dois anos depois foi a vez de minha mãe. Ambos moravam comigo. Tenho apenas um irmão, que mora na Amazônia. Não tenho mais avós de nenhuma das partes. Mas quantos de nós não vivem hoje assim? É a lei da vida. E temos que nos acostumar a ela, ou pelo menos aceitá-la. Contudo, ofereço-me para ser sua irmã de coração. Aceita? Estarei disposta a conversar consigo, sempre que quiser. Portanto, não se sinta só. Também quero-a como irmã, pois não tenho nenhuma.

      Dea, não é que nossos maridos não estejam sabendo como lidar conosco. É que eles não aguentam nos ver sofrendo tanto assim. Os homens são mais fracos do que nós. Na minha fase terrível, depois de um tempo enorme, um amigo chegou perto de mim e disse-me: “Se você não aceitar tratamento, irá perder o seu marido, pois ele me disse que não aguenta mais vê-la sofrer tanto, e que está naufragando junto.”. Foi aí que caí na real e resolvi voltar à vida. Minha mãe amava-o como filho e não gostaria que eu o perdesse. Pensando nisso, fui mudando diariamente, com a ajuda do antidepressivo. E hoje, a saudade ainda dói, mas de uma maneira suportável. Você irá ficar bem e passar essa fase dificílima. Portanto, não se apavore. Lembre-se de que sua mãe gostaria de vê-la feliz. Seja feliz por ela, por seu marido e filhos.

      Você ainda se encontra na fase de transição do remédio. Após a segunda semana já sentirá os efeitos bons. Mas é preciso que também se ajude. É necessário lutar para sair da penumbra em que se encontra. Otimismo atrai otimismo. E nada de ficar pensando que irá morrer de AVC. Isso jamais me passou pela cabeça, em relação a mim. Não sou de pensar em doenças. Quando um pensamento ruim chega à minha cabeça, eu logo o expulso. Vou para o computador escrever ou ler. O dia de amanhã não nos pertence, somente o hoje. Portanto, temos que vivê-lo da melhor maneira possível. Também risquei o “medo” da minha vida, depois que compreendi que não temos nas mãos a direção de nossa vida. Só quero viver o hoje, da melhor forma possível. Que venha o amanhã como quiser. Não tenho força sobre ele. Só sei que, quem vive bem o hoje, está contribuindo para ter um amanhã melhor. Viva assim, irmãzinha. E jamais se sinta só. Conte com um monte de amigos aqui neste blog.

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Andrea

        Oi, Lu!
        Sempre me emociono com suas palavras, obrigada pelo conforto de sempre. Tenho certeza que não achei esse site em vão… Estou lutando… Obrigada pelas palavras… Minha irmãzinha de coração…

        1. LuDiasBH Autor do post

          Dea

          Hoje é um dia muito especial para mim, pois ganhei uma irmãzinha. Quem disse que parentesco tem que ser só de sangue? Acredito piamente nas escolhas feitas pelo coração. Viu como nossas histórias são parecidas? E nós também somos. Por isso não estamos sós! Conte comigo sempre que quiser. Há dias em que também preciso de um ombro. Aguarde-me!

          Um grande beijo,

          Lu

  347. Carolini

    Boa noite, Lu, boa noite a todos!

    Bom, estou a quase dois meses com o scitalax, e ainda não me sinto 100%, ando muito para baixo, mais na parte da manhã, que me bate um desânimo de tudo. Tenho sentido muitas dores musculares, penso que devido à depressão. Quanto à síndrome do pânico, que tive uma melhora, não estou mais com tanto medo de fazer as coisas como antes. Cheguei até a ir no Rock in Rio,e isso estava me amedrontando. Continuo com muito medo de enlouquecer. Às vezes sinto uma angústia no peito, pensamentos para baixo, em outros momentos sinto-me ótima, querendo fazer tudo ao mesmo para aproveitar esse momento. Não sei se o remédio já era pra ter feito todo o efeito. Estou pensando em fazer pscicoterapia. Quem me recomendou esse remédio foi o cardiologista, não cheguei ir a um psicólogo, mas devido aos sintomas e os exames que não deram em nada, ele me receitou esse remédio, mas estou com medo de não melhorar.

    Força a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      No nosso tratamento, toda melhora é um grande avanço. E é assim que devemos recebê-las. Ninguém melhora 100%, pois as angústias da vida estão aí para todos nós, indiferentemente de terem doença mental ou não. A cada dia temos que lidar com um problema novo, que nos apresenta a vida. Como já disse alguém, “viver é um ato de coragem”. Portanto, passe a observar as suas melhoras, em vez de só focar no lado negativo de seu tratamento. A parte da manhã é mesmo a mais difícil, pois é quando nosso metabolismo está mais baixo. Não há nada de anormal nisso.

      Carol, imagine só, você foi capaz de ir ao Rock in Rio, o que sem o medicamento jamais faria. Vejo o tamanho desse avanço em sua vida. Fiquei feliz com a boa notícia. Disse-me também que há momentos em que se sente bem, querendo fazer um monte de coisas. Sem o tratamento isso não aconteceria. Não é o psicólogo que deve procurar, mas o psiquiatra. É ele quem receita remédios e avalia o efeito obtido. Com o psicólogo, fará apenas a terapia.

      Como já lhe disse noutras vezes, procure excluir a palavra “medo” de sua vida. As pessoas otimistas melhoram muito mais rapidamente, ao contrário das pessimistas. Você já está melhorando. Isso é uma verdade inconteste. Fique contente com os pequenos avanços. Ninguém enlouquece sendo medicado. Fique tranquila. O que precisa é estar em contato com o psiquiatra, para avaliá-la. Somente ele poderá ajustar a dose do remédio, se necessário. As dores musculares também estão ligadas ao efeito do remédio. Elas passarão.

      Aconselho-a a marcar uma consulta com um psiquiatra, para que ele possa acompanhá-la. Não deixe de fazer isso.

      Beijos,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Pode ser através do blog, aqui. Mas, se se tratar de assunto particular, poderá usar o e-mail que lhe enviei avisando-lhe sobre a resposta de seu comentário.

          Abraços,

          Lu

  348. Fernando Paiva

    Lu, boa noite!
    Hoje a noite li sobre a depressão refratária. Fiquei extremamente pessimista, vendo que NENHUM REMÉDIO faz efeito, sendo que já tomei um monte(sertralina, fluoxetina, venlafaxina e agora o escilatopram).
    🙁
    O menino POP está sumindo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nando

      Não vejo muita diferença entre a pessoa com depressão refratária e o depressivo crônico (como eu). Estou sempre a mudar de remédios, quando o organismo acostuma com aquele que está usando. Portanto, não há porque desesperar-se. Sem falar que muitas pesquisas estão sendo feitas para descobrir as causas da depressão refratária. Sobre ela, é dito que o paciente melhora com o tratamento, mas nunca sana todos os sintomas. Com o depressivo crônico é a mesma coisa. Portanto, amiguinho POP, enquanto há vida há esperança, nada de desânimo. Quem o diagosticou, seu médico ou o Google? Quero resposta.

      Veja o link: http://www.minhavida.com.br/saude/materias/16599-depressao-o-que-fazer-quando-paciente-nao-responde-bem-a-medicacao

      Grande beijo,

      Lu

      1. Edson Godoy

        Olá, não consegui achar a parte pra fazer pergunta. Meu nome é Edson e tenho 28 anos. Desde os 22 tenho síndrome do pânico, tomei paroxetina durante um tempo,depois parei. De 2012 até maio deste ano tomei paroxetina 30 mg e rivotril 2 mg, porém me deu crise e meu psiquiatra recomendou escitalopram. Estou tomando desde maio 10 mg, esse mês senti uma recaída muito grande. O médico recomendou 20 mg, mas sinto pior a cada dia. Faz 7 dias que ele dobrou a dose, e disse que vou ficar bem melhor. Será que demora um tempo ou meu organismo não se dá bem com o escitalopram?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Edson

          Seja bem-vindo ao clube dos guerreiros e guerreiras. E é exatamente aqui que deve deixar seus compartilhamentos. Já nos tornamos uma família e ajudamo-nos mutuamente.

          Amiguinho, a maioria das pessoas aqui teve ou ainda tem crise de pânico (SP), inclusive eu, que não posso ficar sem o antidepressivo, pois a minha “deprê” é crônica. Assim como você, minha primeira crise de pânico aconteceu muito cedo, aos 19 anos. De lá para cá já passei por vários medicamentos, pois à medida que o organismo acostuma com um, esse perde o efeito. Então somos encaminhados para outro. O bom mesmo é que as pesquisas no campo da doença mental têm evoluído cada vez mais, e há bons remédios no mercado.

          No seu caso, a paroxetina parou de fazer efeito, tendo que migrar para uma nova substância. Como disse que mudou para o escitalopram em maio, já era para estar sentindo os efeitos positivos do medicamento. Como o psiquiatra dobrou a dose, espere mais uma semana para ver como ficará, pois é um dos antidepressivos mais usados no momento. Pode ser que a dosagem estivesse muito baixa, necessitando mesmo de aumentá-la. Se notar que não melhorou nada, volte de novo ao médico e exponha-lhe tudo que tem sentido. É muito importante esse contato com seu médico.

          Edson, cada pessoa reage de um modo diferente às substâncias dos antidepressivos. E quando não se adapta a uma determinada, o médico precisa fazer a mudança, até acertar naquela que trará melhores resultados para o paciente. Antes de ter essa nova crise, como estava se sentindo ao tomar o escitalopram? Você ainda toma o rivotril? Aguardo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

        2. Edson Godoy

          Oi, Lu, muito obrigado pela resposta. Sim, eu tomo rivotril 1mg antes de dormir, e um quando acordo. Estou muito preocupado, pois de manhã não tenho nenhum apetite, no almoço e no jantar como pouco, de noite é a hora que estou mais disposto, não consigo sair de casa de dia.
          Muito obrigado!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Edson

          O oxalato de escitalopram age, em relação ao apetite, de duas maneiras. Em algumas pessoas desperta o apetite, a ponto de fazê-las engordar muito. Noutras, tira a vontade de comer totalmente, como no meu caso. Não resta dúvida de que ter pouco apetite é muito mais fácil de controlar tomando sucos, vitaminas, comendo frutas, etc. Mas à medida que o antidepressivo for fazendo efeito, o organismo passa a ficar mais equilibrado, restabelecendo suas funções. Portanto, não se preocupe, mas não deixe de come algo a cada três horas, para não debilitar seu organismo.

          Edson, a noite é realmente a hora em que nos encontramos mais dispostos. Na parte da manhã, o metabolismo de nosso corpo está muito baixo. É normal. À noite, ele já se encontra normalizado. É também a minha parte predileta do dia, quando mais trabalho. Quando o remédio estiver fazendo o efeito desejado, você voltará a sair de casa durante o dia. É questão de tempo. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Continue me trazendo notícias suas.

          Abraços,

          Lu

  349. Andrea

    Oi Lu, tudo bem?

    Vi o comentário do Erick e pra mim também está assim, me sinto fraca demais, hoje foi uma manhã terrível, não consigo ficar em pé, e isso me deixa muito nervosa. Ainda tenho muitas crises de manhã, choro muito pela minha mãe. Estou no oitavo comprimido de Lexapro e tomo rivotril só quando estou muito ansiosa. Ontem fui ao hospital. O médico rodou um eletro e disse que estava tudo bem. Não entendo essa fraqueza. Choro muito. Normalmente no fim da tarde para noite essa fraqueza melhora demais, é muito estranho. Fico achando que estou doente. Estou fazendo terapia e acupuntura.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Andrea

      A sua fraqueza é mais do que normal. O ato de chorar acaba nos exaurindo. É compreensível o luto que está vivendo. E não poderia ser de outra forma. Na parte da manhã, o nosso organismo encontra-se com baixo metabolismo, aumentando a nossa fraqueza. À noite, já se encontra bem revigorado. Daí essas mudanças bruscas. Você precisa desse tempo para viver seu luto. Não se preocupe. Fora isso, está tudo bem consigo. Procure entender o momento que está vivendo. Tenha paciência e aceitação.

      Em relação ao tratamento, ainda se encontra muito no início. A partir da segunda semana em diante é que os bons efeitos começam a surgir em algumas pessoas. Você está doente, mas de tristeza. Ela irá passar. Não se martirize. A perda da mãe é um dos maiores golpes de nossa vida. Quando estiver melhor, leia o poema que fiz de despedida para a minha (POEMA PARA UMA MÃE QUE PARTIU). E poderá ver o tamanho do meu sofrimento, à época.

      Dea, não precisa procurar mais médicos. Faça o seu tratamento para depressão. Aceite o seu luto e procure lembrar que há muitas pessoas precisando de sua presença. Em relação ao antidepressivo, se sentir que os efeitos adversos estão muito fortes, converse com seu psiquiatra. Certo?

      Um beijo no coração,

      Lu

  350. Erick

    Oi Lu e pessoal, boa noite.

    Aqui é o Erick novamente.Estou há quase 2 meses tomando o escitalopran.Eu ainda me sinto muito mal durante o dia, estou afastando do trabalho e não tenho vontade de nada.

    O que eu queria comentar com vocês, e que acho muito estranho, é que de noite, a partir de umas 21 horas, começo a me sentir bem melhor, pareço duas pessoas diferentes, uma de dia e outra a noite. É muito nítida a diferença, gritante, de dia sou prostrado, sem vida, sem esperança, mas de noite eu quero viver, me dá fome, me dá vontade de rir, de conversar, enfim de viver.
    Totalmente diferente do dia, que não tenho vontade de nada.

    Eu não consigo entender, queria tanto ser de dia, como ser de noite, para poder trabalhar, produzir, etc. Alguém já passou por algo semelhante, pode ter a ver com o remédio? P.s : tomo 20 mg do escitalopran de dia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Erick

      Menino, como você sumiu!Estava sentindo a sua falta, meu pupilo.

      Com dois meses de escitalopram era para estar se sentindo bem melhor. E essa dualidade entre dia e noite é bem interrogativa. Normalmente, nós depressivos, passamos momentos piores durante a manhã, com dificuldades para levantarmo-nos, pois é quando o metabolismo de nosso corpo encontra-se baixo. E à medida que o dia vai avançando, vamos melhorando. Isso é normal. Mas passar o dia todo mal, depois de dois meses tomando o medicamento, merece uma avaliação mais cuidadosa, ainda que muitas pessoas precisem de mais tempo para o efeito pleno do remédio.

      Penso eu, sem qualquer base científica, que isso se deve ao horário em que está tomando o remédio. Talvez se tomasse à noite, o efeito seria diferente, ou seja, passaria a sentir-se bem durante o dia. À noite, dormiria bem com um ansiolítico. Mas quem deve avaliar seu quadro é seu psiquiatra. Você deve retornar a ele contar-lhe o que está acontecendo, sem omitir nada. É claro que tem a ver com o remédio. Seu médico terá que avaliar a dosagem, o horário em que o toma ou até mesmo a possibilidade de mudança. Pode ser que agregue outra substância junto ao oxalato de escitalopram.

      Erick, não fique assustado. Você já deveria ter voltado a seu médico, em vez de viver tal situação por tanto tempo. Os primeiros meses são de adaptação e mudanças. Portanto, não abra mão do acompanhamento médico. Ele é a pessoa mais indicada para lhe dar respostas sobre o que está acontecendo. Assim que retornar a ele, venha aqui me dizer quais providências ele tomou. Estarei aguardando.

  351. Andrea

    Bom dia, Lu, amei este site, que me confortou muito.

    Tive uma crise de pânico há 3 anos atrás que me deixou muito mal. Eu me tratei com Lexapro e rivotril e consegui me recuperar. Estava a uns 3 meses sem tomar o Lexapro, e infelizmente perdi minha mãe, meu porto seguro, há 19 dias. Voltei com tudo, muitas crises e desespero. Fui ao psiquiatra, que me passou novamente o Lexapro de 10 mg, e rivotril de 0,25 como SOS.

    O problema maior que estou sentindo agora é a fraqueza, não levanto da cama, uma fraqueza absurda, fiz exame de sangue e nada, tudo normal. Tenho dois filhos e o máximo que consigo é ficar no sofá da sala, sentada por conta da fraqueza. Meu coração dispara e tenho medo de ter algo. Será um efeito colateral do Lexapro? Até agora tomei apenas 5 comprimidos. Estou ficando desesperada, não consigo nem dobrar um lençol. Fora que estou tendo muitas crises. Acordo desesperada pela falta da minha mãe e tenho ânsia de vômito. Mesmo assim eu consigo comer pouco, mas estou tomando vitamina também. Será que alguém já sentiu isso, a ponto de não levantar da cama?

    Me ajude… Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Andrea

      Minha lindinha, ao ler o seu comentário, meus olhos encheram-se de lágrimas, pois comigo aconteceu do mesmo jeito. Eu tinha crises de pânico e depressão, tratei-me, fiquei boa. Tempos depois, perdi a minha mãe. Entrei numa profunda depressão, como se o mundo tivesse acabado para mim. E pior, eu recusava qualquer tipo de tratamento e não comia. Virei um palito ambulante, ou melhor, deitado, meses e meses na cama. Com muito custo, depois de não mais aguentar ver meu sofrimento, meu marido levou-me ao psiquiatra, praticamente à força. Então passei a fazer o tratamento, a princípio com a fluoxetina e depois com o oxalato de escitalopram. Aos poucos, a vida foi adquirindo cor e fui compreendendo que nascer e morrer são condições de todo ser humano. Portanto, receba o meu abraço forte de consolo pela perda de sua mãe, mas lembre-se de que esse é o caminho de todos nós. Reaja em razão de seus filhos, seu esposo e de todos que a amam. Eles precisam muito de sua força, de seu amor e de seu exemplo de vida. Que a saudade de sua mãe seja um sentimento doce, apenas.

      Dea, essa sua fraqueza é mais do que normal. Primeiro pelo momento de dor que está vivendo, tendo chorado muito, exaurido-se no sofrimento. Segundo, por estar no início do tratamento com o Lexapro (nome fantasia do oxalato de escitalopram). A maioria das pessoas sofre com os sintomas adversos do remédio, ao iniciar o tratamento. Eles são fortes, a ponto de, inicialmente, aumentarem as crises. Mas depois de duas a três semanas as coisas vão entrando no eixo, os sintomas ruins vão desaparecendo e os bons chegando. Portanto, não se preocupe. A ânsia de vômito, a ansiedade, o pânico, tudo é relativo ao remédio, assim como a falta de apetite (veja outros comentários).

      O acordar desesperada faz parte do momento que vive. Mas tudo isso irá passar. Tenha paciência. Tente reagir. Você não me disse se está tomando algum ansiolítico (rivotril, bromazepam, etc). Continue em contato com seu médico. Relate-lhe tudo que sentir. Nos primeiros meses esse contato é muito importante, para criar confiança. E não pare o tratamento em hipótese nenhuma, sem o consentimento dele.

      Dea, sofra a sua dor. Esse momento é seu. Não se sinta constrangida por chorar. Mas também tente racionalizar sobre o fato de que não temos nenhum controle sobre a vida. Essa é a nossa condição humana. Só nos resta aceitá-la e continuar vivendo pelos que ficaram. Não se sinta só. Todos compartilhamos da sua dor, pois muitos aqui já passaram por ela. Venha diariamente nos visitar. Conte-nos tudo o que estiver sentindo. Desabafe. Leia outros artigos deste blog. Dirija seus pensamentos para outros pontos. A vida continua, quer queiramos ou não. Conte comigo.

      Um grande beijo no seu coração,

      Lu

      1. Andrea

        Oi Lu, muito obrigada pelo seu carinho e pelas suas palavras… Me ajudaram muito, preciso ter forças para continuar e sei que Deus vai me ajudar. Parabéns por tudo que faz no site. Aqui, nas suas palavras encontrei o conforto que precisava.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Andrea

          Sinto-me feliz ao saber que minhas palavras reconfortaram-na. Você irá passar por essa zona de turbulência, com sua fé e coragem. Sempre venha aqui, para dizer-nos como anda a sua saúde.

          Leia também o comentário do Marcos dirigido a você.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Marco

        Prezada Andrea!

        Receba meu abraço fraterno. Há cinco anos no mês em que eu e minha filha fazemos aniversário, eu perdi a minha querida mãe. De fato é um baque muito forte. Por mais que saibamos que estamos aqui só de passagem, por mais que tenhamos a consciência da finitude da vida, é uma dor dilacerante realmente.

        Como a Lu bem pontuou, essa sua dor merece ser sentida. Não tem como ser diferente, mas por saber que nada podemos fazer no sentido de trazer nosso ente querido de volta, resta lutar pelos que ficaram. Filhos, esposa, amigos. Nós mesmos. Cada um desempenha um papel nesse mundo. Particularmente, e sem querer fazer proselitismo nesse espaço, algo que me ajudou foi entender que a morte é tão somente uma passagem. Que minhas ações podem ajudar ou atrapalhar a trajetória da minha querida mãe. Assim, eu encontrei forças para sair da “concha” levantar da cama e retomar a rotina, mesmo que a dor ainda se fizesse presente. Claro, o apoio da minha companheira, filha e outros irmãos também contribuíram. Porém, as pessoas nada podem fazer se nós não dermos os passos na direção da continuidade da nossa jornada. Portanto, querida Andrea, eu desejo a você muita força, luz e abnegação para seguir o caminho natural de sua vida, amando os seus e sendo amada por eles, sabendo que a matéria se vai, mas o espírito e as obras dos que nos são queridos permanecem para sempre. Em nossos corações e no Universo, progredindo rumo à perfeição.

        Marco Dantas

  352. Alberto

    Oi, Lu! Bom dia a você e a todos que aqui fazem os seus depoimentos!

    Há muito tempo atrás, coisa de 20 anos, tive a primeira crise de pânico em plena Marginal Pinheiros. Fui por dias e anos a Hospitais, Clinico Geral, Cardiologista, etc, buscando a causa e achando que tinha alguma doença séria. Consultei um psiquiatra que me diagnosticou com a tal SP, mas, ao iniciar o tratamento, acabei desistindo pela falta de eficácia e conhecimento que este remédio apenas faria o efeito após alguns dias.

    Enfim, passou o tempo e hoje moro em Três Pontas-MG, e acabei convivendo com este problema sem procurar ajuda. Tenho a ideia de que o meu organismo acostumou com esta situação, criando um meio para bloquear o pânico, que eu sinto principalmente ao dirigir (viajem de longa distância), e até hoje apenas realizo com alguém ao meu lado que dirige.

    Por esses anos ela (SP) chegava branda e passava, e assim conseguia continuar a viajem e ir aos lugares. Mas a uns 3 meses atrás senti algo diferente, uma sensação esquisita mais forte, o que me levou a procurar um psiquiatra novamente. Escutei do doutor: “Síndrome do Pânico”. Hoje completa os 20 dias que iniciei o tratamento com Esc. Parece que ela deu uma pausa mas é normal, sinto um certo desconforto “zonzeira” e suor na sola dos pés.

    Iniciei o tratamento com 5 mg e faz 5 dias que estou tomando 10 mg. Esta sensação é normal? Estou tentando andar de bike, mas fico com medo de cair por conta desta suposta zonzeira. O engraçado é que eu sei que funciona assim, vou andar e sinto o desconfoto, que acaba depois passando.
    Falei com meu médico, e ele me disse que é normal tudo o que estou sentindo. Não desconfio dele, mas me deixa preocupado, ansioso achando que não vão passar os sintomas.

    Abraços, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alberto

      É um grande prazer recebê-lo aqui neste cantinho de guerreiros e guerreiras. Junte-se ao batalhão POP (paciente, otimista e persistente).

      Há 20 anos atrás, as doenças mentais eram difíceis de serem medicadas, pois a medicina ainda engatinhava nesse campo, ao contrário de hoje, em que novos e eficientes remédios chegam ao mercado todos os dias. E não demorará muito para que tenhamos sua cura definitiva. Portanto, imagino a sua via-sacra em busca de tratamento, naquela época.

      Ao abandonar o tratamento, em razão de seu desconhecimento, você agiu inconsequentemente, pois a SP é uma doença química, advinda do mau funcionamento dos neurônios, necessitando de remédio, como qualquer outra parte do corpo. Ademais, todo antidepressivo possui efeito acumulativo, sendo essa a causa porque demora a mostrar sua eficácia. Ainda assim, esperar passar esse tempo de turbulência capacita-nos a ter uma vida com qualidade depois. A gente espera por tanta coisa, porque não esperar o efeito de um remédio? Mas entendo que lhe faltou conhecimento sobre o assunto, pois cada parada faz com que a SP volte ainda mais forte. Somente o médico poderá dizer quando seu paciente deverá cortar o uso do remédio, obedecendo a diminuição paulatina da dosagem.

      Seu organismo não havia resolvido o problema, mas apenas camuflado-o. Tanto é que você não conseguia dirigir sozinho. A doença estava ali, somente aguardando o momento para explodir com mais força. Como bem diz, ela foi apenas bloqueada. E o que é bloqueado não foi tirado do caminho. Nada mais do que normal o retorno da SP, após furar o bloqueio. E, naturalmente, com mais força ainda, como uma fera enjaulada… risos.

      O oxalato de escitalopram é uma das substâncias mais usadas no tratamento mental, pois cobre uma gama de doenças, trazendo resultados eficientes. Pelos comentários, verá que é tomado pela quase totalidade dos comentaristas. É fato que existe um período de adaptação do organismo, para certas pessoas. O início é brabo mesmo, pois o corpo luta contra a nova substância que está recebendo. As sensações ruins parecem dobrar (ansiedade, pânico, náuseas…). Depois, organismo e remédio viram carne e unha. É quando surgem os benefícios.

      Beto, você está no início de seu tratamento. Tais efeitos adversos são normais. Eu costumo dizer que é preciso ter paciência para passar pela zona de turbulência. Para alguns, tais sintomas passam depois da segunda semana, outros demoram mais ou menos. O tempo não importa, mas sim a vida de qualidade que passará a ter, sendo dono de suas próprias ações, sem esse “medo” horroroso que o acompanha há anos. Fique tranquilo. Ainda assim, mantenha seu médico sempre informado sobre seu estado de saúde. Isso é muito importante nos primeiros meses.

      E volte sempre para nos contar como anda seu tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

  353. Marco

    Boa noite, Lu e demais guerreiros e guerreiras.

    Estou me sentindo bem, porém sentindo falta da rotina de exercícios, pois ainda estou em tratamento da infecção das vias urinárias. Ainda bem que o remédio acaba neste domingo. Venho também contribuir com um método que pode ajudar aos que ainda encontram-se em dificuldades de continuar o tratamento com escitalopram.

    Eu penso que os efeitos completos dessa substância no organismo só venham a acontecer depois de 6 meses. Após os primeiros 15 dias devem sumir as reações adversas mais duras. Porém, digamos, simbiose entre o organismo humano e a substância química citada, só venha a estabilizar-se após 6 meses. Então assim, pode ocorrer que esperemos mais da substância, ou que algo ocorra de modo instantâneo. Como a Lu mesmo escreveu em resposta à amiga Patrícia, não é assim. Precisamos dar tempo ao tempo e não cobrar apressadamente que os resultados ocorram como um passe de mágica. Eu mesmo, sinto que por mais que eu esteja bem, percebo margem para melhoras. Seja no campo da concentração, ou até mesmo no sono excessivo durante o dia, sintoma que eu já sentia antes de utilizar o oxalato de escitalopram. Vou testar tomar o remédio à noite. Também nessas últimas duas semanas senti um aumento em minha ansiedade, mas também, tomando essa bomba de antibióticos e com a falta dos exercícios pesados, meu sistema nervoso central deve estar um tanto confuso. Portanto considero tais sintomas como normais.

    A dica que eu dou a todos vocês é: nunca tomem decisões precipitadas. Principalmente se estiver se sentindo cansado, como por exemplo no final do dia ou até mesmo se estiver se sentindo um pouco desanimado. Adiem decisões importantes – claro se elas puderem ser adiadas – para um momento em que você se sentir equilibrado. Muitas vezes, nossa mente está pedindo um descanso ou tempo. Enquanto um ou outro não ocorrer, podemos incorrer em decisões que certamente nos arrependeremos depois. É isso!

    Um abraço a todos.

    Marco Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Obrigada, por dar-nos sempre bons conselhos, incentivando-nos a continuar o tratamento e a acreditar em melhoras continuadas. Espero que os desanimados leiam o seu importante comentário, de modo a levar avante o tratamento, sem ficar ansiosos por resultados mágicos. Eles não existem. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Um grande abraço,

      Lu

  354. Patrícia

    Boa Tarde Lu…
    Boa tarde à todos que acompanham o blog
    Embora eu não tenha postado mais mensagens, estou sempre por aqui lendo os comentários de todos, e acompanhando a luta de cada um, no entanto, vim hoje aqui falar um pouquinho do meu tratamento.

    Estou há 33 dias tomando 10 gotas de reconter, embora aqueles efeitos colaterais já tenham passado, eu senti uma sutil melhora apenas, e isso está me deixando um pouco frustrada, porque acho que esperava mais do medicamento. Sinto-me desanimada ainda, não sei se o remédio está ajudando muito, e o médico pediu pra que eu voltasse depois de 60 dias iniciado o tratamento. Confesso que estou um pouco desanimada, pois esperava que o medicamento me proporcionasse um pouco mais de vontade pra fazer as coisas e colocar a minha vida nos eixos 🙁 Será que ainda é muito cedo para falar dos resultados, será que minha dose é muito baixa para o meu problema?

    Me ajude Lu, pelo menos suas belas palavras sempre nos traz algum conforto e vontade de persistir.

    Beijo grande a todos, e melhoras a todos nós..

    1. LuDiasBH Autor do post

      Menina Pat

      Eu vou trazê-la para perto de mim, pois assim fica fácil de eu lhe puxar as orelhas. Você é uma garota POP, certo, danadinha?

      O Reconter é outro nome fantasia da substância oxalato de escitalopram, um dos remédios mais modernos do mercado. Portanto, você se encontra em ótima companhia. Eu não tenho muito conhecimento sobre gotas, pois sempre lidei com comprimidos. Tomo 10 mg. Converse sobre sua dosagem com o seu médico. Ele poderá avaliar se está abaixo do necessário.

      Pat, não se pode esmorecer com tão pouco. Lembra-se de quanto tempo levou para nascer? O mal nosso, nos dias atuais, é a pressa para que tudo aconteça rapidamente, o que acaba gerando mais estresse, ansiedade e mal-estar. Deixe o organismo trabalhar de acordo com o seu metabolismo. Agradeça pela sutil melhora, enquanto aguarda as maiores. Não exija tanto de si. Aconselho-a, em conversa com seu médico, questionar sobre a dosagem. Tudo se resolve com calma e otimismo.

      Ainda que seu médico tenha pedido para voltar após 60 dias, se necessário poderá voltar a qualquer momento. Esse prazo não deve ser obedecido, se achar que não está bem. Marque uma nova consulta e converse com ele sobre as suas expectativas e como se encontra no momento. Tanto pode ser que a dosagem esteja baixa, como ainda é cedo para falar sobre resultados plenos, pois cada organismo reage de uma maneira diferente. Somente seu profissional poderá dizer como você se encontra.

      Pat, precisamos sempre agradecer nosso corpo por seus pequenos avanços, acreditando que novos virão. Isso é muito importante para a aceitação de nosso problemas de saúde. Temos que fugir um pouco dessa necessidade de rapidez doentia que apossa de todos nós, transformando-nos em autômatos, vítimas deste mundo chamado de moderno. É nisso que invejo os budistas, quando buscam, calmamente, o Caminho do Meio, que é o caminho do equilíbrio. Portanto, vá com calma e perseverança. Viva um dia de cada vez.

      Beijos,

      Lu

  355. Fernando Paiva

    Bom dia, Lu
    Lembra de mim?
    Pois é! Não trago muitas notícias motivadoras, mas a esperança aqui nunca acaba! Tenho certeza que ainda desfrutarei muito do meu relacionamento!

    Não consegui reagir com o oxalato de escitalopram. Ontem fui ao médico novamente, e ele não estava lá, por conta de um atraso de 15 minutos (sim, ele não esperou 15 minutos. Já tive que esperar muito mais…). Outro médico me atendeu. Tive um péssimo atendimento, ele não deixava eu falar, cortava tudo o que eu dizia, e notoriamente dava a mínima.

    Ele passou lexapro. Atualmente eu tava tomando o genérico apenas. Ele falou que havia diferença com relação ao original, mas não confiei. Além disso, passou um ansiolítico. Não botei muita fé e vou marcar outro médico. Você acha que isso faz diferença Lu, ou é o famoso papo do médico para só ganhar uma comissão por recomendar o mais caro?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nando

      Como pode nos deixar por tanto tempo? Eu fico aqui pensando como anda cada um dos meus pupilos. Não faça mais isso. Ainda que já esteja 100%, venha ao menos dizer “Olá!”

      Amiguinho, como tenho dito, nem todos se dão bem com uma certa substância. Quando o organismo recusa a aceitá-la, não adianta, é preciso mudar para outra. Ainda bem que existem muitas no mercado. Mas o que achei engraçado, é que o Lexapro é um outro nome fantasia do oxalato de escitalopram, assim como Exodus. Logo, continuará tomando oxalato de escitalopram. Eu sempre tomei o genérico. Sempre busco o que estiver com melhor preço. Não acredito nessa conversa de médico, depois que se provou as inúmeras maracutaias a respeito do favorecimento de laboratórios, e certos médicos à cata de presentes. Compre do laboratório Germed, que é muito bom. Tenho receio dos remédios manipulados. É preciso uma manipuladora com bom nome no mercado.

      Nando, o médico não lhe receitou uma nova substância, apenas mudou o nome fantasia dela. Certo? Você continua tomando oxalato de escitalopram. E se não gostou do profissional, vá a outro. É muito importante a empatia entre médico e paciente. Saiba também, que o paciente tem o direito de falar. Eles são assim, atrasam o quanto bem querem e não são tolerantes com os pacientes, ainda sabendo como anda caótico o trânsito. Além disso, 15 minutos estão dentro do tempo de espera. Mas deixe esses caras para lá. Busque um novo psiquiatra.

      O ansiolítico é muito bom para ajudar no tratamento, para relaxar e proporcionar um sono melhor. Eu tomo o bromazepam, pois não me dei bem com o rivotril. Exija sempre a receita com o nome da substância e não com o nome fantasia do remédio. Assim, poderá optar pelo mais em conta. Como lhe disse, a Germed apresenta os melhores preços é tem um bom nome no mercado. Traz caixas com 60 comprimidos de oxalato de escitalopram. Qual foi o remédio receitado como ansiolítico?

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Fernando Paiva

        Então Lu, o remédio foi o rivotril.
        Vou marcar um outro psiquiatra sim. Estou em processo de análise de outro. Qualquer novidade eu venho aqui.
        Também andei pesquisando sobre a estimulação magnética transcraniana. Parece ser muito eficiente. Você já ouviu algo sobre?

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nando

          O rivotril é muito receitado no nosso país. Contudo, eu não me dei bem com ele. Tinha muitos pesadelos e acordava com a cabeça pesada. Hoje tomo o bromazepam. Se não está gostando do seu médico, mude para outro. É preciso empatia entre profissional e paciente. Está corretíssimo.

          Nunca ouvi falar sobre a estimulação magnética transcraniana. Pesquise bastante, pois existem muitos tratamentos no mercado que não são eficientes, levando a pessoa a gastar muito dinheiro. Converse com psiquiatras, neurologistas e, se possível, com quem já fez.

          Abraços,

          Lu

  356. Miriele

    Boa noite, Lu!

    Não consegui falar com o médico. Não acho ele muito atencioso, mas ele atende pelo meu convênio. Aqui existem apenas 2 que atendem meu convênio e uma consulta demora em média 2 meses.E uma consulta particular é muito cara.

    Lu hoje estou nas 7 gotas de lexapro. Ainda muito ansiosa, tremedeira, triste. Você acha que quando completar as 10 gotas ainda vai demorar mais um tempo para que o remédio realmente começar a fazer efeito? As 10 gotas seriam a dosagem máxima que devo atingir daqui a 9 dias. Penso que quando atingir, aí sim, o efeito deve começar pra valer.

    Eu li alguns comentários sobre engordar ou emagrecer, no seu ponto de vista o efeito de engordar acontece mais que o efeito emagrece. Sinceramente, tenho medo de engordar, sempre lutei com a balança.Quero ficar boa, mas a questão do peso me incomoda.

    Volto ao médico no dia 25/09, e tenho medo de ele querer mudar o remédio. E começar a saga de novo, os efeitos colaterais. Também não tenho conseguido dormir, não gostaria de tomar rivotri,já fui viciada e cheguei a tomar 25 gotas e não fazia efeito. Consegui largar quando engravidei dos meus gêmeos, pois poderia prejudicá-los.

    Obrigada pela atenção.

    Abraços,

    Miriele

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mirieli

      Pagando por um convênio, acho um absurdo ter que pagar por uma consulta particular. Você tem toda a razão. Como as coisas estão indo relativamente bem, você poderá esperar, e em caso de urgência, procure um hospital público, que deverá atendê-la. Mas isso não será necessário, pois você já está passando da fase crítica.

      Os primeiros dias de tratamento com o oxalato de escitalopram são difíceis, pois o organismo da maioria das pessoas reage ao tratamento. Depois de duas semanas tudo vai se acomodando. Assim que estiver tomando as 10 gotas, sentirá cada vez melhor. Por isso precisa ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Realmente algumas pessoas engordam no início do tratamento e outras emagrecem. Não sei dizer qual é a porcentagem. Mas depois o corpo irá interagindo com o antidepressivo e fica tudo equilibrado. Com outras não acontece nem uma coisa e nem outra. Caso venha a engordar ou emagrecer, comunique isso a seu médico.

      Em caso de insônia, o médico costuma passar um ansiolítico. Eu também sofro com ela. Tomo o bromazepam de 3 mg e sinto-me muito bem. Não dei certo com o rivotril, pois tinha muitos pesadelos e acordava com a cabeça pesada. Peça ao profissional para receitar bromazepam que não vicia. Tomo essa dosagem faz muitos anos. E nem todos os dias preciso de fazer uso. Tome também chá de camomila (três xícaras ao dia). É um excelente calmante.

      Minha querida, estou achando-a bem mais tranquila. Continue assim. Um beijo grande nos gêmeos.

      Veja também, acima, o comentário que lhe dirige o nosso amigo Marcos.

      Abraços,

      Lu

      1. Marco

        Mirieli

        Ao passar por dificuldades para conseguir médico dentro do prazo estabelecido pela ANS, abra uma reclamação junto à operadora, solicite um protocolo e depois formalize reclamação junto à ANS. A operadora tem obrigação de possibilitar atendimento com profissional, mesmo que esse não seja credenciado. Aconteceu comigo e fui atendido. Qualquer dúvida, siga os passos do link abaixo:

        http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/espaco-do-consumidor?catid=1251&id=1251:prazos-de-espera-para-usar-o-plano-de-saude-e-prazos-maximos-de-atendimento

        Abração! Continuo na luta junto com todos vocês!

        Marco Dantas

  357. Aline Araújo

    Olá queridos e queridas do POP!!

    Bom, estou há um pouco mais de 3 semanas com o tratamento do Escitalopram 10mg. Comecei aos pouquinhos a dosagem e cheguei a dose total há 2 semanas! Foi muito difícil! Tive muita opressão, insônia, desespero, quase enlouqueci! Às vezes recorria ao Rivotril de madrugada e ajudava, mas tentava não depender dele.

    Hoje, graças a Deus, eu me sinto melhor. Pensei em pedir afastamento do trabalho, mas lembrei-me que da outra vez me ajudou muito ter para onde ir todos os dias. Então fui enfrentando o trânsito e tudo o mais. Tem que ter paciência e carinho consigo mesmo, sobreviver a toda a carga ruim que a depressão e a síndrome do pânico trazem junto aos traumas não é pra qualquer um. Mas Eu creio que Deus nos permite passar por coisas que podemos suportar.

    Um grande abraço a todos, fiquem firmes na guerra porque as batalhas são vencidas dia após dia! Para quem está começando… Paciência e bom ânimo! Vai passar…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Parabéns. Gostei de ler o seu comentário, ao nos dizer que está enfrentando o tratamento muito bem. Você é realmente uma garota POP. Daqui para a frente irá se sentir cada vez melhor. Realmente a ida ao trabalho é importante, pois novos assuntos são falados e a pessoa desvia a atenção de si própria, dando tempo ao remédio de agir no organismo.

      Agradecemos os seus votos de incentivo. É assim que deve ser.

      Abraços,

      Lu

  358. Ricardo

    Lu

    Hoje, ao vir trabalhar, tive uma fraqueza terrível, é um dos sintomas também? Pensei até em ir na emergência sozinho. Consegui marcar um clínico para quinta feira para fazer exames. Minha mãe diz que tudo isso é do problema, mas a pessoa já fica imaginando que pode ser outra coisa, estou sem apetite também. Intestino desregulado, e outra o remédio pra dormir não está fazendo efeito. Vou ter que voltar ao médico pra ver isso não é?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ricardo

      Nessas primeiras semanas de uso do remédio, você estará sujeito a tais sintomas adversos. Através dos comentários poderá observar que a maioria passa por isso. Normalmente, os efeitos positivos começam lá pela terceira semana. É preciso ser POP (paciente, otimista e persistente) para vencer a fase de adaptação do corpo ao remédio. Tudo é consequência do antidepressivo. Daí a necessidade de estar em contato permanente com o seu médico, no início do tratamento. Ele terá que avaliar seu estado e, se necessário, mudar a dosagem. O intestino desregulado é muito comum. Procure tomar muito líquido para não ficar desidratado. E, se não melhorar, contate seu psiquiatra. Fale-lhe também sobre o remédio que não está fazendo efeito para dormir. Procure tomar, alternativamente, 3 xícaras de chá de camomila ao dia.

      Amiguinho, não perca tempo criando fantasmas. Procure racionalizar, sempre dizendo para si que essa crise é passageira. A fraqueza também está ligada à sua falta de apetite (o remédio aumenta o apetite de uns e diminui o de outros). Como está comendo muito pouco, encontra-se fraco. Portanto, opte por alimentos que possa beber (vitaminas, sucos, chás…). Comigo aconteceu a falta de apetite e emagrecimento. Aos poucos, o organismo vai se adaptando. Ainda que sejam sintomas normais, é preciso estar em contato com seu psiquiatra.

      E pare de dar trabalho a sua mamãe… Imagino a aflição dela. Dê-lhe o meu abraço. Aguardo novas notícias.

      Abraços,

      Lu

  359. Monyka

    Bom dia, Lu!

    Há algum tempo deixei um comentário aqui falando do meu medo de entrar no mundo dos antidepressivos, e volto com muita alegria para dizer que estou conseguindo vencer a crise do pânico e ansiedade generalizada, que fui diagnosticada sem uso de remédios. Eu que estava parando no pronto socorro pelo menos duas vezes na semana. É um ganho e tanto saber que eu consigo me dominar. Tenho lido muito sobre o assunto e tenho aprendido que a SP não é tão ruim assim, é uma questão de alto conhecimento, é fazer uma viagem interior e descobrir aquilo que causa todo esse mal. A crise do pânico é simples de entender, é seu corpo dizendo “pare o que está fazendo consigo mesmo, controle, cobranças, preocupações… Chega! Estou exausto…” começando a entender que precisamos mudar algo dentro de nós, a luz começa a brilhar de novo…

    Já consigo identificar através dos sinais do meu corpo que a crise quer se alastrar, mais estou usando uma técnica simples de respiração que desarma a crise, e os sintomas não vêm até desaparecerem. Isso para mim foi crucial pois pelo menos, não estou mais indo ao pronto socorro. E consegui voltar a dormir, depois de mais de 30 dias com insônia terrível. Só de dormir bem já conseguimos descansar a mente, mas precisamos descansar nosso espírito inquieto, acho que aqui é a chave de tudo.

    Todos os dias eu leio vários comentários aqui do blog, que por sinal é ótimo, mas fica nítido, pelo menos para mim, que os remédios são apenas um paliativo, que não trata a causa só minimiza os sintomas (lógico que não quero generalizar, pois tem pessoas que melhoram 100%), mas vejo que não é o que acontece com a grande maioria. Vejo que de uma dose de 10mg vão para 20mg e assim sucessivamente, sem contar que vão adicionando outros remédios como rivotril dentre outros… O mais triste é parar e ver que as crises voltam e voltam piores, enfim, não quero criticar, é apenas a minha visão. O depoimento aqui é apenas para dizer que estou conseguindo vencer essa síndrome “que não é doença” sem remédios. Fiquem com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Monyka

      Fico feliz que esteja indo bem, contudo, percebo que tem uma visão estereotipada das doenças mentais, como quando eram ainda desconhecidas, e as pessoas diziam que “tínhamos apenas chiliques e fricotes”. Não é bem assim. A doença mental é realíssima. Ela é química. Existem alguns casos em que se trata de emoções passageiras, causadas por traumas, podendo, ser tratada apenas com terapia e ansiolíticos. Mas a imensa maioria é causada por desordens neuronais.

      Se você tivesse uma doença no coração iria tratar apenas com uma viagem a seu interior, buscando as causas? E se fosse nos rins faria a mesma coisa? Lembre-se de que o cérebro adoece como qualquer outra parte do corpo e precisa ser tratado. Negar isso é jogar por terra todos os avanços da Ciência, conseguidos a duras penas. Sem falar que tais pensamentos são prejudiciais a quem vem fazendo tratamento. Tive um caso aqui no blog, há algum tempo, em que um rapaz fazia tratamento com remédios e foi instado a deixá-lo para fazer uma terapia alternativa, sem remédio. Ele abandonou o tratamento médico e entrou fundo na “terapia do conhecimento corporal”. Depois de um tempo, preocupada com sua ausência, passei inúmeros e-mails para ele, sem retorno. Até que um dia, sua irmã retornou dizendo que ele havia suicidado. Portanto, é muita responsabilidade pedir a uma pessoa para parar de tomar remédios. Ela pode se encontrar num momento de perigo iminente para si própria. Poderá observar, também, que jamais interfiro no tratamento médico da pessoa. Não receito remédios. Jamais poderia fazer isso, pois não conheço a fundo a situação, além de não ser da área. O que faço é tirar algumas dúvidas e dar forças a quem me procura.

      Os remédios antidepressivos são importantíssimos para nós, que convivemos com a doença mental por anos e anos. Eles nos deram a oportunidade de levar uma vida com qualidade. Ainda que cure alguns e outros não, pois irá depender do tipo de doença mental de cada um. Antes deles, as pessoas passavam por tratamentos brutais, com choques elétricos, muitas delas encerradas em manicômios como “loucas”. Temos mais é que agradecer todos aqueles que durante anos a fio vêm trabalhando neste campo, ajudando-nos a ser considerados como pessoas que podem conviver socialmente com as chamadas “normais”.

      Se a sua doença mental não for causada por um problema emocional passageiro, mais cedo ou mais tarde terá que recorrer aos antidepressivos, apesar de todo o seu conhecimento de autoajuda. Existe autoajuda para corrigir uma válvula entupida do coração? Também não existe autoajuda para corrigir o mau funcionamento de nossos neurônios. E quanto mais cedo começar o tratamento, menos sofrimento terá. Portanto, amiguinha, repense sua posição. Estou torcendo para que seu problema não passe de uma fase emocional.

      Como venho dizendo em todos os comentários, o modo como aceitamos o nosso tratamento é fundamental para a rapidez de nossa melhora. Daí a necessidade se sermos POPs (pacientes, otimistas e persistentes). Isso acontece em qualquer esfera de tratamento relativo a nosso corpo. Os tratamentos alternativos são bons, e devem ser usados, mas precisam estar ancorados em tratamentos médicos, principalmente quando o paciente encontra-se numa fase aguda.

      Como você gosta de ler, sugiro-lhe a leitura do livro O DEMÔNIO DO MEIO-DIA, uma anatomia da depressão, do jornalista Andrew Solomon, Cia. das Letras.

      Um beijo no coração

      Lu

      1. Aracely

        Lu

        Concordo totalmente com os seus argumentos. A não aceitação de que existem doenças emocionais e mentais e que elas precisam ser tratadas como as doenças físicas são, terminam levando muitos a afundarem cada vez mais, e em alguns casos, até esses chegam a porém termo na própria vida. Sofro com TAG a algum tempo, mas antes de começar o tratamento, foi difícil aceitar que eu estava com um problema que não era físico.

        Quando enfim caí na real e me rendi ao tratamento medicamentoso, com muito apoio de minha família, que não aguentava mais me ver sofrendo com os sintomas do que até então era uma doença desconhecida, senti o alívio que eu tanto precisava. Eu vi então ir embora aos poucos a tristeza, o aperto e peso no peito, que não me abandonavam, as frequentes palpitações que me levaram ao cardiologista várias vezes, a insônia com pensamentos cansativos e constantes, em coisas que só me faziam mal, os constantes pensamentos negativos, a apreensão sem motivos aparentes. O meu médico me disse que lidar por tanto tempo com a ansiedade fez com que uma hora eu perdesse o controle sobre ela e meu corpo passou a sofrer as consequências disso. Agora usando meu remédio que é meu amigo, eu passei a ter uma qualidade melhor de vida.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aracely

          Querida, é um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho. O seu relato será de muita importância para todos aqueles que ainda relutam em encarar a doença mental de frente, recorrendo a um tratamento. Você nos mostra que também passou por momentos difíceis, de muito sofrimento. Mas após se conscientizar de que precisava de tratamento, encarou-o de frente, de modo a ter uma vida com qualidade, hoje.

          Também vejo o meu remédio como um amigo querido, responsável por me ajudar nas travessias da vida. E agradeço a todas as pessoas que trabalharam para que eu tivesse acesso a ele. Tenho-lhes muita gratidão. E fico condoída com as pessoas que viveram antes que os depressivos chegassem ao mercado. Imagino o quanto sofreram. Portanto, só tenho a agradecer por ter sido privilegiada.

          Aracely, espero que goste deste cantinho e volte sempre com suas palavras de otimismo. Conheça também outros artigos do blog.

          Beijo no coração,

          Lu

    2. Cristiane Costa

      Monyka

      Por causa de pensamentos como este, que eu tive uma recaída. Toda minha família falava que eu poderia vencer a doença sem remédios, e eu acreditei nisto. Mas vi que não é bem assim. A depressão é uma doença real. Tive pessoas na minha família que morreram por causa dela. Morreram de fome pois se negavam a comer e a fazer tratamento. Não é brincadeira, cuidado ao dar essa opinião a pessoas doentes e que se esforçam para viver melhor.

    3. Lourdes Callou

      Boa tarde, Lu!

      Querida, amei seu comentário pois, tenho crises fortíssimas de ansiedade. Já tentei paroxetina e sertralina, que me causaram um forte calor. Com isso a ansiedade aumenta, causando coração acelerado e sensação de desmaio. Voltei ao meu psiquiatra que me indicou cinco gotinhas de rivotril. Faço uso quando realmente estou com muita insônia. Meu psiquiatra me disse que o meu organismo tem uma resposta muito rápida aos medicamentos. E, que tenho intolerância a antidepressivos. Será verdade?

      O fato é que procurei ler sobre a ansiedade e o que a causa. Venho me controlando sem o uso de medicamentos. Porém, me sinto mal quando viajo para lugares novos, longe de casa. À tardinha começa aquela sensação ruim de pânico. Sempre controlando pela respiração e o pensamento.

      Essa semana fui a uma ginecologista, pois tive um atraso na menstruação o mês passado. Ela indicou o esc de 10 mg. Não consegui tonar, primeiro por que vejo muitas pessoas que fazem uso há muito tempo e não conseguem parar. Segundo, pelo medo da reação, essa sensação de calor muito grande com falta de ar.

      Vejo que quando estou focada em querer tomar medicamento como se fosse a salvação da minha vida, sinto que a ansiedade aumenta. Quando deixo para lá e procuro não pensar, a ansiedade vai embora. Hoje estou com 43 anos. Fico me imaginado na menopausa. Segundo essa ginecologista, preciso tonar esse medicamento para não piorar quando estiver na menopausa. De uma coisa tenho certeza, meus pensamentos são os causadores da ansiedade.

      Beijos

      1. LuDiasBH Autor do post

        Lourdes

        Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em casa.

        Amiguinha, há vários tipos de depressão. Alguns podem ser tratados sem o uso de antidepressivos, outros, não. O importante é avaliar em que grupo você se encontra. A depressão pode ter sua origem num trauma, ocasionado por uma grande perda, por exemplo, assim como pode se tratar de uma doença química, ocasionada pelo mau funcionamento dos neurônios. Eu me encontro no segundo grupo, tendo necessidade de fazer uso do antidepressivo.

        O seu psiquiatra está certo, quando diz que o seu organismo tem uma resposta rápida aos antidepressivo. Comigo acontece a mesma coisa. Dois dias após tomar o oxalato de escitalopram, eu já estava sentindo melhoras, sem passar pelos efeitos adversos. No seu caso, imagino que deva começar com uma dosagem bem pequena e ir aumentando aos poucos, caso se faça necessário. A SP (Síndrome do Pânico), embora não mate, é terrível, e necessita de ser contida por antidepressivos. É o estado de ansiedade que conduz a ela, num círculo vicioso. Há mais de cinco anos que não a tenho, após estar tomando o oxalato de escitalopram.

        Há momentos do dia em que a depressão é maior. E a tristeza ao entardecer é comum a certas pessoas. Outras sentem-na na parte da manhã ou nos domingos e feriados. A casa é sempre o lugar melhor para o depressivo, pois é onde ele se sente mais seguro, sem ter que enfrentar o mundo. Quanto a parar ou não o uso do depressivo, isso não é o mais importante. Fundamental é que a pessoa viva com qualidade. Se para isso deve tomar remédio, que assim seja. Há muitas outras doenças que exigem o uso contínuo de remédios. A finalidade deles é oferecer ao doente uma vida melhor, com mais equilíbrio. Penso que você não deve levar a questão de “não conseguir parar” em conta, pois, quanto mais cedo tem início o tratamento, menos sofrimento a pessoa terá. Chega a um ponto em que o uso do remédio torna-se imperativo e não resta escolha. Portanto, que não seja essa a sua preocupação. Sem falar que o mercado trabalha hoje com antidepressivos cada vez mais modernos e efetivos. Pode ser que o oxalato de escitalopram traga-lhe efeitos adversos mais leves. Comece tomando uma dosagem pequena.

        Você diz: “De uma coisa tenho certeza, meus pensamentos são os causadores da ansiedade.”. Se a sua depressão pode ser controlada facilmente, poderá resolver seu problema apenas com psicoterapia. Mas se for a mente (cerébro) o responsável por eles, em razão de seu mau funcionamento, há necessidade de tomar antidepressivos. Não tenha medo!

        Lourdes, espero que volte para nos dizer como anda sua saúde e que tratamento tem feito.

        Um grande abraço,

        Lu

        1. Maria de Lourdes

          Bom dia!

          Voltarei sim!
          Eu amei este espaço. Estou sempre acompanhando.

  360. Junior

    Olá, Lu

    Eu, a pouco tempo atrás (+- um ano e meio ou um pouco mais), fui a um médico psiquiatra, junto com minha esposa (pois ela faz tratamento de depressão), e também consultei por estar sentindo umas sensações estranhas, parecidas com as dela. O médico me diagnosticou dizendo que estava com depressão, ansiedade forte e um pouco de síndrome do pânico, porque tudo que acontecia comigo (podia ser até uma gripe), eu achava que iria piorar e morrer. Então me receitou o escitalopran para tomar um comprimido ao dia, após a refeição da manhã.

    Tomei o remédio durante um tempo e creio que estava melhor, não sentia os sintomas, e ainda bem que não tinha insônia, que eu lembre. Então resolvi começar a tomar o medicamento em dias alternados (dia sim, dia não). Mais um tempo passou e não vi mudanças por estar tomando assim.
    Depois comecei a tomar um dia sim, dois não, só que às vezes, eu acabava esquecendo e tomava no outro dia ou à noite, e quando esquecia, sentia um pouco de sensação estranha na cabeça, mas achava normal.

    Quando voltei ao médico, faz pouco mais de 10 dias para pegar outra receita, conversando com ele, esse me recomendou que deixasse de tomar o escitalopran, e me deu uma caixa de Nervocalm (que é uma medicamento natural para depressão, ansiedade e insônia, apesar de dormir normalmente)

    Comecei a tomar então igual já vinha tomando (um dia sim e dois não). O problema é que não estou vendo resultados, porque sinto um mal-estar em minha cabeça, parecendo um martelo dentro batendo às vezes, e, quando viro o pescoço ou olho para algum lado, parece como se fosse um arrasto dentro da cabeça…. É muito ruim!

    Bom, em resumo, será que devo voltar ao médico e pedir novamente, que me receite o remédio que tomava antes (no caso, escitalopran), ou é porque não estou tomando todos os dias o Nervocalm?

    Por favor, dê-me uma opinião..

    Se for um médico psiquiatra, melhor, mas qualquer ajuda é valida.
    Obrigado!

    Junior

    1. LuDiasBH Autor do post

      Júnior

      Antes de tudo, agradeço a sua presença aqui neste espaço, onde trocamos informações. Aviso-lhe que também não tenho formação médica. Sou apenas mais uma vítima da depressão, que me acomete desde a adolescência, o que me dá um certo conhecimento neste campo. Certo?

      Você errou no seu tratamento, quando mudou a dosagem, que era diária, por doses alternativas, sem o aconselhamento médico. Somente o profissional poderá dizer quando devemos parar com o antidepressivo e como deve ser feito o desmame. Quando isso não acontece em conformidade com a prescrição médica, a tendência é a volta da doença num curto espaço de tempo, muitas vezes com sintomas ainda mais severos. Não volte a fazer isso, amiguinho. A sensação estranha que sentia está relacionada com as dosagens alteradas.

      O seu psiquiatra receitou-lhe apenas um calmante (Nervocalm), que “auxilia” no tratamento da ansiedade, depressão e insônia, e retirou o antidepressivo. Ele supôs que você já estivesse bem da depressão. Mas, ao que me parece, ainda não está legal, conforme relato seu. Ou talvez seja a maneira como está tomando o novo remédio, a bel prazer, sem seguir a receita médica. Desse modo ele não surtirá efeito nenhum. É perda de tempo.

      Júnior, a maioria dos remédios necessitam de um tempo para agirem no organismo, pois são acumulativos. À medida que a substância acumula no corpo é que os efeitos positivos são sentidos. Se tomados em “desconformidade” com a receita, não surtirão efeito algum. Portanto, sugiro que tome o novo remédio de acordo com a prescrição médica. Aguarde alguns dias. Continuando os sintomas sentidos na cabeça, volte a seu psiquiatra e converse com ele. Ele o orientará sobre a maneira correta de usá-los.

      Lembre-se de que medicamento é coisa séria, que tanto nos pode fazer bem quanto mal. Devemos sempre estar de acordo com a dosagem indicada pelo profissional. Jamais a mude por conta própria.

      Abraços,

      Lu

  361. Ivone Pires

    Lu

    Voltei ao médico. Ele trocou meu medicamento que passou de citalopram pra oxalato de escitalopram. Meu Deus, sinto meu coração acelerado, de manhã acordo tremendo e só à tarde que melhora um pouco. Faz 7 dias que estou tomando oxalato de escitalopram e alprazolam. Tenho síndrome do pânico e depressão. Mas mesmo com sensaçoes ruins esto conseguindo ir pro trabalho e ficar no meio de várias pessoas, sem sentir o pânico. Estou conseguindo ir aos lugares em que tinha medo, por causa dos ataques de pânico. Espero que em breve passem essas sensaçoes. Acredito que deva ser por causa do escitalopram ser mais forte que o citalopram. O médico psiquiatra quer me ver de novo daqui trinta dias, pra ver se eu melhorei. Espero que eu tenha melhorado. Se Deus quiser e ele quer. Tenho rezado muito pra Deus me ajudar.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ivone

      Já estou sentindo melhoras até no seu modo de se posicionar quanto à sua doença. Parece estar bem mais segura quanto ao tratamento. Já está indo a lugares em que não ia… Parabéns!

      Realmente o oxalato de escitalopram é mais efetivo e mais usado. Você ainda se encontra no início, por isso está sentindo os efeitos ruins. Mas à medida que seu organismo for aceitando o remédio, irá se sentir cada vez melhor. Normalmente, isso acontece depois da segunda semana. Fique tranquila.

      Ivone quase todos aqui sentem ou sentiam ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Tudo isso irá desaparecer com o tratamento. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Não pare em hipótese alguma, pois o retorno será ainda mais doloroso. Siga direitinho as determinações médicas. É importante que você se mantenha otimista e confiante na melhora de sua saúde. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas são curadas com mais rapidez. E vejo que está fazendo isso. Tenha a certeza de que sua vida será outra, após o tratamento. Leia os comentários e veja como muitos aqui já se encontram na fase boa do remédio. Logo também estará nela. Confie!

      Um grande abraço,

      Lu

  362. Ricardo

    Lu
    Meu nome é Ricardo, sou de Alagoas. Gostaria de compartilhar um pouco da minha história.

    A uns 9 anos atrás, comecei a passar mal constantemente, fui pra todo tipo de médico, gastei todo o meu dinheirinho, que havia poupado, com remédios e exames, e, por último cheguei em um cardiologista, desesperado, achando que estava morrendo com o coração acelerado, foi quando ele me disse: “Você não tem nada, só o psicológico.” Foi um baque pra mim, na época não tinha plano de saúde e passei vários meses sofrendo. Depois fiz um plano e comecei o tratamento com fluoxetina e rivotril, pois não conseguia dormir.

    Passei por momentos aterrorizantes, vários sintomas como: insônia, fraqueza que parecia que iria morrer, agonia horrível, entre outros. Depois veio a gravidez da minha esposa (minha filha mais velha) e, com isso, fui melhorando, e acabei deixando o tratamento. Fiquei assim durante oito anos. Não sentia mais os sintomas como senti da 1ª vez, mas sempre sentia algo isolado, mais fraco. Procurava um médico e começava com os remédios, depois de 1 mês parava, e ficou assim esse tempo todo.

    Recentemente começou a me dar insônia de novo, sempre ficava reclamando pra minha mãe que iria procurar um médico pra passar remédios, que me fizessem dormir, mas nunca ia. Até que no dia 26 de agosto/2015, fui submetido a uma cirurgia de varizes nas pernas e, como sou muito medroso pra essas coisas, apesar dos meus 39 anos… kk, pois até de exame de sangue eu tenho maior pavor, após a cirurgia comecei a me sentir muito mal, com calafrios, agonia, uma sensação estranha, e quando cheguei em casa comecei a dormir mal. Na terceira noite, não consegui dormir, meus pés e mãos de repente ficaram gelados, e eu começava a sentir uma agonia terrível, que não conseguia, mesmo operado, ficar deitado. Andava inquieto pra lá e pra cá, com esse mal estar. Deitava-me pra ver se dormia e na mesma hora levantava na maior agonia. Minha mãe passou a noite comigo, tentando me acalmar, mas não teve jeito, passei a noite em claro. Liguei pra o médico angiologista que fez a cirurgia de varizes, e ele disse que não tinha nada a ver com a cirurgia, pois o pessoal em casa falava que podia ser sintomas da rack que levei nas costas.Ele pediu que eu procurasse o psiquiatra, que havia me tratado antes.

    No outro dia, fui no consultório dele, que olhou minha ficha. A última vez que eu tinha ido ao consultório dele foi em 2012. Contei todo o ocorrido, e ele me passou a mesma medicação que havia tomado um tempo: Fluoxetina de 20mg e rivotril. Só que na primeira vez que estive com ele, há alguns anos, ele havia me receitado o rivotril de 2 mg e agora passou para o de 0,25mg . Sisse que não era mais pra deixar o tratamento.

    Já faz uma semana que estou tomando o remédio, até agora não sinto melhoras, fico ansioso, fraqueza que dá de repente, que penso que vou morrer e uma agonia constante, além do intestino estar desregulado, pois faço só cocô mole. Procurei até um gastro esses dias, e ele disse que tinha a ver com o emocional. Não fez nem exames e só passou um repositor da flora intestinal. Está sendo a maior agonia da minha vida, passando muito mal direto, não estou conseguindo dormir bem ainda, tomo o remédio e é mesmo que nada. Minha mãe ainda está fazendo uns chás pra eu tomar também. Sinto sono mais não consigo dormir, como se algo estivesse ativado uma ansiedade em mim que não desliga, estou sem apatite, e nem água entra. Eu ainda força pra comer e beber água.

    Fico muito triste, pois parece que a vida acabou pra mim, fico chorando pensando nos meus filhos, ainda por cima tive problemas no trabalho de corte de gratificações, mudança de cargo, etc. Mais o que mais contribuiu sem dúvidas foi a cirurgia. Depois dela isso desencadeou.Já vim trabalhar, mas já saio com medo de passar mal no ônibus, e quando chego em casa sempre passo mal. Parece que meu descanso é só quando estou dormindo, apesar de dormir pouco e já acordar em alerta de ansiedade, umas 4 da manhã, e não conseguir mais dormir, e parecer que vai começar toda a tortura dos sintomas durante o dia, que são horríveis.

    O que você acha? Da 1ª vez que tive, alguns anos atrás, passou quase 1 ano e meio os sintomas, agora peço a Deus todos os dias que me cure disso, pois não é fácil passar por tudo de novo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Caro Ricardo

      É um grande prazer receber a sua visita neste blog. Sinta-se em casa. Meu abraço aos alagoanos.

      O que você sentiu, 9 anos atrás, foi SP (Síndrome do Pânico), que tem sido cada vez mais diagnosticada nos dias de hoje, até mesmo em criança. Ela chega, como a descrição repassada por você, como se a gente estivesse a exalar o último suspiro, quando na verdade não mata, mas amedronta e maltrata muito. Atualmente as doenças mentais são vistas cada vez mais com naturalidade, pois já se tem a compreensão de que todo o nosso corpo adoece, e, sendo o cérebro parte dele, não há como ficar de fora. As percentagens mundiais relativas a elas são cada vez maiores, talvez pelo fato de estarem sendo facilmente diagnosticadas. E o melhor, a ciência vem trabalhando arduamente nesse campo, jogando no mercado remédios cada vez melhores, que nos permitem ter qualidade de vida. Portanto, não há com que se preocupar. O próprio SUS vêm dando muita importância ao tratamento mental.

      A fluoxetina (Prozac) foi um antidepressivo muito usado, e ainda é, responsável por muitos progressos na área médica, porém, existem remédios mais modernos no mercado, atualmente. Eu tomei fluoxetina por muito tempo, mas parei porque passou a não fazer mais efeito para mim. Meu organismo havia se acostumado com a substância. O rivotril é um ansiolítico, muito receitado no Brasil. Ele age nos transtornos de ansiedade, distúrbios do pânico, dentre outros, e ajuda a dormir.

      Pelo seu relato, observei que a fluoxetina levou um tempo para entrar em ação, pois você continuou tendo SP. Isso acontece com os antidepressivos no início, pois o efeito desses é acumulativo. Mas, assim que se viu melhor, você abandonou o tratamento por conta própria. Um erro! Somente o médico pode liberar o paciente, ainda assim diminuindo a dosagem que ele toma. Não pode ser abruptamente. E pior, passou a viver numa gangorra de antidepressivos, sempre parando a bel prazer, agravando ainda mais o problema. Imagino que nenhum médico tenha alertado-o para o fato de que não poderia fazer isso, pois somente estaria camuflando a doença, sendo que ela voltaria com mais força.

      Você deve ter ficado ansioso com a cirurgia de varizes, ainda mais, porque é muito medroso. O que ela fez, na verdade, foi botar à vista a doença que vinha camuflando fazia muito tempo. Sua crise, portanto, não dizia respeito à cirurgia, mas à sua doença mental, jogada de escanteio por tanto tempo. A SP, não tratada, voltou com força total, como a dona de seu corpo… risos. Junto com ela, uma grande crise de ansiedade, que não o permitia ficar parado, tão pouco dormir. Não tem nada a ver com a cirurgia. Tire isso da cabeça. Coitadinha de sua mãe! Imagino o quanto deve ter sofrido junto com você.

      Foi muito importante retomar o seu tratamento. Agora crie juízo e não pare, ainda que veja tudo azul. O que ora passa é resultante de um tratamento interrompido inúmeras vezes. Assim não há organismo que aguente, meu amiguinho. Os antidepressivos, normalmente, começam a fazer efeito depois da segunda semana, pois são acumulativos. O organismo precisa de x quantidade da substância, para se sentir bem. No início, existe até um aumento dos sintomas ruins, que irão passando com o uso do remédio. Portanto, seja POP (paciente, otimista e persistente). Quanto ao rivotril, diga a seu médico qual era a dose que usava antes. Fale-lhe dos sintomas que está sentindo. No início do tratamento, o contato entre médico e paciente é fundamental, pois nem todo organismo aceita um tipo x de antidepressivo. Muitas vezes há necessidade de ajustar a dosagem ou até mesmo de mudar de medicamento. Pelos sintomas relatados, sugiro que volte a seu médico o mais rápido possível, para que ele faça uma nova avaliação de sua saúde, principalmente pelo fato de não estar dormindo. Hoje, um dos antidepressivos mais modernos e mais usados é o oxalato de escitalopram. Pode ser que ele mude para esse.

      Ricardo, não se preocupe tanto. Assim que o remédio começar a fazer efeito, tudo voltará ao normal. Contudo, é preciso que adquira uma posição otimista em relação a seu tratamento. Quanto mais positivo for, mais estará ajudando seu organismo. Procure racionalizar, ciente de que tudo irá passar. É apenas questão de tempo. Veja os comentários iniciais, aqui no blog, daquelas pessoas que agora já se encontram numa fase totalmente diferente de antes, usufruindo da fase boa.

      Quanto à vida, leve-a com mais leveza. Não dê muita importância a tudo. O mais importante é a saúde. Esse medo que ainda sente está ligado à SP e à ansiedade. Logo isso passará. Também já passei por isso. Cheguei a nem sair de casa sozinha. Hoje viajo por toda parte. Tenha paciência. Tudo retornará à normalidade. Confie em seu médico e leve seu tratamento avante. Saiba que há doenças muito piores do que a nossa. Você não se encontra sozinho.

      Continue comunicando-se comigo. Quero acompanhar seu sucesso.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Ricardo

        Lu
        Manterei contato sim. E se Deus quiser, com melhoras. Importantíssimo o seu site. Achei por acaso, e já li a maioria dos comentários, e por incrível que pareça, depois que li, eu me senti melhor. Sempre tive vontade de ajudar pessoas que têm SP, e agora irei compartilhar o site com quem precisar. Muito feliz, mesmo!

        Um grande abraço!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ricardo

          Sinto-me feliz ao saber que está se sentindo melhor. Continue nos visitando e falando sobre seu tratamento. Lembre-se de que não se encontra só.

          Abraços,

          Lu

  363. Saga

    Oi Lu, oi pessoal, tudo bom?

    Bom passou um tempinho desde a última postagem e chegou o dia de retornar ao médico. Apesar de ter melhorado muito da situação inicial em que estava, ainda havia um desânimo mental muito grande, um cansaço, falta de vontade e falta de cor na vida muito grande, que estavam me incomodando fortemente… Além disso, comecei a ter insônia, virava a noite acordado, e acabava indo dormir “forçando” no dia, seguinte depois do almoço… Aí dormia pouco, acordava cansado, irritado e não dormia mais… horrível. Então relatei ao médico, e ele fez algumas alterações: manteve os 150MG de Bupropiona/dia, alterou o Escitalopram de 10mg pra 20mg e adicionou o Donaren(Trazodona) pra tomar à noite. Estou confiante que agora chegarei ao resultado que gostaria, já evoluí bastante, e sei que esses ajustes e alterações são necessários, embora não queria que tivesse que tomar tanta coisa, entendo que é uma necessidade e não me recuso a me tratar.

    Deixo um conselho pra vocês: aceitem a condição da doença! Eu busquei tratamento por TAG(Ansiedade) e Stress, mas hoje posso dizer pra vocês que também tinha depressão, mas não conseguia aceitar, e isso atrapalhou muito. Então reconheçam o estado em que estão e busquem o tratamento completo, sem medos, sem preconceito, se entreguem à melhora!

    Eu já disse uma vez e repito: a gente só percebe o quanto estava doente quando começamos a melhorar. Hoje eu não consigo mais me reconhecer no estado que estava, só hoje consigo ver o quanto estava mal e que já devia ter buscado essa ajuda há muito e muito tempo. No começo o tratamento é difícil sim, bate desânimo, bate um monte de coisa chata… Mas passam! Melhora! Só não pode desistir, tem que se manter firme e colocar na cabeça que vai passar, que é temporário.

    Sigam fortes por aí que seguirei forte por aqui.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Essa sua maneira de encarar o tratamento é de suma importância para a sua rápida melhora. Quanto maior for a aceitação, maior é o resultado positivo. A melhor coisa é encarar de frente a certeza de que o cérebro está doente e buscar a cura. Os efeitos adversos dos antidepressivos são temporários e não se comparam ao nosso sofrimento com a doença, se não buscarmos ajuda. Quem encara o tratamento precisa ser POP (paciente, otimista e persistente). Não há outra saída. A gente sofre no início para colher os frutos depois.

      A TAG e o estresse estão quase sempre acompanhados pela depressão. É um pacote bem grande… risos. O bom é que o tratamento atinge todos com uma tacada só. Sinto-me feliz ao ler o seu comentário, lição de vida para todos aqueles que ainda sentem dúvidas.

      Sucesso, amiguinho, e um grande abraço,

      Lu

      1. Ana

        Lu, bom dia!

        Há 6 meses fui diagnosticada com Tag, com o pânico e agora com um estado depressivo, talvez causado pelo medo do medo. Tomei paroxetina por 3 meses não adiantou, mirtazapina tambem não. Todo dia acordo mal. E também uma gastrite que deu no início deste ano e não sabia o que era, causando-me muito medo e ansiedade, pode ter resultado no pânico

        Troquei o remédio dia 11, d comecei com o scitalax 10 mg mas não me sinto bem. Tenho medo, insônia, ânsia, dor de cabeça, desânimo, angústia…
        E normal isso? Queria tanto que me ajudasse.O meu medo maior e que no começo, quando tomei o paroxetina tinha esses efeitos colaterais e não me ajudou, e ele são da mesma família. Será que esse também não vai fazer efeito?

        Estava tomando razapina odt (mirtazapina ) 30 mg, mas não me fez bem. Pedi um ansiolítico para ajudar a dormir. Comer estou comendo bem pouco pela ânsia também. Não estou conseguindo aceitar ou lidar com a doença. Choro todo dia com medo que piore ou que me desanime, ao ponto de não sair da cama. Volto dia 6 a médica. Ela disse que nem que eu tome tarja preta eu vou sair dessa penumbra. Tenho medo da doença e depressão. Nao queria estar assim.

        Será que vai passar um dia? É ruim essa questão de tempo o ansioso.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Bom dia, Aninha!

          É um grande prazer tê-la aqui conosco, onde nos ajudamos mutuamente. Aqui fazemos uma corrente de força e acompanhamos a melhora de todos. Portanto, demorou para chegar ao lugar certo. Agora será mais uma da turma POP (paciente, otimista e persistente).

          Fofinha, a TAG (transtorno da ansiedade generalizada) é um transtorno ocasionado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, que traz na sua mala muitos sintomas, tais como: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. E com ela vem a também conhecida síndrome do pânico, que não mata, embora se tenha a impressão que vá morrer, mas que machuca muito o doente. Esse medo doentio de tudo é que leva a esse estado de apreensão, desaguando na SP (síndrome do pânico) e na depressão. O antidepressivo é usado justamente para fazer ajustes no cérebro e corrigir o seu mau funcionamento. Não se preocupe, a maioria aqui tem os mesmos sintomas que você e já se encontram em tratamento (ver comentários).

          O antidepressivo precisa de um tempo para fazer efeito, pois no início o organismo recusa-se a aceitá-lo, inclusive, intensificando os sintomas ruins. Mas depois de um tempo, ele começa a interagir com o medicamento, e todos os efeitos adversos irão passando, e os bons chegando. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente). Nessa fase, a pessoa precisa de muita força de vontade para continuar tomando a dosagem prescrita pelo médico, passar pela fase ruim, enquanto aguarda a boa, que normalmente acontece a partir da terceira semana em diante, variando de organismo. Você irá chegar lá, tenha a certeza disso. Outra coisa a fazer é tirar a palavra “medo” de sua vida. Viver é um ato de coragem. E é assim que deve ser. Lembre-se de que há tratamentos bem mais severos, como a quimioterapia, dentre outros. Erga a cabeça e siga em frente, confiante de que se curará. Quanto mais otimista é a pessoa, mais rápido é o seu tratamento.

          O Scitalax é um dos nomes fantasias do oxalato de escitalopram, substância antidepressiva mais usada no momento, em razão de sua ótima aceitação e dos efeitos positivos que tem trazido. Portanto, você está tomando um excelente antidepressivo. Mas é preciso dar tempo para que ele aja. O organismo precisa acumular a substância, para começar a agir. Daí a necessidade de esperar certo tempo. Eu tomo essa mesma substância. Esqueça a paroxetina e outros remédios. Vida nova! Outra coisa, eles não pertencem à mesma família. São de famílias diferentes. Acho que nem primos são… risos. Tome direitinho a dosagem recomendada e mantenha contato com seu médico.

          Agora, garota POP, não é preciso mais chorar. Quanto mais otimista for, mais rápido será seu tratamento. Quanto estiver querendo chorar, venha aqui para o blog ler os comentários das pessoas, que estão vivendo o mesmo que você, mas com muita vontade de ter qualidade de vida. O ansiolítico é muito importante para acompanhar o antidepressivo. Eu tomo o bromazepam, outros tomam o rivotril (não dei certo com ele). Você não citou o nome do que está tomando.

          Você disse que a médica disse-lhe que (… nem que eu tome tarja preta eu vou sair dessa penumbra.). Imagino que tenha compreendido mal. Primeiro porque logo estará saindo “dessa penumbra”, pois para isso está fazendo o tratamento. Segundo, um profissional jamais poderia dizer isso. Seria caso de processo. Converse direitinho com ela e veja bem se o foi o que entendeu, pois quando estamos muito ansiosos não entendemos direito as coisas. Se ela repetir a mesma coisa, mude urgentemente de profissional.

          Ana, você irá ficar ótima. Tenha paciência nessas primeiras semanas. Aguarde o efeito benéfico do remédio. Tome chá de camomila 3x ao dia, para relaxar. Faça caminhada. Leia. Ouça música. Desvie seus pensamentos de coisas ruins. Ajude-se! E venha aqui nos contar como anda o seu tratamento. Não se sinta só, pois estamos todos no mesmo caminho, e queremos ser felizes.

          Beijo no coração,

          Lu

  364. Marco

    “Não eu não consigo mais pensar no que aconteceu / É um sonho meu / Nada se acabou…”

    Bom dia guerreiros(as) deste importantíssimo espaço. Hoje acordei com essa música do Márcio Greyck na cabeça. Ao ouvi-la, boas sensações do tempo de namoro invade minha mente.

    Em relação aos tratamentos com antibióticos, é coisa indesejável, mas preciso vencer essa bactéria. Aliás, ela já sucumbiu. Só falta o breve transcorrer do tempo.

    Boa saúde e bom ânimo a todos(as)!

    Marco Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco

      “Deixe a vida me levar, vida leva eu…”. Atualmente esta é a minha preferida… risos.

      Que bom saber que a dita bactéria já não mais habita o seu formoso corpo apolíneo de garoto POP… risos. Procure tomar o antibiótico dentro do tempo estipulado. O retorno dessas infecções dá-se, muitas vezes, porque o paciente não cumpre o tempo exigido pelo remédio.

      Agradecemos os votos feitos. Desejamos o mesmo para você.

      Abraços,

      Lu

  365. Milene

    Bom dia Pessoal!

    Adoro o seu site, Lu!

    Obrigada pela atenção que sempre dá a todos os comentários. Vou resumir minha historinha por aqui… rs

    Tenho 27 anos e minha primeira crise de pânico foi aos 18 anos. Dependendo de como estava minha vida, ela sumia mas sempre voltava. Eu fiquei bem por uns dois anos, esqueci que tinha esses medos, e fiquei bem, mas em junho de 2011 fui tirar duas pedras nos rins a laser, e não estava aguentando a dor, e aceitei receber um remédio para dormir, na veia, mas aquela sensação de ir ‘desmaiando’ aos poucos foi horrível pra mim, me fez me sentir super mal, e acabei arrancando o remédio e continuei sentindo a dor.

    Desde então tem sido muito difícil. Era último ano da faculdade, fiquei muito doente com uma dor de garganta, que os remédios acabaram com a minha saúde, foi um ano muito difícil. Comecei a fazer terapia no começo de 2012. Em agosto do mesmo ano comecei a tomar Reconter, eu estava cansada de lutar contra isso. Lembro-me que o terceiro dia foi horrível, tive uma verdadeira crise de pânico que nunca tinha sentido, o coração acelerou de uma vez, e comecei a chorar, corri pro banheiro e liguei pra minha psicóloga. Ela me ajudou a acalmar, mas não esqueço que foi a pior sensação que tive, eu trabalhava fora da cidade e dependia de carona, não tinha pra onde correr.

    Tomei o Reconter até fevereiro de 2014, foi muito bom, ele tirou todos os meu medos. Eu nunca fui muito a favor de remédio, meu desmame foi rápido. Fiquei super bem. Foram passando os meses e os medos foram voltando, mas acredito que agora sou bem mais madura e me esforço muito. É muito difícil, mas aprendi a me controlar. Sinto alguns desconfortos, é assim que minha psicóloga pede pra dizer, mas passam.

    Eu cheguei a tomar algumas vezes o Rivotril sublingual, descobri um milagre nele, não só para ‘desconfortos’, mas pra outras situações de nervosismo, como uma reunião da empresa, sabe?

    Vou me casar em abril de 2016 e, claro, estou com muito medo. Fui ao neurologista de novo e pedi novamente um remédio. Ele me passou o escitalopram de novo, o original, sem ser o Reconter. Esse é em gotas, porque eu disse que estou com muito medo da sensação do terceiro dia. Medos, malditos medos!

    Eu não queria tomar remédio. Há dias em que fico super feliz porque vou casar, mas tem outros em que fico super mal, com medo de ter a bendita crise no dia, e dar trabalho. Por isso vou encarar o remédio de novo. Eu justifiquei ao médico que não quero estragar o dia, eu me esforço para controlar, mas não quero ter esse trabalho e sofrer no dia.

    Tomei hoje a primeira gota, tem um gosto horrível. Ele disse pra eu tomar uma gota na primeira semana e nas próximas ir aumentando de gota em gota. Confesso para você que estou com medo de ter os ‘piriri’ do quarto dia, mas não tem jeito. Acredito que terá uma melhora depois.
    Espero que, se acontecer, eu não esteja no trabalho. Será mais fácil!

    Grande beijo a todos que tiveram paciência de ler… rs
    Eu adoro o site! Adoro saber que não estou sozinha nessa…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Milene

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde nos ajudamos mutuamente. Nossa família é POP (paciente, otimista e persistente). Você se sentirá em casa, aqui.

      A SP (Síndrome do Pânico) parece estar vindo cada vez mais cedo, ou está sendo diagnosticada com mais facilidade, em razão dos avanços da ciência. Eu também tive a minha ainda na adolescência. Uma coisa é importante saber sobre a SP: ela não mata. E quanto menos resistência a gente oferecer na luta contra a dita, mais rapidamente ela passará. Quando pressentir que a “sem serviço” aproxima-se, respire fundo e lentamente, deite-se, se for possível, e procure desviar o pensamento para outras coisas. Se tiver um ansiolítico, ele ajudará bastante. O tratamento com antidepressivo é fundamental no seu combate, pois, em consequência do terror que ela nos causa, acabamos vitimados por mil e um terrores. Com o tempo, ela desaparece por completo, indo plantar favas em outro corpo… risos.

      Não acredito que foi a cirurgia a laser que provocou o retorno de sua doença mental, mas que ela sempre esteve aí, pronta para emergir. A cirurgia foi apenas a gota d’água. Portanto, esqueça o que aconteceu e concentre agora no seu tratamento. A maioria das depressões são recorrentes. Eu entrava em pânico, quando tinha que fazer exame de endoscopia. Hoje, tomo um remédio para dormir (amansa leão). E ainda assim, inconsciente, tento retirar o aparelho. Veja como o cérebro é mesmo bonachão.

      Milene, muitas pessoas esquecem-se de que o nosso cérebro (mente) adoece, porque ele é parte de nosso corpo. Infelizmente, a impressão de que ele não adoecia perdurou por muito tempo, trazendo um estigma para os doentes. E hoje ainda vemos isso. Mesmo que tenha um acompanhamento com psicólogo, é preciso ir ao psiquiatra. O antidepressivo é fundamental no tratamento, pois irá tratar um processo químico. Poderá aliar os dois tratamentos, mas não poderá abrir mão do antidepressivo, sob pena de ter crises cada vez mais agudas e recorrentes.

      Nosso corpo tenta expulsar tudo que lhe é estranho. O antidepressivo, a princípio, é uma substância estranha a seu funcionamento. E ele luta para jogá-la fora. Não a quer de jeito algum. Nascem daí os efeitos adversos, que chegam a intensificar nas primeiras semanas. Cansado de lutar, o corpo sente que é melhor aliar-se ao “inimigo”. E ficam tão amigos depois, que não mais querem se separar. Sendo que, para a retirada do remédio, é preciso estar sob o acompanhamento médico.

      Nós aqui abominamos a palavra “medo”. Ela nos causa danos terríveis, fazendo-nos acreditar naquilo que não existe e antecipando momentos que estão por vir, colocando sobre eles um manto de terror. Portanto, trate de tirá-la de seu vocabulário, senhorita. Não pode permitir que uma palavrinha à toa conduza a sua vida. Você agora é POP!

      Milene, precisamos aprender a viver um dia de cada vez. O passado é apenas uma referência para o nosso crescimento pessoal e o futuro ainda está por vir. Se vivemos com equilíbrio o presente, estamos conduzindo a nossa vida para um futuro melhor. Temos que deixar essa mania de achar que podemos controlar o amanhã. Isso acontece muito com as pessoas perfeccionistas. Leve a sua vida com mais leveza. Não cobre muito de si. A sabedoria no viver encontra-se no equilíbrio. É o famoso “Caminho do Meio” do Budismo. Quanto ao “piriri”, são poucas as pessoas que tem esse efeito adverso… risos. E se o tiver, além de comunicar a seu médico, somente terá que comprar alguns rolos de papel higiênico a mais… risos.

      Mocinha, doravante irá se preparar para o casório com calma e tranquilidade. Um momento gostoso desse tem que ser vivido com intensa alegria. Não deixe que uns babaquinhas chamados “medos” interfiram na sua felicidade. Afinal, quem manda na sua vida é você. Considere esses monstrinhos como os “gremlins” de certo filme, e, que não espantam hoje nem bebês… risos.

      Lindinha, foi um grande prazer recebê-la aqui. Quero informações sempre que tiver um tempinho para visitar-nos.

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Milene

        Obrigada Lu, pela resposta!

        Você acertou em cheio nas palavras, até saíram lágrimas de tão emocionada que fiquei!

        Eu realmente sou muito perfeccionista e tenho consciência que isso pode atrapalhar, às vezes. Tenho sorte de ter consciência das coisas, porque tenho uma amiga que só se rende a remédio e a plantões de hospitais. Eu aprendi a me controlar bastante, em todos esses anos, fui uma única vez pro hospital e me deram diazepam, nunca mais fiz isso!

        Eu tenho noção que isso é coisa da minha cabeça e que é uma preocupação boba com o que ainda nem aconteceu. Quero indicar um livro que adorei ler e que me ajudou bastante, talvez tenha lido já… Chama “Uma vida sem limites” – Nick Vujicic. Eu demorei um tempão pra ler, porque enrolava pra não acabar… rs
        Caso tenha algum pra indicar passe aí…

        Grande beijo!

        Estarei sempre acompanhando o blog ; )

        1. LuDiasBH Autor do post

          Milene

          Eu não me lembro de ter lido esse livro. Vou dar uma olhada na internet. Você me pede para indicar alguns. Preciso, primeiro, saber de que tipo de leitura você gosta. Assim que me disser, eu lhe indicarei.

          Fiquei feliz com a sua resposta, já bem mais confiante. É isso mesmo amiguinha! Temos que tomar a rédea de nossa vida, buscando sempre viver o melhor possível. Nascemos para sermos felizes. Quanto ao perfeccionismo, quando exagerado, trata-se de uma doença que pode levar, sobretudo, à ansiedade. Busque sempre o equilíbrio.

          Beijos,

          Lu

      1. LuDiasBH Autor do post

        Menino Emanuel

        Como está você, amiguinho? Faz tempo que não aparece. Suponho que já tenha superado a fase ruim do tratamento.
        Aguardo notícias.

        Abraços,

        Lu

      2. Emanuel

        Lu boa noite!

        Estou mantendo as coisas no ritmo que temos que seguir. Plo menos continuo bem e sem nenhum sinal de ansiedade e de pânico. Estou conseguindo levar a minha vida de uma maneira, que já fazia um bom tempo que não levava. Sinto que vou conseguir manter assim a minha vida.

        Abraço, Lu.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Estou muito feliz ao receber o seu comentário, falando-me sobre suas melhoras. São poucas as pessoas que voltam para dizer que melhoraram. Mas aqui, eu fico pensando em todas elas. Por que sumiram? Como estão? Elas nem imaginam o quanto me reconforta um retorno como o seu.

          Emanuel, você vai conseguir manter sua vida com qualidade, principalmente pela alegria em viver. As pessoas otimistas são mais predispostas a sarar com mais facilidade. Elas acreditam numa vida de qualidade e seguem em frente. Parabéns, garoto POP!

          Um grande beijo no coração,

          Lu

  366. Flavia

    Lu

    Vim desabafar, pois estou precisando colocar umas coisas pra fora. Eu tenho apenas 23 anos, e o pânico veio de forma tão repentina em minha vida, que eu mal podia acreditar. Eu passei por alguns problemas em casa, com meu pai que se desempregou repentinamente, mas eu não achei que fosse repercutir em mim de tal forma. No geral, eu estava muito feliz na época, tinha conhecido alguém especial, com quem ainda estou e me faz muito feliz. Quando sinto o pânico, tenho muito medo de perder as coisas valiosas, incluindo minha pessoa especial.

    Ainda tenho sofrido muito com os efeitos do exodus, e chorado muito. Às vezes parece ser o meu fim… Não quero acreditar nisso! Preciso vencer, eu tenho muito o que quero fazer e viver nesse mundo. Hoje vou voltar ao psiquiatra. Espero sair de lá melhor. Vou contar com suas palavras de conforto, muito obrigada

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Flávia

      Minha querida, poderá vir sempre aqui, para desabafar. Este cantinho é justamente para isso. Bote para fora suas tensões para se sentir aliviada.

      Você é ainda uma menininha, no limiar da vida, mas a SP (Síndrome do Pânico) não escolhe idade para atacar. Poderá ver que temos casos aqui de pessoas com até 16 anos que foram vitimadas por ela. A notícia boa é que há tratamento para isso, e quanto mais cedo começar, mais eficiente ele será. E vejo que você já está fazendo uso de um antidepressivo. Isso é ótimo!

      Penso que o problema de seu pânico não tem a ver com o desemprego de seu pai. O acontecido foi apenas a gota d’água para que a doença viesse a se apresentar. Na maioria das vezes, não dependemos de coisa alguma para que ela tome forma. Não se trata de emoções, mas de uma disfunção química no seu cérebro, que será corrigida com o tratamento. Eu tive meus primeiros ataques de pânico aos 19 anos. Hoje encontro-me muito bem, mas como a minha doença é crônica, tenho que fazer uso contínuo do remédio.

      Uma pessoa especial é também aquela que nos acolhe e fortalece nos momentos difíceis. Portanto, não há como ter medo de perder o seu namorado. Nessas horas, os casais ficam ainda mais unidos. Essa é a razão maior do amor: a ajuda mútua. Você fará o mesmo por ele, se um dia vier a precisar. Seu temor é, portanto, infundado. Tenho a certeza de que ele estará sempre a seu lado, ajudando-a a vencer essa fase difícil.

      Você não me disse há quanto tempo está tomando o remédio, mas seus bons efeitos começam, normalmente, após a segunda semana, variando de pessoa para pessoa. Fique tranquila. Seja POP (paciente, otimista e persistente). Lembre-se de repassar a seu médico todos os efeitos ruins que tem sentido. É necessário um contato maior entre paciente e profissional no início do tratamento.

      É claro que irá vencer essa fase ruim. É questão de tempo. Precisa acreditar nisso. Quando encaramos o tratamento com otimismo, o resultado positivo é ainda mais rápido. Levante a sua autoestima, tenha uma alimentação equilibrada, faça exercícios (caminhadas), procure dormir bem e olhe para a vida com os olhos de coragem e de confiança. Também racionalize. Imagine quantos milhares de pessoas estão passando pelo mesmo que você. Portanto, não se encontra só nessa caminhada. Leia os comentários aqui e veja como muitos já estão entrando na fase da alegria. Além do remédio, você também precisa se ajudar. Reaja! Tenha confiança no seu psiquiatra e nos remédios maravilhosos que têm sido lançados no mercado para nos ajudarem. Acredite na vida!

      Quero um retorno seu o mais breve possível. Não se esqueça.

      Um grande beijo,

      Lu

      Flávia, lembre-se de que agora pertence a uma turma POP. E que estaremos todos juntos na batalha. A vitória de um é a vitória de todos.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Milene

          A doença crônica é aquela que se mantém por longo tempo, podendo ter alternâncias de melhoras e pioras. Sendo difícil a sua cura efetiva, havendo, na maioria dos casos. tratamento contínuo para controle e/ou amenização dos sintomas. Exemplos: doenças reumáticas, diabetes, algumas cardiopatias e doenças mentais. Tive a informação com pessoas da área médica. Sugiro que entre no Google para obter maiores informações.

          Grande beijo,

          Lu

  367. Marco

    Boa noite Lu e demais guerreiros(as) do blog. Muita saúde e paz a todos vocês!

    Demorei-me em dar notícias por conta de ter contraído uma infecção urinária das brabas. Febre, calafrios, inapetência e outros bichos. Enfim, bactéria resistente, antibióticos fortes e hospital. Tudo isso um saco. Pior é ficar longe da academia. Me basta o respirar. Não é qualquer coisa que me derruba. Eu tenho a força! (Se bem que eu sempre achei ridículo aquela tanguinha do He-man… rsrs).

    Estou em casa de licença do trabalho e da faculdade. Além dos antibióticos, continuo o tratamento com Scitalax.

    Amigos e amigas, mantenham a fé e a positividade, cultivando pensamentos bons. Agindo assim, verão que tudo tende a melhorar. Nunca fujam de uma verdade absoluta: Cada um de nós pode escolher ser nosso melhor amigo ou inimigo. Ninguém pode fazer isso por nós. Nem adianta buscarmos culpados.

    Um ósculo e um amplexo em todos vocês!

    Marco Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Eu já estava sentindo a sua falta, pois sabe o quanto é importante para todos nós, com esse seu otimismo que ultrapassa a telinha de nossas máquinas. Que pena! O nosso amiguinho estava doente.Infecção urinária é mesmo uma coisa chata, pois é difícil de debelar, exigindo muitos remédios e cuidados. Procure tomar mais líquidos, meu filho. E ainda houve hospital na história, coitadinho… Mas bola para a frente… Só assim é possível ganhar o jogo. Ainda bem que você tem a força… risos. Agora, de pernas para o ar, terá mais tempo para nos visitar (rimou).

      A turminha POP está indo muito bem. Dá gosto ver nossos guerreiros e guerreiras enfrentar a luta.

      Um grande abraço,

      Lu

  368. Miriele

    Bom dia!

    Lu,
    hoje já faz 15 dias que estou tomando escitalopram. Como disse, estou indo com uma gota a cada 3 dias e já estou com 5 gotas.Não tenho sentido melhora, pelo contrário, muita ansiedade, medo, coração acelerado. Será que só vou conseguir sentir melhora quando atingir as 10 gotas? Não sei mais o que fazer. Ontem fiquei muito mal, achei que não conseguiria nem trabalhar. Foi preciso meu esposo me levar ao trabalho. Queria ter um terço dessa sua percepção de que tudo vai dar certo, é só esperar. Sem contar que ando tão desesperada, que tenho pensando em outras coisas ruins, que nem quero falar.

    Abraços,

    Miriele

    1. LuDiasBH Autor do post

      Miriele

      Você está no início de seu tratamento. É normal que tais efeitos adversos aconteçam. É preciso permitir que o organismo acostume-se com o remédio. Por isso, digo que é preciso ser POP. A grande maioria das pessoas passa por isso. Depois da tempestade virá a bonança. Acalme-se. Há doenças bem piores do que a nossa espalhada pelo mundo, como o CA. Nós somos privilegiadas ao contar com remédios que nos oferecem qualidade de vida.

      Diante dos sintomas que está sentindo, faz-se necessário um contato com seu médico, para que ele avalie a dosagem. Eu tomo o escitalopram em comprimidos de 10 mg. Ele precisa saber que você continua tendo pensamentos ruins, assim como o coração acelerado, ainda que isso faça parte dos efeitos adversos. Mas há casos em que o especialista precisa acompanhar de perto o paciente. E esse é um deles. Contate-o ainda hoje. Isso é o que tem que fazer primeiro. Dependendo da avaliação dele, poderá até lhe receitar um novo remédio, ou um ansiolítico que a ajude a passar essa fase. Você também poderá pedir a ele uns 15 dias de licença, até que passe por essa fase turbulenta.

      Amiguinha, depois de muitos anos de estrada (comecei a ter depressão aos 19 anos), eu já tenho uma visão bem mais amadurecida sobre as doenças mentais. Já li muito e sei que é preciso acreditar que a medicina está trabalhando para nos oferecer qualidade de vida. Também tendo a racionalizar o problema de pessoas que vivem outras doenças, seríssimas. E eu agradeço aos céus por ter apenas uma doença mental, com a qual convivo bem, ainda que seja à custa de remédio. Precisamos mudar o nosso olhar em relação à vida. Viver é maravilhoso, mas exige coragem.

      Veja os comentários mais recentes e observe quantos amigos já passaram dessa fase tão árdua. Antes, eles escreveram comentários bem doídos, mas agora atingiram a fase boa do remédio. É preciso calma, otimismo e persistência. Cada parada exige um recomeço ainda mais doído. Confie em mim. Não estou querendo apenas iludi-la. Já passei por momentos difíceis em minha vida, mas hoje, vivo totalmente equilibrada e sou feliz, dentro das possibilidades oferecidas pelo dia a dia. Aprendi, sobretudo, a viver um só dia de cada vez.

      Quero uma resposta sua, o mais rápido possível, sobre o contato com o médico.

      Beijos no coração,

      Lu

  369. Bárbara

    Oi, Lu!
    Comecei meu tratamento hoje, vou tomar o Exodus 10mg à noite. Espero bons resultados. Infelizmente já estou doente há muitos anos e nunca percebi, mas agora que entrei na fase de pré vestibular, que comecei a ter muitas crises de ansiedade, como o sono quebrado, dores musculares, dores de cabeça, irritabilidade horrível, entre outros.

    Fico feliz em ler os comentários, pois antigamente acreditava que todas as minhas doenças (como rinite, sinusite, dores estomacais) eram culpa minha, e hoje minha psiquiatra disse que isso não era real, que eu estava doente mesmo e que não era minha culpa.

    Queria saber se tens alguma dica para esse meu início de tratamento. Tenho 19 anos e nunca tomei nenhum remédio mais forte que amoxilina 🙂
    Espero ficar bem, pois não aguento mais estar doente sempre, com essa sensação de não saber o que eu estou fazendo da minha vida, e somente sentindo vontade de ficar deitada sem querer sair de casa. Eu amava sair com meus amigos e hoje não consigo mais ter essa animação toda.
    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Bárbara

      Seja bem-vinda ao cantinho dos guerreiros e guerreiras POPs (pacientes, otimistas e persistentes). Aqui trocamos muitas ideias e ajudamo-nos mutuamente. Sinta-se em casa.

      Eu também comecei a tomar antidepressivo quando tinha a sua idade, exatamente quando a depressão começou a interferir nos meus estudos. Venho de uma família, pela parte materna, que possui depressão crônica. Espero que a sua esteja acontecendo em razão da carga e responsabilidades que ora enfrenta. E logo passe.

      Seu tratamento está iniciando com um excelente remédio, o oxalato de escitalopram. É um dos mais eficientes do mercado e muito receitado pelos médicos. Através dos comentários já deve estar sabendo que algumas pessoas apresentam efeitos adversos no início, que vão passando à medida que o organismo vai se acostumando com a nova substância. Não se espante. Pode ser também que você não sinta nada ou quase nada, como aconteceu comigo. Mas, de qualquer forma, nos primeiros meses, esteja sempre em contato com sua psiquiatra.

      Foi ótimo ter começado o seu tratamento, pois as crises de ansiedade costumam resvalar para a síndrome do pânico, que é terrível. Assim, estará cortando o mal pela raiz. Quanto às doenças, são muitos fatores que contribuem para a sua existência. Nós não temos culpa de tê-las, a menos que levemos uma vida desregrada. As dores estomacais estão muitas vezes ligadas à ansiedade. O aparelho digestivo é o que mais sofre com o nosso estado ansioso. Ele é o saco de pancadas. Existe até a expressão: “… foi como um soco na boca do estômago!” Uma vez estabilizado o nosso humor, ele volta à normalidade. Quanto à rinite e sinusite, essas inflamações podem ser de origem alérgica. Seria bom que consultasse um otorrinolaringologista.

      Essa sensação de não saber o que se está fazendo na vida é típica da depressão. Assim como a vontade de ficar deitada, quietinha, sem sair de casa. Mas isso logo passará com o tratamento. Tudo é questão de tempo. A vida voltará a ser colorida como antes.

      O único conselho que lhe dou é que seja POP (paciente, otimista e persistente). Não pare o tratamento por nada, a menos que seja determinação médica. Além de ser necessário um certo ritual no desmame, quem para sem a avaliação médica volta ainda pior, com crises mais agudas. Mesmo que sinta efeitos adversos, aguente a mão, mas sempre comunique-se com sua médica. Com cerca de três semanas eles passam, tempo que varia de pessoa para pessoa. Saiba também que não se encontra sozinha. Tem aqui um monte de amigos e amigas prontos a ajudá-la, por estarem trilhando o seu mesmo caminho.

      Bárbara, desejo-lhe muito sucesso. Venha sempre nos contar como anda o seu tratamento e como está se sentindo.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Bárbara

        Que belas palavras, Lu, é muito querida e sabe bem o que dizer na hora certa.
        Infelizmente tenho histórico materno de muitas pessoas com essa doença. Minha mãe tem ansiedade e se trata há 20 anos, e tenho uma tia com bipolaridade/esquizofrenia.

        Minha psiquiatra disse que todos os meus sintomas estavam indo para um passo da depressão, e seria muito bom começar o tratamento logo, antes que isso acontecesse. Pode deixar, seguirei o que me diz, não pararei e tenho certeza que continuarei até conseguir melhorar. Estou fazendo tratamento para rinite. Hoje fui a um médico, e já me disseram que minha rinite, infelizmente, é crônica junto com minha asma. Então tudo depende de como está o tempo. Acho que seguirei um passo de cada vez, sem me estressar com o que virá em seguida.

        Hoje tive uma pequena crise de como lidar com eventos que terei amanhã, mas consegui me acalmar, e dizer para mim mesma que vai dar certo, e que pensarei nisso amanhã, pois hoje é um dia diferente, e tenho coisas diferentes para fazer.

        Serei POP, e sempre estarei em contato por aqui. Muito obrigado pelas palavras.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Bárbara

          Fiquei tão feliz ao receber este comentário seu e ver o quanto se encontra bem melhor! Você é realmente POP!

          O mesmo histórico possui minha família, a começar pela minha bisavó materna, avó, mãe, tios, primos e outros tantos. Mas existem históricos bem piores. É isso que temos que racionalizar. Sua psicóloga tem razão, quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais rápido e efetivo será o resultado. Cada parada representa um retrocesso. Portanto, siga direitinho as recomendações médicas.

          Também tenho um fraco por essas “ites” (rinite, faringite e sinusite). As minhas “amadas” são resultantes de alergias. Também sou igual ao serviço de meteorologia… risos. Mas acabamos nos dando muito bem… risos. Um passo de cada vez… é isso aí, amiguinha!

          Você me deixou muito orgulhosa em relação ao evento de amanhã. Mas é lógico que irá dar certo, pois afinal você é POP. Suas palavras merecem ser repetidas:

          “Hoje tive uma pequena crise de como lidar com eventos que terei amanhã, mas consegui me acalmar, e dizer para mim mesma que vai dar certo, e que pensarei nisso amanhã, pois hoje é um dia diferente, e tenho coisas diferentes para fazer.”

          Isto é uma lição de vida, que todos devem seguir.

          Abraços,

          Lu

    2. Emanuel

      Olá Bárbara!

      Lendo teu relato vi que é muito parecido com a minha situação. Eu não sabia que estava doente, só percebi isso, quando o médico da empresa, onde trabalho, me encaminhou para um psicólogo. Mas com um tratamento específico, tu terás dias melhores pode ter certeza. E a Lu é nosso anjo da guarda. Uma pessoa que nos mostra a vida de forma diferente.

      Abraço e mantém a calma guria.

  370. Felipe Silva

    Oi Lu

    Hoje completam 30 dias de tratamento com o Eficentus, estou melhor, não tive mais crise, só que eu estou sonhando muito, muito, muito, será que é normal? Quanto tempo o remédio faz o tratamento 100%?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Felipe

      Que notícia maravilhosa! Agora vêm os frutos. Vale a pena ser POP! E sonhar é algo necessário a nosso organismo. Eu tenho o sonho como válvula de escape de nosso cérebro, em relação aos acontecimentos diários. Quanto ao tempo de efeito 100% do remédio, eu acho que nunca vai acontecer. Não? Não! Como somos humanos, continuaremos tendo alegrias e tristezas, como qualquer mortal, mas sem aquelas crises amedrontadoras. Não se esqueça de que cada organismo tem seu tempo. Tudo também depende muito do modo como você olha a vida.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Cristiane Costa

        Lu
        Estou vendo a vida de um modo bastante desanimador. Acho que os remédios não podem me ajudar. No momento sinto muito desânimo, e agora, para ajudar, sinto problemas no estômago. Tudo que como faz mal, minha barriga fica enorme e a cabecinha já começa a trabalhar contra. Estou hoje bem desanimada, pensamentos ruins. Só queria que tudo isso tivesse um fim. Observo que fico assim sempre na parte da manhã, depois melhora um pouco.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Hoje serei obrigada a lhe dar umas boas palmadas, pois está saindo da nossa linha POP (paciência, otimismo e persistência, haja o que houver). Como dizer que o remédio não pode lhe ajudar? Não percebe que assim está dando uma ordem negativa a seu cérebro? Pensamento positivo gera ação positiva e vice-versa. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas curam-se muito mais rapidamente do que as pessimistas. E você tem insistido em ficar entre as últimas. Nada disso, não admito essa sua visão! Trate de reagir!

          Cris, você que acompanha os comentários, sabe que, inicialmente, o antidepressivo causa uma série de efeitos adversos. Esses efeitos são mais demorados em alguns organismos e passam mais rapidamente em outros. Não há como prever quanto tempo a pessoa irá senti-los. Mas, quando incomodam muito, faz-se necessário uma volta ao médico, para que ele reveja a dosagem ou mude de antidepressivo. Nem todo mundo dá certo com o mesmo remédio. Mas só o especialista poderá avaliar a mudança, se necessária. Aliado a isso, você não tem buscado ser otimista e, com isso, sua cabecinha entra no mundo das invenções, criando mil fantasmas. Sem falar que passa a maltratar o seu aparelho digestivo, que é o que mais sofre com o medo e as apreensões. Essa sua “barriga enorme” (se não estiver esperando bebê… risos) é resultante desse seu medo fóbico de viver. O nosso corpo acaba pagando pelo nosso desequilíbrio.

          Amiguinha, todos nós queremos que isso tenha um fim. Mas racionalizamos que o nosso organismo precisa de um tempo para se adaptar ao remédio, de modo a reverter os caminhos descontrolados de nossa mente. Temos que aguardar. A única maneira de apressar as coisas é usando o nosso otimismo, a crença de que estamos no limiar de uma vida de qualidade, e que muitas outras pessoas fazem essa mesma caminhada junto conosco.

          As pessoas depressivas normalmente tem um horário do dia em que se sentem pior. A minha parte é também a manhã. Depois vou me equilibrando. E à noite estou ótima. Não se preocupe com isso. Siga a marcha. Os pensamentos ruins indicam que a quantidade do remédio em seu organismo ainda não foi suficiente para provocar grandes mudanças. Tenha calma.

          Cris, faz-se necessário que você volte a seu médico para uma nova avaliação. No início do tratamento isso é muito importante. Fale com ele sobre os sintomas pelos quais está passando, inclusive sobre os pensamentos ruins. Ele poderá refazer a dosagem. Não deixe de fazer isso o mais breve possível. Ah! Vou lhe contar uma: agora nos comentários já são cinco as impressionadas com doenças… risos. Você não se encontra mais sozinha. Estou pensando em formar o quinteto musical Vírus da Arte com vocês. O que acha?

          Menininha fofa e dengosa, eu gosto muito de você. Está sempre presente no meu coração. E torço muito para ouvir boas notícias vindo de você. Afinal, é uma das guerreiras e dos guerreiros do grupo POP. Quero notícias diárias, suas.

          Leia também outros artigos no blog. Há muitas coisas interessantes.

          Um beijo no coração,

          Lu

        2. Cristiane Costa

          Lu não estou grávida, nem útero tenho! Contei tudo o que estava acontecendo para minha psiquiatra, sabe o que ela respondeu? Que bom que você está reagindo bem ao tratamento. Respondi-lhe: – Doutora depois de tudo que lhe contei, acha mesmo que o remédio está fazendo o efeito desejado?

          Acho que minha médica também precisa de tratamento. Pior que ela é uma boa médica, conhece tudo o que aconteceu comigo, e já faz 5 anos que estamos juntas. Tenho medo de trocar por outra. Na psicóloga não quis ir mais, só eu falava, ela não falava nada, nem uma opinião. Desisti dela.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          A referência ao bebê foi uma brincadeira. Queria que você desse uma boa risada.

          Pense bem, se a sua psiquiatra acha que o remédio já está fazendo efeito, a mocinha aí deve aceitar seus dizeres e confiar. Pare de ser desconfiada, menina. E como lhe disse, o organismo precisa de tempo para ficar equilibrado. Dê sossego a esse coitado… risos. Você é muito exigente com ele.

          Se tem confiança na sua médica, e ela já conhece todo o seu histórico de vida, não troque por outra. Continue com ela. Tente ser POP, olhar a vida de uma maneira mais leve. Não leve muito a sério as crises matutinas. Elas irão passar.

          Beijo grande,

          Lu

    2. PATRÍCIA

      Olá, Felipe!

      Estou tomando o reconter há 21 dias e também tenho tido uma grande quantidade de sonhos, sonhos muitas vezes estranhos, com pessoas que nunca vi. Em outras situações tem algo a ver com pessoas de quem eu gosto, com situações que envolveram algum acontecimento no meu dia, enfim, muitos sonhos. Estou tentando observá-los pra ver se têm algo a ver com meu inconsciente. Talvez expliquem alguma coisa, no entanto, ainda não consegui visualizar nada. Realmente são muitos sonhos, porém, estamos aí com POP 🙂

      Melhoras a todos nós!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Emanuel

        Além de normal, faz muito bem à nossa saúde. É também uma maneira de aliviarmos nossas tensões. Você sempre sonhou todos os dias, só que agora está se lembrando mais de seus sonhos.

        Abraços,

        Lu

  371. Nathalia

    Olá, Lu!

    Há três anos sofro com TAG e pânico, e só agora fui buscar ajuda médica, que me receitou o reconter. Hoje faz 24 dias que estou usando a medicação, porém estou tomando apenas 6 mg, e tenho medo de aumentar a dosagem. No início tive vários efeitos colaterais,hoje sinto mais calma porém tem dias que as crises voltam, e sinto uma sensação de que tem algo errado. Dá uma agonia, acho que vou ter um monte de doenças, fico apreensiva com aquela gastura. Gostaria de saber se ainda é normal ficar assim, e se é porque minha dosagem está baixa, pois vi que muitos tomam mais do que isso. O meu médico disse que queria que eu ficasse nas 10 mg. Tenho medo desse sintomas não serem normais, pensei que minha TAG melhoraria logo, alguém ainda sente essas coisas mesmo com a medicação?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nathalia

      Seja bem-vinda a este cantinho, onde nós nos ajudamos mutuamente, sem medo de sermos felizes.

      Lindinha, você mesmo já diagnosticou seu problema: sua dosagem está baixa. O oxalato de escitalopram possui efeito acumulativo, ou seja, só passa a mostrar bons resultados quando há uma certa quantidade dessa substância no organismo. Como a dose que toma é muito pequena, o acúmulo está sendo demorado, retardando assim os efeitos positivos. Converse com seu médico, para que ele passe para 10 mg. Logo perceberá o quanto fará diferença, sumindo todas essas crises que ainda a atormentam. E não pare o tratamento sem autorização médica.

      É normal estar sentido tais crises, diante da pequena dosagem, ainda que já esteja em tratamento há 24 dias. Fique tranquila. Basta apenas reformular a dosagem. Você não tem doença alguma, a não ser mental, e já se encontra em tratamento. Apenas desenvolveu um medo fóbico por doenças, permitindo que sua mente fantasie sobre elas. Há mais outras quatro pessoas aqui no blog com esse mesmo sintoma. Vamos formar um quinteto musical… risos.

      Nat, você agora é POP (paciente, otimista e persistente). A primeira regra de nossa turma é abolir a palavra “medo”. A gente quer mais é ser feliz. Venha sempre nos visitar. Saiba que não se encontra sozinha.

      Beijos,

      Lu

  372. Carolini Passos

    Bom dia a todos!

    Estou a quase um mês tomando o remédio, e posso falar que houve sim uma melhora, apesar de há tem dias que são melhores e outros nem tanto. O remédio já está acabando. Mandei email para meu médico para saber se é para continuar, e ele ainda não me respondeu 🙁 .

    Gostaria de tirar uma dúvida com vocês, já que meu médico ainda não respondeu. Posso tomar torcilax (antinflamatório muscular) pois acho que dormi de mal jeito e travei a coluna. Queria saber se posso tomar, já que estou tomando o scitalax.
    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carol

      Espertinha, mal começou o tratamento e já está pensando em parar… risos. É claro que é para continuar! Seu médico deve estar rindo de sua pergunta. Outra coisa, você continua humana e, portanto, terá “dias que são melhores e outros nem tanto”, como qualquer mortal. Está pensando que terá a felicidade eterna? Se tiver a receita, envie-a para mim… risos.

      Quanto ao antinflamatório, você poderá tirar sua dúvida com o farmacêutico. Mas procure não tomar esse tipo de remédio por qualquer coisa. Existem exercícios que fazem esse destravamento. Faça uma consulta com um fisioterapeuta.

      Um grande beijo,

      Lu

  373. Janaina Abreu

    Olá, Lu, tudo bem?

    Gostei muito dos comentários, aqui é diferente dos outros blogs, o seu tem resposta. Li todas e me identifiquei com várias. Tenho 39 anos e acho que desde os 20 tenho depressão e ansiedade social. Já perdi oportunidades de serviço por conta da fobia social, e me isolei. Agora acho que comecei a me tratar com o remédio certo faz 20 dias. Tive alguns efeitos colaterais ruins, mas já passaram. Dependendo da situação ainda me sinto ansiosa, com medo, mas espero nunca mais deixar as oportunidades passarem por conta dessa doença. Estou fazendo terapia há um mês, mas acho que não ajuda muito. O bom mesmo e a medicação. Tomo oxalato de escitalopram 20 mg de manhã e propranolol 20 mg nas situações de muito stresse. Será que daqui a algum tempo só o oxalato vai ser necessário para esses sintomas?

    Obrigada

    1. LuDiasBH Autor do post

      Janaina

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho. Sinta-se em casa. Peço-lhe desculpas pela demora da resposta, pois tive uma semana atípica, além de estar mudando de notebook, tendo que repassar tudo para o novo.

      Realmente respondo a todos os comentários escritos no blog. Os meus leitores e comentaristas formam a parte mais importante dele. Tenho por eles um grande carinho. Também sou depressiva e sei o quanto uma resposta pode nos ajudar. Por isso, dentro dos meus parcos conhecimentos, tento ajudar aqueles que me procuram.

      Então você já passou da fase ruim dos efeitos adversos. Maravilha! Agora, tomando o remédio direitinho, só terá alegria. Quero alertá-la para o fato de que continua humana, ou seja, como qualquer mortal sentirá alegrias, tristezas, temores e ansiedade. Não mais no nível de antes, mas sentirá, pois não se transformou num ser robótico… risos. Outra coisa, não pare sem a permissão médica pois o retorno é muito mais difícil, com crises bem mais agudas. O propranolol é usado para pessoas hipertensas. E somente seu médico saberá quando deve parar. Não se preocupe com isso, mas em ter qualidade de vida.

      Um grande beijo,

      Lu

  374. Miriele

    Boa tarde!

    Lu
    Eu me chamo Miriele.Estou tomando lexapro gotas,a cada 3 dias aumento 1 gota até chegar a 10. Hoje estou com 3 gotas (8º dia), e estou muito mal, com uma tremedeira, dor de cabeça e vou trabalhar hoje ainda. Não dormi nada à noite. Já procurei tratamentos alternativos, mas não vi resultado, até que procurei um psiquiatra,estou com muito medo. Medo das reações, medo de ficar dependente, medo também de não ficar boa.
    Penso em parar com remédio, mas queria tanto ficar bem, sentir feliz, animada,amar a vida. Não aguento mais essa tristeza, parece que todos são felizes, menos eu.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Miriele

      Seja bem-vinda ao grupo mais POP (paciente, otimista e persistente) do Brasil. Aqui estamos eliminando a palavra “medo”, pois acreditamos que viver é um ato de coragem, e a vida é maravilhosa e vale a pena a luta.

      Quase todos passam por efeitos adversos no início do tratamento. O organismo tem que se acostumar ao novo remédio, e isso leva, para alguns, umas três semanas, mais ou menos. Portanto, amiguinha, é aqui que entra a paciência. A dor de cabeça e a tremedeira são comuns ao início do tratamento. Quanto à insônia, peça a seu médico um ansiolítico, pois além de ajudá-la a dormir, ainda lhe dará suporte para passar pelos efeitos adversos. Quase todos tomam.

      Miriele, há momentos na vida em que só há um caminho a seguir. E se você necessita de um antidepressivo, conforme avaliação de seu médico psiquiatra, não adianta fugir da raia. Ainda que adie o tratamento, terá que fazê-lo no futuro, num estado de saúde ainda muito mais complicado. Coragem!

      Eu tomo antidepressivo desde a minha adolescência, e só tenho um medo: não encontrar remédio no mercado que me ajude a nas minhas crises de depressão. Fico super feliz quando um remédio novo é lançado. E tenho a certeza de que a medicina ainda nos fornecerá um que nos cure totalmente. Todos os outros temores são infundados. O importante é que tenhamos uma vida de qualidade. E você ficará boa, sim, como me sinto e outros tantos amigos aqui nos comentários.

      É muito sério parar um antidepressivo, pois é necessário obedecer a severas indicações médicas. E quando precisar tomar novamente, passará por todos os efeitos ruins, de novo. E se encontrará ainda mais debilitada. Se quer se sentir feliz de novo, amiguinha, encare agora, como os nossos amigos aqui estão fazendo. Nós somos todos guerreiros. E não vamos deixar a peteca cair. E não se esqueça de se comunicar sempre com seu médico, quando os efeitos adversos incomodarem muito. Leia também mais informações aqui no blog. Peça-lhe, também, uma licença de 15 dias, até os efeitos adversos passarem.

      Beijos,

      Lu

  375. Marco Dantas

    Boa noite guerreiros e guerreiras!

    Estou exausto. Fechei a noite com uma hora e meia de musculação. Antes tive uma provinha daquelas. Trabalhei o dia todo, enfim. sobrevivi. Continuando o tratamento com Scitalax e tomando Stavigile quando necessário, conforme prescrição médica. Agora, estou me preparando para cair nos braços de Morfeu, ou Hipnos? A Lu pode me ajudar. Só sei que após minha meditação habitual, dormirei o sono dos justos para logo cedo, acordar revigorado para mais uma jornada.

    Sonhemos junto meu povo. Como disse um inesquecível poeta: “Sonho que se sonha junto é realidade”.

    Boa noite!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Como agora é dia, um bom dia para você! E que seja repleto de bons acontecimentos. Que bom saber que está cada vez melhor. Maravilha!
      Gostei do pensamento.

      Abraços,

      Lu

      1. Marco Dantas

        Nossa, Lu!

        Fiquei preocupado com sua demora em responder. Mas parece estar tudo certo consigo, graças a Deus.

        Beijão e boa noite!
        Marco

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marco

          Realmente demorei nas respostas por dois motivos: visitas e mudança de notebook. Comprei um novo e estou tendo que mudar tudo para ele. E ainda preciso me adaptar ao mesmo. E como tomar antidepressivo… risos.

          Abraços,

          Lu

  376. Taty

    Boa noite, Lu, querida!

    Dando uma passadinha pra dizer que hoje estou com 22 dias de reconter (20) e me sentindo cada vez melhor. Eita remédio danado de bom…rsrs. Mas ainda receosa quanto ao desmame do Riv. Estou tomando 2 gotas 3x ao dia, e já estou achando que a dosagem do reconter está alta, pois vinte mg é a dose máxima, e ainda tomar Riv, não queria, mas ao mesmo tempo não quero voltar a sentir aquela ansiedade absurda do início. Deus me livre. Tomara que dê tudo certo. Já me conformei em tomar pro resto da vida (reconter)

    Beijos, minha querida Lu

    Fiquem com Deus.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Taty

      Você será sempre bem-vinda.
      Fico feliz que se esteja se sentindo cada vez melhor. Com a sua melhora, o médico irá reduzindo a dosagem. Não se preocupe. Irá dar tudo certo, sim. Nada de medos tolos.

      Beijos,

      Lu

  377. Jéssica

    olá, Lu!
    É normal sentir formigamento no corpo? Comecei a tomar domingo o remédio reconter 15 miligramas.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jéssica

      O formigamento no corpo é tido como uma das reações adversas dor remédio, no início do tratamento, como poderá ler em muitos comentários. Como o passar dos dias, tal reação irá desaparecendo. Pode ser que surjam outras. Qualquer coisa que a incomodar muito, relate a seu médico. Ele deverá acompanhar tudo que estiver lhe acontecendo.

      Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM. O link encontra-se no final do texto acima.

      Abraços,

      Lu

  378. Aline Araújo

    Oi, Lu e povo bonito e cheio de forças e energias boas para viver!

    Voltei! Vim para desejar que Deus abençoe vocês e dizer que com quase 15 dias de escitalopram estou bem melhor! Tomei 0,25 de Rivotril por uns 5 dias, no comecinho, porque atrapalhou muito o sono, mas depois foi passando, Graças a Deus! Agora, diferente do outro tratamento, estou bem mais consciente de obedecer ao doutor lembrando sempre que ele está sendo usado por Deus para ajudar. A cura é resultado do querer se cuidar e ter fé para estar cada dia melhor! Lembrando que tudo o que nos é permitido passar vem para nos ensinar, e para que possamos ensinar a outros como vencer! Beijos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Estamos felizes com as suas boas notícias. Continue assim, seguindo direitinho o tratamento. Daqui para a frente você tende a ficar cada vez melhor, pois o remédio estará na plenitude de sua ação.

      Beijos,

      Lu

  379. Lillicca

    Oi Lu!

    Encerrei a noite visitando seu blog. Lendo os posts de nossos amigos (seus leitores), e suas atenciosa resposta. E me sinto mais segura ao ver que outras pessoas convivem com os mesmos incômodos. Estou bem, torcendo para voltar a mais normalidade possível.
    Para nossos amigos VITÓRIA em seus tratamentos.Vamos vencer esse luta! Fiquem bem!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lillica

      É sempre um grande prazer receber a sua visita. Você já faz parte desta família POP, que jamais dá a luta por vencida. A gente, como o bambu, dobra mas não cai… risos. Alegra-me o fato de saber que está passando bem. Agradeço em nome de todos os votos a nós dirigidos. Você é mesmo muito delicada.

      Beijo grande no coração,

      Lu

  380. PATRÍCIA

    Boa noite Lu, boa noite pessoal!

    O motivo da minha visita hoje aqui no blog, embora eu acompanhe diariamente todos os comentários de vocês, pois sempre aprendo algo, ou me motivo com alguma coisa que leio, é justamente o meu desânimo, que de ontem para cá piorou consideravelmente, queria saber se é normal acontecer isso, parece que de ontem para hoje estou regredindo, um vazio, uma tristeza e o mesmo desânimo de quando comecei o tratamento :/.

    Não queria estar me sentindo assim, mas embora eu tente conversar com minha mente, parece que nada parece me animar. O mais triste é que semana passada passei-a toda bem, o final de semana foi tranquilo, mas na segunda, já acordei assim, tomara que seja normal, e que a garota POP reapareça. Com vocês aconteceu algo parecido?

    Grande abraço e fiquem com Deus!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pat

      Esses piques de desânimo são comuns, sim. Até mesmo as pessoas que não vivem a nossa situação possui-os. Não se preocupe. Logo estará melhor. O seu organismo tende a melhorar cada vez mais. Fique calma e não se deixe abater com facilidade. Lembre-se de que somos do grupo POP.

      Todos temos os nossos dias de desânimo. O antidepressivo não nos garante a felicidade eterna. Temos que aprender a lidar com isso. Certo?

      Beijos,

      Lu

  381. Vera

    Bom dia, Lu!

    Tomo escitalopram faz mais de 6 anos, sinto-me bem, mas gostaria de parar e não consigo. Gostaria de saber o que pode acarretar na terceira idade, quando tomado por muito tempo. Tomo 7,5 mg e tenho 63 anos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Minha querida Vera

      É com grande prazer que a recebemos entre nós. Seja bem-vinda!

      Amiguinha, pelo que disse, sua depressão é crônica. E assim sendo, necessitará de tomar o antidepressivo para sempre. O mesmo acontece comigo, pois a minha é hereditária. Nós dois vivemos em perfeita harmonia… risos. A sua dosagem é muito baixa. Tomo 10 mg.

      O antidepressivo é muito usado na terceira idade, período de vida em que a pessoa fica mais fragilizada, em todos os sentidos. Que eu saiba, não há nada de ruim que acarrete à terceira idade, mas ao contrário, melhora a qualidade de vida dos idosos, dando-lhes suporte emocional.

      Vera, existem pessoas que tomam remédio para pressão, ou tireoide, ou coração, ou diabetes a vida inteira. Também há as que tomam antidepressivos. Portanto, nada a temer. Pode continuar tomando o seu remédio, tranquilinha. E curtir bastante a vida. E não pare em hipótese alguma, a não ser com a decisão médica, seguindo direitinho as prescrições dele.

      Amiguinha, volte sempre. Faça parte da família POP (paciente, otimista e persistente.

      Grande beijo,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Vera

          Nada a agradecer. Será sempre um prazer tê-la conosco.

          Beijos,

          Lu

  382. Jeh Melo

    Oi, Lu!
    Comecei o tratamento faz 3 dias só, mas desde o início do ano que venho sofrendo com crises de ansiedade e de pânico… Sempre acho que estou com uma doença grave…Tenho medo de passar mal, de sair na rua, de andar de ônibus. Se esto em um ambiente com muitas pessoas, eu fico desesperada, sinto palpitações, mãos e pés gelados e a sensação de que vou desfalecer, e aquele aperto no peito, aquela angústia que não some. É complicado para quem não passa por isso entender. Fiquei mais reservada e meu esposo tem me ajudado muito. O que acho interessante é sentir dores de acordo com o que acho que tenho. Começo a pensar que posso ter um problema na cabeça. E sinto fortes dores de cabeça, se me distrair, passam os sintomas!

    Enfim comecei o tratamento e estou sentindo uns efeitos. Fiquei mais ansiosa e tive diarreia também, e isto sem vontade de comer. Mas o médico disse que iria começar sentindo alguns efeitos, mas que iriam passar depois. Espero muito que passe logo. E amei esse seu espaço aqui. Ler o relato de outras pessoas e suas respostas me fez ver que não estou sozinha. Beijos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jeh

      É com alegria que a recebemos neste cantinho, onde nos ajudamos mutuamente, formando uma família. Sinta-se em casa!

      Depressão, ansiedade e SP (síndrome do pânico) são as doenças mentais mais comuns, como poderá ver através dos comentários. O aumentos de tais doenças, em todo o mundo, tem sido muito grande. Por isso, a medicina vem trabalhando cada vez para botar no mercado bons remédios, de modo a minorar o sofrimento de seus portadores. E o oxalato de escitalopram, que imagino que esteja tomando, é um dos mais modernos e mais eficazes, sendo muito receitado. Eu também faço uso dele.

      É fato que tal antidepressivo apresenta efeitos adversos, mas que passam assim que o organismo acostuma-se com a sua presença. A ansiedade é muito comum no início. Parece até aumentar. A diarreia, embora aconteça muito, já é um efeito mais sério, que deve ser comunicado imediatamente a seu médico, caso persista. Embora saibamos que os efeitos passem, é necessário acompanhá-los com atenção, de modo a relatar ao profissional os mais sérios. Veja o texto aqui no blog, chamado INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM, que lhe dará todas as informações, inclusive sobre os sintomas mais sérios. O link encontra-se abaixo deste texto que leu ou então no ÍNDICE do blog.

      A Síndrome do Pânico tem essa capacidade de nos amedrontar, pois as crises, embora jamais nos matem, são muito dolorosas. E aquilo fica marcado na nossa mente. Então, passamos a temer sair, ficar sozinhos ou não gostar de ambientes muito cheios de gente. Acabamos, portanto, retraindo-nos. Queremos apenas a companhia das pessoas nas quais confiamos. Isso é muito normal. Não se preocupe. Normalmente, depois de três semanas, você já se encontrará bem melhor. E, quando menos esperar, já estará saindo sozinha e fazendo tudo a que tem direito. Mas é preciso ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Quanto às doenças criadas por você (agora é a quarta aqui no blog com o mesmo problema), saiba que tudo não passa de criação de sua mente. E sua imaginação é tão forte, que até sente como verdadeiro o que na verdade não existe. O medo excessivo é capaz de criar os mais horrendos fantasmas. Procure racionalizar, sempre lembrando que tudo não passa de invenção de sua mente doente. Quando começar a criar esses pesadelos, procure desviar seu pensamento para outras coisas. Você, mais do que ninguém, sabe que tais pensamentos são irreais, pois sintomas reais não passam mudando apenas o foco. Preencha sua vida com coisas agradáveis. Nada de ficar pensando em si o tempo todo. Há tanta beleza em volta de nós.

      Jeh, sinto-me feliz ao saber que a teremos sempre aqui conosco. Você será mais uma garota POP. Pertencemos ao mesmo grupo e somos um monte de pessoas. Você não está só. Volte para nos dizer com anda o tratamento. E não pare sem ordem médica.

      Um beijo no seu coração,

      Lu

      1. Jeh Melo

        Lu
        Hoje parei para rever o que escrevi pra você no início do tratamento. Fiz exatamente tudo que me recomendou! Estou muito melhor… Tem os dias de baixa, em que surge a tristeza, mas não permanece! Já estou independente novamente, e me apeguei a milhares de atividades que só trazem alegria à vida: jardinagem,fotografia e animais de estimação, que dão tanto amor e trabalho, e preenchem meus dias.

        Beijos pra você, e obrigada por nos acompanhar e nos encher de esperança, que apesar da escuridão, incerteza e desespero em que muitas vezes nos encontramos, podemos achar conforto, e a certeza de que alguém entende perfeitamente o que passamos. É muito complicado pra quem não sente o que sentimentos entender-nos. Obrigada!

        Jeh

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jeh

          Você me deixou muito feliz com as notícias suas relativas à sua saúde. Os dias de baixa sempre existirão para todos nós, pobres mortais. Ninguém passa pelo planeta em permanente felicidade. A razão disso é que somos humanos, cheios de emoções e excessiva sensibilidade.

          Que maravilha é a tomada de consciência de que é preciso preencher a vida com coisas boas: jardinagem, fotografia (veja a categoria de fotografia no blog), animais de estimação (tenho dois gatinhos)… É isso mesmo, menina. Quando quiser publicar uma fotografia no blog, basta me enviar. E continue assim, uma garota POP (paciente, otimista e persistente). Mas não suma! Quero tê-la sempre aqui conosco. Suas palavras servirão de estímulo para muitos leitores.

          Um grande beijo,

          Lu

  383. Patrícia

    Boa tarde Lu, boa tarde amiguinhos
    Hj é meu 18º dia tomando oito gotas do reconter, sinto-me menos ansiosa, e em alguns dias me sinto melhor em outros piores, mas no geral senti uma leve melhora. No entanto, hoje acordei com dores de cabeça e parece que estou aérea, sem muita capacidade de pensar, raciocínio meio lento, os olhos um pouco embaçados, alguém já passou por isso?

    Grande abraço a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Patrícia

      Ainda que esses efeitos adversos possam ser originários do remédio, você deverá repassá-los a seu médico, principalmente no que diz respeito aos olhos um pouco embaçados. Certo?

      Fico feliz de que já esteja entrando na fase boa. Logo irá se sentir ainda melhor. Leia também o meu novo texto denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Grande beijo,

      Lu

  384. Lidia Maria Pereira

    Estou usando escitalopram há 3 semanas, apesar da indicação da médica que me atendeu de começar com uma dosagem de 20mg, já sou macaca velha em uso de medicamentos desse porte, e comecei por conta própria com a dosagem mínima de 5mg. O problema é que o desânimo é imenso. Faço uso dele à noite, mas os dias não tem sido produtivos.

    Passado a fase inicial, já deveria tê-lo aumentado para 10mg, mas todas as vezes que o faço, sinto uma irritação absurda na bexiga e passo a noite no banheiro urinando de pouquinho em pouquinho. Alguém já teve sintoma parecido?

    Tirando esse efeito colateral desagradável, voltei a sorrir com mais facilidade, e a querer viver sem tomar posse de muito peso, que não me pertence. O resultado tem me favorecido.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lídia
      O que percebo é que a dosagem está sendo insuficiente para você. 5 mg é para depressão leve. Sua médica é psiquiatra? Você só tem depressão? Se em 3 semanas ainda continua assim, deverá rever a dosagem. Quanto ao efeito colateral relativo ao problema de urinar, esse deve ser comunicado à sua médica o mais rápido possível. Se possível ainda hoje, pois é um sintoma mais sério, que deve ser comunicado ao profissional.

      Veja, no link abaixo do texto acima, o texto que fiz sobre INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM. Não deixe de ler. Volte para me contar sobre o resultado de sua ida à médica.

      Abraços,

      Lu

      1. Marco

        Oi, Lu!
        O desconforto sentido pela Lídia pode ser atribuir ao fato de que ela toma o remédio à noite. Deve conversar com o médico dela. Mas em meu caso, cheguei a tomar escitalopram à noite, também não me dei bem e o medico orientou-me a fazer uso pela manhã.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marco

          Eu também tomo o meu pela manhã. Normalmente, quem sente muito sono com o remédio, é orientado a tomá-lo à noite, de modo a passar o dia sem aquela sonolência. Mas o problema na bexiga deve ser avisado ao profissional. Tal sintoma aparece em algumas pessoas, ao usar o medicamento. E a orientação é de que devem avisar o médico.

          Abraços,

          Lu

  385. Fernando Paiva

    Boa tarde, Lu.
    Sinto que a ansiedade melhorou um pouco. Ontem houve pioras, se não foi o pior dia do tratamento. Porém, não sinto vontade para nada. Não me sinto animado, e me sinto um pouco vazio. Continuo com aquelas ideias bestas que vem na cabeça de terminar o relacionamento. Não consigo desfrutar, relaxar e aproveitar o relacionamento. Só consigo pensar coisas ruins, e só consigo imaginar o pior para nós 2. Tenho medo do remédio não fazer efeitos em cima dessa situação.

    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nando

      Você precisa confiar na resposta do remédio. Quanto mais confiante tornar-se, mais seu organismo reagirá bem. Há pessoas em que as respostas são mais lentas, até o organismo atingir o equilíbrio desejado. Você não pode acelerar o processo. E esse desânimo ainda é natural.

      Nando, converse com seu médico sobre as ideias ruins, pois ele poderá lhe passar um ansiolítico específico, que irá contornar esse problema. Uma dúvida: seus pensamentos ruins são relativos apenas ao namoro? Quanto começar a ter problemas ruins, desvie a atenção, preencha sua mente com outra coisa. Não dê espaço para eles. Mas não deixe de relatá-los a seu médico, certo? E retire a palavra “medo” de sua vida. Ela só nos faz regredir. Você não é POP?

      Abraços,

      Lu

  386. Carolini Passos

    Boa tarde Lu, boa tarde a todos

    Hoje está completando exatamente 20 dias com o scitalax, achei que estava quase no 100%, pois na segunda da semana passada eu me senti como se não tivesse mais nada, mas logo depois vieram alguma preocupações e medo de novo. Estou quase voltando de férias do trabalho e só agora tive coragem de viajar, pois o medo de passar mal não me deixava. Consegui vir para casa da minha vó, em Miracema divisa com Minas,mas estou sempre acompanhando os comentários de todos aqui. O que tem me preocupado bastante é meu desanimo. Não tenho vontade de fazer quase nada, e tenho sentido muita coceira e pinicação nas mãos, como disse, quando fui jogar na net, apareceu logo esclerose múltipla. Agora estou com esse medo na cabeça, que não me deixa relaxar,sempre com medo de alguma coisa. Queria saber se já era para o remédio ter feito efeito. Não vejo a hora de sair logo dessa.

    Obrigada Lu, por suas palavras! E força a todos!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Lindinha, se isso a consola, devo lhe dizer que existem mais duas pessoas aqui com a imaginação fértil para doenças, como você… risos. Vocês formam o trio mais criativo do blog. Parecem até minha sogrinha (que Deus a tenha) que era hipocondríaca. Numa semana ela passava por um variedade incomum de enfermidades. Mas o melhor é que na semana seguinte ela mudava o cardápio das doenças… risos.

      Quer dizer que a Carol ainda está encucada com a esclerose múltipla… Vou aí dar-lhe umas boas palmadas, principalmente agora que está perto do meu Estado. Amada, dá para preencher essa cabecinha aventureira e criativa com outras coisas boas? Contate o seu médico e verá que a pinicação e a coceira são também efeitos do remédio. Não procure chifre em cabeça de cavalo… risos.

      O efeito do remédio varia de pessoa para pessoa. Uns já o sentem na segunda semana, enquanto outros podem levar até um mês, sendo a melhora paulatina. Mas não se preocupe com isso. Apenas viva da melhor forma possível. Procure aceitar o seu tratamento com naturalidade, sem cobranças… Deixe seu corpo agir sem pressão. Relaxe. Faça outras coisas prazerosas.

      Eu também tenho os meus piques de desânimo, principalmente na parte da manhã. Acho que já estou precisando de voltar ao psiquiatra para aumentar a dosagem. Mas isso não me amedronta. Sou tranquila quanto ao tratamento, e só tenho a agradecer por poder usá-lo. Sou feliz porque aceito os reveses da vida. Procuro olhar sempre para frente, sejam quais forem os momentos. E os problemas possuem o tamanho que damos a eles. Pense nisso!

      Parabéns pela viagem à casa de sua avó. O espírito guerreiro já está se mostrando.

      Um grande beijo,

      Lu

  387. Cyn

    Oi, gente!
    Como vocês, também vivo sempre lutando contra essa correnteza… Os eventos da vida derrubam-nos e parece que cada vez temos menos forças para voltar do fundo do poço. Me sinto impaciente, irritada, sem esperança, com raiva de mim e do mundo! Vontade de morrer…

    Gostaria de saber das experiências de vocês sobre o escitalopram e o aumento de peso. Vocês engordaram? Estou tomando junto com bupropriona (150mg), há 3 dias, e ainda não vejo sinais de melhora, e só sonolência e desânimo, além de dor de cabeça. Estou morrendo de medo de engordar! Tenho tomado bupropiona há um bom tempo, mas ela somente não adiantou para segurar minha onda.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cyn

      Você caiu no cantinho certo, onde tentamos nos ajudar mutuamente, fazendo com o desespero desapareça, pois somos da turma do POP (pacientes, otimistas e persistentes). E você também será uma de nós.

      Morrer!? E deixar este mundão maravilhoso do qual temos muito ainda a desfrutar? De jeito nenhum. Queremos viver muito e bem. E para isso guerreamos com todas as nossas forças. E com isso, o nosso poço está cada vez menos fundo. Nunca mais repita essa frase.

      Embora no princípio passemos por dissabores com os efeitos adversos, depois que o remédio acostuma-se ao organismo, passamos a ter uma vida maravilhosa. Poderá ver os relatos nos comentários. Mas é preciso ser POP.

      Como já deve ter lido aqui, cada organismo reage de um modo diferente. Não há como dizer se você irá engordar ou emagrecer. Somente o tempo dirá. Eu emagreci, pois me tirou toda a fome. Há casos em que as pessoas ganham peso. Mas tudo isso é controlado pelo médico, que tomará as medidas necessárias. Ademais, é muito melhor ganhar uns quilinhos a mais e ser uma gordinha feliz do que uma magrela abilolada. Pode ser que você emagreça, como aconteceu comigo. Não seja apressadinha. A melhora, normalmente, começa a aparecer após duas a três semanas.

      O oxalato de escitalopram é uma das substâncias mais modernas e efetivas encontradas no mercado. É, provavelmente, o antidepressivo mais receitado. Basta ver os comentários aqui. Vá com calma e tranquilidade. Seja POP. E logo a vida voltará a sorrir.

      Cyn, é um prazer recebê-la aqui. Volte sempre para nos falar como anda o seu tratamento.

      Beijos,

      Lu

      1. Cyn

        Obrigada Lu!
        Vamos que vamos…espero em algumas semanas trazer boas notícias a vocês.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cyn

          Não há nada a agradecer. Estaremos esperando as novidades. Não suma!

          Beijos,

          Lu

      2. Marcia Mateo

        Tomei Excitalopran por 9 meses, sendo 7 meses de 10mg e 2 meses de 15mg. Depois do quarto mês, eu me sentia sonolenta, apática, com a sensação de não ter energia, nem capacidade para planejar algo, cumprir compromissos jamais. Engordei 6 k. Conversei com o psiquiatra que não gostou que tomei a iniciativa de parar o medicamento. Senti-me abandonada, quando sugeriu que eu procurasse outro profissional. Ele me receitou a Bupropiona. E agora?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Márcia

          Seja bem-vinda a este espaço e junte-se à nossa família.

          Realmente os psiquiatras ficam raivosos quando o paciente para por conta própria, o que aumenta a responsabilidade deles em relação ao tratamento. Ao sentir os efeitos adversos, você deveria ter se comunicado com ele, que estudaria o seu caso. Resta saber se ele a advertiu de que não poderia parar a não ser com o consentimento médico.

          Agora é vida nova. O que passou, passou. O cloridrato de bupropiona é um antidepressivo. É também muito usado. E, pelo que parece, não traz o risco de o paciente engordar. Talvez seja por isso que ele lhe passou esse. Tome-o sem medo. Aqui no blog muitos comentaristas tomam-no.

          Se não estiver gostando do seu psiquiatra, procure outro. A empatia é muito importante. Não há porque se sentir abandonada. E além disso você tem um monte de amigos aqui. Não se sinta só. Retome seu tratamento, para que as crises não voltem mais fortes. E sempre relate a seu médico como está sentindo.

          Abraços,

          Lu

  388. Saga

    Oi gente,

    acabei de acordar e vim correndo aqui falar com vocês: Quem está iniciando o tratamento, não desista, mantenha-se firme! Estou há 19 dias me tratando com o escitalopram 10mg (7 dias iniciais de 5mg) e há cerca de 1 mês e meio com 150mg de bupropiona. (Acompanhamento com um Neurologista)

    No começo, como relatei em outro comentário, fiquei péssimo! Cheguei a me sentir pior do que estava antes, o sono pesado demais, dificuldade para me levantar, um desânimo absurdo que parecia que o mundo estava em minhas costas… Sensação terrível.

    19 dias após tudo, já melhorou muito! Já não tenho mais a dificuldade para me levantar, o desânimo melhorou, ainda me sinto um pouco preso, travado, mas sei que vai passar. Hoje eu já consigo refletir, e dizer para vocês que eu nunca imaginei como eu subestimei essas doenças mentais. Como elas roubavam-me a vida e eu não percebia!

    Ontem tive uma experiência que me fez ter a certeza disso, resolvi estudar sobre um assunto que eu sempre fracassava… Cheguei a pensar que era algo que não era pra mim! Por mais que estudava, não entrava na cabeça. Mas ontem comecei a estudar e tudo fluía! Eu conseguia entender! Absorver! Não conseguia nem acreditar! Era algo que eu gostava tanto, queria tanto aprender mas tanto fracasso ao tentar, já tinha me feito desistir.

    Então eu digo pra vocês, que ainda estão em dúvida de procurar um médico e iniciar um tratamento: Procurem logo! Não fiquem perdendo tempo, a vida é valiosa. Sei que as coisas ainda vão melhorar mais, que é questão de tempo, mas a evolução já é extremamente notável. E pra quem já está se tratando, não desanimem com tratamento, não parem de tomar a medicação, eu sei que é ruim no começo e que parece insuportável, mas vai passar.

    Obrigado a Lu e a todos vocês!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      O seu comentário encheu-me de alegria, tanto por saber que está se sentindo cada vez melhor, depois de passar por tantos temporais, quanto por ver o incentivo que é dado a todos os que estão passando por isso.

      Nesse tipo de tratamento só há um caminho a seguir: ser POP (paciente, otimista e persistente). Fora disso é chover no molhado. Jogar dinheiro fora. Iniciar e retroceder, numa infindável e sofrida caminhada. Com piques de sofrimento cada vez maiores, até que se tornem permanentes.

      Espero que todos leiam o seu comentário e se imbuam das verdades nele contidas. Parabéns pelo avanç!

      Abraços,

      Lu

    2. Cida

      Olá, boa tarde!

      Ando acompanhando o blog, e os comentários postados aqui têm me deixado mais otimista para enfrentar essa jornada contra a TAG. Estou tomando o escitolapram, há 30 dias. O início realmente é bastante complicado, pois as reações são horríveis, potencializaram minha ansiedade e parei no hospital com a pressão 14 por 9. As sensações de desmaio eram a todo momento. Agora, após a fase inicial me sinto um pouco mais disposta, a falta de ar quase não existe mais. Espero que de acordo com o andamento do tratamento, as melhorias sejam maiores, uma vez que em nenhum momento pedi afastamento do meu trabalho, que apesar das reações, vinha para o mesmo, sem saber o que poderia acontecer no decorrer do dia.

      Um abraço, e força para todos!

  389. Felipe Silva

    Boa noite, Lu!

    Fiz uma coisa errada, estou com a síndrome da ansiedade e viajei sozinho 750 km, dirigindo, mas já estou em tratamento faz 25 dias. Foi tudo tranquilo, pois logo ao começar a viagem eu tomei um Frontal SL e viajei confiante, graças a Deus. Só que agora estou em casa e sinto minhas mãos suando, quando estou vendo televisão e um pouco tonto, isso é normal será? Eu sei que varia de pessoa a pessoa, mas quanto tempo que o Eficentus faz o efeito 100%?

    Aguardo. Beijos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Felipe

      Menino, onde anda o juízo? Precisa levar umas palmadas. Você jamais deveria ter feito uma viagem tão longa assim, e ainda mais sozinho. Sem falar que o Frontal é um ansiolítico, portanto, pode provocar sonolência e outras consequências impróprias para quem está dirigindo. Trocando em miúdos, você não está apto para dirigir, pois suas habilidades podem estar reduzidas com o tratamento. Foi inconsequente, mocinho. Fiquei estupefata. Quanto ao que está sentindo, está dentro do quadro de reações do Eficentus (nome fantasia do oxalato de escitalopram). Procure ficar calmo e relaxar. Pode ser também do cansaço e da tensão da viagem. Se notar que tais reações estão aumentando, converse com seu médico amanhã.

      Fiz um novo artigo sobre o oxalato de escitalopram, denominado INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM. O link encontra-se na parte final deste mesmo texto. Poderá também procurar em “pesquisar” ou no ÍNDICE.

      Quanto ao efeito 100% do remédio, isso demanda muitas variáveis. Portanto, procure não se preocupar com isso. Faça o tratamento com alegria e aceitação. Seja POP (paciente, otimista e persistente), e todo o resto virá com acréscimo.

      Um grande abraço e uma boa semana,

      Lu

  390. Marco Dantas

    Salve, pessoas do blog mais acolhedor!

    Desejo que vocês continuem evoluindo, enquanto seres insubstituíveis, encontrando sentido nas coisas simples que dão sabor à vida. Que amanhã o dia nasça com a luz que brilha em cada um de vocês. Sei que que não é fácil, pois cada um sabe a cruz que tem de carregar, só peço uma coisa: acreditem que todos nós temos objetivos, missões a cumprir. Outras pessoas dependem de nós. Ninguém veio a essa vida de graça, temos responsabilidades. Somos uma ínfima parte do Universo, e ainda assim, faremos falta se não estivermos aqui. Deixo-lhes umas palavras simplórias, nem por isso repletas de significados, do baiano Dorival Caymmi:

    “Gostar de si mesmo, sem egoísmo. Apreciar as pessoas em volta. Cuidar da saúde mental e física. Gostar dos seus horários. Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida. E não abrir mão de ser feliz. A busca da felicidade já justifica a existência.”

    Cada um de nós carrega um quê de eternidade. Beijo e abraço em todos(as) e que esta semana seja melhor para todos nós!
    Força sempre! Estamos no mesmo barco da existência. \0/

    Marco

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco

      Uma excelente semana para você também. Sempre ficamos felizes com suas mensagens. Fale deste blog acolhedor com seus amigos. Ajude-me a espalhar este Vírus (bom)… risos.

      Abraços,

      Lu

  391. Marco Dantas

    Boa noite, Guerreiros e Guerreiras!

    Inicialmente, desejo a todos, votos de esperança e disciplina no tratamento. Saibam que a empatia é um sentimento que se irradia pelo ar. Este nobre sentimento, revela-se ao sentir o que o semelhante também sente. Se dói o coração do próximo, o ser empático sente essa mesma dor. Nossa dor é imperceptível para a maioria das pessoas, mas nós sabemos o que significa sangrar na alma, sem ver o rubro escorrer, e o quanto dói. Por isso, amigos e amigas, sintam-se abraçados(as). Que a energia circundante na Terra, possa levar-lhes uma centelha de força para continuar se sentindo amados e servindo o próximo.

    Depois de um mês de tratamento, vencido o período de fortes reações do Scitalax (10 mg), tenho colhido bons resultados. Claro, volta e meia, me pego prostrado. E aí quero fazer um alerta: muitas pessoas sentem-se desanimadas. No meu caso, compreendi que na realidade, o que pensava ser desânimo, era prostração. Muito embora, dicionários conceituem prostração como desânimo profundo. Eu criei um novo significado para prostração: “estado robótico que paralisa, é neutralizado quando o indivíduo decide movimentar-se”. Assim, o desânimo, eu penso ser o sentimento negativo que nos deixa enfraquecidos para realizarmos as atividades que nos fazem bem, tirando toda a vontade de sair da cama. Já a prostração é aquela frieza indiferente a tudo. Agora, a linha tênue que difere prostração de desânimo: na prostração, eu digo: “Marco, levanta. Tá na hora de ir trabalhar. Tá na hora da faculdade. Vamos, hora do treino. Vamos, hora de brincar de fazer menino.

    Abraço e beijo a todos(as).

    Marco Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Que maravilha! Quanta disposição! Estamos todos mirando no seu exemplo. Estamos mais preparados do que os guerreiros de Esparta. Nem os romanos poderão nos vencer com seus gigantescos exércitos. Sabia que somos POP? Pacientes… Otimistas… Persistentes!

      Agradecemos o seu carinho e desejamos-lhe um bom domingo junto à sua família.

      Lu

  392. Fernando Paiva

    Boa noite, Lu

    Tenho 25 anos de idade. Eu espero que esse remédio possa ajudar a fazer a minha felicidade voltar. Obrigado pela ajuda que você tem proporcionado. Minha vontade é exatamente essa. Deixar acontecer, ficar tranquilo e deixar levar com leveza o relacionamento. Mas não consigo, parece ser muito mais forte do que eu. Não sei o que fazer. Não sei se é pela doença, ou sei lá.

    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nando

      Você ainda é um bebê. Eu tenho a sensação de que está doidinho para enfiar uma argola no dedo. O que é isso, pirralho? Para que se preocupar agora com relacionamentos muito sérios? Vá levando a vida amorosa com calma, até encontrar o momento certo de subir os degraus do altar… risos. Outra coisa, elimine de sua vida a frase “Não consigo…”. Seu cérebro capta isso é acha que é verdade… risos.

      Um abraço bem forte,

      Lu

  393. Kelly

    Oi, Lu!

    Obrigada pelas palavras carinhosas e esclarecedoras. Como já disse antes, é reconfortante poder falar sobre esse assunto com pessoas que dividem as mesmas lutas e sabem que isso não é “frescura”, nem “um meio de chamar a atenção”. Quem navega por esse mar sabe o quanto ele é instável e cheio de surpresas (nem todas agradáveis, infelizmente!).

    Suas dicas sobre os sintomas que a medicação causa e o tempo que geralmente leva para dar resultados, é “Terra à vista!” para quem costuma ficar meio perdido em momentos, onde tudo parece confuso. Onde muitas vezes o excesso de informação confunde. Ou como diz uma amiga, “Deixa mais coisado, aquilo que já está uma coisa”. Seu direcionamento, faz o oposto! Descoisando as coisas que estavam coisadas! rsrsrs…

    É de fato muita coisa para assimilar! Mas com POP, a gente chega lá! Mais uma vez, obrigado por ser um farol neste mar escuro e revolto. Quanto ao ansiolítico, o meu clínico havia me receitado o Rivotril. Mas como estou tomando a Bupropiona e o Escitalopram fiquei com um pouco de receio. (será que tem problema? Afinal, a falta de sono acaba com qualquer um!) Eram tantas coisas pra falar no dia da consulta com o psiquiatra, que acabei esquecendo de dizer a ele. E como tenho que viajar mais de 600 km para cada consulta…

    Beijos no coração

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kelly

      Vamos “coisar a coisa” a respeito do ansiolítico. Pode tomar o rivotril sem receio, conforme lhe indicou seu médico. Muita gente aqui faz uso dele, sendo o segundo mais usado no Brasil. Realmente o sono é fundamental para o nosso equilíbrio. A falta dele enlouquece qualquer um. Sem falar que é muito benéfico para nosso tratamento o fato de dormir bem à noite.

      Viajar 600 km para uma consulta é cortar muito chão, menina. Em que região do Brasil você mora (não precisa dizer a cidade)?

      Percebo-a bem mais calma, o que me deixa feliz. Conte conosco!

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Kelly

        Oi, Lu!
        Estou mais calma, graças a Deus! Ainda nessa montanha russa emocional… Mas, por hora estou melhor! Moro em MS, na divisa com nosso vizinho Paraguai! Põe chão nisso… Cidades pequenas como a minha, não dispõem de especialidades médicas. Os recursos são limitados. Uma triste realidade desse nosso amado país que não proporciona uma saúde de qualidade a todo o seu povo. Mas, com todo bom brasileiro, não desistimos nunca!

        Beijos,

        Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Kelly

          Você é mesmo POP! E isso me deixa muito feliz. É isso, minha amiguinha, sempre buscando o equilíbrio emocional, fonte de nossa qualidade de vida.

          Como é bom saber que possuo uma nova amiga lá longe… Moro nas Minas Gerais. É nessa hora que sentimos o quão fantástica é a internet. Repasse o endereço de nosso blog aí para seus contatos. Vamos espalhar o Vírus da Arte… risos.

          Realmente a saúde ainda fica a desejar em muitos pontos do país, principalmente nas regiões Norte e Centro Oeste. Mas mantenha-se ligada conosco, pois pelo menos algumas dúvidas poderão ser tiradas. Além de ser uma delícia ter a sua companhia. Você escreve muito bem, sabia? Parabéns pelo carinho com a nossa amada língua portuguesa.

          Um beijo no coração,

          Lu

        2. Kelly

          Boa noite, galerinha POP!

          Oiiii Lu! Tudo bem?

          Vim agradecer pelo carinho, gentileza e as informações que você transmite em cada resposta. É muito bom compartilhar as dúvidas e saber que não estamos sozinhos neste mar revolto de sentimentos e emoções complexas.

          Quanto a mim, creio que o medicamento já começa a surtir algum efeito (Aleluia!). A ansiedade está diminuindo e as crises estão mais amenas (Graças a Deus!). Ficar nessa dança com antidepressivos é muito ruim. Afinal cada vez que se experimenta uma nova medicação… Entramos novamente numa montanha russa emocional. Mas devemos ter esperança, coragem e muita fé nestes dias ruins que a tão nossa conhecida “deprê”, nos condiciona.

          Fico feliz por ter encontrado este cantinho tão especial, que acolhe e conforta a todos nós que por aqui passamos. Mais uma vez, parabéns pela iniciativa e pelo carinho que dedica a cada um de nós… Sejamos, mineiros, ou sul-mato-grossenses! Seu carinho é… “Sem fronteiras”. Rsrsrs

          Beijos no coração!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Kelly, fofinha!

          É assim que gosto de senti-la, com esse astral lá em cima, acreditando que todos nós temos direito à felicidade. Afinal somos todos POP… risos. E como é bom saber que o antidepressivo já está cumprindo o seu verdadeiro papel. Montanha russa agora só se for para brincar nela. As emoções irão ficar contidas nos seus devidos lugares.

          E este cantinho também gosta de tê-la aqui, pertinho de nosso coração. Realmente, aqui todos são irmãos, venham de onde vier. As únicas fronteiras são as do coração… risos.

          Kelly, gostaria muito que você também lesse outros artigos no blog, agora que está cada vez mais cintilante… risos. Temos uma variedade de assuntos, à escolha.

          Grande beijo,

          Lu

  394. Lillicca

    Oi Lu!

    Passando para agradecer a resposta da apressadinha aqui, rsrs. De onde vem tanta inspiração, menina? Você tem o dom da palavra! Sempre carinhosa e precisa nas respostas. Passei a tarde lendo seu blog. Morro de medo de contaminação, mas descobri um vírus que não me intimida: O vírus da arte!

    Adorei o blog. Parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Oi, Lilica!
      Senti-me feliz ao encontrar seu comentário, pois pensei que não mais voltasse. Bem, confesso que sempre adorei escrever. Desde meninota já fazia poemas de pés quebrados e enchia diários. É o meu único talento. Além disso, tenho grande respeito pelo leitor, que além de vir aqui e prestigiar o blog com sua presença, ainda deixa o seu comentário. Ser carinhosa com ele é o mínimo que deverei fazer.

      Quero demais que você seja contaminada por este vírus, mais do que isso, viciada nele, para que não deixe um só dia de visitá-lo… risos. E, além do mais, você é uma pessoa adorável, bem-humorada, e fará bem a todos nós.

      Beijo no coração,

      Lu

  395. Fernando Paiva

    Lu, boa tarde!
    Aqui estou de volta!

    De ontem para hoje, os pensamentos ruins deram uma diminuída. A ansiedade praticamente não existe mais. Porém, ainda não sinto muita vontade para fazer as coisas. Me sinto ainda um robô…rs. Eu queria fazer essa relação dar certo sabe? Tento sempre ser o mais positivo possível. Mas não consigo… Parece que tem uma força dentro de mim que me bloqueia para me entregar e ficar tranquilo. Só queria que isso mudasse, e a minha vontade de viver e a alegria voltassem, para que eu tivesse uma relação tranquila e leve. Parece que as coisas ruins pesam mil toneladas e as coisas boas pesam pouco.

    Você entende como eu me sinto? Sinto um peso enorme, parece que não consigo controlar o que eu penso! Como você disse, espero que o remédio faça efeito. Hoje é o 16º dia que eu tomo o remédio. Sem ser essa semana, na outra, vou ver ela.

    Grande abraço

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nando

      Que maravilha! Os efeitos do remédio já começam a ser sentidos. E você continua POP (paciente, otimista e persistente). Curta essa pouca vontade de fazer as coisas, pois ainda terá que trabalhar muito na vida… risos.

      Penso que você deveria trabalhar essa preocupação em fazer dar certo a relação. Não tenha isso como imperativo. Deixe que as coisas aconteçam normalmente. Quanto mais se desligar delas, mais agirá com naturalidade. Nada de carregar tudo nas costas. Aí terá que ser robô, mesmo… hahaha.

      A entrega na relação deve acontecer com o tempo, após um amadurecimento do namoro. É normal essa dificuldade sentida no início. Somente os indianos, para darem golpes nas brasileiras, apaixonam-se no segundo contato virtual e já as pedem em casamento… risos.

      É claro que eu entendo como se sente. Ser feliz é a busca de todo homem e mulher. Faz parte da condição humana. Mas veja bem, você está apenas no 16º dia de tratamento. Daqui para frente tende a ser cada vez melhor. Se não achar incômodo, gostaria de saber qual a sua idade, para que eu avalie melhor sua vontade de engatar um relacionamento mais forte.

      Então irá encontrar a gatinha logo, logo… Já estou vendo a sua carinha de felicidade. Mas procure não ficar pensando nisso. Cada coisa no seu tempo. Muita expectativa estraga a alegria do encontro, pois nossa imaginação é muito mais fértil do que a realidade. Estarei aqui torcendo! Outra coisa, pare de ficar se analisando o tempo todo. Seja apenas você! E vida para a frente!

      Um grande abraço,

      Lu

  396. Lilica

    Deixei um comentário que não foi publicado! Uma pena. Por ora agradeço os comentários dos leitores e respostas tão atenciosas, carinhosas e esclarecedora da Lu.
    Parabéns Lu. Fiquemos bem!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lilica

      É uma pena que eu não tenha recebido o seu comentário. Não pense que o tráfego virtual é 100%. Muitos e-mails são desviados ou são bloqueados pelo programa como “Tentativas de login maliciosos” ou “Comentários de spam bloqueado pelo Akisment”, sendo que eu nem tenho acesso a eles. Quando caem na caixa de spam, ainda posso revertê-los. A máquina minha amiguinha, também tem as suas falhas. Inclusive deixei um comentário alertando sobre isso, e pedindo a quem não obtivesse resposta, para me avisar.

      Lilica, tenho um carinho especial com os comentaristas desta parte do blog, pois sei que muitos necessitam de uma resposta urgente, para lhes acalmar o coração. Muitas vezes, fico até a madrugada, para atendê-los. Gostaria que me enviasse de novo. E já sabe, na falta de resposta, cobre-me… Procuro não deixar nenhum sem resposta.

      (Seu e-mail está errado, esta mensagem também voltou. Reveja-o.)

      Beijos,

      Lu

  397. Kelly

    Olá! Bom dia Lu!

    Navegando pela net encontrei o site. Lendo os textos e comentários, é bom saber que não estamos sós nesta dura jornada que é a depressão! Sofri muitos anos com ela, sem saber o que era exatamente. Quando fui pela primeira vez ao psiquiatra, e me diagnosticou (na época com depressão leve), saí do consultório me sentindo perdida. Tomei durante algum tempo o remédio prescrito. Reconter 10 mg. Depois, como notei por aqui, fiz como muitos, parei por conta própria.

    Sempre fui gordinha, e sempre enfrentei preconceitos por isso. Acabei me isolando, não saía de casa a não ser pra ir ao trabalho. Como sofro de uma ansiedade monstruosa… Acabei engordando demais. Chegando à obesidade mórbida. Fiz inúmeros regimes, que sempre acabavam (depois de uma perda significativa de peso), quando recuperava o peso perdido, e muitas vezes em dobro. Me sentia um lixo por não conseguir manter as dietas. Resultado? Comecei a ter inúmeros problemas causados pelo excesso de peso. Diabetes, esteatose hepática, entre outras. Depois de passar por vários médicos, acabei sendo indicada para a cirurgia bariátrica. Depois de quase um ano de consultas, exames, laudos… Operei!

    Hoje, quatro meses depois da cirurgia, vivo um dos piores momentos da minha vida. Logo depois da cirurgia, comecei a me sentir desanimada, triste, angustiada, desesperada… Perdi a vontade de viver. Era como se o mundo tivesse perdido a cor, o sabor. Era como se nada mais tivesse sentido. Antes da cirurgia, passei pela avaliação do psiquiatra, e esse me receitou donaren de 50 mg, 1 vez ao dia, antes de deitar. Parei a medicação durante o pós cirúrgico. Voltando pra casa, os sintomas foram apenas piorando e eu só queria chorar… Voltei à psicóloga que me atendia no pré cirúrgico, e depois de algumas sessões me disse que deveria voltar ao psiquiatra.

    Lá fui eu novamente! Mas não consegui mais localizar o mesmo profissional que havia me atendido antes. Então busquei outro… Esse, a princípio me receitou o bupropiona de 150 mg 2 vezes ao dia. Tomei essa medicação por mais de um mês e na última semana retornei ao consultório, como o médico havia me pedido. Essa medicação parecia não me ajudar muito, pois quando tomava o segundo comprimido, me sentia angustiada, como se meu coração fosse sair pela boca… Quando conseguia chorar, aquela “dor”, parecia aliviar. Mas quando não… Parecia que meu coração iria explodir de tantas emoções que sentia, sem mesmo conseguir identificá-las.

    Dizendo isso ao médico, ele diminuiu a dosagem do bupropiona para 150 mg dia. E um comprimido de 10 mg de escitalopram. Hoje estou no quinto dia! Desde que iniciei, estou tendo problemas para dormir. Durmo apenas umas duas ou três horas, e depois passo o resto da noite feito zumbi. Meu humor parece estar numa montanha russa… Ou rodopiando num carrossel de emoções e sentimentos. Estou afastada do trabalho… Mal consigo sair de casa. A sensação é angustiante…! Desculpe pelo “jornal”! Mas poder dividir isso com pessoas que enfrentam dificuldades semelhantes, é reconfortante!

    Obrigado! E parabéns por essa iniciativa!

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kelly

      Fico impressionada com a quantidade de guerreiros e guerreiras que aportam neste blog! Deste jeito iremos dominar o mundo… risos. Antes de mais nada, minha terna Kelly, quero dizer-lhe que é um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho, onde formamos uma grande família para falar de nossas tristezas e alegrias, derrocadas e sucessos… mas sempre buscando sermos felizes, apesar de tudo e contra tudo que possa impedir esta nossa busca. Nosso lema é ser POP (paciente, otimista e persistente).

      Amiguinha, qualquer forma de intolerância, que atinge o outro na sua essência, é monstruosa e abominável. Como a nossa cultura ocidental não nos ensina que o intolerante é a maior vítima de sua própria estupidez, acabamos por lhe dar uma valorização que não merece. Deixamo-nos machucar por suas palavras e ações, como se tivéssemos o poder de fazê-lo pensar diferentemente daquilo que é. Ledo engano! Ninguém muda ninguém. Mas nós podemos mudar a nossa visão sobre essas pessoas, senão enxergar o que realmente são: mesquinhas, ridículas e insensatas. E, em consequência, postá-las no nosso gráfico como um zero à esquerda. Somente nós podemos permitir que nos machuquem e mais ninguém. É difícil? É! Mas este aprendizado será muito importante para nossa vida.

      Parar por conta própria o uso de antidepressivo tem sido realmente um grande erro, pelo qual acuso, principalmente, a falta de orientação por parte dos médicos responsáveis pelo tratamento. Isso já deveria ser dito na primeira consulta, apontando ao paciente todos os riscos. Mas agora já sabe. Não faça isso mais. Siga direitinho as prescrições médicas.

      A sua obesidade tinha como pano de fundo essa ansiedade gritante que carrega dentro de si e que pesa muito mais do que pesava seus quilos desnecessários. É nela que está o cerne da questão, pois leva à compulsão por comida. Combatendo-a, terá sempre um peso equilibrado. Contudo, Kelly, além do remédio, é preciso modificar a sua maneira de enxergar a vida. Mudar condicionamentos. Ser menos exigente, mais tolerante, perdoar, sempre se lembrar que cada pessoa encontra-se numa escala diferente de crescimento interior, e, portanto, não é possível exigir que todos ajam igualmente ou segundo o nosso modo de pensar. Temos que domar nossas emoções e racionalizar sempre. Somente os poetas e poetisas podem usar o desvairamento de suas emoções, na escrita, e apenas como liberdade poética… risos. Nós outros necessitamos trazê-las no freio, sob pena de elas tomarem conta de nossa vida. Precisamos viver mais soltos, sem dar muita importância a tudo que nos acontece. Eu venho fazendo isso ao longo de minha vida, com muitos acertos e erros. Mas seguindo em frente… (Deixa a vida me levar… vida leva eu…)

      Essa depressão pós-cirurgia bariátrica é muito comum. A maioria das pessoas passam por ela. A princípio vem a euforia, depois de conseguido aquele intento tão buscado. Depois baixa a depressão, como se nada daquilo tivesse mais importância. Penso que você deveria estar amparada por um antidepressivo logo após a cirurgia, até mesmo para ter suporte emocional para fazer a terapia com a psicóloga.

      Kelly, o importante é o agora. É daqui que você tem que caminhar para equilibrar a sua vida. Todos os problemas citados (insônia, instabilidade emocional…) são normais ao início do tratamento com oxalato de escitalopram. Mas, à medida que essa substância vai se concentrando no organismo, as sensações adversas vão desaparecendo, até sumirem (Xô!). Isso pode durar até três semanas, pois varia de organismo para organismo. E depois virá a alegria suprema de ser outra pessoa, livre de todas essas inhacas que aatormentam. Mas é preciso ser POP, ou seja, ter muita paciência, muito otimismo e uma persistência inabalável. Repita para si, o dia todo: “Eu sou POP!). Ah! Peça a seu médico uma ansiolítico para dormir.

      Outra coisa, você é extremamente inteligente. Capta tudo com muita facilidade. É simplesmente maravilhosa! Está intimada a vir nos visitar diariamente, assim como a conhecer outras partes deste blog. Não queremos ficar distantes de sua companhia. Vamos acompanhar toda a sua reabilitação. Eu acredito em você, amiguinha!

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Kelly

        Lu

        Andei um pouco sumida nesses dias. Correria, net ruim… Mas, cá estou novamente!
        Bateu saudades… Andei dando look pelo blog. E devo te parabenizar pela maravilha que ele é! Você tem o dom da escrita, das palavras “bem ditas”. A variedade de conteúdos, e a propriedade com a qual escreve sobre eles é de fato uma maravilha! Parabéns por essa luz no “quase” fim do túnel.

        Hoje estou no meu 13° dia de escitalopram. As crises mais agudas (digamos assim!), estão mais amenas. Ainda sinto o vazio existencial (o que tenho trabalhado em terapia), o medo de uma recaída ainda me preocupa bastante. Mas tenho tentado me manter firme no propósito de não desistir. De continuar nessa batalha interior e vencer esses monstros criados pela depressão e pela ansiedade. Por todo esse excesso de passado e futuro que brigam entre si, e tentam me enlouquecer… (Não vou dar esse poder a eles).

        A medicação tem me ajudado muito nesta batalha diária. Outro dia me disseram: “você vai virar um zumbi, dependente de remédio”. Mal sabe essa pessoa que tenho vivido numa verdadeira “Divina comédia”. E se esses medicamentos me ajudam nesta difícil travessia… Viva ao modo zumbi de ser! Só quem sabe o que é perder a vontade de viver, não ver sentido nem as cores que a vida tem… Olhar ao redor e sentir como, diria Raul Seixas ” Eu nasci a 10 mil anos atrás…” E estou cansada demais! Quando o choro é fruto de uma dor tão profunda que a própria alma se cala… Ninguém pode julgar ou mensurar a dor de um coração. Essa enfermidade, adoece a alma. E a alma só é tocada por Deus! É o mistério entre Deus e a gente.

        Com a medicação, estou sentindo como se a poeira estivesse baixando. E com ela baixando, começo a ver melhor as coisas. Começo a distinguir coisas que essa “tempestade” tirou do lugar… Algumas realmente precisavam ser arrancadas da prateleira. Precisam ir pro lixo e dar lugar a coisas novas. Hoje, quero dizer a todos que estão desanimados, tristes e pensando em desistir… Não faça isso! Insista! Dê a você mesmo uma chance de tentar novamente.

        Estou aprendendo a viver um dia de cada vez… Hoje passei por algumas chateações… Mas preferi ocupar minha mente com algo mais produtivo! Quando não consigo… Dou a mim mesma o direito de chorar… Jogar fora a dor que me angustia! A vida costuma acontecer neste “equilíbrio” entre a dor e a alegria! Somos mais sensíveis, sentimos tudo mais intensamente e isso nos desgasta e nos torna mais vulneráveis. Mas, isso não significa que devemos nos condicionar a uma vida de sofrimentos… Cabe a nós, buscarmos uma ordem que nos satisfaça em meio ao nosso próprio caos.

        Foco, força e fé… Isso pode nos manter de pé! ( Até rimou… rsrsrs…). Sejamos POP. Pois o condicionamento diário dessa atitude gera benefícios a longo prazo. E aliados a uma boa medicação podemos nos dar uma melhor condição de vida!

        Desculpe pelo “jornal”. Acabei me empolgando!

        Beijos no coração.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Menina Kelly

          Eu já estava sentido saudades suas, mas pensando com os meus botões que não tardaria a aparecer. E qual não foi a minha surpresa ao receber este seu comentário tão animador, cheio de coragem e ânsia de viver. Menina, você é POP, é fantástica, é maravilhosa. Você é uma das grandes guerreiras de nossa tribo POP. É força, é coragem, é exemplo de vida!

          Nosso blog está mesmo muito fofo! Tenho por ele um grande carinho, querendo dar sempre o melhor de mim. Até hoje não aceitei propagandas, para não deixá-lo feio. Não estou à cata de dinheiro, mas de levar cultura e arte para o meu povo e outros tantos que o acessarem. Cresce a cada dia mais o números de acessos. Ele está com uma excelente cotação na sua temática. Encontra-se entre os melhores do mundo. Nós somos muito chiques. E sei do trabalho de formiguinhas que meus leitores fazem, levando-o para diversas pessoas.

          Não leve muito a sério a opinião das pessoas sobre tomar antidepressivo. A imensa maioria delas ainda não sabe que o cérebro também adoece. São ignorantes sobre o assunto. Somente agora é que as doenças mentais estão sendo discutidas com clareza. É preferível ser dependente de um antidepressivo a sofrer tais agruras. Eu sou dependente com muita alegria, pois minha condição de vida é outra, após o tratamento. Até sou elogiada na minha escrita… risos. O que prova que não virei zumbi.

          Isso mesmo, amiguinha, viva apenas um dia de cada vez. E isso já é o suficiente. Chateações? Quem não as tem? Mas elas têm o tamanho que dermos a elas. O importante é o que fazemos com elas: jogamo-las no lixo da memória. Como bem diz, precisamos dosar nossas emoções, equilibrá-las, de modo a termos qualidade de vida. É exatamente no equilíbrio entre a dor e a alegria que se encontra a arte de viver. Você é muito sábia.

          Kelly, como é bom ver a sua nova maneira de enxergar a vida! Como eu fico feliz, vendo-a desabrochar para o mundo, dando a si o merecido valor. Seu comentário trouxe-me muitas alegrias, pois todos vocês são meus filhos e minhas filhas na esperança de uma vida melhor. Ainda que virtuais, eu os amo muito. E acompanho o caminhar de cada um.

          Ah!Comecei a escrever no blog sobre a mitologia greco-romana. Acho que irá gostar muito. Continue fazendo suas turnês por ele… risos.

          Beijo no coração,

          Lu

        2. Kelly

          Oi, Lu!
          Como está a nossa garota mais POP?

          Hoje venho compartilhar uma dúvida! Fui ao psiquiatra hoje, (Retorno. A saga continua… Mais de 1000 km rodados hoje. Saí ontem de madrugada, consultei. E… #Partiu casa novamente! rsrsrs…). A dúvida é…

          Como já contei antes, tomava 300 mg de bupropiona, dia. Depois passei para 150 mg de bup. Mais 10 mg de escitalopram. Porém, Não estava conseguindo dormir mais do que 3 horas por noite. Então o médico me disse pra tomar o Donaren de 50 mg para ver se consigo dormir. Disse que me receitaria esse, pois não queria me passar um “tarja preta”. Então, disse a ele que já tomei o Donaren antes, e que não obtive bons resultados com ele. Ele me disse que iria apenas associá-lo aos outros medicamento,s para ver se funciona no quesito “sono”.

          Você sabe dizer, se essa “associação”, pode trazer algum risco? Ou… Se é realmente benéfica? (Sei que tudo varia de acordo com o organismo de cada um… Mas sempre é bom saber de algum relato). Ele também aumentou a dose do escitalopram. Agora devo tomar 1 comp. e meio por dia. E logo vai retirar a bup. E subir o escitalopram de 10mg 2x dia. Tô curiosa… Digamos assim!
          Beijos

        3. LuDiasBH Autor do post

          Menina Kelly, eu já estava com saudades.

          Quer dizer que a viajante estava na estrada hoje? Desse jeito irá dar volta ao mundo. Mas pela saúde vale o sacrifício. Eu estou ótima, sempre seguindo em frente, tentando transpor todas as pedras. Pois sempre “no meio do caminho há uma pedra”, como diz o Drummond. O importante é não retroceder, acreditando que a vida será cada vez melhor.

          Sua dosagem inicial de bupropiona era bem alta. O meu marido também toma esse medicamento, mas dorme antes de pousar a cabeça no travesseiro. Quando o questiono, ele me diz que é por que tem a consciência tranquila… risos. Para dormir, quase sempre preciso de remédio (bromazepam). O antidepressivo costuma tirar o sono de algumas pessoas. E sou uma delas. Outras, dormem em pé. Que loucura!

          Os médicos fazem muitas associações medicamentosas. Isso é normal. Confie no seu psiquiatra. Alguém já comentou que seu médico também fez associações. Mas não me lembro mais do nome da pessoa, ou em qual texto foi. Estou relutante quanto ao excitalopran 2x ao dia, pois ele deve ser tomado em uma única dose. Veja o texto INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM (ver link abaixo deste texto, ou pesquise no blog). Questione isso com seu médico.

          Observei que, tirando o sono, você está ótima. Continua POP. É assim que gosto de ver. Procure tomar um copo de leite morno antes de dormir. Evite ver TV, ficar no computador ou ler até muito tarde. Durante o dia, tome chá de camomila (3 xícaras ao dia). Suco de maracujá também é excelente para fazer dormir.

          Continue aqui conosco.

          Beijo grande,

          Lu

        4. Kelly

          Oi Lu!

          Também estava sentindo falta de “falar” contigo. Você deveria colocar um aviso no blog “Alto risco de dependência”. Tô viciadinha, já! kkkkk…

          Então, eis que ontem voltei a tomar o Donaren. Como já o havia tomado antes, não imaginei que o danado fosse me surpreender tanto quanto o fez ontem. A pessoa aqui (depois de tão longa viagem… cheguei em casa “mortinha como farofa”.), tomou o danado e logo o sono deu as caras. Caí na cama e apaguei. Por algumas horas apenas, acordei tremendo (está certo que nesta madrugada, o frio chegou causando aqui no sul do sul de MS, Chegando a 6 graus). Sentia o corpo gelado, como se estivesse sem lenço e sem documento num vento congelante. O frio era tanto que batia os dentes! A boca parecia seca. Senti até o ar faltando em meus pulmões. Levou um bom tempo para essa sensação ruim passar. Agora estou com um pouco de medo. Vou tentar falar com o médico na segunda. O ruim disso tudo é ter que passar por esse calvário. Essa roleta russa de ficar testando medicamentos até encontrar aquele que te leve literalmente à “terra prometida”.

          Mas o importante é não desistir! E como diz a canção… “Não cheguei até aqui para desistir agora”.
          Beijos, garota POP!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Kelly

          Que tempo maluco. Aqui também choveu e esfriou.Eu estava com tanta saudade de chuva, que senti vontade de sair pela rua correndo, debaixo dela. Que delícia! O frio aí não foi moleza, menina. Quanta à dependência do blog, esta se deve ao vírus (do bem) que tem por objetivo afetar as pessoas… risos. Que maravilha!

          Você relata os efeitos adversos sentidos com o uso do Donaren, mas será que o frio sentido não se tratava da mudança brusca da temperatura climática? Boca seca está com certeza ligada ao remédio. O melhor mesmo é tirar suas dúvidas com o médico. Assim ficará tranquila. Realmente temos que ficar testando remédios, até chegar àquele que nos traz o melhor efeito positivo. Mas depois que o encontramos, nossa vida adquire uma cor toda especial. O importante é não desistir, como diz a canção… risos. Além disso, você é uma maravilhosa garota POP.

          Depois que conversar com o médico, repasse-nos o resultado.

          Grande abraço,

          Lu

        6. Kelly

          Oi, Lu! Nossa garota Super POP! 🙂

          Falei com o médico e ele me disse para parar com a Bupropiona, que deveria continuar apenas com o oxalato de escitalopram e com o donaren. Esse troca troca de medicamentos e suas dosagens, acabaram por me dar uma desestabilizada emocional esta semana. Mas, como já dizia a canção… “Não cheguei até aqui para desistir agora”. Mas que é um tormento passar por isso… Isso é!

          Tenho medo de parar assim com a bup. e ter crises de ansiedade como antes (Que Deus me defenda disso!). O médico apenas me disse para parar! Fiquei um tempo em silêncio pensando se deveria era mesmo trocar de médico?! Mas o escitalopram tem me dado bons resultados. Acho que é por causa dele que não senti tanto aquela piora, meio que esperada quando dançamos e rodopiamos pelo salão dos antidepressivos.

          Os tremores são ainda lembranças da cirurgia… Assim como a queda (assustadora) do meu lindo cabelinho! rsrsrs… Vou ter que pensar em um novo visual… Um novo corte de cabelo! A cirurgia foi uma escolha… E mesmo que no momento não me sinta muito feliz com ela, já está feita. Não posso mudar. Agora é me adaptar e seguir em frente, tentando ver o lado positivo e os bons frutos dessa escolha.

          Como o sumiço do Diabetes, 30 kg a menos em 4 meses, estou me condicionando a isso! Me adaptando e tentando me aceitar nessa nova condição. É incrível como nossa mente trabalha… Como funciona… Pode nos levar tanto ao céu como ao inferno. A mente é sem sombra de dúvidas o mais complexo labirinto de que se tem notícias. Que ela não nos enlouqueça, nem nos faça perder a direção para as coisas que realmente importam… Que esse labirinto não nos perca de nós mesmo.

          Uma coisa tenho aprendido com tudo isso… Que nem toda água do oceano consegue afundar um navio. Pelo contrário! Ele navega sobre os mais diversos mares. A água só pode afundar o navio se entrar e permanecer dentro dele. Estou tentando esvaziar os compartimentos que estão inundados em meu navio, que fazem com que ele pese mais do que o necessário. Que quase o fizeram naufragar… Porém, não o abandonei nem poderia, abandonar! Quero sim é velejar, deslizar e descobrir novos mares! Ancorar quando o porto for seguro, recarregar, e seguir viagem até o lindo e infinito horizonte.

          Beijos da “maruja” para você, garota POP! :*

        7. LuDiasBH Autor do post

          Maruja Kelly

          É sempre um grande prazer responder a um comentário seu, danadinha, sempre tão alegre e cheia de vida. Fico também energizada com suas palavras.

          Quanto à retirada da bupropriona, ficando apenas com o escitalopram, isso é normal. Significa que você está ficando cada vez melhor, podendo fazer a retirada de um dos remédios. Isso é ótimo, menina! Parabéns! Você precisa é comemorar… risos. O escitalopram, doravante, irá cobrir todas as suas crises de ansiedade. Ele é um amante perfeitíssimo. Muito carinhoso, que atualmente anda em todas as bocas. Sozinho dará conta de você e de muitas outras e muitos outros… risos.

          Kelly, acho que estou precisando de fazer exame de vista, pois li uma palavra que não existia no seu comentário (medo). Sabe como é, respondo a tantas pessoas, que ando vendo o que não existe. (Espero que tenha entendido meu recado!) Temos que dançar e rodopiar nos salões da alegria, da coragem, da vontade de viver, da crença em dias melhores e da vontade de ser feliz. Entendido?

          Kelly, a obesidade é uma doença seríssima, que leva a muitas outras mais sérias ainda. Você agiu corretamente ao fazer a cirurgia. Com o passar do tempo, verá como agiu corretamente. A secretária do meu psiquiatra também fez. Ela se sentiu como você, inicialmente. Hoje está linda e feliz. Quanto ao fofo cabelinho, faça um corte bem inovador, aquele que nunca teve coragem de fazer, mas sentiu vontade. Sabia que as mulheres brasileiras, diferentemente das europeias, são muito tradicionais em relação ao cabelo? Adoram uma juba. Portanto, está na hora de posar com um novo “look”. Irá ficar lindona! E eles voltarão a crescer de novo.

          A mente é uma mandona de primeira categoria. É preciso colocar um freio nessa dita. Eu faço isso diariamente. Exijo que fique quieta em seu canto… risos, e tomo as rédeas da situação.

  398. Lilica

    Oi Lu!
    Que paciência, carinho e atenção com seus leitores! Parabéns querida. Isso é tudo que precisamos! De carinho, atenção. Acho que sempre fui depressiva, mas acreditava nas pessoas que me classificavam de “esquisita”. Fui me afastando das passoas. Deixei de me reunir em festas, principalmente Natal e Ano Novo.

    Em 2013 tive uma grande crise. Tag, pânico, fobias. Andava na rua com tontura formigamento em todo corpo, às vezes parecia anestesiada. Isso sozinha, pois não me casei, sem filho ou outro parente próximo. Melhorei,abandonei a medicação e em julho tive uma recaída devastadora. A “lits” foi árdua; eu e eu…rs mas retornando ao tratamento, em um mês já estou bem, a solidão já não me tortura e eu agora encontrei vocês. Força a todos! Cada um tem seu histórico de dificuldade, mas sairemos vencedores dessa saga!

    Beijos, fiquem bem!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lilica

      Apressadinha, onde é que eu deixaria de responder a uma fofura dessa? Nunca! Estava almoçando e só agora retornei ao blog, menos de uma hora depois da postagem de seu comentário… E a fila aqui é grande… risos. Mas ninguém fica sem resposta. Já estava até com peso na consciência…

      Eu tenho muito carinho com os meus leitores e comentaristas. Sei que, de alguma forma, faço uma diferença no contato com eles, ao vivenciarem, como eu, uma doença que maltrata tanto. Ainda mais quando sei que as consultas, em sua imensa maioria, são praticamente por telepatia, sem chance de o paciente falar tudo o que sente.

      Lilica, em alguns pontos nossa história é parecida. Também me sentia esquisita, e fui aos poucos me retraindo. Cheguei a pensar que tivesse fobia social. Mas dos sintomas dessa doença, eu tenho apenas o temor de magoar as pessoas. Ainda sou arredia quanto a festas, seja lá quais forem. Tenho que inventar mil e uma desculpas, pois, por ter um blog de arte, recebo muitos convites para exposições, lançamentos de livros e coisa e tal. Mas na escrita eu me desabrocho. As palavras tomam-me as mãos e me dirigem.

      As crises quando tardam a vir, chegam arrebentando. Parecem uma avalanche levando tudo. Quando se manifestam mais cedo, elas são mais educadas… risos. Imagino que tenha abandonado a medicação sem ordem médica. Sem seguir, portanto, o desmame. Não faça mais isso, minha querida. Essa bichinha chamada depressão é traiçoeira. Todo cuidado é pouco. O mais importante é que voltou ao tratamento. Siga-o direitinho.

      Sempre acreditei que “solidão” é muito mais um estado de espírito. Certas companhias… É melhor não as ter. E nem sempre filhos ou família significam o preenchimento de nosso ser nos dias de hoje, em que o egoísmo é a raiz dos grandes males. Há pais abandonados, jogados nos asilos sem a menor dor na consciência. Conheço muitos casos.

      Você nos encontrou mesmo. Somos uma família maravilhosa. Este cantinho é muito especial. Sem falar que o blog também traz muita matéria sobre arte e cultura. Já somos acessados em todo o Brasil e por mais de 160 países. Somos chique, querida. E com você ao nosso lado, ficamos mais alegres ainda.

      Não se deixe marcar pelo nosso primeiro desencontro… risos. Faça deste cantinho parte de sua vida. Seja também nossa família.

      Um beijo grande no coração, (Passei-lhe mensagem via e-mail, mas voltou…)

      Lu

      1. Beca

        Oi, Lu,
        passando só para agradecer mais uma vez pela sua atenção de sempre… Parabenizar também por nos responder, as vezes que entramos aqui tão desesperados… rsrsr. Eu també não sou muito fã de grandes festas, muita gente reunida, onde tenho que dar atenção sabe? Considero isso normal, cada um é de um jeito, mas eu mudei muito, antes era doida por uma balada, hoje se me chamarem para um lugar onde o único barulho é o canto dos pássaros ou da água, vou sem pensar.

        Beijos a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Beca

          Que visitinha mais amorosa!
          Entre, sente um pouquinho, enquanto faço um cafezinho para a gente tomar, comendo um pãozinho de queijo e broa de fubá. Se quiser, também poderemos comer um “romeu e julieta” (queijo com goiabada cascão).

          Não demore a voltar!

          Beijos,

          Lu

  399. Taty

    Oi, Lu!

    Acabei de ler sua resposta e fiquei hiper, mega emocionada. Até parece que me conhece de longas datas. Você tem razão. Sou guerreira, mas também muito sensível. Tenho coração mole, embora muitas vezes não pareça. Estou rezando para que dessa vez dê certo, ou seja, quero abolir o rivotril, mas sem sentir aquelas sensações horríveis. O médico já me falou que temos que tirar, esperar para ver. Ainda irei aparecer muito, pode esperar. Desejo a todos que passam por esses transtornos, que tenham paciência e se recuperem logo.

    Lu, tenho um filho lindo, fruto de um relacionamento que não deu certo. Já é um homem feito e agora em dezembro irá se formar. E adivinha em quê? Em Medicina. Só tenho a agradecer a Deus por tantas bênçãos. No início ele não era muito a favor que eu tomasse esses medicamentos, dizia que eu conseguiria sair da crise sem medicação, mas agora, depois que entrou na faculdade, tem compreendido melhor o meu problema, conversa mais comigo e até traz remédios pra mim. Ele consegue com os médicos nos hospitais. lhe falei no primeiro depoimento pra não me extender muito.

    Estou ansiosa desde já… Contando os dias e as horas pra ele se formar e começar a trabalhar a fim de termos uma vida melhor, porque não tem sido muito fácil não. Hoje em dia tudo está muito difícil. Mas vai dar tudo certo, se Deus quiser. Sei que ainda há um longo caminho pela frente, pois ainda falta a residência, mas ele vai trabalhar por um ano, para ganhar um dinheirinho e depois pensar nisso (na residência), rsrs.

    Esse cantinho é maravilhoso. Amei! E muito obrigada pela sua atenção. Você é uma fofa.
    Boa noite, minha linda, tudo de bom.
    Até qualquer hora.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Taty

      É que eu tenho um espelho mágico… risos. Cuidado comigo! E quem disse que os guerreiros não são sensíveis, já que os brutos também amam? Obrigado por seus votos de melhoras para todos nós. E tenha a certeza de que haveremos de seguir firmes, pois também queremos ser felizes.

      Que maravilha, o filhão está se formando em medicina! Meus parabéns, Taty! Outra prova de sua garra. Mas não se preocupe, pois, se comparado a antigamente, hoje é muito mais fácil formar-se. Você e ele darão conta do recado. E nada de “pré…ocupação”. Cada coisa no seu tempo. Quem se educa com mais dificuldade dá muito mais valor à profissão, tornando-se excelente profissional.

      Todos vocês são maravilhosos e muito carinhosos comigo. Perguntaram-me por que não fazia parte de redes sociais e “whatsapp”. E eu respondi que era para ter mais tempo para dar atenção a meus leitores. Fico feliz que tenha gostado deste cantinho. Fale sobre ele com seus amigos. Leia também sobre outros assuntos aqui. São mais de 30 categorias diferentes.

      Outro grande beijo para você,

      Lu

  400. Celio

    Oi, Lu!
    Tomei exodus por 09 meses, parei porque pensei que estivesse curado, mas os sintomas voltaram, e acabei pegando a fluoxetina com a minha mãe, que também faz uso, e pega de graça no posto de saúde. Pensei que não fosse funcionar, mas estou me sentindo muito bem com a fluoxetina.

    Um grande abraço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Célio

      Você não me disse se parou por conta própria ou se foi por indicação médica. O que tenho notado é que são poucos os especialistas que alertam o paciente para o fato de que não podem parar abruptamente, necessitando de acompanhamento médico, que irá diminuindo a dosagem do antidepressivo, para que o organismo não entre em pane.

      Também não me disse por quanto tempo ficou sem o remédio, após a parada. A recorrência da doença é muito comum, principalmente quando se para de uma vez.

      Você não deveria ter pegado o antidepressivo de sua mãe, pois existem diferenças entre eles, cada um cobrindo melhor um determinado campo da doença mental. Também existe a incompatibilidade de substâncias, algumas exigindo um determinado tempo de espera, para evitar o conflito. Poderia ter ido ao psiquiatra e sugerido-lhe para lhe receitar a fluoxetina, uma vez que poderia pegá-la no posto de saúde.

      Vou puxar a sua orelha, danadinho! Ainda bem que tudo está dando certo. Mas procure ir a um psiquiatra, quando não estiver se sentindo bem, para ter uma avaliação exata de seu tratamento. Apenas lhe diga que está tomando fluoxetina, para que ele não brigue com você.

  401. Fernando Autor do post

    Lu, bom dia!

    Tudo bom?

    Obrigado pela resposta. Me sinto bastante triste, pois esse problema persiste nesses últimos relacionamentos. Ando só vendo coisas ruins nessas pessoas, e não consigo desfrutar do relacionamento. Eu fico perdido com essa situação, às vezes fico pensando se eu não gosto da pessoa, ou coisa do tipo. Mas pela sua resposta, o problema está em mim, e me faz estar mais tranquilo. Só gostaria que tudo isso mudasse e eu pudesse aproveitar o relacionamento com alegria e com amor.

    Obrigado

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, Fernando!

      Está tudo ótimo! Espero que esteja também com você.
      Não se preocupe, assim que o antidepressivo começar a fazer efeito, todos esses pensamentos ruins irão desaparecendo. Enquanto isso, faça uma forcinha para ser mais tolerante e compreensivo, sabendo que se encontra em fase de tratamento. Certo? Use a técnica POP (paciência, otimismo e persistência no tratamento).

      Grande abraço,

      Lu

    2. Elke

      Boa Tarde…
      Estou tomando escitalopram há 16 dias, e cada dia é um dia! Um dia estou bem, hoje acordei com muita diarreia… Agora minha médica pediu para eu tomar Rivotril, também, durante o dia 2 gotas e 5 à noite, pois ainda acordo angustiada e com medo! Não vejo a hora disso tudo passar e eu poder levar uma vida normal. Estou de licença médica por 7 dias por enquanto, até melhor adaptação com medicamento, tenho uma sonolência diurna horrível, e às vezes fico com pensamentos desordenados. Será que é normal ter esses sintomas?
      Aguardo retorno, amigos.

      Abraços..

      1. LuDiasBH Autor do post

        Elke

        Ao apresentar um quadro de diarreia, você deve informar à sua médica, não se esqueça. O Rivotril tem a função de oferecer-lhe um sono mais profundo e de diminuir sua angústia, muito comum no início do tratamento. Mas como tem sonolência diurna, o ideal é que o remédio fosse tomado à noite. Mas somente sua médica deverá fazer essa mudança de horário. Converse com ela. Os pensamentos desordenados irão desaparecendo com o tempo, mas se forem muito incômodos e angustiantes, deverá dizer para a médica. Ela deverá acompanhá-la principalmente no início de seu tratamento.

        Postei um novo texto que se chama “INFORMAÇÕES SOBRE OXALATO DE ESCITALOPRAM”. Gostaria que lesse. Procure no ÍNDICE ou na parte de Pesquisa.

        Um grande abraço,

        Lu

      2. Ludmila Souza

        Boa tarde, Elke!

        Como ficou o quadro de diarreia? Foi somente o momento de adaptação do medicamento? Faz 10 dias que estou tomando e também estou tendo crises de diarreia. Se puder me responder fico muito agradecida.

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ludimila

          Passando na frente da Elke, informo-lhe que este quadro dá-se no início do tratamento, normalmente até a segunda semana, quando o organismo ainda se encontra adaptando-se ao antidepressivo. Depois disso, tende a desaparecer. Mas se a diarreia é intensa, deve-se contatar o médico, para que o corpo não fique fraco. Leia o texto INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM aqui no blog, que fala sobre o assunto.

          Beijos,

          Lu

  402. Cristiane Costa

    Lu

    Lembra que tive uma recaída usando…. Comecei a pesquisar na internet sobre remédios e não aceitava mais tomá-los. Lembrei-me do meu caso nos relatos acima. Meu corpo parecia não aceitar os remédios, sentia dores, enjoo, mas agora passou!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      HAHAHAHAHAHHA
      Você nem imagina o que colocou no lugar do C (Costa)! Trate de botar óculos. Sem falar que 90% das palavras estavam erradas… risos.

      Usando o quê, minha linda? Pois é, quem chorou ontem, sorri hoje. E eu fico muito feliz. Você me deu trabalho e preocupação, danadinha!

      Beijos,

      Lu

  403. Fernando Paiva

    Boa noite,
    Há 3 anos sofro com pensamentos negativos em minha vida. Tudo começou quando comecei a namorar. Depois de 5 meses, tive que terminar o meu namoro, pois eu estava com uma ansiedade fora do comum. Pensando que iria terminar, não terminou. Não consigo me relacionar com ninguém, que esses pensamentos negativos vêm a tona, e acabam dificultando todos o tipos de relacionamentos afetivos. Os pensamentos negativos vinham, porém, depois que tive esse relacionamento, dificultou tudo. Antes conseguia ter relacionamentos tranquilos e não havia esse tormento de pensamentos obsessivos que são ruins.

    Como se não bastasse, não só na vida afetiva. Em outros casos também aparece esse problema. Pensamentos negativos, sem vontade e disposição para fazer as coisas. Fui ao psiquiatra umas 2 ou 3 vezes e fui diagnosticado com TAG. Hoje estou com um relacionamento novamente. Os pensamentos continuam, ficam me sufocando, sentimentos de desesperança e sem perspectiva para futuro no namoro permanecem. Eu acho que o problema sou eu. Andei pesquisando, parece que tenho uma filofobia, que é medo de amar. Já tomei sertralina, fluoxetina e venlafaxina. Nenhum remédio fez efeito 🙁

    Comecei agora a tomar escitalopram. Vai fazer 15 dias hoje. Uns dias eu sinto melhora, noutros sinto uma piora. Não sei. Estou assustado… Gostaria de saber se o remédio vai aliviar os problemas que eu estou passando agora, Lu!

    Obrigado!

    Abraços!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Fernando

      É um grande prazer receber a sua visita, sabendo que podemos contar com mais um amigo. Sinta-se em casa.

      Amguinho, como já deve ter lido nos comentários, nós temos que ter consciência de que nossa mente, como parte de nosso corpo, também adoece. O que temos a fazer é buscar um tratamento que nos permita ter uma vida com qualidade, pois nascemos para sermos felizes. Seus pensamentos negativos, com certeza, não estavam ligados a seu relacionamento, mas à sua doença mental. Mas como passava por uma situação nova (o namoro), suas emoções encontravam-se à flor da pele. E, como já se encontrava doente, tudo tomou uma proporção fora dos limites que você poderia aguentar. E ficou parecendo que o namoro foi o responsável por seus pensamentos ruins ou quaisquer outros tipos de crise. Nada disso. Não há nenhuma correlação entre um e outro. O momento é que não foi apropriado para uma relação nova, pois suas condições físicas e psicológicas não se encontravam adequadas. O que está acontecendo? Você condicionou as suas crises de doença mental aos relacionamentos. Esses antes eram tranquilos porque a doença ainda não tinha se mostrado. Com namoro ou sem namoro, até que seu tratamento surta efeito, você tende a passar por tais crises, comuns a muitos dos nossos amigos aqui. Mas, ao adequar seu organismo ao antidepressivo correto, elas desaparecerão. Fique tranquilo.

      Você está num novo relacionamento, o que é muito bom, pois não se deixou manipular pelo medo do anterior. Mas converse com a sua namorada, peça-lhe para ter mais paciência, pois você se encontra em tratamento. Não esconda nada dela. Não sinta vergonha de ter uma doença mental. Deixe que ela o ajude. E é claro que você não tem medo de amar. Se assim fosse, não estaria num novo relacionamento, danadinho. Você não tem nada de filofobia (medo exagerado de fazer amigos). Ao contrário, seu comentário mostra que sente uma necessidade premente de amar e ser amado, se assim não fosse, não estaria expondo seu medo de levar um namoro avante com tanta dor. Você é uma pessoa muito afetiva e sensível. Não há como pensar que tenha medo de amar. Cuidado com as pesquisas que faz pela internet. Lembrou-me uma das minhas pupilas que depois de pesquisar sobre depressão, acabou achando que estava com esclerose múltipla… risos. Confie no seu médico! Se sentir que não tem empatia com ele, mude para outro.

      O escitalopram é um dos antidepressivos mais modernos do mercado, e vem sendo muito indicado, em razão de sua eficácia. Cada organismo reage diferentemente a seus efeitos adversos, assim como em relação ao tempo de ação, mas, normalmente, após duas a três semanas, seus efeitos positivos já começam a aparecer. E os sintomas descritos por você são normais, embora seja necessário falar a seu médico sobre os pensamentos ruins que o aterrorizam. Procure não sair sozinho, por enquanto. Não pare o tratamento sem a permissão de seu especialista. Siga direitinho as recomendações médicas. E não deixe de estar sempre em contato com o profissional, repassando tudo o que tem sentido. Peça a seus familiares, ou à namorada, para acompanharem seu modo de agir, e, qualquer coisa que fuja ao normal, eles devem lhe comunicar para que você repasse ao especialista. Eu o tomo este princípio ativo há uns três anos. E a maioria das pessoas aqui fazem tratamento com ele. O início é difícil, mas depois é um santo remédio.

      Amiguinho, aliado ao tratamento, faça também exercícios físicos e uma alimentação equilibrada. Procure levar a vida com mais leveza. Não cobre muito de si. Leia também os comentários dos colegas aqui. Veja que não se encontra sozinho nesta luta. Estamos junto com você. Volte aqui diariamente para me contar como passa. Se possível, amanhã.

      Um grande abraço,

      Lu

  404. Ivone Pires

    Lu
    Há 6 anos que tomo citalopram , mas achei que estava curada e resolvi parar por conta própria. Voltei a tomar o mesmo remédio, mas me sinto muito mal, tenho tido crises horríveis de ansiedade e pânico. Minhas pernas tremem, e tenho muito medo.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ivone

      Mas que menina desobediente! Você não sabia, pirralha, que não podia parar abruptamente? Vou puxar a sua orelha, danadinha… risos.

      Querida, seu médico deveria ter lhe avisado que não se pode parar de uma vez o antidepressivo. Assim como o corpo leva um tempo para se acostumar com ele, também precisa de um tempo para se ver livre dele. Mas o importante é que retomou o tratamento. E essas crises são normais no início, mas assim que o remédio for fazendo efeito, elas irão passando. Não precisa ter medo algum. Leia os comentários para ver que a maioria das pessoas passam por isso. Se necessário, peça a seu médico um ansiolítico para aguentar passar essa fase. Não faça nada sem consultá-lo.

      Dê-me notícias, amanhã.

      Beijos,

      Lu

  405. Saga

    Oi gente, tudo bem?

    Ontem tive uma experiência legal que achei interessante compartilhar.

    Depois de ter feito o comentário aqui, eu saí pra dar uma volta e encontrei um amigo que trabalha com esses negócios de esoterismo e terapia alternativa. Aí falei para ele o que estava acontecendo, que estava desanimado, que ainda não tinha batido o efeito, que estava tentando “levar” até as coisas melhorarem. Ele me explicou um negócio que eu achei interessante. Ele falou que eu tinha que comunicar meu corpo e minha mente que eu aceitava o tratamento, e estava receptivo à medicação, que eu permitia que ela fizesse o melhor efeito possível com o mínimo de efeitos colaterais. Ele disse que às vezes nós mesmos resistimos ao efeito do tratamento, porque não nos permitimos esse cuidado, por medo ou por preconceito.

    Eu achei meio estranho, mas fiquei pensando a noite e faz sentido, eu tenho uma certa resistência ao tratamento, nunca achei que precisaria de medicamentos ou que ficaria assim. Então ele me disse para fazer uma prece para mim mesmo antes de dormir comunicando isso e me abrindo para melhorar. Bom, eu fiz, meio com receio mas fiz, e achei o resultado positivo, hoje acordei melhor! Ainda há desânimo, cansaço… mas estou melhor que ontem! Estou feliz por isso!

    A única coisa estranha que aconteceu também de ontem para hoje são umas crises mais fortes de ansiedade. Quando saí ontem para dar essa volta, fui de carro e percebi que estava com um certo medo de dirigir, dos carros, do lugar… Hoje mais cedo já tinha passado aqui pra comentar, mas acabei apagando com medo do que iam pensar, do que iam achar. Mas eu sei que isso é besteira, que é coisa da ansiedade mesmo. Mas é bem ruim quando bate essa sensação também!

    Ufa, apesar dos pesares, estou evoluindo e muito feliz por isso. Com certeza graças a ajuda dos conselhos da Lu e da leitura dos comentários do blog, e ontem junto com a dica do meu amigo! E claro, dos medicamentos! rrsrsrs

    Bom dia pra todos vocês

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Como é bom deparar com um comentário otimista como este! Como é bom ver que meus pupilos estão chegando na zona de conforto. Maravilha!

      Amiguinho, o que seu amigo disse tem fundamento, e é o que eu tenho falando aqui em outras palavras: relaxem e deixem o organismo agir, cada um tem o seu tempo. Aceite que está doente mentalmente e que precisa de tratamento. A aceitação é o primeiro caminho para a cura… Aceite que o corpo faça o seu próprio trabalho. Quanto menos reação você oferecer, mais suaves serão as crises e mais rápido serão os efeitos do tratamento. Continue, portanto, nesse estado mental de aceitação, que deve ser empregado em muitos momentos de nossa vida. Essa aceitação deve vir sempre depois que já tomamos as providências necessárias.

      As crises de ansiedade persistem por um tempo, pois já estávamos acostumados com um determinado comportamento, e muitas vezes nós nos pegamos voltando a ele. Mas não se preocupe, sua autoconfiança será cada vez maior. Lembro-me de quando tinha receio de sair sozinha e passar mal na rua… Fiquei com esse condicionamento por um tempo. Veja que eu disse “condicionamento”. Hoje, isso não mais me amedronta. Saio sozinha por todo lado. Há também a necessidade da racionalização: eu estou medicado, meu caso é mental, eu controlo essa ansiedade, vou levar uma vida normal e não vou permitir ser guiado por temores infundados.

      Todos nós nos sentimos felizes por você. Sucessos!

      Abraços,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Felipe

      Meu amiguinho, procurei em todo o programa (pendentes, spam, lixo…) e não encontrei a sua mensagem. Ela não chegou aqui, pois tenho uma grande preocupação em responder a todos os meus leitores, ainda mais em se tratando deste assunto. Lembra-se do dia em que a escreveu? E foi com o nome de Felipe Silva? Aí darei uma nova busca, olhando a data. Mas, se estiver com pressa, encaminhe-me a mensagem novamente.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Felipe Silva

        Boa noite!

        Eu lhe escrevi faz uns 10 dias, mas tudo bem amiga, vou lhe enviar novamente.

        Estou tomando Eficentus faz 11 dias, melhorei muito, não tenho mais aquela ansiedade e o sufocamento, que eu senti com a única crise que tive. O meu médico psiquiatra falou que eu vou ter que tomar de 6 meses a 2 anos, e depois ir parando gradativamente. Só que agora eu estou sentindo uma pressão bem em cima da cabeça, e uma dor na nuca no lado esquerdo, quando eu me abaixo, será que isso é normal?

        Bom, como agora já se passaram 21 dias e pressão na cabeça e a dor na nuca passaram, agora eu me sinto um pouco tonto quando eu saio de casa. Isso é normal, Lu ?

        Obrigado!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Felipe Silva

          É uma pena que eu não tenha recebido o seu comentário anterior. Quando eu não responder, não espere tanto tempo para me cobrar. Muitas vezes há desvios. Mas vamos aos fatos.

          Realmente o médico não tem como definir um tempo x de duração para o tratamento. Irá depender muito da reação do seu organismo. Não deve haver pressa. O importante é o resultado positivo do remédio.

          No seu comentário, você diz em cima que está tomando o remédio há 11 dias e embaixo há 21. Mas de qualquer forma, eu sugiro que volte a seu psiquiatra e relate essa pressão na cabeça e a dor na nuca. A dor na nuca pode ser advinda até de uma torção no pescoço, mas ainda assim é bom passar por uma avaliação para se ter certeza do que se trata. Não deixe de fazer isso. Quanto a ficar um pouco tonto quando sai de casa, isso é normal, pois ainda está condicionado ao medo de passar mal na rua. Mas, com o tempo, irá adquirindo confiança em si mesmo.

          Volte sempre para nos falar de sua saúde.

          Um grande abraço,

          Lu

        2. Felipe Silva

          Sim Lu, é que eu falei 11 dias quando eu mandei a primeira mensagem, mas agora quando escrevi novamente já se passaram 21 dias. Sim, a pressão na cabeça o psiquiatra falou que é normal, e a dor também, só eu me senti tonto ontem, quando saí de carro novamente e um suor nas mãos!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Felipe

          Entendi!
          Como lhe disse, sentir-se tonto e com suor nas mãos ao sair de casa, ainda são resquícios de seu medo anterior. Nesse início, procure sempre sair com alguém ao lado, o que lhe dará mais confiança. Com o tempo, à medida que o efeito do remédio for total, tudo isso desaparecerá.

          Um grande abraço,

          Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Taty

      Agradeço a sua visita e os elogios que estendo a todos os comentaristas, pois aqui temos nos transformado numa família que se ajuda mutuamente. Venha sempre nos visitar. Será um prazer tê-la conosco.

      Beijos,

      Lu

        1. Taty

          Oi,Lu, tudo bem?

          Em primeiro lugar, gostaria de dizer que adoro demais seu blog. Ele nos orienta bastante…

          Minha história é longa… Não sei se você terá paciência de ler, rsrs. Para começar, tive uma crise de pânico aos quinze anos. Estava em tratamento ortopédico, pois tenho pólio desde dois anos. Tinha feito cirurgia no quadril e fêmur e estava imobilizada, no gesso. Foi de repente. Estava assistindo TV e comecei a sentir uma tontura, um medo terrível de morrer, tremor, pés e mãos gelados… Fiquei aterrorizada, pois não sabia nem o que era. Fiquei vários dias assim, com medo de tudo, insegura. Quando tirei o gesso, voltei a minha vida “normal”: fisioterapia, colégio, casa. Não tomei um comprimido sequer para a SP. As pessoas diziam que era da “pagassem da idade”, rsrs. Aos poucos foi passando, passando… Mas sofri muito, pois sentia de vez em quando. Ah…na minha família há inúmeros casos… Minha avó, as irmãs dela, algumas tias, etc.

          Aos 18 ano, comecei a trabalhar e fazer faculdade, levando uma vida praticamente “normal”. De vez em quando, aquela melancolia, desânimo, mas passava logo. E foi então que cheguei aos 37, em 2001, e tive a primeira crise depressiva, devido a questões pessoais e profissionais, associadas ao acúmulo de responsabilidades. Perdi meu pai aos dez e assumi uma grande parte das responsabilidades de casa. Nessa época eu só chorava, sentia tristeza, desânimo, pensamentos repetitivos. Fui ao psiquiatra, que me passou sertralina, associada ao frontal 0,25. No início fiquei pior do que já estava, mas após dez dias tudo foi melhorando, voltando ao normal. Tomei durante seis meses e fui tirando gradativamente, seguindo recomendações médicas. Passei então sete anos bem. Tomava frontal esporadicamente (metade de 0,25) e tudo se resolvia. Uma caixa durava uma eternidade.

          Em 2008, devido a problemas familiares, lá vem a “bendita” depressão novamente e desta vez com crise de pânico. Fui a um clínico muito bom, e ele me passou o citalopram e o frontal pra amenizar as reações. Tive poucas. O médico me orientou a tomar por seis meses e parar. Foi o que fiz. Parei gradativamente. Estava bem, tudo OK.

          Em 2009, comecei a sentir tudo novamente, só que sem pânico. Só tristeza, desânimo e tal. Fui a um outro psiquiatra muito bom. Conheci então o escitalopram (reconter 10 mg), juntamente com o frontal. Quase não tive reação, e depois foi só alegria. Amei o dito cujo, excelente. Fui orientada a tomar, no mínimo, dois anos e foi o que fiz. Mas parei por conta própria, já que estava me sentindo bem, mas tudo gradativamente. Como sempre, tomava o santo frontal quando necessário e ia levando…

          Só que nossa vida está sujeita a turbulências, tempestades, momentos difíceis. Quando menos esperamos, eles chegam. Foi então que em janeiro deste ano, estava no banheiro e escorreguei, fraturando o joelho, ficando quatro meses sem pôr o pé no chão, andando com muletas, com gesso e imobilizador… Foi um período péssimo em minha vida, pois me bateu uma ansiedade terrível, insegurança, medo, pensamentos negativos. Eu achava que a fratura não ia consolidar, que não ia mais andar e dirigir e ficaria dependente (logo eu, que sempre fui independente, resolvia tudo, enfrentava tudo sem medo), não dormia, etc.

          Aí, Lu, a depressão veio com gosto de gás e mais alguma coisa. Sentia uma profunda angústia, dor no peito, palpitações, pés e mãos gelados, sensação de desamparo, de estar sozinha no mundo. O frontal já não resolvia mais. Em abril voltei ao psiquiatra e ele achou por bem continuar com o reconter, já que eu tinha me dado tão bem com ele. De cara ele me disse que irei tomar pelo resto da vida. Comecei com 5 mg (uma semana), passando depois para 10. Lu, quando cheguei nas 10mg, piorei mil por cento (enjoo, gastura, ânsia de vômito, não comia) e o pior de tudo, um gelo no coração, descendo pelos braços e estômago… Sentia isso o dia inteiro e de madrugada… Não dormia, era terrível… O médico aumentou o frontal pra 0,5 MG 3x ao dia, pois segundo ele, isso era a ansiedade em que me encontrava. Após uns dezoito dias tive uma melhora boa e ele então me orientou a diminuir o frontal, aos poucos. E foi o que fiz. Por incrível que pareça, quando cheguei na dosagem de 0,25, tudo voltou novamente, as mesmas reações, o gelo no coração, o medo, etc. Fui ao médico e, como já estava com um mês tomando dez mg, a dose foi ajustada para 15mg, mas continuei sentindo as mesmas coisas, mesmo tomando 0,5 mg de frontal 3x ao dia. Ele então mudou para o rivotril 5 gotas 3x ao dia. Passei uns quinze dias sofrendo, mas melhorei novamente. O médico me passou um cronograma a ser seguido com a finalidade de diminuir o rivotril: a cada quinze dias diminuía três gotas… Uma de manhã, uma à tarde e outra à noite.

          Eu já estava muito satisfeita, achando que tudo tinha se resolvido… Foi quando tive uma grande chateação aqui em casa. Nisso eu já estava com quase dois meses tomando 15 mg e 2 gotas de rivotril 3x ao dia… Apesar de muito chateada, consegui dormir, mas qual não foi minha surpresa, ao acordar de madrugada sentindo o tal gelo no coração, descendo pelos braços e estômago, acompanhado de medo, insegurança, boca seca (eu me levantava várias vezes pra tomar água). Nesses momentos, minha mãe me ajudava muito. Eu saía do meu quarto e ia pro quarto dela. Ela segurava minha mão, me dava forças, e aquela sensação ruim ia passando. Pedia a Deus forças e ficava mais aliviada… Meu médico, também foi maravilhoso, porque nesses dias, eu chegava a ligar três a quatro vezes por dia, e ele nunca deixou de atender. Sempre com a maior paciência.

          Novamente a dose foi ajustada para 20 mg e 4 gotas do riv 3x ao dia. Comecei tudo de novo. Só que dessa vez, não tive reação nenhuma, nada… Fui melhorando, melhorando, e hoje, após dezoito dias de tratamento com 20, estou tentando reduzir o rivotril, pois não quero tomar ansiolítico pro resto da vida, já chega o antidepressivo. Estou tomando três gotas 3x ao dia.

          Lu, eu estou bastante preocupada. Quando eu zerar o rivotril, será que tudo vai voltar? Já fiz essa pergunta ao médico e ele falou que, ou vai associar outra medicação, ou trocar o remédio. Confesso que não quero mudar, e nem aumentar outro remédme dou muito bem com este. O que você acha, Lu? Ah..já estou andando, dirigindo e fazendo hidroterapia. Voltei a minha vida normal Desculpe ter tomado tanto seu tempo.

          Beijos

        2. LuDiasBH Autor do post

          Taty

          Foi muito fácil ler tudo o que escreveu, pois você o fez seguindo um tempo cronológico, o que tornou muito fácil o entendimento. Vejo que é uma pessoa detalhista, organizada, em suma, perfeccionista. E obrigada por gostar do blog. Ele é feito com muito carinho.

          Ter uma crise de pânico já aos 15 anos não é fácil. A SP tem vindo cada vez mais cedo atualmente, o que acho muito doloroso para as crianças, quando mal e mal entendem alguma coisa da vida. É uma judiação. No seu caso, ao que parece, tem a ver com a hereditariedade. Na minha família, a depressão é a maior herança, também… risos. Foi uma pena que, já naquela época, você não tivesse começado um tratamento. As explicações das pessoas, querendo ajudar, mas sem conhecimento algum, chegam a ser hilárias. Algumas chegam a dizer que é falta de relacionamento sexual… risos. Que logo que se casar, passa. Muito engraçado!

          Estou encabulada com o fato de você ter ficado até os 37 anos sem ter feito nenhum tratamento. Era realmente dura na queda. Sem falar no grande número de responsabilidades que levava às costas. Bote guerreira nisso!

          Ficar sete anos bem, após seis meses de tratamento, comprova o quanto o seu organismo reage bem a antidepressivos. Maravilha! Mas o seu tipo de depressão é recorrente, como a minha. Ela se aquieta, mas depois dá as caras. Não consegue, em sua carência, ficar longe da gente… risos. Que danadinha grudenta! Ela não voltou devido a problemas familiares, acredito eu, eles apenas fizeram-na emergir. Ela sempre esteve ali, pronta para o bote. E a gente toma como causa uma centena de coisas, inutilmente. Pelo seu histórico, ela é crônica, e imagino que o médico não tenha percebido isso, ao pedir que parasse com o remédio.

          Seu erro foi, ao tomar o remédio por dois anos, parar por conta própria, ainda que seguisse o desmame direitinho. A recorrência da depressão já indicava um diagnóstico de resistência e persistência. É isso que acontece com a maioria das pessoas, pois param sem uma análise mais profunda. E cada retorno é mais doloroso.

          Taty, se ao fazer o tratamento após a queda, você estivesse ancorada por um antidepressivo, essas crises não teriam ocorrido, pelo menos naquela gravidade. O remédio dar-lhe-ia um grande suporte emocional. Portanto, era mais do que visível que a sua depressão retornaria, depois de passar por um problema tão grave, que lhe enchia a mente de indagações quanto ao futuro. Mesmo quem nunca tivesse tido depressão corria o risco de contraí-la, ainda que por um tempo.

          Quando tomamos um remédio por muito tempo, nosso organismo acostuma-se com ele. Daí a necessidade de mudanças, para que haja efeitos benéficos. Sem falar que remédios mais modernos, de ação mais eficaz, estão sempre chegando ao mercado. Muitas pessoas sentem o aumento da dosagem, inicialmente, mas depois o organismo vai se acostumando.

          Percebo que você é extremamente sensível, fator comum aos depressivos. Independentemente do remédio, precisa trabalhar mais suas emoções. Não permita que elas tomem a corda da direção de sua vida. Se não fizer isso, sua ansiedade só tende a aumentar. Precisamos racionalizar mais as coisas, ser mais pacientes, tolerantes, compreensivos e perdoar sempre. Temos que compreender que nem todas as pessoas estão no mesmo nível espiritual ou intelectual. Compreendê-las é questão de generosidade com elas e com nossa vida. Todas as emoções não trabalhadas revertem em males para nosso corpo, maltratando-o, mais cedo ou mais tarde. É a lei da ação e reação. Ninguém foge dela. É a maior lei da vida. Os problemas têm o tamanho que damos a eles. E quem gosta da gente é a gente mesma. Pense nisso, amiguinha, pois tem evidências claras no quanto lhe fazem mal as emoções destemperadas. Lembre-se de que só podemos dominar a nossa própria vida. É impossível controlar a dos outros, ainda que o desejemos.

          Não precisa se preocupar. Ao diminuir a dosagem do rivotril e perceber sintomas ruins, volte a seu médico. Ele saberá como lidar com isso. Está preparado para o problema mais do que ninguém. A confiança no especialista é fundamental para o tratamento. E vejo que o seu é maravilhoso. Já mudei muitas vezes de remédio e sempre me senti melhor. Se ele acha, que não deve tomar o rivotril por muito tempo ou com uma dosagem muito alta, é porque sabe que isso não seria bom. Sem falar que remédios novos e mais eficientes chegam todo o tempo ao mercado. Ele poderá lhe passar um que seja ainda melhor. Os psiquiatras são os médicos que mais pesquisam. Fique tranquila, relaxe e use a técnica (criada por mim) POP: paciência, otimismo e persistência. Portanto, acho que deva continuar seguindo a orientação de seu médico.

          Estou feliz ao saber que voltou a andar, está dirigindo e fazendo hidroterapia. Você é simplesmente maravilhosa! Acho que é a guerreira mais forte aqui do blog. Exemplo para todos nós. Estou orgulhosa de você, lindinha. Que possamos mirar no seu exemplo.

          Não suma! Está intimada a sempre vir conversar conosco. Outra coisa, evite ser excessivamente perfeccionista. Isso faz um grande mal à nossa saúde.

          Beijo no coração,

          Lu

  406. Saga

    Oi, Lu!

    Sou “Ele” mesmo… rsrsrs minha gratidão pelas boas vindas e parabéns pelo blog e pelo auxílio que está prestando. Entendi o funcionamento, se é assim, vou aguardar mais tempo pra garantir antes de “resmungar” na orelha do médico por outra medicação ou dosagem… rsrsrs

    A parte mais estranha pra mim é que estou bem, minha mente está bem, estou em paz, não estou triste… mas o desânimo é brutal, é a única coisa que está pegando mesmo.

    Estou lendo carinhosamente todos os comentários! Seguirei suas dicas, darei um “tempo” para mim!

    Um grande abraço e obrigado novamente!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Então acertei… risos.

      Sinto-me muito feliz ao saber que minhas palavras acalmaram o seu coração. Sou eu quem agradeço o carinho e a confiança de todos vocês. Este trabalho é conjunto e nós nos ajudamos mutuamente. Portanto, eu também agradeço a sua presença aqui.

      É assim mesmo, meu amiguinho, quanto mais árdua é a batalha mais saborosa será nossa vitória. E nem me fale em desânimo. Tenho aqui no site mais de 30 categorias diferentes, que demandam muitas pesquisas, pois postos diariamente artigos novos. E hoje não fiz nada. A cama era um convite irrecusável. Mas acabei vendo um filme japonês. Agora irei fazer Pilates, para ver esse desânimo passa… risos. Acho que estou aproveitando o restinho do tempo frio aqui nas Minas Gerais… risos.

      Qualquer coisa volte aqui.

      Um grande abraço,

      Lu

  407. Saga

    Estou em tratamento com a Bupropiona há 1 mês e 1 semana, e com o escitalopram há 15 dias… o médico indicou iniciar com 5mg na primeira semana e subir pra 10mg.

    Comecei o tratamento por causa de um TAG, estress e desânimo muito grandes (depressão), a ansiedade melhorou muito, o stress aliviou um pouco, mas o desânimo está absurdo, não tenho vontade nem de levantar da cama, estou fazendo tudo me arrastando 🙁 Nunca havia usado esses medicamentos antes e estou em acompanhamento com um neurologista.

    Devo esperar mais algum tempo para ver se o efeito acontece, ou devo procurá-lo para rever a medicação? Ele me disse pra esperar 1 mês e depois comunicar sobre como estava, para ver como ficariam as medicações e dosagens… Mas está muito barra ficar assim 🙁

    1. LuDiasBH Autor do post

      Saga

      Estou em dúvida se o trato por “ele” ou por “ela”. Pela carinha, vou ficar com o primeiro… risos. Gostaria de agradecer a sua presença no blog. Será um prazer tê-lo em nossa família. E como os efeitos adversos são normais, sendo apenas o desânimo, acho sim, que deva esperar o tempo pedido por ele.

      O período em que está usando o escitalopram é ainda muito curto, sem falar que iniciou com uma dosagem baixa. Essa substância é acumulativa, e, normalmente, os efeitos são surtidos depois de duas semanas ou três. Esse desânimo acontece com muitos (veja comentários aqui), mas irá passando à medida que os efeitos benéficos forem aparecendo. Após o tempo exigido por ele, volte para uma nova avaliação. Aproveite para expor o que está sentindo.

      Eu sei como é, o corpo só pede cama. Aproveite esse tempo para ver bons filmes, usando a técnica do PP (paciência e persistência). Em hipótese alguma pare o tratamento. As agruras do retorno serão bem maiores. Você irá superar essá barra. Quase todos aqui passaram por isso e alguns ainda passam.

      Continue nos dando notícias.

      Abraços,

      Lu

  408. Maps

    Bom dia, pessoal!

    Estou sentindo uma boa melhora com o oxalato de escitalopram, graças a Deus, porque antes bem estava saindo da cama. Mas agora me sinto com muito sono, muito mesmo, e durante o dia, me sinto indisposta. Estou tomando há quase 15 dias. Qual seria o melhor horário para tomar? Quero sentir sono à noite, não durante o dia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maps

      Fico muito feliz com a sua melhora. Os efeitos positivos do antidepressivo já se fazem sentir. Logo estará ótima, sem nenhum sintoma, ou quase nenhum. Quanto ao melhor horário para tomar o remédio, em relação aos que têm muito sono, seria à noite. Mas isso deve ser conversado com o médico que acompanha o paciente. Relate-lhe o sono excessivo e peça-lhe para mudar o horário.

      Grande beijo,

      Lu

  409. Marco Dantas

    Pessoal,

    passei aqui só para dar um alô, pois minha rotina está por demais atarefada. No domingo amanheci desanimado. Aquela vontade de não sair da cama. O que eu fiz? Dei um tempo para mim mesmo. “Não quer fazer, Marco? Beleza! Então, façamos assim: fica sem fazer nada pela manhã. Afinal, hoje é domingo, mas à tarde tu vais a academia”.

    Daí passei a mentalizar coisas boas. Pensei nos espíritos de luz, na energia que habita o Universo, essas coisas. Cada vez que sentia a sensação ruim tentando tomar conta de mim, eu mentalizava: ESTE NÃO SOU EU! EU SOU ALEGRE! EU TENHO OBJETIVOS, METAS A CUMPRIR. NÃO POSSO FICAR PARADO. E de fato, esse conjunto de ações me ajudou a melhorar a disposição. Exorto todos vocês a criarem seus antídotos contra esses momentos de extrema tristeza e desânimo, e nunca se esqueçam de uma coisa: vocês nunca estarão sozinhos.

    Um beijo e um forte abraço em todos!

    Marco

  410. Erick

    Oi Pessoal, oi Lu!

    Adorei a mensagem de ontem, muito obrigado. Eu queria poder passar uns dias com você para ver se eu voltava com essa esperança toda.
    Bom, você me pediu boas notícias hoje, e a única coisa que posso dizer é que estou vivo e lutando, embora seja uma luta desleal e muito árdua. Sobre retornar ao médico, meu retorno já está marcado para setembro, dia 21, antes disso, é difícil voltar, médico de convênio, sabe como é.

    Obrigado pelo carinho e atenção, é muito bom receber suas mensagens sempre.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Erick

      Existe um ditado que diz que enquanto houver vida há esperança. Jamais poderemos entregar os pontos. Quanto mais otimistas lutarmos para ser, mais fáceis serão os caminhos. A esperança precisa brotar de dentro de seu coração. Sim, é uma luta desleal e árdua, mas não a deixaremos nos vencer.

      Quando quiser, leia também outras coisas interessantes no blog.

      E conte sempre comigo.

      Abraços,

      Lu

    2. Beca

      Olá, boa noite pessoas especiais!

      Erick, você falou uma coisa que tenho percebido e lamentado muito, que são esses médicos de convênio ou médico de emergência. . não sei se sou eu a azarada (risos) mas está complicada essa questão. Eles mal olham para sua cara, quando o que você mais precisa é de uma orientação. Minha psiquiatra é gente boa e tal, mas foi como ela explicou, se eu quiser me aprofundar para saber o que pode ter acontecido comigo, preciso de um psicólogo. Ando meio sem paciência para médico desinteressado, prefiro me entender comigo mesma e procurar pensar positivamente.

      Alguém também experiência chata com médicos, no geral?

      Abraço a todos!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Beca

        A maior reclamação é a falta de atenção que os médicos dão aos pacientes, mal olhando-os no rosto, quando mais precisam de atenção e também de serem tratados com respeito e carinho. Todo paciente quer saber o que está lhe acontecendo. Mas eles, os médicos, em sua maioria, só se preocupam em atender o maior número possível de clientes… Haja ganância! É realmente lamentável.

        Beijos,

        Lu

  411. Carolini Passos

    Olá, boa tarde a todos!

    Já estive aqui na página e relatei sobre meu problema, quando estava me sentindo super pra baixo e precisava desabafar. Venho acompanhando os relatos de todos e me identificado também. Hoje faz quinze dias que estou tomando o scitalax e posso falar que do primeiro dia até hoje ,tive uma grande melhora. Nnão estou com aquele pavor de andar na rua como antes e melhorou também a depressão. Sei que ainda não estou 100% ainda tenho que melhorar mais, mas já tenho planos para minha vida, o que antes nada fazia sentido.

    Senti necessidade de escrever, porque é uma fase e sei que vai melhorar, para vocês, que estão começando com os remédios, não desistirem, pois as primeiras semanas são realmente muito difíceis, mas vamos melhorando à medida que vamos tomando o remédio. Posso garantir que ultimamente estou menos ansiosa, mas estou ainda com a psicose de que tenho alguma coisa. Estava sentindo uma pinicação no corpo e uma leve dorzinha na perna, joguei na internet e apareceu sobre a esclerose múltipla, agora estou cismada com isso. É complicado, o pessimismo atrapalha muito, mas sei que tudo isso vai passar! Força minha gente, estamos juntos nessa batalha!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carolini

      Estou contente ao ter notícias suas, e mais, saber que está melhorando aos poucos. É assim mesmo, seu tratamento ainda está bem recente, mas não demorará muito para sentir alegria de viver. Eu só fico triste porque, após estarem bons, meus amiguinhos somem todos… Há tantos sobre os quais eu gostaria de obter notícias. Fico aqui me indagando sobre cada um… Esses meus pupilos!

      Você hoje está mesmo lindinha, até dando forças para a nossa turma de guerreiros. Isto me deixa muito feliz, pois serve de alavanca para todos que se encontram ainda no início do tratamento. Até mesmo para mim, pois faz-me sentir útil para vocês.

      Quer dizer que a mocinha foi fuçar na internet e descobriu que está com esclerose múltipla… risos. Eu já devo estar no último estágio, pois também sinto dores nas duas pernas e me pinico com facilidade. Não posso usar roupa sintética em hipótese alguma e nem me deitar sem tomar banho. Se continuar procurando assim, quando terminar o tratamento, você já passou pelas doenças mentais de A a Z, e poderá obter seu diploma de médica psiquiatra… risos (Não se importe que eu ria, certo? Mas você é muito engraçadinha nessa sua procura por doença, enquanto a maioria não quer nem ouvir falar…)

      Amiguinha

      Não suma. Grande beijo,

      Lu

    2. Beca

      Boa noite!

      Gente, uma coisa que tenho sentido muito nesses meses de tratamento é mais ou menos o que a Carolini falou, qualquer dor ou gripe, sei lá a gente já acha que é algo super grave. E a intolerância dobra de tamanho, uma simples dor de cabeça ou de garanta, como estou sentindo, agora parece que vou desmaiar, desabar, me entoco em casa porque tenho medo de passar mal na rua… Isso acontece com vocês?

      Abraços e força galera!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Miss Beca

        Você a a Carolini dão uma boa dupla… risos. Enquanto a gente quer se ver livre de doenças, as duas ficam procurando. Estão precisando de umas boas chineladas, meninas. Vocês são guerreiras ou espantalho?… Brincadeira, fofinhas. Mas isso faz parte da doença. Assim que o remédio estiver agindo em sua totalidade, vocês estarão ótimas. Quando pensamentos bobos aparecerem, ouçam música, façam palavras-cruzadas, leiam meu blog… risos.

        Beijos,

        Lu

  412. Erick

    Olá pessoal, olá Lu

    Hoje estou no meu 18º dia do remédio, infelizmente, ainda tenho me sentindo muito desanimado, sem vontade, infeliz, está sendo uma fase muito difícil. Estou tentando manter as coisas, trabalho, academia, convívio social, mas está cada dia mais difícil. Eu gostaria muito de trazer boas notícias hoje, e dizer que estou me sentindo muito melhor, mas não seria verdade.

    Eu quero manter viva a esperança, mas está tão difícil, quero tentar mudar os pensamentos, mas está tão difícil, tentar sorrir, tentar viver, tentar enfrentar , mas está tão forte, parece que não vou suportar. Pessoal, precisamos acreditar, eu sei, que mensagens assim como a minha só fazem a gente se desesperar mais, mas que coisa horrível, que monstro horrível.

    Como eu gostaria de acordar desse pesadelo e voltar a ser feliz como já fui um dia. Por que isso acontece comigo, por que? Mas eu queria encerrar essa msg com uma ponta de esperança para todos nós. Enquanto estivermos de pé, vamos lutar.

    Meus pais estão tão preocupados comigo, já que eu não consigo por mim, queria conseguir por eles, eles não merecem isso. Estou muito desesperado hoje pessoal, desculpem.

    Força pra todos nós.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, meu querido Erick!

      Ao que parece a coisa anda braba hoje. Mas nós, guerreiros e guerreiras estamos a postos. Não somos de cair do cavalo à toa… risos. A gente pode até cair, mas sobe de novo e corre o mundo nos nossos galopes.

      Amiguinho, para o antidepressivo você é ainda um bebezinho de peito. Portanto, tenha paciência e persistência. Alguns organismos precisam de mais tempo para que o remédio aja beneficamente. Você já pensou em quantas sessões quimioterápicas uma pessoa submete-se para o tratamento de um CA? E em quantas crianças estão passando por isso? Como vê, há situações bem mais sofridas. Daqui para a frente, as coisas só tendem a melhorar. Você está saindo da zona de turbulência (sou apaixonada com a série clássica Star Trck). Agora que está saindo da zona dos klingons, deixando o pior para trás, está fazendo uma pirracinha? Aja como o Spock, racionalize em qualquer que seja a situação. Irei aí puxar a sua orelha, danadinho. E para que melhor notícia do que saber que está vivo e faz parte desta nossa família?

      Que desesperança boba é essa, meu querido? Afinal somos guerreiros. Se não somos samurais, somos ao menos ronins (adoro filmes japoneses também). Quem disse que uma depressãozinha babaca irá nos jogar no chão? Não irá mesmo! A gente cai, levanta, cai, levanta, mas fica cada vez mais forte. Como não vai suportar, se meu amiguinho de 4 anos suporta sessões de quimioterapia? Estou com vontade de lhe dar umas boas palmadas. E nós, ronins, somos lá de ter medo de monstros? Que venha a deprê montada no Godzilla e nós damos conta dela.

      Por que a deprê acontece consigo? Porque você é humano e faz parte de um grupo chamado humanidade. Queria ser o robô Sojourner para ir morar em Marte (por falar em Marte, veja o que acontecerá agora dia 27. Não deixe de ver!)? Ou o T-800 e exterminar o futuro? Nem que fosse C-3PO eu gostaria de ser. Nós somos humanos e ponto final. E nosso corpo adoece. E o cérebro faz parte do corpo. Mas nossa doença tem cura. Precisamos ter paciência e persistência, amiguinho.

      Erick, fofinho, se os sintomas estiverem sendo muito severos, volte a seu médico para uma nova avaliação. Pode ser que precise reduzir ou aumentar a dosagem. Mas tenha calma. Se continuar assim vou tirá-lo do grupo dos 47 Ronins! E amanhã quero boas notícias.

      Um abraço bem forte, cheio de confiança e muito carinho,

      Lu

    2. Gabriel

      Olá, Lu!

      Meu nome e Gabriel, e venho acompanhando há dois dias os depoimentos e experiências das pessoas e, principalmente, sua intervenção no sentido de dar ânimo e coragem para nós, sim, porque eu também estou vivendo esse inferno mental e psicológico que retira nossa paz e a expectativa de vida.

      Sempre fui muito reservado, vivendo a vida da forma menos radical possível. Na infância, vivi-a, mas a adolescência deixou marcas que atribuo, a partir desse período, o início que desaguaria, agora, na idade adulta, todos os medos e inseguranças. Começou, resumidamente, com aquele mal estar estomacal. Tudo normal, afinal um pouco de ansiedade diante de certas situações que fazem parte da vida. Ocorre que deixei, durante muitos anos da adolescência até hoje, na fase adulta.

      A primeira namorada, o primeiro dia na escola são alguns dos motivos que me deixavam ansioso por demais RS. Para se ter uma ideia, a ansiedade era tanta, que me refugiava em banheiros para enjoar, aonde estivesse, bastava ficar ansioso. Sempre atacou a região do estômago. Fui levando, até que um dia resolvi fazer exames de rotina, sangue e até endoscopia, sim, porque atribuía essa anormalidade ao estômago, então que apresentasse nos exames, o problema. Nada. Nunca tive nada no estômago. Tudo psicológico nas palavras de um excelente clínico geral, que passou a me acompanhar. Parece q retive muita coisa pela vida, e hoje com 26 anos meu corpo reclamou de mim.

      Bom, iniciei por volta do mês de marco com reconter em gotas pela manhã, 10 gotinhas no suco todos os dias sem falhar. Durava cerca de 35 dias o remédio. Nos primeiros dias, eu comecei a sentir algo desesperador, mas depois de duas semanas de uso, eu comecei a sentir muito alívio. Ocorre que suspendi o tratamento por achar que já estava bom, e parei de tomar o remédio. Já tinha uns 4 meses sem fazer uso. O desconforto voltou. Procurei um psiquiatra pelo meu plano, de forma que manteve a medicação. Só que agora faço uso do oxalato de escitalopram 10mg e do zolpidem para o caso de não conseguir dormir.

      Enfim, iniciei novamente o tratamento nesse fim de mês. Os efeitos colaterais são visíveis, porém menos que da última vez que usei o reconter. Queria saber se é normal, agora fazendo uso do escitalopram sentir alguns efeitos indesejados como falta de apetite, sonolência, enjoo, desânimo, mesmo tendo usado o medicamento alguns meses atrás?
      Obrigado pela atenção e força pra nós todos.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Gabriel

        Peço-lhe desculpas por só agora estar respondendo a seu comentário, pois eu já o havia feito, mas esqueci de salvá-lo e acabei perdendo-o. Perdoe-me!

        Que bom que aqui tenha se manifestado, de modo a fazer parte desta família que se torna cada vez maior. E assim a gente vai trocando ideias, e percebendo que não estamos sós. O número de doenças mentais aumenta cada vez mais, talvez pelo fato de elas serem diagnosticadas, hoje, com mais facilidade. Mas, confesso-lhe, que a medicina está cada vez mais atuante neste campo, e não tardará em nos oferecer remédios cada vez mais modernos e efetivos. O oxalato de escitalopram tem sido um dos mais usados atualmente.

        Eu também fui uma criança e uma adolescente muito tímida, tanto pelo meu próprio temperamento como pelo fato de ter tido um pai muito autoritário. Somente com o tempo é que fui me desvencilhado de minha timidez, sobretudo ao tomar consciência de que, como pessoa adulta, minhas ações são de minha responsabilidade. É fato que certas questões de nossa infância e juventude deixam em nós muitas marcas, oriundas de diversos acontecimentos. Também é fato que elas não agem sobre as pessoas do mesmo jeito. Alguns não dão a mínima, deixando-as no passado. Outros, porém, os mais sensíveis como nós, carregam-nos como um fardo, através dos anos. Contudo, devemos compreender que nenhum poder temos sobre o passado, mas podemos muito bem mudar o nosso presente. Foi partindo desta premissa que me desvencilhei de tudo que me atravancava, restos do passado, e criei vida nova, onde era eu o sujeito. E é este caminho que nós, tímidos, precisamos tomar. Deixar as amarras do passado e buscar ser feliz, hoje. Com isso nossa timidez também se esvai. A confiança em nós mesmos é a chave!

        O aparelho digestivo é o que mais sofre com as nossas emoções desordenadas. É ele quem dá o primeiro grito de que algo vai mal e que precisamos de ajuda. Daí os enjoos, vômitos, dores de estômago, inapetência (ou excesso de fome)… Como sofre o coitado! Realmente o corpo dá o troco por todos os nossos excessos cometidos contra ele, sejam quais forem. Você tem razão. Mas com 26 anos você é ainda um bebê e tem tempo de sobra para tornar-se uma nova pessoa, racionalizando seu modo de agir e dando mais atenção às mudanças necessárias. Vida nova, anjinho. O passado deve servir apenas de referência, mas a vida realmente vivida é a do presente. E não há mais desculpa de que se era criança ou adolescente. O que importa é o agora. Cada dia traz-nos a chance de novas mudanças. Cada coisa a seu tempo.

        Nunca se deve parar um antidepressivo por conta própria, pois seu efeito é acumulativo. Somente o médico poderá dizer quando é hora de suspender o tratamento. Além do mais, a dosagem passa a ser regressiva. Assim como o corpo precisa acostumar-se ao remédio, ele também necessita acostumar-se com sua ausência. Quando isso não ocorre, a doença não tarda em se fazer presente, muitas vezes com picos ainda mais agudos. Nada mais do que normal, portanto, a reincidência de sua doença mental.

        Os efeitos colaterais são mais do que normais, pois, para o organismo, é como se você estivesse tomando o antidepressivo pela primeira vez. Os efeitos adversos variam de pessoa para pessoa. Todos os citados por você são naturais. Poderá ver através dos comentários. Com o passar dos dias, eles tendem a desaparecer. Mas acompanhe tudo direitinho e, caso sinta que os desconfortos são exagerados, entre em contato com seu médico.

        Gabriel, fique tranquilo e use a técnica PP (persistência e paciência). Logo você estará se sentido bem. E não deixe de vir aqui nos contar como anda sua saúde. Certo?

        Um abraço bem apertado,

        Lu

  413. Patrícia

    Oi, pessoal!

    Olha eu aqui outra vez… Fazem dez dias que estou tomando oito gotas do reconter, não sinto nada, a não ser uma leve melhora na ansiedade, e dores de cabeça todo final da tarde, quanto ao desânimo e aquela vontade de não fazer nada persistem impiedosamente.

    Hoje nem fui trabalhar, liguei dizendo que não estava me sentindo bem. Essa noite não dormi direito, era 6:30 da manhã quando peguei no sono. Infelizmente não tenho com quem me abrir sobre me sentir assim. Moro com minha família, mas ele veem isso como frescura 🙁 ,

    Tenho um namorado, mas estamos passando por uma crise, que me faz ficar mais desanimada ainda com tudo isso. A única coisa que eu gostaria neste momento é de que a medicação começasse a fazer efeito, e eu começasse a reagir. A minha vida, sei que ela é bela, tenho muitos sonhos a realizar, mas parece que estou travada, sem ânimo, só queria me sentir um pouco animada para fazer minhas atividades, mas não sinto prazer para nada. Tudo me parece chato e sem graça, seja o trabalho, a faculdade minha família que é um ó, meu relacionamento, enfim, desculpem o desabafo…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pat

      Nós estamos aqui ligadinhos em você. Já estávamos aguardando notícias suas. Venha e desabafe à vontade. Bote tudo para fora. É uma das formas de sentirmos melhores.

      Fofinha, ainda está muito precoce o tratamento, para sentir todos os seus benefícios positivos. É preciso paciência, esperar que o remédio passe a agir. Não se esqueça das palavrinhas mágicas: paciência e persistência. Enquanto chegam os benefícios, a vida fica assim mesmo, tudo sem cor, numa chateação só. O desânimo chega e monta guarda. Só queremos cama e que nos deixem em paz. Isto acontece porque passamos a ver a vida com os olhos interiores, ou seja, da nossa mente em sofrimento. Depois, é como se tudo florescesse, como num toque de mágica. Dê tempo ao tempo. Seus sonhos serão realizados, tenha a certeza disso.

      Já que sua família não tem a compreensão devida, temendo que você perca o emprego, quando deveria preocupar mais com sua saúde, deixe-a de lado e cuide de si com o maior carinho possível. Lembre-se de que não se encontra só. Venha aqui, fale sobre você, converse com outras pessoas, troque informações… E, quando assustar, já estará ótima, sem nenhum tipo de travamento, que é próprio da depressão. É também muito comum entrarmos em conflito com nossos companheiros nessa fase, pois ficamos excessivamente impacientes e exigentes. Ou então caímos no desânimo total, no tanto faz como tanto fez. Eles precisam ter muita paciência conosco. Depois tudo volta ao normal. Não se preocupe com isso. Só lhe peço calma e continuidade no tratamento. Volte a seu médico para relatar como anda se sentindo. Ele está a acompanhá-la.

      Não fique muito tempo longe de nós.

      Beijos,

      Lu

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pat

          Nada a agradecer. Já formamos uma família muito amorosa.

          Beijos,

          Lu

    2. Caroline

      Oi, Patrícia, tudo bem?
      Eu me identifiquei muito com você!
      Você é de SP?
      Se quiser, podemos conversar!

  414. Juliana Cruz

    Oi Lu, bom dia, tudo bem?

    Espero que esteja cada vez melhor! Amanhã completam 30 dias que estou tomando 10 mg do OXA de escitalopram. Ainda estou oscilando, alguns dias são melhores que alguns outros. Consigo controlar melhor minhas crises de ansiedade e estou fazendo pilates, além da terapia 1 vez por semana que me ajuda muito. Mas ontem tive um aviso de que ainda tenho um caminho longo a percorrer. Um dos meus grandes problemas eram os pensamentos ruins de que eu tinha uma doença gravíssima e ia morrer logo! Fiz diversos exames e graças a Deus não tenho nada. De vez em quando sinto um pouco de cãimbra e uns comichões nas mãos e pés, já fui ao cardiologista e ele me disse que está tudo bem e que é do meu quadro.

    Ontem à noite, vendo um programa na TV que falava sobre uma síndrome q está muito comum na Bahia e que um dos sintomas é o comichão nas extremidades. A pessoa vai perdendo os movimentos até não conseguir mais se mexer, muitos se recuperam mas é aterrorizante.

    Lu, a primeira coisa que pensei é que posso ter isso, já que ontem à noite tive cãimbra e senti o comichão nos pés. Fiquei apavorada. Rezei muito, pedi controle, e graças a Deus a crise não veio, mas foi horrível. O medo tomou conta de mim de uma forma que espero que ninguém sinta. Hoje estou me sentindo melhor, mas o comichão continua um pouco, ainda mais que estou na sala de espera de um médico e fico muito ansiosa.

    Nossa, tem momentos que nem eu me aguento e o pobre do meu marido fica tentando me acalmar, sem muito sucesso. E ainda fico chateada porque acho que ele pensa que lidar com o inconsciente é muito fácil e definitivamente não é!! Mas se Deus quiser tudo vai melhorar, mais ainda e todos esses sintomas vão passar.

    Um lindo dia para todos! E obrigado mais uma vez por nos ouvir e confortar.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      É agora que você está começando a entrar na fase benéfica do antidepressivo, pois existem organismos mais resistentes, em que os efeitos demoram mais a se mostrarem. É mais do que normal essa oscilação entre dias bons e ruins. Até mesmo quem não tem doença mental passa por isso. A vida é assim para todos nós, e é exatamente isso que torna os nossos dias diferentes. O diferencial está na maneira como cada um aceita as mudanças diárias. Como sempre digo, o modo como olhamos a vida é fundamental para o nosso bem-estar.

      Nossa doença traz pensamentos ruins, mesmo, quando na fase aguda. A gente parece criar um mundo paralelo cheio de histórias de terror que só existem nos filmes de Zé do Caixão e na nossa cabecinha abilolada. E a gente viaja na maionese, dando asas à imaginação, que chega a acreditar que tudo é verdade, mesmo sabendo que tudo é mentira… risos. Melhor seria se colocássemos tudo no papel, escrevendo um livro, e depois déssemos umas boas gargalhadas. Sempre que me pego pensando algo que não é o desejável, imediatamente procuro preencher a mente com outra coisa. Já tenho até um refrão: “Não vem, que não tem!”.

      Juju, há muito tempo eu aboli televisão da minha vida. Só vejo filmes. Os noticiários e documentários são incompletos, sem profundidade e nos repassam a ideia de que temos tudo o que dizem. Sem falar no monte de coisas ruins a preencher nossa mente. Você não tem nada do que viu. É sua mente a grande criadora de tais sensações. Se não tivermos cuidado, ela nos escraviza. Mesmo na internet é preciso ter muito cuidado com a credibilidade dos sites. Quando tiver dúvidas sobre saúde, a melhor pessoa para ajudá-la será seu médico. Não aceite sofrer por antecipação. Não pré ocupe a sua mente. Para que ficar criando fantasmas se elas nem existem?

      As cãibras e comichões são normais. Há períodos em que os tenho muito. Depois desaparecem como vieram. E eu vou lá perder sono com isso? Ju, bote um freio nessa mente criativa. Elimine a palavra “medo” de sua vida. E pior, quanto mais medo tiver, mais frágil torna-se seu organismo, num forte elo, em que um fomenta o outro. Viver, amiguinha, é um ato de coragem. E é delicioso que seja assim, para que não nos sintamos os donos do mundo. Para que aprendamos a lidar com nossas emoções e sentimentos. Para que nos sintamos iguais e aprendamos a ter compaixão para com todos os seres vivos. O que você teve ontem foi uma crise de pânico. Tenho um primo, que as crises de pânico dele são com cãibras no corpo todo. Mas agora está medicado. Você não tem nada da Bahia, nem do Amapá, nem do Tocantins… E não veja mais esses programas!

      Coitadinho do marido… risos. Eu bem sei o que é conviver com uma mulher depressiva… risos. O meu também é um santinho… kkkk. Quantas vezes (antes de eu acertar com o remédio) teve que andar na rua, de madrugada, comigo, para eu me acalmar… Já andamos até debaixo de chuva… risos. A nossa mente apronta cada uma… Diga-lhe que lhe mandei um abraço de solidariedade.

      JuJu, se você não parar de ficar pensando em cãibras e comichões irei aí (?) puxar-lhe a orelha. Pare de ser tão criativa… Você é linda, doce, meiga e logo estará em forma como eu… risos. Lembre-se das palavrinhas mágicas: paciência e persistência.

      Quero que me escreva ainda hoje, dizendo-me como está.

      Beijos,

      Lu

      1. Juliana Cruz

        Oi Lu, bom dia!

        Obrigada mais uma vez pelo carinho com q responde a todos nós! Realmente, cheguei à conclusão que televisão não me faz bem e dependendo do que for, preciso passar longe! Li algumas postagens e já vi uma dupla que pode formar um trio comigo: aquelas que cismam com uma doença grave. Que coisa horrível!

        Essa semana como sempre foi de bons momentos e outros nem tanto, mas vamos seguindo em frente. Agora cismei com uma sensação de bolo na garganta. Parece que uma coisa se resolve e outra aparece no lugar para tirar meu sono. Não vejo a hora disso passar.

        Uma vez você comentou que o escitalopram te faz perder peso, né? Isso é uma coisa que me incomoda bastante. Não acho que esteja comendo tão pouco, mas o médico também já me disse que algumas pessoas perdem peso. Não vejo a hora do meu organismo estabilizar e eu conseguir ter minha paz totalmente restabelecida. Hoje faz 35 dias que estou tomando 10 mg de OXA e muitas vezes me sinto como se quisesse que o medicamento fosse milagroso. Mas é preciso ser mais paciente.
        Tem momentos que acho que meu caso só internando, rsrsrs! Mas apesar de tudo continuo com muita fé em Deus que vai passar.

        Lindo domingo, Lu!

        Beijos mil!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ju

          Acho que foi para você que eu disse que iria repassar o dicionário das doenças de A a Z. Agora está no B (de bolo…)… risos. Eu sentia muito esse bolo na garganta, quando encontrava-me muito nervosa, na época em que a fluoxetina não estava mais fazendo efeito. Assim que passei para o escitalopram, ele foi desaparecendo. Trata-se apenas de uma sensação nervosa, que logo passará. Não se preocupe.

          O escitalopram tanto pode gerar inapetência, como pode levar a pessoa a comer muito, dependendo do organismo. No meu caso, tenho pouco apetite, mas sempre fui assim, desde meninota. Com o tempo, o organismo vai se equilibrando com o remédio. No caso de falta de apetite, é muito mais fácil, basta ter cuidado com a alimentação, procurando comer de três em três horas.

          Amiguinha, não se esqueça de que nós somos POP (pacientes, otimistas e persistentes). Quem fugir deste lema será mandado para o calabouço… risos. Dê chances a seu organismo de agir normalmente. Não o pressione com lamúrias, coitadinho. Ele também é “gente”… risos.

          O fato, dona Juju, é que a senhora está cada vez melhor. E se continuar com essa manha, irei aí lhe dar umas palmadas.

          Grande beijo,

          Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      É agora que você está começando a entrar na fase benéfica do antidepressivo, pois existem organismos mais resistentes, em que os efeitos demoram mais a se mostrarem. É mais do que normal essa oscilação entre dias bons e ruins. Até mesmo quem não tem doença mental passa por isso. A vida é assim para todos nós, e é exatamente isso que torna os nossos dias diferentes. O diferencial está na maneira como cada um aceita as mudanças diárias. Como sempre digo, o modo como olhamos a vida é fundamental para o nosso bem-estar.

      Nossa doença traz pensamentos ruins, mesmo, quando na fase aguda. A gente parece criar um mundo paralelo cheio de histórias de terror que só existem nos filmes de Zé do Caixão e na nossa cabecinha abilolada. E a gente viaja na maionese, dando asas à imaginação, que chega a acreditar que tudo é verdade, mesmo sabendo que tudo é mentira… risos. Melhor seria se colocássemos tudo no papel, escrevendo um livro, e depois déssemos umas boas gargalhadas. Sempre que me pego pensando algo que não é o desejável, imediatamente procuro preencher a mente com outra coisa. Já tenho até um refrão: “Não vem, que não tem!”.

      Juju, há muito tempo eu aboli televisão da minha vida. Só vejo filmes. Os noticiários e documentários são incompletos, sem profundidade e nos repassam a ideia de que temos tudo o que dizem. Sem falar no monte de coisas ruins a preencher nossa mente. Você não tem nada do que viu. É a nossa mente a grande criadora de tais sensações. Se não tivermos cuidado, ela nos escraviza. Mesmo na internet é preciso ter muito cuidado com a credibilidade dos sites. Quando tiver dúvidas sobre saúde, a melhor pessoa para ajudá-la será seu médico. Não aceite sofrer por antecipação. Não “pré ocupe” a sua mente. Para que ficar criando fantasmas se eles nem existem?

      As cãibras e comichões são normais. Há períodos em que os tenho muito. Depois desaparecem como vieram. E eu vou lá perder sono com isso? Ju, bote um freio nessa mente criativa. Elimine a palavra “medo” de sua vida. E pior, quanto mais medo tiver, mais frágil torna-se seu organismo, num forte elo, em que um fomenta o outro. Viver, amiguinha, é um ato de coragem. E é delicioso que seja assim, para que não nos sintamos os donos do mundo. Para que aprendamos a lidar com nossas emoções e sentimentos. Para que nos sintamos iguais e aprendamos a ter compaixão para com todos os seres vivos. O que você teve ontem foi uma crise de pânico. Tenho um primo, que as crises de pânico dele são com cãibras no corpo todo. Mas agora está medicado. Você não tem nada da Bahia, nem do Amapá, nem do Tocantins… E não veja mais esses programas!

      Coitadinho do marido… risos. Eu bem sei o que é conviver com uma mulher depressiva… risos. O meu também é um santinho… kkkk. Quantas vezes (antes de eu acertar com o remédio) teve que andar na rua, de madrugada, comigo, para eu me acalmar… Já andamos até debaixo de chuva… risos. A nossa mente apronta cada uma… Diga-lhe que lhe mandei um abraço.

      JuJu, se você não parar de ficar pensando em cãibras e comichões irei aí (?) puxar-lhe a orelha. Pare de ser tão criativa… Você é linda, doce, meiga e logo estará em forma como eu… risos. Lembre-se das palavrinhas mágicas: paciência e persistência.

      Quero que me escreva ainda hoje, dizendo-me como está.

      Beijos,

      Lu

  415. Amanda

    Oi Lu!

    Li os vários posts e sinto-me idiota, mas vá lá… Nunca tomei antidepressivo. Tenho uma vida normal aparentemente. Porém ultimamente minha felicidade depende do cara com quem saio há 4 meses. Estou numa relação fracassada, mas não tenho coragem de romper porque sei que vou sofrer muito. Entro em desespero. Tenho crises de ansiedade. Quero romper então pensei em tomar um antidepressivo para “me preparar”. Evitar o sofrimento futuro, que temo será demasiadamente grande pra mim. Não fui ao psiquiatra, uma amiga me deu. Pensei em tomar 5 mg por 3 semanas e a partir dai diminuir para dia sim dia não por uns 2 meses. Gostaria de uma orientação.

    PS: Tenho me sentido triste todos os dias, sem ojetivos próprios, faço tudo sem prazer. Só estou “feliz” quado estou com ele. Baixa estima total. Já estou depressiva, mas como sempre vou me auto analisando e tapando o sol com a peneira.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Amanda

      Minha fofinha, você está com apaixonite aguda. Não me disse a idade, mas imagino que seja adolescente, pois colocar a vida nas mãos de alguém, num prazo de apenas quatro meses, e que ainda não vale a pena, só pode ser uma pituchinha que vive os primeiros relacionamentos amorosos… brincadeira.

      Amanda, em hipótese alguma tome remédio sem controle médico. O uso de antidepressivos requer acompanhamento médico, um conhecimento prévio dos sintomas, de outras doenças e uma dosagem correta. Seu caso pode até acabar se agravando mais ainda. Passe antes por um psiquiatra. Sem falar que o antidepressivo leva um tempo para fazer efeito e não pode ser parado abruptamente, e cada um tem a sua especificidade. Não caia nessa de conselho de amiga. Este é um assunto sério.

      Amiguinha, não podemos condicionar nossa vida a ninguém. Somente nós somos responsáveis por ela. Tampouco podemos achar que alguém é responsável por nosso sofrimentos, pois as escolhas são nossas. Ninguém nos obriga a continuar numa relação fracassada, que só nos faz mal. Está lhe faltando amor-próprio, mesmo. E se não nos valorizamos, quem irá fazê-lo? Mande esse “príncipe sapo” catar favas e parta para uma vida nova. Veja quantas possibilidades a vida oferece. Vá em frente!

      Eu sempre tive uma maneira especial de olhar minha vida sentimental. Sempre achava que a próxima relação seria a melhor. E não foi que acabei encontrando um homem maravilhoso, depois de quase me casar com um outro com o qual namorei uns cinco anos? Que troca fantástica eu fiz. Jamais viveria com alguém que me fizesse infeliz. A nossa vida é muito curta para ser desperdiçada com qualquer traste.

      É claro que está se sentindo triste, pois botou sua felicidade na mão de um cara qualquer. E pior, acha que é ele quem é capaz de conduzir sua vida… Amanda, eu vou aí puxar a sua orelha. O prazer no que fazemos está no modo como olhamos e sentimos a vida. Ele tem de vir de dentro de você e não do cara em questão. Como pode fazer de um ser comum alguém tão poderoso? O que ele tem de tão especial, amiga? Que carência é essa que a impede de ver seus valores? Por que tem que tapar o sol com uma peneira, quando ele é fonte de vida? Bote um filtro solar nessa carinha linda e vá curtir a vida.

      Amanda, se você não está sendo capaz de botar um fim numa relação desgastante, como poderá conduzir problemas mais sérios em sua vida? Como fará quando tiver que lidar com filhos, perda de seus entes queridos, doenças? Amiguinha, é com as pequenas coisas que nos fortalecemos para as grandes que nos aguardam na vida. Desde que perdi meu pai e minha mãe, passei a ver o mundo com outros olhos. Saiba que as mudanças são necessárias. São elas que nos fazem crescer, ainda que soframos por um tempo. Esse cara que a faz sofrer hoje, daqui um tempo será motivo de riso. E você sentirá pena de si por ter sofrido tanto, como uma bobinha.

      No próximo encontro, vá bem bonita e dê-lhe o fora, deixando-o boquiaberto. E verá como se sentirá a mulher mais livre do mundo. E tome um chope em minha homenagem… risos. Não se esqueça de me contar. Faço parte desta história… risos.

      Beijo nesse coração forte como uma rocha,

      Lu

  416. Juliana

    Pessoal, bom dia!

    Preciso da ajuda de vocês.

    Nunca fiz uso de NENHUM antidepressivo. Porém, de uns meses para cá, tenho tido crises de falta de ar. Fiz todos os exames possíveis e imagináveis e nada é detectado.Fui informada pelos médicos que tenho crises de ansiedade. Apesar da falta de ar constante (constante mesmo, ela não aparece apenas em situações de pressão ou medo), não tenho nenhum outro sintoma, mesmo estando preocupada com coisas rotineiras. Não tenho tristeza profunda, levanto todos os dias de manhã e vou trabalhar, cuidar da casa, não tenho vontade de ficar o dia deitada ou chorando. Tenho apenas falta de ar.

    O médico da minha família, que não é psiquiatra me receitou ontem o Exodus10 mg e o Remilev. Ao ler os comentários sobre o Exodus, fiquei bem preocupada, pois vi reações que podem me impedir de sair de casa por alguns dias. Luxo que não posso ter, pois estou em um novo emprego e tenho responsabilidades.

    Lendo esse artigo tive a impressão de que essas reações incômodas se dão por conta da síndrome serotoninérgica. É isso mesmo? Por eu não estar tomando nenhum outro antidepressivo essas reações não vão se manifestar?
    Por favor me ajudem, pois já disse em casa que não vou usar esse medicamento.

    Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Minha querida Juliana

      Você acaba de cair no cantinho dos guerreiros, daqueles que enfrentam a vida de frente, sem medo de serem felizes… risos. Amiguinha, o que quero lhe dizer é que estamos muito felizes com a sua visita. Não se preocupe, juntos vamos trocar ideias e resolver tais questões. Lembre-se de que não se encontra sozinha. Aqui formamos uma grande família.

      Uma vez tendo ido ao médico, feito exames de coração, pulmão, etc, e tendo sido descartada qualquer doença ligada a tais órgãos, pode ter a certeza de que se trata de crise de ansiedade. Ainda bem! Poderia ser algo bem pior. A doença mental, quando não ocasionada por fatores emocionais, nunca avisa quando está a caminho. Num certo dia, você acorda e sente que não é a mesma pessoa. Não é preciso ter tristeza profunda ou estar passando por problemas. O fato é que nossa mente, assim como qualquer parte de nosso corpo, também adoece. E também precisa ser tratada. Ainda bem que a sua ansiedade será tratada logo no início, sem que passe para a conhecida SP (Síndrome do Pânico), embora eu imagine que essa falta de ar constante (você não disse quantas vezes sente-a por dia) possa já ser o início dessa senhora incômoda, que não mata, mas nos deixa amedrontados, com os nervos à flor da pele.

      Minha querida amiga, cada organismo reage de um jeito diferente. Eu tomo esse mesmo remédio e me sinto ótima. Aqui são muitas as pessoas que o tomam. Os efeitos adversos inexistem para algumas pessoas. Não se deixe levar por isso. O importante é a sua saúde. Se não der certo com esse remédio, o médico lhe receitará outro. Quanto à síndrome serotoninérgica, é o contrário do que entendeu. Ela acontece quando a pessoa passa de um remédio para outro, sem observar um tempo de espera. E mesmo assim quando eles não se adequam. Ou seja, isso não acontece em todos os casos. Como nunca tomou nenhum antidepressivo, está prontinha para começar.

      Ju, é importante que você comece a tomar o antidepressivo o mais cedo possível, pois os efeitos positivos serão ainda mais rápidos, e você não sofrerá tanto com a doença, pois da falta de ar virá a angústia, a síndrome do pânico, a depressão… Corte logo o mal pela raiz. Se não tomar, será obrigada a parar de trabalhar de qualquer jeito, pois os sintomas só tendem a se agravar.

      Amanhã mesmo quero você aqui, dando-me a boa nova de que começou a tomar o medicamento. Saiba que o oxçalato de escitalopram (Exodus é nome fantasia) é um dos melhores que existem no mercado. E um dos mais usados atualmente.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Elke

        Preciso de ajuda!!! Estou tomando o escitalopram a onze dias, não consigo comer, tenho diarréias e vômitos.. O que faço? Será que vou melhorar desses sintomas e da ansiedade, SP e depressão?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Elke

          Meu amiguinho, ou amiguinha, fique calmo. Esses efeitos são comuns ao escitalopram, mas quando acontecem é preciso procurar o médico que o acompanha, pois eles debilitam o organismo e trazem mais problemas ainda. Você está tendo diarreia, vômito e não está comendo. Preciso procurar ajuda médica imediatamente. Não aguarde que eles passem. O médico deve se fazer presente quando os sintomas são muito agressivos, podendo ocasionar outras doenças. Pode ser que ele tenha que mudar a dosagem ou atém mesmo mudar para outra substância.

          Elke, o escilatopram é um antidepressivo que vem sendo muito usado. É um dos melhores do mercado. Mas nem todo organismo reage da mesma forma. Alguns não se adaptam a ele, ou precisam de um tempo maior, ou da diminuição da dosagem. Somente o especialista poderá fazer esses ajustes. Não aguarde para procurá-lo. Vá ainda hoje.

          Para a ansiedade existem hoje muitos antidepressivos no mercado. Se um não dá certo, outro dá. Não se preocupe. Logo estará livre da depressão e da ansiedade que leva à SP. A medicina hoje está bem evoluída em relação às doenças mentais. Convido-o a ler outros artigos aqui no blog, sobre o assunto, e também os comentários dos colegas. Aqui fazemos uma grande interação, uns ajudando os outros. Venha sempre aqui conversar conosco.

          Elke, estarei aguardando um comentário seu, ainda hoje, dizendo-me que foi ao médico ou ao hospital. Não se esqueça.

          Abraços,

          Lu

        2. Elke

          Boa noite, Lu,

          não procurei um médico ainda, vou na próxima quinta-feira. Mas hoje consegui comer um caldo de feijão com arroz e batata, e minha mãe fez suco de frutas para o lanche da tarde. A diarreia parou, agora fazem dois dias que não evacuo, mas ainda tenho crises de ansiedade e pânico, que só me aliviam com uso de Rivotril… Estou bastante preocupada porque não queria trocar de novo de medicação.

          Comecei com Fluoxetina e depois o médico trocou para escitalopram. Gostaria de acordar deste pesadelo e voltar à vida que tinha antes. Preciso aprender a viver um dia de cada vez, pois fico pensando como vou acordar no dia seguinte, isso me angustia muito e sofro diariamente. Vou passar na minha médica dia 27 e mando notícias.

          Obrigada por tudo!

          Abraços

        3. LuDiasBH Autor do post

          Elke

          Pelo que percebi os efeitos adversos já estão passando. Seu organismo já começa a se acostumar com o remédio. E isso é muito bom. Caldinho de feijão com arroz e batata é uma delícia. E frutas são muito importantes. Você não está evacuando porque não tinha nada no estômago. Agora, começando a comer direitinho, o organismo volta à sua normalidade. Coma bastante maçã, mamão, banana nanica… Quanto à crise de pânico, ela é oriunda de sua ansiedade. A hora em que essa estiver controlada, estará livre da crise de pânico. O remédio logo, logo estará fazendo efeito e sua vida voltará a ser colorida. Tenha apenas paciência e persistência.

          Não se preocupe, você não irá precisar de mudar de remédio, pois os efeitos ruins estão passando. Eu tomei fluoxetina por muito tempo, até ela deixar de fazer efeito. Existem remédios bem mais novos e melhores no mercado. Siga tudo direitinho, conforme prescrição de sua médica.

          E para que ficar pensando no dia seguinte? Viva apenas o hoje da melhor maneira possível. Cada coisa na sua vez. A ansiedade tem a ver com pessoas que querem traçar o futuro, planejar tudo, ter o controle nas mãos. Se viver bem o agora, tenha a certeza de que o futuro será bom. Não se cobre. Seja mais leve consigo mesma? Relaxe… Aprendi a viver como aquela música que diz: “Deixe a vida me levar, vida leva eu…”. Faça o mesmo.

          Depois me conte como foi na consulta.

          Beijo no coração,

          Lu

      2. Cristiane Veiga

        Lu
        Hoje acordei muito triste não sei o porquê. Desmarquei minhas consultas com a psicóloga pois não vejo mais sentido em contar minha vida para ela. Como já te falei, se eles não acreditam na depressão não vejo sentido em fazer terapia, acho que ela não está nem ouvindo o que falo.

        Sei lá, sei que o remédio que tomamos não faz milagres, mas penso que a ansiedade já deveria ter passado, e este desânimo perante a vida também. Estou desanimando com o tratamento, com a vida e tudo. Acho que foi a visita aos peritos. Eles nos fazem sentir as piores pessoas do mundo. Se não fôssemos fortes não sei o que faríamos, parece um problema sem solução. Já ouvi até o absurdo de parar com os remédios e consumir bebidas alcoólicas, que o efeito é o mesmo, e as pessoas que fizeram isso se livram dos remédios, dormem bem, não é um absurdo? Hoje será um dia daqueles.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris Veiga

          Menina, acho que vou pegar um avião e descer aí na porta de sua casa para lhe puxar as orelhas. Mas que mocinha pirracenta, gente! Essa danadinha amanheceu hoje brigada com o mundo. Chegue à janela, dê uma respirada e sinta como o ar é gostoso. Imagine a maravilha que é o ato de estar viva, neste momento, ao lado dos que ama. Respire fundo… Bem, agora podemos conversar…

          Fofinha, não pode ser assim. Não podemos centralizar nossa vida em outras pessoas. Mande esses peritos catarem gabiroba (guabiroba) lá na pqp. Ignore-os. Eles são uns “analfa”. Não ponha todos os médicos no mesmo balaio. Alguns são consciencioso e muito sérios. Eles ganham muito pouco pela PMC e descontam nos pacientes… risos. Modifique essa sua maneira de ver a vida. Lembre-se que inúmeras pessoas estão passando por isso, até mesmo crianças. É sofrido? É! Mas também é passageiro. Precisamos ter coragem, acreditar que vamos ficar boas. É o sofrimento que nos torna mais humanos. Já pensou se vivêssemos num mundo onde as pessoas não sofressem? Seríamos todos robôs. Quer queiramos ou não, o ato de sofrer faz parte da condição humana. Alegria e tristeza alternam-se para que possam existir. São interdependentes.

          Cris, que negócio é esse de deixar alguém fazê-la sentir pior? Não dê esse direito a ninguém. Somente você tem controle de sua vida. Esqueça o outro e dê a si o valor que merece. É um problema com solução. Eu sou a prova disso, depressiva desde a adolescência e estou aqui tentando lhe dar forças. Amo a vida de paixão. Amo todos vocês! E nada de ficar buscando desculpas nos outros para não ser feliz. O remédio ainda irá fazer efeito. Aguarde. Paciência. Cada organismo precisa de um tempo.

          Gostei da receita da bebida… risos. Há loucos para tudo. Lembrei-me de uma receita comum no grotões mineiros: tomar pinga curtida com cobra dentro. Imagine se pode uma coisa dessa! “Senhor, perdoai-lhes, pois não sabem o que dizem!”. As pessoas livram-se dos remédios e acabam com cirrose e lelé… risos.

          Cris, aguardo um outro comentário seu, ainda hoje.

          Abraços,

          Lu

      3. Juliana

        Lu, minha querida!
        Desculpe! Na realidade acho que estava com medo de aceitar que preciso do tratamento! Li sua resposta por etapas e confesso, chorei todas as vezes que terminei de ler cada parágrafo.

        Hoje tomei meu primeiro comprimido e até o momento não senti nenhum incômodo a não ser o bocejo constante.
        Agradeço pelas palavras de força! Continue ajudando quem passa por momentos tão difíceis, isso é muito importante.
        Depois volto para contar como estou indo!

        Gratidão!
        Juliana

        1. LuDiasBH Autor do post

          Danadinha da Juju

          Não é que essa menina estava fugindo do tratamento… risos. Lembrei-me de como me escondia para não tomar injeção, na minha infância, até descobrir que todos os esconderijos já eram manjados. O melhor mesmo era cair na agulha em troca de um gostoso sorvete. Negociar a picada passou a ser mais importante. E passei a desejá-las… risos. Estava sempre a inventar dores pelo corpo. Não podia ser da garganta, pois inviabilizava o sorvete. Até hoje faço escambo com meu marido… HAHAHAHHA.

          Estou feliz com o seu primeiro comprimido igual estive com o primeiro sutien… risos. Parabéns, guerreira! Peça ao maridão um presente pela sua coragem. Que tal um conjunto noturno e íntimo?

          Não se esqueça de me dar notícias diariamente. Quero acompanhar tudo.

          Beijos,

          Lu

        2. Juliana

          Segundo dia: enjoo, dor de cabeça, frio extremo, calor extremo… Quando isso irá passar?

        3. LuDiasBH Autor do post

          Juju

          Você está querendo alforria já no segundo dia (rimou)? Tudo isso irá passar, minha amiga, é questão de tempo. À medida que os efeitos bons forem aparecendo, os ruins vão diminuindo. Mas use a técnica do POP (paciência, otimismo e persistência). Sempre se lembre de que você é POP. São normais tais efeitos, fique tranquila. Muita força!

          Beijo no coração,

          Lu

        4. Maps

          Boa noite, amigos!
          Já está acabando minha primeira caixa de escitalopram, senti uma boa melhora na ansiedade e no desânimo, graças a Deus. Porém, de ontem para hoje comecei a ficar com uma forte dor de cabeça, tipo uma pressão em toda a cabeça, lembra muito a dor de enxaqueca, fico meio tonta. Raramente sinto dor de cabeça, é efeito colateral do remédio? Será que essa dor vai passar?

        5. LuDiasBH Autor do post

          Maps

          São boas as suas notícias em relação à melhora na ansiedade e desânimo. Quanto à dor de cabeça, ela é normal no uso do remédio. Só estou achando engraçado é que você já passou de um mês. Não seria ela proveniente de outros fatores (menstrual, virose…)? Temos que ter o cuidado para não achar que tudo está ligado ao remédio. Se ela persistir, converse com seu médico.

          Abraços,

          Lu

  417. Marco

    Bom dia, gente!

    Olha só, hoje é sexta-feira. Aqui no sul de Santa Catarina, por incrível que pareça, o sol está brilhando. Estou no trabalho agora e aproveitei a pausa do café para transmitir-lhes um pensamento. Em especial aos que estão em casa, deitados na cama, no escuro do quarto. Só leiam e entendam: levante-se, ponha o pé no chão. Estique! Que tal dar uma caminhada? Vamos lá, gente!

    Marcos Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      O dia aqui em Belo Horizonte está simplesmente maravilhoso, com um céu azulzinho e nuvens brancas espalhadas por todo ele. Além disso, uma brisa gostosa espalha-se por toda a cidade, convidando-nos a viver a vida intensamente.

      Um grande abraço,

      Lu

  418. Antônio Cruz

    Bom dia a todos! Lu, Parabéns pelo blog!

    Terminei meu tratamento de um ano com exodus semana passada… Fiz o desmame, por dois meses, tomando dia sim, dia não, o medicamento, conforme orientação médica… Porém, essa última semana sem remédio foi um pouco complicada. Tenho apresentado sintomas de vertigem, enjoos e estou mais emotivo que de costume… Li por aí que é comum e deve passar em alguns dias…

    Gostaria de saber se você tem alguma dica pra passar essa fase de abstinência com mais conforto.

    Muito obrigado e grande beijo!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Antônio

      É um grande prazer receber a sua visita.

      O seu organismo ficou durante um ano recebendo uma substância, que a princípio era estranha, mas que aos poucos foi fazendo parte dele, portanto, nada mais do que normal estar reclamando por aquilo que achava que era seu… risos. Tanto o início do tratamento quanto o desmame são difíceis. Nos dois casos é preciso usar o método PP (paciência e persistência). Também é necessário que continue sendo observado por seu médico. Relate-lhe tudo o que está ocorrendo com você. Muitas vezes é necessário que o desmame continue por mais tempo, com doses cada vez mais baixas. Siga direitinho a orientação dele.

      A melhor dica é você praticar um tipo de esporte e preencher seu dia com coisas agradáveis. Chazinhos de camomila também fazem muito bem, principalmente quando comprado com as flores (não gosto dos de saquinhos) em casas de produtos naturais ou mercados. Se mora numa cidade praiana, o banho do mar é também muito relaxante. Cuide para que esteja acompanhado. Outra dica maravilhosa é vir aqui todo dia bater papo conosco… risos. Temos outros textos sobre o assunto e comentários muito interessantes.

      Amiguinho, desejo-lhe muito sucesso. Não se esqueça de nos falar como anda.

      Abraços,

      Lu

  419. Aline Araújo

    Gente, voltei para casa sã e salva, e fui para o Pronto Socorro tomar tarja preta, foi a primeira vez que tive essa experiência… Eu me desesperei, e fui atrás de marcar um psiquiatra muito bem indicado, mas que só tinha consultas para 1 mês depois! Pensei que fosse morrer, gente! Uma semana depois tive o pior surto da minha vida e eu estava sozinha em casa. Tive que ser forte e respirar na marra, até minha mãe chegar, eu já estar quase roxa! Esse surto foi o divisor de águas na minha vida. Eu cheguei a ligar para o psiquiatra tentando marcar a consulta mas só tinha para 1 mês depois, cheguei a falar que estava passando mal, mas não adiantou… Então neste dia, desde o médico do pronto-socorro, Deus estava nitidamente presente, tive uma experiência linda e daí me ligaram e consegui a consulta para a manhã seguinte!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Há inúmeros relatos como o seu aqui no blog. Você teve uma SP (síndrome do pânico), que normalmente aparece com a depressão, juntamente com a ansiedade em algo grau. Trata-se de uma doença química que precisa ser tratada, para que os acessos não se tornem mais frequentes.

      É bom que saiba que, embora a sensação seja de morte, isso realmente não acontece. A SP tem uma certa duração e logo passa. Mas, como disse anteriormente, ela precisa ser tratada com antidepressivos. Quando tiver uma crise assim, poderá procurar respirar fundo, o mais calmamente possível, ou ouvir uma música relaxante, ou tomar um calmante. Se achar que não pode controlá-la, vá ao posto de saúde mais próximo, onde lhe aplicarão um sedativo na veia e voltará novinha em folha. A seguir, contate seu psiquiatra (caso não tenha ainda passado por nenhum). À medida que o remédio for fazendo efeito, tais crises irão desaparecendo.

      Portanto, amiga, veja tudo com normalidade. O essencial é que faça o tratamento. Seria bom que também lesse os comentários expostos aqui no blog. São centenas…

      Nota: seu e-mail está incorreto. Conserte-o para que possam ser respondidos seus comentários.

      Abraços,

      Lu

      1. Aline Araújo

        Eu comecei explicando bem o que passei desde a infância! A ansiedade e a depressão me acompanharam sempre. Tomei fluoexitina e Rivotril por 7 meses, a crise de abstinência foi mais difícil que a adaptação! Mas sobrevivi! Hoje, depois de 6 meses longe da medicação devido a pensamentos negativos que tentam me parar, eu voltei ao psiquiatra e comecei com esse oxalato de escitalopram e creio que tudo vai passar… O pânico já acabou faz muito tempo, essa negatividade sempre me atrapalhou, e por isso quero tratar direitinho!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          Com o tratamento, você ficará ótima, mas não misture seu tratamento com religião. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Aqui, nós levamos o tratamento o mais sério possível, pois temos compreensão dos danos que a falta do remédio pode fazer, levando a pessoa, inclusive ao suicídio, em casos mais agudos. Use a fé apenas para lhe dar forças para passar pelos transtornos, até que o remédio passe a fazer efeito.

          Um grande abraço,

          Lu

  420. Aline Araújo

    Gente
    Logo na primeira semana eu queria me matar! Ouvia vozes mandando eu tomar o calmante, porque eu nunca mais recuperaria o controle da minha mente de novo! Mas essas vozes falavam forte mesmo! Decidi a não mais ficar acordada na madrugada, por medo de deitar e sufocar, e a não ficar mais trancada no quarto, onde passei 2 semanas com medo até de ir à sala de casa. Eu decidi enfrentar esse medo patético que eu sentia… Fui para a rua mesmo tremendo e desesperada! Dias depois voltei a dirigir, 1 mês e meio depois voltei a trabalhar, mas negando precisar de ajuda, parei com os calmantes e decidi que “sobreviveria” sozinha!

    Sabe meus queridos, eu sempre odiava tomar medicação, porque na infância fui escrava de remédios por 11 anos, desde os 2 meses de vida tomando antibióticos para uma bronquite que não me largava! Então eu piorei, voltei a ter 1 surto, dessa vez dirigindo e ouvi aquelas vozes terríveis que mandavam eu jogar o carro e me jogar dele! Deus dirigiu o meu carro, levando-me para casa em segurança, mesmo surtada…

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Preocupa-me a maneira como você está vendo a sua doença. Não se trata de uma escolha entre o bem e o mal, mas de uma enfermidade mental (química) que precisa ser tratada. Assim como existem pessoas com doenças no estômago, no coração, nos rins, no fígado, etc., também existem aquelas com doenças na mente, que é uma parte do corpo físico. Nosso cérebro não é alucinação, mas concreto. Ele também adoece em qualquer parte do mundo. Nós somos doentes mentais e precisamos de tratamento, e ponto final. Não adianta depositar nas mãos de Deus a responsabilidade de nosso tratamento. Ele nos deu inteligência para diferenciarmos as coisas, e aos médicos deu a inteligência de tratar dos doentes.

      O filho de uma amiga, no interior mineiro, aos 26 anos passou a ouvir vozes. A princípio, as pessoas próximas a ele começaram a levá-lo para cultos e coisa e tal, dizendo que era coisa do “mal”. O rapaz só piorava. Até que um surto quase o fez cometer suicídio. Foi levado ao psiquiatra e medicado. Há três anos estuda e trabalha e nunca mais teve surto algum e nem mais ouviu vozes. Ele apenas estava doente mentalmente e ponto final. Portanto, vá com mais calma, converse com seu psiquiatra sobre sua doença e tire da mente essa coisa do “mal”. Isso só afeta o seu tratamento. Fé em Deus, sim, mas nada de misturar as coisas.

      Nota: seu e-mail está incorreto. Conserte-o para que possam ser respondidos seus comentários.

      Um grande abraço,

      Lu

  421. Aline Araújo

    Olá, amigos!
    Estou animada e decidida a mudar esse clima tenso que nossas vidas tomam de vez em quando! 🙂

    Me chamo Aline, tenho 29 anos e desde a infância tive ansiedade exagerada e angústia que me fazia pensar em coisas ruins! Na adolescência tive depressão aos 13. Eu não sabia o nome, sabia que chorava acordada todas as madrugadas pensando em situações ruins e, ao amanhecer fingia que nada tinha acontecido!

    Fui vivendo após 1 ano nesse estado deplorável. Eu me odiava aos 16, complexos de inferioridade me acompanharam desde sempre! Só que era uma balança louca: tinha temporadas de baixa-estima e raiva ou então autoestima e alegria, prazer pela vida, euforia mesmo! Sempre pensava que dormir era perda de tempo. Na infância eu queria brincar, na adolescência e quando mais jovem queria ficar na “night”, mesmo que isso significados ficar na rua conversando!

    Eu não suportava estar em casa, muito menos dormindo! Então, depois de muitas desilusões amorosas e desiludida comigo mesmo, após um período estressante em que adoeci de coisas “sem causa”, pelo menos era o que eu pensava… Em uma bela tarde de início de Carnaval de domingo, eu comecei a beber muita água porque a garganta estava secando sem parar, depois, não resolvendo, o coração disparou, em seguida a respiração falhou, e, quando eu pensei em desmaia, pedi ajuda aos meus pais e então, pronto-socorro! Com muito medo de morrer e sufocando, em 2 horas fui voltando ao normal após tomar algo para estabilizar os meus batimentos, isso depois de ser ligada no oxigênio e nada resolver! Daí meus queridos amigos, surgiu a SP e a minha vida mudou da noite para o dia.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Aline

      Desde de criança você sofre de depressão. E pelo que relatou parece também ser bipolar, o que é próprio de pessoas que mudam de humor com muita facilidade. Como eu já disse num comentário anteriormente, a depressão e a ansiedade incontida desembocam na síndrome do pânico. E quanto mais cedo o paciente for medicado, mais rápido terá melhora. O que não pode é ficar achando que irá se ver livre da doença sem buscar a cura.

      Vi que a sua vida foi bem difícil desde a infância. Mas chegou a hora de ter uma boa qualidade de vida. O primeiro caminho é buscar tratamento com um bom profissional. Ele deverá acompanhá-la sempre. Portanto, escolha um com quem tenha empatia. Isso é muito importante. Leve a sério seu tratamento. Não brinque com doença mental, principalmente no grau em que se encontra a sua (ouvindo vozes). Leia os demais textos sobre o assunto aqui no blog. O pessoal aqui já tem bons conhecimentos no assunto, de modo que a ajuda é mútua.

      Tudo aquilo pelo qual está passando, muitos já passaram e já se encontram ótimos, em acompanhamento médico. Portanto, não tenha medo. Não se apavore com a síndrome do pânico. Você jamais morrerá disso. Quase todos nós já tivemos e muitos ainda a têm. Com o tratamento com o antidepressivo a sua vida voltará à normalidade. Tenha paciência e persistência.

      Conte sempre conosco.

      Nota: seu e-mail está incorreto. Conserte-o para que possam ser respondidos seus comentários.

      Abraços,

      Lu

  422. Patrícia

    Boa Tarde
    Vim aqui relatar um pouquinho sobre meu tratamento. Iniciei com o Reconter faz 6 dias, pois tenho depressão e tenho me sentido com o mesmo desânimo, mais sono e fome, mas espero que após a fase de adaptação as coisas melhorem pra mim :/

    Fico com medo apenas de que mesmo me tratando não consiga me sentir melhor. Gostaria muito de estar trocando ideias com outras pessoas que passam por essa situação, para assim darmos forças e apoio uns aos outros, pois infelizmente muitas delas não entendem essa doença, achando que é pura frescura de quem sente.
    Conto com você.

    Obrigada

    1. LuDiasBH Autor do post

      Patrícia

      Você se encontra no lugar exato para debater tais questões, pois aqui formamos uma grande família, que tem por objetivo falar de nossa doença mental, insucessos e sucessos obtidos no seu tratamento. Ao ler as centenas de comentários poderá ver que todos estamos em busca de qualidade de vida, apesar de nossos desacertos mentais.

      Você deve começar eliminando a palavra “medo” que é a bandeira da doença mental, e optar pelas palavrinhas corretas: paciência e persistência. O modo como buscamos enxergar a vida é fundamental para a nossa saúde. Temos que pensar que existem doenças bem mais sofridas do que a nossa, muitas delas sem um rasgo de esperança.

      Muitas pessoas aqui tomam Reconter, obtendo um excelente resultado, depois de vencer os efeitos adversos iniciais, que para alguns são bem fortes. Quase todos penam com a fase de adaptação, antes de entrar na fase boa oferecida pelo medicamento. Além disso, aconselho-a a fazer algum tipo de exercício físico, como caminhada, pilates ou yoga, que ajudam muito. Não deixe de relatar a seu médico todos os efeitos ruins que tem sentido. Certo?

      É um grande prazer tê-la conosco, de modo que possamos falar abertamente de nossa doença, pois há muita gente ignorante, que não faz a mínima ideia do que seja a doença mental.

      Um forte abraço,

      Lu

    2. Cristiane Veiga

      Lu
      Gostaria de contar como foi a minha ida aos médicos da perícia. Como sempre a depressão não é motivo para licença, então voltarei dia 28 de agosto. Às vezes fico pensando, se todos soubessem que em cada 10 professores 9 estão trabalhando com ajuda de remédios fortes para prosseguirem, pois não sabem fazer outra coisa. No meu caso faltam 2 anos para eu me aposentar, mas vou voltar morrendo de medo de adoecer de novo, mas vou. E que Deus me ajude!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Cris

        Nós já falamos sobre o negativismo que traz a palavra “medo”. Evite-a.

        A situação do professor no país é realmente lastimável. Vi as últimas pesquisas sobre o número deles que está com problemas mentais. Mais de 90%. Talvez seja por isso que neguem a licença. Aqui em meu Estado os médicos são mais conscienciosos, e sabem que a depressão é uma doença. Tenho uma amiga que está afastada há mais de cinco anos. Mas fique alegre só de se lembrar que daqui a dois anos estará aposentada. Vá prosseguindo com calma, fazendo o que der conta. Não vá além de seus limites e nem fique aquém. O equilíbrio está no meio. Trabalhe conforme sua capacidade. Irá dar tudo certo, pois você é também uma guerreira que chegou até aqui. Fique tranquila. Estamos a seu lado. Conte conosco, sempre.

        Beijos,

        Lu

  423. Pablo

    Pessoal!
    Como já comentei, iniciei o tratamento com Oxalato de Escitalopram faz 20 dias! Um sintoma que sinto TODOS os dias, mais fortes pela manhã, é a tontura e visão desfocada, ainda tenho sentido bastante despersonalização, algo como falar com as pessoas, mas não parece que estou ali, minha mente está em outro lugar. Fora os sentimentos de desmaio eminentes, mas que NUNCA ocorrem! Que doença bem complicada né! Já passei por tudo isso há 3 anos atrás, tratei e fiquei bom, mas voltou após 2 anos! Mesmo sabendo que é problema da mente, sempre pensamos que podemos ter algo físico! Será que este sentimento e sintomas são apenas meus?

    Abraço pessoal!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pablo

      Os sintomas citados por você também acontecem com milhares e milhares de pessoas em todo o mundo, aqui mesmo no blog existem relatos. Não se sinta especial… risos. O mais importante é que você seja acompanhado pelo psiquiatra, relatando-lhe todos os efeitos adversos, sejam eles quais forem. É para isso que eles existem e, portanto, devem acompanhar seus pacientes. Ele precisa avaliar como o remédio está agindo em seu organismo. E, se for o caso, diminuir a dose ou trocá-lo. Não deixe de procurá-lo.

      Realmente esta nossa doença é bem pirracenta. Quando a gente pensa que deu adeus a ela, lá vem a danada bater na nossa portar, digo, mente. O problema mental é físico… mas entendi o que você quis dizer. Quanto a outros aspectos, tenho a certeza de que está tudo bem com você. O que está precisando é de uma nova avaliação médica quanto ao uso do escitalopram.

      Ainda assim, amiguinho, a vida é bela e temos mais é que vivê-la da melhor maneira possível. Existem outras doenças bem mais sofridas que a nossa. Paciência e persistência.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Pablo

        Que legal, Lu!
        Muito obrigado pelas dicas! Dia 26 tenho nova consulta, vou fazer ainda um monte de exames para avaliar a evolução. Mas tudo bem! Abração

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pablo

          Vá anotando tudo que está sentindo, os horários mais complicados… Assim não se esquecerá na hora de conversar com o psiquiatra. Não se esqueça de lhe dizer quais são todos os remédios que toma.

          Abraços,

          Lu

    2. Beca

      Oi Pablo, como vai?
      Espero que bem… Pois é, eu já estou indo para o 4° mês de exudus, mas existem certos sintomas que nunca me abandonam! Ocorre mais quando acontece algo novo, uma mudança na rotina… Se vou viajar, ou receber uma visita, por exemplo. Eu sinto muita sensação de não estar neste mundo e vejo as coisas meio distorcidas, por isso vem o pânico em seguida, porque a cabeça fica focada nessas coisas ruins. Às vezes estou dirigindo e começo a pensar: gente o que eu estou fazendo aqui, por que eu estou aqui… Afff é horrível. Mas vamos ter esperança e fé que tudo vai passar.

      Outro detalhe : minha médica falou para eu fazer uma psicoterapia para ajudar a controlar isso, mas pasmem, fui marcar e tive que ficar na fila de espera porque a agenda está cheia até o fim do ano… Será que é a doença do século?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Beca

        Os seus sintomas são semelhantes ao do Pablo. Poderão trocar bastante ideia. Ele achava que se encontrava sozinho no mundo em relação aos sintomas sentidos.

        Também observei que você está com questionamentos existencialistas. Isso é muito comum. Até mesmo as pessoas que nunca tiveram depressão estão constantemente a fazerem tais indagações, imagine nós, então… risos. Eu, como escapatória, recuso-me a fazer tais perguntas. Aceito que a vida é assim, e, que é perder tempo com tais questionamentos. O melhor a fazer, enquanto estiver frágil, é não deixar tempo livre, ficar ociosa. Preencha seu tempo com leituras, filmes, escritas suas, caminhadas, ginásticas, encontros com amigos, etc. Quando estiver dirigindo, preste atenção nas pessoas que vê, imagine histórias sobre elas, o que fazem, como vivem… ou seja, desvie sua atenção. Ajude-se.

        Eu, particularmente, nunca fiz psicoterapia e tenho restrição a certos tipos de psicólogos metidos a sabichões. A maioria dos que conheço é problemática e não lhes confiaria um fio do meu cabelo. Sou mais de achar que somente minha compreensão da minha doença, assim como as minhas mudanças de atitudes podem me tornar mais forte. E que ninguém me conhece mais do que eu. Como diz a canção “Meus caminhos pela vida eu mesmo traço!”. Mas cada um é cada um.

        Você também precisa voltar a seu psiquiatra e repassar para ele tudo o que está sentindo. Se não sentir confiança nele, mude para outro. É preciso haver uma boa interação entre paciente e médico.

        Um grande abraço,

        Lu

    3. Cristiane Veiga

      Pablo

      Meus sintomas de depressão também são mais intensos na parte da manhã, depois fico bem . Faz 2 meses que reiniciei o tratamento com exodus, mas estou bem melhor.

  424. Marco Dantas

    Boa noite Lu, Guerreiros(as)!

    Quem disse que domingo é dia chato? Dia bom ou ruim, a gente é que faz! Fui à academia, rendimento excelente. Depois descansei estudei. Tudo normal. Se melhorar estraga! Que venha a segundona e a semana inteira com seus desafios e possibilidades de crescimento pessoal.

    Desejo a todos(as), uma noite de merecido descanso e uma semana produtiva!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Menino

      É assim que se fala… Bola para frente, que atrás vem gente. Hoje eu dormi a tarde toda. E agora à noite irei ver um filme de meu amado Ozu (cineasta japonês). Também estou a esperar uma ótima semana, produzindo bastante e recebendo notícias boas. É muito bom ter vocês como meus amigos.

      Abraços,

      Lu

      1. Cristiane Veiga

        Lu
        Hoje fui à psiquiatra ,ela acha que ainda não é hora de voltar para a sala de aula, sendo que o remédio ainda não surtiu o efeito desejado, sem remissão como ela disse. Mas estou apavorada só em pensar em enfrentar os médicos peritos da prefeitura de Curitiba, estou pensando em não mostrar o atestado e voltar a trabalhar! Estou muito ansiosa.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Tratar da saúde é um direito de todo trabalhador. E quando envolve crianças, a coisa é ainda muito mais séria. Você precisa mostrar o atestado da psiquiatra, sim, até porque é um meio de se livrar de todas as responsabilidades futuras, caso os peritos não a afastem. Eles não podem se contrapor à avaliação dela. Caso isso aconteça, guarde bem o atestado, que serve como documento legal, junto à Justiça.

          E acabe com esse medo tolo. Eles são pessoas comuns como quaisquer outros. Não trazem o selo de “especiais” na testa. Passe a vê-los apenas como gente. Não os divinize. Não há motivo nenhum para ficar apavorada. Não permita, jamais, que pessoa alguma a amedronte. E não deixe de mostrar o atestado. Se assim não fizer, eles dirão, em caso de defesa, que você não lhes mostrou atestado.
          Confie no que estou lhe dizendo. Volte para nos contar como foi.

          Beijos,

          Lu

  425. Alberto Gonçalves

    Faz uns 5 meses que tomo o Escitalopram, que está me fazendo bem.Fui viajar e ia ficar na casa de meus primos passando férias, mas mesmo com o Escitalopram tive muita ansiedade e passei mal de nervoso. ´Só esse remédio para minha ansiedade não foi suficiente. Meu psiquiatra teve que me receitar também o Cloridrato de Clomipramina,remédio bem mais forte e mais eficiente que o Escitalopram, que pra mim foi fraco!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alberto

      É um grande prazer recebê-lo aqui no nosso blog, onde formamos uma maravilhosa família, com uns ajudando os outros.

      Quanto aos antidepressivos, eles não agem igualmente em todos os organismo. Daí a dificuldade de acertamos “naquele” que irá fazer para nós toda a diferença. No caso do escitalopram, pode ser que a dose estivesse baixa ou que realmente não se adequava a seu organismo. Pelo que entendi, você está tomando agora o Cloridrato de Clomipramina, cujo efeito também leva uns 15 dias para ser notado, em algumas pessoas. Aliado ao remédio, passe também a praticar algum exercício físico, como Pilates, Yoga, Caminhada, etc. Além de fazer bem ao corpo como um todo, ainda ajuda no tratamento mental. Lembre-se também de que é muito importante o modo como se olha a vida, sem se importar com os costumeiros dissabores. Viva com mais leveza!

      Continue nos dando notícias sobre sua saúde.

      Abraços,

      Lu

  426. Samuel

    Eu estou usando o exodus há mais de 5 semana ainda não vejo nada positivo. Tenho muita sonolência de dia, costumo dormir 8 horas à noite e mais 4 horas de dia, e não tenho ânimo de fazer nada. E foi por causa de falta de ânimo e de não ter mais prazer de fazer nada que comecei a usá-lo, agora não sei mais o que devo fazer.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Samuel

      Amiguinho, o início do tratamento com antidepressivo é mesmo difícil, como poderá constatar aqui nos comentários. O prazo esperado é que ele passe a trazer bons efeitos depois de duas semanas, mas certos organismos exigem mais tempo. O excesso de sono e a falta de ânimo significam que o remédio ainda se encontra nos seus efeitos adversos, caminhando para os positivos. Cada organismo reage de um modo diferente. Por isso sempre digo que tempos que ter PP: paciência e perseverança.

      Não pare o tratamento. Se os efeitos adversos estiverem atrapalhando-o, volte a seu médico e relate-lhe tudo. Pode ser que tenha que mudar a dosagem, ou até mesmo mudar de remédio.

      Aconselho-o a ler mais informações aqui no blog, pois temos vários textos sobre o assunto. Leia também os comentários dos leitores. Volte sempre para nos dizer como anda sua saúde.

      Seu e-mail voltou, o que significa que está incorreto. Peço-lhe colocá-lo corretamente, como prova de que confia no nosso trabalho.

      Abraços,

      Lu

      1. Pablo

        Pessoal!
        Esses dias comentei sobre a mudança de laboratório ter me causado efeitos colaterais, iniciei o tratamento com Oxalato de Escitalopram , tendo o médico me doado 14 comprimidos de Scitalax 10mg, cujo tratamento, como muitos de vocês sabem, no inicio é bem complicado, porém após uns 8 dias utilizando o Scitalax, começaram a passar os efeitos colaterais e surgir um pouco de efeitos bons do antidepressivo.

        Quando terminaram os 14 comprimidos do Scitalax, comprei 2 caixas do Oxalato de Escitalopram, 10mg da EMS (genérico), não que o Scitalax não seja genérico do Lexapro, mas não ser vendido como! Ao iniciar o tratamento com o da EMS , já no primeiro dia senti náuseas e fortes tonturas, bem típicas do inicio de tratamento com antidepressivos, porém já havia iniciado por 14 dias o tratamento.

        Tomei por mais 8 dias o da EMS, e todos os dias me senti mal, tonturas, visão turva, confusão mental, etc.. Falei com o médico e o mesmo me disse que não aconselhava utilizar esse genérico, pois se tratava de um medicamento de baixa qualidade. Falei com o laboratório da EMS e eles me afirmaram que a única coisa que mudava na formula eram os ESCIPIENTES, que mudam de laboratório para laboratório, e ainda disseram que a mudança de laboratório poderia sim, dar os efeitos que apresentei, mas que os mesmos iriam passar após alguns dias! De fato foram diminuindo, porém não quis arriscar, e solicitei ao médico mais uma receita para aquisição do Scitalax, que estou tomando novamente. Esta troca de laboratórios, COM CERTEZA, me gerou desconforto.

        Então, aconselho a todos, que no INÍCIO do tratamento não troquem o laboratório, pois podem correr o risco de sentir todos os efeitos colaterais novamente, como eu senti! Hoje estou melhorando, ainda sinto muita tontura, minha visão parece perder foco toda hora, parece que faço muitas coisa “no automático”, cabeça leve e sensação de despersonalização quase que diária! Mas já passei por isso, sei que posso voltar a ter uma melhor qualidade de vida com o tratamento. Boa sorte a todos!

        Pablo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pablo

          Algumas pessoas possuem o organismo bem sensível, sendo aconselhada a permanência de um mesmo laboratório, no início do tratamento. Outras, no entanto, não sentem absolutamente nada. Eu sempre compro o mais barato e não sinto nada. Mas o seu alerta é muito interessante e oportuno. Agradeço o seu carinho com o grupo.

          Abraços,

          Lu

  427. Eder

    Oi Galera! Gostei do Blog
    (alguém já teve essa experiencia?)

    O Escitalopram perde o efeito? Será que ele para de funcionar? Receitado pelo psiquiatra, depois de uma crise de pânico, comecei a tomar o Donaren (trazodona) junto com o Frontal. Fiquei pior…

    O médico trocou o Donaren pelo Reconter(escitalopram) e minha vida ficou perfeita! Fiquei 5 meses rindo à toa
    Depois, simplesmente como mágica, tudo acabou… O lado negro voltou com força…

    Nada de ruim aconteceu, emprego perfeito, relacionamento ótimo… tudo bem, de repente a felicidade foi embora, o desejo de ficar no quarto voltou com força.

    Já aconteceu isso com alguém?

    Eder

    1. LuDiasBH Autor do post

      Eder

      Alguns remédios deixam de fazer efeito em nosso organismo, mas isso depois de muitos anos contínuos. Comigo aconteceu com a fluoxetina, época em que passei para o escitalopram. No seu caso, imagino que haja necessidade de uma dose maior. Ou seja, seu médico precisa de fazer mudanças na dosagem. Mas somente ele poderá fazer isso.

      Marque uma nova consulta com o profissional, repasse-lhe os sintomas pelos quais está passando e ele avaliará. Talvez seja o caso de mudar para outra substância ativa. Você pergunta se isso acontece. Sim, e muito. Daí a necessidade do acompanhamento médico. Nossa doença é química e conta com muitos reveses. O que não podemos é nos desanimar, até um encontrar um remédio e dosagem que calhem com o nosso organismo.

      Aguardo a sua ida ao médico, para que nos conte o resultado. Leia também aqui outros textos sobre o assunto e os comentários dos colegas.

      Abraços,

      Lu

  428. Marco Dantas

    Boa noite, Guerreiros(as)!
    Estou me sentindo cada vez melhor. Não sinto dores musculares ou articulares. Até o sexo está voltando ao normal. Tenho conseguido um excelente rendimento no trabalho e na faculdade. Certos dias sinto que estou com 120% de minha capacidade. Aí que eu descobri uma coisa: não me empolgar demais porque eu fico estudando e finalizando alguma tarefa do trabalho. Resultado: durmo pouco e no dia seguinte pago o preço com sono excessivo. Mas tenho consciência que a culpa não foi do remédio. Daí para retirar o sono meu neuro prescreveu Stavigile. Porém, não a tomo diariamente pois ela mexe com o humor. A mudança que eu fiz? Respeito minhas limitações. Portanto, amigos e amigas, continuem o tratamento com o Scitalax. Foi difícil para mim também, porém já colho os excelentes frutos.

    Que vocês tenham um final de semana cada vez melhor.

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Como vê, não podemos abrir mão da paciência e da persistência. É como diz um velho provérbio: depois da tempestade vem a bonança. Não adianta opor-se à tempestade, tem que fazer como o bambu, curvar-se e deixá-la passar. E não demorará muito para poder erguer a cabeça novamente. Ainda que os efeitos adversos do antidepressivo sejam para alguns uma pavorosa tempestade, eles irão passar. E, se isso não acontecer, o médico optará por novo medicamento. Portanto, não há o que temer.

      Respeitar as limitações é fundamental, ainda que não tivéssemos doença alguma. Faz parte de nosso carinho para com nosso corpo. É sabedoria! Qualquer tipo de extremo é danoso para nosso organismo. Nisso o budismo é sábio, ao ter como um de seus princípios o famoso “caminho do meio” que nada mais é que o “equilíbrio”.

      Parabéns pelas vitórias alcançadas. Agora poderá conhecer outras partes deste blog. Há assuntos muito interessantes.

      Abraços,

      Lu

  429. Carolini

    Bom dia a todos!

    Achei a página muito boa,e senti vontade de contar um pouquinho também sobre mim .

    Há mais ou menos dois anos, tive depressão acompanhada de síndrome do pânico. Fiquei muito mal mesmo, era difícil continuar a cada dia, ano sei de onde eu tirei forcas, só Deus mesmo. Eu consegui sair dessa coisa sem nenhum medicamento, só que os efeitos vinham de vez em quando, e eu conseguia expulsá-los. Mas este mês eles vieram mais fortes, junto com outros sintomas. Tenho medo de morrer e sempre acho q estou com algo no coração. Fui ao cardiologista essa semana e ele me disse que esta tudo ok, mas mesmo assim os efeitos não param. Sinto dormências no braço esquerdo, que some e aparece, suores, calafrios, estou até sentindo febre toda noite. Jà acordo com aquela preocupação, com medo. Vejo que esta cada dia mais difícil, pois esto evitando fazer as coisas ques já estava acostumada a fazer.

    O cardiologista me receitou o scitalax 10 mg, comecei a tomar há 4 dias, mas tenho me sentido ainda pior, sensação de desespero, muito depressiva, com pensamentos ruins que me atordoam, pensei em parar mais li sobre esses remédios e todos relatam que o primeiro dia e difícil mesmo, além disso sinto uma fadiga enorme e estou com muitas dores nas costas, pensei em tomar torcilax mas também não sei se pode. Se alguém puder responder…
    Mas e isso sei que é só uma fase, e vai passar como uma passou da última vez.

    Força a todos!

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, Carolini!

      Você escolheu um lugarzinho propício para falar desses problemas que atormentam todos nós. Aqui nós nos tornamos uma família, com direito a falar tudo o que sente, com uns ajudando os outros.

      Infelizmente você não procurou um especialista (psiquiatra), há dois anos atrás. Pois, quando não nos submetemos ao tratamento, as crises tendem a voltar com mais força. A depressão, quando não tratada inicialmente, acaba desaguando na SP. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. O importante mesmo é que você agora procurou um especialista e está fazendo o tratamento. Não demorará muito paq que fique boa, levando uma vida totalmente normal. Mas não pare o tratamento por conta própria, pois o retorno será ainda mais agudo.

      A Síndrome do Pânico é terrível, ainda que não nos leve à morte… risos. Mas as sensações são horríveis. Pensamos que estamos à beira de um infarto. Mas tudo é proveniente do nosso cérebro. O coraçãozinho está lá, firme e forte, sem nem saber o que está acontecendo com o mestre cérebro. Um dos pontos importantes é saber que a SP não mata, é passageira e tratável. Enquanto o remédio não fizer o efeito desejado, quando sentir que está começando a ter uma, deite-se e deixe o corpo bem relaxado. Quanto menos resistência oferecer, mais rápido ela se desfaz. Evite lutar contra ela. Se possível, tente ouvir música. Portanto, uma vez descartado qualquer problema cardíaco, saiba que é a danada que está dando ordens a seu organismo, como se fosse a dona da casa. Ignore essa sujeitinha desagradável, que nos quer sob seu jugo, ditando o que devemos fazer ou não. E tenha a consciência de que não tem nada de coração.

      Muitos aqui tomam Scitalex, e cada organismo reage de uma maneira diferente. O início é mesmo muito difícil. Alguns não sentem nada, outros parecem sentir todos os sintomas adversos… O ideal é que você fosse a um psiquiatra, que passará a acompanhá-la durante todo o tratamento. Poderá até trocar o remédio para outro, caso perceba que os efeitos estão muito fortes. Além disso, o contato com ele será mais direto, pois permite que o paciente entre em contato sempre que precisar.

      Carolini, como está tendo pensamentos ruins, procure o psiquiatra um mais rápido possível. Marque logo a consulta. Ele avaliará seu estado. Não deixe de procurá-lo. Volte aqui para me dizer como foi.

      Leia também todos os textos sobre este assunto, presentes aqui no blog. Veja também os comentários, pois trazem-nos boas informações.

      Grande abraço,

      Lu

  430. Pablo

    Lu!
    Gostei muito do Blog! Acho que ajuda as pessoas que sofrem de problemas da mente. Infelizmente isso é químico e psíquico. Acredito que um ótimo tratamento está em utilizar medicação e fazer atividade física, com um acompanhamento psicológico (terapia comportamental cognitiva), ajuda bastante. Eu li alguns livros, para ajudar no controle da ansiedade, FIM DO PÂNICO, etc. A técnica do movimento único, auxilia em momentos de crise, pelo menos comigo funcionou. Abraços e qualidade de vida para todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pablo

      O ideal é que se diagnosticasse antes o tipo de depressão relativa a cada pessoa, para que se pudesse fazer um tratamento apropriado, que pode consistir no uso de remédios antidepressivos, ansiolíticos, psicóticos e/ou psicoterapia. Mas, infelizmente, o médico só conta com o relato do paciente para diagnosticá-lo, sendo que há nove tipos de depressão, entre os casos mais comuns, exigindo cada um abordagens específicas. Por incrível que pareça, há até a depressão referente ao distúrbio sazonal (episódios de depressão anuais, principalmente quando há mudanças de estações, devido à falta de sol, e tem como sintomas fadiga, tendência a comer muito doce e sonolência;) Só de pensar em não ver o sol por muito tempo, eu já caio nessa. É por isso que existe muito suicídio nos países nórdicos. Não gosto de dias nublados.

      O tratamento da depressão varia de acordo com o tipo apresentado pelo indivíduo, daí a necessidade de buscar um bom psiquiatra. Tenho um amigo que se recusou a tomar remédios durante muito tempo, frequentando apenas a psicoterapia. Seu caso foi se agravando, até que surtou, tentando o suicídio. Foi internado, e agora toma antidepressivo, já tendo voltado a trabalhar. Sua psicoterapeuta foi irresponsável, pois recusava-se a encaminhá-lo ao psiquiatra, achando que daria conta do recado. Daí a minha preocupação com aqueles que, sem avaliação de seu quadro depressivo, acham que resolverão tudo sem o auxílio de remédio. E não é bem assim.

      Repasse para seus colegas a técnica do movimento único.

      Obrigada pelo elogio ao “nosso” blog. Você é um amor de pessoa.

      Abraços,

      Lu

    2. Juliana

      Bom dia!

      Acompanho o blog há mais ou 2 meses, quando comecei a tomar o Eficentus( oxalato de escitalopram da Medley). Sempre vinha aqui para ler relatos de pessoas que estão passando pelo mesmo processo que eu. Hoje resolvi escrever para vocês e dizer que minha vida mudou totalmente, após o uso dessa medicação.

      Tenho 27 anos e há um ano e meio passei um situação bem complicada na minha vida. Me separei depois de 8 anos de casada e com uma filhinha de 4 anos. Descobri que meu ex estava com outra mulher, e, inclusive hoje ele já mantém uma vida de casado com ela. Achei que não fosse aguentar tanta dor e sofrimento.

      Pensei em me matar, mas a única coisa que me dava forças para continuar a batalha era minha filha. Logo no início procurei terapia e psiquiatria (comecei o tratamento com carbolitium), mas não consegui dar continuidade à nada. Foi então que depois de mais de um ano sofrendo, eu resolvi dar um fim à isso.

      Voltei ao psiquiatra e ele me receitou o escitalopram. Hoje posso dizer, com toda a certeza, que sou uma pessoa feliz! Consigo tomar decisões, ser racional, fazer planos para o futuro! Não desistam, infelizmente passamos por algumas situações na nossa vida em que é necessário o uso de medicação, nem que seja por um breve período, para que possamos nos sentir seguros e confiantes!

      Boa sorte a todos!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Juliana

        Hoje é o dia das boas notícias. Todos nós nos alegramos com o sucesso de cada um que consegue retomar a normalidade de sua vida, dirigindo seus próprios passos.

        Minha querida, sua barra foi muito pesada pelo modo como se deu a sua separação. Os canalhas estão nos mais diferentes lugares. E o bom é que você se livrou de um ainda bem cedo, com uma vida pela frente para refazer seus caminhos, encontrando alguém especial, que seja realmente um grande companheiro. Agora vá com calma na escolha. Nada de precipitação. Ponha a maturidade para funcionar.

        Quando se pôe um serzinho indefeso no mundo, tem que se dar conta dele. Jamais pense numa tolice dessa. E, ademais, ninguém vale o sacrifício de nossa vida. Ainda mais um irresponsável. Sua filhinha precisará de você a vida inteira. E lhe trará muitas alegrias.

        Continue fazendo o tratamento direitinho e só pare quando o seu médico disser que sim. Aí haverá diminuição na dosagem, etc. Também passe a fazer alguma forma de exercício (Pilates, Yoga, Caminhada…), e não mais abra mão disso, pois faz um bem danado para o nosso corpo.

        Agradecemos os conselhos deixados. Todos aqui têm estado bem confiantes. E cada vez que alguém fala sobre os bons resultados, o ânimo cresce ainda mais. Continue conosco. Conheça também outras partes do blog.

        E isso, amiguinha, vida nova. A melhor reposta que pode dar a seu ex é ser feliz. E muito feliz! Ele foi um pesado fardo que saiu de sua vida.

        Um beijo no coração,

        Lu

      2. Joselaine

        Boa tarde!
        Tenho 37 anos e me encontrava com a síndrome do pânico, com quatro crises de madrugada. Procurei ajuda e fui ao psiquiatra por decisão minha, não queria me entregar àquilo, falei que estava fraca, mas seria forte denovo, e fui. Como a amiga acima, o médico conversou muito comigo, pesquisou toda a minha vida, desde o que eu amava e o que me deixava triste e apavorada. Depois de muita conversa, ele me receitou também o escitalopram. Hoje sou totalmente feliz, animada, nunca mais tive crises e tristeza. Ele me disse que logo começará a retirar o meu remédio. Tomo apenas escitalopran e mais nada.

        Agradeço a Deus a minha coragem de procurar um psiquiatra e agradeço a Deus pela inteligência que deu ao homem por fazer remédios que, com certeza, sem eles eu não estaria aqui falando com vocês.

        Grande abraço a todos.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Joselaine

          Você fez muito bem em procurar ajuda médica. A depressão é uma doença que precisa ser tratada. Não pode ser levada na brincadeira, pois seus sintomas tendem a aumentar sem o tratamento. Fico feliz de que já se encontre bem, preparada para a labuta diária. A Ciência tem pesquisado para oferecer uma vida de qualidade aos doentes mentais. E assim tem sido, com as pessoas levando uma vida normal, fato que não acontecia antes. Temos mesmo que agradecer.

          Minha querida, solidarizamos com os progressos obtidos por você. Aproveite e faça também exercícios físicos, como caminhada. E venha sempre nos visitar. O blog tem outros assuntos bem interessantes.

          Abraços,

          Lu

      3. Mônyka Alcântara

        Oi, Juliana!
        Temos histórias parecidas. Você se importaria em me adicionar no whatzap para conversar com você, principalmente sobre a sua superação? (61 9676-7574)

    3. Angela

      Oi boa noite!
      Meu nome e Ângela,tomei paroxetina por seis anos. Em março eu estava com problemas de pressão alta, fui ao cardiologista e ele disse que a paroxetina retém liquido, então essa semana me passou êxodus, mas tenho pânico de remédios. Já li e reli muitos efeitos sobre ele e estou morrendo de medo de tomar, não tive reações com a paroxetina, mas agora tomando remédio para pressão tenho medo das reações e estou muito mal.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Ângela

        Uma palavra que devemos procurar eliminar de nossa vida é “medo”. Se não tivermos cuidado, o medo vai se avolumando até tomar contar de nossa vida, dirigindo nossos passos. Todos nós vivemos perigosamente todos os dias. Mas assim é a vida e assim deve ser enfrentada. Eu procuro, ao máximo, livrar-me desta palavra. Sempre que ela me aparece, eu a espanto… risos.

        O seu cardiologista tem estudo suficiente para lhe receitar um remédio que não tenha nenhuma interação negativa com o da pressão. Para isso ele estuda anos a fio, e inteira-se de todo remédio novo no mercado. Não se preocupe. Além do mais, ela está acompanhando a reação de seu organismo. Qualquer coisa diferente, basta procurá-lo. Verá como se sentirá bem com esse novo remédio, receitado pela maioria dos médicos psiquiatras. Pode haver, no início, algum incômodo, mas logo passa. Enquanto isso, mantenha contato com seu médico.

        Aqui nos comentários poderá ver o monte de pessoas que toma escitalopram (Exodus). Eu o tomo e me sinto muito bem. Portanto, pode tomá-lo tranquilamente. É o que há de mais moderno no mercado.

        Volte aqui para nos contar que já começou o tratamento. A casa é sua.

        Beijos,

        Lu

  431. Marco Dantas

    Boa noite Lu e Guerreiros(as)!

    Estou em uso do Scitalax, me sentindo muito bem. Cada vez mais os sintomas estão sumindo e consigo manter minha rotina de trabalho, faculdade e academia. Peço a todos que participam deste importantíssimo blog, que tenham paciência e continuem o tratamento. Os benefícios virão. Pensei até em desistir da faculdade, mas depois da citada medicação, utilizada conforme prescrição do especialista, aliada a uma rotina de exercícios físicos e uma alimentação saudável, tenho colhido bons resultados.

    Beijo em todos!

    Marco Dantas

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcos

      Você é mesmo uma fofura, sempre repassando-nos como anda seu tratamento e incentivando todos a continuarem na luta. E tem que ser assim mesmo, ainda que as dificuldades iniciais queiram nos desencorajar. Temos que ser guerreiros.

      Quando o vejo assim tão para cima, sinto uma grande alegria. Está aí a resposta de que podemos levar uma vida de qualidade. Você já está levando uma vida totalmente normal.

      Parabéns, meu querido!

      1. Marcos Dantas

        Não sei se é de bom tom publicar isso no site. Portanto, melhor deixar privado. Sobre o sintoma da ejaculação retardada (note: trata-se de falta de ereção!) também diminuiu. Aos poucos estão voltando as boas sensações que o sexo bem praticado com a parceira certa (a minha me acompanha há quase 25 anos. Temos 42 e uma filha de 22) proporcionam.

        Beijos a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marcos

          Mais uma notícia boa. Tudo está voltando ao normal, assim como as boas sensações ocasionadas pelo sexo. Parabéns ao casal e beijos na filhota. Ainda que distante, meu coração diz que você é uma pessoa do bem. Assim sendo, continua sendo uma “fofura”… risos. Agora pode também ler outros assuntos do blog.

          Abraços,

          Lu

  432. Maps

    Boa noite!
    Comecei a tomar este medicamento há 05 dias, porque voltei a ter crise de ansiedade e depressão do nada, na verdade, acho que não veio do nada, estou trabalhando há 02 meses em uma empresa, que me exerce muita pressão, e tive uma decepção com um cara, aí pronto, a depressão e ansiedade vieram com tudo. Eu estava super bem no trabalho, agora não consigo trabalhar há uma semana. Minha família não entende e não aceita. Minha mãe brigou feio comigo, não aceita, que eu esteja em depressão. Ela acha coisa de gente fraca, porque ela teve decepções maiores na vida, e não se entregou à depressão.

    Ganho bem, meu cargo é bom, mas me bate um desespero só de pensar em sentar na mesa do escritório. Não sei o que faço, se peço demissão, ou, se tento entrar em licença pelo INSS. Estou desesperada, porque o remédio ainda não me ajudou.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maps

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde encontrará também pessoas vitimadas pela incompreensão da família. Mas aqui poderá ficar à vontade, e falar sobre tudo o que quiser.

      Infelizmente, a maioria das pessoas não têm conhecimento do que seja a depressão. Muitas acham que se trata de chilique. Mas não é bem assim. Cada corpo reage diferentemente em relação aos reveses da vida. O que significa que a filha não é igual à mãe, ou vice-versa. Não só é preciso compreender o depressivo como também respeitá-lo. A família que assim age ajuda muito no bem-estar do doente mental. A incompreensão só contribui para piorar o estado do doente. Embora sua mãe fale com firmeza, achando que está a dar-lhe forças, ela se encontra completamente equivocada quanto ao modo de lidar consigo. Perdoe-a! Nesse momento, você precisa muito do apoio da família.

      É muito bom o fato de já ter começado o tratamento. Ainda está no início. Normalmente, os bons efeitos só começam após duas semanas. Pode acontecer também de ter efeitos ruins, que irão passando à medida que o organismo acostuma-se com o remédio. Mas não pare. Qualquer problema, relate-o a seu médico. E venha aqui conversar conosco.

      Não tome nenhuma decisão agora quanto a seu trabalho, pois seria precipitada, uma vez que está num período de sensibilidade à flor da pele, muito fragilizada. Em hipótese alguma peça demissão. Peça a seu médico uma licença. Ainda que o ganho salarial diminua. Mas dinheiro não é tudo na vida. Receba pelo INSS. Muitos aqui encontram-se recebendo por tal instituição. A saúde é nosso bem maior. Cuide primeiro de você, e não dê muita importância à opinião de pessoas alheias ao momento pelo qual está passando. Você não está sozinha, somos um monte, aqui.

      Quanto ao cara, não se importe com isso. O ser humano é assim mesmo, todo cheio de falhas, pois ninguém é perfeito. Ele ainda irá lhe pedir desculpas. Dê tempo ao tempo. Quantas decepções também já causamos a outrem. Temos que não dar muita importância aos erros humanos. Até as máquinas de última geração falham. Leve a vida com mais leveza. Não cobre muito de si e nem dos outros. E siga direitinho o tratamento.

      Volte aqui para nos dizer como anda. Leia outros artigos sobre o tema e tente fazer algum tipo de exercício.

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Maps

        Lu, obrigada por sua breve resposta. Mas está difícil, minha mãe nem sequer está falando comigo, isso dói, sei que ela me ama, e quer meu bem. Ela não aceita depressão como uma doença, meus irmãos também acham que é fraqueza, porque vou fazer 30 anos, sou a mais velha, e tenho que ser forte. Eu nem sei se tenho direito a entrar no INSS, porque estou no período de experiência.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Maps

          Não se preocupe com sua mãe. Se a barra estiver muito pesada, peça a seu psiquiatra para convidá-la para uma conversa. Ela está sendo muito egoísta, ainda que pense no seu bem ou na possibilidade de perder um bom emprego. Todo o corpo adoece e com a mente não seria diferente. Pergunte-lhe o que ela faria se o fígado dela ficasse doente? Com certeza dirá que o trataria. Então lhe diga que seu cérebro está doente, precisando ser tratado e que você precisa do apoio da família.

          Você tem direito ao INSS. Não se preocupe. Volte a me escrever amanhã. Aguardo!

          Abraços,

          Lu

  433. Tereza Soares

    Olá!
    Tomo Escitalopram faz uns 6 meses. Não tive nenhum efeito colateral, pelo contrário, me sinto melhor e durmo bem à noite, pois estava ruim para dormir antes. Tive síndrome do pânico pela primeira vez, há 18 anos atrás, fiquei mal mesmo, e naquela época não se falava muito nisso. Hoje, felizmente, é visto como normal. De lá para cá sempre tomo remédios, paro uns tempos, recomeço e vou levando.

    Aconselho a pessoa a se dedicar a alguma religião, ter fé ajuda muito, mas acho que este medicamento me engordou, pois tenho uma fome de leão. Depois de amanhã vou ao psiquiatra, e quero mudar para a Sertralina.Tenho amigas que emagreceram muito com este medicamento. Claro que cada caso é um caso, mas minhas roupas não estão me servindo.

    Um grande abraço a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Tereza

      É um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho, trazendo força para todos que fazem essa mesma caminhada em busca do controle mental.

      Como mencionou, cada organismo reage de uma maneira diferente. No meu caso, perdi o apetite, o mesmo aconteceu quando tomava a fluoxetina. Até esqueço-me de comer, enquanto você passou a ter uma fome de leoa… risos. Também não tive os efeitos adversos como dores de cabeça, ansiedade e tal. Quanto ao sono, vi-me privada dele. Tenho que tomar bromazepam para dormir.

      Ainda bem que as pessoas, com o avanço da medicina, vêm olhando as doenças mentais como sendo normais. Qualquer parte de nosso corpo é passível de adoecer. Temos que aceitar isso com normalidade. Você deve levar seu tratamento adiante, só parando quando o médico der ordem. Não fique nesse vai e vem, pois não é bom para o organismo. Ao mudar para a sertralina, não se esqueça de perguntar a ele quanto tempo deve aguardar para começar a tomá-la.

      Um grande beijo,

      Lu

      1. Pablo

        Olá!
        Eu já tratei durante uns 2 anos de transtorno do pânico com Lexapro 15mg. Fiz o desmame, e fiquei uns 2 anos bem, mas há uns 6 meses voltaram as sensações. Fui ai neurologista/psiquiatra e voltei a tomar medicação, hoje tomo Scitalex, oxalato de escitalopram 10mg. Já tomei 14 comprimidos do Scitalx. No início foi muito ruim mesmo, acabei comprando o genérico Oxalato de Escitalopram da EMS 10mg, para continuar o tratamento, porém estou uns 5 dias tomando deste laboratório, e as sensações colaterais estão muito fortes. Será que trocar de laboratório, mesmo sendo o mesmo componente ativo, faz tanta diferença assim?
        Obrigado, este é um ótimo blog!

        Pablo

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pablo

          É um grande prazer recebê-lo em nosso grupo. Aqui podemos falar livremente sobre nossas angústias, pesadelos e também sucessos. Normalmente, essas sensações vão passando com o tempo. Gostaria de saber quais são essas sensações e qual a dosagem que você toma, e em que horário.

          Um grande abraço,

          Lu

          O fato de a depressão ter voltado é normal. Isso acontece com muitas pessoas, ainda mais numa época em que nossa vida é tão corrida, exigindo muito de nós. Não acho que os efeitos adversos têm a ver com o laboratório. Estão relacionados ao organismo de cada um. Eu, por exemplo, sempre compro aquele que está mais barato no mercado. E não sinto diferença. Mas se quiser, poderá retornar ao Lexapro. A mesma coisa aconteceu com o Prozac (fluoxetina) quando foi lançado. Depois, todos os laboratórios fabricavam a substância.

        2. Jessica

          Oi, Pablo!

          Já tomei essa medicação, é muito ruim no começo, senti muitas náuseas, sonolência, mas não dormia bem à noite, e sentia um cansaço muito grande, mas depois da terceira semana sumiram os efeitos, e passei a dormir à noite, as náuseas pararam, mas a sonolência permaneceu. Troquei a medicação pelo exodus porque precisei de uma mais forte. Essa agora tem mais efeitos. Quando você for à próxima consulta, avise ao médico o que sente, mas leva de seis a oito semanas para seu organismo se adaptar. Eu o aconselharia esperar, a não ser que os sintomas passem disso que citei.

        3. Pablo

          Obrigado! Sim, vou continuar o tratamento! Minha maior duvida era sobre a questão do laboratório!
          Melhoras e qualidade de vida para todos!

          Abração

        4. Flavia

          Olá, pessoal!

          Depois que fui diagnosticada com essa danada SP, minha vida mudou, e consegui me estruturar depois que comecei a tomar a medicação esitalopram. Porém, entretanto, todavia, como também sou danadinha e dura na queda, não paro sequer de ler e procurar sobre artigos que me façam sentir melhor, e assim saber que tudo isso tem cura. Hoje tenho a convicção de que o remédio está apenas mascarando a síndrome e, consequentemente, se eu parar, ela vai voltar, então, como não quero depender disse o resto semaninha vida, busquei outras alternativas para me libertar de vez e dominar minha mente. Hoje não tomei o remédio e me sinto bem, graças a Deus, acabo de sair da terapia porque a verdadeira cura está em cada um.

          Na mente de cada um, a verdade, amiguinhos, é que precisamos tratar o psico e o remédio não faz isso, apenas esconde os chiliques, então li um artigo bem legal e gostaria de compartilhar com vocês. Como muitos alimentos que estimulam a produção da serotonina naturalmente e tem me ajudado bastante.

          http://www.psicoterapia.psc.br/scarpato/panico.html
          Beijos a todos e boa sorte pra nós!

        5. LuDiasBH Autor do post

          Flávia

          Fico muito feliz ao vê-la tão otimista assim. Contudo, não poderia deixar de chamar a sua atenção para alguns pontos, dentre eles o de negar a genética. A Ciência está a nos mostrar, cada vez mais, a influência que a hereditariedade exerce sobre nós. Não somos o que queremos ser, mas o que nossa herança genética determina, em vários campos. Em se tratando da diabetes, se alguém herda os fatores de risco dos pais, não adianta pensamento positivo. Por que às mulheres, ao fazer exames de mama, é-lhes perguntado se tem alguém com câncer de mama na família? Para conhecer os riscos genéticos. O mesmo acontece com a depressão, que pode ser episódica, recorrente ou crônica. Tanto pode durar alguns meses, como alguns anos… Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos, torna-se uma doença crônica sem remissão. É necessário tratamento adequado em todos os casos. Não se deve confundir a depressão com mudanças normais de humor (para as quais se pode usar os pensamentos positivos) com a gravidade e permanência dos sintomas depressivos.

          Na depressão grave, pode-se aliar ao medicamento intervenções psicoterapêuticas, sem jamais abrir mão do medicamento. Não podemos nos esquecer que a mente é parte física do corpo, é o nosso cérebro. Se os seus pulmões estiverem doentes, você o trataria com psicoterapia? Claro que não! Pode até ser que, num segundo momento, entre com ela para modificar comportamentos danosos ao corpo, como parar de fumar. As intervenções psicoterapêuticas são particularmente úteis nas situações ligeiras e reativas às adversidades da vida. Ao contrário do que imagina, o antidepressivo age diretamente nos neurotransmissores. Atuam na raiz da questão. E um dia sem o remédio não traz problema nenhum, pois seu efeito é acumulativo.

          Você diz que a verdadeira cura está em cada um, como se a Ciência, que a anos a fio trabalha na busca da cura da mente, estivesse brincando. Não é bem assim, amiguinha. Se fosse, não teríamos estatísticas tão cruéis: segundo pesquisas médicas, uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão. Com tantos livros de autoajuda no mercado, deveríamos todos estar sadios.

          Perdoe-me a extensão da resposta, mas receio que pessoas necessitadas de tratamento, tomem a sério o seu posicionamento, quando sabemos que a depressão não tratada pode levar ao suicídio. Ela pode afetar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e, se não for tratada, pode conduzir ao suicídio. Portanto, trata-se de algo muito sério.

          Como gosta de pesquisar, sugiro-lhe a leitura do livro mais famoso neste campo:
          O Demônio do Meio-dia – Uma Anatomia da Depressão/ Andrew Solomon

          (O Demônio do Meio-Dia – Uma Anatomia da Depressão continua sendo uma referência sobre a depressão, para leigos e especialistas. Com rara humanidade, sabedoria e erudição, o premiado autor Andrew Solomon convida o leitor a uma jornada sem precedentes pelos meandros de um dos temas mais espinhosos …)

          Grande abraço,

          Lu

        6. Jessica

          Bom dia!
          Estou tomando há uma semana oxilato de escitalopram de 15mg e patz sublingual. Estava usando scitalax. O Exodus (escitalopram) tomo de manhã e patz à noite para dormir. O médico diz que é para tomar apenas quando tiver muita dificuldade para dormir, mas isso acontece todos os dias. Isso regula com o tempo? A insônia ficou bem pior depois do início do tratamento com escitalopram. Antes não dormia por causa da síndrome do pânico, moro só, então qualquer barulho era motivo de entrar em crise, mas isso, graças a Deus, melhorou 80% e a depressão eu diria que 50%, mas a insônia está muito pior. Alguém sabe me dizer se esses efeitos melhoram com o tempo? Insônia, dores nas pernas e sensação de cansaço como se estivesse com febre, falta de apetite.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Jéssica

          É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde nos unimos no combate à doença mental, relatando nossos retrocessos e avanços e apreendendo os dos outros. Sinta-se em casa.

          Através dos comentários aqui expostos, poderá ver o quanto somos complexos. Alguns têm relatam um sono pesado, difícil de conter, ao tomar o mesmo remédio, que traz insônia a outros. Encontro-me no segundo grupo. Também preciso de sonífero, vez ou outra. Uns engordam, pois passam a ter muito apetite, enquanto outros emagrecem pela falta desse… Algumas pessoas passam por muitos efeitos adversos, enquanto outras quase nada sentem. No início do tratamento é assim mesmo, mas com o tempo os efeitos ruins vão desaparecendo. O organismo vai se acostumando com o remédio. É preciso ter paciência e persistência.

          Jéssica, é bom que também volte ao médico, para relatar o que está sentindo. Leia também outros textos presentes aqui no blog sobre o assunto e os comentários dos colegas.

          Grande abraço,

          Lu

        8. Jessica

          Obrigada Lu, estou acompanhando, muito boa a abordagem deste assunto, e essa troca de informações, isso ajuda bastante no tratamento dessas doenças.

        9. Pablo

          Muito Obrigado pelo retorno!
          Eu tomo oxalato de escitalopram todo os dias, às 07:00 da manhã, hoje fecham 21 dias tomando. Minhas sensações são: primeira semana: Náuseas, ansiedade, libido fraco, boca seca, muita tontura, despersonalização; segunda semana: libido fraca, tontura, agora estou tendo tontura diária, algo como se estivesse fazendo as coisa no automático. Sempre quando tenho que pensar muito, forçar a cabeça, fico muito tonto e tenho confusão mental. Já tratei, sei que no inicio é difícil, mas sempre desconfiamos de outros problemas… heheh. Obrigado pela ajuda!
          Gostei muito do blog.
          Obs.: Que bom que a mudança de laboratório não seja o problema, fico mais tranquilo!

        10. LuDiasBH Autor do post

          Pablo

          Os problemas relacionados são relativos ao remédio. Aos poucos, eles começam a desaparecer. Nossa bordão é “paciência e persistência”. Ao ler os comentários, observará que muitos relatam os mesmos problemas. Leia também outras abordagens, aqui no blog, sobre este mesmo tema.

          Um grande abraço,

          Lu

      2. Cristiane Veiga

        Lu
        Hoje estou triste comigo mesma, marquei consulta com ginecologista fiquei tão ansiosa, que não dormi direito, e não consegui sair de casa para ir à consulta, tamanho era o meu medo de sair de casa. Sinto isso só na parte da manhã, acordo ansiosa, fraca, com dores no corpo, principalmente nas pernas e braços. Faço tratamento já faz 5 anos, depois daquela confusão da troca de remédios fiquei assim. Estou muito desanimada, gostaria de voltar a ser como era antes mesmo que fosse com os remédios. A vida era bem mais colorida.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Não há porque ficar triste consigo. Quem é que não tem altos e baixos? O que lhe aconteceu é mais do que normal, quando se trata de pessoas que, como nós, possuem doenças mentais. Cada dia é um novo dia, uma nova batalha, até que as coisas entrem nos eixos. Se eu for contar as vezes em que já me senti assim… Mas tenho sempre no meu criado um ansiolítico, que tomo quando percebo que estou meio ansiosa e não irei dormir. Por que não tomou o seu? O pior horário do dia para mim também é a manhã, por isso, coloco a maioria dos meus compromissos na parte da tarde. Gosto mais da noite. Outros porém, odeiam a chegada dela.

          Levante essa cabecinha e bola para frente. Quem disse que vamos nos deixar derrotar? A gente cai, levanta-se, cai, levanta-se de novo, mas não se abate. Nós, que lidamos com os chiliques da mente, somos guerreiros. Eu procuro ver cada dia com a maior normalidade possível, aconteça o que que acontecer. Já perdi as contas dos anos em que faço tratamento.

          A vida continua colorida como sempre. Pode haver momentos em que a sentimos descolorida, mas logo ela volta ao normal. E não se preocupe por não ter ido ao ginecologista. Remarque a consulta. Não há problema algum. Amiguinha, você é uma pessoa maravilhosa. Precisa acreditar nisso. Estamos todos juntos.

          Beijos,

          Lu

  434. Marco Dantas

    Boa noite Lu e guerreiros(as)!

    Após dez dias de tratamento, sinto-me cada vez melhor. Claro, luto contra as reações adversas, sendo para mim a pior a despersonalização. Aquela sensação de se sentir estranho a si mesmo, caracterizada ainda por se fazer as coisas no “automático”. Espero que esse sintoma suma com o tempo. Não quero descontinuar o tratamento como das vezes anteriores. Desejo a todos fé, força e coragem, nesta semana que se inicia.

    Marco

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco

      Nem imagina o quanto me sinto feliz ao ver o progresso dos que se empenham nesta nossa caminhada. Maravilha, o seu progresso vem sendo muito rápido em relação ao tempo em que se encontra tomando o remédio. As reações adversas ainda estão dentro do prazo normal. Logo a sua despersonalização irá passar, e deixará de achar que é o Obama… risos.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Marco Dantas

        O problema é não sentir que o que você está fazendo é de sua própria vontade. Como eu sou muito crítico de mim mesmo, me pergunto se o meu agir faz parte de minha personalidade ou é por conta do Scitalax. Pedi aos familiares que me alertem, se meu trato para com eles destoar muito de minha personalidade. Quanto ao meu progresso, como eu relatei anteriormente, já havia feito uso dessa substância por 3 meses de maneira irregular. Nunca havia passado de 5 dias seguidos.

        Beijos

        Marco

        1. LuDiasBH Autor do post

          Marco

          Esse alerta por parte da família é excelente, inclusive aconselhado, pois muitas vezes não damos conta de nossas mudanças. Veja agora se leva o tratamento a sério. Cada vez que o interrompe, piores vão ficando as crises. Que todos possam mirar no seu exemplo. E uma semana com grandes melhoras.

          Abraços,

          Lu

  435. Maria

    Oi, Lu!
    Estou tomando o oxalato de escitalopran (exodus) há uns 3 meses. A dose é baixa, pois comecei com um quarto de comprimido de 10 mg, e faz 3 meses que estou tomando meio comprimido de 10 mg, isto é, tomo 5 mg. Tomo também rivotril 2 gotas. Superei a fase horrível inicial de depressão e SP, além de muita ansiedade. Entretanto,agora acho que tenho que aumentar a dose para 10 mg, a partir do quarto mês. Acho que deveria já ter aumentado, pois apesar da melhora, tenho tido algumas recidivas. Não tanto como estava, pois tinha ataques de SP horríveis, e não saía mais de casa. O que você acha?

    Um grande beijo no seu coração.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria, Maria, Maria… (Estou me lembrando da música do Milton Nascimento)

      Amiguinha, a dose que está tomando é realmente baixa, mas somente o seu psiquiatra é quem poderá aumentá-la. Você deve seguir direitinho a prescrição que lhe foi feita. Em hipótese alguma poderá aumentar a dosagem por conta própria. Ele irá avaliar uma série de fatores, inclusive outros remédios que toma. Portanto, minha querida, marque um retorno para que ele possa avaliar o seu quadro atual.

      Fico muito feliz ao saber que vem melhorando. Logo estará ótima. Mas não nos abandone.

      Abraços,

      Lu

  436. Débora

    Eu tive dois episódios depressivos e meu marido teve um. Meus filhos vão ter depressão? Há 100% de chance?
    E o oxalato de escitalopram genérico do Lexapro, tem o mesmo efeito? (mudei do lexapro pro genérico da eurofarma essa semana).

    1. LuDiasBH Autor do post

      Minha amiga

      Não ocupe sua mente com coisas que não fazem parte de seu presente. Não sei que idade seus filhos têm, mas até lá a medicina já deve ter descoberto a cura para a depressão. Os avanços estão sendo cada vez maiores. E não é bem assim como imagina. A depressão não é como a diabetes.

      A depressão sua e de seu marido podem ser oriundas de acontecimentos passageiros. Conheço famílias em que pai e mãe já passaram por episódios depressivos e nenhum dos filhos tiveram. Você mesmo diz: “eu tive dois episódios depressivos e meu marido teve um”. Episódios não significam permanência. Eu, por exemplo,sou uma depressiva permanente, vou ter que tomar antidepressivo todos os dias de minha vida, ou até que a Ciência corte a prepotência dessa danadinha. E ademais, qualquer ser humano passa por momentos de baixo astral, melancolia, tristeza, luto, que muitos veem como depressão.

      No início, eu tomei o Lexapro. No segundo mês já pulei para o genérico. E eu sou lá doida de comprar antidepressivo a preço de ouro? Aqueles canadenses são uns abilolados. Eu ainda estou no meu juízo perfeito. Tomo o mesmo que você, da Eurofarma, e dou-me muito bem. Leia também o meu texto: FLUOXETINA OU ESCITALOPRAM (vejo o link abaixo deste que acabou de ler).

      Obrigada por sua visita. Venha sempre nos visitar. Formamos um grupinho bem legal, onde uns ajudam os outros.

      Beijo no coração,

      Lu

  437. Liz

    Olá Lu
    Graças a Deus, depois que estou fazendo o tratamento como a psiquiatra pediu, estou me sentindo cada dia melhor. Hoje passei muito bem, não tive sintomas algum. Já faz 17 dias que estou usando o lexapro e rivotril.

    Amigos, não fiquem com medo dos sintomas, resistam a eles, pois passam. Eu pensei que fosse morrer antes do tratamento, pois demorei demais procurar ajuda, agora estou me sentindo outra.
    Abraço

    Liz

    1. LuDiasBH Autor do post

      Liz

      Que notícia maravilhosa! E olhe que você estava com medo de fazer o tratamento. Isso é um bom incentivo para todos que ainda temem os efeitos colaterais. É preciso ter coragem, persistência e ir seguir em frente.

      Parabéns, Liz. Quero continuar obtendo notícias suas.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Paulo Pentecostes

        Oi, boa tarde!
        Eu me chamo Paulo e gostaria de saber se esse medicamento causa pensamentos meio anormais, irreais, pois depois que comecei a tomá-lo, às vezes vem cada coisa na minha mente, principalmente quando estou sozinho. Parece que eu não me reconheço, sinto medo e já procuro algo pra fazer. Eu fico me controlando, com medo de estar ficando louco. Eu o tomo faz 18 dias, e gostaria de saber se alguém aqui passou pelo mesmo problema.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paulo

          Isso é realmente um dos efeitos adversos do remédio. Muitos já passaram por isso. Com o tempo, costuma desaparecer. Mas ainda assim, entre em contato imediatamente com seu médico. Se possível agora.

          Grande abraço,

          Lu

    2. Viviani

      Estou tomando o reconter em gotas 3, mas estou me sentindo muito ruim, devo parar e falar com o médico ou continuar?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Viviani

        Você não me disse há quanto tempo está tomando esse antidepressivo e o que está sentindo. Mas todos eles, no início, trazem muitos incômodos que vão passando à medida, que o organismo vai se adaptando ao remédio. Não pare de tomar. E, amanhã, entre em contato com seu médico e converse com ele.

        Abraços,

        Lu

  438. Deise

    Boa tarde!

    Já li nos comentários que muitos perdem o sono com a medicação, no meu caso tenho sono demais, se encostar durmo! Alguém com o mesmo sintoma?

    Abraços

    1. LuDiasBH Autor do post

      Deise

      Há muita gente com esse sintoma por aqui. Depois leia os comentários. Eu, infelizmente, estou na turma dos que precisam de ajuda para dormir. Necessito de um ansiolítico para cair nos braços de Morfeu.

      Abraços,

      Lu

      1. Selma-SC

        Li comentários que não se deve usar o escitalooram com lanzoprazol. Você sabe me dizer se é tomar junto ou preciso esperar um tempo?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Selma

          O que se aconselha é que todo remédio deva ser comunicado ao médico psiquiatra, para ver a sua interação com o antidepressivo. O Lanziprazol tem outra função, ainda assim, converse antes com seu médico o farmacêutico. Certo?

          Abraços,

          Lu

      2. Cristiane Veiga

        Lu,quanto tempo faz que toma remédios para dormir? Depois da troca de remédios que o médico fez e tive uma recaída, acho que também vou tomá-los pelo resto da vida. Tenho pessoas na minha família que tem depressão, mas não assumem, pois esta palavra é proibida. Eu faço terapia escondido, psiquiatra então,tomar remédio é frescura,falta de Deus e não mais sei lá o quê. Às vezes isso me deixa triste, pois sei que Deus está do meu lado. Meu casamento acabou por causa da minha doença, pois fiquei muito ruim e meu marido não gostava de mim o suficiente para aguentar, mas eu o perdoo, se fosse eu, também tinha fugido, pena que não posso fugir de mim mesma.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          Meus problemas com a deprê surgiram desde a minha fase de adolescente. Minha mãe tinha medo que eu herdasse a doença dela, que por sua vez herdara de sua mãe. E não deu outra. Mas sempre tive uma visão muito aberta quanto ao problema, e sempre procurei tratamento. Na minha família, todos veem os problemas da mente como normais, tamanho é o número de pessoas que os tem. Consideramos que o importante é buscar tratamento médico. Sinto pena das pessoas que nascem em famílias que não compreendem que a mente também adoece. O que é uma forma de atraso, em todos os sentidos. E não tem nada a ver com Deus. Se as doenças fossem prova de falta de fé, a maioria delas não existiria. Na maioria dos casos, os problemas mentais são oriundos de nossa genética, como a diabetes, por exemplo. Se um dos pais tem a doença, o filho tem 50% de probabilidades de tê-la, e se ambos a possuem, ele não tem escapatória. Existe também um tipo de diabetes que não é genética. Mas não ligue com a ignorância dos outros. Nós só podemos responder por nosso comportamento. É impossível controlar o dos outros. O importante é a visão que você tem da vida, a consciência de que deve se tratar.

          Cris, é uma pena que seu marido não tenha lutado junto com você. Sei que faria isso, se fosse ele a vítima. O meu é fantástico, meu melhor amigo, grande companheiro. Sempre me deu a maior força. E, se estou em baixa, exige que eu volte ao psiquiatra. Tomara que encontre alguém bem especial, pois percebo que é uma grande mulher, uma guerreira. Parabéns pelo modo como encara sua doença mental. Os que a tem e enfiam a cabeça no buraco, como avestruz, fingindo-se perfeitos, devem sofrer desesperadamente. Não queria estar na pele deles.

          Amiga, é nossa missão desmistificar as doenças da mente, com o testemunho de que podemos ser felizes. Vamos provar isso para os que nos rodeiam e que ainda são preconceituosos.

          Grande abraço,

          Lu

      1. Deise

        Lu
        Nossa, às vezes tenho a sessão de que vou dormir sentada, mas não é um sono de cansada, será que passa? Faz 10 dias que estou usando a medicação!

        Abraços

        1. LuDiasBH Autor do post

          Deise

          Se está tendo tanto sono assim, pode ser que o seu médico mude o horário para tomar o remédio. Alguns os tomam à noite. Ao contrário de você, muitos de nós precisamos tomar remédio par dormir. Quanto a passar, à medida que seu organismo for se adaptando ao remédio, ele irá regularizando o sono. Ainda assim, repasse o fato para seu médico.

          Grande abraço,

          Lu

  439. Paula

    Lu
    Comecei o tratamento ontem com oxalato de escitalopram, e me sinto durante com sonolência, uma queimação nas mãos depois e ânsia de vômito. Será que é normal?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paula

      Alguns sintomas são normais, sim, no início do tratamento, tendendo a desaparecer com o uso contínuo do medicamento. Contudo é preciso acompanhá-los e, se não passarem, comunique-se com seu médico, relatando-os. Postei hoje, na primeira página do blog, um texto sobre sintomas possíveis de acontecer e como proceder. Chama-se: INFORMAÇÕES SOBRE O OXALATO DE ESCITALOPRAM.

      Beijos,

      Lu

    2. Andreia Guglielmi

      Paula, boa noite!
      Tomo esta mesma medicação faz uns 3 anos, hoje estou desmamando, mas o que você está sentindo é porque é o começo, pois esses medicamentos demoram ate 15 dias para normalizar. Vi que muita gente tem algo contra, mas para mim foi uma bênção. Tomo 10 mg, o que você esta sentindo é normal sim, pois só tem um dia querida! Força e fé, você vai melhorar.

      Beijos

  440. Monykka

    Olá Lu

    Venho sofrendo faz 1 ano com crises de pânico e ansiedade… Idas e vindas ao pronto socorro e várias especialidades médicas, em busca de um diagnóstico, que por unanimidade resulta em problemas psicológicos… rs.

    eu sempre procurei nunca tomar remédios, e sempre me tratei com homeopatia e produtos naturais, florais que por sinal tem dado certo por um tempo, mas voltam vez ou outra as crises… Na hora do desespero, eu passo no psiquiatra que passa o remédio, mas quando chega em casa e Leio a Bula, meu mundo cai… Como assim? Tomar um remédio para me deixar pior? Surtar? E não parar nunca mais de tomar? Estão aqui o escitalopram e o citalopram intactos, até hoje tive medo de tomar e ser um caminho sem volta. Não sei, fico perdida. Uma colega começou a tomar e ficou pior, teve que se afastar do emprego, até passou a desmaiar. Aí fico na dúvida, tomar ou não tomar… Meu intuito aqui é criar coragem mesmo com aquela bula dizendo só coisas ruins.

    Vi muitos relatos que os efeitos passam e outros não.Estou perdida, ontem mesmo parei no pronto socorro – a pressão subiu, tomei soro… Não quero essa vida para mim, mais também não quero ficar dependente de remédios tendo tantos efeitos colaterais. Tenho medo de ficar pior, de mexer com meu psicológico de um jeito que eu não me encontre mais… enfim…

    Sorte para todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Monikka

      Minha querida, todos nós passamos por isso ao iniciar um tratamento com antidepressivos. Aliás, nem todos, alguns, como eu, que começaram muito jovens, sem nenhuma preocupação com bulas, que ficavam a cargo de nossos pais, nem sabíamos o que tomávamos… risos. E poucos eram os pais que as liam. Você já leu uma bula de anticoncepcional? Também é um horror.

      O medo doentio é o diagnóstico visível de que sofremos de algum tipo de doença mental, ou de muito deles juntos, pois um tipo sempre busca a companhia do outro. Você disse que já se tratou com florais, etc. Acontece, minha amiguinha, que esses não agem sobre nossos neurotransmissores, mas apenas atenuam os efeitos mais simples de nossa doença: um calmante para a ansiedade ou SP, um analgésico para uma dor, etc. O âmago da questão fica intocado. E sabemos que não adianta tratar o caule da planta, sem que passe primeiro pela raiz, onde penetra a seiva que lhe dá vida. O oxalato de escitalopram age no cérebro, corrigindo as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina.

      Irá chegar um momento em sua vida em que só terá a opção: tomar o antidepressivo ou tomá-lo, ou seja, não há saída. As crises vão ficando cada vez mais próximas e mais fortes. E você colocará de lado todo esse medo tolo contra o tratamento, coisa que herdamos de uma cultura atrasada, como prova a história, sobre as doenças mentais. Deve haver coisa pior do que fazer quimioterapia? E até crianças não fazem? Precisamos desmistificar o tratamento mental.

      Eu tomo oxalato de escitalopram faz muitos anos. E como vê, através da minha escrita, sou uma pessoa “aparentemente” normal… risos. Pelo menos ninguém reclama mais dos meus chiliques, e meu maridão vive em paz… risos. Até posso ajudar os meus queridos leitores. Se sirvo de prova, use-me. E olhe que irei tomar a vida toda, pois o meu problema é genético, enraizado em toda a minha família materna.

      Monikka, está na hora de tomar atitude. E depois persistência no tratamento. Chega de evasivas, desculpas… Não vá por bula ou disse me disse. Você terá um especialista que a acompanhará. Repasse-lhe os sintomas que sentir. Não crie caraminholas para não se tratar. Comece antes que seu estado fique pior. E conte comigo e com todos os amigos aqui do blog. Volte para nos contar como anda.

      Um grande abraço,

      Lu

  441. Pasquale

    Ontem eu aumentei a dose para 10mg e hoje acordei com os sintomas bem mais fracos, e me sentindo bem melhor. Creio que agora a tendência é só melhorar. Enfim estou mais esperançoso com o tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pasquale

      Com paciência as barreiras vão sendo vencidas. Os sintomas tendem a diminuir cada vez mais. Continue, assim, acreditando no seu tratamento. É fundamental o modo como o encaramos. Parabéns!

      Abraços,

      Lu

  442. Marco Dantas

    Hélio

    Náuseas e diarreia eu também tive. Mas sumiu com a continuação do tratamento. Agora, se persistir esses sintomas por mais tempo, é bom solicitar ao médico exames complementares, pois a persistência dos sintomas citados pode não ser proveniente do remédio. Hélio, segue o conselho da Lu. Parar antes de consultar com o médico pode ser por demais prejudicial. Quanto ao medo que lhe atormenta, atormenta também a todos nós. Nesses momentos, voltar nossos pensamentos para coisas positivas, pode ajudar.

    Eu não professo religião. Estudo o espiritismo e, quando me sinto agitado, peço orientação a Deus por meio dos irmãos de luz. Procuro espantar pensamentos negativos e penso só nos que me ajudam. Enfim, conheço pessoas que têm fé tão somente em si mesmas, por não acreditar em força superior. Mas seja qual for a sua crença ou não crença, fortaleça-se nela. E saiba, tudo o que você sente, todos nós também sentimos no presente ou no passado.
    Um dia de cada vez, meu querido. Um comprimido por dia!

    Beijo no coração de todos, um bom final de domingo de descanso reparador e um excelente e produtiva semana que se inicia!

    Marco Dantas

  443. Hélio

    Confesso que estou meio receoso, estou com a ansiedade e a depressão aumentadas. Estou com medo também dos efeitos, como a diarreia e a diminuição do apetite. Gente, sei que passam esses sintomas, mas tou com medo. Esses efeitos colaterais interferem, mas o que mais me incomoda é a depressão, porque trabalho e namoro. Continuarei o tratamento por mais essa semana, amanhã (segunda) completam 8 dias de tratamento, caso esses quadros depressivos persistam, vou rever esse tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      São todos sintomas esperados, que inclusive constam da bula. E, normalmente, todos que passaram ou passam por eles também “trabalham e namoram”. Mas há momentos na vida em que é preciso pôr na balança e ver o custo benefício de certas decisões, ainda que a resposta venha um pouco mais tarde. Mas você é quem vai decidir. Tenho a certeza de que seu namorado não é um problema, pois, se ele o ama, deverá ser quem lhe dá forças para continuar o tratamento. Só alerto-o para não parar antes de falar com seu médico. Ele poderá passar-lhe um outro remédio.

      Abraços,

      Lu

  444. Hélio

    Oi gente, aqui estou mais uma vez.
    Hoje completo 7 dias de tratamento com escitalopran, porém além dos sintomas depressivos aumentados, começou um efeito também nada agradável, a diarreia. Alguém também teve diarreia no início do tratamento?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Assim como náuseas, a diarreia é também um dos sintomas comuns ao início do uso de escitalopram, que irá desaparecendo após o uso continuado. Não se preocupe. Vou fazer um artigo bem ilustrativo sobre o tema.

      Abraços,

      Lu

      1. Cristiane Veiga

        Oi, Lu!
        Gostaria de contar a minha experiência com a melatonina. É muito boa para dormir, já não uso o Rivotril para este fim, já que estou no desmame, mas a médica me indicou o valdoxan, que é um novo antidepressivo que tem melatonina. Eu não quis, pois estou bem com o meu exodus. Só a ansiedade que não passa, mas deve ser porque estou com um tio muito querido, que está muito doente.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Avalie o tempo em que deu início ao tratamento, e veja se esta ansiedade está persistindo dentro do período tido como normal. Se achar que já ultrapassou o previsto, converse com seu médico. O problema do seu tio também pode estar afetando você.

          Existe a melatonina no mercado brasileiro, digo, em farmácias? Você a importou? Com que nome? Quanto pagou? Repasse mais informações.

          Desejo melhoras para seu tio querido. Abraços,

          Lu

        2. Cristiane Veiga

          Aqui em Curitiba é vendida no Espaço Verde, e tem um site na internet. Eu comprei no site vitaminasbrasil, também dá para o médico passar a receita para manipular.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Obrigada, ficam aqui as informações, para quem quiser usar a substância.

          Abraços,

          Lu

  445. Marco Dantas

    Boa noite, Lu e guerreiros e guerreiras!

    Mesmo no terceiro dia de tratamento, já começo a perceber uma diferença das tentativas anteriores. Como a Lu mesmo fala, temos que ter um pouco de paciência e esperar que nosso organismo se acostume com a substância (Escitalopram). Uma coisa eu percebi: mais exacerbados serão os sintomas, se ficarmos parados. Temos que nos movimentar. Academia ou caminhar, se mexer. Quando ficamos parados as reações adversas são mais perceptíveis. Penso que a substância, para atingir sua finalidade, que é equilibrar as concentrações dos neurotransmissores, em especial a serotonina, busca interferir o mínimo possível na atividade normal do indivíduo. Ou seja, se o sujeito quer ficar parado, a substância não vai forçá-lo a sair correndo. Se o indivíduo quer praticar atividade física, vai conseguir. Se quer melhorar a produtividade no trabalho, vai conseguir. Na hora de dormir, vai conseguir.

    Enfim, eu, particularmente, tenho obtido uma melhora em vários aspectos: no relacionamento na família, pois a irritabilidade sumiu. No trabalho, com melhor produtividade e concentração. À noite, para dormir é tranquilo. Claro, ainda sofro um pouco com náusea, cefaleia e fraqueza na musculação. Porém readequei as séries, mas não parei. Outra coisa que continua é o retardo ejaculatório. Fora isso, pessoal, incentivo a todos a continuarem o tratamento. Para o nosso próprio bem e para os que nos cercam. Ah, com relação à bebida alcoólica, embora eu a aprecie nos finais de semana, resolvi abstenção total durante o tratamento. Por enquanto, meu compromisso é com minha qualidade de vida.

    Abraço a todos e fiquem em Paz! Força, Coragem e Fé.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco

      Fiquei emocionada com suas palavras. Meus pupilos estão cada vez mais maravilhosos. Levando a sério o tratamento, tendo consciência de que para muitos não é fácil, ainda assim seguindo firmes, buscando qualidade de vida. O que dizer diante de testemunho tão animador.

      Grande abraço, meu querido, continue firme assim, trazendo esperança para os mais frágeis,

      Lu

  446. Adriana

    Lu, bom dia!
    Eu andei sumida mesmo, tive problemas com a depressão e SP. Eu sou muito ansiosa. Faço uso do escitalopram há quase 5 meses, eu me dei bem com o medicamento, mas ainda sinto algumas crises.Meu namorado arrumou um emprego em outra cidade e quer que eu vá com ele, com medo de me deixar sozinha, com tudo que estou passando (momentos difíceis na minha vida), por isso quero saber se tem algum problema eu ficar sozinha. Desde já eu te agradeço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Adriana

      Depois de 5 meses tomando o antidepressivo, não era para estar tendo mais crises de ansiedade, depressão e pânico, que cessam, normalmente, depois de duas semanas após o início do tratamento. Portanto, é preciso voltar a seu médico para ele adequar a dose. Pode ser que precise de uma dosagem maior. Explique-lhe tudo. Pode ser que essas crises, porém, seja um reflexo dos problemas pelos quais está passando, ainda assim é preciso fazer uma nova avaliação médica.

      Dri, se as suas crises de ansiedade, depressão e pânico ainda são constantes, o ideal é que não fique sozinha, e, que vá ao especialista primeiro, pois a companhia do namorado é muito importante. Se estivesse medicada e não mais passasse por tais crises, não haveria problema algum. Portanto, vá a seu médico, converse com ele, relatando tudo, antes de tomar uma decisão.

      Grande abraço,

      Lu

      1. LuDiasBH Autor do post

        Rodolpho

        Eu lhe passei um e-mail explicando tudo direitinho.
        Dê uma olhada em sua caixa.
        Qualquer coisa, volte a me contatar.

        Abraços,

        Lu

  447. Hélio

    Espero que essa piora na depressão não dure muito, não estou sentindo nenhum efeito colateral físico, em compensação está ocorrendo essa piora na depressão, coisa que eu não tinha tão forte, antes de iniciar o tratamento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Essa piora não é psicológica, ou seja, você não está imaginando que isso esteja acontecendo, ela é física, pois existe realmente. O seu organismo está reagindo ao remédio. A depressão é uma doença física. Seus sintomas não são psicológicos. Mas não se preocupe, isso é passageiro. Logo estará se sentindo melhor. Se isso não acontecer depois de duas semanas, volte a procurar o seu médico.

      Abraços,

      Lu

  448. Hélio

    Oi pessoal, como eu disse anteriormente, todos dias estarei por aqui para dizer o que se passa comigo nesse início de tratamento. Pois bem, leio aqui muitos comentários a respeito dos efeitos colaterais FÍSICOS do escitalopran, porém são poucos os efeitos PSICOLÓGICOS.

    Iniciei o tratamento segunda-feira, porém desde ontem venho percebido que estou melancólico, pessimista e com pensamentos depressivos. Resumindo, estou com quadros depressivos que estão em um grau moderado, porém está me incomodando. Comecei o tratamento para ansiedade generalizada associada com depressão, porém estou me sentindo deprimido. Aos que passaram por isso, além dos efeitos físicos, ocorreram os psicológicos também?

    1. Beca

      Olá Hélio!
      Bom, já estou no terceiro mês de tratamento, foi quando voltaram alguns sintomas, (sniff) tipo um desânimo, tristeza, vontade de fazer nada e ver ninguém… Queria saber se isso que sentimos é normal sei lá. Sintoma físico só tontura e uma pressão na cabeça, aff como é difícil.. Melhoras pra todos nós é o que desejo de todo coração!!!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Beca

        Ao tomarmos um antidepressivo, não significa que não mais teremos desânimo, tristeza, vontade de ficar só… Acontece, minha terna amiguinha, é que ainda continuamos humanas, com todas as alegrias e tristezas inerentes à nossa humanidade. Eu, por exemplo, tomo o escitalopram há alguns anos, hoje, contudo, levantei-me infeliz com a espécie humana, ou melhor desencantada. A gota d`água foi a morte do leão Cecil, por parte de um povo que julgamos civilizados. Minha cabeça está aérea… risos. Isso é uma prova de que continuo humana e solidária com os sofrimentos existentes no mundo. Pior será a possibilidade me tornar 100% sadia, mas me transformar num robô. Espero que esse dia nunca aconteça. Sempre iremos ter aborrecimentos e tristezas, num dia ou noutro. Contudo, se isso se tornar corriqueiro, significa que o antidepressivo não está cumprindo o seu papel, sendo necessário voltar ao especialista para que ele mude para outro. Certo?

        Um beijo no seu coração,

        Lu

        1. Beca

          Nossa Lu, você é uma fofa, sempre fala o que queremos ouvir! É verdade, é complicado conviver com tanta maldade, hipocrisia, gente do mal… Mas também não me torno robô jamais, respeito muito as pessoas e seus sentimentos, acho que é dessa forma que crescemos interiormente. Obrigada por esse cantinho acolhedor, onde podemos ser nós mesmos.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Beca

          Quando apareceu o Prozac (fluoxetina), que realmente possibilitou a melhora dos problemas mentais, abrindo espaço para que novos remédios chegassem ao mercado, acreditou-se que teria criado a “pílula da felicidade”. Ainda bem que não foi. Acredito que só crescemos espiritualmente (ou mentalmente) aprendendo a conviver com aquilo que nos tira do sério, trazendo uma visão diferente para o mundo que nos rodeia e para o que está distante de nós. Não podemos perder a capacidade de nos indignarmos com a injustiça, em quaisquer que sejam os seus aspectos. E é exatamente isso que nos faz seres humanos de qualidade, ainda que para tanto tenhamos que sofrer. Não somos acessórios do planeta Terra, mas parte integrante de sua Vida. Olhar para outro, e abro aqui um parênteses para incluir uma gama maior de vida (homens, animais irracionais, plantas e o planeta como um todo) é a prova máxima de que estamos nos tornando seres melhores.

          Este cantinho é decorado com o coração de cada um dos leitores que aqui deixam seus comentários e interagem entre si. Juntos, nós nos tornaremos muito fortes. Você não tem ideia do número de pessoas que aqui vem, embora poucos marquem sua passagem com comentários.

          Grande beijo,

          Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Você talvez não tenha lido com muita atenção. Mas há diversos relatos em que as pessoas dizem que, ao começarem a tomar o remédio, em vez de melhorarem, sentiram a ansiedade aumentar, assim como os pensamentos negativos e a depressão. Outras, porém, nada sentiram.

      Isso é normal no início do tratamento. O organismo parece reagir ao antidepressivo. Mas depois esses efeitos vão amainando, o organismo passa a interagir beneficamente com o remédio e a melhora é cada vez mais acentuada. Caso tais sintomas persistam, depois de duas semanas, o paciente deve contatar o médico e repassar-lhe o que está sentido. Muitas vezes é preciso mudar de medicamento. Ainda assim, não deve parar sem o contato com o profissional.

      Leia nos dois textos sobre o assunto, os comentários referentes às suas preocupações. E fique tranquilo, pois isso acontece com algumas pessoas. O anormal é persistir depois de certo tempo.

      Abraços,

      Lu

  449. Flavia

    Olá pessoal!

    Hoje estou no 9º dia do tratamento, comecei a tomar o comprimido inteiro de escilex. Nesses primeiros dias me senti bem melhor, às vezes meio aérea, pela manhã sentia vontade de deitar, mas saia correndo para trabalhar, não deixando o desânimo tomar conta.

    Não é fácil, meus amiguinhos, porque a cada dia é uma batalha que enfrentamos… Graças a Deus não tive mais taquicardia e nem ataques alucinantes, achando que meus órgãos estavam parando… Esse contato aqui me trouxe muita tranquilidade, pois antes, eu achava que era a única do mundo a sentir aquelas sensações, e que ninguém jamais me entenderia. Quando comecei a ler os comentários aqui, fiquei maravilhada, porque todos descreviam exatamente o que eu sentia. Finalmente eu me tranquilizei, pois sabia que teria um apoio aqui no blog, e, que realmente me entenderiam!

    Lu, ontem eu tomei uma latinha de cerveja sem receio e fiquei tranquila, não senti nada, porque, como você disse, tudo é com moderação! Vamos ver como me sinto nesses dias, afinal a dosagem dobrou, mas estou tranquila, porque nada melhor do que se sentir de volta à terra… rsrsrsr. E é assim que eu quero ficar para sempre.

    Beijos a todos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Flávia

      Você é mesmo muito fofa, sempre curtindo as melhoras, por menores que sejam. Sem falar da alegria que sente no contato com esta turminha fantástica aqui do blog. Todos nós também nos alegramos com as suas melhoras e incentivos. Como disse, é muito bom sabermos que não estamos sós, pois nada mais apavorante do que o sentimento de solidão, isolamento e incompreensão.

      Quando escrevi o texto, jamais imaginei que iria entrar em contato com tantas pessoas maravilhosas, que carregam os mesmos problemas mentais que eu. Quando menos percebi, já existia aqui um fórum sobre o tema, com pessoas de todos os sexos e idade, de todas partes do Brasil, e de alguma partes do mundo, comunicando-se comigo e com o grupo. E isso tem me deixado muito feliz. A menor vitória de cada um reflete em todos, pois nos transformamos numa grande família, em que um torce pelo bem-estar do outro. Embora receba muitos e-mails, eu gosto que a discussão seja travada aqui, nos comentários, pois a fala de um pode ajudar o outro. Confesso que tenho aprendido muito com este grupo fantástico.

      E sempre que tomar a latinha de cerveja, ou uma dose de vinho, procure beber muita água para diluir o álcool e tenha também o estômago cheio. Mas aguarde mais algum tempo, até que esteja se sentido bem fortalecida.

      Grande beijo,

      Lu

  450. Liz

    Boa noite!

    Cheguei ao psiquiatra e disse assim: “Estou morta-viva, estou doente e não consigo tratamento que melhora.” Tinha todos sintomas como não conseguir ficar em pé, formigamento, falta de paciência, dor generalizada em todo corpo, tristezas, coração acelerado, dor no estômago, tonturas, minha cabeça parecia que estava grande… Pensei que ia morrer… Fiquei suportando isso muitos anos, até minha pressão ir a 23.

    A psiquiatra me receitou lexapro. No segundo dia que tomei 10mg, pensei que fosse morrer com tanta taquicardia. Liguei e a médica receitou para eu tomar, todos os dia, 10 gotas de rivotril. Depois do terceiro dia já me senti melhor. Faz 13 dias e estou bem melhor, às vezes fico com pernas inquietas e o coração um pouquinho acelerado, mas graças a Deus estou melhorando a cada dia. Não deixem de procurar tratamento, pois sofri muito.

    Att.
    Liz

    1. LuDiasBH Autor do post

      Liz

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde poderemos falar de nosso estado mental.

      Percebo que você sofreu muito até procurar tratamento. Muitas vezes ficamos naquela de que irá passar, e vamos postergando nossa ida ao médico. Pela quantidade de sintomas citados, você já se encontrava num quadro bem aflitivo. O importante é que agora encontra-se bem melhor, já não tendo mais efeitos colaterais. Fico feliz com a notícia.

      Todos agradecemos o seu incentivo. Continue vindo aqui nos contar como anda de saúde.

      Beijos,

      Lu

  451. Marco Dantas

    Boa noite Lu e amigos!
    Reiniciei hoje o Scitalax (oxalato de escitalopram), 10 mg. Cheguei a tomar durante três meses de modo irregular, porém sempre abandonava o tratamento devido aos efeitos colaterais. Olha que não era coisa de minha cabeça não. Tenho 42 anos e faço musculação e corrida leve. Pois bem! Sempre que retomava o tratamento, sentia fortes dores musculares e articulações. Também sentia dificuldade em ejacular. Outra incomodação eram as tonturas. Daí sempre desistia. Resolvi retomar o tratamento após consulta com o mesmo neurologista. Estou com humor péssimo e desesperançoso. Resolvi insistir. Hoje, primeiro dia, tomei comprimido no café da manhã. Fui à academia e já sentia uma dificuldade em finalizar as séries de exercícios. Só espero não desistir. Nem do tratamento, nem da academia. Postarei diariamente.

    Abraço em todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marco

      É um prazer recebê-lo neste nosso espaço, onde nos ajudamos mutuamente.

      Você diz que chegou a tomar o escitalopram durante quatro meses, ainda assim continuou sentindo os mesmos efeitos colaterais. Acontece que nem todo organismo adapta-se a um certo princípio ativo. Se depois de um mês, você continuou sentindo mal-estar com o remédio, seu neurologista poderia tê-lo trocado por outro. Existem “n” substâncias no mercado e, muitas vezes, temos que passar por várias, até chegar a uma que nosso organismo aceite. Normalmente, depois de 15 dias, os efeitos colaterais deverão passar. Se insistem, volte ao médico, mas não interrompa o seu tratamento, pois cada vez que voltar ao mesmo, será mais difícil, com crises mais agudas.

      É muito importante que seu médico acompanhe o seu tratamento, uma vez que continua sentindo os mesmos problemas. Marque um retorno com ele. Mas não desista. É assim mesmo. Temos que ter paciência e determinação. Também não pare com a academia, pois o exercício físico é muito importante, também.

      Volte mesmo!

      Abraços,

      Lu

      Volte sempre para nos contar como anda.

      Abraços,

      Lu

    2. Hélio

      Marco, meu receio é justamente o seu também, em relação a ejaculação e a libido de forma geral. Tomei outro medicamento da mesma classe, a paroxetina e também a sertralina. O médico me disse que não me preocupasse… Mas também tenho receio de tomar, estou no quinto dia tomando o escitalopran. Malho, mas não sinto essas dores, ainda bem. Mas vamos persistir.

    3. Emanuel

      Olá!
      Estou tomando oxalato de escitalopram faz uns 35 dias. Nas primeiras semanas foi bastante complicado, pois trabalho à noite. Senti náuseas, tonturas e parecia estar aéreo, sem contar que senti aceleração cardíaca. Mas senti, após uma sensação de melhora, os sufocamentos, estavam passando e ansiedade também. Porém tenho uma dúvida:logo após o início do tratamento perdi peso, diminuição de 5kg, isso é normal?

      1. LuDiasBH Autor do post

        Emanuel

        Todos os sintomas que você sentiu são normais no início do tratamento. E, pelo visto, já não mais os tem. O que significa que está se dando bem com o antidepressivo. A tendência agora é se sentir cada vez melhor. Quanto ao fato de emagrecer, isso acontece com algumas pessoas, enquanto outras engordam, ou seja, varia de uma pessoa para outra. Eu, por exemplo, tive, no início, pouco apetite. Mas não se preocupe, com o tempo, o organismo vai se adaptando e voltando à normalidade. Enquanto isso, procure enriquecer sua alimentação com frutas, chocolate, cereais, etc.

        Obrigada pela visita. Volte sempre para nos falar sobre como anda sua saúde.

        Abraços,

        Lu

      2. Emanuel

        Olá!
        Estou feliz, pois noto uma evolução no tratamento. Minha irritabilidade diminui consideravelmente, a dormência no rosto também, a sensação de medo está bem controlada e os pensamentos negativos também. A vontade de desistir de tudo também, no próximo dia 21 tenho consulta com psicólogo. Mas tenho uma dúvida: tenho dois eventos este mês um casamento e os quinze anos de minha irmã, como faço para tomar um chopinho. Sem afetar no tratamento.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Danadinho, mal começou a melhorar e já está querendo dar um olé no antidepressivo. O ideal é que não tomasse absolutamente nada alcoólico, pois começa e não sabe quando parar. Deixe um copo de chope em sua mesa e vá bicando… risos. Tome também bastante água e fique com o estômago cheio. Portanto, permito-lhe apenas um copo de chope geladinho. Tome sucos, para compensar… risos. Melhores dias virão pela frente, assim como outros aniversários e casamentos.

        2. Luciano Barreto

          Olá, Emanuel, tudo bem?
          Pois é cara, eu sei como é difícil deixar de lado algumas coisas por causa do medicamento, mas pense na sua melhora. Olha, eu tive minha penúltima crise há 3 anos e 8 meses atrás, e de lá para cá resolvi parar de vez com a bebida alcoólica, e inclusive também parei de beber refri. Além é claro de ajudar no tratamento, minha saúde, no geral, agradeceu com níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose baixos, e também minha resistência física aumentou consideravelmente. Às vezes vem a saudade de um chope, mas aprendi a tomar cerveja sem álcool.
          Deixei o relato só como forma de conhecimento para todos.

        3. Emanuel

          Luciano, tudo certo?
          Não me faz falta a bebida alcoólica, também estou aprendendo a beber a cerveja sem álcool, que não é tão ruim como falam… risos. Estou feliz com o tratamento, e ainda mais pela questão de ter perdido peso. Aí, sim, ainda fico mais feliz. Agradeço a troca de informações.

          Abraços

        4. Emanuel

          Lu!

          Como já havia comentado, trabalho à noite e notei anteriormente, digo, antes do tratamento, que custava a dormir. Hoje durmo bem, embora somente à tarde, mas notei que tenho muito sono e quando acordo não tenho fome. Tomo o remédio conforme o psiquiatra indicou entre 11 horas. Acha que ainda é normal.

        5. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Como você tem muito sono à tarde, seria melhor tomar o remédio na parte da manhã, ao se levantar. Como trabalha à noite, não poderá ser nesse horário, para não o impossibilitar de trabalhar. Muitas pessoas tem o apetite bem diminuído, mas com o tempo, ele irá melhorando. Ainda assim, procure se alimentar direitinho. Não deixe por contar só da vontade. Não sei se já lhe disse também para fazer exercícios físicos. Converse com o seu médico sobre a mudança de horário.

          Abraços,

          Lu

        6. Emanuel

          Olá pessoal!

          Este blog me fez entender muitas coisas sobre o nosso tratamento, como estava falando com minha esposa, esses dias. Eu estava doente mentalmente há algum tempo e não queria entender que era doença mental. Só fui compreender depois que comecei a tomar o oxalato de escitalopram. Tenho uma vida muito conturbada. Sou encarregado de uma empresa de transporte público urbano, responsável por uma equipe de trinta pessoas, e ainda busco minha filha na escola todos os dias, na parte da manhã. Vivo para o trabalho e minha família.
          Mas como vi em muitos relatos de pessoas aqui no blog, NÃO SABEMOS QUE ESTAMOS DOENTES. Precisamos uns dos outros para tocar nossas vidas em frente.

          Abraço a todos.

        7. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          O primeiro passo para cura é a tomada de consciência por parte da pessoa, que ela se encontra doente. Enquanto isso não acontece, pena-se muito sem entender o que está acontecendo, pois no nosso país as informações sobre doenças mentais ainda não chegaram com firmeza à população. E isso é uma pena, pois se trata de uma doença que requer tratamento o mais rápido possível, para que não se agrave ainda mais. Sem falar no preconceito que muitos ainda nutrem por ela. O que é uma grande tolice. Acabam tendo crises ainda mais severas, quando poderiam estar medicados, levando uma vida de qualidade.

          Vivemos num mundo em que tudo é corrido. E nem sabemos o porquê de corrermos tanto. São muitas as tarefas a serem cumpridas dentro de prazos preestabelecidos. A mente entra em estresse e temos que dar uma refreada.

          Todos aqui têm a finalidade de se ajudarem mutuamente. Formamos uma grande família. E iremos continuar assim, mesmo quando estivermos curados, para ajudarmos outros que aqui chegam, tão desnorteados como chegamos.

          Um grande abraço para você, sua esposa e filha,

          Lu

        8. Emanuel

          Olá!

          Hoje estou muito cansado, chega o final da semana na sexta é muito pior, pareço estar um pouco ansioso… mas não quero acreditar que seja algo da doença. Preciso pensar em coisas boas para o final de semana.
          Vou esperar o descanso, pois o plantão é até as 03 da manhã.

        9. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Não há cristão (ou não cristão) que não chegue cansado no final de semana. O corpo encontra-se exaurido. Não temos vontade de fazer nada. O melhor mesmo é ficar por conta da família, de uns bons filmes e da pipoquinha costumeira. Como disse, não podemos jogar tudo nas costas da velha ranzinza deprê, pois o antidepressivo não nos transforma em super-homens. Continuamos humanos como antes. Só deixaremos de sentir emoções e dores quando nos transformarmos em robôs… risos.

          Outra coisa, espero que esteja sendo acompanhado por seu médico. Essa é a função dele: dar suporte ao paciente que faz tratamento com ele. Se não pode encontrá-lo, passe-lhe e-mail ou lhe telefone. Leia também os outros textos que escrevi sobre o assunto (os links estão abaixo deste) que explicam quando é necessário buscar o hospital com urgência.

          Abaixos,

          Lu

        10. Emanuel

          Lu!

          Tu tens total razão, o corpo fica cansado mesmo e, quando comecei o tratamento e senti o resultado na minha evolução, achei bem o que tu falaste. Eu me sentia super homem, que nada iria me acontecer, mas somos seres humanos… Agora a pouco li um comentário aqui no blog no qual o comentarista relatou que foi viajar e passou mal de ansiedade. Tive uma crise em 2012, quando estivemos em Porto Seguro, Bahia. Achei que iria estragar nosso passeio, senti dormência no braço e achava que iria morrer. Mas não vejo a hora de viajar novamente para sentir a sensação de liberdade, sossego e tranquilidade. Já estamos projetando para as férias de 2016.
          Então pessoal não desistam, pois eu, particularmente, nunca fiz um tratamento tão correto como estou fazendo agora.

          Até breve!

        11. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Quando o nosso tratamento começa a surtir efeito, depois de passarmos por tanto sofrimento, achamos que entramos na fase da felicidade eterna, e, que doravante tornamo-nos seres especiais, isentos de melancolia, infelicidade e sofrimentos. E, quando vemos que não é bem assim, despencamos de nossa suposta perfeição, pois havíamos nos esquecido de que continuamos humanos. Mesmo continuando a tomar antidepressivos ou já tendo terminado o tratamento, não podemos nos esquecer que nada mudou em nossa humanidade.
          Ainda continuamos seres humanos com todas as nossas emoções. Só que devemos nos encontrar mais preparados para lidar com os reveses da vida, ou seja, carregados de mais sabedoria, vergar como o bambu nas tempestades, para depois erguer com mais coragem ainda, pois a vida é maravilhosa e merece ser vivida da melhor forma possível.

          A propósito, esta nossa seção de comentários tem servido de pesquisa para muitos especialistas no tema, que aqui vêm colher informações.

          Abraços,

          Lu

        12. Emanuel

          Hoje, sábado, chove aqui em Porto Alegre, a pedida é um filme pipoca e depois cama… E, como todos sabem que é essencial o lazer e atividades físicas para a evolução do tratamento, vou dizer para vocês fácil não é de verdade, mas sem ajuda de si próprio não adiantará de nada. Vou ser sincero, no início pensei em parar o tratamento, fiquei muito ruim, a impressão que tinha era que estava muito pior, mas depois meu psicólogo me relatou que era normal. Esta semana fui ao médico e estou muito feliz, pois o céu é azul de verdade, e não tenho mais motivos para ter medo da dormência no braço, medo de tudo e de sentimento de culpa. Tomara que minha vida continue assim.

        13. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          E irá continuar, pois quanto mais conhecemos nossa doença, mais frágil ela se torna, deixando de ser um bicho-de-sete-cabeças. Também estou me sentindo muito feliz por você. Chuva, pipoca, filme, ai que maravilha! Tenho um artigo aqui no blog falando das maravilhas da pipoca… ainda mais se for acompanhada… risos.

          Grande abraço,

          Lu

      3. Emanuel

        Olá!

        Continuo o tratamento, porém andei relaxando devido alguns acontecimentos. Senti alguns sintomas que apresentam em minhas crises, e voltei a tomar o escitalopram. Só estou com uma dúvida: como não vai coincidir a data do meu psiquiatra com os comprimidos que tenho achei uma saída. Tenho uma colega de trabalho que tomava o mesmo escitalopram 10mg, só que são amostras grátis e de vários laboratório, ela foi um anjo e me deu. Tem algum problema em misturar eles? Ou que importa é a composição?

        Lu vi um comentário seu sobre que a palavra “medo” não pertence a nós que temos está doença maldita, mas depois dessses meus dias de aflições e angústias, e MEDO de ter uma crise novamente, e MEDO de ter que tomar este medicamento pela minha vida toda,fico na expectativa do meu médico me dizer como ficará meu tratamento, mas sinto que minha vida, meu corpo e minha mente aos poucos vão voltar adoecer. E isso não quero porque tudo fica mais fácil sem as crises, sem o MEDO e os pensamentos negativos de morte.

        Pessoal aos que pensam em parar o tratamento não façam isso. Pois senão teremos problema a frente.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Desde que o remédio tenha a mesma composição, não faz diferença o laboratório. Pode tomar sem medo de ser feliz. Eu mesma sempre procuro comprar o mais barato e ganho também amostras grátis. Mas confira direitinho a composição.

          Menino Nel, onde você já viu uma pessoa POP (paciente, otimista e persistente) ter medo? Enfrentamos qualquer parada. A gente enfrenta a fera com unhas e dentes. Que seja ela a temer-nos. Deixe a vida correr leve, sem cobranças. Deixe o organismo trabalhar direitinho. Ele é sábio. “Deixe a vida me levar, vida leva eu…”. Eu lhe pergunto: em que tal ansiedade melhorará sua vida? Ao contrário, isso somente a atrapalhará. Seja leve, menino!

          Já estava com saudades suas.

          Abraços,

          Lu

        2. Emanuel

          Olá, Lu!

          Andei sumido, sim… Muitas tarefas e muito trabalho. Fico feliz que tenha sentido a minha falta. E estava precisando do diálogo com meus camaradas. Fui ao psiquiatra e ele falou mesma coisa que você relatou. O remédio posso continuar sem problemas. Mas a ansiedade é fruto de muito trabalho, e lembra que havia falado que tinha casamento e o aniversário da minha irmã? Eu relaxei e me empolguei com a família reunida, e acabei ficando dois dias sem o meu remédio.
          Mas é isso, tento ficar tranquilo e estou conseguindo.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Emanuel

          Eu sinto falta de todos que somem. É que a gente vai formando um elo que não pode se romper. Precisamos continuar trocando forças mutuamente.

          Em relação à ansiedade, você mesmo precisa procurar em viver sempre relaxado, vivendo um dia de cada vez. Lembre-se de que o nosso corpo precisa de tranquilidade, apesar da turbulência à nossa volta.

          Um grande abraço,

          Lu

  452. Pasquale

    Hoje faz quatro dias que iniciei o tratamento, nos dois primeiros dias foi tudo tranquilo. Já ontem e hoje estou me sentindo aéreo, com o coração acelerado,uma leve dor de cabeça e um pouco mais ansioso que o normal. Alguém que já teve esses sintomas, quanto tempo demorou até que tudo voltasse ao normal?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pasquale

      Tais sintomas são comuns no início do tratamento. A tendência é passar depois de duas semanas de uso do remédio. Caso continuem fortes, marque um retorno com seu médico e conte-lhe como tem passado. Se necessário, ele mudará para outro, com uma substância ativa diferente. Não se preocupe. Muitos passam por isso.

      Abraços,

      Lu

    2. Nanda

      Olá, Pasquale!
      Eu senti essa ansiedade e o coração às vezes batia mais forte, às vezes nem estava acelerado, só batia forte mesmo.
      Dor de cabeça eu não senti. Estou no décimo dia de tratamento e faz 2 dias que aumentei a dose para 10mg, e ainda sinto ansiedade, mas estou conseguindo controlar sem Rivotril. Ainda me sinto aérea. E sinto uma sensação de queimação no ombro e pescoço. A primeira semana foi pior para mim. E vamos em frente, né?

      1. Pasquale

        Amanhã vou aumentar a dose pra 10mg. O engraçado é que estou com a sensação estranha de estar calm, mas ao mesmo tempo ansioso… haha, porém, o coração está um pouco acelerado, e essa leve dor de cabeça passou. Desistir nem me passa pela cabeça, desistir agora é desistir para sempre. Vamos em frente que tudo vai da certo!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Parabéns, Pasquale, é assim que se fala. Procure preencher a sua mente, de modo a desviar sua atenção do remédio. Leia outros artigos no nosso blog, ouça música, etc.

          Abraços,

          Lu

  453. Nanda

    Olá pessoal!

    Hoje é o meu décimo dia, e o segundo com a dose de 10mg. Confesso que, como toda pessoa que tem síndrome do pânico, ainda tenho medo de tomar o remédio. Mas lendo os comentários, vai me deixando mais tranquila e com a certeza que logo, logo estarei boa. O que tenho sentido é uma sensação de queimação nos ombros, que às vezes desce para as costas, mas acredito que isso seja ainda da ansiedade. Uma pergunta para as meninas, pois esqueci de fazê-la ao médico: posso tomar o anticoncepcional (genérico do yasmin), tomando antidepressivo?

    Obrigada e melhoras para todos nós!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nanda

      Também acredito que a sensação de queimação ainda esteja ligada ao seu estado depressivo, pois faz muito pouco tempo que está tomando o remédio, mas, se continuar muito forte, relate o problema a seu médico. Como tem SP, essa coisa ruim que nos acontece, aí que teria de que ficar feliz ao tomá-lo, pois irá acabar com ela.

      O antidepressivo não traz problema por ser tomado com o anticoncepcional. Caso contrário o mundo iria ficar superpovoado, mas do que já anda… risos. Nada de bebê, dona mocinha… risos.

      Um grande abraço,

      Lu

  454. Deise

    Boa tarde, Lu,

    Obrigada pela atenção, mas estou um pouco assustada com o remédio, até porque nunca imaginei que iria tomar medicação. Trabalho com cuidado de outras pessoas na área da saúde. Fiquei bem apreensiva quando o médico me disse que eu precisaria fazer tratamento para depressão. Sempre fui muito ativa e alegre. Hoje estou no quarto dia de tratamento e ainda me sinto área, não sei dizer se sinto tremores no corpo ou se é fraqueza. Tenho tonturas leves, e às vezes um aperto no peito. Mas percebo que hoje já esta mais tranquilo. Espero que vá diminuindo com o passar dos dias. Leio bula sim, sou meio doente com esse negócio de bula. De todo e qualquer medicamento leio as prescrições, mas não fico impressionada.

    Noto uma melhora drástica no meu humor, estou mais tranquila, sem picos de ansiedade, e dormindo bem sem outra medicação. O que diminui muito foi o apetite, já emagreci nestes três dias, apesar de sempre comer nos horários certos, para não ficar fraca. Já pensei em desistir, mas pela melhora do humor vou continuar a insistir para ver como vou ficar. Faço terapia mas este lugarzinho me acolheu muito bem, onde tem muitas informações que nos tranquilizam.

    Abraços.

    Deise

    1. LuDiasBH Autor do post

      Deise, querida!

      Estou feliz ao saber que você já começa a ver a luz no fim do túnel, ou seja, a sentir melhora com o remédio. E olhe que só está no quarto dia do tratamento. Quando passar de duas semanas estará excelente. Portanto, aguente os efeitos colaterais iniciais, até que seu organismo acostume-se com a substância ativa do medicamento. Não pare em hipótese nenhuma, sem o parecer médico, para não retornar pior ainda, com a consciência intranquila por ter agido por conta própria. E o fato de tomar remédio para o controle mental não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Quantas pessoas tomam medicamento para diabetes, pressão alta, tireoide, etc.? Onde está o mal nisso? Confesso que só me lembro,que tenho que engolir um pequenino comprimido branco, depois do café da manhã. Se não tiver cuidado, até me esqueço de tomar… risos.

      Amiguinha, no início eu também emagreci (com a fluoxetina ainda era pior). Não conseguia comer, pois não sentia fome alguma. Nem me lembrava de que não havia almoçado. Com o tempo, o meu organismo foi interagindo cada vez melhor com o escitalopram, de modo que já estou comendo um pouco melhor. Além disso, procuro complementar minha alimentação com farinha de soja, de aveia, de maracujá, de banana, frutas, etc. O alimento é muito importante, para não pegarmos uma anemia. Mente sã em corpo são.

      Você faz parte “deste lugarzinho”. É sempre um prazer contar com a sua presença. Nosso grupinho é mesmo muito legal.

      Abraços,

      Lu

      1. Aliane Gomes

        Amigos, meu nome é Aline. Faz 3 dias que estou tomando o remédio, mas estou sentindo umas dores de cabeça e não tenho vontade de fazer nada. Isso é normal? Sinto um queimor na garganta e dores em algumas parte do corpo. Estou me sentindo um lixo com dor de cabeça, meio tonta, será que posso tomar uma dipirona para dor de cabeça?

        1. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          É um grande prazer recebê-la em nosso blog. Neste cantinho nós nos ajudamos mutuamente e falamos de nossas experiências. Você irá gostar.

          O que está sentindo é normal. Antes dos efeitos positivos, o lexapro costuma nos presentear com efeitos adversos, dentre eles náuseas, dores de cabeça e desânimo. Ficamos piores do que estávamos antes. Normalmente, após duas semanas, esses efeitos ruins começam a passar. É preciso ter paciência e persistência. Qualquer coisa mais séria, informe o seu médico. Quanto a tomar dipirona, pergunte para o farmacêutico mais próximo. Ele lhe dará uma opinião mais abalizada.

          Grande abraço,

          Lu

        2. Aline Gomes

          Lu
          Muito obrigada! Hoje já estou no 5 dia de tratamento, ainda me sentindo desanimada, mais em nome de Jesus vai passar, e eu não vou desistir. Agora, Lu, estou tomando rivotril de 2mg e ainda tenho insônia à noite. Isso é normal?

        3. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          Tudo é mais do que normal, pois você ainda se encontra no início do tratamento. Aos poucos seu organismo vai se adaptando e tudo fica bem. Não se preocupe. E parabéns pela firmeza de atitude, ao não desistir do tratamento.

          Beijos,

          Lu

  455. Hélio

    Hoje estou no meu quarto dia de tratamento, ontem e hoje aumentei a dose para 10mg. Até agora não senti nada de anormal, só um pouco mais ansioso. Não estou tomando o nome comercial LEXAPRO, estou tomando o genérico que custou 28,00 a caixa com 30. Se o médico nunca compraria esse lexapro, é muito caro e a a substância é a mesma que é o oxalato de escitalopran.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Eu também tomo o genérico, pois o Lexapro é muito caro. Existe o desconto do laboratório (é só ver com a farmácia) mas mesmo assim ainda fica caríssimo. Eu tomo o da GERMED, que é um bom laboratório, que vem com 60 comprimidos. Você disse que não está sentindo efeitos colaterais, o que significa que seu organismo está se adaptando bem ao remédio. Logo estará ótimo. Não deixe de fazer algum tipo de exercício, como caminhada, por exemplo. E não tome bebida alcoólica.

      Abraços,

      Lu

      1. Flavia

        Oi, Lu tudo bem?
        Estou no 6º dia da medicação e ainda me sinto meip aérea, mas bem pouco . Estou começando a me sentir uma pessoa normal, como se nada tivesse e dirigir não tive nenhum problema, graças a Deus.

        Bem, uma coisinha me deixou preocupada no seu comentário, quando disse pra não tomar bebida alcoólica enquanto estiver tomando remedio. Meu médico disse que o meu tratamento durará entre seis a um ano, então não vou poder tomar minhas caipiroscas de saque? Por favor, me oriente se faz algum mal, claro não bebo até cair, mas umas 2 já são suficientes pra mim.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Flavia

          Fico feliz ao saber que já começa a sentir-se bem com o remédio. E a cada dia melhorará ainda mais. Como lhe disse, é preciso confiança e persistência.

          Amiguinha, antidepressivos não combinam com álcool, podendo potencializar os efeitos e lhe trazer problemas muito sérios. Penso que uma caipirosca vez ou outra não faça mal. Ainda assim é bom que converse com seu médico, pois o teor alcoólico da caipirosca é muito alto. Eu tomo um copo de vinho diário. Quando saio, costumo tomar um chope pequeno ou dois copos de cerveja. Não se esqueça de conversar com seu médico.

          Abraços,

          Lu

        2. Luciano Barreto

          Olá a todos!
          Pessoal, depois que comecei a tomar medicamentos controlados, sinceramente optei por não beber mais e já se vão mais de 3 anos, e inclusive também não bebo refrigerante , há mais de 3 anos também.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Luciano

          E isso mesmo. Álcool não combina com remédios controlados, por uma série de fatores. Quanto aos refrigerantes, podem ser tomados normalmente, embora não sejam indicados para a saúde em razão do excesso de substâncias nocivas que carregam, sem falar do alto índice de açúcar. Devemos sempre optar pelo suco de fruta in natura, pois os sucos de caixinha também só trazem açúcar.

          Abraços,

          Lu

  456. Deise

    Olá boa tarde!

    Tenho algumas dúvidas. Comecei meu tratamento ontem na segunda-feira 27/07/2015, com ESCITALOPRAM 10 mg, à noite depois das refeições. Ontem passei um dia muito ruim, com muitas náuseas, quase não consegui comi nada, além do desconforto na cabeça, como se ela estivesse cheia de ar, leve. Na primeira noite dormi até às 2horas, depois não consegui dormir mais. De ontem para hoje já dormi, mas tomei um relaxante muscular, porque estava toda dolorida, devido a atividade física. Tenho picos de pressão alta devido ao estresse, e acabei pela sobre carga gerando uma depressão. Estou muito preocupada com os sintomas colaterais, pareço meio anestesiada, será que vai passar com os dias? Estou me sentindo um pouco tonta hoje forcei a comida para ver se melhora.

    Obrigada!

    Deise

    1. LuDiasBH Autor do post

      Deise

      Os efeitos colaterais sentidos por você (náuseas, desconforto na cabeça, insônia…) são comuns a certas pessoas, no início do tratamento, enquanto outras não sentem absolutamente nada. Cada organismo age de um modo diferente. Também não sei se você leu a bula, o que leva as pessoas mais impressionáveis, a sentir tudo aquilo que ela relata como “possível”.

      Alguns médicos passam o remédio para ser tomado à noite, porque muitos pacientes queixam-se de muita sonolência, ao tomá-lo. Eu, como você, não senti sonolência alguma, mesmo no início. Ao contrário, tinha insônia à noite. Portanto, eu o tomo de manhã, após o café. Penso que deveria fazer o mesmo, uma vez que ele está afetando o seu sono. Converse com seu médico. Eu ainda tomo um ansiolítico para dormir (bromazepam).

      O efeito positivo do antidepressivo vem, normalmente, após duas semanas, tempo em que o organismo adapta-se ao remédio. Se depois disso continuar sentindo tais incômodos, volte a seu médico e relate tudo. Diminua a atividade física, porque pode estar fazendo em excesso. Mas fique tranquila, pois tudo irá passar.

      Volte a me contatar, para eu saber como anda. Certo?

      Grande beijo,

      Lu

  457. Junior

    Olá boa noite

    Gostaria de saber se o escitalopram tem como efeito colateral a queda de cabelo. E se o genérico é tão eficaz quanto o Lexapro?
    Desde já agradeço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Junior

      Seja bem-vindo ao nosso grupo!
      Nunca ouvi dizer que o escitalopram tivesse a queda de cabelo como efeito colateral. A ansiedade, sim. O remédio, ao contrário, é usado para controlar a ansiedade, o estado nervoso. Ainda assim, leia a bula ou converse com o seu médico.

      No início, os médicos só queriam que se comprasse o Lexapro, que tinha um preço exorbitante. Mas hoje existem muitos genéricos no mercado, com preços mais em conta. Eu tenho comprado o genérico da Germed, caixa com 60 e tenho me sentido muito bem. Não senti a diferença. Não sei se você se lembra do Prozac (fluoxetina), quando só era indicada essa marca. Após a quebra de patente, a fluoxetina passou a ser vendida por vários laboratórios.

      Abraços,

      Lu

  458. Hélio

    Olá gente,
    deixei meu comentário no domingo dia 26, pois bem, iniciei o tratamento ontem, 27/07/15. Ontem passei o dia relativamente bem, tirando a ansiedade que é de praxe, porém hoje, principalmente neste momento, estou sentindo um aumento desconfortável da ansiedade. Tanto ontem quanto hoje tomei 3 mg de bromazepam de manhã e ao dormir.

    O médico prescreveu 10 mg de oxalato de escitalopran após o café da manhã, porém eu estou tomando apenas a metade, tanto hoje quanto ontem. Amanhã(quarta) pretendo aumentar para um comprimido inteiro. Não sei se tem haver com uma coisa, eu não estou gostando do meu emprego, acredito que está me deixando ainda mais tenso.
    Continuarei a relatar o que me ocorre nesse início de tratamento.

    Beijos a todos!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio
      Parabéns pelo início do tratamento. Quanto à ansiedade é preciso ter um pouco de calma para deixar o remédio agir. Procure seguir a receita médica, sem medo. O profissional é quem está mais preparado para conhecer suas reais ansiedades. Espere o remédio começar a fazer efeito no seu organismo, daqui a uns 15 dias, para tomar qualquer decisão quanto a seu trabalho. Você tem passado por momentos de irritabilidade, portanto, não seria bom tomar qualquer decisão agora. Certo?

      Grande abraço,

      Lu

  459. Pasquale

    Fui diagnosticado com TAG e SP. A psiquiatra receitou Reconter (5 gotas) para tomar todas as manhãs, porém estou com receio, pelo fato de ter lido na bula que pode ocorrer pensamentos suicidas ou auto agressão, e isso me assustou muito. Queria saber se alguém já teve problemas em relação a isso?

    Pasquale

    1. LuDiasBH Autor do post

      Pasquale

      TAG e SP são os diagnósticos mais comuns encontrados aqui no blog. Então, encontra-se no lugar certo… risos.

      Muitos dos comentaristas tomam Reconter e nunca li nada sobre os sintomas a que você alude. As bulas são normalmente exageradas, sendo obrigadas a colocar tudo. Se houver um caso, terá que ser relatado. Se o remédio é feito com o fim de coibir tais sintomas, não há motivo para que os provoque. Portanto, tome tranquilo e vá observando quais são os efeitos colaterais para relatar a seu médico. Qualquer coisa anormal. ele mudará a medicação. Eu nunca leio a bula, pois nós, desse grupo, somos muito impressionáveis. Só o faço em caso de extrema necessidade. Gostaria que lesse os comentários abaixo, para ver que muitas pessoas usam o Reconter. Pode até se dirigir a elas.

      Continue seu tratamento, levando-o a sério, pois sem remédio, as crises tornam-se mais fortes e constantes. E só pare com a permissão médica.

      Obrigada pela visita.

      Abraços,

      Lu

      1. Pasquale

        Lu
        Eu também me impressiono fácil e só li porque a psiquiatra pediu para ler, para me tranquilizar, porém eu fiquei foi com receio de tomar… hahaha. Tomei hoje, e o único sintoma que senti foi náuseas, e estou bem tranquilo e calmo, está dando uns pico de ansiedade, mas é coisa rápida, e logo volta a tranquilidade.
        No mais está tudo nos conformes 🙂

        1. LuDiasBH Autor do post

          Pasquale

          Nossa mente é muito criativa… risos. Penso que os sintomas de náuseas são produzidos pela mente criativa, pois não acho tenha dado tempo para fazer tal efeito. Quanto à ansiedade, respire fundo, distraia-se com coisas boas (lendo este blog… risos) e lembre-se de que temos poderes para levar tranquilidade a nosso organismo, mudando nossos pensamentos.

          Parabéns por ter tomado o remédio e um grande abraço,

          Lu

  460. Hélio

    Oi Lu,
    esqueci-me de dizer que sou homossexual. Meu namorado e eu conversamos, ele disse que eu não me preocupasse com a falta de libido, mas mesmo assim é chato, quando o medicamento interfere no lado sexual.

    Conversei com o psiquiatra, eu me queixei que os antidepressivos interferem no meu lado sexual, no caso da paroxetina e sertralina. Ele então me prescreveu o donaren, porém não me dei. Acredito que os antidepressivos que melhor se encaixam para ansiedade generalizada e depressão juntas são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina.

    Bem, o psiquiatra me falou que não me preocupasse, que o escitalopran não iria interferir, mas como sei que ele é da mesma família da paroxetina… Enfim, vou iniciar novamente tomando o escitalopran amanhã, vou ficar postando aqui o que me ocorrer. Principalmente porque se incomodam com esse efeito do libido. Quero ter qualidade de vida também, com a ansiedade e a depressão controladas.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Tenho a certeza de que seu namorado é a pessoa mais preocupada em vê-lo bem de saúde. Seus problemas emocionais (ansiedade e depressão) afetam-no mais do que o fato de sua libido ficar menos potente. Além do mais, é preciso compreender que sexo não está apenas no coito em si, o que seria uma tremenda limitação. Todo o nosso corpo responde prontamente às carícias. Se assim não fosse, os paraplégicos não teriam vida sexual. Nós, ocidentais, precisamos repensar essa visão retrógrada sobre sexo. Quantas vezes um abraço bem dado, gostoso, vale mais do que uma noite de sexo…

      Para algumas pessoas, o escitalopram interfere na libido, enquanto em outras não. Mas, nas que são afetadas pelo antidepressivo em relação ao coito, com o tempo, o organismo vai se adaptando ao remédio e voltando ao normal. Como já lhe disse, pesquisas médicas estão sendo realizadas para sanar o problema da libido baixa. Logo teremos um remédio novo no mercado.

      Helio, não interrompa o seu tratamento, pois, na falta de medicação, nossos problemas só agravam. Cada retorno é um sofrimento maior. Transmita o meu abraço a seu namorado, por ele ser uma pessoa tão compreensiva e especial. Essa é uma grande prova de amor.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Rodolpho Raffi

      Boa noite,
      estou tomando escitalopran desde 23/06,comecei com 5mg cinco dias, depois passei para 10 mg,e agora estou tomando 15 mg, mas ainda estou sentindo, quase que diariamente, algum tipo de pânico e ou ansiedade. Tenho conseguido me controlar, mas nunca tive tantas crises juntas. Eu me trato desde 1998. Antes usava cloridrato de paroxetina. Gostaria de saber se alguém teve estes mesmos efeitos. E para ajudar, estou desempregado há quase 1 ano, e tudo fica pior, também sou gay, mas nunca tive problemas de libido, mesmo com este novo medicamento. Gostaria de trocar ideias, pois meu parceiro está trabalhando e fico muito sozinho, e isso me faz muito mal. Se puderem me ajudar, desde já agradeço.

      Rodolpho

      1. LuDiasBH Autor do post

        Rodolpho

        O escitalopran é um dos princípios ativos mais novos no mercado, e um dos que vêm sendo mais usados devido à sua eficácia. Contudo, um antidepressivo não funciona igualmente em todos os organismos. Há pessoas que não dão certo com certo tipo, enquanto outras nada sentem. É por isso que é necessário voltar ao médico depois de um tempo de uso (30 dias) para que ele avalie como o paciente está se sentindo. Caso necessário, ele mudará para outro princípio ativo. Se você achar que não está melhorando, volte a seu médico, pois essas crises já eram para estar controladas.

        Assim que estiver melhor, sua vida retomará a normalidade e poderá voltar a trabalhar. Não se impaciente. Procure aceitar o momento pelo qual está passando. Faça também exercícios físicos, caminhada por exemplo. Ficar sozinho em casa é realmente ruim, mas muitas vezes precisamos passar por isso. Procure preencher seu tempo com boas leituras, fazendo aquilo de que gosta. É muito importante impedir que a mente fique ociosa. Venha para este cantinho trocar ideias com as pessoas. O blog também tem outros assuntos bem interessantes. Não se sinta só! Venha sempre nos contar como anda a sua saúde mental.

        Abraços,

        Lu

  461. Hélio

    Oi gente,
    fui diagnosticado com síndrome do pânico a quase 12 anos(tenho 27 anos). Na primeira vez foi prescrito sertralina, mas trocaram para paroxetina, pois estava muito agitado, tomei então por anos a fio. Comecei a namorar e vi que retardava por demais minha ejaculação. Pedi que fosse trocada por algo que não mexesse tanto na libido, e a médica me prescreveu fluoxetina. Eu me vi quase em um hospício com pensamentos muito desagradáveis; parei e foi prescrito novamente a paroxetina, logo os efeitos do libido em baixa voltaram. A médica prescreveu a sertralina na qual meu libido zerou, parei e troquei de médico, esse me receitou donaren (trazodona), mas acordava ansioso de madrugada, parei também.

    Voltei ao médico, ele prescreveu agora o oxalato de escitalopran, tomei 3 dias e a ansiedade foi a mil, porém diminui a dose e estava dando certo, porém fiquei com medo de interferir na minha libido novamente, já que é da mesma classe da paroxetina. Estou tendo vários sintomas da ansiedade generalizada, deprimido e com medo de iniciar com o escitalopran. O médico disse que não me preocupasse, mas estou com receio.

    Aos colegas homens, como o escitalopran age na libido? Interfere muito? Retarda a ejaculação ou tira o desejo?

    Obs: Meu pai, tio, primos e avó sofrem com depressão e ansiedade. Estou receoso.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Hélio

      Meu amiguinho, você tem feito uma verdadeira viagem entre os antidepressivos. Também já passei por vários medicamentos. O último foi a fluoxetina, que tomei por vários anos. Deixei-a quando passou a não fazer mais efeito. Meu médico passou-me o escitalopram. Essas mudanças são necessárias, até que nosso organismo adapte-se com uma dessas substâncias que existem no mercado. Enquanto isso, é preciso ir fazendo experiência, pois o que é bom para uma pessoa pode não ser para outra.

      Quanto à libido, embora a ciência venha trabalhando para eliminar os efeitos dos antidepressivos sobre ela, ainda não se chegou a um resultado desejável. Pesquisas continuam sendo feitas, pois essa é a queixa mais constante dos usuários de antidepressivos, quaisquer que sejam eles (os antidepressivos).

      Sua namorada terá que optar entre ter um companheiro equilibrado, mentalmente falando, ou um garanhão. E, não resta dúvida de que quem ama prefere a saúde do ser amado, ainda que tenha que fazer certas concessões. O ideal é que você conversasse com ela sobre seu problema. Tenho a certeza de que compreenderá.

      O escitalopram, no início, abaixa a libido da maioria dos usuários, mas depois o organismo vai se equilibrando e recuperando seus desejos. Trata-se de um dos remédios mais modernos no mercado, sendo muito receitado. A sua eficiência é muito grande. Além disso, os efeitos colaterais são poucos, e vão desaparecendo com o tempo. Não tenha medo. Não se preocupe agora com isso. Leve avante seu tratamento e as coisas vão se arrumando, você passará a ter uma qualidade de vida melhor, ainda que a ejaculação ou a falta de libido preocupe-o. Você precisa avaliar é a prioridade entre o tratamento e a libido. Saiba que, de qualquer jeito, chegará um momento em que não poderá ficar sem o remédio.

      Você diz que sua família sofre com ansiedade e depressão, ou seja, trata-se de uma doença hereditária. Eu também venho de uma família assim. Neste caso, teremos que tomar o remédio durante toda a vida. E quanto mais cedo você fizer uso dele, melhor, pois sofrerá menos. Outra coisa, jamais pare um tratamento sem a supervisão médica. A dosagem precisa ser diminuída aos poucos. E somente o especialista sabe quando deveremos parar. Muitas pessoas interrompem o tratamento e voltam ainda piores.

      Continue frequentando este cantinho, onde falamos de nossa saúde mental, trocando informações muito importantes.
      Quando puder, leia também os comentários abaixo.

      Um grande abraço,

      Lu

    2. Luciano Barreto

      Olá, Hélio!
      Eu tomo o escitalopram há mais de 1 ano e pelo menos comigo não interferiu em nada na libido, na verdade, eu gostei muito deste medicamento. Espero que você também se dê bem com ele.
      Abraços

      1. Hélio

        Luciano, obrigado pela resposta!
        Espero que comigo também não interfira na libido, pois já ando tão depressivo e ansioso, e tomar um medicamento que mexa de forma consideravelmente negativa no sexo, só iria me deixar ainda mais para baixo.

  462. Mara

    Olá!

    Adorei ler os comentários, me senti em casa, pois estou vivendo isso também, infelizmente, rsrs, fui diagnosticada com o TAG. Estou tomando o escitalopram de 10 mg, mas parece que eu sinto todos os sintomas possíveis que na bula são alertados: dores de cabeça, náuseas, insônia, nariz entupido… sou a única que sente tantas coisas?

    Quando vou ter crise, sempre sinto uma queimação que desce da cabeça para o corpo todo. Na primeira vez não consegui controlar, achei que ia morrer e gritei pedindo ajuda, estava no trabalho. Agora está raro sentir isso, AINDA BEM, mas se sentir consigo controlar, pois sei que logo passará. Estou tomando o escitalopram há 15 dias.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mara

      É um grande prazer recebê-la neste cantinho, onde falamos dos nossos chiliques mentais… risos. Aqui uns vão ajudando os outros. Eu nunca leio a bula de remédio, até porque pessoas ansiosas e depressivas tendem a sofrer, psicologicamente, tudo que ali se encontra. Só leio quando sinto algum sintoma forte, ou tenho alguma dúvida.

      Você ainda está no início do tratamento. Aos poucos, o antidepressivo vai interagindo com o organismo e os sintomas ruins vão desaparecendo. Tomando o remédio direitinho, não mais terá essas crises. Esse remédio é um dos mais novos no mercado, sendo muito prescrito pelos especialistas. Ele é ótimo.

      Não deixe de voltar a seu médico no tempo marcado, ou se continuar sentindo os efeitos citados. E jamais pare sem orientação médica.

      Abraços,

      Lu

    2. Nanda

      Olá, Mara!

      O que tenho sentido é sonolência, e parece que esse começo, na bula diz, que pode dar mais ansiedade e angústia. Nesta semana estou me sentindo assim, pior do que antes do remédio. Mas se diz na bula, estou tendo paciência de seguir com o tratamento… estou tomando faz 6 dias o reconter.

      A queimação que você sente na cabeça e desce para o corpo, não sei se é coincidência, mas eu sinto após algumas horas de ter tomado o remédio, mas passa logo… Mas na primeira vez fiquei muito assustada, coloquei 2 rivotril debaixo da língua e fui me acalmando…rs

      Como você já toma faz 15 dias, já tem notado alguma melhora?

      Abraços

      1. Mara

        Oi, Nanda!
        Pelo que li, terei que esperar mais para sentir melhoras maiores, pois percebi pouca melhora, e estou tendo tantas reações, que só estou perseverante porque muita gente diz que tem que ter paciência. Mas eu não tive mas nenhuma crise, voltarei ao médico ainda essa semana, espero que ele não mude a medicação.

  463. Natália

    Olá!
    Comecei a tomar Escitalopram esta semana, pois sofro de ansiedade e depressão. Passei muitos anos sofrendo, e só tive coragem de buscar ajuda agora. O tratamento com escitalopram dura pra sempre ou vou parar de tomar o remédio quando estiver melhor? Depois de melhorar e parar com o remédio (se for o caso), vou parar de sofrer com ansiedade e depressão mesmo sem o remédio? Estou com um pouco de receio e tenho essas dúvidas, que esqueci de perguntar ao psiquiatra, alguém pode me responder por favor?

    Adorei o blog, parabéns!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Natália

      É um prazer receber a sua visita. Aqui nós nos ajudamos mutuamente.

      O escitalopram é um dos remédios mais modernos no tratamento de ansiedade e depressão. Que bom que tenha procurado ajuda, pois com os medicamentos que temos no mercado, podemos levar uma vida bem mais tranquila.

      1- A duração do tratamento depende do seu tipo de depressão. Em se tratando de uma depressão passageira, assim que ficar boa, o remédio será suspenso (apenas pelo médico). No meu caso, que é hereditária, tenho que tomá-lo durante toda a vida. E não vejo nenhum problema nisso.

      2- Quando o médico liberá-la, você não terá mais crises contínuas de depressão e ansiedade. Mas lembre-se de que somos humanas e não temos ainda a pílula da felicidade. Terá momentos de tristezas e alegrias, como qualquer mortal.

      Não se preocupe, irá encontrar muitas explicações aqui nos comentários. Sinta-se em casa e não se acanhe em perguntar. Verá como o antidepressivo irá mudar esses momentos ruins. Não tenha medo. O tratamento é muito simples.

      Abraços,

      Lu

  464. Juliana Miguel Autor do post

    Lu

    Gostaria de comentar que a mudança de horário da tomada do OXA para manhã realmente melhorou a forma como desperto.

    O que tem me preocupado muito é que estou perdendo peso! Desde maio venho fazendo uma dieta mais rígida por causa do meu estômago e intestino que foram muito afetados com meu estresse e ansiedade, só que de uns tempos pra cá venho perdendo a vontade de comer, principalmente naqueles dias em que me sinto mais ansiosa.

    Quando me olho no espelho eu me sinto triste e chateada por estar tão magra, as roupas estão largas. Como meu emocional ainda está muito abalado começo a pensar um monte de coisas ruins para a explicação do meu emagrecimento! Vi que você comentou em algum post que o OXA tira seu apetite, certo?

    Nossa Lu, não é nada fácil, mas tenho fé que tudo vai melhorar!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Juliana

      Que bom saber que a mudança surtiu efeito.

      Quanto à falta de apetite, lido com ela desde que tomava a fluoxetina. Tive que fazer uma superalimentação para não emagrecer muito, pois, se esperasse ter apetite, passava o dia todo sem comer nada. Muitas vezes nem me lembrava se havia almoçado ou não. E com o Oxi tem sido a mesma coisa. Mas meu médico pediu-me para ficar de olho na alimentação, obedecer todos os horários, comendo, no mínimo, de 3 em 3 horas. Além disso, ainda tomo suplementos como Sustagem, farinha láctea, leite ninho vitaminado com farinha de banana e farinha de maracujá, granola, cacau em pó, farinha de aveia, etc. Sabia que existem pessoas que tomam tais antidepressivos para emagrecer?

      O mais engraçado, Ju, é que muitas pessoas engordam com o remédio, comendo sem parar. Como vê, cada organismo é um mundo. E nós caímos no grupo das magrelas, sem apetite. Portanto, não fique preocupada. É isso mesmo. Depois, a medida que o seu organismo for se adaptando com o remédio, você irá melhorando um pouco. Mas é preciso forçar a alimentação. Não há nada de ruim acontecendo consigo. São os efeitos de sua ansiedade e do antidepressivo.

      Sabia que é o nosso aparelho digestivo o que mais sofre com a ansiedade? Nossas emoções acabam desabando nele, coitado. E a perda de apetite ou a compulsão por comida é um dos sinais. Quem não cai no primeiro grupo acaba no segundo. Procure se acalmar, pensar coisas boas, aceitar como normal o momento que vive e pensar sempre positivamente. Quando menos esperar já está tudo controlado. Mas lembre-se de que o remédio sozinho não faz milagres. É preciso ajudar também, procurando viver com alegria, agradecendo por tudo que recebe.

      Beijos,

      Lu

  465. Junior

    Boa noite a todos!

    Infelizmente ou felizmente encontrei várias pessoas aqui com as mesmas dúvidas, aflições e angústia que tenho passado. Tenho síndrome do pânico recém diagnosticada, e várias dúvidas e preocupações, portanto. Aproveitando este espaço, gostaria de saber se alguém tem tontura diária e constantemente, da hora em que acorda, até o momento de dormir. Situação terrível, me sinto extremamente limitado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Junior

      Acho que “felizmente”, pois compreenderá que somos muitos a lidar com os mesmos problemas e, que, juntos, poderemos nos ajudar mutuamente. Pelo visto aqui, a SP vem na companhia da angústia. Entramos num grau tal de aflição que o nosso organismo traz como desfecho tal síndrome. Mas nada que um bom antidepressivo não dê jeito. Assim que seu organismo estiver equilibrado com o remédio, ela desaparecerá. O que não pode é interromper o tratamento médico. Para lhe responder sobre a tontura diária, preciso saber se você já está sendo medicado com antidepressivo, quando começou o tratamento e se essa tontura foi depois de começar a tomar o remédio ou já vem bem antes. Logo você poderá deixar os limites de lado. Não se preocupe.

      Abraços,

      Lu

      1. Luciano Barreto

        Olá, Júnior!
        Veja só cara, tonturas, sensação de flutuação, zumbido, angústia, essas coisas eu também sinto, mas a partir do momento que começo a tomar os remédios, no meu caso escitalopram e rivotril, com 10 dias já passa a ansiedade a angústia e a depressão. Força cara, estamos juntos nessa!

    2. Beca

      Oi Júnior,
      essa tontura eu também senti, mas no começo do tratamento, já estou indo pro quarto mês do oxa. Mas não é uma tontura tipo o mundo girando, é uma sensação de queda. Muito ruim! Mas isso passa no decorrer do tratamento. As vezes volta, quando eu não durmo bem ou passo por alguma ansiedade. Neste terceiro mês, as coisas desandaram e eu estou sentindo alguns sintomas de volta, como desânimo, tristeza e medo, mas creio que isso vai passar, pois o remédio é muito bom. Você também vai melhorar!

    3. Marcos Locatelli

      Amigo tive e tenho ainda efeitos da Síndrome do Pânico que é horrível. Passa volta, tem que se controlar, tem que ter fé em si mesmo e em DEUS, só o remédio não adianta… A tontura é terrível, mais tem que ter fé que passa… uma hora passa… Tem que ter paciência, pois é um processo seu no teu corpo que leva tempo para você expelir.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Marcos

        Com o uso contínuo do remédio, a SP vai cada vez mais diminuindo, até desaparecer. Há muitos anos que não a tenho, pois eu levo a sério o meu tratamento. Você está correto, quando diz que só o remédio não adianta, pois se faz necessário levar uma vida tranquila, equilibrada, fazer exercícios e procurar ficar de bem com a vida. Você não diz há quanto tempo faz o tratamento e qual remédio toma.

        Um abraço da amiga,

        Lu

        1. Marcos Locatelli

          Tomo reconter, 20 mg, a uns 4 meses. Tentei alguns, mais todos não fizeram o efeito desejado, mas estou bem melhor. Às vezes há umas quedas mas não me abalam mais.

        2. LuDiasBH Autor do post

          Marcos

          É muito bom saber que seu organismo está se adaptando ao remédio. As quedas são comuns em todos os seres humanos, pois ainda não existe a pílula da felicidade. O bom é que você já sabe como lidar com elas.

          Abraços,

          Lu

        3. Aline Araújo

          Acredito que posso contribuir com todos aqui. Passo por tudo isso há anos e hoje sou acompanhada por psiquiatra. Como faço para postar em sua página?

          Beijos e que Deus abençoe e cure vocês e famílias.

          Aline Araújo

        4. LuDiasBH Autor do post

          Aline

          Como deve ter visto através dos comentários aqui, nós nos ajudamos mutuamente neste espaço, onde falamos sobre nossa doença mental, o tratamento que estamos fazendo, quais os efeitos adversos pelos quais estamos passando, etc. Assim como você, também fazemos tratamento com psiquiatras. Será um prazer tê-la conosco. Basta apenas escrever e aguardar que seu comentário seja publicado.

          Abraços,

          Lu

  466. Nanda

    Lu,

    Desculpe incomodar mais uma vez, mas como é a primeira vez que tomo o escitalopram (Reconter) estou com dúvidas. É normal dar muito sono? Hoje foi o quarto dia que tomei, e troquei o horário das 22:00 para as 10:00, como foi orientado. Também foi receitado o rivotril, para quando eu tivesse uma crise de ansiedade, que não conseguisse suportar, então esse eu quase não tomo. Mas desde que comecei a tomar o remédio, me dá muita sonolência, às vezes quero passar o dia todo na cama…rs

    Obrigada mais uma vez a você e a todos do blog, que com seus posts e comentários têm me ajudado muito.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nanda

      Quando iniciamos o tratamento, nosso organismo passa por mudanças, até uma completa adaptação ao remédio. É normal, sim, ter essa sonolência, mas outros também podem sentir dificuldades para dormir. Como disse, varia de organismo para organismo. E dormir é muito bom, pois relaxa todo o corpo, além de fortalecê-lo. Com a continuidade do tratamento, tudo vai chegando ao normal. Não se preocupe. Apenas dê tempo ao tempo.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Luciano Barreto

        Como a Lu mesmo disse, isso poder variar de pessoa para pessoa, pois comigo mesmo ele traz muita sonolência, por isso tomo à noite!

        Forte abraço a todos!

        1. Nanda

          Oi Luciano

          Mesmo depois de quase 1 ano tomando você ainda sente sonolência? Mas quando acorda, ela passa ou você passa o dia mole?

          Obrigada novamente.

          Abraços.

        2. Luciano Barreto

          Oi, Nanda, desculpe pela falta de detalhes. Então hoje, depois de 1 ano usando o escitalopram, eu já não tenho tanta sonolência, tanto à noite, depois de tomá-lo, e nem no outro dia.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Observe como cada organismo reage de um modo diferente, usando um remédio idêntico.

          Abraços,

          Lu

  467. Flávia

    Olá pessoal,

    Gostaria de dividir com vocês a minha ansiedade… rsrss. Também fui diagnosticada com a síndrome do pânico. Que coisa horrível, parece que a gente está morrendo, o coração dispara, mas logo depois estamos rindo, que coisa maluca. Já fiquei muito triste com isso, e enfrentei muitas crises sem nenhuma medicação, o que estava me deixando preocupada, porque num dia eu estava bem e noutro mal. Acabo de sair do psiquiatra, ele me receitou escilex, estou ansiosa e com receio, porque nunca imaginei que um dia fosse tomar remédio para saúde mental. Se for pra melhorar vamos em frente. Volto pra contar como está sendo.
    Beijos a todos que estão na mesma luta que eu.Vamos vencer.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Flávia

      É isso mesmo, menina, vida para frente. Existem tantas doenças piores! Medicada você passa a ter uma vida normal, com os altos e baixos comuns a todo ser humano. A SP é mesmo terrível, uma sensação louca de morte iminente. E depois vem a calmaria, com o corpo relaxado da batalha. Quando vier a SP, procure relaxar, pois quanto mais nós lutamos, mais forte ela se torna. Portanto, não ofereça resistência. Deite e respire bem fundo, pois sabe que aquilo irá passar.

      Não há porque ter receio de tomar o remédio. Talvez seja apenas por um tempo. Pesquisas mostram que quase 1/3 da humanidade possui doenças relativas à mente. E o que há de mal nisso? Muitos não tomam remédio para pressão, diabetes, tireoide, coração… durante a vida toda?

      Obrigada por sua visita. Venha sempre nos falar de seus progressos.

      Abraços,

      Lu

      1. Flavia

        Lu, quero agradecer por tudo. Nesses momentos não sabe o quanto é importante ter alguém que nos compreenda e divida suas experiências também. Já tentei falar o que sinto para meu marido, colegas, etc., mas ninguém consegue sequer imaginar a sensação que temos na SP. Mas como já li bastante sobre isso, nunca ninguém morreu dessa coisa.

        Uma dica pra quem está no início dessa síndrome e não está sabendo administrá-la, achando que vai morrer. Apenas temos a sensação na hora. Eu simplesmente falo para mim mesma que sou uma boba e, que tenho que parar imediatamente de pensar coisas ruins, que são apenas coisas da minha cabeça. Procuro cantar, tomar água, me maquiar… Assim automaticamente aquela sensação de angústia, zumbido, queimação vai passando, e é quando me dou conta de que estou fazendo minhas coisas normalmente… Vou controlando minha mente e vivendo melhor… Depois que descobri o que tinha, comecei a me ocupar mais, porque se deixarmos, o desânimo nos derruba e podemos complicar mais ainda a nossa vida.

        Amigos estão entrando nesse novo mundo… rsrs. A dica é nunca parar com o remédio, que nos oferece uma qualidade de vida melhor.

        Beijos e sucessos pra todos, e pra você, Lu.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Flávia

          Eu estou simplesmente encantada com você. Encontro-me feliz por vê-la dar a volta por cima em tão pouco tempo. E por estar dando forças para outras pessoas. Que maravilha! É assim que funciona este espaço, onde lutamos por qualidade de vida mental.

          Como você deixa claro, muitas vezes as pessoas que nunca conviveram com o problema não fazem ideia de nosso sofrimento durante um ataque de SP. Mas o que temos que ter em mente é que tal síndrome não mata ninguém. Logo passa e estamos ótimos. O uso do remédio impede que ela volte. Não podemos para de tomá-lo sem a permissão do médico que nos acompanha. Uma parada brusca faz com que voltemos ainda pior, com crises ainda mais fortes.

          Você diz:
          “… então eu simplesmente falo pra mim mesma que sou uma boba e que tenho que parar imediatamente de pensar coisas ruins, que são apenas coisas da minha cabeça. Procuro cantar, tomar água, me maquiar…”

          Parabéns! Que todos busquem o seu exemplo.

          Abraços,

          Lu

        2. Luciano Barreto

          Flávia

          Você também sente zumbido no ouvido? Porque parece que era apenas eu que tinha esse maldito zumbido no ouvido na hora da crise. O meu é unilateral, só o ouvido esquerdo, mas é horrível, um zumbido intermitente, parecendo uma pulsação.

        3. Flavia

          Oi, Luciano Barreto,

          Querido, quero dizer que neste período de 2 meses tive todas as sensações do mundo, e uma das últimas, em que fui parar no hospital, foi o zumbido, era uma dor intensa no ouvido que chegava a latejar. Pensei e disse ao médico que, com certeza, eu estava com alguma infecção no ouvido, porque doía muito. Parecia que tinha algo dentro do ouvido, e, que estava infeccionado. O diagnóstico do médico após me examinar foi “Você está ótima, não tem nada.”. E lá fui eu embora, chateada, porque nesses momentos tudo que queremos é encontrar algo pra acabar com nossa angústia.

          Depois de vários dias sentindo esse zumbido, pulsação, passei a sentir dores fortes na cabeça e fui parar no neurologista, que me disse: “Seu diagnóstico é SP”. Ele me mostrou como é o nosso cérebro, e porque nós, que temos SP, temos essa dor e zumbido nos ouvidos. Disse que a área que afeta nosso cérebro, quando temos crise, está próxima aos tímpanos, etc e tal, e por isso a sensação de inflamação e zumbido.

          Então, meu amigo, relaxe, procure deitar e respirar fundo, que aos poucos a sensação vai embora. Também estou fazendo acupuntura e terapia, o que me ajuda bastante a relaxar e buscar os meus objetivos.

          Quero que saibam que estou a disposição e fico muito feliz de estar aqui com vocês.

          Beijos a todos

        4. Luciano Barreto

          Obrigada Flávia, pela atenção. Realmente é como disse, eu tinha o zumbido e depois o ouvido ficava inflamado e doendo um pouco, assim que acontecia o zumbido, sentia alguma tontura tam, mas não aquela rotatória e sim uma oscilação no equilíbrio, algo assim.

    2. Nanda

      Oi Flávia!
      Vi em outro comentário que você também faz acupuntura. Faz tempo que faz? E tem melhorado? Quanto tempo dura cada sessão? Eu fiz a minha segunda aplicação na quinta com um medico chinês… Mas o que acho interessante é que ele entra, olha minha ficha, aplica as agulhas e vai embora.Quem tira as agulhas é uma outra pessoa. Não sei se é porque ainda estou no começo, mas ele não me pergunta nada, não sei se é assim mesmo. Senão vou procurar outro.

      Beijos e melhoras para todos nós!

      1. Flavia

        Oi Nanda

        A minha acupuntura é seguida de terapia ao mesmo tempo, fico por uma hora, ou seja, na mesma hora em que estou com as agulhas, faço terapia e coloco minha ansiedade para fora. Talvez deveria procurar a segunda opção, para testar se você se sente melhor com outro profissional.
        Beijos e força!

    3. Cristiane Veiga

      Antes eu tinha muito medo dos remédios,até uma certa relutância, tentava deixar remédios por conta, olhava opiniões em sites que me deixavam assustada, mas agora que estou fazendo psicoterapia,acompanhamento neurológico e lendo todos aqui,não tenho mais medo. Eles estão ajudando meu cérebro, estou fazendo o tratamento direitinho. Não esquecendo que sempre peço que Deus oriente o médico que vai me atender, pois sem Deus nada e ninguém pode curar.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Cris

        Parabéns pelo modo como começou a levar seu tratamento avante. Não se trata de um bicho de sete cabeças, mas de algo muito comum no mundo de hoje, em que as doenças mentais são vistas com muita normalidade, e que um terço da população tem sido diagnosticado com alguma delas. Parabéns! Continue assim.

        Abraços,

        Lu

    4. Nanda

      Oi, Flávia!
      Vi em outro comentário que você também faz acupuntura. Faz tempo que faz? E tem melhorado? Quanto tempo dura cada sessão? Eu fiz a minha segunda aplicação na quinta, com um medico chinês… Mas o que acho interessante é que ele entra, olha minha ficha, aplica as agulhas e vai embora. Quem tira as agulhas é uma outra pessoa. Não sei se é porque ainda estou no começo, mas ele não me pergunta nada, não sei se é assim mesmo. Senão vou procurar outro.

      Beijos e melhoras para todos nós!

  468. Nanda

    Olá, boa tarde a todos!

    Fui diagnosticada com síndrome de ansiedade e começo da síndrome do pânico também. A psiquiatra me receitou o Reconter e hoje será o quarto dia que tomarei metade dele (5mg). Porém, ontem, estava deitada e senti uma sensação de queimação que ia da cabeça para as costas, e aquilo me deu uma agonia, um medo e logo coloquei 2 Rivotril debaixo da língua e fui melhorando. Já aconteceu com alguém? Fiquei com tanto medo que até pensei em parar com esse remédio e só continuar com a acupuntura.

    Obrigada, este blog é muito bom, pois muita coisa acontece conosco e com tantas pessoas, e assim podemos trocar informações, nossos medos e aflições. Rs.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Nanda

      A maioria das pessoas aqui foram diagnosticadas com as síndromes da ansiedade e do pânico, inclusive eu. Portanto, está em boas mãos… risos. Como já deve ter visto em outro artigo aqui neste blog, o efeito do remédio só passa a ser realmente sentido na terceira semana de uso. O organismo precisa de um tempo para absorvê-lo. Portanto, fique calminha. Você não me disse o horário em que está tomando o antidepressivo, mas o melhor horário é de manhã, após o café, com o organismo cheio.

      A ansiedade é mestra para nos criar sensações esquisitas, jogando-nos nos braços do pânico. Ela traz o medo, que vai se avolumando, até termos uma crise. Temos a sensação de que vamos morrer, apenas a sensação, pois minutos depois já estamos ótimas. À medida que o remédio passar a fazer efeito, tudo isso sumirá. Mas em hipótese alguma deixe de tomá-lo, pois tem a finalidade de coibir as crises. Se você para, elas voltarão ainda mais fortes. Tendo que recomeçar tudo, outra vez. Não permita que o medo tome conta de você. Procure mentalizar que é parte da ansiedade, apenas. A sua dose é bem baixinha. Se não melhorar, com o tempo, sua psiquiatra deverá passar para uma dose maior. Eu tomo 10 mg.

      Amiguinha, fique tranquila e não se deixe amedrontar pelos chiliques da mente, pois ela é danada de poderosa. Tome a medicação direitinho e, qualquer problema, volte à sua psiquiatra. Leia também os comentários feitos aqui. Não suma, volte para nos contar como vai a sua saúde.

      Obrigada pela visita e um grande abraço,

      Lu

      1. Nanda

        Lu,
        Tomo o remédio depois do jantar, por voltar das 22:00. É verdade, nossa mente é muito poderosa mesmo, olha o que ela consegue fazer com nosso físico. Eu tenho lido grande parte dos comentários e tem me ajudado a continuar com o tratamento. Mas como não vi ninguém relatando esse sintoma de queimação, e minha cabeça parecia que queria se deligar,que tudo ia ficar preto. Ai já levantei e ão conseguia mais ficar deitada. Nós que temos essa ansiedade, qualquer coisa anormal já é motivo pra desespero! Rs. Tomara que não tenha mais esses efeitos chatos. Pode deixar que vou contando sobre o meu tratamento.

        Beijo e obrigada, mais uma vez!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Nanda

          O ideal seria tomar o antidepressivo no café da manhã, quando está começando um novo dia. Nunca tomei à noite. Normalmente, à noite, é recomendado um ansiolítico, para um sono mais profundo. Converse com seu médico sobre a possibilidade de mudar de horário. Uma leitora relatou que estava tomando à noite, não estava passando bem, e o psiquiatra mudou para a manhã.

          Quando tiver crise de pânico ou ansiedade, procure relaxar o corpo. Deite-se e respire fundo, inúmeras vezes. Se possível, ouça uma música clássica. Procure desviar a atenção para outras coisas… Logo tudo voltará ao normal.

          Leia com atenção os últimos comentários, pois as pessoas costumam escrever umas para as outras, aqui no blog. O Fábio deixou um comentário para você.

          Beijos,

          Lu

    2. Luciano Barreto

      Oi Nanda, tudo bom?
      Olha, eu sofro com essas crises desde os meus 22 anos, hoje estou com 30. Agora tomo escitalopram e tem me ajudado muito, só que certos sintomas que algumas pessoas apresentam, como se acordar no meio da noite com pânico, eu não tenho, não sei se seu diagnóstico foi recente ou não, porque no começo é assustador mesmo. Na verdade meu caso ainda não está esclarecido, se é SP ou alguma labirintopatia.
      Desejo-lhe tudo de bom.

      Abraços!

      1. Nanda

        Oi Luciano!
        Pois é, meu caso começou de 1 mês e meio para cá. Antes não tinha nada dessas coisas, ficava sozinha, no escuro. Para você ter noção, nem ligava por dor nenhuma que sentia, esperava ela passar. De repente, começaram os sintomas, o que torna nossa vida uma eterna preocupação. Hoje estou no quarto dia de medicação e não vejo a hora do remédio começar a fazer efeito e enxergar tudo azul… Rsrs.

        Você toma o remédio faz tempo? E se adaptou bem?

        Muito obrigada e abraços!Tudo de bom.

        1. Luciano Barreto

          Olá Nanda, eu tomo desde junho do ano passado, quando tive a última crise, e até hoje não tive mais, graças a Deus. Gostei muito do remédio. Eu me lembro que começou a fazer efeito com 10 dias. Espero que funcione com você também.
          Forte abraço!

  469. Luciano Barreto

    Olá, meu nome é Luciano, e gostei muito do seu blog, Lu.

    Vim aqui deixar meu relato como experiência pra todos que acompanham o blog. Eu sofro de síndrome do pânico, mas tenho também zumbido no ouvido e fico com o ouvido dolorido; às vezes acho que tenho alguma labirintopatia com sintomas de pânico e não a síndrome em si. Mas enfim, tomo o escitalopram há 1 ano e me dou muito bem com o remédio e também tomo rivotril todos a noite. Eu tomava antes o triptanol e o psiquiatra receitou o escitalopram dizendo q era um medicamento mais moderno.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luciano

      É também um grande prazer recebê-lo neste espaço.

      Os relatos são sempre muito bons, pois acabam ajudando uns e outros. Como já deve ter lido, também sofro de SP, mas da qual não sou acometida desde que passei a usar o escitalopram. Quanto a seu zumbido no ouvido, seria melhor averiguar isso com mais insistência, pois a labirintite possui sintomas semelhantes. Veja um bom médico no assunto.

      Continue nos visitando e trocando ideias. Este cantinho é muito especial.

      Abraços,

      Lu

      1. Luciano Barreto

        Muito obrigado pela atenção, com certeza vou participar muito aqui.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Luciano

          Será um grande prazer tê-lo aqui conosco, enriquecendo o blog com a sua presença. Os leitores são a razão maior deste espaço.

          Grande abraço,

          Lu

      2. Beca

        Oi Lu, boa noite!
        Mais uma vez parabéns pelo excelente trabalho que desenvolve aqui no blog em geral.
        Passei por aqui há uns 2 meses relatando o início do tratamento com o Exodus que por falar nisso foi muito difícil. O segundo mês foi uma maravilha, voltei a dirigir, fazer caminhadas, sair com os amigos tudo normal, tanto é que a médica nem aumentou a dosagem, continuei com 1,5 mg. Mas na terceira e atual cartela tive, não sei se posso dizer, uma recaída, mas ando num desânimo total, não parei de fazer nada, mas não tenho vontade de nada também… rsrrsrs. Tento rir da situação, porque não sei de onde tirei esse medo, essa insegurança que me faz sentir uma péssima pessoa. Enfim, gostaria de saber se alguém já passou por isso, tipo um mês está bem e no outro desaba. Acredito que sim, cada caso é individual.

        Desejo a todos a real cura desse mistério, e força sempre galera, acredito que tudo vem de dentro de nós..

        Abraço a todos!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Deca

          É sempre um prazer recebê-la neste espaço, compartilhando conosco os altos e baixos pelos quais todos passamos.

          É importante frisar que nenhum antidepressivo promove a nossa cura total, apenas diminui o nosso sofrimento físico e mental. Contudo, continuamos levando a vida de qualquer mortal, ora lidando com as alegrias ora com as tristezas. Quando foi lançado o Prosac (fluoxetina), muitos o viam como a “pílula da felicidade”, porque era o primeiro remédio efetivo contra os descontroles mentais. Ele jamais foi a pílula da felicidade, mas abriu caminho para que depressivos mais modernos chegassem ao mercado. Eu o tomei por muito tempo, até que passou a não fazer mais efeito para meu organismo.

          Beca, também há vezes em que passo por esse baixo-astral. Há dias em que me levanto sem vontade de fazer coisa alguma. Aos poucos vou me animando e voltando ao normal. Penso na minha humanidade, com todas as limitações e sigo em frente. O dia em que deixar de passar por isso, como passam todas as pessoas que conheço, e, que não tomam antidepressivos, deixarei de ser humana. Como digo aos leitores, o modo como enfrentamos a vida, ou seja, nossa maneira de olhar o mundo é muito importante para nós “depressivos”. Temos que levar uma vida mais leve, procurando viver o melhor possível, ignorando muita coisa que nos desagrada, pois somos excessivamente emotivos e nos melindramos muito facilmente.

          Voltando a seu caso, primeiro veja se está tomando o remédio de um laboratório confiável ou seguindo direitinho a prescrição médica. Segundo, reavalie os últimos acontecimentos do mês, pode ser que algo a tenha deixado muito sensível. Se não foi nada disso, não relute em voltar a seu médico e contar-lhe tudo.

          Aguardo o seu retorno, para me dizer como está.

          Um grande abraço,

          Lu

    2. Nanda

      Oi Luciano, tudo bem?
      Posso fazer outra perguntinha? Desculpa se estiver lhe incomodando e se não quiser responder, não tem problema. A sua médica lhe informou qual será o tempo do seu tratamento?
      Abraço!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Nanda

        Antes que o Luciano responda-lhe, devo lhe dizer que nenhum profissional pode saber qual será o tempo necessário para o paciente. Se o fizer, não passa de especulação, pois cada organismo reage de um jeito. Não se preocupe com isso. Importe-se em ficar boa, ter qualidade de vida. Há casos em que as pessoas precisam tomar por um ano, noutros por anos e em alguns outros a vida toda, como eu.

        Abraços,

        Lu

      2. Luciano Barreto

        Olá Nanda
        Veja só, é como a Lu mesmo antecipou, não se preocupe com o tempo em que irá tomar o medicamento, preocupe-se em se recuperar e ter qualidade de vida. Eu estou tomando há mais de 1 ano e a psiquiatra ainda não diminuiu a dosagem, para falar a verdade, eu estou me sentindo muito bem com o escitalopram. OK?
        Abraços

        1. Flavia

          Oi Luciano, tudo bem?
          Vi que você comentou que faz mais de 1 ano que toma a medicação. Hoje faz 5 dias que estou tomando meio comprimido de oxalato de ecitalopram (escilex), ainda me sinto um pouco estranha; às vezes estou super bem, mas hoje me deu um desânimo, levantei pra trabalhar e desisti. Estou com receio, porque eu acho que fico diferente com o remédio, meio dopada, acho que as pessoas percebem, é horrível. Estou muito sem apetite e achei que o meu rosto começou a ressecar. Será que é coisa da minha cabeça? Por favor queria saber como foi sua adaptação ao remédio, e se sente normal, e quanto tempo ele começou a fazer efeito. Obrigada

        2. LuDiasBH Autor do post

          Flavia

          A dosagem de seu remédio é baixíssima. E ainda não há tempo para estar sentindo tantos efeitos colaterais. O seu desânimo ainda é proveniente de seu estado depressivo, pois não houve tempo para o antidepressivo fazer efeito. Tampouco dá para ficar dopada com 5 mg de escitalopram, a menos que esteja tomando um ansiolítico. A falta de apetite é normal acontecer. Também senti isso, mas aos poucos o organismo vai dando uma resposta positiva. Nunca ouvi falar de problema de ressecamento no rosto, que deve ser proveniente do inverno. Use um creme hidratante.

          Flávia, o que tenho percebido através de seus comentários é que você é uma pessoa altamente influenciável e amedrontada com tudo. Não pode ser assim, amiguinha. Nossos medos, além de fazerem mal à nossa saúde, ainda impedem o nosso crescimento pessoal. É preciso enfrentar a vida de frente, e saber que há muitas pessoas no mundo lutando com problemas de saúde muito mais sérios. Não há razão de ficar assim. Só de estar fazendo o tratamento é um motivo de alegria. A adaptação ao remédio varia de organismo para organismo, sendo o prazo para sentir os efeitos benéficos do remédio o de 15 dias. Não se deixe abater com facilidade. Conta muito, no seu tratamento, o modo como encara a vida. Procure preencher a mente com outras coisas, esquecendo um pouco do remédio.

          Grande beijo,

          Lu

        3. Natalia

          Flávia,
          estou tomando o remédio há 6 dias, tomo 10mg por dia. No primeiro dia fiquei muito agitada, senti vários dos efeitos colaterais descritos na bula. Nos outros 3 dias seguintes senti apenas uma dor de cabeça leve e um pouquinho de tontura de vez em quando. Depois do quarto dia não senti mais a tontura e só um pouco de dor de cabeça, que passou rápido. Minha psiquiatra disse que é normal sentir os efeitos colaterais (inclusive aumento da depressão e ansiedade) nos 10 primeiros dias, mas que depois isso passa e os efeitos terapêuticos começam a surgir, mas vai demorar um pouco. O que você está sentindo vai passar, não desista do tratamento.
          O único problema pra mim é que me dá sono, mas como tomo à noite não tem problema, e corta um pouco meu apetite também.

          Boa sorte!

        4. Luciano Barreto

          Olá Flávia, tudo bem?
          Quando eu tive a crise no ano passado, eu estava no trabalho e logo me afastei, até então eu tinha tomado, em outras crises anteriores, um medicamento chamado triptanol. Quando fui ao psiquiatra, 4 dias depois, ele me receitou o escitalopram, dizendo que era um medicamento mais moderno. Confiei nele e já tomei no mesmo dia à noite. A data era 03/06/2014 e no dia 12/06/14 eu já estava muito bem, já saía sozinho, ia na casa da minha namorada e ficava sozinho em casa. Então Flávia, cada pessoa reage de uma maneira, mas tenha paciência, fé em Deus que o remédio começara a fazer efeito. Eu tomo 1 comprimido de 10 mg. Abraços estou torcendo por todos! E me deixe informado sobre como você está.

          Abraços

  470. Juliana Cruz

    Olá Lu, boa noite!
    Ler o seu artigo e acompanhar o relato de outras pessoas que passam pelo mesmo problema me fez muito bem. Há alguns anos luto com um problema de transtorno de ansiedade acompanhado por uma depressão. Há pelo menos uns 2 anos que eu não tomava medicamentos, mas de março pra cá passei por muitos estresses no trabalho e passei a ter problemas estomacais e intestinais. Como os exames não acusam nada, voltei a procurar meu antigo psiquiatra.

    Agora cá estou tomando, há exatamente uma semana, meio comprimido de oxalato de escitalopram e 0,25 mg de alprazolam 3x/dia. O problema é que de lá pra cá tenho acordado muito mal, com náuseas, dor muscular, uma moleza absurda e sem fome nenhuma. Geralmente só me sinto melhor na parte da tarde. Como tomo o escitalopram antes de dormir, associei esses sintomas ao medicamento, e isso faz com que tenha vontade de jogar o tratamento para o alto, mas ao mesmo tempo quero me manter firme, mas não é fácil!

    Obrigado por partilhar sua experiência conosco, faz com que não nos sintamos sozinhos.

    PS: acabei de falar com meu psiquiatra, e ele recomendou que eu passasse a tomar o escitalopram pela manhã, espere que isso amenize os sintomas.

    Um grande beijo,

    Juliana

  471. Marcelo

    Eu tomei maleato de fluvoxamina durante 3 anos e meio… mas é um remédio muito caro. Como me senti melhor, parei por conta própria há um mês… algumas vezes chegava a sentir vertigens, quando não tinha o remédio. Mas fui aos poucos parando. Não queria viver dependente de droga nenhuma. Sou ex-fumante. Minha esposa percebeu que eu estava com baixa tolerância a frustrações, distante, indiferente… Por isso procurei um psiquiatra que me receitou o escitalopram. Ainda não comecei a tomar. Vou comprar amanhã.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marcelo

      O escitalopram é um dos antidepressivos mais novos do mercado, que vem sendo muito prescrito pelos psiquiatras. Eu o tomo há alguns anos e tenho me dado muito bem com ele. Com a produção desse princípio ativo por outros laboratórios, o preço vem caindo. Ainda que alguns profissionais insistam para que se compre o original, eu compro sempre aquele que estiver mais barato. Por isso, peço que receita venha apenas com o nome de oxalato de escitalopram.

      Foi um grande prazer recebê-lo neste espaço. Volte aqui depois para nos dizer como anda com o novo remédio. E não pare por conta própria.

      Abraços,

      Lu

  472. Cristiane Veiga

    Lu, você já ouviu falar na melatonina, para o problema do sono, como no meu caso que não consigo dormir sem revotril? Gostaria de fazer o desmame e dormir de maneira natural. É vendida só nos EUA, e tem que mandar buscar e custa 59 reais. Será que é seguro?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Eu já ouvi falar por alto. Veja o que diz o dicionário Aurélio: “Na espécie humana, interfere na regulação do sono, no humor, na puberdade e em ciclos ovarianos; em mamíferos, interfere em alterações sazonais, tais como padrão de reprodução e cor de pele.”.

      Acho mais prudente você consultar seu médico psiquiatra, que avaliará o seu quadro e a maneira como esse componente interferirá. Inclusive, é preciso saber por que não é vendido no Brasil, quais são os seus efeitos colaterais, etc. Não compre ou tome sem ter informações médicas. Não vá apenas pela internet, onde há muita mentira.

      Quando tiver mais informação, gostaria que repassasse para nós. Certo?

      Abraços,

      Lu

      1. Cristiane Veiga

        Certo, Lu, tem uma reportagem no yotub sobre o assunto do programa, que tem na rede Glob, depois da Ana Maria. Esqueci o nome, mas diz que os médicos psiquiatras querem que a Anvisa libere o remédio, para que não se use indiscriminado sem orientação médica.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Ainda assim, converse com o seu médico, pois pode não haver interação com a medicação que toma, trazendo efeitos colaterais. Todo remédio deve ser levado muito a sério. Depois me conte o resultado da conversa com ele.

          Abraços,

          Lu

        2. Cristiane Veiga

          Lu, falei com a médica e ela aprovou a melatonina, mas apenas 3 mg após o jantar, alertou para tomar cuidado com os sites que vendem o produto, pois muitos falsificam! Que medo!

        3. LuDiasBH Autor do post

          Cris

          Não compre em sites, mas peça a alguém para comprar nos EUA. Se fizer uso do mesmo, conte-nos como passou a se sentir. Certo?

          Abraços,

          Lu

      2. Jefferson

        Estou tomando OXA já tem bastante tempo, de uns 15 dias pra cá voltei a tomá-lo, pois tentei tomar sertralina que me deu muitos efeitos colaterais. Mas o escitalopram está me deixando pra baixo, sem vontade de nada. Estou tomando risperidona 20 mg à noite também, e engordando igual a um monstro.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Jefferson
          Pelo que entendi, você tomava oxa, parou, tentou a sertralina e agora voltou para o oxa de novo. Você não diz porque parou de tomar o primeiro. Se dava bem com ele, por que passou para a sertralina?

          Há no mercado uma variedade de antidepressivos. Desde que apareceu o Prozac (fluoxetina), a cada dia aparecem novos medicamentos voltados para os problemas mentais. Porém, cada organismo reage de um modo diferente a determinado remédio. Daí a necessidade do acompanhamento médico, nos primeiros meses. Paciente e profissional devem ficar atentos aos efeitos colaterais. E, se necessário, aumentar ou diminuir a dose, ou mudar para outra substância.

          Eu tomo o oxa de 10 mg, que me inibe totalmente o apetite. Ao contrário de você, se não tiver cuidado, viro um palito. E me sinto muito bem com ele, mais ativa e para cima. Como ansiolítico tomo bromazepam de 3 mg, à noite. Aliado a isso faço caminhada e Pilates.

          Aconselho-o a voltar a seu psiquiatra e falar-lhe sobre o que está sentindo. E ele decidirá que mudanças deverá fazer. Depois volte para nos contar o que foi resolvido.

          Obrigada pela visita. Não suma!

          Abraços,

          Lu

  473. Cristiane Veiga

    Lu, hoje está fazendo 15 dias de lexopram, é estranho, pois ainda sinto muito desânimo, uma certa fraqueza, o que não aconteceu na primeira vez que usei. Agora estou com 15 mg, comecei com dez. Será que terei os sintomas de novo? Não sei porque, mas no primeiro tratamento não senti nada ,agora estou tão sensível, choro por qualquer coisa .

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      O antidepressivo, às vezes, demora mais tempo para fazer efeito, pois depende muito do organismo e de como nos encontrávamos antes de iniciar o tratamento. E, ao que me parece, sua crise voltou muito mais forte. Portanto, é normal que continue sentindo fraqueza e desânimo, diferentemente do que sentiu no primeiro tratamento. Logo, logo estará usufruindo dos efeitos positivos do remédio e a sensibilidade à flor da pele desaparecerá. Junto com o remédio, você deve fazer exercícios físicos (caminhada, Pilates ou qualquer outro que a agrade), que são de extrema necessidade para nós. Eu estou fazendo Pilates e gostando muito. Ganhei um novo ânimo.

      Continue me dando notícias.

      Um grande abraço,

      Lu

  474. Cristiane V. da Costa

    Lu estou bem melhor, só estou em dúvida quanto ao remédio, pois a neurologista disse que o lexapro é bem melhor que o genérico; também estou fazendo o desmame do rivotril, que só tomo de manhã 4 gotas; à noite tomo zolpidem.

    Sabe Lu, eu sou professora e fiquei com muito medo de perder a paciência com as crianças. Já pedi para me afastarem, mas os médicos peritos não acreditam em depressão. As crianças dão trabalho e são difíceis e me deixam muito nervosa. Parece também que estou com falta de vitamina B12, fiz exame de sangue.

    1. Cristiane V. da Costa

      Ainda me sinto ansiosa, pois parece que desta vez o remédio está demorando mais para fazer efeito. Meu peito chega a doer quando “chehoperyo” de crianças, inclusive das minhas netas que eu amo tanto.

      1. LuDiasBH Autor do post

        Cris

        Esta sua ansiedade irá passar. É preciso ficar calma e aguardar o remédio agir no organismo. Todos se sentem assim no início do tratamento. Depois só tende a melhorar. Procure tomar chá de camomila, que relaxa bem. E continue insistindo com os médicos para obter a licença. Quando for ter com os peritos, vá sempre acompanhada, para que eles tenham noção do seu real estado. E não se esqueça de me dar notícias suas.

        Abraços,

        Lu

    2. LuDiasBH Autor do post

      Cris

      Fico feliz ao saber que está bem melhor. Logo estará ótima. Quanto ao remédio, eu tomo o genérico e sinto-me muito bem. O original é muito caro. Se não pesar no seu bolso, opte então por ele.

      Não é fácil dar aula para crianças e ainda mais estando com depressão. Caso não esteja conseguindo levar avante o seu trabalho, peça à sua diretora para dizer, por escrito, que você não tem condições, no momento, de trabalhar com crianças, havendo risco para as duas partes. Só com os remédios que está tomando, já era para os médicos peritos darem-lhe licença. Diga-lhes que a responsabilidade passa a ser toda deles, caso aconteça algo. É preciso pressioná-los. O perito precisa ser psiquiatra, certo?

      Quanta à vitamina B12, logo que passar a tomá-la, e fazer uso dos alimentos que a possuem, terá seu organismo estabilizado. Não se preocupe. E continue me escrevendo.

      Um grande abraço,

      Lu

  475. Kaue

    Olá pessoal, tudo bem?
    Meu nome eh Kaue. Passei mal a uma semana atrás e fiquei com muito medo de morrer, chorei e tudo mais. Fui em um clínico e ele me informou sobre a depressão. Me passou sertralina e outros remédios para gastrite, que me fizeram muito mal e parei. Continuei mal e então fui ao psicólogo, que me receitou veliha. Acabei não informando sobre a sertralina e faz 4 dias que tomei apenas um comprimido dela. Comecei tomar o velija e estou me sentindo muito mal. Coração acelerado, suador e me preocupei de novo. O que faço?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Kaue

      Pelo modo com que descreveu sua primeira crise, tenho a impressão que teve um ataque de Síndrome do Pânico (SP), que traz a sensação de morte imediata, choro, etc. O ideal é que você vá a um psiquiatra, que já é preparado para lidar com as doenças da mente. Ele irá lhe receitar um medicamento antidepressivo e talvez um ansiolítico. Como os remédios variam de organismo para organismo, ele acompanhará a sua evolução para ver se está dando bem, e se precisa ajustar a dose ou mudar para outra substância.

      Não conheço o remédio receitado pela psicóloga, que lida melhor com terapias. Se você continua se sentindo mal, pare a medicação até fazer uma consulta com um psiquiatra, o mais breve possível. O coração acelerado é próprio das crises de pânico. Mas não se preocupe, pois elas não levam a óbito, só a sensação que é horrível. Tomo remédio (escitalopram) para conter as minhas, assim como a depressão. Trato-me com um psiquiatra.

      Agradeço a sua visita ao blog. Volte para nos contar como anda seu tratamento.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. kaue

        Na verdade eu passei em um psiquiatra e acabei me equivocando. Ele que me receitou valija. Meu medo é de ter algum risco, pois pelo que li, sempre que se troca de remédio deve-se esperar 14 dias, e eu tomei com 4 dias apenas. Isso me deixou preocupado. As reações me assustaram: peito acelerado e suando frio, isso após começar tomar o velija.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Kaue

          Quando os princípios ativos são diferentes, há necessidade de aguardar esse tempo, até que o remédio anterior não esteja mais no organismo. Por isso, era necessário que você tivesse informado o psiquiatra sobre o remédio que estava tomando. Ligue para ele ou então converse com o farmacêutico. E depois continue tomando o remédio receitado.

          Quanto aos efeitos colaterais, algumas pessoas sentem-nos, mas depois vão passando. O importante é que você continue sempre visitando o psiquiatra para que ele avalie o seu quadro.

          Volte para nos contar como anda sua saúde.

          Grande abraço,

          Lu

  476. Cristiane Veiga

    Lu, tenho 48 anos sofro de depressão faz cinco anos. No mês de abril, a médica resolveu tirar o Rivotril de uma hora para outra. A doença voltou, além disso receitou buspirona; fiquei totalmente fora de mim, fora da casinha mesmo. Fiz vários exames e o resultado foi glicose angiopatia, sendo muito normal este resultado, principalmente para quem tem depressão. Fico meio ansiosa em ter que tomar o remédio para o restinho da minha vida, mas se for para ter uma qualidade de vida melhor.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cristiane

      O rivotril, o segundo ansiolítico mais vendido no Brasil, não tem nada a ver com a depressão, pois não é um remédio antidepressivo. Ele é usado para a indução ao sono e diminuir a ansiedade. Eu comecei a tomá-lo juntamente com o escitalopram, mas não me dei bem, pois tinha muitos pesadelos. Meu médico então mudou para bromazepam que é mais fraco.

      Você não me disse que remédio antidepressivo tomava junto com o rivotril. Ou não tomava nenhum? Pelo que sei, em caso de depressão, o tratamento é feito com um antidepressivo, normalmente acompanhado de um ansiolítico.

      A substância “BUSPIRONA é indicada no tratamento dos distúrbios de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada e no alívio a curto prazo dos sintomas de ansiedade, acompanhados ou não de depressão.”. Se estiver tendo efeitos colaterais fortes com o uso desse princípio ativo, volte a seu médico e relate tudo. Ele poderá diminuir a dose ou mudar para outro. Fique tranquila, pois tudo se resolve.

      Pode ser que precise tomar o remédio apenas por um tempo, caso sua depressão não seja crônica. Aguarde o parecer de seu profissional. E se tiver que tomar para sempre, não há nada mal nisso, pois alguns tomam remédio para pressão, tireoide, diabetes… etc.

      E que “restinho” de vida é esse, se está na flor da idade? Tome vergonha, menina! Uma longa vida descortina-se à sua frente. Viva-a da melhor maneira possível. Viva um dia de cada vez, de modo que esse seja o melhor que puder.

      Cris, fiquei muito contente com a sua participação. Volte sempre ao blog e nos conte como está. Leia outras coisas interessantes que ele tem, também.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Cristiane Veiga

        Antes tomava exodus, estava muito feliz com ele, mas como a médica resolveu tirar o revotril, mudou para buspirona e zolpidem. Pensei que ia pirar, mas agora estou entrando nos eixos; fiquei com medo do revotril, e comecei a olhar bulas e opiniões. Só encontrava coisas ruins, mas agora com vocês me sinto bem melhor!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cristiane

          O Exodus é um dos nomes fantasia do escitalopram. Como lhe disse anteriormente, o rivotril é o segundo ansiolítico mais vendido no Brasil. É um remédio antigo e muito usado. Além do mais, cada organismo reage de uma maneira diferente. O que pode ser ótimo para uns, pode não dar certo para outros. Ao relatar os efeitos colaterais ao médico, ele é quem vai avaliar o que é melhor para o paciente. Portanto, não é preciso ter medo. Sem falar que o organismo, com o tempo, também vai se adaptando ao medicamento, e os efeitos colaterais vão passando. Fique tranquila.

          Grande abraço,

          Lu

  477. Juliana Sobral

    Luuu me ajude.
    Tomo oxalato de escitalopram por mais de 4 anos. Achei a medida certa para mim (meio comprimido de 15mg por dia), porém descobri que estava grávida, e com 6 semanas minha ginecologista me apavorou, e eu por conta própria descontinuei em 2 semanas. Senti os efeitos da descontinuação de forma bem visível. Às vezes ao virar a cabeça o mundo parecia girar, mas depois de duas semanas passou. Na terceira semana comecei a ter aquele efeito rebote… muita irritação e muito depressiva, procurei meu psiquiatra correndo. Ele foi bem sincero e disse que não sabe os riscos para a gestante, mas leu a bula comigo e vimos que o risco maior é no último trimestre da gravidez. Ele então, me receitou meio comprimido dia sim, dia não, até o sexto mês, para ver como vou me sentir. Você conhece algum caso de gestante que fez uso desse medicamento? Qual sua opinião? Eu amo esse remédio, principalmente por que me deu qualidade de vida nesses últimos anos. Me ajude, fico preocupada.
    Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ju

      Acalme-se, menina!
      Conheço um bocado de mulheres que ficaram grávidas tomando antidepressivos e seus bebês nasceram lindos e saudáveis. Portanto, não há que ficar nervosa. Quanto à continuidade do remédio, será o seu psiquiatra quem deverá orientá-la. Se não sentir firmeza naquele que a atende, procure outro. Sempre é bom ter o parecer de dois ou mais profissionais, quando não nos sentimos seguras. Muitos estão acostumados a lidar com isso, fato corriqueiro na vida deles.

      Agora, mamãe Ju, você vai ter que pensar primeiro no seu bebê. Será ele quem irá ditar as regras do jogo. E um bom profissional irá ajudá-la direitinho. Não há porque ficar preocupada. Como está receosa quanto à quantidade do remédio a ser tomado, o ideal é que procure outro médico, para ver a sua posição. Sempre há um jeito. Se assim não fosse, as mulheres depressivas não poderiam ter filhos… risos.

      Assim que tiver outro parecer, traga-o para nós. E receba o meu abraço especial por trazer mais um filhinho ao mundo.

      Grande beijo,

      Lu

      1. Juliana

        Oi Lu, obrigada. O mesmo médico me ligou dizendo que conversou com outro colega da área e chegaram à conclusão que o Fluoxetina é mais indicado na gravidez, porém, por eu nunca ter feito uso desse medicamento e estar super bem adaptada ao Escitalopram, ele me indicou continuar nessa dosagem baixa de 1/2 comprimido até o sexto mês de gestação. Depois disso somente meditação! rs.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Juliana

          Tomei fluoxetina durante muitos anos. Só parei quando começou a não fazer mais efeito em meu organismo. Fico feliz ao saber que está tudo andando direitinho. Continue nos contando com vão o bebê e a mamãe.

          Grande beijo,

          Lu

  478. Wellington Luís

    Olá, hoje estava lendo o blog, e me identifiquei com várias histórias, pois sofro desse mal, faz cerca de dois anos. Já fiz uso dos medicamentos fluoxetina, paroxetina e atualmente escitalopram, em conjunto, sempre tomei o rivotril em gotas para dormir, mas ainda não consigo me livrar dos distúrbios do sono. Às vezes não durmo, ou durmo demais. Alguém teria algum conselho do que eu poderia fazer? Não tenho muita alegria, sou pessimista, e sinto muito medo das coisas darem erradas, por mais simples que sejam.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Olá, Wellington!

      Você acaba de cair no cantinho certo, pois é aqui que trocamos ideias sobre os nossos chiliques, enquanto vamos tocando a vida, uma vez que navegar é preciso.

      Todos nós que temos problemas mentais carregamos histórias muito parecidas, já tendo passado por vários medicamentos, etc. Acontece que, com o tempo, nosso organismo vai se acostumando com um determinado remédio, que passa a não fazer mais efeito. E aí, ou o médico aumenta a dose ou procura um mais moderno no mercado, pois a cada dia novos medicamentos estão chegando à praça.

      Quanto à insônia, esse vem sendo um problema para metade da população mundial, pelo estilo de vida que leva hoje. Nem é preciso ter problemas mentais para ser insone. Nossa vida ou é muito corrida, ou não temos horário para nada, diferentemente das pessoas de antigamente, que dormiam sempre no mesmo horário e levavam uma vida mais calma e rotineira.

      Em vez do rivotril, eu tomo bromazepam, que é bem mais leve. Mas ainda que o tome, há dias em que perco o sono, dependendo de uma preocupação ou outra. Portanto, o que você relata é coisa normal. Sugiro tomar chá de camomila três vezes ao dia, sendo a melhor aquela que se compra com as florezinhas, em casas de produtos naturais, e não as de caixinha.

      Wellington, é muito importante a maneira como olhamos a vida. Disso depende o nosso otimismo ou pessimismo. Não podemos ser muito exigentes conosco, pois todo mundo erra. E por que não nós? Retire a palavra “medo” de sua vida, pense positivamente e não se leve muito a sério, afinal é humano, uai. A vida é feita de acertos e erros. Errar também faz parte do crescimento humano, amiguinho. Leia os comentários e os vários textos existentes no blog sobre este assunto.

      Quando estiver tristinho, venha para cá jogar conversa fora conosco. Há também muitos outros assuntos no blog, que nos fazem dar boas risadas.

      Grande abraço,

      Lu

      L

      1. Wellington Luis

        Muito obrigado, estou de férias, o que piorou um pouco a situação, mas fico lendo coisas na net ou em livros, que comprei, para tentar entender melhor as coisas que acontecem.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Wellington

          É muito importante preenchermos a nossa vida com coisas boas.
          Apareça sempre.

          Abraços,

          Lu

  479. CARLA SANTOS

    Boa tarde! Estou passando por um momento muito difícil na minha vida. Fui casada por 6 anos, deixei de viver a minha vida para viver a dele, e sempre esperando algum retorno, mas infelizmente nunca tive, até o dia em que cheguei em casa, e ele foi embora sem dar uma satisfação, uma palavra sequer, nada, simplesmente me abandonou. Fiquei sem chão, sem rumo, uma dor, uma tristeza que parece não acabar, pensamentos suicidas, e por ele ser uma pessoa pública, toda hora tenho notícias, sempre rindo e já morando com outra mulher. Parece que eu nunca existi, é muito desesperador.

    Há um tempo atrás, comecei a me sentir triste e com uma ansiedade fora do normal. Procurei um PSQ e fui diagnosticada com TAG, e ele me receitou Reconter; passei muito mal nos primeiros 10 dias, gradualmente fui melhorando, não afetou meu sono, mas afetou minha libido, e engordei 05 kg em um mês. Entrei em desespero, pois meu casamento já não era uma mar de rosas, e eu gorda e sem libido, parei de tomar de uma hora para outra, e fui tentando lidar com o dia dia, mas sempre infeliz, e tendo uma pessoa do meu lado que não dava importância a nada que eu fazia, e eu sempre me culpando, auto-estima zero.

    Agora não sei o que faço, meu sono, que nunca foi abalado, está totalmente descontrolado, não consigo me concentrar no trabalho, é um bolo na garganta, só faço chorar, mas hoje tive a iniciativa de procurar um PSQ para poder voltar tomar o Reconter, só que minha consulta está marcada para 31/07, e eu não sei como vou fazer para aguentar, estou com medo de mim mesma.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Carla, minha amiguinha, a vida às vezes é muito severa conosco, ou não seria nós mesmos nossos próprios réus? Quantas vezes vemos que algo está caminhando para o fim e não queremos acreditar que seria melhor ficarmos sós? E quantas vezes percebemos que merecemos alguém melhor e persistimos numa relação doentia, que não leva a nada? Por que evitamos pensar que a vida é curta e, que nascemos para sermos felizes? E por que ao perder alguém, que só nos faz sofrer, ficamos sem chão, vazios, como se tivéssemos perdido um grande tesouro? Por que razão não acreditamos que merecemos uma vida melhor, e, que algo especial está à nossa espera? Será por que vestimos a roupagem de coitadinhas, como se para vivermos precisássemos de alguém que nos machuca diariamente? Por que permitimos que alguém invada o nosso coração, fazendo gato e sapato de nossa autoestima? Por que damos o prazer a quem nos denigre de nos ver para baixo, como se precisássemos de tal pessoa como muleta? Por que não acreditamos no potencial que existe dentro de nós e na nossa capacidade de dar a volta por cima, como fizeram, fazem e farão muitas mulheres? Por que não cavamos a nossa felicidade, para mostrar a quem nos faz sofrer, que somos capazes de sobreviver por nossa própria conta? Sermos felizes é a resposta que mais dói em quem nos faz mal. Você nem imagina o quanto! Portanto, dê essa a resposta a essa pessoa que ora ignora-a. Deixe que os amigos contem-lhe como você está bem, bonita e feliz.

      Os antidepressivos reagem diversamente de acordo com cada organismo. Eu, por exemplo, viro um palito, se não tiver cuidado. Fome zero. Outro problema é a libido. Mas a medicina vem pesquisando para corrigir tais efeitos colaterais. No momento, você necessita de estabilizar o seu humor. Faça tudo direitinho, conforme ordem médica. Vá também a um nutricionista. Aos poucos tudo vai caindo no eixo. O importante agora é a sua saúde mental.

      Lindinha, passando por tanta turbulência, é mais do que normal ter o sono abalado. O bolo na garganta está ligado à ansiedade. E para de chorar, pois esse cara não a merece. Dê a ele o troco, sendo feliz. Procure por um psiquiatra num posto de saúde, ou vá a um plantão médico do SUS, ou do seu plano. Mesmo a ansiolítico (eu tomo bromazepam) necessita de receita médica. E nada de pensamentos bobos. A vida é linda e tem muito a nos oferecer. Precisamos sentir bem na nossa própria companhia. Nada de achar que a ausência de um “pilantra” torná-la-ia mais feliz.

      Conte conosco. Venha para este cantinho e nós lhe daremos muito amor. Escreva quantas vezes quiser.

      Um beijo no seu coração,

      Lu

      1. Marcos Antonio Moreira Vidinha

        Lu e Carla

        Lu, achei seu texto muito consciente e sem dúvida ajudará a Carla a rever os seus pontos de vista e irá ajudá-la a enfrentar com bravura esse momento difícil da vida, pois toda mulher é uma guerreira.

        Carla, não sei a sua idade, mas você me parece ser ainda jovem, e, portanto, mais tarde, você vai entender que na vida todos nós passamos por momentos bons, depois momentos ruins, depois momentos bons, depois momentos ruins e assim é a vida, um sobe e desce. Temos que aprender também que os momentos ruins, quase sempre vêm acompanhados de algum ensinamento novo, que nos transforma e nos faz melhores, como pessoas. Li duas frases, dessas de internet, que achei muito interessantes, e que se encaixam um pouco com esses momentos que você está vivendo:

        “Ter desafios é o que faz a vida interessante, superá-los é o que faz a vida ter sentido.”
        – Carla, o seu desafio é enfrentar e vencer este momento difícil da sua vida, e isso faz todo sentido…

        “Nenhum obstáculo é grande demais quando confiamos em Deus”.
        – Carla, você não está sozinha, peça ajuda a Deus para enfrentar os desafios que as suas forças, a sua capacidade de resolver problemas e a sua motivação, não forem capazes de resolver, e ele a ajudará. Você não precisa ser religiosa para ter fé em Deus. “Fé não é achar que Deus fará tudo o que você quiser. Fé é crer que ele fará o que for melhor para você.”

        Lu e Carla, fiquem com Deus.
        Abraços
        Marcos Vidinha

    2. Oswaldo

      Prezada Carla

      Sou leitor assíduo deste blog e, lendo sua história, não pude deixar de emocionar-me, e resolvi dizer-lhe algumas palavras, que talvez a possam levar a uma melhor reflexão sobre a vida.

      Sou idoso e tenho meus 72 anos. Daqui alguns anos o meu terceiro turno vai se esgotar. E nem por isto, deixo de viver o presente, com a maior força possível, pois ele é que importa. Há, li há algum tempo, uma tríade que todos nós temos interligada, o pensamento, a emoção e o comportamento. Sempre que agimos – de uma forma ou de outra – estaremos percorrendo este caminho. Nenhum humano escapa deste percurso.

      Quando nosso pensamento é negativo (por vezes, nem o percebemos, pois já está fazendo parte de nosso sofrer), com certeza, estaremos turbinando, também, negativamente, nossas emoções, o que gera, por vezes, extrema ansiedade, como se o mundo estivesse acabando, como se fora ocorrer um desastre iminente. Aí o TAG, diagnosticado. Com a ansiedade elevada ao grau máximo, é claro que seu comportamento também é alterado, como você bem descreve: “meu sono, que nunca foi abalado, está totalmente descontrolado, não consigo me concentrar no trabalho, é um bolo na garganta, só faço chorar”.

      Você é forte. A primeira palavra que você disse foi: Boa tarde! Isto demonstra que há muita força em seu coração e que pode, com ela, mudar a vida. Calma. Pense. Reflita. Tenho um amigo que perdeu o filho às vésperas de sua formatura para médico, quando toda a família esperava que o menino maravilhoso, que só alegrias levava a todos, tivesse seu momento mais feliz. Ele estava em um cinema, divertindo-se, quando o resultado dos exames médicos – de rotina – chegaram, inclusive o próprio médico, face à tragédia, encarregou-se de levá-los, até a casa de seu pai, o meu amigo. Diagnóstico trágico: leucemia aguda, o que significava somente alguns meses de vida.

      O mundo desabou violentamente sobre toda a família. Meu amigo juntou todas as suas economias e partiu com o filho, para os EEUU (na época não havia condições aqui, como hoje, para um eventual tratamento ). O jovem era lindo, saiu daqui sem entender muito bem a gravidade de sua situação, rindo e alegre, como era. Seu pai e mãe faziam um esforço extraordinário para não demonstrar seus sentimentos de imensa dor que lhe causavam o acontecimento. Os pais do jovem poderiam ter pensamentos negativos, porém, com bastante controle emocional, buscaram a cura dele fora do País. E não conseguiram. Seu filho não resistiu e faleceu.

      Quando o pai chegou aqui no Brasil, fui um dos primeiros, com exceção dos familiares, a tentar consolá-lo. Abracei-o intensamente. Ficamos assim, por minutos, e ele me dizia, chorando:

      “-Você lembra como ele era? Saiu daqui dando risadas e até de certa forma feliz. Agora, voltei apenas com as cinzas dele.”

      Meu amigo não teve condições de transportar o corpo até o Brasil, e foi obrigado a consentir com a cremação. Hoje, já idoso, ainda, vive com sua esposa e dois filhos. Continuou a vida, a sua jornada. Voltou a sorrir, embora jamais irá esquecer seu sofrimento.

      Você, Carla, já pensou que há milhares de pessoas sofrendo como você, e que, de uma forma ou de outra, conseguem atravessar as paredes deste paradoxo e conseguem novamente, como meu amigo, a voltar a sorrir? Voltou a lhe dizer:

      – Calma. Pense. Reflita.

      A vida é uma jornada e é um paradoxo. Temos quer estar preparados para as alegrias e para as tristezas, as quais, com certeza, todos encontrarão. Para isto, é importante que consigamos enfrentar nossas grandes decepções, nossos sofrimentos mais agudos, com humor (no sentido genérico) e buscarmos a superação deste quadro, reunindo todas as nossas forças, para vencer mais uma etapa de nossa caminhada. Como iniciar, assim, este enfrentamento. Como derrubar esta parede que surge entre nossos sentimentos mais difíceis de serem suportados e aqueles que nos levam a gostar de viver?

      Vamos voltar lá, no que falei no início, na tríade que ressaltei: pensamento, emoção e sentimento. Você hoje está intensamente tomada por pensamentos negativos. E é isto, renito, que lhe está proporcionando ansiedades generalizadas e comportamentos como descontrole e dificuldades para trabalhar, o tal nó na garganta e o pensar em chorar e mais nada. Tristeza, desespero, uma sensação de pânico, se não exagero, e talvez até medo do que lhe possa acontecer, na espera do dia em que você vai voltar ao médico, para receber o medicamento.

      Que tal, até à sua consulta médica, começar a pensar positivamente. Tentar afastar os pensamentos negativos, a premissa de tudo que lhe está acontecendo. Sei que é difícil, mas por que não começar a buscar saídas para a sua vida, longe destes pensamentos difíceis de serem suportados? Lembre-se de meu amigo, como sofreu. O que passou. Como ele conseguiu superar o sofrimento da perda tão significativa, como a vida de seu filho, prestes a se formar médico? Como?

      Sei, contado a mim por ele, que olhou ao redor e viu sua esposa, muito sofrida. E havia também seus filhos. Ele tinha irmãos. E sobrinhos. Todos preocupados com ele e sua mulher. Ele havia estudado e podia fazer muito por todos eles e para seus semelhantes. Tinha que superar e continuar a caminhar pela vida, ver muitos nascer do sol e chegadas da lua.

      Conheci uma amiga que sofria muito com a obesidade. Inclusive sofria com preconceitos. Havia feito regimes de todas as espécies e muito exercício. Emagrecia e voltava, depois, a engordar, porque não conseguia manter o regime. Um belo dia, acordou e me disse que ia enfrentar tudo isto. Disse-me que ia mudar de vida. Passou a frequentar uma academia de ginástica e buscou o auxílio de uma nutricionista. Os dias passaram e ela emagreceu e nunca mais voltou a ser obesa. Agora está feliz, vivendo com mais alegria. Mudou de vida! Este é o ponto. Seus pensamentos foram positivos. Buscou uma solução e a encontrou.

      Por que você não faz o mesmo? Não sei o seu caso. Apenas contou que seu marido saiu de sua vida. Mas quer também perder a sua vida? Será que é justo? Você não poderia buscar outra saída, como aquela que trouxe forças aos meus amigos, acima citados? Ao meio do sofrimento, podemos até nos afastar da realidade e deixarmos de enxergar que somos alguém, mesmo que estejamos solitários. Você tem que pensar positivamente. Coloque isto em sua cabeça.

      E há muito que você pode fazer, independente de seu trabalho, para buscar os pensamentos positivos. Sei que isto não irá resolver, de imediato, seus problemas. Mas você tem que dar os primeiros passos, como um bebê que começa a andar. Ele gatinha e, por vezes, dá os primeiros passos. Cai e levanta, cai e levanta. E, de repente, não cai mais.

      Você precisa mudar de vida! É evidente que uma academia de ginástica e nutricionista poderão levá-la a perder seus quilos a mais, porém, o mais importante, você restará preocupada em fazer os exercícios e a preparar seus alimentos. Já é um começo para quem quer mudar.

      Se há solidão, por que não praticar alguns dos sentimentos mais maravilhosos que habita o ser humano, como a solidariedade e a compaixão. Nisto você encontrará espaço para o pensamento positivo e verá que, de repente, estará cercada de pessoas que irão preencher os vazios de sua vida.

      Há pessoas que reforçam seu espírito buscando famintos nas ruas e mitigando a sua fome. Outras vão ao encontro dos analfabetos para ensiná-los a ler e a escrever. Conheço quem procura doentes para ajudá-los na sua cura e estarem ao lado deles para que possam suportar o sofrimentos. Há aqueles que nas noites de frio, como estamos passando neste inverno, achegam-se aos indigentes para lhes dar um cobertor.

      Existem pessoas que se dedicam às crianças doentes, portadoras de deficiências físicas ou mentais, muitas delas abandonada, exploradas, violentadas, oprimidas, ajudando-as em casas de abrigo, com alimentação, educação, cultura, saúde e o sagrado direito de viver com dignidade. Não posso esquecer, procuram aqueles que tentam proteger a natureza e os animais abandonados. São sábios e sensíveis. Se prestarmos bastante atenção, iremos sentir que Deus habita seus corações. A compaixão e a solidariedade, filhas legítimas do amor, são os sentimentos mais lindos que nos levam aos pensamentos mais positivos do mundo.

      E aí está a saída: mude a sua vida! Enfrente seus problemas, buscando a realidade e não se escondendo, medrosamente, abrigando-se nos pensamentos negativos. Estes são a origem de todo o sofrimento que você está passando. Não se avalie negativamente. Há certamente erros nos seus pensamentos. Muitos deles, acredito, são irreais. Não tenha medo, atue. Busque seu espaço e delete de seu coração todo passado de sofrimento.

      Seja, reitero, positiva. Olhe ao seu redor. Há um mundo maravilhoso, você tem vida. Precisa prosseguir na sua jornada, desfrutando a vida, que um dom de Deus. Não deixe, porém, de retornar ao médico psiquiatra, mas busque também o auxílio de psicólogo. Há que se tratar com medicamentos e com pensamentos positivos. Tenho a certeza que, se buscar isto, você terá dias muito felizes em sua vida.

      1. CARLA SANTOS

        Bom dia! Lu, Marcos e Oswaldo!
        Quero agradecer-lhes pela força, li os comentários várias vezes, e agora me sinto autossuficiente para poder responder de forma lúcida, pois eu já não sou nenhuma garotinha, sei que o estou fazendo comigo não é correto, não devo achar que perdi minha felicidade, pois na verdade nunca tive, e agora preciso encontrar forças para lutar contra meus próprios medos, e dar inicio a uma nova história.

        A vida é uma caixinha de surpresas, e dela devemos esperar tudo! Nada é para sempre, eu tenho que ser forte e encarar a realidade, necessito sim de ajuda, tanto médica como espiritual e já estou cuidando disso! Acho que poder expressar o que estou sentindo, e pessoas, que nem sabem quem sou, tiraram um minutinho do seu tempo para poder dar uma palavra de conforto, é muito significativo e gratificante, fez-me sentir mais leve. Aí eu parei e pensei! Poxa minha família, meus amigos, meu filho, todos estão aqui do meu lado, tentando de uma forma ou de outra me transmitir coisas boas, e eu nesse desespero, achando que a vida não tem mais sentido, eu não posso me entregar, preciso resgatar tudo que perdi, e mostrar o quanto sou grata por tudo que eles vem fazendo por mim. Vou caminhando a passos lentos, sei que não vai ser fácil, mas que já dei o pontapé inicial.

        De coração obrigada pelas pelas palavras de ajuda. A verdade é que a decepção não mata, ela ensina a viver!

        Um beijo no coração!

  480. Suellem Autor do post

    Faz cerca de um ano que eu tomo ESC junto com Maleato de Midazolan…
    A primeira semana foi horrível, fiquei agitada, estressada. Na segunda semana passou a fase de adaptação e comecei a reagir melhor. A mudança na melhora do meu humor é indiscutível, parece que estou mais feliz!

    O midazolan eu não tenho tomado, só tomo quando estou muito agitada e preciso apagar. Às vezes eu me esqueço de tomar o ESC… Logo meu marido ou minha mãe percebem, pois fico com o humor péssimo, não saio do quarto e, quando saio, não quero dar nem bom dia, eu ignoro as pessoas. Já teve vezes de eu esquecer da receita e ficar sem remédio durante uma semana. Fiquei tão insuportável que nem eu estava me aguentando, fiquei estressada, agressiva, não queria levantar da cama. Sou nova para ser tão dependente assim, mas vejo que vai ser difícil parar.

    Pelo médico eu teria parado de tomar em dezembro de 2014, eu já estava bem… Mas minha sogra adoeceu e veio morar com a gente… ela está com Alzheimer e atrofia cerebral… Está sendo uma barra… o meu tratamento voltou praticamente ao “0”.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Suellem

      Há momentos em nossa vida em que a barra pesa tanto que não conseguimos aguentar o fardo. Isso acontece com todo mundo. Alguns conseguem superar, com o tempo ou terapia, mas outros necessitam do uso de um antidepressivo para aliviar a tensão, e ter forças para levar o barco.

      Imagino o quanto deve estar sendo difícil para você lidar com a sua sogra doente, mas, quando nos casamos com um homem, de certa forma também herdamos seus pais, principalmente quando ele é filho único. Tenho certeza de que ele faria o mesmo por você, se se tratasse de sua mãe. Falo por exemplo próprio, pois meu marido ajudou-me a cuidar de meus pais, e, depois, foi a minha vez de ajudar a cuidar dos deles, inclusive da mãe com Alzheimer. É realmente uma dura batalha que nos manda a vida. São milhares de pessoas vivenciando os mesmos dramas.

      O escitalopram é um dos mais modernos antidepressivos do mercado. Você deve tomá-lo em conformidade com seu médico. Procure tomar direitinho, sem parar um dia, pois o efeito é acumulativo. Mas, se se esquecer de tomar um dia ou dois, isso não terá muita importância, mas mais do que isso já diminui a substância no seu organismo e você volta a sentir mudanças no seu modo de ser. Aliado ao remédio, procure fazer também exercícios físicos (andar, Pilates, etc) e, também mude a sua maneira de olhar a vida, sempre se lembrando de que todos os seres humanos sofrem e que ninguém tem culpa de nossos problemas. A maneira como olhamos a vida é fundamental para a nossa saúde. Não se esquente com qualquer coisa. Procure ser feliz com pequenos acontecimentos diários, pois não existe uma grande felicidade. Nosso bem-estar é feito de pequenos momentos.

      Tomando direitinho a dosagem recomendada, logo estará bem melhor. Não se preocupe. Mas, antes de tudo, procure se feliz, mudando suas atitudes e não se entregando ao desânimo. A vida é uma luta diária, mas é bela.

      Muito obrigada pela sua visita. Traga também seus contatos. E volte sempre.

      Grande beijo,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Regiane

      Em nome de todos os leitores, eu agradeço a sua generosidade.
      Abraços,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paula

      Não existe só escitalopram. O nome da substância ativa é oxalato de escitalopram. Pode ser que esteja tomando citalopram, que é semelhante.

      Beijos,

      Lu

  481. Patricia

    Oi Angelica,

    li seu comentário no blog e gostaria de dizer-lhe que também estou passando por uma fase muito difícil. Tive uma grande decepção com meu ex-marido depois de muitas outras decepções, eu me vi só, com duas filhas e um longo caminho a percorrer. A princípio parece que tudo é um sonho, que isto não está acontecendo conosco, mas a realidade é dura, o mundo cruel e nem sempre vemos soluções. Nossa vida é uma caixa de surpresa e cheia de fases… e como tudo… passa. Estou aprendendo a viver uma dia de cada vez, o momento presente, o agora, sem criar expectativas, para o momento basta o agora. O simples respirar, andar, alimentar e um belo e gostoso banho (apesar da crise d água), sentir a água batendo em meu corpo e revigorar todo meu ser.

    Devemos procurar ajuda, se necessário medicação, ler o que nos faz bem (este blog é uma grande terapia para mim), buscar uma força superior (Deus) se nisto acreditar… e dar tempo ao tempo. Aprendi que em nossa vida há dias ensolarados e tempestuosos, e, como tempo, tudo passa tudo. Cuide-se, ame-se, você é única e capaz de muitas maravilhas, acredite.

    Um grande abraço

  482. Angelica

    Oi Lu,

    Passei por momentos complicados, muitos problemas financeiros (estou desempregada há mais de um ano), acumulei dívidas, meu filho adolescente mexendo com drogas, minha filha saiu de casa devido a brigas com ele, e pra piorar, minha cadelinha que tanto amava foi atropelada e morreu nos meus braços. Após isso, depois do dia das mães, saí de casa, dia 11.05, com uma pequena carteira e todo dinheiro que tinha, menos de R$ 100,00 que consegui fazendo pães e bolos pra vender. Vaguei pela cidade por 3 dias, economizando o dinheiro, pois já tinha resolvido que, quando acabasse, eu ia me matar. Nada fazia sentido, eu estava ali sozinha, mas não tinha vontade de voltar, e nem imaginava o que eles estavam fazendo para me encontrar. Fui parar num Hospital e o médico me receitou escitalopran que estou tomando desde dia 14.05. Sinto-me sonolenta e culpada por tudo que aconteceu, só quero dormir, pouco apetite e disposição.

    Espero que o remédio me ajude a melhorar, preciso voltar a correr (amo demais , mas não tenho vontade), e voltar a ajudar meu marido, fazendo alguma coisa para aumentar a renda familiar, tenho medo que ele também fique doente.

    Obrigada!

    Angelica

    1. LuDiasBH Autor do post

      Minha querida amiga Angelica

      Sinto que você é uma mulher extraordinária, pois não é fácil conviver com tantos problemas. Ainda assim, você está aí, lutando para superar todos os problemas e encontrar uma vida melhor. Mulheres como você podem ser contadas nos dedos. Além de todas as dores, a perda da cadelinha trouxe-lhe grande sofrimento, eu sei, pois ela, de certa forma, era o seu amparo emocional. Eu lamento muito! Também já perdi muitos gatinhos, dos quais sinto saudades até hoje. Mas os bichinhos também são passageiros, como nós.

      Minha amiga, eu tenha a certeza de que você irá superar tudo isso, pois a vida é cheia de alegria e tristezas. Portanto, virão também as alegrias. Não perca a esperança. Muitos aqui carregam suas cruzes, mas não tem a coragem sua de dizer, de libertar as palavras presas na garganta. Dividir o nosso sofrimento com outros alivia a nossa carga. E aqui encontrará muitas pessoas legais e sofridas, também.

      Você não tem culpa algum de nada. Depois de tanto sofrimento acabou entrando num estado de profunda depressão. Isso acontece com muitas pessoas em todo o mundo. Ao deixar sua casa, apenas tinha a sensação de que também deixava seus problemas. Conheço muita gente que já fez isso, num estado como o seu. Nós não somos culpados pelos desarranjos de nossa mente. Necessitamos de tratamento.

      Eu também tomo escitalopram. No início só sentia vontade de dormir, nem queria me levantar da cama, mas depois o meu organismo começou a reagir. Ainda hoje sinto muita falta de apetite. É normal! Quando o remédio começar a fazer efeito, você verá como tudo vai mudar. A vida não será mais tão pesada. Você aprenderá que algumas coisas pode mudar, mas outras, não. Lute para mudar o que pode, mas aceite também não poder mudar outras. Dê tempo ao tempo, tenha paciência, seja uma boa companheira para seu marido, que também está sofrendo. Quando o casal luta unido, o peso diminui.

      Angelica (flor tão linda), você ainda será feliz, pois merece. Somente mulheres guerreiras como você fazem o mudo melhor. Venha sempre aqui conversar conosco. Não se sinta só. Conte com o nosso carinho e apoio. E continue tomando o remédio. Não pare! Aguardo seu retorno a este cantinho. Certo?

      Um grande beijo no seu coração,

      Lu

      1. Marcos Antonio M. Vidinha

        Angelica
        Sei que você acha que seus problemas são os maiores do mundo e sei também que acha que não tem condições de resolvê-los. Eu, Marcos, também acho que os meus problemas são os maiores do mundo. O Pedro, meu amigo, também acha que os problemas dele são os maiores do mundo. Enfim, todos nós achamos que os problemas individuais de cada um são os maiores do mundo, e que não têm solução.

        Eu li na internet três frases que queria lhe transmitir e que dizem mais ou menos isso:
        Primeira: “Para cada problema há pelo menos uma solução”.
        Segunda: ” Se você tiver mais de um problema, resolva um de cada vez”;
        Terceira (a mais importante): “Deus não lhe dá uma carga de problemas que você não seja capaz de resolver.”

        Angelica, se você for visitar um hospício, ou um hospital de crianças com câncer, ou uma casa de caridade que abriga pessoas com problemas cerebrais, ou um presidiário que sofreu uma pena injusta, você vai ver que seu problema, embora lhe pareça muito grande, é muito pequeno diante dos problemas que outras pessoas têm que enfrentar diariamente.

        Não quero de modo algum, desvalorizar os seus problemas, mas quero acima de tudo, transmitir a você que tenha confiança em si e que peça a ajuda de Deus, que lhe dará as forças necessárias, no seu devido tempo, e lhe mostrará os caminhos que deve seguir para que os seus problemas se dissipem uma a um, e possa viver uma vida feliz e em paz.

        Pode nos faltar tudo, mas nunca pode nos faltar a fé em Deus e a vontade de combater, com todas as nossas forças, a boa batalha!

        Fique com Deus. Estarei pedindo a Ele que lhe ajude na sua luta.

        Abraços
        Marcos Vidinha

        1. Regiane

          Marcos
          Excelente colocação. Também estou acreditando neste momento, que os meus problemas são os maiores, após desemprego e lidar com a situação de andar sem nenhum centavo… a perda de esperança faz com que tudo pareça mais difícil, mas na vida passaremos todos por aflições, possamos manter o bom ânimo, pois o próprio Cristo passou e venceu o mundo, e nos deixou uma mensagem de esperança.

          Quero compartilhar este vídeo:
          https://www.youtube.com/watch?v=u5f7sWVEazs
          abraços com carinho a todos que passaram e passarão por aqui.

          Regiane

        2. Marcos Antonio M. Vidinha

          Regiane
          Esse vídeo que você postou é maravilhoso! Mostra de uma maneira muito didática que os problemas existem na vida de todos nós, e, que muitas vezes enxergamos nossos problemas como verdadeiros monstros poderosos e imbatíveis, mas com a nossa força de vontade e com a ajuda de familiares, amigos e profissionais competentes conseguimos enxergar nossos problemas do real tamanho que têm (sejam eles: pequenos, médios ou grandes),inclusive aprendendo a conviver com eles.

          Li um dia desses na Internet uma frase que achei muito interessante: “Se o teu caminho for fácil, você não está no caminho certo.”

          A única coisa que eu sei é que temos que agradecer todos os dias a Deus, mesmo que não consigamos entender os momentos difíceis que estejamos passando, pois nada é por acaso, tudo tem uma razão de ser, e acredito, que muitas vezes, é para nossa transformação e faz parte da nossa evolução, como humanos e filhos de Deus.
          Força! Vai melhorar!
          Fique com Deus.

          Abraços
          Marcos Vidinha

    2. Bia

      Angelica,

      Como você está? Espero de coração que esteja melhor, mesmo que seja um pouquinho. Já pensei em fazer extamente o que você fez, colocar uma mochila nas costas e sair sem rumo… Nesse universo de emoções desvairadas não estamos sozinhos, tem muita gente sentindo coisas semelhantes e sofrendo sozinha. Viva um dia de cada vez e, mesmo sendo difícil acreditar, saiba que dias melhores virão. Força. Eu já estive como você e agora estou bem. Você ficará bem.
      Um forte abraço!

      1. LuDiasBH Autor do post

        Bia

        A Angelica nunca mais nos deu notícias. Vou enviar o seu comentário para ela e ver se aparece.
        Eu agradeço o seu carinho.

        Abraços,

        Lu

      2. Angelica

        Oi Bia!
        Obrigada pelo carinho, estou melhor, vou vivendo um dia de cada vez. Tenho fé e esperança que tudo vai passar e terei minha vida de volta.
        Um beijo grande

  483. Ana Clara

    Olá Lu, boa noite!
    O escitalopram que o psiquiatra me passou estava me fazendo muito mal, então o cardiologista viu meu estado e mudou para o citalopram. Tem que aguardar 15 dias sem tomar para trocar de remédio?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Clara

      Como ambos são antidepressivos que possuem idêntico mecanismo de ação, possuem perfis semelhantes, com algumas diferenças. Penso eu que não há necessidade de esperar um tempo de pausa para mudar de um para outro, mas o ideal que seja o profissional a lhe responder. O farmacêutico é altamente indicado para lhe dizer, caso não possa ter contato com seu médico.

      Parabéns por ter procurado o cardiologista, pois isso também deve ser olhado diante de quadros de vertigens, palpitações, etc, quando não passam dentro do período previsto.

      Abraços,

      Lu

  484. Ana

    Comecei a tomar o escitalopram faz 20 dias para depressão, notei melhora a partir do 13, 14 dias, mas desisti e parei de tomar por conta própria. O que édica daqui a 15 dias, para ela tentar me convencer a continuar. Estou perdida.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana

      Você deve continuar tomando o remédio, mesmo que tenha parado. Não há problema em continuar. E veja se não para mais, caso contrário o tratamento ficará cada vez mais difícil. E é claro que, se não for medicada, todos os problemas voltam com força maior ainda. Você não pode ficar nesta indecisão. É preciso tomar consciência de que adoecemos da mente e precisamos de tratamento. Não brinque com sua saúde, menina. Não está perdida, faça o que lhe pedi. Até porque a volta à médica significa que você terá de lhe relatar como anda se sentindo com o remédio. Se não o tomar, o que terá a lhe dizer? Absolutamente nada, além de deixá-la chateada. Portanto, recomece amanhã.

      Dê-me notícias!

      Beijos,

      Lu

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lorena

      Todos nós agradecemos o vídeo.
      É mesmo muito interessante,

      Beijos,

      Lu

  485. Lorena

    Lu

    Cada dia é um dia, bem difícil de falar e resumir. Tive momentos tristes, desolada, sem graça pra nada, dias irritada, com raiva. Pesquisando sempre sobre essas doenças mentais, pra tentar de alguma forma entender a minha. O que muitas vezes não faz bem, pois estando ainda desestabilizada, coloca muita coisa na cabeça. Tinha medo de tudo, me culpava de tudo, me sentia triste e mal com os problemas de todos. Até problemas que via em novela me abalavam.
    E cada dia era um dia, e sentia uma coisa diferente, sempre oscilando entre o estado deprimido e a irritação/ansiedade. Pesquisei na internet sobre os pensamentos de fazer mal à família, que eu tinha noção de que era errado, e me sentia muito mal por pensar assim, mas era incontrolável. Enfim, achei um site que fala sobre ideias obsessivas, e encontrei o que eu sentia (http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=312) que me deixou aliviada, por entender o que se passava comigo, pois achava que estava ficando louca. Faz três dias que passei a andar, e sinto que meu quadro melhorou muito após isso. Não me sinto deprimida, tento ocupar minha mente, e os pensamentos ruins passaram. Mas volto cedo pra casa, tenho noção que preciso do meu descanso mais do que nunca. Geralmente, às dez horas já estou dormindo. Continuo com o rivotril e o escitlopram. Volto ao psiquiatra na quarta e irei relatar tudo a ele. As ideias obsessivas podem ser encontradas em casos de depressão grave, e irá dizer qual é o meu caso. Como tenho momentos de toc desde os 13, pode ser que tenha algo relacionado.

    Venho aqui dizer que mesmo sabendo que não estou 100%, estou bem melhor. Espero permanecer assim. Tenhamos todos calma nos momentos de desespero, quando a grande nuvem preta nos faz ver o mundo sem cor, mas essa nuvem nunca fica estacionada, ela irá passar e um lindo sol vai se abrir. É uma mensagem que eu deixo pra todos. Acreditem sempre em dias melhores. Quem tem fé, que se apegue a ela e continue com seus remédios e a terapia. Aos poucos irá aprendendo o jeito certo de contornar a situação, como se comportar para melhorar seu estado. A melhor forma que encontrei foi me manter ocupada, não parar pra pensar, e fazer exercício. Vai ter dia que a coragem faltará, mas pule da cama e tome a iniciativa. No meio do caminho irá perceber como foi bom ter levantado.

    Estamos todos nessa, rezo por mim todos os dias e por todos vocês e aqueles que estão passando por problemas como este.
    Fiquem bem.

    Um abraço bem forte e confortante em todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lorena

      Sinto-me feliz ao receber tão boas notícias suas, e ao perceber que está saindo aos poucos dessa depressão grave que a acometeu. Tudo o que diz é verdadeiro, pois faz-se necessário caminhar com coragem, sabendo que a vida é luta, sempre. Há sempre um novo dia a nos aguardar, quaisquer que sejam os nossos temores. Penso exatamente como você. E é assim que tenho vencido a minha deprê, sempre buscando uma maneira de ser feliz.

      Os pensamentos ruins fazem parte das depressões graves, como relatam muitos comentários feitos aqui no blog. Certas pessoas até chegam a ouvir vozes, pedindo-lhes que façam isso ou aquilo. Tudo é criado pela mente fantasiosa e sem controle. A pessoa não tem culpa alguma e, portanto, não pode atribuir a si responsabilidade por algo involuntário. Mas os antidepressivos possuem o poder de ajeitar a nossa mente e dar-lhe um rumo certo, controlando-a. Por isso, o tratamento é tão importante. Não se pode abrir mão dele.

      Você cita a importância de preencher a mente, não a deixando vagar. Tem toda a razão. Ocupá-la é uma maneira de desviar a atenção para coisas boas. Daí a importância dos exercícios físicos, de se ocupar com bons livros, filmes, blogs, ouvir boas músicas e passear. Se tiver oportunidade, tome banho de mar ou rio, pois trazem um grande relaxamento. Evite tudo aquilo que possa fazer com que se sinta deprimida. Eu, por exemplo, não vejo noticiário ou filmes de guerra e evito pessoas negativistas.

      Amiguinha, obrigada por sua mensagem e um grande beijo no coração,

      Lu

  486. Carol Santos

    Olá!
    Meu marido tem 30 anos e sofre de transtornos de ansiedade. ele andava muito nervoso, estressado, impaciente e briguento, então marquei uma consulta pra ele com o psicólogo que receitou o Oxalato de Escitalopram. No começo, ele reclamou de dores de cabeça, tomou por 15 dias e deu uma pausa, só que logo alterou seu humor, voltando a ficar nervoso e estressado. Recomendei retornasse com a medicação, e ele melhorou. Vimos que realmente o remédio já estaria fazendo efeito, pois ele está mais calmo do que nunca.

    Bem gostaria de saber se ele pode continuar com o tratamento, mesmo depois de acabar o remédio, ou se tem que ter pausa pra continuar com o mesmo. Ele tem uma nova consulta com o médico daqui um mês para retorno. Minha dúvida é se ele ficar dependente desse remédio, podendo nos trazer problemas no caso de um dia faltar, já que pelos comentários, soube que é muito caro e os primeiros foram cedidos pelo médico.
    Um abraço e obrigada por enquanto.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Minha amiga Carol

      Não se assuste, pois o transtorno de ansiedade tem sido cada vez mais comum, sendo o tratamento para ele muito eficaz, pois os antidepressivos são cada vez melhores.

      Seu marido não deveria ter parado de tomar o antidepressivo por conta própria, pois há uma fase de adaptação do organismo, que varia de pessoa para pessoa, e os efeitos colaterais tendem a passar, vindo depois os benefícios. Como ele deu continuidade ao tratamento, tudo se normalizará. Fique tranquila. E lembre-se de que não se pode interromper nenhum tratamento sem a supervisão médica. Até porque ele é quem dirá como deve ser feita, diminuindo a dosagem, e quando. Ele deve continuar tomando o remédio, sem pausa, que é necessária apenas quando o médico muda para outro princípio ativo.

      Em relação ao preço do remédio, não se preocupe, pois já caiu bastante depois que outros laboratórios entraram no mercado. O “oxalato de escitalopram” é o princípio ativo do remédio, que vem com muitos nomes fantasia. Por isso, sempre peça ao médico para colocar na receita apenas o nome desse princípio ativo (oxalato de escitalopram), pois assim poderá escolher a marca mais barata, como eu faço. Se o psiquiatra colocar o nome fantasia, você só poderá comprar o que ele pediu. Entendido? Fale que você precisa comprar o mais barato.

      Qualquer dúvida volte para perguntar, certo? E sempre nos conte como vai a saúde de seu marido. Aqui é um cantinho especial para trocarmos ideia.

      Grande abraço,

      Lu

  487. Peter

    Bom eu fui diagnosticado com pânico e depressão.
    Há 1 ano atrás, meu meu primeiro ataque de pânico foi dirigindo, voltando da faculdade. Achei que estava tendo um ataque cardíaco e ia morrer; consegui chegar em casa com os sintomas, coração a 170 bpm, isso já em casa. Depois disso passei a ter medo de morrer, dirigir, sair de casa, enfrentar fila, ir a locais cheios. Foi então que começou a depressão, a angústia, tristeza e etc.

    Logo que apareceram os problemas, procurei um psicólogo e um psiquiatra. No início, o psiquiatra receitou 20 mg de escitalopram, 0,25 de manhã e à noite rivotril + stilnox , pois eu não dormia e comia de 1 em 1 hora. Lembro que os primeiros dias com escitalopram foram tensos, demorou mais de 1 mês para se estabilizar. Hoje tomo 20mg de esc e 0,25 de rivotril, antes de dormir. A ansiedade diminuiu muito; hoje dirijo, pedalo, enfrento fila sem nenhum problema; lógico que tem dias que não estou tão bem, mas temos que enfrentar de cabeça erguida.

    Meu grande problema era o vício em jogos. Ficava madrugadas jogando, xingava o tempo todo, via porcaria na internet, era muito irritado, grosseiro e outros fatores familiares muito complicados que vivi. Hoje sou uma pessoa completamente livre disso, me sinto mais calmo e limpo. Lembrando que me apeguei mais a Deus, o que me ajudou muito. Cada um tem uma forma de tratamento, lembrando que a gente tem que se autoanalisar e ver se o que faz realmente nos faz bem.

    Dica que eu dou: faça seu tratamento, um esporte, isso é essencial, ocupe a mente, tenha amizades boas, não sinta vergonha do seu problema, se auto análise sem se cobrar, lembre que não é só você que tem isso, faça alimentação saudável, evite muito açúcar que é um veneno para a depressão, se você curte religião, apegue-se a Deus.

    Bom, espero que tenha ajudado, há dias que vamos estar para baixo, mas não podemos deixa a tristeza e os pensamentos ruins tomarem conta.

    Um abraço a todos e melhoras!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Peter

      Peço-lhe desculpas por estar lhe respondendo somente agora, pois encontrava-me em viagem.

      Fico feliz que você já esteja bem, seguindo direitinho o tratamento, fator essencial para eliminarmos a SP e a depressão. Se não tratada, a síndrome do pânico tende a ser cada vez mais contínua e mais forte. Eu a tive, juntamente com a depressão, pois sempre andam juntas, mas, como a minha deprê é hereditária, tenho que tomar o remédio toda a vida, como muitos tomam para a tireoide ou pressão. E venho me sentindo muito bem.

      Todo tipo de vício é indicativo de ansiedade, de uma necessidade de preenchimento interior, insatisfação pessoal, etc. E o jogo eleva a ansiedade da pessoa a um nível imensurável. Levar uma vida saudável é fundamental para se ter uma existência com qualidade.

      Peter, as dicas que você deixa aqui para os leitores são importantíssimas. É assim que vamos nos ajudando mutuamente, desmistificando a doença mental, que é tão comum como qualquer outra, necessitando de tratamento. Por muito tempo não se acreditou que a mente, como qualquer outra parte de nosso corpo, adoecia. Hoje os tempos são outros e somos vistos dentro da normalidade.

      Agradeço a sua presença. Não suma!

      Abraços,

      Lu

  488. Neisi Almeida

    Olá sou a Neisi de novo,voltei aqui pra falar que realmente não me adaptei com o espran, mudei para paroxetina e rivotril. Estaria mentindo se falasse que já estou 100%, mas acho que já dá para falar em uns 50%; no início me senti super bem, sem nenhuma reação e voltei a dormir, mas 3 dias depois fiquei com sono leve, boca seca, mas era o esperado, bem menos efeitos que o espran; o rivotril ainda não usei, graças a Deus, ainda durmo mal, mas tenho que ter paciência. Estou no oitavo dia, também fui à segunda sessão de terapia que ajuda e muito!

    Bom, estou aqui para dar um conselho: não façam como eu, e saiam lendo bulas de remédio, pesquisando reações e pessoas que usam ou já usaram; no início pode parecer boa ideia, mas nem tudo que vemos na Internet é verdadeiro, e nossas neuroses podem se tornar piores com tais informações. Confiem no tratamento e nos médicos.Pode parecer o fim do mundo, mas tudo passa, tente tirar o foco da doença, dos problemas, vivam um dia de cada vez, procurem se distrair e quando menos esperarem já irão ver grandes melhoras! Eu sei por mim que a dois dias atrás comecei a procurar os sintomas e pensei:”Ué, não sinto mais isso e nem isso!” Então paciência e perseverança sempre! E por favor, as pessoas, que tiveram melhoras, voltem aqui pra compartilhar conosco, para mostrar a quem está passando por esses problemas que é possível melhorar! 🙂

    1. LuDiasBH Autor do post

      Neisi

      Estou muito feliz com a sua melhora. Que bom!
      Seguindo a medicação direitinho não há como não se sentir bem. E se o remédio não se adapta ao organismo, o psiquiatra muda para outro, até chegar naquele que o organismo aceita.

      A orientação que você dá é corretíssima: é preciso ter paciência, perseverança e confiar no médico. Aliando a isso uma vida saudável com horas de sono, exercícios e boa alimentação. Nada de excessos.

      Obrigada por seu carinho em vir aqui nos falar de sua melhora e repassar bons conselhos para os que se encontram em tratamento. É preciso mesmo muito cuidado com a internet, principalmente quando a fonte não é confiável.

      Grande abraço,

      Lu

  489. Lorena

    Vamos lá, é a terceira vez que tento postar aqui e escrever tudo novamente. Testando a memória e a paciência… rs

    Lu, meu histórico é bem grande, mas vou começar pelos meus 18 anos, quando tive bulimia e minha primeira crise depressiva. Fui ao psicólogo e ele me mandou ir a um psiquiatra que me passou lítio (remédio para bipolares) e citalopram. Tempos depois chegou a falar que acreditava que eu era bipolar. Tomei esses dois remédios por dois anos. Juntamente com um término de namoro, eu passei a me sentir melhor e parei o tratamento por conta própria. Passei dois anos sem tomar nada e me sentia super bem e normal, só durante um tempo eu ficava muito irritada e instável.

    Eu me formei e comecei a fazer arquitetura, e a me sentir muito pressionada com o curso. Eu estudava muito e fiquei bitolada com isso, só pensava na faculdade, e isso começou a mexer com meu psicológico. Depois de algumas semanas entrei numa crise de depressão, chorava sem motivo, me sentia angustiada, um vazio, falta de apetite e insônia, porem tomava um chá de melissa e ainda conseguia dormir.

    Quando me toquei que aquilo não ia passar, procurei um psicólogo e um psiquiatra (queria ter o diagnóstico de outro diferente daquela de antes). Contei tudo para ele que me disse que seria depressão. Ainda relatei o fato de outra psiquiatra ter dito que achava que eu era bipolar. Ele me perguntou se alguma vez eu tive acesso de mania, de sair de casa, de usar roupas com cor forte, ficar muito feliz num nível fora do normal, de ir ao shopping e gastar muito sem ter dinheiro e coisas do tipo… e eu disse a ele que nunca, que ou estava em estado depressivo ou no meu estado normal… eu sou bem tranquila. E ele falou que não me via como bipolar então, que ultimamente alguns médicos costumam diagnosticar pacientes como bipolar sem ele ver motivos.

    Comecei com o escitalopram faz três semanas; no primeiro dia já senti alguns efeitos colaterais, bocejava muito, a cabeça muito quente, dor de cabeça, não conseguia me concentrar na aula e (a partir daí não fui mais para a aula), dor no corpo todo, e a insônia piorou bastante. Não me sentia mais depressiva, chorando e tudo mais, porem veio o pior de tudo, eu ficava muito irritada, angustiada e me sentia estranha mais do que antes. O pior é que comecei a ter pensamentos que nunca tinha tido antes, de fazer mal a minha família e imaginava isso, as vezes pprque me irritava com algo ou às vezes sem motivo mesmo.

    Como não sentia nada disso antes, comecei a associar ao remédio, era a única coisa que tinha mudado. Como não dormia, estava esgotada e me sentindo pior, fui na emergência e me passaram rivotril de 2mg pra dormir e pra diminuir o nível de serotonina no organismo vindo do escitalopram, e me estabilizar. Foi aí que comecei a me sentir bem melhor, dormia muito bem por causa do rivotril, as dores no corpo passaram, os pensamentos ruins também, eu voltei à aula e me sentia bem melhor, a irritabilidade passou. Enfim, me sentia bem.

    Voltei ao psiquiatra para avisar que estava tomando rivotril e ele disse para continuar, porém não associou o que eu estava sentindo ao remédio, porque ele disse que tinha pouco tempo que estava tomando e, que deveria ser da própria doença. Foi quando fui a um shopping lotado e passei o dia fora de casa, só tomando o rivotril duas da manhã (quando eu costumo tomar 10 da noite). Tive uma piora durante a noite para dormir e durante todo o domingo tive uma recaída. Triste por estar tudo voltando, trancada no quarto, dormindo pra esquecer os problemas, irritada, os pensamentos voltaram um pouco. Enfim, associei isso, porque demorei a tomar o rivotri, e o médico disse que seu efeito tem duração de 20 hs.

    Concluindo, continuo tomando o escitalopram de 10 mg pela manhã e o rivotril de 2mg pela noite. Essa noite foi complicada, acordei algumas vezes. Espero que não seja o organismo se acostumando com o rivotril. Hoje, segunda, me sinto melhor, porém ainda tenho momento de irritação. Fico trancada no quarto pra não ouvir as pessoas falando, isso me irrita.

    Escrevi tanto que foi quase ‘meu querido diário’, desculpe ter escrito tanto.
    Obrigada por ajudar a todas nós, Lu.

    Abraços.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lorena

      É um grande prazer receber a sua visita neste cantinho, onde falamos de nossa saúde mental e nos ajudamos mutuamente. E, melhor, sabemos que não estamos sós.

      Antes de mais nada peço desculpa pela demora em responder o seu comentário, pois estava viajando e, para descansar a cuca, não levei o notebook.

      Eu venho de uma família de depressivos crônicos pelo lado materno. Tive a minha primeira depressão aos 16 anos, que também chegou em forma de estafa, pois eu estudava muito. Mas a realidade é que a danadinha já estava ali, querendo aparecer. E não é mole para uma adolescente aguentar uma carga tão pesada. Por isso, imagino o que passou.

      Realmente há psiquiatras que tiram conclusões precipitadas, e considerar o paciente como “bipolar” tem sido comum, quando na verdade somos uma eterna dualidade, mas nem sempre significa que sejamos bipolares. Para isso é preciso um diagnóstico mais sério. Por isso é preciso buscar outros diagnósticos.

      Nunca se pode parar um tratamento por conta própria, ainda mais em se tratando de antidepressivo, pois o organismo ressente de sua falta, vindo a sofrer com a abstinência. O remédio deve ser removido gradativamente sob supervisão médica. Somente um bom profissional sabe quando podemos parar de tomar o medicamento.

      O problema ocasionado pelo curso estava muito mais ligado ao seu estado emocional do que ao curso propriamente dito. Essa fixação já fazia parte de sua debilidade mental. Já era a dona deprê que queria se fazer presente. Ela não precisa de motivos para aparecer e, muitas vezes, qualquer coisinha detona o gatilho. E a gente fica pensando que foi isso ou aquilo. A menos que se trate de um trauma. O mesmo aconteceu comigo, ainda na minha adolescência.

      Os efeitos colaterais variam de organismo para organismo, assim como o tempo de duração, daí a necessidade do acompanhamento médico. Há casos em que é preciso mudar o remédio. Meus únicos efeitos colaterais são a falta de apetite e a diminuição da libido. Acompanhe tudo com atenção para relatar a seu médico. E, se não estiver aguentando tais efeitos, volte a ele antes da data do retorno, mas não pare o medicamento, pois muitas vezes o organismo precisa de um tempo para sua adaptação.

      Eu não me dei bem com o rivotril, pois tinha muitos pesadelos e acordava com um peso na cabeça e a boca seca. Passei a tomar o bromazepam, quando tenho insônia. E sono para nós depressivos é de fundamental importância. Necessitamos de uma vida equilibrada.

      Lorena, ainda que estejamos tomando antidepressivo, como qualquer ser humano sempre teremos nossos momentos de tristezas, irritação, raiva, mágoa, etc. O que faz parte de nossa humanidade e precisamos aprender a conviver com isso. Também precisamos mudar a nossa maneira de olhar a vida, procurando não ser intolerantes com os defeitos dos outros, lembrando sempre de que eles também convivem com os nossos. Temos que aprender a olhar a vida com alegria e achar beleza nas coisas simples. Não podemos usar a nossa deprê como refúgio ou desculpa para a nossa intolerância. Quando entendi isso, passei a me transformar numa pessoa melhor e a domar minha depressão. Nós precisamos nos ajudar, pois o remédio não é 100% eficaz. Faça também algum tipo de exercício, coisas que a agradem. Não se isole ficando trancada no quarto. Isso não a ajudará. Converse com as pessoas, ajude-as. Quando nos preocupamos com os outros, esquecemos de nós mesmos e de nossos problemas.

      Achei você uma pessoa muito sensível, aberta e inteligente. Queremos a sua presença constante aqui, para que nos ajudemos mutuamente. Faço questão de acompanhar o andamento de sua saúde. E não se preocupe com as recaídas… elas fazem parte de nós. E nos provam que somos pessoas e não máquinas. Ainda bem! Escreva o quanto quiser, faz muito bem abrir o coração.

      Um beijo,

      Lu

  490. Beca

    Oi, como vão! Espero que todos ótimos…
    Amei o blog, você Lu, sempre interessada e atenciosa, lindo isso!

    Pois é, estou no segundo dia de Exodus e sem querer desanimar (só desabafar) que alguns sintomas estão presente sim, tipo tontura e desânimo total. Estou esperançosa, sempre fui muito otimista talvez seja esse o motivo deste mal ter desequilibrado totalmente a minha vida. Esperar por algo dia após dia e nunca ter uma resposta. Enfim é muito complexo, só desejo a real cura pra todos que passam por isso, seja por remédio, terapia qualquer bem que acredite!
    Paz… Obrigada!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Beca

      É um grande prazer recebê-la neste nosso cantinho. Aqui estão presentes pessoas maravilhosas, compartilhando alegrias e tristezas, mas sempre olhando para a frente, acreditando no futuro, pois o otimismo é a mais importante das bússolas.

      Quanto ao seu segundo dia de Exodus, cujo princípio ativo é um dos mais receitados no momento, digo-lhe que é preciso ter paciência, pois os efeitos positivos aparecem, normalmente, após a primeira quinzena de uso da medicação. Seu otimismo voltará. A resposta pode ser lenta, mas ela chegará, minha querida. O mais importante é sabermos que a medicina avança cada vez no tratamento das doenças mentais. A cada dia surgem novos medicamentos que tornam a nossa vida menos sofrida. Não podemos nos esquecer de que 30% da população mundial é vítima da depressão e que existem doenças bem piores. Não façamos disso um bicho de sete cabeças. Tratamento e otimismo dão um belo retorno.

      Beca, venho de uma família em que a depressão é crônica, ou seja, hereditária. Sei que vou tomar remédio a vida toda. Mas também tenho amigos que tomarão medicamentos durante toda a vida para tireoide, pressão arterial, diabetes, etc. E assim caminha a humanidade… risos.

      Como tenho dito em alguns comentários que faço, não existe a pílula da felicidade. Portanto, ainda que usemos antidepressivos, teremos tristezas, raiva, mágoas, etc. O nosso modo de ver a vida é também fundamental para o nosso tratamento. Precisamos olhar tudo em volta com mais generosidade, aceitar a nossa doença mental, lembrando-nos que faz parte de nossa humanidade.

      Volte aqui para compartilhar conosco seu tratamento. Certo?

      Um grande abraço,

      Lu

  491. Rafael

    Olá!

    Eu gostaria de compartilhar minha experiência com você Lu.
    Eu estou no 26º dia de tratamento com escitalopram. Desde o dia que comecei a tomar não tive mais crises de ansiedade aguda, só algumas mais leves. Do 13º ao 16º dia senti uma grande melhora de humor e de todo o resto, mais confiante em mim e no tratamento. O que acontece é que depois destes dias eu não sinto melhora alguma do meu quadro depressivo, e meus medos começam a voltar, assim como a insegurança quanto ao tratamento. Hoje, depois de 4 dias estou com 15mg. Seria normal essa “demora” no efeito ou do fato que eu tenha mudado a dose terei de esperar mais 15 dias para ver uma melhora? Eu estou bem inquieto quanto a isso.

    Venho acompanhando seu blog há alguns dias e não escondo que venho procurar depoimentos positivos para me assegurar um pouco de que eu também vou sair dessa.

    Muito obrigado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Rafael

      É um grande prazer recebê-lo aqui entre nós. A cada dia o nosso grupo aumenta mais. Isto é muito importante, pois nos ajuda a compreender melhor os nossos desajustes mentais, sabendo que não estamos sós. E quanto mais nos inteiramos dos depoimentos de uns e outros mais compreendemos o que se passa conosco.

      Realmente a fase para que o nosso organismo adapte-se a um antidepressivo costuma ser conturbada, pois cada um reage de uma maneira específica. Alguns sentem diferença já na primeira semana, outros levam 15 dias, e outros só depois de um mês. Os efeitos colaterais que acontecem com uma pessoa podem não acontecer com outra. Como vê, não há uma resposta exata, variando de pessoa para pessoa. Por isso é importante o acompanhamento médico, para que ele vá se orientando pelo modo como se comporta o organismo do paciente. Assim ficará sabendo se precisará aumentar ou diminuir a dose ou até mesmo mudar o princípio ativo. É preciso muita paciência e otimismo, até que se encontre o remédio e a dose adequados, não sendo isso motivo de desânimo.

      O escitalopram é um dos bons antidepressivos no mercado, mas algumas pessoas não se dão com ele. O médico avaliará e, se preciso, mudará para outro. A medicina tem feito um grande progresso na área de doenças mentais. Os avanços têm sido enormes.

      Você disse que a sua dose foi aumentada, o que é muito normal acontecer. Significa que 10 mg eram insuficientes para o seu organismo. O efeito é acumulativo, não havendo a espera de 15 dias. Quanto maior a dose, mais rápida será a resposta. Não se sinta inquieto, pois é fundamental o otimismo para o tratamento. Confie no seu médico e fique calmo. Como é impossível saber qual será o melhor princípio ativo para cada indivíduo, essa escolha acontece através da experimentação.

      Rafael, pode ter a certeza de que se sairá dessa, assim como eu já saí e muitos aqui. E olhe que a minha depressão é genética. Vou ter que tomar remédio a vida toda. E isso não me incomoda nem um pouquinho. Também tenho os meus dias de tristeza e desânimo, o que é comum a todo ser humano, mas dou a volta por cima. O nosso comportamento otimista diante da vida é fundamental no nosso tratamento. Lembre-se disto! Faça também exercício, opte por uma comida saudável e procure dormir à noite. O equilíbrio é fundamental para nós. Olhe para a vida com mais generosidade e não se leve muito a sério. Nós somos aquilo que pensamos ser.

      Venha sempre nos visitar e contar como anda o seu tratamento. Estamos todos torcendo por você. E faça deste blog um cantinho seu, pois juntos seremos cada vez mais fortes. Não suma!

      Um grande abraço,

      Lu

  492. Raquel

    Oi, Lu!
    Comecei a tomar o escitalopram há 4 dias, junto com o zolpidem para dormir, pois devido à depressão tenho muita insônia. Também estou fazendo terapia. Sei que estou doente, mas me sinto estranha tomando remédios. Tenho medo deles controlarem a minha vida. Acho que peguei o medo depois de assistir o filme Geração Prozac, em que a personagem não se reconhece mais, depois de tomar o medicamento.

    Não sei o que esperar do escitalopram. Vai fazer efeito mesmo? Quantos dias geralmente começo a sentir um efeito? O que devo dizer à médica daqui a um mês, quando voltar para a consulta? Não sei o que dizer. Quanto tempo você toma geralmente o medicamento? Eu sinto alguns efeitos colaterais, muita dor de cabeça e náusea.

    Um abraco

    1. LuDiasBH Autor do post

      Raquel

      É um prazer recebê-la aqui no blog. Venha sempre!

      O efeito do escitalopram é variável, dependendo do organismo. Algumas pessoas já o sentem na primeira semana, outras depois de 15 dias. Portanto, não existe uma resposta única. Normalmente o psiquiatra costuma receitar um remédio para induzir o sono. Eu tomo bromazepam.

      O escitalopram é um dos antidepressivos mais receitados atualmente, pois seu efeito tem sido muito bom, com poucos efeitos colaterais. Mas nem todo mundo dá bem com ele. Eu me sinto ótima. Você deve observar como está se sentindo e quais são os efeitos colaterais, para repassar à profissional. Ela lhe fará as perguntas e você responderá. Somente isso. Se estiver dando bem, mandará que continue com ele, se não estiver, ela lhe receitará outro. Poderá também aumentar ou diminuir a dose.

      O filme Geração Prozac é uma ficção. Não se deixe levar por isso, pois o objetivo da ficção é fantasiar, aumentar… E, se uma pessoa não mais se reconhecesse depois de tomar um remédio, ele não ficaria no mercado, seria condenado. Isso acontecia antigamente, na época dos manicômios que nem existem mais, quando se dava choques elétricos nos doentes mentais.

      O Prozac (fluoxetina) foi um remédio muito importante, usado para a depressão. Eu o tomei durante muito tempo. Com a entrada de remédios mais modernos no mercado, acabou saindo um pouco de cena, mas ainda há muita gente tomando fluoxetina, até porque é bem mais barato.

      Somente o médico poderá dizer quanto tempo você deverá tomar o antidepressivo. Quando a depressão é crônica, como no meu caso, a pessoa toma-o durante a vida toda. Se se trata apenas de uma fase, tomará por pouco tempo. Mas não se preocupe com isso. Tenha calma, perseverança e confie na sua psiquiatra. Faça o tratamento direitinho e não pare sem ordem dela, jamais.

      Qualquer dúvida, volte aqui para conversar conosco.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Priscila

        Olá, Lu!
        Tenho transtorno de ansiedade, tomo o antidepressivo fluoxetina 20 mg há 8 meses. As crises sumiram. Sinto apenas algumas coisas da ansiedade. Acho que estou no lucro só em não ter mais crise de pânico. Não tenho mais medo de ficar só e nem de sair só. Não vou mais dormir achando q vou morrer. Mas tenho reparado que eu fiquei meio insensível às coisas. Por exemplo, numa briga com alguma pessoa, eu falo coisas pra machucar, que a mim não atingem em nada. Não sinto remorso, fico meio anestesiada.

        Em algumas ocasiões tenhos picos de tristeza profunda, fico na cama o dia todo, com o corpo mole, sem vontade de fazer nada. No outro dia já estou bem de novo. Ou do nada eu fico enraivada com qualquer situação que me tire do sério, acho q a raiva está um pouco avançada. Perdi várias amizades, se é que devo chamar de amigos. Os que restaram, se quiserem ir embora, que vão, não estou nem ligando. Já me acostumei a viver sozinha. Meu marido trabalha o dia todo. Moro num lugar longe de meus pais, que só vêm nos finais de semana, em quinzenas. Muitas amizades que fiz foram falsas, me enganaram, me abandonaram, acredito que isso também pode ter feito eu ficar assim.

        Não acho muito normal você falar o que pensa e, se ofender alguém, não se sentir atingida. Com o passar do tempo é que cai a ficha. Às vezes choro porque me sinto só. Não sei se é esse remédio que está mexendo comigo. Também não durmo direito, meu sono não foi restaurado, depois terei episódios de choros e lamentos. Está tudo meio confuso.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          Seja bem-vinda à nossa família. Sinta-se em casa!

          Amiguinha, você está apenas passando por uma fase ruim em sua vida. Isso acontece com todos nós, mesmo com as pessoas que não fazem nenhum tipo de tratamento mental. O importante é continuar com sua medicação, seguindo direitinho a orientação médica. Saiba porém, que o antidepressivo não faz todo o serviço. Penso que seja responsável por 50%, cabendo o resto a nós. Verá isso num texto que lhe enviarei. Apesar de estar passando por uma fase confusa, também não pode esperar tudo do remédio, pois continua dona de suas faculdades mentais, sabendo o que é certo e o que é errado. Procure botar um freio nas suas emoções, não permitindo que elas lhe tomem a rédea, fazendo-a sofrer. Seja você mesma a escolher suas companhias e ações.

          Priscila, depois de oito meses de tratamento já era para estar se sentindo bem, com suas emoções equilibradas. Não basta apenas não ter mais crises de pânico. Converse com seu médico sobre essa sensação de insensilidade, sobre a tristeza profunda e os episódios de choro. Isso já era para ter sido corrigido, pois essa é a função do antidepressivo, ou seja, oferecer-lhe melhor qualidade de vida. Retorne ao seu psiquiatra e exponha tudo, talvez seja o caso de mudar para outro medicamento. Eu já fiz uso da fluoxetina durante muito anos, até que ela passou a não fazer mais efeito. Quando a tomava, sentia-me ótima. Portanto, não é normal o fato de continuar assim tão confusa.

          Minha querida, no estado em que se encontra é normal esses desencontros com as amizades. Embora se ache insensível, isso não é verdade. Pressinto em você uma pessoa muito afetiva, que está sofrendo com tais contratempos. Se assim não fosse, não sentiria a falta desses amigos, e pouco se importaria com o que lhe fizeram ou deixaram de fazer. Lindinha, não coloque sua felicidade sob a tutela de ninguém. Somente nós próprios somos responsáveis pela meneira com que olhamos o mundo. Para mim, o ponto fundamental é sentir-se bem na própria companhia. Os amigos decepcionam-nos, assim como nós os decepcionamos. Não conheço ninguém que nunca tenha passado por isso. Eu mesma posso lhe apresentar uma lista quilométrica de pessoas que me decepcionaram, enquanto muitas outras decepcionaram-se comigo. Ninguém é perfeito. O fato, é que exigimos muito de quem não tem nada para dar e acabamos ficando chateados. Esquecemo-nos de que ninguém dá o que não possui. Ou aceitamos certas pessoas como elas são, ou nos afastamos delas para não sofrermos. Eu acho que a melhor solução é evitar contatos muito assíduos. Isso degasta qualquer amizade, pois os defeitos das pessoas e os nossos ficam muito aparentes. Os encontros esporádicos ajudam a manter as amizades.

          Pri, preencha seu tempo com outras coisas: boas leituras, cursos, escreva bastante, ouça música, etc. Para aqueles amigos, que realmente vale a pena tê-los, converse com eles sobre seu estado emocional, sobre o tratamento que faz, peça-lhes um pouco de paciência consigo, etc. Isso é uma prova de sua generosidade e humanidade. Saiba também que amigos de verdade são pouquíssimos, podem ser contados nos dedos. Não tenha a pretensão de ser amiga de todo mundo. Tratar bem as pessoas e ajudá-las quando possível não significa devotar-lhes a nossa amizade. Não podemos botar todos no mesmo balaio. E não podemos nos deixar atingir por tudo, e nem tampouco sair atirando por todos os lados. Viver bem requer uma palavrinha mágica chamada “tolerância”. Cada pessoa encontra-se num grau diferente de espiritualidade, assim, uns agirão diferente de outros. É preciso compreender isso.

          em relação à sua insônia, que poderá ser uma das causas de seu estado nervoso, peça ao médico para receitar-lhe um ansiolítico. Existem fitoterápicos excelentes. Dormir mal desequilibra todo o nosso organismo. Tome também um copo de leite morno antes de deitar-se.

          Amiguinha, agora você não estará mais só, pois encontrou uma família enorme. Venha sempre aqui conversar conosco. Conheça também as diferentes categorias deste site. Viaje pelo mundo das artes e da cultura. Pude perceber que você tecla bastante (n… q… tbm…). Poderá comentar em todas as categorias que será sempre respondida com o maior carinho. Será um prazer tê-la conosco.

          Um grande beijo no seu coração,

          Lu

        2. Priscila

          Olá, Lu! Obrigada pela resposta.

          Eu não tenho mais crises como antes. Mas sinto a ansiedade, sempre. A ansiedade chega a tal ponto de me fazer ficar cutucando as espinhas das costas e rosto até ferir a pele, por mais que eu não queira, parece que alivia. Eu também estou comendo muito devido à ansiedade. Tenho dias de moleza, sem vontade de fazer nada. Ja cheguei a ficar dia todo deitada, só levantando pra comer e ir ao banheiro. E ficar vendo séries no celular. Eu reparei que esses picos de tristeza e choro, de perdida no tempo acontecem 7 a 8 dias antes na menstruação. Não sei se tem a ver, mas há uns 3 meses reparei que antes de menstruar fico toda lerda, mole, choro fácil. Pra dormir eu já tomo rivotril 0,5 mg, mas não me dá uma noite inteira de sono. E antes de dormir fico ansiosa a ponto de querer comer a geladeira. Sorte que sou magra, faço academia pra ganhar massa muscular. Meu cabelo parou de cair, mas também não cresce. Às vezes sinto, o pé gelado, boca seca, falta de ar. Em relação a eu estar me sentindo insensível, acho que é por eu brigar e ficar mal com pessoas. Era pra no mínimo me bater um arrependimento. Porque eu era assim antes. Acho que todo as decepções com amizade me fizeram ficar assim, é um tipo uma defesa do meu emocional. Eu sinto a necessidade de discordar das pessoas, dizer o que penso, dizer verdades que no fundo sei que vão gerar conflitos. Estranho. Mas não estou nem aí. Aprendi a viver sozinha no meu mundo. melhor do que rodeada de amizades falsas. Eu nem quero trocar o medicamento, pois tenho medo daquele sofrimento do início. O psiquiatra disse que eu tenho que fazer terapia. Mas eu não boto muita fé nisso. Mas vou tentar. Ja tenho 27 anos, e ano que vem queria ter um bebê. Mas não posso ter um filho tomando esse remédio. Fico meio triste, porque não sei quando vou parar. Então entrego nas mãos de Deus.

        3. LuDiasBH Autor do post

          Priscila

          Você pode estar com a síndrome pré-menstrual. Consulte uma ginecologista. Também precisa conversar com seu médico sobre a ansiedade que continua sentindo. Não pode ficar tomando um remédio que não está fazendo efeito. É jogar tempo e dinheiro fora. Pense nisto. E os sintomas do início logo passam. O fato de estar ficando insensível pode ser mesmo um tipo de autodefesa. Penso que a terapia poderia ajudá-la muito. Pelo menos tente.

          Priscila, todos nós podemos discordar uns dos outros. O que se leva em conta é o modo como você apresenta sua discordância, sempre respeitando a opinião da pessoa, ainda que pense diferente. Assim como não queremos ser magoados, também não devemos magoar ninguém propositalmente. Com jeito, a gente pode falar tudo. O perigo não está no que se fala, mas como se fala. Quanto ao bebê, você está ainda muito jovem. Quando quiser tê-lo, converse com seu psiquiatra antes. Certo?

          Abraços,

          Lu

  493. Loniaerzegovic Franco

    Comecei a tomar o escilex a 14 dias . Mas estou bem confusa, tenho tantos efeitos colaterais. Mas o que mais me incomoda são os sintomas da ansiedade, e só sair de casa que começa o meu terror. Será que ainda é cedo para achar que o remédio não é o apropriado para o meu organismo? Estou nessa luta faz quatro meses, primeiro, terapia, não senti nenhuma melhora. Aí fiquei tomando por conta o rivotril, e nada. Até que procurei um psiquiatra que passou o escilex. O que mas me deixa triste é que minha vida parou, não consigo sair sozinha. Será que encontrei a salvação nesse remédio? Até agora estou na dúvida, mas continuo tomando.

    Beijos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lonia

      É um prazer recebê-la neste cantinho, onde falamos sobre nossa saúde mental. Peço-lhe desculpas pela demora da resposta, mas eu me encontrava em viagem.

      Cada remédio age de conformidade com o organismo da pessoa. Algumas delas não sentem absolutamente nada, noutras, os efeitos colaterais são passageiros e noutras é necessário mudar o remédio.

      Normalmente, o antidepressivo começa a fazer efeito depois de 15 dias, quando a pessoa passa a sentir a melhora. Você já está dentro desse prazo. Gostaria de saber como está se sentindo. O seu terror é oriundo da doença do pânico. Eu também o tinha. Hoje, saio, viajo sozinha… estou bem. Mas continuo sendo medicada. O mesmo acontecerá com você, bastando acertar no remédio. Não se desespere. Tudo tem o seu tempo.

      Considero a depressão como uma doença física (do corpo) que necessita de remédio e, que a terapia apenas ajuda, mas não resolve o problema. Tenho a certeza de que ficará boa, se tomar o remédio direitinho. Caso os efeitos colaterais persistam, volte a seu médico. Há um grande número de antidepressivos no mercado. Se um não cai bem, o médico mudará para outro.

      Lonia, o nosso problema em relação às doenças mentais é que temos poucas informações sobre elas. À medida que vamos compreendendo-as, passamos a aceitá-las e a tratá-las com mais afinco. Vemos também que não é o fim do mundo, e, que há muitas outras doenças bem piores.

      Diga como está se sentindo, agora. E não suma.

      Um grande abraço,

      Lu

  494. Ana Clara

    Olá Lu! Boa tarde!
    O médico me prescreveu Reconter (escitalopram) gotas (2 gotas dia – 4 dias) para aumentar a dose a cada 4 dias. No 1º e 2º dia me senti bem, porém, no 3º dia meu coração disparou e a pressão foi a 13/9. O que faço devo continuar? Ah! Antes estava tomando omeprazol e está na bula que tem interação.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Ana Clara

      Acredito que não tinha nada a ver com o remédio, pois o efeito é acumulativo e em dois dias ainda não dá para sentir. Normalmente só depois de 15 dias é que a pessoa passar ter realmente uma resposta mais efetiva.

      A pressão 13/9 ainda está dentro da normalidade. Quanto ao omeprazol, esse tipo de remédio deve ser tomado só quando necessário, inclusive há um artigo sobre ele aqui no blog, em Vida Saudável.

      Quanto ao Reconter, você deve continuar tomando. Em relação ao omeprazol, converse com seu médico.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Ana Clara

        Obrigada Lu!
        Que Deus lhe pague em dobro a atenção que você tem dado às pessoas que estão iniciando o tratamento dessa doença que nos desestabiliza tanto. És uma pessoa abençoada. Um bom dia. Beijos

        Ps. Espero poder retornar a este site e dizer que estou bem.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Ana

          Sou eu quem agradece a confiança de vocês, que são tão generosos ao compartilharem, aqui no blog, os desajustes da mente. Você nem imagina o quanto tais comentários são importantes para quem nos lê, dando-lhes coragem para fazer o tratamento e expor seus sentimentos mais íntimos. Assim, todos nos ajudamos mutuamente. Trata-se de um trabalho maravilhoso. Você estará cada vez melhor. Acredite. O otimismo é fundamental no tratamento.

          Beijos,

          Lu

  495. Mari

    Olá, gostei muito dos comentários e achei o blog muito útil.
    Estou há 4 dias tomando escitalopran para síndrome do pânico e no segundo dia cheguei a procurar um hospital pois achei que iria infartar: boca seca, suor frio, palpitações, pânico e tudo que imagina….chegando lá, que vergonha, pois não tinha nada, só crise de pânico mesmo.

    Alguém já passou por isso? Isso irá passar?
    Não imaginei que um tratamento iria ficar pior do que estava. Estou receosa com os futuros efeitos. Na segunda quinzena de maio tenho que voltar a trabalhar e estou preocupada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mari

      É um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho, onde nos ajuntamos para falar de nossa saúde mental. A casa é sua!

      Quanto a ter ido ao hospital, nada mais do que necessário, para sintomas tão fortes e desconhecidos, até então. Você agiu corretamente. Não há nenhuma vergonha nisso, pois a mente também adoece, como qualquer outra parte do corpo, precisando ser tratada.

      Se ler os comentários acima verá quanta gente tem SP juntamente com outros distúrbios mentais. Inclusive eu. Também faço tratamento com escitalopram e dou-me muito bem.

      Ainda no segundo dia do remédio, você não pode dizer que a reação foi ao tratamento, pois o antidepressivo é acumulativo e, normalmente, só passa a fazer efeito depois de uma semana em algumas pessoas e depois de 15 em outras. Não teve nada a ver com o remédio. Ao contrário, é que ele ainda não estava fazendo efeito. Na segunda quinzena de maio já estará ótima. Não há com que se preocupar. Se os sintomas persistirem, o médico irá lhe prescrever outro medicamento, pois há muitos no mercado, sendo o escitalopram um dos mais receitados, pois cada organismo adapta-se melhor a uma certa substância.

      A SP é uma doença mental que desaparece com o tratamento. Ela produz todos os sintomas citados por você. E, se não for tratada, só tende a piorar. Mas uma vez que você esteja tomando o remédio, ela desaparece por completo. Uma dica: não reaja à crise: quando sentir que ela está chegando, deite-se, ouça uma música relaxante e vá respirando profunda e lentamente. Normalmente a crise demora 10 minutos. Não tenha medo, pois ela não mata.

      Volte para nos contar como está se saindo.

      Um grande abraço,

      Lu

  496. LuDiasBH Autor do post

    Neisi

    É uma pena que ainda não tenhamos encontrado a pílula milagrosa! Quem sabe esse dia ainda chegue! Enquanto isso vamos ter que levar o barco para a frente, de qualquer jeito… risos.

    Realmente, algumas pessoas sentem todos esses sintomas no início do tratamento. E depois eles vão ficando esparsos, até desaparecerem. Alguns organismos são mais sensíveis, como o seu. Penso que deva esperar pelo menos duas semanas para ter a certeza de que irá se adaptar ou não com o remédio. Nesse período o mais importante é ter paciência e acreditar que tudo irá passar e logo estará bem. Tomar um comprimido não alterará o quadro, pois o organismo já está mais adaptado ao tratamento. Pode tomar sem medo.

    Neisi, se ao cabo de duas semanas continuar sentindo tais efeitos colaterais, procure sua psiquiatra e lhe conte tudo. Ela deverá mudar então a medicação. A gente toma o antidepressivo para melhorar e não para se sentir pior. Aguarde apenas o tempo de adaptação. Não havendo melhora, procure-a.

    Quanto à insônia, essa é muito normal. A maioria dos psiquiatras passam também um remédio para dormir. Eu tomo bromazepam, outras pessoas tomam rivotril, etc. Há também casos em que a pessoa perde o apetite, enquanto outras dobram-no.

    Fique tranquila, há n antidepressivos no mercado e você haverá de encontrar aquele que lhe fará bem, sem efeitos colaterais. Gostaria que me contasse depois, como continua se sentindo. Leia também os comentários, para ver que muitos passam por isso.

    Este cantinho é especial para nós, onde nos ajudamos mutuamente. Não se sinta só. E acredite na vida! Obrigada por sua visita e confiança.

    Abraços,

    Lu

  497. Neisi Almeida

    Olá, eu me chamo Neisi. Estou fazendo o uso desse medicamento só que no meu caso espran mas a fórmula é a mesma; estou no sexto dia de medicação; adoraria que fosse uma poção mágica que me melhorasse assim num estalar de dedos, mas infelizmente estou tendo todas as reações possíveis: enjoo, dor de cabeça, e no primeiro dia que tomei tive insônia, sudorese e até uma crise de pânico. Ontem comecei sessões com o psicólogo que também me disse que o tratamento é longo. O problema é que sou bem afobada, quero tudo para ontem. Tanto que por conta das reações, pensei “maldita hora que tomei esse remédio, estou pior ao invés de melhor”, ainda estou no meio comprimido,até falei com a psiquiatra sobre esses sintomas, mas ela disse que no início é assim mesmo,a não ser que se tornem insuportáveis as reações; só na segunda tomo o comprimido inteiro; acho que não tem jeito, vou ter ue me conformar com esses efeitos: cansaço,enjoo, às vezes insônia, espasmos musculares, sinto o coração acelerado e por aí vai. Só tenho uma dúvida: será que ao tomar o comprimido todo as reações serão ainda piores?

    Parabéns pelo blog, muito esclarecedore motivador também, acho que ajuda muito essa troca de experiência e informações!

  498. Luciana

    Ola, comecei a tomar o Escitalopram hoje, tive diarreia e senti que fiquei um pouco acelerada, será que é normal? Alguém sentiu esses sintomas e continuou tomando a medicação, ou será que devo parar?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Luciana

      Desculpe-me, somente hoje vi o seu comentário. São tantos que se misturam.
      Você deve relatar ao médico os sintomas e ele avaliará a sua situação. A essa altura, você já deve ter solucionado o problema. Conte-me como se encontra.

      Beijos,

      Lu

  499. Adriana

    Olá boa noite, meu nome é Adriana, há cerca de 2 anos fui diagnosticada com depressão, síndrome do pânico e ansiedade; tive várias crises; tomei o fluoxcetina por 2 meses e agora o psiquiatra me receitou o oxalato de escitalopran. Faz 1 semana que estou tomando 1 comprimido pela manhã, só que tenho problemas com o sono, não consigo durmir, e ele me receitou o alprazolan. Confesso que não tomei ainda por medo. Gostaria de saber se tem algum problema tomar ele á noite como receitado pelo médico? Desde já agradeço.
    Parabéns pelo blog.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Adriana

      É um grande prazer recebê-la aqui neste cantinho, onde dividimos informações e falamos sobre a nossa saúde mental.

      Dri, normalmente quem tem depressão é também diagnosticado com SP e ansiedade, como no meu caso. Tomei fluoxetina por muitos anos, mas com a chegada de novos e eficientes remédios ao mercado, também passei a tomar oxalato de escitalopram, um dos antidepressivos mais receitados nos dias de hoje, conforme poderá ver nos comentários. Também tenho problemas para dormir. No meu caso, tomo o bromazepam que me parece ser da mesma família do alprizolan.

      O antidepressivo afeta o sono de muitas pessoas, portanto, nada mais comum do que um remédio para a indução do sono. Não há problema algum. Tome sem medo e confie no seu médico.

      Volte para me contar como anda.

      Beijo no coração,

      Lu

      1. Adriana

        Olá Lu tudo bem?
        Voltei para tirar uma dúvida. Estou tomando o oxalato de escitalopram há mais ou menos 1 mês e meio, mas sinto que a cada dia estou mais ansiosa, sinto também uma taquicardia. Queria saber se é normal essas sensações, às vezes tenho a sensação de que meu coração vai parar sei lá, sensação de morte mesmo e tudo isso só à noite.Desde já agradeço pela sua atenção e novamente parabéns pelo seu blog. Ele nos ajuda bastante.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Dri

          Depois desse tempo já era para os efeitos colaterais terem acabado, mas como diz que isso só acontece somente à noite, estou achando meio esquisito. Talvez precise de um ansiolítico. Volte a seu médico e converse com ele. Caso ache que o remédio não está lhe fazendo bem, ele lhe receitará outro que tenha o princípio ativo diferente. Mas não pare sem antes conversar com ele.

          Você toma algum remédio à noite, como Rivotril? Talvez também possa ser ele. Eu, por exemplo, não me dei bem com o Rivotril. Passei a ter pesadelos, acordar cansada e com a cabeça pesada. De qualquer forma, entre em contato com seu psiquiatra e lhe conte como está se passando.

          A função deste espaço é ajudar todos que aqui chegam. Obrigada pelo carinho!

          Um grande abraço,

          Lu

  500. Paulo Roberto M. Barbosa

    Olá pessoal, vou iniciar o tratamento com Lexapro 10mg… como todo ansioso, tenho medo de tomar medicações. Algum problema em tomar o Lexapro, sendo que já tomo o Atenolol? E meu psiquiatra ainda autorizou o Rivotril 0,25, em crises de ansiedade.
    Alguém poderia me ajudar?

    Abraços a todos

    1. LuDiasBH Autor do post

      Paulo

      Eu tomo o Lexapro (nome fantasia), 10 mg, que tem como princípio ativo o oxilato de escitalopram. É um excelente antidepressivo, moderno, sendo muito usado atualmente. Não é preciso ter medo algum. Não sinto nenhum efeito colateral, a não ser a falta de apetite. Embora algumas pessoas levem duas semanas para sentirem o efeito positivo, com menos de uma eu já me sentia bem melhor, vendo tudo azul… risos.

      O Atenolol, usado para hipertensão e doenças cardíacas, se não me engano, não tem nenhum problema se tomado com o Lexapro. Meu marido toma um antidepressivo e tomava Atenolol. Quanto ao Rivotril, ele é para relaxar e induzir o sono. Normalmente, quem toma antidepressivo também toma um ansiolítico. Eu tomo o bromazepam. Mas não precisa tomar todo dia. Só quando necessitar.

      Depois me escreva contando como está se sentido. Vou aguardar resposta.

      Abraços,

      Lu

  501. Sandra Pereira

    Olá, Lu!
    Paz e bem!
    Parabéns pelo blog. É realmente um serviço de utilidade pública!

    Como eu não podia mais pagar a consulta particular (salgada) da minha psiquiatra (ótima!) com a qual venho me tratando faz 1 ano (e estou muito bem) e pelo fato de que demorou 37 dias até eu conseguir uma consulta com um psiquiatra que atendesse pelo meu plano de saúde (a particular é só no dinheiro mesmo…rs) fiquei uma semana sem o remédio (pois ele acabou). No entanto, graças à Deus, não observei nenhuma reação desagradável do meu organismo.

    Hoje retornei da minha primeira consulta com o novo psiquiatra (um amor!) e mencionei que fiquei uma semana sem medicação. No entanto, como eu estava muito falante na consulta (na verdade preocupada com o perfil de médico que iria me atender; igual criança no primeiro dia de aula…rs) não tive coragem de perguntar “se fazia mal ter ficado uma semana sem tomar o remédio”. Ele apenas levantou a sobrancelha e me receitou a mesma medicaçã, pois me sinto bem com o Oxalato de Excitalopram. Contei tudo sobre meu tratamento e falei que precisava dar sequência ao mesmo pelo plano de saúde.

    Saí de lá com duas caixas de amostra grátis de EXODUS e de EFICENTUS e com a receita constando o princípio ativo a fim de que eu possa comprar os similares (ou seriam os genéricos?) que, segundo a minha antiga psiquiatra, “estão muito bons. Não as marcas genéricas mais desconhecidas. Ela me mandou confiar nas tradicionais EUROFARMA ESC..e outras de que não me recordo mais o nome agora).

    Bem, minhas colocações são no sentido de contribuir com o blog e de reforçar aos mais “afobadinhos” que o remédio leva mesmo uns 15 dias para começar a fazer efeito, e dizer que ele me deu um pouco de sonolência (graças à Deus!), pois eu já não dormia mais direito. Com o passar de uns dias, o sono regularizou. A psiquiatra também tinha me receitado um remédio para dormir (ansiolítico) porém, com a recomendação de que eu o evitasse e só o tomasse “quando fosse estritamente necessário; se realmente eu não conseguisse dormir de jeito nenhum”. Como minha filha me tirou do fundo da cama e me arrastou pra essa médica, bastaram 3 comprimidos de ansiolítico, em semanas alternadas (muito pouco mesmo) pra que eu conseguisse relaxar e “capotar”.

    O Reconter 20 mg (ou o da Eurofarma ESC) mudaram minha vida. Eu não queria mais nada com nada; não gostava de conversar por medo de estourar com a pessoa. Minha irritação era tanta que, se insistissem no “Bom dia!” eu queria retribuir com um “Só se for pra você!”…rs

    Voltei ao bom humor, e percebo que cheguei nesse fundo de poço por ter me deixado pra trás todos esses anos em função da correria pela sobrevivência, um divórcio, dívidas de apartamento pra refinanciar e faculdade pra ajudar minha filha a se formar. Além disso, sou professora e trago muito papel pra casa -não apenas provas- nossa rede municipal pede vários relatórios, e isso consome o pouco tempo que seria destinado a relaxar. Resultado: nunca mais fui fazer dança de salão (que adoro), nem hidromassagem, muito menos caminhada. Como só me aposento em dois anos… paciência, tenho que aguentar: não posso jogar tudo para o alto agora.

    O que quero dizer é que a depressão, quando não é hereditária, é “falta de felicidade” como bem disse minha psiquiatra. Precisamos nos recompensar mais… e que não seja com comida, de preferência, como vim fazendo nos últimos anos… e engordei muito. Apesar do tempo corrido, quero dizer que precisamos cavar um espaço para nós, para nosso bem-estar e fazer as coisas de que gostamos. Roubar tempo ao tempo!

    Associei a terapia ao meu tratamento desde o início e recentemente comecei com a nutricionista. Já venho observando melhoras. Só falta sair pra nadar, dançar, enfim, mexer o corpo numa atividade prazerosa.

    Aos amigos aqui do blog, peço que não desistam de seus tratamentos antes de completar pelo menos 3 meses, que é quando nós, mortais, já conseguimos perceber uma boa melhora. O médico já percebe isso antes de nós. Quanto aos efeitos colaterais, são mínimos e desaparecem. Se persistirem por mais de 15 dias, daí é o caso de voltar ao psiquiatra e reavaliar, pois cada um é diferente e se adapta a tipos diferentes de medicamento.

    Não desistam, persistam e sejam felizes! Beijos em suas almas! Desculpem a delonga!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Sandra

      Antes de mais nada é um grande prazer recebê-la aqui no blog. Doravante contaremos sempre com sua presença.

      É um desaforo pagar por um plano e ainda pagar consulta particular. Não dá mesmo! Quanto a ter ficado uma semana sem o remédio, não significa que cometeu um grave pecado, pois seu efeito é acumulativo. Ele vai saindo aos poucos do organismo. Também deixar de tomar não é o ideal, pois vai enfraquecendo o efeito, até eliminá-lo. O ideal é tomar direitinho, conforme manda o médico. O tempo foi pequeno para que houvesse uma reação forte.

      Já tomei os mesmos de sua caixinha mirrada (amostra grátis). Ambos são ótimos. Senti-me muito bem. Eu só peço receita com o princípio ativo, para que possa comprar o genérico (ou seria similar?… risos) que estiver com o preço mais em conta. Lembra-se do Prozac? Hoje a fluoxetina existe em todos os laboratórios. Há médicos que só aconselham certas marcas, mas depois de tomar conhecimento da máfia branca em conluio com laboratórios, não me deixo levar.

      Suas colocações são muito válidas e são importantes para um bocado de gente que diariamente chega até está página, em busca de conforto. Quanto a dormir, devo dizer que uso uma muleta: bromazepam, pois não gosto de ficar rolando na cama, gosto de “capotar”… risos.

      Vixe Maria, a mulher era perigosa! Eu fico mais para lesma, que não quer nada, não tem vontade de fazer nada e só pensa em se deitar. Quando depressiva, quase não falo. Não tenho irritação, mas uma indolência danada. Ainda bem que o meu Oxi está na retaguarda… É engraçado como reagimos de modo diferente.

      Maravilha! Falta muito pouco tempo para se aposentar… enquanto isso, vá levando o barco com alegria, pois navegar é preciso. Não abra mão de um exercício físico, complemento essencial para a depressão. Caminhe pelo menos 30 minutos por dia. Temos mesmo que investir em nós. E comida não é a saída (com rima). Ao contrário, em excesso só aumenta nossos problemas. O Oxi tira todo o meu apetite. Faço força para comer. Talvez aconteça o mesmo com você, ao tomá-lo seguidamente.

      Sandra, adorei sua presença aqui. E muitos sentirão recompensados ao ler suas palavras de ânimo.

      Grande abraço,

      Lu

  502. Yang Xue Wu

    Um psiquiatra que frequentava (o primeiro) me receitou o Lexapro 10ml, porém, logo quando viu que não funcionava tanto comigo, dobrou de tal forma e rapidez a dose, que tive alucinações e surtos, meus familiares ficavam com medo de meu olhar perdido. Me sentia perseguida.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Yang Xue

      Você não diz depois de quanto tempo ele dobrou a dose. Se foi num espaço muito curto, realmente foi imprudente, pois o efeito do remédio é acumulativo, sendo necessário esperar alguns dias para avaliar o seu resultado, a menos que os efeitos colaterais estejam sendo insuportáveis.

      O Lexapro tem sido muito usado. Trata-se de um remédio muito difundido no mercado, com ótimos resultados. Mas os medicamentos variam de organismo para organismo. E se a dose for excessivamente alta, os efeitos colaterais também dobram.

      E agora, o que você está tomando? Está passando bem?

      Obrigada por sua visita ao blog. Volte mais vezes para nos falar de sua saúde e saber como anda a nossa.

      Grande abraço,

      Lu

  503. Alberto

    Olá, Lu!

    Vou começar a tomar o Saphiris da fórmula Asenapina, gostaria de saber se você conhece esse remédio novíssimo,chegou a pouco tempo no país. Vi alguns relatos na internet que a pessoa teve quase um infarto ao tomá-lo, será que acontece isso mesmo? Estou confiante para que tudo dê certo, pois o único antipsicótico com que eu me senti melhor até hoje foi o Olanzapina,será que tem na farmácia de alto custo?

    Espero resposta, obrigado!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alberto

      Eu não conheço esse remédio e nem alguém que já o tomou. Sei apenas que já é usado há dois anos nos Estados Unidos, com bons resultados. Quanto aos efeitos colaterais, eles variam de pessoa para pessoa. Sei que a dose vendida no Brasil é de 5 mg, e que é colocado debaixo da língua. E deve estar chegando com um preço bem elevado. Pelo que li, parece ser muito eficiente. Você já tomou o escitalopram?

      Os Estados Unidos são um país muito sério em relação à venda de remédios. Esses passam por vários testes antes de chegarem ao mercado. Não acredito que leve a um infarto. Às vezes, a pessoa mistura o remédio com álcool e diz que o efeito foi apenas dele. Penso que você deveria repassar todas as suas dúvidas para o médico, se estiver com receio de tomá-lo. Há um site que explica tudo sobre esse remédio e pede a atenção de quem vai tomá-lo para alguns pontos. Veja abaixo:

      SAPHRIS® – Portal Saúde Direta

      Depois volte para me contar como está se sentindo. Até para que mais pessoas tomem conhecimento desse novo remédio que entra no mercado.

  504. Maria José Zucatelli

    Olá, bom dia! Meu nome é Maria.
    Há 25 anos tive o primeiro sintoma de pânico. Estava grávida do meu primeiro filho. Na época morava bem no interior e os médicos de hospital diziam que eu tinha problemas de nervo. Não mais comia, nem dormia, muito menos tinha forças para trabalhar. Eu pensava ser a única pessoa no mundo a sentir isso, e tinha medo de morrer. Rs. Medicamentos aceleram muito meus batimentos cardíacos. Um psiquiatra me passou rivotril e tomo já a 9 anos, todos os dias, 6 gotas. Preocupada com o efeito do rivotril todos os dias, procurei outro psiquiatra que me passou oxalato de escitalopram. Comprei o remédio já tem 1 semana e não tive coragem de tomar! Medo de acelerar meu coração. O que faço? É que das 4 válvulas do meu coração 3 retornam sangue. É de nascença e por enquanto estabilizado. Nada cirúrgico. Me sinto bem. Claro alguns dias como todos dá um desânimo, mas consigo logo superar. Tenho medo de tomar e sentir as sensações horríveis que já passei com outras medicações?!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria José

      Anos atrás a depressão era difícil de ser reconhecida pelos médicos, embora hoje aconteça o contrário, qualquer tristeza é medicada como depressão, quando se trata de algo comum e passageiro.

      A Síndrome do Pânico traz uma sensação terrível, embora jamais leve à morte. Ela deixa a pessoa tão abatida, como se tivesse passado por uma batalha entre a vida e a morte. E pior, se não for tratada, tende a ser cada vez mais constante. Também fui vítima dela, assim como muitos dos meus amigos. Ainda bem que a Ciência tem evoluído muito no tratamento das doenças mentais.

      Até onde sei, o rivotril age apenas como calmante, induzindo o sono, ou seja, seu efeito é temporário. Eu tomo o bromazempam. O escitalopram, ao contrário, age na mente, ou seja na raiz da doença mental.

      Em seu comentário, você não diz se ainda tem crises de pânico ou depressão. Caso tenha, não resta dúvida que o remédio correto é um antidepressivo como o escitalopram. Caso não tenha sono ao tomá-lo, deverá tomar o rivotril antes de dormir. Mas, se o seu caso for apenas falta de sono, não terá necessidade de um antidepressivo.

      Atualmente os antidepressivos são cada vez mais modernos. São muito poucos os efeitos colaterais, embora possa haver reação de organismo para organismo, quando retornar ao médico, ele fará uma nova avaliação.

      Você pode tomar sem medo o escitalopram. Eu o tomo há muito tempo e me sinto muito bem, sem recaídas. Para dormir, quando necessário, tomo o bromazepam. Experimente o escitalopram, sem medo. Qualquer coisa volte ao médico. Veja outros artigos sobre o assunto aqui no blog e leia os comentários dos leitores. Volte para nos contar como está se sentido com o remédio. Nós formamos um grupo para falar de nossos progressos e problemas com essa querida “dona mente”.

      Fiquei muito feliz com a sua visita.

      Grande abraço,

      Lu

  505. Roberto

    Tenho 50 anos, sempre tive momentos de muita ansiedade, no último ano piorou muito, procurei ajuda de um psicólogo mas não tive resultados, não consegui me abrir. Tenho momentos de muito medo de coisas que podem vir a acontecer em relação a emprego, família, finanças, etc. Procurei um psiquiatra que me receitou o Reconter, após 14 dias parece que estou tendo alguma melhora. Minha preocupação é em relação a libido, me sinto desanimado e sem interesse pelo sexo, será que isto dura todo o tratamento? O médico previu 6 seis meses.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Roberto

      Você está com depressão. A ansiedade é um dos sintomas da dona deprê. Em alguns casos ela joga a pessoa na cama e a deixa paralisada. A mente adoece como qualquer outra parte de nosso corpo, necessitando de remédios. É isso que precisamos aprender e aceitar. Eu tenho tomado remédio antidepressivo desde tenra idade, meu caso é hereditário, e tenho levado uma vida bem tranquila, sem ter Síndrome do Pânico e outras coisitas mais. No seu caso, o profissional deve ser o psiquiatra. É necessário o uso de remédio, o mais cedo possível. E só pare sob ordem médica.

      Como tenho dito a alguns leitores, é preferível a libido em baixa do que uma pessoa agressiva, tornando o ambiente ruim em que vive ou trabalha, tanto para ela quanto para os outros. Meu marido optou por uma mulher menos “selvagem”… risos. Quanto à duração, varia de pessoa para pessoa. Mas sexo é também carinho, beijos, atenção…. e não somente o coito em si. Compense de outra forma. O importante é sua saúde.

      Gostei de tê-lo aqui conosco. Leia o texto OXALATO DE ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA (ver link neste texto) e também os comentários.

      Grande abraço,

      Lu

  506. Marcus Malta

    Muito bom dia e parabéns pelo blog!
    Sofro de depressão e Síndrome do Pânico a uns 7 anos. Passei por vários medicamentos até que meu psiquiatra resolveu diminuir as doses, até não tomar nenhum medicamento. Passei uma ano e meio bem, depois vieram novas crises de pânico e voltei a tomar o rivotril 0,25mg, quando necessário.

    Hoje, estou com depressão, pânico e ainda consegui desenvolver uma bactéria no estômago, e para fechar com chave de ouro, com medo de tudo. Medo inclusive de começar a tomar o exodus que me foi receitado ontem. Ler todos os comentários acima, me ajuda a ter coragem de reaceitar e iniciar o quanto antes essa nova etapa de tratamento.
    Que Deus me dê forças para ir adiante, pois tenho dois filhos lindos, uma mulher maravilhosa e não quero desistir da vida.

    Abraços a todos e muito obrigado pelo espaço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Meu caro Marcus

      É um grande prazer recebê-lo neste cantinho, onde nos ajudamos mutuamente. Aqui você verá que não se encontra sozinho. E esta certeza já é suficiente para entender que somos capazes de conviver bem com nossa doença. Hoje, até crianças já são tratadas da depressão, assim como animais. Esta tomada de consciência é muito importante.

      Acontece, Marcus, que alguns tipos de depressão são passageiros, consequência de problemas vividos em certas épocas de nossa vida. Contudo, outros são hereditários ou genéticos, como é o meu caso. Sei que vou tomar remédio a vida toda, o que me deixa muito bem, por saber que minha deprê e a Síndrome do Pânico estarão no cabresto, controladas… risos.

      Essa parada que você deu foi boa, de certa forma, para que tomasse conhecimento de que necessita do remédio, não devendo parar de tomá-lo. O rivotril é um ansiolítico, que só possui efeito momentâneo. O essencial é o exodus (escitalopram), que também tomo.

      Marcus, a SP maltrata mesmo, pois quanto mais tempo ficar sem tratamento, mais frequente ela se torna. O mais engraçado é que temos a impressão de que vamos morrer, quando na verdade tudo é produto de nossa mente. Quando começar a passar mal, respire fundo e devagar e pense nas coisas boas da vida, como sua esposa e filhinhos. Não lute, entregue-se. Se estiver em casa, deite e comece a ouvir uma música relaxante. Quanto menos lutarmos contra a crise, mais rápido ela passará. E, à medida que for tomando o remédio, ela desaparecerá por completo. Há mais de cinco anos que não tenho nenhuma crise.

      O nosso aparelho digestivo é o que recebe a carga maior de nosso estado nervoso. Assim que começar a tomar o remédio, essa bactéria desaparecerá. Não se preocupe. Tranquilidade é a palavra-chave.

      O medo é uma das mais fortes consequências da SP e da depressão. Eu nem tomava banho sozinha. Ele é mais do que natural, quando passamos por isso. Só queremos ficar em casa, pois é onde nos sentimos seguros. Tudo produto de nossa mente em desequilíbrio. Mas o exodus irá deixá-lo em ponto de bala… risos. Também passei por tudo isso que você vive agora, assim como os colegas acima (leia os comentários). Uma senhora precisou ir a uma psicóloga para iniciar o tratamento. Mas você não irá precisar disso. Confie em mim. Tome o mais rápido possível. O exodus (escitalopram) é uma das substâncias mais novas e eficientes no mercado. Eu me sinto excelente com ele.

      Outra coisa, prometa a si mesmo evitar a palavra “medo”. Nós somos muito corajosos e não perdemos parada para uma “doencinha” boba da qual padecem 20% da humanidade. Qual que é? Somos muito machos! (sou fêmea… risos). A gente tira tudo de letra.

      Que maravilha! Então você possui dois filhinhos lindos e uma mulher maravilhosa! A vida é assim, amiguinho, a gente ganha de um lado e luta de outro… risos. Não podemos ter 100% de felicidade, pois aí ficaríamos insuportáveis. Outra coisa, mude a sua maneira de olhar a vida. Procure ser menos exigente e perfeccionista. Faça ginástica, Pilates ou caminhada. Olhe para as pessoas com benevolência e generosidade. Não ache que tem o poder de mudar o mundo. Seja ativo, mas dentro da realidade. E seja feliz com pequenas coisas.

      Quero encontrá-lo aqui sempre, contando-me como está indo. Visite também outras partes do blog. Se sumir, irei rastreá-lo, viu?

      Um abraço bem apertado de sua companheira de exodus (sempre compro o remédio mais barato, por isso peço a médico para colocar somente o nome da substância principal).

      LuDias

      1. Marcus Malta

        Lu, muito obrigado mesmo pelas palavras de incentivo. Vamos vencer sim! E se for para tomar remédio o resto da vida para ser feliz… Que assim seja! Pode deixar que vou postar sim, minhas melhoras. Outra coisa que esqueci de dizer, é que minha esposa trabalha com reiki. Tem sido um ótimo suporte pra mim.
        Grande abraço e mais uma vez, muito obrigado.

  507. Waléria

    Olá!
    Minha mãe tem 68 anos e está tratando de depressão desde julho/14 e não melhora. Ao dormir ela toma Reconter 20 mg. Mas de manhã ela já tomou 3 antidepressivos que a prejudicaram: Clô, sertralina e Alenthus. Agora o médico tentou o Velija (duloxetina 30 mg). Também não deu. Ela tem depressão e está com fobia social.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Waleria

      A depressão sempre foi uma doença muito comum, mas somente agora está sendo diagnosticada com clareza, e as pessoas estão perdendo a vergonha de falar sobre ela, pois qualquer parte de nosso corpo está sujeita a adoecer. Pesquisas informam que 20% da humanidade possuem depressão e outras formas de doenças mentais. Portanto, não se assuste.

      É muito comum a pessoa custar a encontrar aquele remédio exato para seu organismo, pois as reações variam de indivíduo para indivíduo. Conheço pessoas que tomam sertralina e dão muito bem com a substância. Como disse, cada caso é um caso, sendo necessário ir fazendo experiências.

      No mercado estão dois remédios muito bons e bastante receitados atualmente: escitalopram e citalopram (ver comentários acima). Quem sabe o psiquiatra receita um deles e sua mãe passe a se sentir bem… Aliado a isso seria bom que ela também praticasse alguma atividade física, como caminhada ou Pilates. Nosso corpo precisa de movimento. Convide-a para ler os comentários do blog.

      Volte para nos dizer como ela está passando.

      Um grande abraço,

      Lu

  508. Maria Rita

    Eu estou com uma crise gástrica desde janeiro e tanto os exames feitos antes como depois da crise não acusam qualquer problema digestivo. A verdade é que emagreci muito, tenho náuseas, mal me alimento e já não sei o que fazer.

    Resolvi ir a uma psiquiatra, pois um médico de clínica geral receitou-me o XANAX XR 50 mg 2x dia por entender que o meu problema era ansiedade. Entretanto já estava a tomar o Dogmatil 50 mg 2x dia. A psiquiatra depois de falar um pouco comigo entendeu que eu tenho crises de pânico e que o meu problema é todo neurológico. Então receitou-me o escitalopram para tomar meio comprimido durante 6 dias de manhã e depois passar a tomar um por dia. Fez-me um plano para ir deixando de tomar o Xanax e dogmatil e aconselhou-me tomar victan à noite para dormir.

    Entretanto os efeitos secundários do escitalopram, pelo menos no início, assustam-me bastante, pois estou num estado de fragilidade bastante grande. Ainda não comecei a tomar, pois tenho muito medo de entrar nesse tipo de medicação. Estou sem saber o que fazer.
    Podem-me ajudar?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria Rita

      Nossas emoções são todas descarregadas no nosso sistema digestivo. Sou também como você. Se estou aborrecida, preocupada ou ansiosa, logo fico com dor no estômago. Mas não se preocupe, logo estará boa, forte e lindona.

      Seu clínico geral está com a razão, o seu caso requer um psiquiatra, mesmo, conforme aconteceu comigo. Crises de pânico fazem um estrago danado na gente. Também já passei por isso. E, como não sabemos quando ela vai acontecer, sentimo-nos aterrorizados e impotentes diante dele, sendo normal sua fragilidade. Por isso, o tratamento é de suma importância.

      Confesso que não conheço os princípios ativos dos remédios que lhe foram passados anteriormente e qual é a interação com o escitalopram. Mas sua psiquiatra deve saber. Portanto, confie nela. Trata-se de um dos remédios mais efetivos usados atualmente, bastando ler os comentários acima para se certificar disso.

      Não entendi, quando você diz que ainda não começou a tomar o escitalopram, mas os efeitos secundários assustam-na. Se ainda não tomou, por que já está pensando nos efeitos secundários? Eu o tomo e o remédio faz-me um grande bem. Não se deixe levar por bulas (nunca as leio), pois cada organismo reage de uma maneira específica. É um remédio dinamarquês, muito moderno e confiável.

      Lindinha, elimine de sua vida a palavra “medo”. Nós nascemos para sermos felizes e estarmos prontos para o que der e vier. Esta palavra faz-nos um mal danado, pois enche a nossa mente de um monte de minhocas. Passamos a orientar nossa vida por ela, criando pensamentos negativos. Pensar positivamente é o primeiro lema de nosso tratamento mental. No nosso caso, quanto mais cultivarmos uma vida saudável, melhor ela será. Ocupe seu tempo com coisas boas, não deixe sua mente à deriva. Mude a sua maneira de olhar o mundo, não seja muito exigente nem consigo e tampouco com os outros. Muitas vezes é preciso cantar: “Deixe a vida me levar, vida leva eu…”. De certa forma, nós somos aquilo que pensamos ser.

      Você vai começar a tomar o remédio receitado, tranquilamente, conforme prescrição médica. Meio comprimido é uma dosagem muito pequena.Depois de um tempo, volte ao profissional e conte-lhe como está. Ele avaliará se você deve continuar com o remédio ou passar para outro, ou diminuirá a dosagem. Gostaria que lesse os comentários acima, pois agora fará parte de nosso grupo… risos. Jamais se sinta só. A gente aqui abraça todos. Foi um grande prazer recebê-la aqui. Sinta-se em casa e não nos abandone jamais. Volte para nos contar como está sua saúde.

      Beijo no coração,

      Lu

  509. Edileusa

    Gostaria de saber se escitalopram (Exodus) é o mesmo que citalopram a mesma medicação.
    Obrigada aguardo resposta.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Edileusa

      São antidepressivos com o mesmo perfil. A substância principal do primeiro é o oxalato de escitalopram (Lexapro) e do segundo é o hidrobrometo de citalopram.

      “O site Rx List informa que tanto o escitalopram quanto o citalopram tratam a depressão, mas cita que o escitalopram é, de forma geral, mais indicado contra distúrbios de ansiedade.”

      Muitas vezes, o paciente não se sente bem com um e o médico muda para outro. Ambos são muito receitados atualmente.

      Abraços,

      Lu

  510. Cássio Ferrazzo

    Ótimo conteúdo, bem esclarecedor.
    Realmente as consultas psiquiátricas me deixam com uma pulga atrás da orelha.
    Faz alguns meses que me trato com Exodus (acredito que mais de 6 meses), desde que fui diagnosticado com síndrome do pânico este é o tratamento cujo efeitos colaterais não foram tão severos. Faz duas semanas que, por conta própria, parei de tomar qualquer remédio, pois o tratamento estava me deixando com alguns problemas, como falta de atenção e dificuldade de concentração. Isto estava afetando muito meu desempenho no trabalho e as cobranças começaram, então decidi ignorar meu problema e parar de tomar.

    O resultado foi agradável, voltei a conseguir me concentrar como antigamente, meu rendimento subiu e tal. Porém agora estou sentindo os mesmos sintomas que foram citados acima da síndrome serotoninérgica. Gostaria de saber se o fato de ter parado de tomar os remédios repentinamente pode me causar algum problema como o desta síndrome.
    Muito obrigado.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Cássio

      Eu também sofria de SP, problema que só foi superado com o uso de remédio. Ainda continuo tomando-o, pois também sofro de depressão crônica. Em relação à SP, se não for debelada no início, ela tende a ficar cada vez mais constante. Por isso, você não deveria ter parado de tomar o remédio, antes de uma avaliação de seu médico. Remédios psiquiátricos não devem ser parados de uma vez.

      Aconselho-o a voltar a seu médico, falar-lhe de seu déficit de atenção, para que ele reavalie seu caso e, se necessário, passe-lhe um remédio diferente. O Exodus tem como princípio ativo o escitalopram, que é um dos mais usados atualmente. Mas cada organismo reage de um modo diferente, daí a necessidade da visita ao médico.

      Penso que o fato de ter parado de tomar o remédio, sem a definição de seu psiquiatra, poderá fazer com que volte a SP, caso ainda não esteja curado. Volte a seu médico e converse com ele.

      Agradeço imensamente a sua visita. Veja também outros assuntos no blog. Convide seus amigos para conhecê-lo.

      Volte para nos contar como está se sentindo. Certo?

      Grande abraço,

      Lu

  511. Maria

    LU
    Estou tomando o oxilato de escitalopran faz uma semana. Agora a ginecologista me receitou um antibiótico de aplicação vaginal chamado aenarocid. A médica disse que posso fazer e que não há interação com o escitalopran. Você sabe algo sobre interação com antibióticos, mesmo que em creme? Obrigada.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Maria… Maria… é uma certa magia…

      Lindinha, não há problema nenhum. Também tomo antibióticos sempre que preciso. Ainda mais que o seu é local. Sem medo de ser feliz! Faça o seu tratamento direitinho.

      Grande abraço,

      Lu

  512. Noploc

    Vim pesquisar sobre o escitalopram, pois estou tomando há 07 dias e estou sofrendo para ficar em pé! Sinto tontura, uma sonolência absurda.. vontade de dormir em pé mesmo. Está difícil trabalhar. Lendo os demais comentários, fiquei mais tranquila. Parece ser um dos primeiros efeitos colaterais.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Noploc

      É um grande prazer recebê-la aqui no blog. Sinta-se em casa e contate-nos sempre que quiser.

      Imagino que você esteja tomando o escitalopram com outro remédio (ansiolítico). Se for, provavelmente será o segundo que está lhe dando muito sono. Também tomo tal remédio, mas ao contrário, não sinto sono… risos. A reação também varia de acordo com o organismo, como relatam alguns comentários. Aguarde mais uma semana e, se a soneira não passar, contate o seu médico. Caso esteja tomando um ansiolítico, tome-o numa dosagem menor, ou só quando precisar.

      Depois volte para nos contar como está se sentindo. Não suma!

      Beijo no coração,

      Lu

  513. A.lima

    Muito obrigado pela recepção, LuDias.
    Dia 9/03, segunda feira…. fui pegar a medicação que mandei manipular, o Escitalopram 20 mg. Mandei manipular porque o remédio aqui na minha cidade é caríssimo 200 reais… sendo que paguei 60 reais no manipulado.

    Queria dizer que não notei grande efeitos até o presente momento, dia 12/03, com o manipulado. Espero que seja uma questão de se acostumar com ele, tenho medicação pra um mês. Caso não surta efeito, vou comprar o original Esc (Escitalopram) da Eurofarma.
    Às vezes paro pra pensar que esse problema de ser depressivo é complexo e horrível, hahaha, mas procuro ver o lado bons das coisas, afinal tem muita gente sofrendo de problemas bem piores que os nossos. A luta não é fácil, como diz o mesmo é uma luta!
    Quando der, apareço aqui pra dar um alô!

    Um abraço forte!

    1. LuDiasBH Autor do post

      A. Lima

      Você merece ser recebido com carinho, sempre!

      O preço do escitalopram é realmente abusivo. O mesmo aconteceu com a fluoxetina (Prozac), antes de perder a patente. Esses laboratórios não têm pena dos pacientes, mesmo. Tenho comprado o genérico, que possui um preço bem menor. Nunca usei o manipulado. Realmente alguns laboratórios não merecem credibilidade e não possuem fiscalização. Caso more perto de uma cidade maior, peça a alguém para comprar para você. São muitos os genéricos no mercado. E eu me sinto bem com o que tomo (compro sempre o mais barato).

      Lima, não pare para pensar na depressão. Trata-se de uma doença muito comum nos dias de hoje, que atinge 20% da população mundial. Existem doenças muito piores. Procure viver uma vida bastante saudável, faça exercícios, e mude sua maneira de ver o mundo. Seja otimista! Eu mudei radicalmente a minha maneira de viver. Não mais me deixo envolver por coisas que antes me deixavam mal. Não vejo noticiário, não leio certas revistas ou jornais, e procuro ser feliz com o pouco que tenho e com o que sou. Também me afastei de pessoas negativistas e encrenqueiras. Quero ser feliz, pois nossa vida é muito curta! Certo?

      Repasse o endereço de “nosso” blog para seus contatos. Há muitos assuntos interessantes.

      Grande abraço,

      Lu

      1. Lulu

        Eu adoro comentários sobre termos que nos afastar das pessoas negativas, é verdade. Nascemos saudáveis. Mas nós mulheres casamos, temos filhos, fazemos tudo por eles, e damos todo nosso amor, e daqui a pouco na família somos o único alvo, alegando que fizemos tudo errado . Aí sofremos calados até um dia pirar a mente e começar a tomar escitalopram.

        1. LuDiasBH Autor do post

          Lulu

          O único amor incondicional que existe é o de mãe, pois perdoa tudo, ainda que não seja tratada com carinho e respeito pelos filhos. A família não reconhece o quanto ela se dedica, esquecendo de si mesma, para cuidar de marido, filhos e netos. Acham que essa obrigação é dela. Somente quando a perdem é que valorizam. Muitos são incapazes de avaliar seu sofrimento. Nem mesmo reconhecem quando ela está precisando de ajuda. Acham que está sempre fazendo chantagem. São poucos os filhos que valorizam suas mães e dão-lhe o amor que merece.

          Mas não fique triste, tudo tem seu dia. Com escitalopram você irá ficar cada vez melhor e terá forças para dirigir a sua vida. Eu também tomo este remédio e me sinto muito bem.

          Obrigada por sua visita ao blog. Venha sempre aqui para falar conosco.

          Beijo no coração,

          Lu

      2. Erick

        Oi Lu

        Eu sempre vejo você dizendo para termos uma postura mais positiva sobre as coisas e a vida, mas não podemos nos esquecer de que por vezes, por mais que tentamos a doença nos impede que vejamos as coisas com essa outra “lente”. Pelo menos isso acontece comigo, não sei se vocês concordam.

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Erick

          Há momentos em que se torna difícil levar a vida como mais leveza. Até porque a “deprê” é terrorista e acaba nos enchendo de medo. Mas nós somos mais fortes do que ela e podemos dar um novo direcionamento aos nossos caminhos. A minha caminhada com essa amiga indesejada não é de hoje. Ainda adolescente, ela já estava colocada no meu pé. Aprendi a duras penas que precisava olhar a vida de uma maneira diferente. Minha primeira mudança foi aceitá-la, compreender que se tratava de uma doença que precisava ser tratada, e que havia pessoas com doenças bem mais sérias do que a minha. Fui ampliando a minha lente, de modo a ver e sentir a beleza da vida, nas mínimas coisas. Não mais esperei grandes acontecimentos. O abrir da janela a cada diz é a certeza de que estou viva. E não existe bem maior do que isso. Aprendi a me fortalecer. A compreender a minha dor e, sobretudo, a dos outros. Quando me coloquei em segundo plano, ela se tornou menos doída. E este blog é a minha resposta a ela. Sinto-me feliz em poder ajudar. Até mesmo eu me esqueço de mim.

          Nós depressivos precisamos desviar nossos olhos para outras direções, deixando de centrá-los apenas em nós mesmos. É difícil, mas é possível, meu amiguinho. Você está se fortalecendo e, quando menos esperar, será pessoa a saborear as belezas da vida.

          Beijo no coração,

          Lu

  514. A. Lima

    Olá pessoal!
    Há poucos dias tive que procurar ajuda médica, pois reconheci que precisava de ajuda psiquiátrica. Fui usuário de drogas durante 10 anos, embora esteja limpo há 5 anos, mas colho as consequências em fruto de depressão.

    Bem, faz 14 dias que iniciei a tomar o ESC (escitalopram) 20mg. Confesso que achei que o remédio não iria funcionar, pois na primeira semana sentia muito sono todo dia. Passados 14 dias, estou super alegre, consigo raciocinar melhor, conversar e estar mais disposto. Ainda sinto sono em alguns período do dia, mas minha qualidade de sono à noite melhorou de mais. Esse remédio é muito bom pra quem realmente está depressivo. Sou uma pessoa critica e posso dizer que esse remédio está entre os melhores.

    Um forte abraço a todos e felicidades!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Lima

      É um grande prazer recebê-lo aqui neste cantinho, onde falamos sobre nossas mazelas, rimos delas e tocamos a vida para a frente.

      Como deixa claro, todas as nossas ações deixam seus frutos, sendo alguns doces e outros amargos. Mas o importante é tocar a vida para frente, tentando viver da melhor maneira possível. O passado deve servir apenas como mestre, pois é o momento presente o que realmente importa. Parabéns pela luta!

      Engraçado, também tomo o escitalopram , 10 mg, mas não tenho sono algum. Preciso até tomar bromazepam à noite, para dormir. Você não toma algum sedativo?

      Também estou me dando muito bem com ele, embora me tire o sono e o apetite. Já o tomo há bastante tempo. Fora isso, sinto-me muito bem. E é bom que outros leiam o seu comentário, pois muita gente sente medo de tomá-lo.

      Lima, volte sempre para nos contar como anda seu tratamento e para ler outros artigos no blog. Repasse-o para seus amigos.

      Grande abraço,

      Lu

  515. Alberto

    Queria fazer uma pergunta!
    Quanto tempo o oxalato de citalopram demora para fazer efeito? Pois há 10 anos atrás, quando tomei por uns 6 dias não controlou minha ansiedade, pois sou muito ansioso e tenho crises de náusea e vômito,tomei esse remédio pela primeira vez e não surtiu efeito, meu psiquiatra receitou ele novamente, será que devo esperar algum tempo para começar a fazer efeito?

    1. LuDiasBH Autor do post

      Alberto

      Nenhum remédio antidepressivo, que eu conheça, faz efeito em tão pouco tempo, pois são acumulativos. Pelo que sei, somente depois de 15 dias é que você realmente terá os efeitos potencializados e visíveis. Seis dias não são tempo suficiente para um resultado. A culpa não foi do remédio, mas de sua pressa em obter efeitos. Deve esperar um tempo, sim. Não adianta ficar pulando de um remédio para outro. É preciso aguardar. Enquanto isso, peça a seu médico um ansiolítico.

      Alberto, gostaria que lesse todos os comentários e respostas acima.

      Um grande abraço,

      Lu

  516. Mi Fernandes

    Poxa! Agora fiquei realmente preocupada. Estou tomando fluoxetina há 20 dias, receitado por um médico. Não senti muita confiança nele e resolvi ir a outra cidade, no meu antigo psiquiatra (que só parei de ir porque a consulta está 400 conto =o). Acontece que mesmo eu tomando fluoxetina, eu lhe avisei. E mesmo assim ele me passou o oxalato de escitalopram. Eu confio nele, mas fiquei receosa agora =(… Minha próxima consulta com ele é só daqui 3 meses. Ai ai ai!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Mi

      Eu não entendi muito bem o porquê de sua preocupação. Imagino que seja porque o outro médico mandou que você tomasse escitalopram, sem um prazo para que o organismo eliminasse a fluoxetina. Aguarde os 15 dias para recomeçar o uso do segundo remédio.

      Que horror, 400 reais uma consulta! Virgem Maria, isso é esfolar o paciente. Aí a deprê duplica. Existem outros bons profissionais com preços melhores.

      Obrigada pela visita e volte sempre para nos contar como anda.

      Um grande abraço,

      Lu

      1. Cris

        Socorro! Já paguei 700 reais por uma consulta com um psiquiatra! Está cada vez mais difícil achar um médico bom e barato no Brasil!

        1. LuDiasBH Autor do post

          Cris
          Você tem plantação de dinheiro no quintal? Se eu pagasse a isso a um psiquiatra, ficaria dois meses acamada com depressão, pois meu dinheirinho é pouco e muito suado. Isso é uma ladroagem, por melhor que seja o profissional. Sem falar que todos acabam receitando os mesmos remédios.

          Beijos,

          Lu

  517. MARTA

    Boa tarde!
    Tenho 47 anos, há 4 meses resolvi procurar ajuda médica. Sou casada há 20 anos e meu esposo, companheiro e amigo, dizia que eu precisava de ajuda, mas eu não acreditava, sempre fui muito independente, durona, e resolvia tudo. Chorar? Só se fosse de raiva.

    Procurei um PSQ, que me receitou inicialmente o escilex 10mg, depois passou para o reconter 15mg, e agora estou no reconter 20mg. Sinto que melhorei consideravelmente, meu diagnóstico foi de TAG, transtorno de ansiedade generalizada, associado à depressão e ao TOC, que desenvolvi ao longo do tempo, a mania virou toc mesmo.

    Na última consulta, relatei ao meu médico que ainda estava com o TOC e sentia, muito raramente, uma certa desesperança, como antes. Ele me disse que o remédio não faz milagre, ajuda e melhora muito, mas preciso também querer estar melhor e me esforçar para entender que, independentemente do remédio, terão situações em que eu ficarei triste sim, decepcionada ou até magoada, mas que o remédio irá me ajudar a pensar, entender e enfrentar as situações.

    Associado ao medicamento, comecei a fazer terapia; está sendo ótimo. Gostaria de compartilhar com vocês para trocarmos experiências. Hoje sei que é muito bom conversar, se abrir e perceber que podemos ser felizes, onde estivermos. Não existe mundo perfeito, os problemas virão, precisamos saber como enfrentá-los, e sozinha, fechada em meu mundo, sinceramente, era impossível.

    Abraços a todos.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Marta

      Seu companheiro tinha razão, pois necessitamos de ajuda para debelar a depressão. Se não houver, ela só tende a piorar.

      Os transtornos estão cada vez mais presentes no mundo de hoje, possivelmente porque são mais facilmente identificáveis pela medicina. Quando a ansiedade se instala, em grau alarmante, tende a trazer consigo muitos outros desarranjos, pois mexe com todo o nosso organismo. Não há outro jeito senão domá-la com remédios, exercícios…

      Estou plenamente de acordo com o seu médico. O remédio não resolve tudo sozinho. É fundamental uma mudança de comportamento, uma nova maneira de ver o mundo e, como disse o leitor Marcus em seu comentário, não se levar muito a sério. Muitas vezes, nós nos colocamos como o centro do mundo, com nossos preconceitos arraigados e com a nossa intolerância em relação a tudo aquilo de que não gostamos. Esquecemo-nos de que a diversidade é a lógica da vida. O melhor mesmo é tocar o barco e continuar remando, com o máximo de alegria que pudermos botar na ação. Noutras vezes, ficamos aguardando um grande motivo para sermos felizes, quando a felicidade é feita de pequenas coisas do dia a dia.

      Realmente ainda não foi criada a pílula da felicidade. E tomara que não seja nunca para que não percamos a nossa humanidade. O antidepressivo ajuda-nos a ajustar nossos neurônios, a diminuir nossas tensões, de modo a ganhar tranquilidade para aceitar a vida como é. Mas continuamos tendo aborrecimentos, mágoas, raivas… tudo que faz parte da bagagem humana.

      Assim como as inúmeras formas de terapia, os exercícios físicos são excelentes, assim como as boas leituras, cinema, música, etc.

      Marta, o seu comentário foi muito importante, pois reforçou muitos pontos de fundamental importância para a saúde mental. Foi um grande prazer recebê-la neste blog. Gostaria que aqui viesse sempre para também conhecer outros assuntos. Repasse para seus amigos o nosso endereço.

      Grande abraço e muito sucesso no seu tratamento,

      Lu

    2. Ana Clara

      Olá Marta!
      Meu psiquiatra me prescreveu o Reconterr (escitalopram) gotas (2 gotas dia – 4 dias) para aumentar a dose a cada 4 dias. no 1º e 2º dia, eu me senti bem, porém, no 3º dia meu coração disparou e a pressão foi a 13/9. O que faço devo continuar? Ah! Antes estava tomando omeprazol e está na bula que tem interação. Você se sentiu assim, quando começou?

  518. Erika

    Comecei a tomar o medicamento genérico oxitalopram há uma semana. O médico psiquiatra receitou o lexapro depois de duas horas de consulta. Comprei o genérico porque é a versão mais barata. Confesso que tentei lutar contra a depressão sozinha. Mas depois de sofrer um aborto há 03 anos e ter me separado há um ano atrás, meu mundo desabou, fiquei sem chão e desisti de viver. Depois de ficar muito tempo sentindo uma angústia e dor no peito, que me impediam de respirar, resolvi procurar ajuda. Tenho sentido melhoras nos sintomas de angústia, mas sinto muito sono. Agora lendo os comentários fiquei com medo de engordar, mas meu apetite diminuiu muito depois que comecei a tomar o medicamento.

    Obrigada, Lu, pelo texto brilhante e boa sorte a todos nós nesta luta.
    Luz, paz, sucesso e muitas alegrias!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Erika

      É difícil lutar contra a depressão sem ajuda médica, pois os sintomas só tendem a fortalecer, se não forem podados. E, quanto mais cedo forem tratados, mais rápida é a recuperação. A dificuldade em procurar ajuda reside na resistência que ainda se tem contra as doenças mentais. A mente também adoece, assim como o fígado, o coração, os rins, etc.

      Um aborto realmente mexe com todo o metabolismo da mulher. Hoje não é como antigamente, quando as mulheres pariam anualmente, sem qualquer tipo de controle, e também perdiam os filhos facilmente, em razão das doenças da época. Tudo sendo aceito como um ciclo natural. A mulher atual prepara-se para esperar o seu bebê, o que muda todo o seu psicológico, sendo a visão da perda bem diferente e extremamente sofrida. Mas pense em quantas mulheres passam por isso…

      Toda separação é dolorosa, ainda que seja para o nosso próprio bem. Nós nos acostumamos até com o lado ruim de uma relação. Sem falar que tememos o novo. O que é natural. Mas sinta que você irá encontrar alguém muito especial na sua vida. Acredite que o próximo relacionamento será especial. Não adianta apenas tomar antidepressivos, precisamos mudar a nossa relação com o mundo, com nossa própria vida, buscar prismas diferentes para ver um problema que nos afeta. Em suma, precisamos mudar nossas atitudes. Sem isso, o tratamento é incompleto.

      “Depois de ficar muito tempo sentindo uma angústia e dor no peito, que me impediam de respirar, resolvi procurar ajuda.”

      Estes são os sintomas primários da depressão, que, se não tratados, parirão muitos outros. Você fez muito bem em procurar ajuda. O sono é importante, pois ajuda a restaurar o organismo debilitado. Se em excesso, converse com o seu médico, em relação à dosagem ou ao horário em que é ingerida.

      O fato de engordar é muito relativo, variando de organismo para organismo. Eu, por exemplo, não consigo ganhar um grama, até porque o remédio tira-me todo o apetite. Como praticamente à força. E há muita gente fazendo tratamento de emagrecimento com antidepressivos, o que acho uma loucura. O hábito alimentar deve estar sob controle, sempre.

      Amiga, sinto-me feliz pelo fato de estar aqui conosco, nesta luta contínua. Faça desse cantinho um espaço seu. Venha sempre nos falar sobre seu sucesso e também conhecer outras partes do blog.

      Beijo no coração,

      Lu

  519. Erika

    Amei o blog, texto perfeito e comentários que acrescentam, esta ajuda mútua é muito importante para o tratamento!

    Abraços, Lu!

    1. LuDiasBH Autor do post

      Erika

      Então faça deste cantinho um lugar constante em seus passeios pela internet.
      Leia também o artigo OXALATO E ESCITALOPRAM OU FLUOXETINA.

      Abraços,

      Lu

  520. Dionys Barros

    Há dois anos tomo escitalopram, 10mg, de uma determinada marca, mas mês passado fui comprar e tinha uma outra marca que era pouca coisa mais barata e decidi comprar. Já na primeira semana senti diferença de humor e disposição para as tarefas. Continuei tomando, pois não teria remédio suficiente para a data do retorno ao médico, mesmo tendo mais uma receita em mãos; agora com mais de um mês, estou sentindo tontura e muito sono, ou melhor, quando perco sono, que foi o caso quando viajei de madrugada semana passada, fico muito cansado, com sono e tendo tonturas o dia todo durante muitos dias, como se não conseguisse recuperar o sono perdido de forma natural. Não estou culpando a marca “A” ou “B”, só aconselho que não troquem de marca quando já estão habituados com uma determinada marca de remédio, pois me sentia muito bem quando tomava somente da marca “A”, mesmo quando ficava 2 dias sem medicação, em caso de esquecimento.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Dionys

      Cometi uma tremenda indelicadeza com você. Somente hoje, percebi que deixei de responder a seu comentário. Peço-lhe que me desculpe, pois às vezes me embaralho no meio dos comentários.

      Você acha que a troca de marcas foi responsável por haver uma mudança na qualidade de seu tratamento. Pode ser que sim. Mas atualmente existem bons laboratórios trabalhando com o escitalopram.

      Gostaria que nos dissesse se retomou a antiga marca e se sentiu melhor, ou mudou de remédio.

      Um grande abraço,

      Lu

  521. Vivian

    Muito relevantes as informações do artigo. Parabéns! Gostaria de divulgar uma psicoterapia chamada EMDR, que tem sido utilizada com muito sucesso no tratamento da depressão. Na minha prática clínica tenho visto resultados surpreendentes. Acredito ser muito importante divulgar essa ainda pouco conhecida terapia no Brasil, que é utilizada em mais de 70 países há 25 anos, e tem sido de imensa ajuda para milhares de pessoas. Maiores informações: http://www.emdrbrasil.com.br.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Vivian

      Em primeiro lugar, quero agradecer o seu comentário, que oferece um novo caminho para quem busca tratamento para a depressão. Sabemos que este campo vem sendo cada vez mais estudado, apresentado sempre novos tipos de tratamento. E todos eles são bem-vindos.

      Sinta-se à vontade para visitar o nosso blog, repassando-nos suas experiências. Fica também o convite para nos brindar com um artigo sobre a EMDR. Confesso-lhe que não conheço.

      Um grande abraço,

      Lu

  522. Jane

    Nossa… eu vivi uma experiência muito maluca com esses medicamentos. Tomei fluoxetina durante uns 03 anos, aí troquei de médico e fui para sertralina por um ano aí; passei por vários problemas na família (doenças e vícios de parentes, etc, etc,); comecei a ficar impossível, briguei com quem eu amava, surtei com problemas que nem eram meus de verdade… fiz terapia e troquei de médico de novo, e fui para o escitalopran… demorou muito pra fazer efeito (mais de um mês), comecei achar que eu não tinha jeito mesmo… era caso perdido… só chorava… até que um belo dia acordei bem e estou bem até hoje. O problema é que o remédio é um pouco caro… Não dá pra tomar o genérico, porque eu já tentei e não presta, mas a nossa felicidade não tem preço.

    1. LuDiasBH Autor do post

      Jane

      Realmente passamos por fases difíceis, até acertar num remédio que nos faça bem. Vem a irritabilidade, o desalento, o desespero… O primeiro passo é entendermos que precisamos de ajuda, o que demora muito para certas pessoas. Depois precisamos encontrar um bom profissional e o remédio certo.

      O preço do escitalopram é bem salgado. Eu tomo o genérico há muito tempo, que já existe em vários laboratórios. Compro uma caixa com 60 (laboratório Germed). Penso que existe uma política para que compremos só o mais caro, como aconteceu com o Prozac (fluoxetina), no início. Tenho me dado muito bem.

      Jane, é sempre um prazer contar com a sua presença aqui no blog. Volte sempre. Ao final deste texto, acrescentei o link de um texto novo sobre a depressão. Penso que irá gostar.

      Abraços,

      Lu

  523. LuDiasBH Autor do post

    Ed

    Misturar remédios é um problema muito sério. O brasileiro tem uma mania de se automedicar ou aceitar a orientação de qualquer um. Quando se vai ao médico, é necessário que ele tome conhecimento de todos os remédios que o paciente já toma. Um engano pode ser fatal, como no exemplo citado por você.

    Existem médicos relaxados que nem perguntam o que o paciente está tomando.
    Lembro-me de minha mãe, que sempre que ia ao médico, levava a sua listinha com o nome dos remédios que estava tomando. E se o médico não lhe perguntava, ela fazia questão de lhe falar. Aprendi isso com ela.

    É como você diz:
    “Havendo dúvidas, não tome…”

    O seu comentário trouxe um adendo importante ao texto.

    Abraços,

    Lu

  524. Edward Chaddad

    LuDias

    Este texto é um alerta, não só para os casos psiquiátricos. No caso, entendi que o paciente tinha depressão, pelo que lhe foi receitado os medicamentos.

    Mas é importante, reiterando o aconselhamento pelo seu excelente texto, procurarmos saber com maior detalhes possíveis sobre os medicamentos que estamos tomando. Não tomar, de forma alguma, medicamentos sem receita médica, pois, mesmo que ele não esteja lá muito interessado, não é conveniente, jamais, buscar medicação por conta própria. Por outro lado, mesmo que o médico o receite, é importante ler a bula.

    Eu o faço desde quando um caso trágico aconteceu. A pessoa estava bem e foi ao médico para um exame periódico, eis que era idoso. O médico percebeu que ele tinha bradicardia, ou seja, os batimentos de seu coração eram frágeis, necessitava, pois, de uma medicação para o fortalecimento do nosso motor. Porém, por ato falho – e isto pode acontecer a qualquer profissional – receitou-lhe um medicamento para combater a taquicardia, ou seja, um medicamento que o levou a ter uma piora exagerada da bradicardia. Ele, ao tomar o medicamento, imediatamente começou a ter crises convulsivas. Levado às pressas ao médico, não houve condições para a reversão, mesmo retirando o medicamento, veio a falecer.

    Ler a bula não é só tarefa para o médico. É importante para o paciente. Se este for, de qualquer forma, deficiente ou não entender bem a bula, que dê a alguém que possa ler e verificar as finalidades do medicamento, ver quais os medicamentos que não podem ser tomados, como no caso do seu brilhante texto, as interações com outros medicamentos, os efeitos colaterais, as precauções que devem ser tomadas, verificar a dosagem, se está em conformidade com o a receita do médico. Havendo dúvidas, não tome. Vá ao médico novamente. Indague. Questione.

    Esta lição eu aprendi. É claro, dou ao médico todo o valor, mas posso lhe garantir: o seguro morreu de velho. É importante a leitura da bula, máxime sendo o paciente.

      1. Paula

        Lu, eu comecei a tomar escitalopram há umas duas semanas, mas estou morrendo de medo, pois li na bula que ele pode aumentar a glicose! Esse medicamento pode levar ao desenvolvimento do diabetes?

        Beijos

        1. LuDiasBH Autor do post

          Paula

          Esse é um dos remédios mais receitados atualmente, pois é muito moderno. Eu já o tomo há bastante tempo. O efeito tem sido ótimo. Meus exames continuam dando normais. Para tirar o seu medo, faça exame de glicose daqui a uns seis meses. Mas nunca ninguém comentou aqui sobre isso. Fique tranquila.

          Beijos,

          Lu

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