Arquivo da categoria: Literatura de Cordel

Gênero literário popular

A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU (2ª Parte)

Autoria de Guaipuan Vieira

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Em um quarto bem acústico
Nosso Senhor repousava
O silêncio era profundo
Que nada estranho notava
Sem dúvida o Pai Celeste
Um cansaço demonstrava.

Pedro já desesperado
Ligeiro chamou São João
Lhe disse sobressaltado:
Vá chamar Cícero Romão
Pra acalmar seu afilhado
Que só causa confusão.

Resmungando bem baixinho
Pra raiva poder conter
Falou para Santo Antônio:
Não posso compreender
Este padre não é santo
O que aqui veio fazer?!

Disse Antônio: fale baixo
De José é convidado
Ele aqui ganhou adeptos
Por ser um padre adorado
No Nordeste brasileiro
Onde é “santificado”.

Padre Cícero experiente
Recolheu-se ao aposento
Fingindo não saber nada
Um plano traçava atento
Pra salvar seu afilhado
Daquele acontecimento.

Logo João bateu na porta
Lhe transmitindo o recado
Cícero disse: vá na frente
Fique despreocupado
Diga a Pedro que se acalme
Isso já será sanado.

Alguns minutos o padre
Com uma Bíblia na mão
Ao ver Pedro lhe indagou:
O que há para aflição?
Quem lá fora tenta entrar
E também um ser cristão,

São Pedro disse: absurdo
Que terminou de falar
Mas Cícero foi taxativo:
Vim a confusão sanar
Só escute o réu primeiro
Antes de você julgar.

Não precisa ele entrar
Nesta sagrada mansão
O receba na guarita
Onde fica a guarnição
Com certeza há muitos anos
Nos busca aproximação.

Vou abrir esta exceção
Falou Pedro insatisfeito
O nosso reino sagrado
Merece muito respeito
Virou-se para São Paulo:
Vá buscar este sujeito.

Lampião tirou o chapéu
Descalço também ficou
Avistando o seu padrinho
Aos seus pés se ajoelhou
O encontro foi marcante
De emoção Pedro chorou

Ao ver Pedro transformado
Levantou-se e foi dizendo:
Sou um homem injustiçado
E por isso estou sofrendo
Circula em torno de mim
Só mesmo o lado ruim
Como herói não estão me vendo.

Sou o Capitão Virgulino
Guerrilheiro do sertão
Defendi o nordestino
Da mais terrível aflição
Por culpa duma polícia
Que promovia malícia
Extorquindo o cidadão.

Por um cruel fazendeiro
Foi meu pai assassinado
Tomaram dele o dinheiro
De duro serviço honrado
Ao vingar a sua morte
O destino em má sorte
Da “lei” me fez um soldado.

Mas o que devo a visita
Pedro fez indagação
Lampião sem bater vista:
Vê padim Ciço Romão
Pra antes do ano novo
Mandar chuva pro meu povo
Você só manda trovão.

Pedro disse: é malcriado
Nem o diabo lhe aceitou
Saia já seu excomungado
Sua hora já esgotou
Volte lá pro seu Nordeste
Que só o cabra da peste
Com você se acostumou.

Título: A chegada de Lampião no Céu
Autor: Guaipuan Vieira
Categoria: Literatura de Cordel – 32 páginas
Idioma: Português
Instituição: Centro Cultural dos Cordelistas – Cecordel
1ª Edição: 1997 8ª Edição: 2005
Gravação: 2005 Repentistas: Antônio Jocélio e Zé Vicente

A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU (1ª Parte)

Autoria de Guaipuan Vieira

lamp

Foi numa Semana Santa
Tava o céu em oração
São Pedro estava na porta
Refazendo anotação
Daqueles santos faltosos
Quando chegou Lampião.

Pedro pulou da cadeira
Do susto que recebeu
Puxou as cordas do sino
Bem forte nele bateu
Uma legião de santos
Ao seu lado apareceu.

São Jorge chegou na frente
Com sua lança afiada
Lampião baixou os óculos
Vendo aquilo deu risada
Pedro disse: Jorge expulse
Ele da santa morada.

E tocou Jorge a corneta
Chamando sua guarnição
Numa corrente de força
Cada santo em oração
Pra que o santo Pai Celeste
Não ouvisse a confusão.

O pilotão apressado
Ligeiro marcou presença
Pedro disse a Lampião:
Eu lhe peço com licença
Saia já da porta santa
Ou haverá desavença.

Lampião lhe respondeu:
Mas que santo é o senhor?
Não aprendeu com Jesus
Excluir ódio e rancor?…
Trago paz nesta missão
Não precisa ter temor.

Disse Pedro isso é blasfêmia
É bastante astucioso
Pistoleiro e cangaceiro
Esse povo é impiedoso
Não ganharão o perdão
Do santo Pai Poderoso.

Inda mais tem sua má fama
Vez por outra comentada
Quando há um julgamento
Duma alma tão penada
Porque fora violenta
Em sua vida é baseada.

– Sei que sou um pecador
O meu erro reconheço
Mas eu vivo injustiçado
Um julgamento eu mereço
Pra sanar as injustiças
Que só me causam tropeço.

Mas isso não faz sentido
Falou São Pedro irritado
Por uma tribuna livre
Você aqui foi julgado
E o nosso Onipotente
Deu seu caso encerrado.

– Como fazem julgamento
Sem o réu estar presente?
Sem ouvir sua defesa?
Isso é muito deprimente
Você Pedro está mentindo
Disso nunca esteve ausente.

Sobre o batente da porta
Pedro bateu seu cajado
De raiva deu um suspiro
E falou muito exaltado:
Te excomungo Virgulino
Cangaceiro endiabrado.

Houve um grande rebuliço
Naquele exato momento
São Jorge e seus guerreiros
Cada qual mais violento
Gritaram pega o jagunço
Ele aqui não tem talento.

Lampião vendo o afronto
Naquela santa morada
Disse: Deus não está sabendo
Do que há na santarada
Bateu mão no velho rifle
Deu pra cima uma rajada.

O pipocado de bala
Vomitado pelo cano
Clareou toda a fachada
Do reino do Soberano
A guarnição assombrada
Fez Pedro mudar de plano.

Nota: ver a 2ª parte

PONTOS ESSENCIAIS DA LITERATURA DE CORDEL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Houve uma época em que a Literatura de Cordel tornou-se meio esquecida. Muitos chegaram a pensar que não resistiria à chegada do século XXI, principalmente em razão do aparecimento das novas tecnologias, que poderiam engoli-la, como até então se apresentava. Com certeza, pensavam, perderia a sua originalidade ao ganhar novo formato. Mas, para o bem deste gênero tão saboroso, embora algumas modificações venham acontecendo, nem por isso a Literatura de Cordel perdeu a sua singularidade.

Segundo Fábio Sombra, poeta, violeiro e pesquisador da cultura popular brasileira, em seu livro Cordel e Viola, Editora Lê, é consenso em meio à maioria dos poetas cordelistas que, se mantidos e preservados três elementos do gênero, ele continuará como tal, apesar de outras mudanças que venha a sofrer. Para esse grupo, os fundamentos “inegociáveis” são: a rima, a métrica e o sentido. Diz ainda que o cordel continua a todo vapor, sendo publicado por diversas editoras, com um grande número de autores, sendo, inclusive, utilizado em sala de aula e oficinas de criação literária e poética. E a internet, antes tão temida, tem sido uma aliada, funcionando como um canal de difusão do gênero.

Abordemos um pouco os três pilares da Literatura de Cordel que não podem ser violados, sob a ótica dos cordelistas:

Rima

  • É fundamental neste gênero, que não admite os versos livres.
  • A maioria dos textos de cordel é composta por estrofes de seis versos (sextilha), vindo em segundo lugar os de sete (setilhas).
  • Nas sextilhas, o esquema de rimas mais o usado é o ABCBDB. Ou seja, a rima acontece no segundo, quarto e sexto versos.

Ex.:

Quem inventou esse “S”
Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventou
O “F” da falsidade
E o mesmo que fez o “I”
Da minha infelicidade

  • As setilhas são mais comuns em textos humorísticos. Sendo o esquema de rimas mais usado o ABCBDDB, ou seja, o segundo e o quarto versos rimam, assim como o quinto e o sexto.

Ex.:

Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraiba falada
Cantando nas escrituras
Saudando o pai da coaiada
A lua branca alumia
Jesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.

O bom poeta, em cada estrofe, escolhe uma terminação diferenciada para rimar, enriquecendo sua criação.

Métrica

  • É essencial para determinar o ritmo.
  • Todos os versos devem conter o mesmo número de sílabas poéticas (não correspondem à divisão silábica).
  • As sílabas poéticas só são contadas até a última sílaba tônica, pois o verso acaba na última sílaba tônica.

Ex.:

Nes | ta | noi | te | pas | sa | gei | ra
1       2     3    4     5     6    7

Sentido

  • É também conhecido como “oração”.
  • A história contada ou o tema sobre o qual discorre o cordelista precisa ter um encadeamento lógico, de fácil compreensão para o leitor ou ouvinte.

Atenção:
O Vírus da Arte & Cia está aberto aos poetas do cordel, para aqui publicarem seus trabalhos. Nunca é tarde para começar.

Fontes de pesquisa:
Cordel e Viola/ Fábio Sombra
Wikipédia

Nota: Imagem copiada de cordelparaiba.blogspot.com

VENDENDO LITERATURA DE CORDEL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Nem todo poeta é um bom vendedor de sua arte, preferindo escrever suas histórias e deixar a venda das mesmas com um vendedor experiente, como faz um grande número de escritores, ao repassar a comercialização de seus livros às livrarias. Mas há uma diferença importante: os vendedores de uma livraria não dão conta de conhecer a história de centenas de milhares de títulos, mas os vendedores de livretos de cordel precisam, não apenas conhecer todas as histórias, mas declamar e cantar os versos dos livretos que vendem, formando uma parceria artística com o poeta que as escrevem. À medida que vai declamando ou cantando o acontecido, as pessoas vão se ajuntando a seu redor. Com certeza o leitor estará se perguntando, qual será o interesse de comprar um livreto do qual já se conhece a história. Bem, o vendedor é bem mais esperto do que pensamos. Ao chegar no momento do suspense, quando todos querem saber o que irá acontecer, ele sabiamente fecha o livreto e diz ao público que quem quiser conhecer o resto deverá comprá-lo. E como curiosidade é coisa que não falta aos humanos, sem falar no preço irrisório da obra, a maioria acaba comprando. Se o vendedor achar que vale a pena continuar, recomeça o mesmo trabalho com outro livro, de modo que toda a cena repete-se.

Durante vários anos a Literatura de Cordel seguiu o mesmo padrão de criação, venda e confecção, mas atualmente as coisas vêm mudando, ou seja, ganhando uma nova roupagem. Muitas editoras passaram a vender Literatura de Cordel e, por isso, passaram a dar às obras novas ilustrações, releituras de clássicos do folclore brasileiro e da literatura mundial, tentando atingir um novo público, principalmente o infantojuvenil. Por que só agora as editoras despertaram-se para tal filão? Sabemos que elas são ávidas por lucros, de modo que, após a conquista de diversos prêmios pela Literatura de Cordel, ficaram de olho grande no segmento. Assim, vemos surgir o nome de grandes poetas, tais como: Arievaldo Viana, Marco Haurélio, Rouxinol de Rinaré, Fábio Sombra, Varneci Nascimento, César Obeid e João Gomes de Sá. Podemos também apreciar o trabalho do cartunista e cordelista Klévisson Viana e do ilustrador Jô de Oliveira.

Os cordelistas não desprezam as novas modalidades agregadas à Literatura de Cordel, pois sabem que não há como deter os avanços tecnológicos. Para a maioria deles, há três elementos que precisam ser mantidos e deles não abrem mão: a rima, a métrica e o sentido. Sem eles, estaria morta a saborosa Literatura de Cordel. Estamos juntos nesta luta.

Beto Brito (imagem) – rabequeiro-nordestino, cordelista-brasileiro, cresceu no meio das feiras livres no interior do Piauí, Santo Antonio de Lisboa, cidade onde nasceu e viveu até o início de sua adolescência. Aos doze anos mudou-se para Picos, onde continuou sua vida de vendedor ambulante na feira do Mercado Central. Sempre no convívio com violeiros, cegos, repentista, mágicos, romeiros, coquistas, emboladores e vendedores ambulantes daquela região. Com dezessete anos resolveu buscar os sonhos da música e da literatura, deixou a cidade de Picos e foi morar em várias capitais do Nordeste e, finalmente na Paraíba, onde reside e desenvolve sua arte.

 Fontes de pesquisa:
Cordel e Viola/ Fábio Sombra
http://www.suapesquisa.com/cordel/

POR QUE LITERATURA DE CORDEL?

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Os poetas ou os vendedores de folhetos, ainda na Europa, precisavam viajar muito para venderem suas mercadorias. Assim, saiam de feira em feira à cata de quem as comprasse. Logo que chegavam a uma cidade ou vilarejo, escolhiam um bom local para expor as folhas volantes, normalmente na praça. É bom que não nos esqueçamos de que carregavam, junto com os folhetos, rolos de barbante, também conhecidos por cordel ou cordão, que tinham a finalidade de expor os artigos à venda, uma vez que seria muito oneroso carregar prateleiras ou qualquer outro tipo de móvel. Os cordéiss eram esticados de um ponto a outro, normalmente entre duas árvores ou postes, e neles eram dependuradas as folhas soltas ou os livretos abertos ao meio, comumente presos com pregadores de roupa.  Portanto, o nome “cordel” está ligado à forma de como eram comercializados em Portugal.

No Brasil, os poetas ou os vendedores preferiam carregar seus folhetos em malas de papelão ou couro, postando-as em cavaletes, durante a venda dos artigos, que aqui eram chamados de “folhetos de feira” ou simplesmente de “folhetos”. Somente quando ganharam os meios acadêmicos é que os folhetos receberam o nome de Literatura de Cordel e assim passando a ser conhecidos em todo o país.

O livrinho com Literatura de Cordel traz a história em versos, impressa em papel barato, normalmente de cor amarelada, e, geralmente possui entre 8 e 24 páginas. O desenho da capa é feito, na maioria das vezes, em xilogravura (Trata-se de uma antiga técnica que tem sua origem na China. O desenho é entalhado na madeira, deixando em relevo a parte que será reproduzida. A seguir, o xilogravurista, ou xilógrafo, passa tinta na parte em relevo e depois usa um tipo de prensa para exercer pressão sobre a madeira no papel, revelando a imagem. Como o desenho sai ao contrário do que foi talhado, o xilógrafo terá que ter muita atenção.). A modernidade já vem fazendo com que a xilogravura seja substituída pelos recursos gráficos do computador.

O uso do “acróstico” é outra característica da literatura de cordel. É colocado nos últimos versos do texto. É a forma como o autor assina seu nome: cada letra inicia um verso.

A riqueza dos temas encontrados na Literatura de Cordel é imensa, pois, como gosto não se discute, o melhor é tentar abranger o maior número de assuntos possível: episódios históricos, lendas, romance, ficção, humor sarcástico, temas religiosos, profanos e políticos. Os temas também navegam ao sabor do momento vivido, pegando carona nos assuntos em voga, como notícias regionais ou nacionais. Quem nunca ouviu contar, através do cordel, as histórias de Lampião e seu bando ou sobre o suicídio do presidente Getúlio Vargas? Estes dois assuntos são campeões de vendagem dos livretos no passado.

Nota: Imagem copiada de clubedahistoria.com.br

Fontes de pesquisa:
Cordel e Viola/ Fábio Sombra
http://www.suapesquisa.com/cordel/

LITERATURA DE CORDEL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A poesia de cordel é uma das manifestações mais puras do espírito inventivo, do senso de humor e da capacidade crítica do povo brasileiro, em suas camadas modestas do interior. O poeta cordelista exprime com felicidade aquilo que seus companheiros de vida e de classe econômica sentem realmente. A espontaneidade e graça dessas criações fazem com que o leitor urbano, mais sofisticado, lhes dedique interesse, despertando ainda a pesquisa e análise de eruditos universitários. É esta, pois, uma poesia de confraternização social que alcança uma grande área de sensibilidade. (Carlos Drummond de Andrade)

A invenção da imprensa foi de grande valia para os travadores medievais, pois, além das apresentações que faziam, ainda podiam ganhar mais dinheiro ao final, vendendo o texto impresso de seus poemas (cantigas). Inicialmente, os impressos tratavam apenas de folhas soltas e, por isso, eram chamadas de “folhas volantes”, em Portugal.

Quando os colonizadores portugueses aportaram em nossas terras, trouxeram consigo aquilo que passara a ser tradição no país de origem: a tradição de seus poetas cantores e os vendedores de folhetos. Logo a moda começou a se espalhar pelo interior de nosso país, encontrando maior difusão no sertão nordestino. E, a partir do século 19, as histórias em verso deixaram de ser apresentada em folhas soltas, para se transformarem em livretos encadernados. Três grandes nomes da Literatura de Cordel destacaram-se naquela época: Ugolino Nunes da Costa, Germano da Lagoa e Leandro Gomes de Barros, o grande mestre de Pombal, que, inclusive, possui livros publicados por editoras, ao lado de João Martins de Atahyde.

Embora seja conhecida em todo o país, a Literatura de Cordel tem sua maior produção e aceitação no Nordeste brasileiro, especialmente nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará, estando também presente nos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo, onde vivem muitos imigrantes nordestinos. No Brasil ela aportou, vinda do país lusitano, primeiro na Bahia, em Salvador, primeira capital da nova nação e ponto de convergência natural de todas as culturas que aqui chegavam, e dali se irradiou pelo Nordeste.

A Literatura de Cordel é, portanto, um gênero literário popular que se originou a partir de relatos orais e depois escritos, que vem desde o Renascimento, século XVI, quando foi popularizada a impressão, chegando até nossos dias. No início, eram também apresentadas peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente.

A Academia Brasileira de Literatura de Cordel foi fundada em Setembro de 1988 no Rio de Janeiro. Poetas brasileiros famosos no gênero: Apolônio Alves dos Santos, Firmino Teixeira do Amaral, João Ferreira de Lima, João Martins de Athayde, Leandro Gomes de Barros e Manoel Monteiro. Poetas mais recentes, podemos citar: José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo, Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira. Um dos poetas da Literatura de Cordel e que mais sucesso fez até os dias de hoje foi o inesquecível Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Supõe-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles estão João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.

Fontes de pesquisa:
Cordel e Viola/ Fábio Sombra
http://www.suapesquisa.com/cordel/
Wikipédia