AS QUATRO ESTAÇÕES / OS QUATRO ELEMENTOS (Aula nº 62 B)

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Autoria de Lu Dias Carvalho  
 (Clique nas gravuras para ampliá-las.)

O pintor italiano Giuseppe Arcimboldo nasceu durante a transição do Renascimento para o Maneirismo, portanto, é normal encontrar em sua obra influência das duas correntes. Criou um estilo original com imaginativos retratos e alegorias. Era muito talentoso e culto, um estudioso das ideias filosóficas dos antigos gregos. Era também arquiteto, cenógrafo e engenheiro. Apesar da fama que teve em vida, foi esquecido após sua morte, passando praticamente despercebido durante os séculos XVII e XVIII. No século XX vários artigos sobre ele foram publicados. Foi descoberto pelos artistas e os surrealistas viram nele um precursor do Surrealismo. Segundo alguns estudiosos da arte, são possíveis de encontrar, ainda que superficialmente, semelhanças de sua arte nas obras de Salvador Dalí e Max Ernest. Atualmente é cada vez maior o interesse por suas obras. Ele não pintou apenas quadros estranhos e fantásticos, mas também obras tradicionais, muitas delas perdidas no tempo, infelizmente.  O artista tem sido estudado por historiadores e críticos de arte que têm encontrado dificuldades em identificar suas obras, pois ele quase nunca as assinava, além de repetir suas séries, apenas fazendo algumas pequenas modificações. As duas obras que estudamos hoje estão entre as mais conhecidas. Primeiramente é necessário acessar o link Giuseppe Arcimboldo – QUATRO ESTAÇÕES / QUATRO ELEMENTOS e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer pertinente.

  1. As obras estudadas são alegorias referentes às estações e aos quatro elementos. Todas as afirmativas abaixo explicando o que é uma alegoria estão corretas, exceto:

    1. Exposição de um pensamento sob forma literal.
    2. Ficção que representa uma coisa para dar ideia de outra.
    3. Metáforas significando uma coisa nas palavras e outra no sentido.
    4. Diz-se do sentido, da linguagem ou do estilo que se valem do hipotético.

  2. No que diz respeito às alegorias não podemos afirmar que:

    1. As alegorias não foram invenções de Giuseppe Arcimboldo.
    2. A novidade encontra-se na forma como o artista representou-as.
    3. Antes dele já houve cabeças compostas com diversos objetos.
    4.  As primeiras alegorias apareceram durante o Renascimento.

  3. Arcimboldo pintou a primeira série das Quatro Estações, composta por “Primavera”, “Verão”, “Outono” e “Inverno” em 1563. Infelizmente a obra intitulada …………… dessa primeira série perdeu-se.

    1. Primavera
    2. Verão
    3. Outono
    4. Inverno

  4. Sobre as quatro telas de Quatro Estações não podemos afirmar que:

    1. O pintor fez outras séries com grandes diferenças, todas elas com o mesmo nível de qualidade e criatividade.
    2. O tamanho das quatro telas é igual e todas ostentam uma guirlanda de flores em volta da figura.
    3. A grinalda possui forma quadrangular e existe a hipótese de que tenha sido agregada à tela depois.
    4. O fundo escuro das telas dá projeção às figuras.

  5. O artista criou a série os Quatro Elementos que diz respeito aos quatro elementos da natureza que são:

    1. terra, fogo, água e mineral
    2. terra, fogo, água e ar
    3. terra, fogo, água e vegetal
    4. terra, fogo, água e animal

  6. As séries Quatro Estações e Quatro Elementos possuem várias características comuns, começando pelo número quatro e pelas características pares: …………………. e pelas cabeças que se encontrarem de perfil.

    1. frio, gelado; molhado e seco
    2. frio, quente; gasoso e seco
    3. frio, quente; úmido e seco
    4. frio, quente, molhado e seco

  7. As afirmativas acerca dessas duas séries estão corretas, exceto:

    1. O Imperador Maximiliano II recebeu-as de Arcimboldo em 1569.
    2. O Imperador muito as apreciou, postando-as em seu quarto de dormir.
    3. A criação dessas séries pôs em dúvida o talento do artista como pintor.
    4. A composição dessas séries tornou o artista muito conhecido em sua época.

  8. Na tela intitulada Outono, a cabeça da figura sai de dentro de um barril, amarrado com a vara tenra e flexível de um vimeiro, como se fosse uma vestimenta.

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. Uvas, folhas vermelhas de videira e uma jaca compondo a cabeça.
    2. Um figo maduro, estourado, fazendo as vezes de um brinco
    3. Uma romã cumprindo a função de um queixo.
    4. Um enorme cogumelo compondo o pescoço.

  9. Na tela intitulada Inverno, Arcimboldo usou o toco de uma árvore quase morta, com a casca soltando, para representar a estação. A figura assemelha-se a um velho, com nariz adunco e pele a soltar-se, com lábios inchados e boca desdentada. 

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. Um cogumelo (míscaro) colocado de viés para formar o queixo verruguento.
    2. Crostas da madeira compondo a face cheia de cicatrizes e pequenos galhos desprovidos de folhas dando vida à barba espetada.
    3. Uma espécie de tapete de palha com fibras grossas e ásperas servindo de agasalho para o velho, sendo possível vislumbrar no capacho um brasão.
    4. Uma laranja e uma maçã pendendo de um pequeno galho no pescoço, como se fosse uma gravata borboleta.

  10.  No quadro intitulado Primavera, quanto mais distante se colocar o observador da tela, mais perfeita será a figura humana. E quanto mais próximo ficar, mais se verá em meio a flores, folhas, pétalas e caules, pintados detalhadamente.

     São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. A vestimenta feita de um conjunto de plantas verdes que vai diminuindo de tamanho à medida que sobe em direção ao pescoço.
    2. O cabelo composto por um ramalhete de flores coloridas, com prevalência do rosa e do vermelho, e a orelha feita por uma tulipa vermelha.
    3. Dois pequenos botões de flores na base do corpo formam os botões vermelhos da roupa, sendo o nariz feito de um lírio ainda fechado.
    4. O rufo (tira de pano pregueada ou franzida que enfeita vestimentas) que separa o rosto da vestimenta é feito de flores brancas.

  11. Na composição denominada Verão, quanto mais próximo do quadro o observador ficar, mais se verá em meio a frutos e legumes, pois tudo ali é imaginário no que tange às partes da suposta figura humana.

    O artista escreveu seu nome:

    1. na sobrancelha e no nariz
    2. na bochecha e no queixo
    3. no ombro e na gola
    4. nos cabelos e na orelha

  12. Ao compor a cabeça da figura que representa o elemento Água, o pintor fez uso de inúmeras espécies de animais aquáticos.

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. Um caranguejo gigantesco, uma tartaruga e uma enorme concha, sobre a qual encontra-se uma grande arraia, parecem constituir a parte superior do corpo (o peitoral), formando uma espécie de armadura. Também são vistos uma lagosta, um sapo e várias conchas pequenas.
    2. Uma espécie de coroa ou chapéu cinge a parte superior da cabeça, tendo na sua composição: baleias, uma foca, um cavalo-marinho, uma estrela do mar, alguns peixes e corais.
    3. Um colar de pérolas brancas enfeita o pescoço, separando-o do tronco, uma arraia forma a bochecha e um tubarão oferece sua boca aberta e cheia de dentes para formar a boca da figura.
    4. A orelha, feita de um búzio, está ornada com uma pérola branca e uma cigarra-do-mar compõe a sobrancelha.

  13. Várias aves formam uma cabeça perfilada, representando o elemento Ar. Algumas delas são reconhecíveis, enquanto outras, das quais só se vê praticamente a cabeça, são difíceis de serem nominadas.

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. O ganso e as penas da cauda do galo assemelham-se a uma orelha e o peru com seu peito vermelho e inflado forma o nariz.
    2. O faisão, tendo parte do copo escondido pelas asas do galo, compõe o queixo e a barba e uma pequenina ave empresta seu olho para compor a pupila.
    3. O bico aberto do pato serve de pálpebras e um amontoado de aves com seus bicos perfilados e olhos abertos compõem a cabeça. No meio delas, mirando o observador, está uma coruja.
    4. A águia forma o pescoço da figura e a arara, com suas penas abertas, compõe a vestimenta, etc.

  14. Ao compor a cabeça da figura masculina representando o Fogo, o pintor fez uso de inúmeros tipos desse elemento que vão desde a luz de uma vela ou lamparina às armas de fogo mais poderosas, como o canhão.

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. O rosto é formado por um enorme seixo e o nariz e a orelha por dois pedaços de aço que, ao serem friccionados contra a pederneira, produz fogo.
    2. O pescoço e o queixo são criados por uma lamparina a óleo, o bigode por dois maços de fósforos. Canos de armas, canhões e uma colher de uso para pólvora compõem o tronco.
    3. Uma vela de cera, enrolada, compõe a testa com suas rugas e um toco de vela com o pavio queimado serve de olho. O colar do “Tosão de Ouro” (representativo de uma ordem importante da época) separa a cabeça do tronco.
    4. Uma pilha de lenha em chamas compõe os cabelos, sendo que as chamas formam uma coroa em torno da cabeça e uma gigantesca vela que vai até a cabeça ajuda a compor o pescoço.

  15. Ao compor a cabeça da figura masculina representativa da Terra, o pintor fez uso de inúmeras espécies de animais.

    São alguns exemplos desta alegoria, exceto:

    1. Compõem a testa: uma gazela, um leopardo, um cão, um antílope e um cervo vermelho. Acima da testa estão um camelo, um leão e um cavalo, um boi reclinado e uma corça formam a curvatura do pescoço.
    2. Compõem o pescoço na parte de trás: um cabrito-montês, um rinoceronte, uma mula, um macaco, um urso e um javali. Compõem a zona anterior: um elefante (responsável por formar a orelha), um burro, logo abaixo do elefante, formando o maxilar inferior.
    3. Formam a parte frontal da face: um lobo com a boca aberta e prestes a engolir um rato, cuja boca escancarada faz a vez de um olho, sendo o rato a sua pupila. O rabo e uma perna do bode são responsáveis por comporem o bigode. Nas costas do lobo está uma lebre que representa o nariz.
    4. A cabeça de um gato representa o lábio superior. O tigre, sustentado pela tromba do elefante, forma o queixo, e essa mesma tromba forma o lábio inferior. Um lagarto sai da boca aberta da figura composta, formando a língua. Um carneiro e um leão formam o tronco.

  16. Observando o terceiro quadro à direita, você deduz que seu nome é:

    1. Figura Sentada do Verão
    2. Figura Sentada do Inverno
    3. Figura Sentada do Outono
    4. Figura Sentada da Primavera

Gabarito
1.a / 2.d / 3.c / 4.a / 5.b / 6.d / 7.c / 8.a / 9.d / 10.b / 11.c / 12.a / 13.d / 14.b /15.c / 16.a

Obs.: Conheça mais sobre a vida do artista acessando o link abaixo:
Mestres da Pintura – GIUSEPPE ARCIMBOLDO

4 comentaram em “AS QUATRO ESTAÇÕES / OS QUATRO ELEMENTOS (Aula nº 62 B)

  1. Marinalva Autor do post

    Lu
    O artista é mesmo um ser muito especial! Sua criatividade não tem limites. O pintor Giuseppe Arcimboldo nos mostra isso. Precursor do Surrealismo participou do Maneirismo ou da Alta Renascença. Suas pinturas, compostas de frutas, legumes, animais e objetos exóticos nos permitem entrever figuras humanas, se olhadas com atenção. Começou pintando afrescos, mas foi o seu uso inusitado dos elementos da natureza em suas pinturas que lhe trouxe fama. Foi dono de uma maneira de pintar muito inteligente e criativa.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Marinalva

      O pintor Giuseppe Arcimboldo era mesmo dono de uma mente muito criativa, como mostram as suas obras. Conheça outros trabalhos do artista acessando este site. Encontrará muitos quadros interessantes que seguem o mesmo padrão dos estudados.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  2. Adevaldo R. de Souza

    Lu
    Muito intrigante as obras de Giuseppe Arcimboldo que são recheadas de simbolismos. Será que o aspecto antropomórfico em suas obras nos quer mostrar que somos o que comemos? Sobre a obra “Figura Sentada do Verão” Arcimboldo usou todas as técnicas da arte do Renascimento, ensinadas no curso: profundidade, perspectiva, composição, tratamento da luz e efeitos das cores fortes.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Adevaldo

      As obras desse artistas são mesmo bem intrigantes. Veja outros trabalhos dele no nosso site tão sugestivos quanto os mostrados nesta aula. Ele realmente pintava muito usando alimentos.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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