Arquivo da categoria: Estilos da Arte

A Arte possui vários estilos ou tendências, cada um com uma filosofia ou objetivo comum, seguido por um grupo de artistas durante um certo período de tempo. Eles são classificados separadamente pelos historiadores de arte para facilitar o entendimento.

OS MOSAICOS DA IGREJA DE SÃO VITAL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A Igreja de São Vital, situada na cidade de Ravena, na Itália, e construída lá pelo meio do século VI, é tida como uma das obras-primas da arquitetura da arte bizantina, capaz de deixar o visitante extasiado. Além da beleza das diferenças entre luz e sombra, os mosaicos ali existentes são um esplendor à parte.

A técnica do mosaico (imagens formadas a partir de pastilhas coloridas, normalmente de vidro, unidas com gesso) tão incorporada pela arte bizantina, originou-se da técnica romana, na qual se distinguiam os artistas orientais, no entanto, havia diferenças entre uma arte e outra.

Na semi cúpula da abside da Igreja de São Vital, de frente para o observador, na parte que representa o Céu, estão cinco figuras. No meio, está Cristo, sentado sobre um globo azul, representando o Universo. Ele usa uma usa túnica de um tecido purpurino, bordada em ouro e cheia de estrelas. Com o braço direito estendido, traz na mão a coroa de Imperador do Cosmo e um bastão dourado, e na esquerda, o Evangelho. Representado como o Imperador do Mundo, o Evangelho que segura simboliza a lei através da qual governa. Abaixo do globo, na parte verde representando a natureza, estão quatro pequenos rios que parecem fluir de seu trono. Simbolizam os rios da graça divina que dão vida ao campo coberto de flores, onde se destacam os lírios.

Cristo está ladeado por dois arcanjos vestidos de branco, como se ali estivessem para zelar pelo seu imperador. À direita do Redentor, logo após o anjo, encontra-se São Vital, padroeiro da Igreja. Ele está elegantemente vestido. Em sinal de humildade, esconde suas mãos sob o manto bordado. No lado contrário, também depois do anjo, está o bispo Ecclesius da cidade de Ravena, usando os paramentos religiosos e trazendo nas mãos o modelo da igreja de São Vital.

Como uma característica da arte bizantina, as figuras são rígidas e as expressões faciais mostram grande imobilidade. O fundo dourado demonstra o esplendor da riqueza. Abaixo do mosaico em questão encontram-se dois outros. No da esquerda está o Imperador Justiniano e no da direita a Imperatriz Teodora. Quanto à coroa na mão de Cristo há também a interpretação de que esteja sendo entregue a São Vital, coroado como mártir.

Fontes de pesquisa
Para entender a arte/ Maria Carla Prette
História da Arte Ocidental/ Editora Rideel
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.sacred-destinations.com/italy/ravenna-san-vitale&prev=search

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Teste – A ARTE GREGA I

Autoria de Lu Dias Carvalho

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

Por volta de 700 a.C. um grupo de cidades-estados, dentre as quais se encontravam Esparta, Atenas, Corinto e Tebas, uniram-se, formando a célebre Grécia Antiga. Da junção dessas cidades, governadas pela aristocracia culta e amante da arte, nasceu um estilo arquitetônico primoroso que deu vida a algumas das mais belas estátuas de pedra esculpidas na história da arte. A escultura grega foi responsável por determinar o padrão da escultura ocidental durante um período de 2.500 anos. Os escultores gregos buscavam nos seres humanos o modelo para suas criações naturalistas e tridimensionais. Elas também retratavam os ideais de beleza física, força e coragem. Na pintura os artistas gregos criaram grandes murais, sendo que desses, poucos resistiram ao tempo.

1. Os artistas gregos criaram três estilos bem conhecidos de arquitetura que podem ser mais bem identificados no padrão escultórico das colunas e seus capitéis (coroamentos decorativos das colunas).

Relacionadas com tais estilos, marque a alternativa incorreta:

a) Ordem dórica (coluna e capitel são os mais simples);
b) Ordem jônica (coluna e capitel em voluta, ou seja, espiralado);
c) Ordem coríntia (coluna estreita e estriada e capitel em voluta e folha de acanto);
d) Ordem compósita (coluna quadrada com capitel oval).

2. A acrópole (cidade alta) era edificada na parte mais alta de um terreno onde, em caso de invasão, seria defendida com mais facilidade. Era também tida como um local sagrado. A Acrópole de Atenas é a mais famosa do mundo. Ali estão outras edificações célebres como:

a)  Partenon e  Erecteion.
b)  Partenon e  Coliseu.
c)  Erecteion e Epidaurus.
d)  Epidaurus e Coliseu.

3- Os templos gregos, ao serem construídos, tinham por objetivo servir de moradia para os deuses, sendo esses representados por estátuas sagradas. O Partenon (ou Partenão), construído em mármore branco e com a estátua da deusa grega esculpida em ouro e marfim, foi dedicado à deusa patrona da cidade de nome:

a) Afrodite.
b) Atena.
c) Ártemis.
d) Anteia.

4- Foram os gregos os responsáveis por criarem o teatro moderno ocidental. Em relação a este assunto, todas as afirmativas abaixo estão corretas, exceto:

a) As festas religiosas celebravam o deus Dionísio.
b) Cantos e danças faziam parte dos rituais festivos.
c) Esses rituais transformaram-se em peças de teatro.
d) Os teatros ficavam dentro de grandes templos.

5- Dentre os grandes nomes da escultura da Grécia Antiga encontra-se:

a) Michelangelo.
b) Rodin.
c) Fídias.
d) Donatelo.

6- Os gregos antigos foram exímios no trabalho com cerâmica. Através das obras que sobreviveram é possível verificar o grande talento que possuíam para o desenho, a pintura e a criação artística. Um dos trabalhos mais famosos e, que em 1900 foi derrubado por um guarda do museu, quebrando em 638 pedaços, tendo passado por duas restaurações, foi:

a) O Vaso François.
b) A Taça de Vinho com Alças.
c) O Vaso de Hércules em Combate.
d) A Ânfora com Fundo em Vermelho.

7- No período antigo da arte grega, os artistas desenvolveram o modelo de um homem jovem, sempre representado rigidamente nu, cuja beleza encontrava-se na perfeição do corpo atlético. Esse modelo era chamado de:

a) homine.
b) efebo.
c) varão.
d) kouros.

8- Os atletas gregos gozavam de grandes privilégios. Durante a primeira idade clássica passaram a servir como modelos, sendo suas formas menos rígidas. Todas as alternativas relativas a eles estão corretas, exceto:

a) A cultura atlética foi pouco importante para as artes visuais.
b) Os vencedores dos jogos olímpicos eram tidos como heróis.
c) O corpo dos vencedores era tido como a imagem da perfeição divina.
d) Uma coroa de oliveira adornava a cabeça dos vencedores.

9- Ao contrário dos atletas, as korai (plural de kore ou koré, jovem mulher) não eram apresentadas nuas, mas usando uma túnica que lhes cobria o corpo recatadamente.

Sobre essas imagens femininas pode-se dizer que:

a) Eram ofertadas à deusa Atena, protetora da cidade.
b) Representavam belas jovens que viviam em meio ao povo.
c) Muitas traziam na mão uma romã ou uma flor de açafrão.
d) Eram feitas na pedra bruta, sem receber cor alguma.

10- A famosa escultura denominada “O Discóbolo” ou “O Lançador de Disco” (ver imagem acima) foi criada pelo famoso escultor grego de nome:

a) Lísipo.
b) Praxíteles.
c) Policleto.
d) Míron.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE GREGA (I)

A ARTE GREGA (II)
Teste – O PERÍODO CLÁSSICO
O LANÇADOR DE DISCOS

Gabarito
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Pieter Bruegel, o Velho – JOGOS INFANTIS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Jogos Infantis é uma obra do pintor Pieter Bruegel, o Velho, na qual ele mostra a importância de ter sido um pintor de miniaturas, ao agregar numa única tela, cuidadosamente organizada, mais de 230 figuras humanas, fato muito comum em suas pinturas. O artista tornou-se conhecido por suas obras, ao retratar o cotidiano dos camponeses — gente pela qual nutria grande admiração — tanto no trabalho quanto nos festejos. Mais uma vez Bruegel repassa a impressão de que o quadro foi pintado de cima, estando ele a olhar a cena embaixo, como acontece com várias de suas pinturas. Embora tenha pintado outros quadros que retratam a vida camponesa, Jogos Infantis é o único que apresenta predominantemente crianças, o que era incomum naquele período.

Pieter Bruegel nesta sua pintura miniaturiza adultos, transformando-os em crianças, fato comum na iconografia medieval. As crianças variam de bebês a adolescentes. O artista representa um grande número de jogos e atividades lúdicas (em torno de 83) do século XVI, sendo muitos deles identificáveis e ainda usados até os dias de hoje, como as seguintes brincadeiras: pernas de pau, roda, pular corda, rodar aros, cavalo de pau, cata-vento, cabra-cega, pular carniça, soprar bexiga, esconde-esconde, jogar castelo, andar de cadeirinha, boneca, pião, cavalinho, boca de forno, bolhas de sabão, cabo de guerra, e outros tantos mais.

Algumas diversões são calmas, enquanto outras são mais agressivas. Muitas crianças brincam tranquilamente, mas há grupos envolvidos em puxões de cabelo, luta livre e brincadeiras violentas. Um dos grupos está se divertindo com um jogo em que alguém corre pelo meio de um túnel de crianças, tendo todas elas a chutar-lhe as pernas, numa espécie de corredor polonês. Nenhuma atividade mostra-se mais importante do que a outra nesta obra do artista. O rio com suas margens, à esquerda, alivia de certa forma a cena abarrotada de crianças.

Para melhor observação do leitor, listo alguns exemplos das brincadeiras: próximo à cerca vermelha um grupo de 11 crianças simula um casamento. A noiva, usando uma roupa escura que mais se parece com uma batina, traz uma coroa na cabeça, sendo ladeada por duas personagens. Atrás dela segue o séquito e à frente duas garotas levam um grande cesto com pétalas de flores que vão sendo espalhadas à passagem do grupo festivo. Também chama a atenção em primeiro plano a presença de dois grandes barris e aros, usados para entretenimento. Na janela da casa, à esquerda, uma criança usa uma máscara, tentando chamar a atenção dos que se encontram abaixo. Na parte inferior, à esquerda da tela, na entrada do edifício, três crianças cobertas com mantos seguem em procissão atrás daquela que leva um suposto bebê para ser batizado.

Nenhum espaço fica imune ao enxame infantil, espalhado por toda a imensa tela, ocupando praça, ruas, casas, jardins e até mesmo o rio e suas margens. As crianças que se encontram em primeiro plano são bem maiores, as demais vão diminuindo de tamanho, à medida que se distanciam do observador. Elas ocupam o grande edifício que domina a praça, que pode ser uma prefeitura ou algum outro edifício cívico importante, possivelmente enfatizando a moral comum da época que rezava que os adultos que dirigem os assuntos cívicos são como crianças aos olhos de Deus.

As roupas infantis são coloridas, havendo a predominância das cores vermelha e azul que mais chamam a atenção. As cores alegres contrastam com o fundo amarelado da composição. São bem pequenas as diferenças fisionômicas entre uma criança e outra, assim como há pouca variação nas vestimentas. Ainda assim, a pintura não se mostra monótona, pois a postura dos corpos denota movimento, não havendo dois elementos iguais em toda a composição.

A falta de informações sobre quem encomendou a obra levou ao debate sobre o significado existente por trás da pintura.  E são inúmeras as teorias. Uma delas afirma que se trata de um ensinamento moral que usa os jogos infantis como metáfora para mostrar a loucura dos adultos. Uma ideia oposta, baseada na teoria humanista do século 16, argumenta que a pintura mostra a importância das brincadeiras no desenvolvimento infantil.

Ainda quanto ao significado da pintura, existe também a ideia de que esta composição tenha sido a primeira de uma série de pinturas representando a Idade do Homem, sendo essa a representação da “juventude”. Se foi esta a intenção do artista, é provável que não houve prosseguimento, pois não existe referência de pinturas relacionadas ao tema, ou seja, às idades madura e velhice. Uma outra teoria revela que as crianças, focadas em suas brincadeiras, possuem a mesma seriedade demonstrada pelos adultos em suas atividades supostamente mais importantes, aos olhos de Deus, ou seja, os jogos dos filhos possuem tanto significado quanto as atividades de seus pais.

O fato é que tal quadro vem passando por inúmeras leituras e interpretações ao longo dos tempos, inclusive é um manual dos divertimentos e recreações da Europa Medieval, muitos dos quais continuam presentes nos dias de hoje. Veja abaixo:

Atenção leitor – a leitura deste texto vem batendo recordes dia após dia, ano após ano. Gostaria que deixasse na parte de “comentários” o porquê de ter chegado até ele, para que eu possa desenvolver uma tese sobre o assunto. Por favor, dê-me seu feedback.

Ficha técnica
Ano: 1560
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 118 x 161 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann
https://chnm.gmu.edu/cyh/primary-sources/332
Bruegel/ Editora Cosac e Naify

 

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Teste – A ARTE EGÍPCIA

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(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

A antiga civilização egípcia durou três mil anos, tendo iniciado em cerca de 3100 a. C. e finalizado com a morte da rainha Cleópatra, após a ocupação romana. Tal civilização primava pela sofisticação, sendo governada pelos faraós, tidos como deuses vivos. O povo egípcio era politeísta e acreditava na vida após a morte. Em razão disso, quase todo o trabalho artístico e criativo estava ligado a tal crença. A religião dominava as ações políticas e também o funcionamento das classes sociais. Tratava-se de uma das civilizações mais adiantadas da época. Portanto, antes que a Ciência se fizesse presente, a religião sempre esteve atrelada à Arte, como se pode ver na civilização egípcia, cuja organização era feita de modo que a religião fosse responsável por determinar as ações políticas e a função das classes sociais, o que, consequentemente, exercia influências nas formas de arte daquele povo.

1- Desde o início da civilização egípcia seus artistas já se mostravam exímios escultores. Um dos traços marcantes da arte egípcia diz respeito ao fato de:

a) ter sofrido poucas modificações através dos tempos.
b) modelar suas esculturas só na pedra chamada basalto.
c) fazer esculturas apenas dos faraós e suas famílias.
d) não seguir nenhum tipo de convenções artísticas.

2- A escrita egípcia foi criada cerca de 3000 a.C., sendo muito usada em textos religiosos. Era conhecida como “hieróglifo” que significa escrita:

a) dos sábios.
b) religiosa.
c) sagrada.
d) dos deuses.

3- O hieróglifo somente foi decifrado depois de 1799, quando foi encontrada no Egito uma pedra denominada:

a) Pedra Negra de Caaba.
b) Pedra Rosetta.
c) Pedra Blarney.
d) Rocha de Ayer ou Uluru.

4- Os faraós eram mostrados nas esculturas como seres humanos sem imperfeições, tendo corpos esbeltos e belos, porque eram:

a) tidos como deuses do Monte Olimpo.
b) dirigentes do povo egípcio.
c) exigentes na confecção das obras de arte.
d) tidos como grandes profetas.

5- Tutancâmon (ver imagem acima) é chamado de “O Rei Menino”, pois começou a governar aos oito anos de idade, tendo morrido aos 18. Dentre as afirmações abaixo sobre ele, uma é falsa:

a) Seu túmulo foi encontrado quase intacto no Vale dos Reis.
b) Sua máscara mortuária era toda em prata maciça.
c) Os ladrões de túmulo não encontraram o túmulo do faraó.
d) Entre os objetos encontrados havia até carruagens e cestaria.

6- O corpo mumificado de Tutancâmon foi depositado em três caixões, colocados um dentro do outro, todos exibindo o formato do corpo do rei, segurando os símbolos reais. São afirmações verdadeiras sobre ele, exceto:

a) Seus símbolos reais eram a bengala, o mangual e o livro sagrado.
b) A máscara funerária foi colocada sobre sua múmia no caixão interno.
c) Os caixões, externo e do meio, eram de madeira banhada a ouro.
d) O caixão interno, onde estava a múmia, era feito de ouro maciço.

7- Na parte superior da máscara mortuária de Tutancâmon estão dois símbolos representando seu governo sobre todo o Egito (Baixo Egito e Alto Egito). Os animais ali representados são:

a) uma serpente e um falcão.
b) uma serpente e uma águia.
c) um escaravelho e um dragão.
d) um escaravelho e um gato.

8- Ao representarem os faraós com sua máscara mortuária, os artistas egípcios usavam um método especial.

Marque a resposta correta:

a) Quanto mais velhos eram, mais trabalhada era a máscara.
b) As máscaras podiam ser em ouro, prata ou cerâmica.
c) Pedras semipreciosas não podiam ser usadas nas máscaras.
d) A face de todas as máscaras trazia a mesma expressão.

9- Todas as normas abaixo eram obedecidas pelos artistas egípcios, exceto:

a) As estátuas sentadas deviam ter as mãos nos joelhos.
b) A aparência de cada deus egípcio era rigorosamente estabelecida.
c) A arte da bela escrita também fazia parte do aprendizado do artista.
d) Anubis, o deus dos ritos dos funerais, era representado como um falcão.

10- É tido como um dos mais famosos papiros já encontrados, tanto pelo seu tamanho, quanto pelas representações gráficas das diferentes fases do julgamento que acontece no mundo dos mortos e por ser um dos mais completos. Encontra-se no Museu Britânico e conhecido como:

a) O Livro dos Mortos do Escriba Ani.
b) O Livro dos Mortos do Faraó Miquerinos.
c) Os Escritos Mortuários de Nefertiti.
d) Os Escritos Mortuários de Tutancâmon.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE EGÍPCIA
A ARTE ANTIGA DOS EGÍPCIOS
O LIVRO DOS MORTOS
O LIVRO DOS MORTOS DO ESCRIBA ANI

Gabarito
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Van der Goes – O TRÍPTICO PORTINARI

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O Tríptico Portinari, obra do artista Hugo van der Goes, é tão grande, que necessitou de 16 homens para depositá-lo na igreja de Santo Egídio, fundada em 1288 por Folco Portinari, onde foi definitivamente alojado em 1483. Foi doado por Tommaso Portinari, parente do fundador da igreja. O tríptico (Aurélio: Obra de pintura ou de escultura, constituída de um painel central e duas meias-portas laterais capazes de se fecharem sobre ele, recobrindo-o completamente) apresenta três histórias, ocorridas em diferentes lugares e tempos. Nele estão presentes: o nascimento de Cristo (no centro), a viagem de Maria e José a Belém (no fundo, à esquerda) e  a jornada dos três Reis Magos desde o Oriente (no fundo, à direita).

Como era comum à época, o artista representou o doador e sua família no tríptico,  protegidos por seus santos de devoção, em tamanho bem superior ao dos membros da família, conforme tradição medieval.

Na parte direita do tríptico encontra-se Maria, esposa de Tommaso, ajoelhada, tendo logo atrás de si a filha Margherita. Ela usa um rigoroso traje escuro, com chapéu cônico e arranjos em dourado, próprios da corte de Borgonha, à época. Mostra-se melancólica e cansada. A filha usa trajes parecidos, e traz os cabelos doirados a cair-lhe pelas costas. Santa Margarida, usando um manto vermelho, traz um livro nas mãos e sob um dos pés a cabeça do dragão, que, conforme a lenda, tentou devorá-la. Ela é a padroeira de Maria, enquanto Maria Madalena, com seu principal atributo, o frasco de unguento com o qual untou os pés de Jesus, é a protetora da pequena Margherita.

À esquerda está o patronoTommaso Portinari, ajoelhado, vestindo um longo manto escuro, com os filhos Antonio e Pigello, também ajoelhados atrás de si. São Tomás, carregando a lança, que o transpassou , é o protetor de Tommaso Portinari; Santo Antônio, portando um sino e um rosário, é o responsável por Antonio, enquanto o pequeno Pigello não possui um protetor, o que leva a crer que não tinha nascido, quando o projeto da obra já havia sido terminado, sendo acrescido depois.

A paisagem apresentada por Hugo van der Goes retrata um inverno nórdico, onde se vê um céu cinzento e árvores nuas, na meia-porta à direita, e uma rocha hostil, onde se encontra Maria, apoiada por José, e o burro, na meia-porta à esquerda. O caminho dificultoso representa o sofrimento pelo qual passará a Virgem. O painel central , denominado Adoração dos Pastores, retrata o nascimentodo Menino.

Nota: Conheça o painel central A ADORÇÃO DOS PASTORES

Ficha técnica (totalidade do painel)
Ano: c. 1475
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 253 x 586 cm
Localização: Galleria degli Uffizi, Florença, Itália

Fontes de pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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Munch – O GRITO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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                                    (Clique nas imagens para ampliá-las.)

Eu caminhava pela estrada com dois amigos. O sol estava se pondo. De repente, o céu ficou vermelho-sangue. Exaurido, eu me recostei na balaustrada e fiquei ali parado, tremendo de medo, enquanto meus amigos seguiam caminhando. Eu senti um grito agudo e interminável atravessar a paisagem. (E. Munch)

Ele se impressionava ao ver os animais sendo abatidos e o lamento dos pacientes do hospintal. (Sue Priedeaux)

A composição expressionista O Grito, obra do norueguês Edvard Munch, foi inspirada num ataque de pânico sofrido pelo artista, enquanto caminhava com dois amigos. Nela estão explícitos os tormentos psicológicos do pintor. Munch tinha o costume de fazer várias versões de seus quadros. E com O Grito não foi diferente. Existem quatro versões da composição que apresentam mínimas mudanças, mas em todas está presente este sentimento universal, que tanto abala a humanidade – a angústia. É por isso que o personagem principal não apresenta sexo, idade ou identidade. A figura maior, aqui exposta, é a mais conhecida de todas as versões.

O Grito traz-nos a impressão de que produz som através das ondas de choque à direita. E o som é tão agudo que o personagem tapa os ouvidos, fica com o corpo desvirtuado e grita. Atrás dele caminham calmamente outros dois personagens que não apresentam nenhuma mudança física ou comportamental, totalmente alheios aos acontecimentos vivenciados pela figura principal. Conclui-se, portanto, que o grito agudo e assustador do personagem central é ocasionado apenas por sua mente, sem nenhuma correlação com o espaço físico. O pavor vivenciado por ele é tão grande que seu copo físico sofre uma repentina mudança: torna-se alongado e o rosto toma a forma de uma caveira, com os olhos saltados e a boca aberta. Seus olhos encaram o observador que também é envolvido pelo terror.

A cena ocorre num golfo estreito e profundo de Oslo, na Noruega, entre montanhas altas. Próximo dali estava um matadouro e um hospício onde estava internada a irmã do pintor. As linhas onduladas do golfo e do céu contrastam com a diagonal com forte declive da estrada e com um pôr do sol perturbador em cores quentes, contrastando com o azul do rio, cor fria, que ultrapassa a linha do horizonte. Tudo resulta num efeito vertiginoso, torto, excetuando a ponte e as duas personagens ao fundo, o que leva muitos críticos a sugerir que Munch tenha tido um ataque de agorafobia. Ele criou outras obras semelhantes, nas quais ficam visíveis a representação simbólica da morte e da solidão, temas sempre presentes em sua vida. Ao longe na baía veem-se pequenos barcos à vela. É como se a natureza se condoesse com o grito do personagem central e com ele interagisse.

O Grito demonstra o medo e a solidão do Homem, mesmo em meio a um cenário natural que não representa nenhum perigo para ele. E esse grito, ainda que mudo, ecoa desde a baía até o céu, numa violência dinâmica de linhas. Munch acabou por pintar quatro versões de seu quadro, para substituir as cópias que ia vendendo. Ele o pintou quando a psicanálise começava a ficar no auge e, por isso, a pintura logo passou a simbolizar as agruras da alma e, com os desacertos da vida moderna passou também a representar desde o estresss do cotidiano às fobias ecológicas, passando a traduzir qualquer forma de aflição. Para alguns críticos, O Grito é a mais forte representação visual da sensação de receio e apreensão, sem motivo aparente, na história da arte. Encontra-se entre as pinturas mais conhecidas em todo o mundo.

Curiosidades sobre a obra

• A composição O Grito tornou-se tão forte na história da arte, que ganhou espaço na cultura pop. Pode ser vista no cartaz do filme Esqueceram de Mim e na máscara do assassino da série de terror denominada Pânico.

• Em 2012, segundo noticiário em todo o mundo, a quarta versão original dessa obra, que se encontrava em mãos de certo proprietário particular, chegou num leilão à cifra estupenda de 119,9 milhões de dólares, tornando-se O Grito o maior recordista de preço num leilão de arte.

• A obra de Munch, O Grito, em versões diferentes, foi roubada duas vezes de museus da Noruega em 1944 e 2004, trazendo comoção e mais fama ao trabalho do artista norueguês.

• O sucesso desta obra, enquanto ícone cultural, teve início após a Segunda Guerra Mundial. Com sua popularização O Grito tornou-se um dos quadros mais reproduzidos tanto em pôsteres como em objetos.

• Foi capa da revista Time em 1961, ilustrando os temas sobre culpa e ansiedade.

• O artista pop Andy Warhol em 1980 também usou a obra, ao dedicar-lhe uma série de trabalhos.

• O personagem Hortelino no filme Looney Tunes de Volta à Ação, faz uma expressão semelhante à do quadro numa cena.

• A série de desenho Os Simpsons mostra o quadro duas vezes: em 1993 e 2005.

• O quadro aparece na série Os Feiticeiros de Waverly Place, do Disney Channel, etc.

Ficha técnica
Ano:1893
Técnica: óleo, têmpera e pastel em cartão
Dimensões: 91 x 73,5
Localização: Nasjonalgalleriet, Oslo, Noruega

Fontes de pesquisa
Os pintores mais influentes…/ Editora Girassol
Munch/ Editora Paisagem
Revista Veja/ 9-05-2012
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Grito_%28pintura%29

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