Arquivo da categoria: Estilos da Arte

A Arte possui vários estilos ou tendências, cada um com uma filosofia ou objetivo comum, seguido por um grupo de artistas durante um certo período de tempo. Eles são classificados separadamente pelos historiadores de arte para facilitar o entendimento.

Teste – A ARTE GÓTICA

Autoria de Lu Dias Carvalho

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

A Idade Média deu origem aos estilos românico e gótico. Em razão das mudanças políticas e econômicas que vinham acontecendo nos séculos anteriores houve uma profunda revolução na Arte, surgindo o estilo gótico que teve sua origem na França, sendo também identificado como a “Arte das Catedrais”.

  1. Uma das características do estilo gótico é a verticalidade, cujo objetivo era:

    1. levar a ideia de suntuosidade;
    2. diminuir o gasto com materiais;
    3. remeter à proximidade com Deus;
    4. espalhar a fé cristã entre os gentios.

  2. O período em que o estilo Gótico se fez presente era dominado:

    1. por forte espiritualidade.
    2. por grandes eventos catastróficos.
    3. pelo crescimento do ateísmo.
    4. pela crença nos deuses mitológicos.

  3. Um exemplo de construção nesse estilo é a catedral de Notre-Dame, situada em:

    1. Roma (Itália).
    2. Amsterdã (Holanda).
    3. Berlim (Alemanha).
    4. Paris (França).

  4. O _____________, criado no Oriente, foi muito usado nas catedrais góticas:

    1. mármore
    2. vitral
    3. granito
    4. mosaico

  5. Ao penetrar nas igrejas através de vidros coloridos, a luz propiciava aos cristãos uma atmosfera de:

    1. intimidade.
    2. seriedade.
    3. afetividade.
    4. espiritualidade.

  6. No que diz respeito aos vitrais, todas as alternativas estão corretas, exceto:

    1. Adornavam os palácios de reis e nobres.
    2. Exibiam apenas temas religiosos.
    3. Mostravam cenas de passagens bíblicas.
    4. Os temas retratados deviam instruir os devotos analfabetos.

  7. O estilo Gótico foi o precursor do estilo:

    1. Românico.
    2. Egípcio.
    3. Renascentista.
    4. Bizantino.

  8.  São dois grandes nomes da pintura gótica:

    1. Leonardo da Vinci e Picasso.
    2. Giotto di Bondone e Jan Van Eych.
    3. Salvador Dalí e Masaceo.
    4. Vincent Van Gogh e Caravagio.

  9. O predomínio da dimensão vertical sobre a horizontal é a principal característica da arquitetura gótica. A maior igreja gótica existente ainda hoje é:

    1. Cúpula da Rocha (Jerusalém/Israel).
    2. São Francisco (Assis/Itália).
    3. Duomo de Milão (Milão/Itália).
    4. Notre-Dame (Paris/França).

  10. A arte gótica diz respeito à:

    1. Idade Média.
    2. Antiguidade.
    3. Idade Contemporânea.
    4. Idade Moderna.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes ao estilo:
A ARTE GÓTICA
Giotto – A LAMENTAÇÃO DE CRISTO
Irmãos Limbourg – AS MUITO RICAS HORAS

Pintor Anônimo – O DÍPTICO DE WILTON

Simone Martini – CRISTO CARREGANDO A CRUZ

Van der Goes – O TRÍPTICO PORTINARI
Van Eyke – OS ESPONSAIS DOS ARNOLFINI

Weyden – DEPOSIÇÃO DA CRUZ

Gabarito
1.c/ 2.a/ 3.d/ 4.b/ 5.d/ 6.a/ 7.c/ 8.b/ 9.c/ 10.a

Views: 381

Teste – A ARTE ROMANA

Autoria de Lu Dias Carvalho

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

A arte da Antiguidade subdivide-se em quatro estilos: Egípcio, Grego, Romano e Bizantino. A arte Romana recebeu influências das culturas grega e etrusca. É interessante notar que para os romanos aquilo que era belo também deveria ter uma utilidade. Na arquitetura fizeram construções práticas assim como na comunicação, estradas, esgotos, viadutos, aquedutos, etc. Embora este estilo tenha sido quase extinto, a descoberta de cidades soterradas tem trazido belos exemplos da arte daquela época da Antiguidade.

  1. O mais belo e famoso anfiteatro romano é conhecido como:

    1. Templo de Castor e Polux.
    2. Coliseu.
    3. Arco de Tito.
    4. Panteão.

  2. O —————— era uma das técnicas de pintura que os romanos utilizavam. Era feita sobre parede ou teto, com tinta diluída em água sobre revestimento ainda fresco e úmido.

    Indique a alternativa correta:

    1. aquarela
    2. sfumato
    3. têmpera
    4. afresco

  3. Um dos aspectos típicos e mais originais da arquitetura romana é a capacidade técnica de:

    1. cobrir enormes espaços.
    2. levantar andares.
    3. usar blocos de pedras.
    4. suprimir degraus.

  4. Enquanto os gregos da época clássica se destacaram ao sustentar seus templos com fileiras de colunas, os romanos destacaram-se na construção de:

    1. pontes.
    2. templos.
    3. abóbadas.
    4. colunas.

  5. Os anfiteatros eram estruturas tipicamente romanas. Sua fama triste está ligada:

    1. à morte de imperadores.
    2. ao sacrifício das vestais.
    3. à morte de homens e animais.
    4. ao sacrifício de crianças.

  6. Inúmeros objetos e elementos de decoração foram encontrados nas cidades escavadas de:

    1. Pompeia e Herculano.
    2. Herculano e Florença.
    3. Pompeia e Veneza.
    4. Herculano e Roma.

  7. Os romanos nutriam grande admiração pela escultura grega que buscava um ideal de beleza, entretanto criaram a técnica do retrato, ou seja, esculturas que reproduziam o ser humano. Esses retratos eram criados:

    1. de acordo com a mitologia romana.
    2. levando em conta a Renascença.
    3. segundo o ideal grego.
    4. com a maior fidelidade possível.

  8. É tida como uma obra-prima da escultura e da propaganda política:

    1. Anfiteatro Flaviano.
    2. Coluna Trajana.
    3. Cúpula do Panteão.
    4. Basílica de Constantino.

  9. O cristianismo também exerceu influência na pintura romana. Seus adeptos pintavam cenas bíblicas:

    1. nos muros.
    2. nos anfiteatros.
    3. nas igrejas.
    4. nas catacumbas.

  10. Apenas uma das alternativas descreve uma das características da arquitetura romana:

    1. Grande uso de granito e mármore;
    2. Grandeza material para transmitir a ideia de força;
    3. Presença de sobriedade e racionalidade das formas;
    4. Presença de grandes mosaicos nos muros.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE ROMANA

ESTÁTUA EQUESTRE DE MARCO AURÉLIO
VILLA DEI MISTERI

Gabarito
1b/ 2d/ 3a/ 4c/ 5c/ 6a/ 7d/ 8b/ 9d/ 10b

Views: 339

Teste – A ARTE GREGA II

Autoria de Lu Dias Carvalho

(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)

A intensa vida cultural, cívica e política da Grécia Antiga fez dela um canteiro propício para a arte. O homem era valorizado, visto como indivíduo e essa concepção humanística refletiu em todos os campos da arte grega. Um exemplo disso é o homem retratado pelas esculturas. As estátuas mostram-no em toda a sua beleza, no auge da juventude. As artes visuais foram influenciadas pela cultura atlética, ligada aos jogos olímpicos. O corpo dos atletas era visto como a imagem da beleza e da perfeição divina. É por isso que a grande maioria das esculturas eram masculinas uma vez que as mulheres não participavam dos jogos olímpicos. Quando houve a fusão do bronze, os escultores tiveram a oportunidade de fazer obras ainda mais detalhadas em razão da maleabilidade do novo material, passando a representar o movimento e o impulso vital da figura humana.

  1. Os gregos cultuavam___________, o pai dos deuses, portanto o mais importante e poderoso do panteão, conhecido na mitologia romana como Júpiter.

      1. Baco
      2. Marte
      3. Apolo
      4. Zeus

  2. ————– foi tido como o mais importante dos escultores gregos da Antiguidade:

      1. Miron
      2. Policleto
      3. Fídias
      4. Donatello

  3. Todas as alternativas abaixo, relativas à arte grega, estão corretas, exceto:

      1. Os governantes das cidades-estados eram aristocratas cultos, ligados à arte.
      2. O valor do homem como indivíduo era colocado em destaque na arte.
      3. A escultura na Grécia antiga estava ligada à cultura atlética.
      4. As esculturas femininas predominavam em razão do ideal esportivo.

  4. Todas as alternativas abaixo relativas à escolha da figura humana na arte grega estão corretas, exceto:

      1. Simbolizava muitas qualidades divinas ou sobre-humanas.
      2. A nudez masculina simbolizava o homem ideal e Apolo (deus da beleza).
      3. A mais famosa imagem feminina na arte grega é Vênus (deusa da beleza).
      4. Somente homens atléticos podiam assistir às peças teatrais.

  5. A Acrópole (cidadela construída em local elevado, com finalidades defensivas ou para a instalação de edifícios sagrados ou civis) era o símbolo visual das cidades gregas. A mais importante delas está situada na cidade de:

      1. Atenas.
      2. Cairo.
      3. Alexandria.
      4. Florença.

  6. A pintura grega figurava em paredes, estatuárias e cerâmicas que eram adornadas com imagens que representavam:

      1. atividades pastoris e deuses egípcios.
      2. atividades diárias e cenas mitológicas.
      3. figuras de jogos e de guerras.
      4. cenas com os deuses romanos.

  7. Ao contrário da escultura egípcia que era estática, o estatuário grego apresentava:

      1. perfeição de formas e movimentos.
      2. desequilíbrio entre virtudes físicas e morais.
      3. movimento e imperfeição.
      4. cores fortes e contrastantes.

  8. O teatro teve origem no culto a Dionísio, o deus mitológico do vinho, sendo dividido em tragédia e comédia.

    Assinale a resposta incorreta:

    1. A tragédia retratava a religião ou a saga dos heróis.
    2. A comédia criticava a política e as intrigas amorosas e familiares.
    3. Fídias, Ésquilo, Sófocles foram os mais conhecidos autores da tragédia.
    4. Aristófanes foi o maior representante da comédia.

  9. Eram instrumentos tradicionais da época:

    1. violão e cítara
    2. cítara e piano
    3. lira e violoncelo
    4. lira e cítara

  10. O classicismo (arte das antigas Grécia e Roma) influenciou os artistas do:

    1. Modernismo.
    2. Rococó.
    3. Renascimento.
    4. Barroco.

Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE GREGA (I)

A ARTE GREGA (II)

O LANÇADOR DE DISCOS

Teste – A ARTE GREGA I
Teste – O PERÍODO CLÁSSICO

Gabarito
1d/ 2c/ 3d/ 4d/ 5a/ 6b/ 7a/ 8c/ 9d/ 10c

Views: 15

Signac – CAPO DI NOLI

Autoria de Lu Dias Carvalho

Libertemo-nos. Nosso objetivo deve ser o de criar harmonias belas. (Paul Signac)

O pintor neoimpressionista francês Paul Signac (1863–1935) era filho único de um comerciante. Teve grande importância na criação da técnica de pintura denominada pontilhismo. Junto ao seu amigo Georges Seurat, a quem ensinou tal técnica, fundou a Sociedade dos Artistas Independentes. Eles são tidos como os dois grandes nomes do chamado Movimento do Divisionismo, também conhecido como Pontilhismo ou Neoimpressionismo – estudo científico da cor e da divisão sistemática do tom, antes praticado instintivamente pelos artistas impressionistas. Gostava de pintar principalmente paisagens. Exerceu influência sobre o Fauvismo e o Cubismo. O artista era um autodidata. Aprendeu sobre o Impressionismo apenas observando suas obras.

A composição intitulada Capo di Noli (nome de uma cidade italiana próxima de Gênova) é uma obra harmoniosa do artista, na qual ele obtém uma extrema policromia ao usar cores intensas e luminosas, fazendo uso de pinceladas horizontais e verticais. Enquanto os penhascos, à esquerda, e a vegetação, à direita, recebem pinceladas verticais, o caminho e o mar tranquilo são criados com pinceladas horizontais. Também existem pequenas manchas (céu próximo ao horizonte) e pinceladas diagonais que se cruzam (próximo ao primeiro plano). Este tipo de aplicação da cor pura foi responsável por influenciar os pintores do início do século XX – fauves na França e expressionistas na Alemanha.

A pintura representa uma região mediterrânea com rochedos brancos e vermelhos à esquerda, árvores verdejantes à direita, um horizonte violeta claro ao fundo, céu e mar azuis e sombras com pingos dourados pela luz do sol. Duas figuras humanas estão presentes na cena (um homem e uma mulher). Nove barcos a vela estão ancorados no mar. Ramalhetes de folhas e flores estão embutidos nos rochedos brancos.

Nesta paisagem o que importa ao artista é a textura de cor, diferentemente dos impressionistas que buscavam a impressão de uma cena natural. O arranjo de toques de cores, como se elas formassem um mosaico, quando olhado à distância, cria na retina do observador a visão de uma paisagem ensolarada e atemporal.

Ficha técnica
Ano: 1898
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 91,5 x 73 cm
Localização: Wallraf-Richartz-Museum, Fundação Corboud, Alemanha

Fontes de Pesquisa:
Impressionismo/ Editora Taschen
https://www.wallraf.museum/en/collections/19th-century/masterpieces/paul-signac-capo-di-noli-1898/the-highlight/
https://es.wikipedia.org/wiki/Capo_di_Noli,_cerca_de_Génova

Views: 27

Friedrich – CAMINHANTE SOBRE UM MAR…

Autoria de Lu Dias Carvalho

A arte é finita, finitos são o conhecimento e a capacidade de todos os artistas. (Caspar David Friedrich)

 Caspar David Friedrich foi um dos maiores pintores do sublime no paisagismo romântico. (Antony Mason)

 Fecha teu olho corpóreo para que possas antes ver tua pintura com o olho do espírito. Então traz para a luz do dia o que viste na escuridão, para que a obra possa repercutir nos outros de fora para dentro. (Friedrich)

O pintor e escritor romântico alemão Caspar David Friedrich (1774 – 1840) era filho de um fabricante de sabão e velas. Estudou com Jens Juel, dentre outros, na Academia de Copenhague. A seguir foi trabalhar em Dresden como pintor de cenografia, onde se tornou amigo de muitos pintores do movimento romântico alemão, entre os quais se encontravam Georg Friedrich Kersting e Carl Gustave Carus. Ali retomou a pintura em tela. Foi membro da Academia de Berlim e da de Dresden.

Friedrich apreciava pintar paisagens, contudo, sem se ater a uma construção objetiva das mesmas. Em vez de criar uma representação objetiva da natureza em seus trabalhos,  procurou inserir em suas obras pensamentos e percepções metafísicas experimentadas por ele – um artista contemplativo. É tido como o criador da pintura paisagística alemã. Nutria uma grande reverência pela natureza. Acreditava que ela era dona de um poder grandioso e generosamente permitia ao homem dela desfrutar, mas com reverência.

A composição intitulada Caminhante sobre um Mar de Bruma – também conhecida como Viajante Observa um Mar de Bruma ou Andarilho Acima da Névoa ou ainda Montanhista em uma Paisagem de Neblina – é uma obra-prima do artista contemplativo que gostava de retratar a dramaticidade da natureza. Esta pintura é tida como uma das obras mais representativas do Romantismo. Nos últimos dois séculos a imagem transformou-se num ícone cultural. Tem sido dito que sua pintura traz embutido em si um significado simbólico, embora esse esteja muitas vezes imperceptível. Baseando-se nesta concepção, a pintura acima poderia simbolizar a decaída da esperança na Europa em razão das guerras napoleônicas.

A solitária figura humana – ampliada no que diz respeito à cena – de costas para o observador, encontra-se em primeiro plano, observando a paisagem alpina que se desenrola à sua frente. Parte do céu está coberta por nuvens. Ao fundo, próximo ao horizonte, o céu começa a mostrar-se luminoso.

O homem está vestido com um casaco verde-escuro sobre uma camisa verde-claro e botas. Encontra-se de pé, ereto, sobre um monte de escuras rochas escarpadas. Seu olhar ultrapassa o mar de brumas para se fixar ao longe, onde se erguem montanhas azuladas, semicobertas pelo nevoeiro que começa a dissolver-se. Ele segura uma bengala, apoiada na rocha, com a mão direita. Seus cabelos dourados estão revoltos pelo vento.

Friedrich apresenta aqui uma constante em seu trabalho que era o ato de contrastar espaços próximos e distantes. Entre a figura humana e o distante pico ele criou um denso mar de névoa que deixa alguns rochedos sobressaírem-se aqui e acolá, repassando um clima de grande mistério e trazendo uma sensação de isolamento, perda e infinito. A presença do homem é paradoxal, pois ao mesmo tempo em que mostra seu domínio sobre a paisagem, também deixa claro a sua insignificância – como ser humano – em meio a ela. Ele parece reverenciar a natureza, mas também deixa impressa a sua solidão.

Ficha técnica
Ano: 1817/18
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 98,4 x 74,8 cm
Localização: Hamburguer Kunsthalle, Hamburgo, Alemanha

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Ed. Könemann
Romantismo/ Editora Taschen
https://www.artsy.net/article/artsy-editorial-unraveling-mysteries-caspar-david-friedrichs-

Views: 34

Simone Martini – CRISTO CARREGANDO A CRUZ

Autoria de Lu Dias Carvalho

Simone Martini (c. 1284 -1344) foi um dos mais famosos mestres do Gótico de Siena, tendo sido muito admirado em sua arte. Trabalhou para o Rei Roberto d’Anjou e foi amigo do poeta Francisco Petrarca. Recebeu influências dos pintores Duccio e Giotto e do escultor Giovanni Pisano, assim como da arte francesa. Sua obra tornou-se admirada pela elegância, sensibilidade e lirismo, ultrapassando as fronteiras italianas. É também tida como a mais importante do século XIV.

A sua composição intitulada Cristo Carregando a Cruz é um pequeno painel que antigamente fazia parte de um retábulo representativo da “Paixão de Cristo”, mas que atualmente tem as suas partes separadas. Apesar de seu pequeno tamanho esta pintura apresenta inúmeros personagens. Os muros da cidade de Jerusalém — vistos em perspectiva de baixo — à esquerda, contrastam com a multidão que acompanha Cristo e que parece formar uma cruz. O grupo desce um declive. Um homem de chapéu ajuda a levar a Cruz, simbolizando toda a humanidade em seu sofrimento.

O grupo colorido de pessoas, algumas delas descendo uma escada, segue o Mestre que carrega uma pesada cruz de madeira, sendo empurrado por um verdugo e puxado pelo pescoço por outro em direção ao Gólgota. À sua esquerda um grupo de soldados armados com lanças está pronto para agir. O rosto humanizado de Jesus é de extrema angústia e tristeza. Ele usa um manto vermelho vivo com dourado na barra e nas mangas. Sua auréola maravilhosamente trabalhada paira atrás de sua cabeça. O Salvador é o foco da composição, postado na parte central inferior da pintura.

Usando um manto azul sobre um vestido vermelho segue a Virgem Maria com os braços erguidos em direção a Jesus, sendo interceptada pelo escudo de um dos inimigos de seu Filho — de costas para o observador —, usando uma vestimenta dourada muito bem trabalhada. Maria Madalena usa uma vestimenta vermelha e, ainda na escada, abre os abraços e a boca em sinal de grande sofrimento. Apóstolos e pessoas do povo seguem o Mestre, assim como seus inimigos. Duas crianças são vistas no canto inferior da composição.

Simone Martini em sua sensibilidade conseguiu criar diversos tipos de expressão: surpresa, tristeza, desespero, sofrimento, raiva, indiferença, bestialidade, etc. O artista também estabelece um diálogo pictórico entre Cristo e Maria Madalena, ao usar o mesmo vermelho brilhante de suas roupas.

Ficha técnica
Ano: c. 1335
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 25 x 16 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
image: http://www.rivagedeboheme.fr/medias/images/simone-martini.-le-portement-

Views: 29