Arquivo da categoria: História da Arte

O mundo da arte é incomum e fascinante. Pode-se viajar através dele em todas as épocas da história da humanidade — desde o alvorecer dos povos pré-históricos até os nossos dias —, pois a arte é incessante.

UMA DANÇA PARA A MÚSICA DO TEMPO (Aula nº 67 C)

Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                      (Clique na gravura para ampliá-la.)

O pintor francês Nicolas Poussin escolheu Roma como sua cidade adotiva, pois era um apaixonado pelo Classicismo. Estudou as estátuas clássicas com grande entusiasmo na intenção de que o conhecimento proporcionado por elas fosse capaz de ajudá-lo a criar obras nas quais pudesse mostrar, segundo sua concepção, a inocência e a dignidade vividas nas terras de antigamente. Segundo o escritor David Gariff, “Nicolas Poussin foi o principal defensor do Classicismo na pintura barroca europeia. (…) Suas pinturas exerceram enorme influência sobre a Academia Francesa por mais de um século, onde seus seguidores tornaram-se conhecidos como ‘poussinistas’”. O artista é tido como o mais destacado pintor francês do século XVII, fundador do neoclassicismo francês. Hoje estudamos esta pintura tida como uma obra-prima desse maravilhoso mestre do Barroco italiano. Primeiramente é necessário acessar o link Poussin – UMA DANÇA PARA A MÚSICA DO TEMPO e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. A obra em estudo contém em si um enigma intelectual, sendo voltada para:

    1. as emoções
    2. a razão
    3. as ilusões
    4. o sonho

  2. A composição de Poussin trata-se de um pequeno estudo sobre o destino, a condição de vida do homem e:

    1. o tempo
    2. o relógio
    3. as estações
    4. as idades

  3. Os quatro dançarinos (um homem e três mulheres) presentes na composição representam a Pobreza, a Riqueza, o Prazer (ou Ócio) e:

    1. a Esperança
    2. o Trabalho
    3. a Verdade
    4. a Bonança

  4. Os quatro estágios pelos quais normalmente passa o homem durante sua vida fugaz representam:

    1. a Roda da Fortuna
    2. a Roda de Samsara
    3. as Idades do Homem
    4. as Idades da História

  5. A dançarina que olha diretamente para o observador, como se o convidasse a fazer parte do grupo representa:

    1. a Riqueza
    2. a Pobreza
    3. o Prazer
    4. o Trabalho

  6. O dançarino que traz na cabeça uma coroa de louros e encontra-se de costas para o observador representa:

    1. a Riqueza
    2. a Pobreza
    3. o Prazer
    4. o Trabalho

  7. A dançarina que usa roupas simples e tem um lenço de linho a cobrir-lhe os cabelos representa:

    1. a Riqueza
    2. o Prazer
    3. a Pobreza
    4. o Trabalho

  8. A bailarina que traz uma coroa de pérolas que lhe enredam os cabelos representa:

    1. o Prazer
    2. a Pobreza
    3. o Trabalho
    4. a Riqueza

  9. O Prazer que simboliza a luxúria, o hedonismo e a ociosidade segura firmemente a mão:

    1. da Riqueza
    2. do Prazer
    3. da Pobreza
    4. do Trabalho

  10. O Trabalho segura a mão do Prazer e a:

    1. do Ócio
    2. da Pobreza
    3. do Trabalho
    4. da Riqueza

  11. Os dois personagens que se encontram descalços são a Pobreza e:

    1. o Trabalho
    2. a Pobreza
    3. o Prazer
    4. a Riqueza

  12. A mão esquerda da Pobreza está segura pela do Trabalho, enquanto com a mão direita ela tenta segurar a mão …………. que lhe parece fugir.

    1. do Prazer
    2. da Riqueza
    3. da Pobreza
    4. do Trabalho

  13. A Riqueza tem a mão direita segura pelo Prazer e hesita, com a esquerda, a segurar a mão:

    1. da Pobreza
    2. do Prazer
    3. da Riqueza
    4. do Trabalho

  14. 14.Um menininho nu, no canto esquerdo da composição, brinca com bolhinhas de sabão, o que enfatiza o conceito de “homo bulla” (homem bolha), ou seja, as bolhas lembram a ………………. da vida humana.

    1. frivolidade
    2. efemeridade
    3. individualidade
    4. dificuldade

  15. O menininho que se encontra no canto direito da composição tem na mãozinha direita ……………. que simboliza o passar do tempo.

    1. um destilador
    2. uma ampulheta
    3. uma bureta
    4. um condensador

  16. Uma figura alada nua e de barba e cabelos brancos toca para que o quarteto baile na dança da vida. Trata-se …………… e sua presença também representa a brevidade da vida.

    1. do Senhor da Vida
    2. do Dono de Tudo
    3. do deus Júpiter
    4. do Pai Tempo

  17. Todas as afirmativas sobre o pilar de pedra situado à direita da composição estão corretas, exceto:

    1. Trata-se do busto de Jano, ornamentado com colares de flores.
    2. O busto é duradouro, as flores são efêmeras, assim como o homem.
    3. O deus egípcio é representado em seu pedestal com duas cabeças.
    4. A cabeça mais jovem vê o futuro e a mais velha olha para o passado.

  18. No céu ………….., o deus do Sol, passa com o seu cortejo.

    1. Hermes
    2. Apolo
    3. Hades
    4. Zeus

  19. As Horas, fiéis servidoras do deus sol, seguem-no. Elas simbolizam ………….. que também passam, como se fossem uma dança, como a que acontece embaixo.

    1. as Horas
    2. as Estações
    3. o Universo
    4. os Planetas

  20. O deus sol carrega nas mãos um imenso círculo que não tem princípio e nem fim, representando:

    1. a Terra
    2. a Eternidade
    3. o Tempo
    4. o Paraíso

  21. À frente de Apolo e seu séquito está ……………, a deusa do amanhecer, a mostrar-lhe o caminho. Sua função é apanhar as nuvens escuras da noite e abrir a entrada da manhã. Ela espalha flores pelo caminho.

    1. Aurora
    2. Vênus
    3. Hera
    4. Héstia

  22. A dança desenvolve-se num movimento circular que por sua vez se encontra dentro de um:

    1. retângulo
    2. quadrado
    3. círculo
    4. triângulo

  23. A personagem simbolizando …………….. divide as duas figuras geométricas ao meio, ou seja, ela é a figura central da composição.

    1. o Prazer
    2. a Pobreza
    3.   a Riqueza
    4. o Trabalho

  24. Ao colocar em evidência as quatro figuras alegóricas que, de mãos dadas dançam numa roda com os corpos voltados para fora da roda e de costas umas para as outras, o pintor destaca o conceito de que:

    1. Existe bastante riqueza no mundo para suprir a ambição humana.
    2. As condições da vida formam opostos (Pobreza x Riqueza, Trabalho x Ócio).
    3. Se cada um pegasse o que quer, não haveria pobreza no mundo.
    4. As contingências da vida jamais nos obrigam a fazer escolhas.

  25. A técnica usa pelo pintor na criação desta pintura é:

    1. óleo sobre tela
    2. óleo sobre madeira
    3. afresco
    4. aquarela

Gabarito
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OS PASTORES DA ARCÁDIA  (Aula nº 67 B)

Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                      (Clique na imagem para ampliá-la.)

O pintor francês Nicolas Poussin, que escolheu Roma como sua cidade adotiva, era um apaixonado pelo Classicismo. Estudou as estátuas clássicas com grande entusiasmo na intenção de que o conhecimento proporcionado por elas fosse capaz de ajudá-lo a criar obras nas quais pudesse mostrar, segundo sua concepção, a inocência e a dignidade vividas nas terras de antigamente. A obra intitulada “Os Pastores da Arcádia” é uma de suas criações mais conhecidas e louvadas em todo o mundo, resultante dos anos a fio de seu estudo dedicado à arte greco-romana. Segundo o escritor David Gariff, “Nicolas Poussin foi o principal defensor do Classicismo na pintura barroca europeia. (…) Suas pinturas exerceram enorme influência sobre a Academia Francesa por mais de um século, onde seus seguidores tornaram-se conhecidos como ‘poussinistas’.” O artista é tido como o mais destacado pintor francês do século XVII, fundador do neoclassicismo francês. Hoje estudamos esta pintura tida como uma obra-prima desse maravilhoso mestre do Barroco italiano. Primeiramente é necessário acessar o link Poussin – PASTORES DA ARCÁDIA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. A obra em estudo pode ser classificada em três gêneros. Marque o incorreto:

    1. Mitológico
    2. Alegórico
    3. Bucólico
    4. Histórico

  2. Todas as afirmativas acerca da pintura estão corretas, exceto:

    1. Mostra-se como um corpo sólido e um padrão imaculado de beleza e harmonia.
    2. Tudo na composição apresenta-se no seu devido lugar, na medida exata.
    3. Apenas a colocação da lápide mostra-se casual e vaga em meio à paisagem.
    4. A obra repassa uma sensação de simplicidade natural, descanso e sossego.

  3. A cena acontece numa tranquila e luminosa paisagem, banhada pela luz quente:

    1. da tarde
    2. da manhã
    3. da madrugada
    4. do meio-dia

  4. Uma cadeia de montanhas perfila-se diante do horizonte, lembrando uma paisagem:

    1. mediterrânea
    2. andina
    3. alpina
    4. amazônica

  5. Três jovens e belos pastores, com seus cajados e coroas florais, e uma linda rapariga encontram-se diante de:

    1. uma pedra tumular
    2. uma funda cisterna
    3. um monumento egípcio
    4. uma entrada de caverna

  6. As quatro figuras são modeladas como se fossem estátuas:

    1. egípcias
    2. bizantinas
    3. clássicas
    4. góticas

  7. Provam que os três moços são pastores:

    1. as coroas florais e as sandálias
    2. as sandálias e os cajados
    3. as vestes curtas e os cajados
    4. as coroas florais e os cajados

  8. Um dos pastores, usando uma túnica azul e sandálias da mesma cor, tenta decifrar a inscrição epigráfica contida na lápide tumular, o que sugere ser ele:

    1. o mais curioso
    2. o mais culto
    3. o menos inibido
    4. o menos jovem

  9. Todas as afirmações relativas aos pastores estão corretas, exceto:

    1. O pastor à direita da composição usa um manto vermelho e sandália branca.
    2. O pastor situado à esquerda da tela usa um manto rosa e apoia-se no cajado.
    3. O pastor de vermelho traz o pé esquerdo apoiado numa das pedras do túmulo.
    4. O pastor com o cajado na mão direita encontra-se descalço, olhando para baixo.

  10. Acerca da jovem que acompanha os pastores não podemos afirmar que:

    1. Coloca sua mão direita sobre o ombro do pastor próximo a ela.
    2. Seu olhar está voltado para o pastor de pé à sua frente.
    3. Apresenta-se bem vestida com um traje azul-marinho e amarelo dourado.
    4. Traz os olhos fixos no pastor que decifra a inscrição da lápide tumular.

  11. Ela pode ser tida como …………. uma das nove musas — personificada como a musa da história e da criatividade ou a personificação da região da Arcádia.

    1. Clio
    2. Euterpe
    3. Tália
    4. Calíope

  12. É interessante notar que o braço do pastor que tenta decifrar a inscrição forma uma sombra na lápide, lembrando uma foice de cabo comprido — símbolo típico:

    1. do trabalho
    2. da lavoura
    3. dos pastores
    4. da morte

  13. “Memento mori” é uma expressão …………… que significa algo como “lembre-se de que você é mortal” ou “lembre-se de que você vai morrer” ou traduzido literalmente como “lembre-se da morte”.

    1. grega
    2. aramaica
    3. latina
    4. egípcia

  14. Esta composição é uma elegia sobre:

    1. a vida tranquila no campo
    2. a amizade entre as pessoas
    3. a transitoriedade da vida
    4. a importância de viver o “agora”

Gabarito
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A AURORA DE GUIDO RENI (Aula nº 67 A)

Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Guido Reni (1575–1642) foi aluno do artista holandês Denis Calvaert que vivia próximo a Bolonha, vindo depois a trabalhar com seu mestre. Também frequentou a Academia dos Carracci em Bolonha, onde viveu o resto de sua vida, embora tenha feito viagens a Roma, Ravena e Nápoles. Após a morte de Annibale Carracci ele veio a tornar-se mestre da pintura barroca em Bolonha, sendo que sua obra é composta por afrescos, narrativas mitológicas, retábulos e retratos. Hoje estudamos uma de suas pinturas, tida como uma obra-prima desse maravilhoso mestre do Barroco italiano. Primeiramente é necessário acessar o link Guido Reni – A AURORA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. A obra em estudo é:

    1. Bizantina
    2. Barroca
    3. Gótica
    4. Renascentista

  2. Ela é tida como uma ode:

    1. à luz
    2. às cores
    3. à perspectiva
    4. à mitologia

  3. Ela lembra os afrescos do pintor renascentista:

    1. Aniballe Carracci
    2. Michelangelo
    3. Rafael Sanzio
    4. Caravaggio

  4. Aurora é representada, segundo a mitologia, como:

    1. a ninfa do amanhecer
    2. a deusa dos raios
    3. a irmã do Sol
    4. a deusa da madrugada

  5. A Aurora tem como função:

    1. Acordar o Sol.
    2. Despertar a brisa.
    3. Anunciar o novo dia.
    4. Reforçar os sinais da noite.

  6. A Terra, que ainda se encontra escura, é vista no canto …………….. da composição.

    1.  inferior direito
    2. inferior esquerdo
    3. superior esquerdo
    4. inferior direito

  7. Aurora traz em cada uma de suas mãos uma guirlanda de:

    1. flores
    2. frutos
    3. ramagens
    4. estrelas

  8. Um cupido com um archote aceso simboliza:

    1. a Estrela Matutina
    2. a Lua
    3. o Orvalho da Manhã
    4. o Universo

  9. Suas vestes diáfanas destacam-se contra o …………….. das nuvens densas.

    1. violeta
    2. amarelo
    3. azul
    4. branco

  10. As grinaldas que traz nas mãos parecem ir abrindo caminho para:

    1. o orvalho
    2. a claridade
    3. os cavalos
    4. os cavalos

  11. A divindade solar, tida pela mitologia grega como deus da juventude e da luz,  além de possuir muitos outros atributos e funções, é extremamente bela e chama-se:

    1. Júpiter
    2. Ares
    3. Apolo
    4. Dionísio

  12. Essa divindade grega conduz o carro dourado ……….., puxado por quatro cavalos alinhados.

    1. da Lua
    2. de Marte
    3. de Vênus
    4. do Sol

  13. As deusas do ano, das estações climáticas e da ordem natural da natureza e atualmente da ordem humana e social são conhecidas como:

    1. Rainhas
    2. Horas
    3. Soberanas
    4. Magníficas

  14. Todas as afirmativas sobre tais deusas estão corretas, exceto:

    1. Estão personificadas nas figuras de oito belas mulheres.
    2. Elas ladeiam o carro, enquanto dançam sobre as nuvens.
    3. Estão de mãos dadas e vestem roupas coloridas.
    4. O grupo voa acima da paisagem, levando luz à Terra.

  15.  O afresco em estudo pertence ao início do século:

    1. XVI
    2. XVII
    3. XVIII
    4. XVIV

Gabarito
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MESTRES DO BARROCO – RENI, POUSSIN E LORRAIN (Aula nº 67)  

Autoria de Lu Dias Carvalho

   

                                            (Clique nas ilustrações para ampliá-las.)

Florença foi a cidade italiana — marcante do Renascimento, onde tal estilo ganhou vida e prosperou, espalhando-se pela Itália e pela Europa. Roma, porém, foi o berço do Barroco. Era tida como o centro cultural do mundo civilizado. Ali chegavam artistas de todas as partes da Europa, participando das discussões, estudando os mestres do passado e buscando apreender todas as inovações artísticas. A cidade também oferecia o melhor lugar para observar a pintura nos países que se vinculavam ao catolicismo romano. Não era apenas os artistas estrangeiros que buscavam aquela cidade, mas também os artistas que viviam dentro da própria Itália.

Guido Reni (1575-1642) veio de Bolonha para estudar na escola de Annibale Carracci. Houve um período em que sua fama, assim como a de seu mestre, era bem grande, competindo com a do renascentista Rafael Sanzio. Ao admirarmos a sua pintura — Aurora — (ilustração à esquerda) representando a Aurora e o deus Sol Apolo em seu carro, ao redor do qual as horas, representadas por belas moças, dançam, antecedidas por uma criança com um archote, simbolizando a estrela Matutina, veremos como essa bela representação do nascer do dia lembra certas obras de Rafael, artista que ele tanto admirava. Reni não copiava Rafael, pois dele se diferenciava em sua abordagem final. Ajudou a criar o programa da natureza “idealizada” (embelezada), levando em conta os cânones fixados pelas estátuas clássicas.

Nicolas Poussin (1594-1665) — artista francês que tomou Roma como sua cidade adotiva — foi um dos maiores mestres. Estudou as estátuas clássicas a fim de transmitir a visão da inocência e da dignidade de outrora, como pode ser observado em sua pintura acima — Et in Arcadia ego (E na Arcádia estou) —, ilustração central, representando uma tranquila e ensolarada paisagem meridional. Três jovens homens e uma jovem mulher reúnem-se em volta de uma lápide, buscando decifrar a inscrição epigráfica ali presente. Embora a disposição dos personagens mostre-se simples, a pintura exala um grande conhecimento artístico por parte do artista, capaz de repassar uma visão nostálgica e tranquila sobre a morte.

Claude Lorrain (1600-1682) — artista francês italianizado — foi outro grande nome do Barroco. Dedicou-se ao estudo da paisagem de Roma, estudando as planícies e colinas ao redor da cidade, fazendo uso de belas tonalidades meridionais e agregando os restos do passado clássico. Tornou-se um importante mestre da representação realista da natureza, acrescentando a ela uma visão sonhadora do passado. Sua pintura era embebida numa luz dourada ou numa atmosfera prateada. Foi ele o artista responsável por mostrar às pessoas a beleza sublime que emanava da natureza. Observem acima uma de suas maravilhosas paisagens — Paisagem com sacrifício a Apolo — ilustração à direita.

Exercício
1. O que representa a pintura Aurora de Guido Reni?
2. Quem são os personagens da obra de Poussin e o que observam?
3. Como eram as paisagens de Claude Lorrain?

Fonte de pesquisa
História da Arte/ E. H. Gombrich

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A CABEÇA DA MEDUSA (Aula nº 66 C)

Autoria de Lu Dias Carvalho                                                      (Clique na imagem para ampliá-la.)

Caravaggio — considerado o maior representante do estilo Barroco — foi mestre na arte de manipular o jogo de luz e sombra, o que confere um enorme grau de complexidade à sua obra. São poucos os quadros desse magistral pintor italiano que sobreviveram até os dias de hoje — 62 ao todo — e alguns deles ainda passam por avaliação de especialistas para que o período de produção e as condições em que foram realizados sejam comprovados. Na Galleria degli Uffizi, Medusa está entre as 25 obras mais importantes do palácio, onde se encontram, dentre outras, a Vênus de Botticelli. Caravaggio pintou duas versões da cabeça da Medusa. A primeira em 1596 e a segunda, presumivelmente, em 1597/1598. A primeira versão é também conhecida como Murtula, devido ao poeta que escreveu sobre ela. Foi encontrada no estúdio do pintor somente depois de sua morte. Hoje estudamos tal pintura, tida como uma obra-prima desse maravilhoso mestre do Barroco italiano. Primeiramente é necessário acessar o link Caravaggio – CABEÇA DE MEDUSA e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1.  A temática da obra Cabeça de Medusa é:

    1. Religiosa
    2. Histórica
    3. Científica
    4. Mitológica

  2. Conta a lenda ………………. que Medusa, uma das três irmãs Górgonas (as outras duas eram: Esteno e Euríale), petrificava com o olhar todo aquele que olhasse para ela.

    1. romana
    2. bizantina
    3. grega
    4. escandinava

  3. O herói Perseu usou um artifício para enganá-la fazendo uso de:

    1. uma espada
    2. um escudo
    3. uma máscara
    4. um espelho

  4. Medusa é tida como a deusa da estratégia e da guerra justa e também da sabedoria, de modo que esta obra nasceu como:

    1. um escudo de desfile
    2. um adorno de biblioteca
    3. um amuleto de campanha
    4. um presente de guerra

  5. A obra em estudo repassa ao observador a ilusão de que a cabeça de Medusa deixa a tela para se projetar no espaço real em que ele se encontra, de modo que o escudo convexo ilusoriamente transforma-se em côncavo, repassando a impressão de que a tela é feita em:

    1. 2D
    2. 3D
    3. 4D
    4. 5D

  6. O retrato da Górgona é de origem clássica, mas Caravaggio recria uma nova Medusa, extremamente realista, cuja força de expressão continua impressionando quem a observa, pois sua cabeça decepada parece ganhar vida própria, com suas …………… contorcionistas.

    1. serpentes
    2. enguias
    3. lagartas
    4. minhocas

  7. É provável que para pintar Medusa com sua expressão aterradora, o pintor italiano tenha se inspirado na expressão agonizante e aterrorizada daqueles que:

    1. morriam de peste
    2. eram envenenados
    3. eram executados
    4. morriam afogados

  8. São descrições da Medusa do pintor Caravaggio, exceto:

    1. Olhos esbugalhados que parecem saltar das órbitas.
    2. Boca ovalada, aberta e paralisada, como se soltasse um longo grito de terror.
    3. Língua e dentes aparentes e testa franzida em razão do terror sentido.
    4. Maçãs do rosto salientes e o sangue vivo sendo vertido abundantemente.

  9. O que mais chama a atenção na obra Cabeça da Medusa é:

    1. sua crueldade
    2. sua fantasia
    3. seu realismo
    4. seu colorido

  10. A dramaticidade encontrada nas obras de Caravaggio dá-se pelo uso da técnica:

    1. do chiaroscuro
    2. da perspectiva
    3. do escorço
    4. do afresco

  11. Na técnica usada por Caravaggio ele trabalha com contrastes entre:

    1. as cores primárias
    2. as cores terciárias
    3. luzes e matizes
    4. luzes e sombras

  12. Caravaggio pintou pelo menos três telas famosas que exibem cenas de decapitação: ……………….., Salomé com a cabeça de João Batista e Davi com a cabeça de Golias.
    1. Os Trapaceiros
    2. Judite e Holofernes
    3. Crucificação de São Pedro
    4. A Morte da Virgem

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JUDITE E HOLOFERNES (Aula nº 66 B)

Autoria de Lu Dias Carvalho

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) nasceu no calmo povoado de Caravaggio, próximo à cidade de Milão e cujo nome acabou por incorporar-se ao seu nome. Também existe a hipótese de que o pintor tenha nascido em Milão. Aos cinco anos de idade vivia em Milão — cidade ocupada pela Espanha — com seus pais. Além das tensões geradas pela ocupação estrangeira, a fome e a peste também se faziam presentes. Em razão da peste a família do futuro pintor retornou ao povoado de Caravaggio que também acabou sendo alcançado pela doença que ceifou a vida do pai, do avô e do tio do garoto. Sua mãe optou por permanecer ali com os filhos, distanciando-se do fanatismo religioso e da violência política que se espalhavam por Milão. O artista foi um dos grandes responsáveis pelo início do período barroco, tendo deixado uma grande contribuição para a arte da pintura. Hoje vamos estudar uma de suas obras mais famosas. Primeiramente é necessário acessar o link Caravaggio – JUDITE E HOLOFERNES e ler o texto com muita atenção, sempre voltando a esse quando se fizer necessário.

  1. Os antecessores de Caravaggio retrataram o tema que diz respeito a Judite e Holofernes no momento em que:

    1. Holofernes entraga-se a Judite.
    2. Judite mostra a cabeça decepada num prato.
    3. Holofernes é apunhalado por Judite.
    4. Judite foge da tenda do general.

  2. Caravaggio, um pintor extremamente realista, preferiu mostrar o ato em si, ou seja, o momento em que:

    1. Judite decepa a cabeça do general Holofernes.
    2. Judite foge correndo da tenda de Holofernes.
    3. Holofernes faz amor com Judite.
    4. Os soldados do general prendem Judite.

  3. Marque a alternativa incorreta, levando em conta informações do próprio pintor:

    1. Um ferreiro posou para Holofernes.
    2. Uma bailarina posou para Judite.
    3. Uma prostituta posou para Judite.
    4. Ele assistiu a muitas execuções públicas.

  4. A tela em estudo retrata a cena em que Judite, revoltada com as ameaças do general assírio Holofernes a seu povo, aproveita-se de seu estado de embriaguez para seduzi-lo e depois matá-lo.  Ela o executa:

    1. no campo de batalha
    2. na entrada da tenda
    3. diante de seus soldados
    4. dormindo em sua cama

  5. A heroína segura o general pelos cabelos e decepa-lhe a cabeça, entregando-a para a serva que a joga dentro de:

    1. um saco de provisões
    2. uma grande bacia
    3. uma velha arca
    4. um embornal com peixes.

  6. Caravaggio, ao pintar a cena, não seguiu fielmente a versão bíblica. Dela diverge, quando, no momento do crime traz ……………… para perto de Judite

    1. Holofernes
    2. a serva
    3. a espada
    4. o vigia

  7. As duas mulheres presentes na composição reforçam ……………. entre a força da juventude com as cicatrizes da velhice. A pele da heroína é sedosa e brilhante, a da serva é enrugada e opaca.

    1. a semelhança
    2. a analogia
    3. o contraste
    4. o paralelo

  8. Judite demonstra ……………. pelo modo como segura a espada e a cabeça de Holofernes e também …………. ao afastar seu corpo para trás, como se não quisesse se sujar com os respingos do sangue do tirano.

    1. indecisão / aversão
    2. firmeza / deleite
    3. dúvida / asco
    4. determinação / nojo

  9. A Judite de Caravaggio apresenta ao mesmo tempo:

    1. sensualidade, brutalidade e coragem
    2. passividade, brutalidade e coragem
    3. sensualidade, sensibilidade e coragem
    4. sensualidade, brutalidade e inquietude

  10.  Do nariz da jovem parte uma ruga que vai morrer no meio da testa, passando entre as sobrancelhas contraídas, demonstrando:

    1. dispersão e segurança
    2. concentração e sobressalto
    3. concentração e firmeza
    4. concentração e dúvida

  11. As alternativas abaixo acerca de Judite no momento do crime estão corretas, exceto:

    1. Seus olhos estão centrados no inimigo.
    2. Ela está ciente de que não pode cometer nenhum engano.
    3. O golpe é dado sem força na parte lateral do pescoço.
    4. Ela fica o mais próximo possível do corpo do inimigo.

  12. As afirmativas abaixo acerca do crime estão corretas, exceto:

    1. A maioria dos pintores representou Judite com a cabeça do tirano nas mãos.
    2. Caravaggio optou por não retratar o momento exato da decapitação do tirano.
    3. A espada já rompeu 2/3 do pescoço, embora a vítima ainda pareça estar viva.
    4. Esta composição de Caravaggio é cheia de realismo e crueza.

  13. As afirmativas abaixo acerca da composição estão corretas, exceto:

    1. A serva mostra-se mais próxima de Holofernes.
    2. Os personagens parecem emergir das sombras.
    3. O drama desenvolve-se num primeiro plano fechado.
    4. Uma cortina vermelha dá mais teatralidade à cena da execução.

  14. As alternativas abaixo dizem respeito a Holofernes, menos:

    1. Fachos de luz iluminam seus braços e a parte direita do rosto.
    2. O general agarra-se com desespero ao lençol ainda imaculado.
    3. Recebe o gesto sem força na parte lateral do pescoço.
    4. A vítima mostra olhos aterrorizados e sua boca aberta solta um grito.

  15. As alternativas abaixo dizem respeito à serva exceto:

    1. Atenta ao gestual de Judite não expressa horror ou comoção.
    2. Mostra aprovação, como se o ato fosse de vital importância.
    3. Nas suas mãos está o saco erguido, com a boca aberta.
    4. Os sinais de sua velhice assemelham-se à juventude de Judite.

Gabarito
1.c / 2.a / 3.b / 4.d / 5.a / 6.b / 7.c / 8.d / 9.a / 10.c / 11.d / 12.b / 13.a / 14.b / 15.d

Obs.: Veja também a maravilhosa obra desse mestre:

Caravaggio – O SEPULTAMENTO DE CRISTO

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